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Farmacologia aplicada a Estomatologia

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1 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
✓ Prescrição medicamentosa pressupõe: 
Conhecimento real de farmacologia, mecanismos de ação dos medicamentos, interações com outras drogas e 
condições sistêmicas do paciente, posologia e vias ade administração dos medicamentos, reações adversas dos 
medicamentos. 
O diagnóstico correto através de exame clínico, exames complementares quando necessário, são indispensáveis para 
o sucesso no tratamento da doença. 
✓ Prescrição medicamentosa em estomatologia: 
Exame clinico do paciente (anamnese e exame físico); diagnóstico das alterações apresentadas pelo paciente; 
selecionar o tratamento mais eficaz e seguro para o paciente. 
Condutas medicamentosas ou não, devem constar de forma compreensível e detalhada na prescrição para facilitar a 
dispensação do medicamento e uso pelo paciente 
O profissional deve informar ao paciente sobre a terapêutica selecionada (bochecho, tempo de uso, como usar etc) 
✓ Tratamento das doenças de boca: 
Deve ser orientada a conduta clínica (por exemplo: higiene oral, hidratação, nutrição); detalhamento se o 
medicamento será manipulado ou o comercial; se ele será tópico ou sistêmico; tratamento para uma condição própria 
da boca ou para uma doença que seja sistêmica e que apresente manifestações clínicas na boca. 
✓ Horários de administração 
Devem ser definidos de acordo com: se há possibilidade de interação com algum alimento, se deve ser ingeridos em 
jejum ou com refeições ou entre as refeições; se há interações medicamentosas com outras drogas, o que pode causar 
interações farmacocinéticas indesejadas; prescrever a droga que ocorra melhor adesão do paciente ao tratamento ( 
que seja em um horário cômodo e acessível para o paciente, com espaços bem estabelecidos, minimizar a necessidade 
de prescrever diversos medicamento e com menores doses possíveis); favorecer o efeito terapêutico do paciente; 
minimizar os efeitos indesejáveis. 
Farmacologia aplicada à Estomatologia 
 
2 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
 
✓ Prova terapêutica: frequentemente usada como teste diagnóstico em casos difíceis. 
 
Caso Clínico 1 
Sexo Masculino, 36 anos, Feoderma, queixa de manchas vermelhas que ardem, com 3 meses de evolução 
 
Foi realizada prova terapêutica: nistatina, propionato de clobetasol 
Biopsia: inconclusiva. 
Exames complementares: deficiência de vitamina B12 
Diagnóstico de HIPOVITAMINOSE 
Prescrição: 
 
3 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
✓ O que pode ser prescrito em estomatologia? 
O tratamento das condições da mucosa bucal pode necessitar de intervenções tópicas e sistêmicas. 
O exame deve ser da boca como um todo, não apenas a queixa do paciente! 
Dor: analgésicos; 
Inflamação: antiinflamatórios/ corticóides; 
Infecção: antibióticos, anti-fúngicos e anti-virais; 
Doenças auto-imunes: corticóides 
A orientação da higiene bucal é essencial para o sucesso de qualquer tratamento, pois irá remover todo e qualquer 
foco de infecção durante o tratamento de qualquer doença. 
Toda receita deve conter: 
Via de administração; 
Não esquecer a quantidade de dias; 
Tempo de uso; 
Carimbo e assinatura; 
Evitar rasuras. 
 
Vias de administração: 
 
4 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
Enterais: orais (suspensões, elixires, cápsulas, drágeas e comprimidos) e bucal (gel, soluções e colutórios) 
✓ Doenças infecciosas: 
Vírus: Família Herpes vírus 
Infecção primária pelos herpes vírus simples: 
Sintomatologia prodrômica (febre linfoadenopatia) 
Aparecimento de vesículas 
Úlceras: mucosa oral, vermelhão do lábio e pele 
 
Diagnóstico: é através dos achados clínicos 
Tratamento: em crianças é tratamento de suporte, hidratação, analgésicos, antipiréticos e orientação da higiene oral 
- Para crianças: 
1. Dor: 
Paracetamol, em gotas, 200mg/mL 
Ibuprofeno, solução oral, 50 mg/mL 
Obs.: 1 gota/kg de peso, com intervalor de 6-8 horas, sem ultrapassar 4 doses diárias. 
 
- Terapia de suporte: dieta liquida ou pastosa (rica em ptn, em forma de somas, cremes, mingaus etc.); evitar a ingestão 
de alimentos ácidos; fazer repouso 
Herpes recorrente: pode aparecer por reativação do vírus; gânglios sensitives; traumas, exposição solar, frio; 
imunossupressão. 
Sintomatologia: prodrômica, vesículas e úlceras. 
 
5 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
Tratamento: considerar o tempo de inicio do tratamento (48hrs); 
1- aciclovir ou penciclovir tópico 5% – 5x/dias (5-10 dias); 
2- Supressão da recorrência: aciclovir 200 mg, 5x/dia, por 5 dias. 
 
 
 
Caso Clínico 2: 
Sexo masculino, 68 anos, feoderma, queixa de ferida na boca muito dolorosa, com 7 dias de evolução. Procurou um 
dermatologista pois estava com couro cabeludo coçando, foi prescrito um antialérgico. 
 
6 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
Diganóstico: baseado nos aspectos clínicos. Herpes Zoster 
Tratamento: 
- Cloridrato de Valaciclovir 500 mg, 2x/dia 
- Omeprazol 200 mg, em jejum 
Caso Clínico 3: 
Sexo feminino, 21 anos, queixa principal de feridas na boca muito dolorosas com evolução de 4 dias. Foi a uma UBS, 
no qual o medico encaminhou para o DOD. Não teve febre e nunca havia apresentado essas lesões. 
 
Hipóteses diagnósticas: Estomatite herpética? Zooster? 
Exames complementares solicitados: Hemograma, glicemia de jejum, sorologia para HSV (IgG e IgM), CMV (IgG e IgM) 
e Anti-HIV 1 e 2. 
 
7 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
✓ Infecções Fungicas: Candidose Oral 
Infecção fúngica mais comum na boca, faz parte da microbiota oral e por algum desequilíbrio passa a causa a condição 
denominada candidose oral 
É uma infecção oportunista, dependendo do estado imunológico dos hospedeiros e do ambiente da mucosa oral. 
- Queilite angular: 
É um tipo de candidose oral, que acontece devido ao acumulo de salivas que provocam ulcera e fissuras dolorosas, 
necessitando da necessidade de prescrição de antifúngico. 
- Glossite romboidal mediana 
- Estomatite protética (em casos como esse, além do medicamento, o paciente deve colocar a prótese em um copo 
com água contendo um pouco de água sanitária ao dormir e quando for coloca-la pela manhã, escova-la) 
Diagnóstico da candidose: 
- Clínico 
- Citológico 
- Achados histopatológicos: só quando não responde ao tratamento 
- Pontos Importante: investigar alterações associada, prescrever antifúngico, orientação ao paciente quanto a higiene 
oral e das próteses, confecção de novas próteses se houver necessidade 
Tratamento: 
1. Nistatina, 100.000 UI: lesões orais 
Suspensão oral: bochechar 10 mL da solução 4x/dia, de 6-6 horas, durante 15 dias. Não engolir. 
2. Miconazol Gel: p/queilite angular, nome comercial Daktarim Gel. 
Aplicar na área afetada, 4x/dia, após as refeições, durante 15 dias. 
3. Fluconazol 150 mg: 
Uso sistêmico, tomar 1 comprimido, a cada 7 dias, 1 a 4 semanas. 
 
8 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
Caso Clínico 4: 
Sexo feminino, 62 anos, se queixa de ferida no canto da boca. 
 
- Dignóstico: Queilite angular 
- Tratamento: 
 
 
Caso Clínico 5: 
Sexo masculino, 24 anos, se queixa de placas na língua com 2 semanas de evolução. 
 
 
9 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
- Diagnóstico: Candidose pseudomembranosa, com investigação de condição sistêmica. 
- Tratamento: 
 
- Exames solicitados: Hemograma completo, glicemia em jejum, VDRL, FTA-bs, Anti-HIV, Vitamina B12, Ferro Sérico e 
Anti-HCV. 
✓ Infecções Bacterianas: Sífilis 
Tratamento para esse tipo de infecção é o Antibiótico. 
Cerca de 10% das prescrições estão relacionada a infecção dentaria; 
Os mais prescritos são as penicilinas, amoxicilinas. 
Na Estomatologia é utilizado como profilaxia antibiótica para biopsia. 
CUIDADO para a prescrição simultânea (AINE + antibiótico): administração de 100 mg de diclofenaco reduz a 
disponibilidade de amoxicilina devido à redução na absorção. 
ATENÇÃO: pacientes gravidas, insuficiência renal e hepática. 
 
 
 
10 Maeli Andrade – OdontologiaUFRN 
 
Sífilis: 
Infecção crônica, causada pelo Treponema pallidum, contagio sexual ou mãe-filho, possui 3 fases e qnd o bebe nasce 
com a infecção é chamada de sífilis congênita. 
- Tratamento: 
Sífilis primaria, secundaria e latente (até um ano de duração): 
1. Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, intramuscular, dose única (1,2 milhões de UI em cada glúteo): mesma 
coisa que bezetacil; 
2. Tratamento alternativo: Doxiciclina 100 mg, Via oral, 2x/dia, por 15 dias (exceto gestantes) 
 
✓ Doenças inflamatórias e mediadas pelo sistema imunológico: 
- Ulceração aftosa recorrente: bastante recorrente e acomete de 20-60% da população. Sua causa é desconhecida, 
acredita-se que tenha relação a disfunções imunológicas. 
Apresenta-se em três tipos: menores, maiores e herpetiforme 
São lesões dolorosa, recorrente, sintomas prodrômicos e acomete mucosa não queratinizada 
 
11 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
Maiores: formas mais graves, maiores, mais duradouras e com maior tempo de duração 
 
Caso Clínico 6: 
Sexo masculino, 42 anos, encaminhado do hospital Giselda Trigueiro, portador de AIDS em uso TARV. 2 semanas de 
evolução, com dor e perda de peso de 3kg pois não conseguia se alimentar. 
 
 
- Diagnóstico: UAR maior em paciente imunossuprimido. 
Ulceração aftosa recorrente herpetiforme: múltiplas lesões, pequenas e de dor intensa. 
 
- Diagnóstico: sinais clínicos, história clínica do paciente, aspectos clínicos das lesões, exclusões de condições 
sistêmicas (deficiência de Fe, Ac. Fólico, Vit. Do complexo B, doença de Behçet, neutropenia cíclica) 
 
12 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
UAR não possui cura, seu tratamento consiste em reduzir a dor e acelerar o reparo. Analise de cada caso 
Conduta: 
Propionato de Clobetasol 0,05% 
Laser de baixa intensidade 
Prednisona 20-40 mg 
Caso Clínico 7: 
Sexo masculino, 34 anos, se queixa de feridas na boca, recorrentes e dolorosas. 
 
- Diagnóstico: UAR 
- Solicitado exames complementares 
- Prescrição: 
 
- Líquen plano oral: não tem cura, mais comuns em mulheres adultas, etiologia desconhecidas e são caracterizadas de 
lesões ulceradas e não ulceradas 
Diagnostico deve ser confirmado com biopsia incisional 
Droga de escolha: propionato de clobetasol a 0,05%, prednisona (20-40 mg/dia), cuidados com a higiene oral e 
prescrição antifúngica em casos de candidose oral associada. 
 
13 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
- Pênfigo Vulgar: mediada pelo sistema imunológico. 
 
 
 
 
Caso Clínico 8: 
Sexo masculino, 47 anos, feoderma, queixa de lesões na boca com ardência em evolução de 2 meses. Nega habito de 
fumar e beber. Diabético e hipertenso, relatou utilizar como medicamento captopril e AAS. 
 
14 Maeli Andrade – Odontologia UFRN 
 
- Diagnóstico: líquen plano oral 
- Tratamento: 
 
Caso Clínico 9: 
Sexo feminino, 32 anos, se queixa de feridas na boca muito dolorosa. 
 
- Diagnóstico: pênfigo vulgar

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