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PROCESSO PENAL – INFRAÇÕES E
PROCEDIMENTOS CRIMINAIS
ESPECIAIS
Prof. Ms. Eduardo Guimarães Brandão
RECURSOS
TEORIA GERAL
 Conceito: Recurso é o meio voluntário de impugnação de uma decisão
judicial, utilizado dentro do próprio processo que proferiu a decisão,
antes do trânsito em julgado da decisão.
 OBS: Habeas Corpus e Revisão Criminal são ações autônomas de
impugnação, não obstante estarem previstas no título de recursos do
Código de Processo Penal.
RECURSOS
 Fundamento: Duplo grau de jurisdição.
 Necessidade de toda decisão estatal estar sujeita a reexame.
 Princípio implícito na Constituição devido a forma de estruturação do
Poder Judiciário em 1º e 2º graus.
 É previsto expressamente na CADH, art. 8, n. 2, letra h: status supralegal
segundo o STF
RECURSOS
1) PRINCÍPIOS:
 A) Taxatividade: Apenas podem ser utilizados os recursos previstos em
lei.
 Ex: Apelação, art. 593, CPP; RSE, art. 581, CPP.
 B) Unirecorribilidade: Cada decisão comporta apenas um único recurso.
 Ex: É vedada a utilização do RSE, quando da decisão couber apelação,
Art. 593, § 4º, CPP (p. ex.: sentença que condenou e impôs sursis).
RECURSOS
 C) Fungibilidade: Possibilidade de conhecer um recurso inadequado, por
outro, adequado, desde que não haja má-fé (CPP, art. 579).
 Não haverá má-fé:
• no caso de ausência de erro grosseiro.
• no caso de utilização do recurso de menor prazo.
RECURSOS
 D) Dialeticidade: Direito de apresentação das razões e contrarrazões pela
parte recorrente e recorrida respectivamente.
 RSE contra a rejeição da denúncia: necessidade de dar oportunidade ao
réu, ainda não citado, para apresentar contrarrazões.
 Súm.707/STF: Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado
para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da
denúncia, não a suprindo a nomeação do defensor dativo.
RECURSOS
 E) Voluntariedade: Exceto em dois casos:
 Artigo 574, CPP - sentença que conceder habeas corpus e da que
absolver desde logo o réu com fundamento na existência de
circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do
art. 411.
 Art. 746, CPP– Decisão que conceder a Reabilitação.
RECURSOS
 F) Disponibilidade: O recurso é ato voluntário, não se constituindo em
ônus ou dever da parte.
 O MP não é obrigado a recorrer, mas se recorreu não pode desistir do
recurso interposto (CPP, art. 576).
 Defensor dativo não é obrigado a recorrer.
 Confronto de vontade entre defensor e acusado: em regra, deve
prevalecer a vontade do defensor, que tem conhecimentos técnicos.
 Súmula n. 705/STF: A renúncia do réu ao direito de apelação,
manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento
da apelação por este interposta.
RECURSOS
 F) Proibição de reformatio in pejus: É vedada a reforma da decisão para
piorar a situação do réu, quando o recurso for EXCLUSIVO da defesa.
 Art. 617, CPP: O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões
ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo,
porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da
sentença.
 Contra o MP pode ocorrer, pois:
• Simplicidade e Economia: se não fosse aplicada a reformatio in mellius, o
Tribunal poderia conceder HC de ofício, ou o acusado teria que propor a
revisão criminal.
RECURSOS
 Reformatio in pejus indireta: Assegura que, após o reconhecimento de
nulidade em recurso exclusivo da defesa, as decisões posteriores não
piorem a situação do réu.
• Mas e no Tribunal do Júri? STJ entende que não há a proibição da
reformatio indireta, mas há decisões da 2ª Turma do Supremo
reconhecendo a proibição: Réu condenado por homicídio simples;
apenas a Defesa recorre por manifestamente contrária a prova dos
autos; no novo júri ocorre uma condenação por homicídio qualificado. A
2ª Turma vedou.
• Ao Juiz do Júri, na dosimetria da pena, sempre se aplica a proibição.
RECURSOS
2) EFEITOS:
 A) Efeito Devolutivo:
 Devolve a matéria à apreciação do julgador.
 No RE e no REsp só há apreciação das matérias de Direito.
 Possibilidade de converter o julgamento em diligência, para a produção
de novas provas (art. 616).
• Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou
turma proceder a novo interrogatório do acusado, reinquirir
testemunhas ou determinar outras diligências.
RECURSOS
 B) Efeito Suspensivo: Suspende a eficácia das decisões.
 Só existe, quando expressamente previsto.
 Não há efeito suspensivo das decisões absolutórias, Art. 596, CPP.
• Súmula 604/STJ: O mandado de segurança não se presta para atribuir
efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério Público.
 Quando a sentença for condenatória, em regra, haverá efeito suspensivo
(Art. 597, CPP).
Mas e a execução provisória da pena?
RECURSOS
 C) Efeito Regressivo ou Iterativo:
 É a possibilidade do juízo de retratação do órgão que proferiu a decisão
recorrida.
 Hipóteses:
• Recurso em sentido estrito (art. 589, CPP).
• Agravo em execução (LEP, art. 197, c/c, art. 589, CPP).
• Carta testemunhável (Art. 643, CPP)
RECURSOS
 D) Efeito Extensivo:
 Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a
decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos
que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos
outros.
• Exceção: Decisão de que o recorrente não concorreu para a infração.
 Embora previsto no capítulo das disposições gerais dos recursos, aplica-
se também ao habeas corpus e à revisão criminal, na medida em que se
entende que este efeito é aplicável a todas as decisões.
RECURSOS
 STJ - RHC 67383 – 6ª Turma, 16/05/2016:
• (...) definiu que é possível ESTENDER a réu a desclassificação feita pelo
Conselho de Sentença do delito de homicídio para lesão corporal grave
em relação a corréu. No caso, os feitos foram desmembrados e já se
realizou o júri do corréu.
• Os dois foram pronunciados por homicídio qualificado, na forma
tentada, em concurso de agentes. Em resumo, segundo os autos, ambos
estavam praticando “racha”, competição automobilística em via pública,
e o veículo conduzido pelo corréu colidiu, em um cruzamento, com outro
carro, causando lesões graves na vítima, que quase a levaram à morte.
RECURSOS
• Para o ministro Sebastião Reis Júnior, relator para o acórdão, não há
como permitir que um dos corréus corra o risco de sofrer reprimenda
diversa daquela imposta ao outro corréu, sem que haja motivo algum
que diferencie a situação de ambos os denunciados.
• “A condenação a ser imposta aos corréus há de ser a mesma, seja por
crime doloso, seja por crime culposo. Não é possível concluir que um
dos denunciados agiu de forma CULPOSA e o outro de forma DOLOSA,
situação que pode ocorrer se não se estender ao paciente a
desclassificação já reconhecida em favor do corréu”, disse o ministro.
• E acrescentou: “Tal risco é inadmissível, ainda mais em um caso concreto
em que quem deu causa direta aos ferimentos sofridos pela vítima foi o
corréu já beneficiado com a desclassificação”.
RECURSOS
Passa-se a examinar, agora, os recursos em espécie.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE)
 Fundamento: artigo 581 do CPP (também previsto nos artigos 294,
parágrafo único, do CTB, 516, do CPPM, e 2º, III, do decreto-lei 201/76).
 Conceito: recurso utilizado para impugnar decisões interlocutórias e
terminativas de mérito previstas expressamente no artigo 581 do CPP.
RECURSOS EM SENTIDO ESTRITO (RESE)
 CABIMENTO: O RSE é cabível nas hipóteses expressas no Art. 581, CPP.
 O rol não é taxativo. Pode ser feita interpretação extensiva.
 Rejeição do aditamento da denúncia (Inciso I);
 Decisão que concede, nega ou revoga a suspensão condicional do
processo (inciso XI)
 Inf. 640 STJ: É cabível recurso em sentido estrito para impugnar decisão
que indefere produção antecipada de prova, nas hipóteses do art. 366
do CPP. EREsp 1.630.121-RN, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, por
unanimidade, julgado em 28/11/2018, DJe 11/12/2018.
RECURSOEM SENTIDO ESTRITO 
 OBS: As hipóteses a seguir não mais ensejam o “RSE”, mas agravo em
execução (LEP, artigo 197). Elas estão presentes nos incisos XI, XII, XVII,
XIX, XX, XXI, XXII e XXIII.
 Das decisões proferidas pelo juiz da Vara de Execuções Penais, o recurso
cabível será o agravo em execução, jamais o “RSE”.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 Exemplos de possibilidade de interposição de RSE:
 Decisão que não recebe a denúncia ou queixa (I);
 Decisão que pronuncia o réu (IV);
 Decisão ( de 1º grau) que concede ou nega ordem de habeas corpus (X).
 XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução
penal, previsto no art. 28-A desta Lei.
• Interpretação extensiva para a colaboração premiada (Art. 4º, § 8º, Lei
12.850/13.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 PRAZO: 05 (cinco) dias para interposição do termo; 02 (dois) dias para
razões (notificação do recorrente para essa finalidade).
 OBS: No caso da hipótese do inciso XIV (decisão que inclui ou exclui
jurado da lista) o prazo será de 20 dias, conforme artigo 586, § Ú, CPP e
será contado a partir da publicação da lista definitiva de jurados
realizada no dia 10 de Novembro de cada ano, conforme art. 426, §1º.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 PROCEDIMENTO:
 A interposição ocorre por petição ou termo nos autos;
 Será processado nos próprios autos nas hipóteses do artigo 583, CPP e
quando não prejudicar o andamento do processo (ex: não recebimento
da denúncia ou queixa; pronúncia do réu; decisão do HC etc).
 Nas demais hipóteses será formado o instrumento através das peças
indicadas pelo recorrente (no termo) para traslado;
 As razões não poderão ser interpostas na superior instância;
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 No termo ou petição o recorrente deverá pedir a retratação do
Magistrado que poderá ser feita após a apresentação das razões e
contrarrazões;
 Realizada a retratação, só será cabível recurso em caso de previsão
expressa.
 LEGITIMADOS:
MP, Querelante e o réu, seu defensor.
 Na hipótese do inciso VIII, cabe RESE do Assistente de Acusação (em 15
dias), expressamente, quando o MP não o interpuser no prazo devido.
 No caso de inclusão ou exclusão de jurado da lista geral, o próprio Jurado
tem legitimidade.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 EFEITOS:
 Possui efeito regressivo - pois permite a retratação do julgador a quo -,
devolutivo e, de regra não suspensivo.
 O efeito suspensivo só ocorrerá nas hipóteses taxativas do art. 584, CPP (
Art. 581, IV - Pronúncia do Réu, VII - quebra ou perda da Fiança - e XV -
denegar Apelação)
APELAÇÃO
 CONCEITO: Recurso interposto em face de decisão definitiva ou com
força de definitiva para Tribunal ou Turma Recursal para que se proceda
à nova análise da matéria de fato e/ou direito, podendo ser interposta
de todo ou apenas parte do julgado.
 FUNDAMENTO LEGAL: Art. 416 e 593, CPP e Art. 82, JEC.
APELAÇÃO
 CABIMENTO:
 Art. 593: das sentenças definitivas; decisões definitivas ou com força de
definitivas que não comportam RSE (decisões de incidentes e a
impronúncia no Júri).
 Art. 416: Sentença de Impronúncia ou absolvição sumária
 No JEC, art. 76, § 5º e art. 82 - decisão que homologa ou deixa de
homologar transação penal e da decisão de rejeição da denúncia ou
queixa e da sentença.
APELAÇÃO
 PRAZO: Art. 593, CPP - 5 dias.
 Após a interposição o recorrente será intimado para apresentar AS
RAZÕES EM 8 DIAS, salvo processo de contravenções que será de 3 dias,
vide art. 600, CPP.
 O Assistente de acusação irá arrazoar a apelação do MP e contra-
arrazoará o recurso da defesa em até 3 dias após as razões e
contrarrazões do Ministério Público, art. 600, § 1º.
 As Razões podem ser interpostas na superior instância, Art. 600, § 4º,
CPP.
 Art. 82, § 1º, JEC - Será de 10 dias o prazo. Termo e razões devem ser
interpostos juntos.
APELAÇÃO
 PROCEDIMENTO:
 Interposição no 1º grau ou na superior instância;
 Juízo de admissibilidade no 1º Grau (Cabe RESE se for denegada, Art.
581, XV)
 Intimação para arrazoar;
 O Assistente de acusação terá o prazo de 3 dias após o MP;
 Como regra, sobe nos próprios autos;
Prazo das razões perdido pela defesa: Segundo o artigo 601, CPP os
autos podem subir sem as razões. Contudo, recomenda-se que para
evitar prejuízo o réu seja intimado para constituir novo defensor.
APELAÇÃO
 LEGITIMADOS:
 Art. 577, CPP: MP, Querelante e o réu, seu procurador e defensor. Em que pese
não previsto no artigo, o assistente de acusação também terá direito a apelar.
 Art. 598: Se o MP não interpor no prazo legal, o ofendido poderá interpor.
 Neste caso o prazo será de 15 dias.
 EFEITOS: Como regra produzirá efeito suspensivo (Art. 597, CPP), salvo o caso
da sentença absolutória, além do efeito devolutivo.
 Não produz efeito regressivo, pois não cabe retratação do julgador a quo.
APELAÇÃO
 HIPÓTESES DE CABIMENTO – Art. 593, CPP:
 I - Das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por
juiz singular;
 II - Das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por
juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;
• Apenas quando não impugnáveis por RESE.
• EX: impronúncia (416, CPP) ; decisão que ordena ou não o sequestro
(126, CPP); decisão que julga pedido de restituição (120, § 1º, CPP)
APELAÇÃO
 III – Das decisões do Tribunal do Júri, quando: (2ª fase do júri)
a) Ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
• EX: MP utiliza a sentença de pronúncia para convencer os jurados (art.
478, CPP)
b) For a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão
dos jurados;
• EX: Jurados reconhecem a minorante da violenta emoção → juiz não
computa na pena.
c) Erro ou injustiça na aplicação pena/medida de segurança.
APELAÇÃO
d) Decisão dos jurados manifestamente contrária a prova dos autos
• EX: A prova é evidente que o réu agiu em legítima defesa → jurados
condenammesmo assim.
• O julgamento poderá ser anulado por esse motivo somente uma vez:
• Art. 593, § 3o, CPP. Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o
tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é
manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para
sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo
motivo, segunda apelação.
APELAÇÃO
 Em todos os casos de Apelação relacionadas ao Tribunal do Júri, 2ª fase,
as razões ficam adstritas aos fundamentos da interposição, ou seja, se o
apelante interpor com base em uma alínea, somente aquela será
analisada.
• Súmula 713, STF. O efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri
é adstrito aos fundamentos da sua interposição.
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
 CONCEITO: Recurso exclusivo da defesa utilizado para atacar decisão não
unânime de segunda instância, quando a decisão for desfavorável ao
acusado, buscando reformar a decisão recorrida.
 Será de nulidade, quando a decisão não unânime versar sobre nulidade
processual.
 É cabível em julgamentos de Apelações, RSE e Agravo em Execução por
serem decisões de segunda instância.
 SÚM. 207/STJ: É inadmissível recurso especial quando cabíveis embargos
infringentes contra o acórdão proferido no tribunal de origem.
EMBARGOS INFRINGENTES
 FUNDAMENTO: Art. 609, § ú, CPP.
 CABIMENTO: Quando houver decisão desfavorável à defesa em que um
dos votos dos julgadores ( o voto vencido) for mais favorável ao réu.
 Delimitação: A matéria ficará restrita à divergência. É o voto divergente
que será pedido.
 O voto divergente deve ser favorável ao réu. A matéria a ser tratada nas
razões de recurso restringe-se à sua conclusão e não à sua
fundamentação.
EMBARGOS INFRINGENTES
 PRAZO: São 10 dias contados da publicação do Acórdão.
 PROCESSAMENTO:
 Órgão Julgador:
• É o Tribunal Prolator da decisão. Deve-se examinar o Regimento Interno
de cada Tribunal.
• No TJ/RS :São os Grupos Criminais (Reunião de duas Câmaras).
• No TRF/4º: São as Seções Criminais. (Reunião de duas Turmas)
EMBARGOS INFRINGENTES
 A petiçãoacompanhada das razões será dirigida ao relator do acórdão
embargado que fará o juízo de admissibilidade;
 Após são definidos o novo relator e o novo revisor que não podem ter
participado do julgamento anterior;
 Após, vistas ao querelante e ao Assistente de Acusação, se houver,
seguido de vistas ao órgão do MP de 2º Grau.
EMBARGOS INFRINGENTES
 EFEITOS:
 Devolutivo;
 Suspensivo: Em relação a matéria divergente.
 Regressivo: Cabe a retratação.
 OBS: Com a interposição dos EI como ficam os prazos do Resp e RE,
quando for possível a interposição desses recursos de eventual parte
unânime da decisão?
EMBARGOS INFRINGENTES
 SÚMULA 355/STF - Em caso de embargos infringentes parciais, é tardio o
recurso extraordinário interposto após o julgamento dos embargos,
quanto à parte da decisão embargada que não fora por eles abrangida.
 O STJ aplicava o antigo Art. 498, CPC ao processo penal. Nesse sentido, o
prazo do RE e Resp ficavam sobrestados até o julgamento dos Embargos.
 LEGITIMADOS:
 Recurso exclusivo da Defesa: Réu, querelado e seu defensor. Pode Tb o
MP em favor do réu.
AGRAVO EM EXECUÇÃO
 1) Fundamento: artigo 197 da Lei 7.210/84.
 2) Conceito: É a peça cabível para atacar as decisões proferidas pelo juiz
das execuções penais (art. 66, LEP)
 3) Prazo: Como segue o rito do RSE (a LEP não disciplinou o seu rito): 05
dias para interposição (Art. 586) e 02 dias para razões (art. 588) (Súmula
n. 700 do STF).
 O início do prazo é da data da intimação da decisão.
 Pode haver juízo de retratação: Art. 589, CPP.
AGRAVO EM EXECUÇÃO
 4) LEGITIMADOS A INTERPOR: MP, o executado e seu Defensor (Art. 195,
LEP).
 5) DESTINATÁRIO: Juiz prolator da própria decisão. As razões, para o
Tribunal Competente.
 6) DENOMINAÇÃO: Agravante e Agravado.
AGRAVO EM EXECUÇÃO
 7) TRASLADO: Via de regra sobe por instrumento (Art. 583,CPP). Assim,
devem ser indicadas peças para a formação do traslado. ART. 587, CPP).
O parágrafo único do Art. 587 refere as peças obrigatórias.
 8) Efeitos:
 Devolutivo;
 Regressivo, pois possibilita a retratação;
 Em regra, não possui efeito suspensivo.
REVISÃO CRIMINAL
 É um instrumento exclusivo da defesa e tem por finalidade rescindir uma
sentença penal condenatória transitada em julgado.
 O Código de Processo Penal trata a Revisão Criminal no título de
recursos. Porém esta tem natureza de Ação Autônoma de Impugnação,
assim como o HC e o MS por exemplo
REVISÃO CRIMINAL
 Prazo:
 Não há prazo, porém somente poderá interpor Revisão Criminal após a
sentença condenatória ou absolutória imprópria transitada em julgado.
 Uma vez julgada improcedente, só poderá ser interposta novamente se
fundada em novos motivos.
REVISÃO CRIMINAL
 Pressupostos:
 Legitimidade
• Próprio réu ou procurador legalmente habilitado;
• Não há previsão para o MP. Aury e Nucci são contra; Renato Brasileiro e
Pacceli são a favor.
• No caso de falecimento do acusado, tem legitimidade o cônjuge, o
ascendente, o descendente ou o irmão.
REVISÃO CRIMINAL
 Interesse de agir
• Sentença condenatória transitada em julgado;
• Absolvição imprópria
 Possibilidade jurídica do pedido
• Anular uma decisão;
• Absolvição;
• Pode ocorrer até mesmo, quando a decisão for absolutória
REVISÃO CRIMINAL
 Súmula 393/STF: Para requerer revisão criminal, o condenado não é
obrigado a recolher-se à prisão.
 Cabimento (621 CPP):
 I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei
penal ou à evidência dos autos;
 II – quando a sentença condenatória fundar-se em depoimentos, exames
ou documentos comprovadamente falsos;
 III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência
do condenado ou de circunstâncias que determine ou autorize
diminuição da pena.
REVISÃO CRIMINAL
 Revisão Criminal no Júri:
 É cabível, na medida em que a soberania dos veredictos é uma garantia
do acusado, não podendo se constituir em uma limitação da presente
ação.
 STJ, Nucci, Scarance Fernandes, entre outros, entendem que só é
possível que a revisão criminal desconstitua a decisão e propicie outro
julgamento.
 STF, Renato Brasileiro, Ada Grinover, entre outros, entendem que é
possível a desconstituição da decisão e a sua própria reforma.
REVISÃO CRIMINAL
 Efeitos:
 Julgada procedente, poderá ocorrer:
• Absolvição do réu
• Modificação da pena (redução)
• Alteração da classificação da infração;
• Anulação do processo;
 A quem se dirige:
• Ao Presidente do Tribunal que prolatou a decisão que se pretende
rescindir. Se for juiz de primeiro, ao TJ ou TRF.
• A Revisão é dirigida ao Presidente do Tribunal

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