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Identidades Indigenas no Tempo Presente

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IDENTIDADES INDÍGENAS NO TEMPO PRESENTE 
SUBPROJETO HISTÓRIA/CE – PIBID/UNILAB 
Discente: Carla Pontes
 
POR QUE ÍNDIOS?
O termo índio remonta à época das navegações durante as quais os europeus, tentando chegar ao Oriente, aportaram no continente americano. Passaram, equivocadamente, a chamar todos os nativos de índios por acreditarem que eles faziam parte da população das Índias. 
“Índios soldados da província de Curitiba escoltando prisioneiros nativos”, tela de Jean-Baptiste Debret.
ANTES da invasão em 1500
Pesquisas recentes vêm lançando uma nova luz sobre as sociedades indígenas que viviam no Brasil atual antes de 1500. Até pouco tempo atrás, sabia-se apenas que as comunidades indígenas se organizavam em aldeias dispersas caracterizadas por um sistema de vida igualitário;
Um artigo publicado em 2003 pela revista norte-americana Science, assinado por pesquisadores do Brasil e do exterior e por dois indígenas da etnia Kuikuro do Amazonas, revela que, entre os séculos XIII e XV, a região do Alto Xingu (Mato Grosso) foi habitada por povos com uma estrutura social e política bastante complexa. 
Reprodução: Internet
Documentação sobre o passado indígena 
Em abril de 1500, após ter aportado com suas caravelas no litoral do atual estado da Bahia, o navegador português Pedro Álvares Cabral ordenou que o escrivão Pero Vaz de Caminha comunicasse ao rei Dom Manuel o achamento – termo usado na época – das novas terras. Na longa carta que escreveu ao rei, Caminha fez as seguintes descrições dos nativos: 
- “ As feições deles é serem pardos, maneiras de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto.” - 
Documentação sobre o passado indígena 
Sobre as moradias indígenas o escrivão observou:
“[Havia] nove ou dez casas, as quais eram tão compridas, cada uma, como esta nau capitânia. Eram de madeira (...) e cobertas de palha (...), todas duma só peça, sem nenhum repartimento, tinha muitos esteios (escoras); e, de esteio a esteio, uma rede atada pelos cabos, alta em que dormiam. Debaixo, para se aquentarem faziam seus fogos. (...). Em cada casa se recolhiam trinta ou quarenta pessoas, e (...) eles tinham, a saber, muito inhame e outras sementes, que na terra há e eles comem”. 
 
Documentação sobre o passado indígena 
Para a historiadora Manuela Carneiro da Cunha, o que conhecemos hoje sobre o passado dos povos originários não passa de fragmentos de uma trama muito mais complexa e abrangente; 
A falta de dados mais precisos impede afirmações a respeito de quantos indígenas habitavam o atual território brasileiro na época da chegada dos portugueses. As cifras variam de 1 milhão a até 8,5 milhões;
Para alguns especialistas, no século XVI esses povos dividiam-se em mais de mil povos, com crenças, hábitos, costumes e formas de organização específicas.
Documentação sobre o passado indígena 
Eles falavam cerca de 1.300 línguas distintas, a maioria delas agrupadas em dois troncos linguísticos principais: O Tupi e o Macro-Jê;
Entre os principais povos Tupi encontravam-se os Guarani, os Tupinambá, os Tabajara, os Carijó e os Tamoio. Eles ocupavam praticamente toda a atual costa brasileira, desde o Ceará até o Rio Grande do Sul;
Já os povos do tronco linguístico Macro-Jê encontravam-se predominante nos cerrados, como ocorria com os Bororo e os Karajá; 
Os Tupi costumavam chamar todos essa populações de tapuias, palavra genética e de sentido pejorativo usado para designar os povos que falavam diferentes das deles. 
A diversidade cultural indígena
Com a dificuldade de avançar pelo interior das novas terras, os portugueses viveram muito tempo no litoral, travando mais contato com os Tupi do que com os tapuias. Por isso, as informações que temos hoje sobre as sociedades indígenas daquele período referem-se aos Tupi.
Reprodução: Internet
Os Tupi acreditavam que viviam rodeados de espíritos, gênios e demônios. Acreditavam que os fenômenos da natureza e diversos acontecimentos do cotidiano – uma boa caçada ou pescaria bem sucedida – deviam-se à ação dessas entidades. 
Reprodução: Internet
Sociedades indígenas
A base material sobre a qual se apoiavam as sociedades originarias antes da chegada dos portugueses era a apropriação coletiva da natureza. A terra, a floresta, a água, os animais pertenciam a todos;
As mulheres eram respeitadas e quando solteiras tinham liberdade sexual, podendo manter relações com homens sem que tal atitude fosse considerada imoral;
Ao se casarem, ficavam proibidas de cometer adultério. Se isso acontecesse, a indígena poderia sofrer castigos físicos e até ser morta; a criança que nascesse de uma relação extraconjugal era enterrada viva. 
Sociedades indígenas
As crianças nascidas das relações legítimas eram bem tratadas e toda a comunidade, e não apenas os pais, tinham a responsabilidade de prepará-las para a vida na aldeia; 
Ao nascer, o bebê recebia do pai presentes que simbolizavam a importância paterna em sua vida. Até o fim da amamentação – que se dava por volta de uma ano e meio – as crianças ficavam sob os cuidados maternos;
Sem castigos nem violência, os mais velhos transmitiam às crianças, por meio de lendas e narrativas, os valores e as crenças do grupo; 
Os jovens participavam de um rito de passagem, que representavam sua entrada na vida adulta. Para isso, tinham de dar exemplos de força e valentia em provas de resistência. Como símbolo de sua entrada na vida adulta, eles tinham a orelha furada. 
Tempo presente
Em 1500, a população indígena no Brasil era de aproximadamente 5 milhões. Atualmente, não passa de 900 mil; cerca de 573 mil indígenas vivem em aldeias e pouco mais de 324 mil em centros urbanos;
Atualmente, o Brasil tem 34 povos indígenas ameaçados de extinção, 28 deles são isolados;
O fato de serem os primeiros habitantes não garantiu nada aos povos indígenas, pelo contrário, os lançou em uma luta incessante pelos direitos a sua cultura, sua língua mãe e ao seu território. E a cada dia há a luta de insistir pelo direito de constituir o Brasil;
Os indígenas ocupam diversos lugares na sociedade como advogados, médicos e deputados e continuam preservando sua cultura e sua essência. Ser indígena é poder recontar a história por sua própria voz. 
Tempo presente
Ao longo da história muito se foi tirado dos povos indígenas e o massacre desses povos não é uma história do passado e sim uma história lamentável que ocorre atualmente. Suas vozes têm sido silenciadas e seu sangue derramado; 
A Constituição de 1988 foi a primeira a reconhecer os costumes, crenças, tradições e direitos sobre os territórios que os indígenas ocupam. Apesar disso, tais direitos são desrespeitados por explorações irregulares (hidrelétricas, rodovias e empresas mineradoras);
Há milicias armadas que defendem o agronegócio dentro das terras indígenas;
 O desmatamento das florestas interfere diretamente na vida dos povos indígenas que vivem nas aldeias. Nesse sentido, força-os a viverem de forma precária nas cidades.
Referências Bibliográficas
PEREIRA, Nilton Mullet; RODRIGUES, Mara Cristina de Matos. BNCC e o passado prático: temporalidades e produção de identidades no Ensino de História. Archivos analiticos de politicas educativas. Florida: EPAA, 2018. Vol. 26, n. 107 (3 set. 2018), 22 f., 2018.
PEREIRA, Nilton Mullet; RODRIGUES, Mara Cristina de Matos. BNCC e o passado prático: temporalidades e produção de identidades no Ensino de História. Archivos analiticos de politicas educativas. Florida: EPAA, 2018. Vol. 26, n. 107 (3 set. 2018), 22 f., 2018.
PAIVA, Eliane Bezerra. A construção da identidade indígena em fontes de informação. 2017.

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