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Formação para Coroinhas 1 - Luiz Miguel Duarte

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Prévia do material em texto

2
SUMÁRIO
Capa
Folha de rosto
Apresentação
Ao dirigente do grupo de coroinhas
Rito de ingresso no grupo de coroinhas
Oração do coroinha
1° encontro – Responsabilidades do coroinha
2° encontro – Liturgia e celebrações litúrgicas
3° encontro – Símbolos e gestos simbólicos
4° encontro – Posturas, movimentos e gestos
5° encontro – Espaço da celebração e vestes litúrgicas
6° encontro – Cores litúrgicas
7° encontro – Objetos destinados às celebrações litúrgicas (1)
8° encontro – Objetos destinados às celebrações litúrgicas (2)
9° encontro – Livros litúrgicos
10° encontro – Outros termos litúrgicos
11° encontro – Eucaristia: fundamentos bíblico-teológicos
12° encontro – Eucaristia: significados e consequências (1)
13° encontro – Eucaristia: significados e consequências (2)
14° encontro – Eucaristia: significados e consequências (3)
15° encontro – Esquema geral da celebração eucarística
16° encontro – A celebração eucarística parte por parte (1)
17° encontro – A celebração eucarística parte por parte (2)
18° encontro – A celebração eucarística parte por parte (3)
19° encontro – A celebração eucarística parte por parte (4)
20° encontro – A celebração eucarística parte por parte (5)
Leituras recomendadas
Coleção
Ficha catalográfica
3
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E
APRESENTAÇÃO
stimado(a) coroinha, no presente livro apresentaremos a você não só exercícios
práticos, mas também noções sobre liturgia, principalmente sobre a eucaristia. A
eucaristia, de fato, é o sacramento que irá ocupar seu tempo e interesse, a partir do
seu ingresso no grupo de coroinhas. Saber lidar com os objetos litúrgicos e com os
vários movimentos ao redor do altar é necessário e exemplar; entretanto é mais
importante e duradouro conhecer a origem e os fundamentos da celebração
eucarística.
Por isso, vamos dar uma olhada panorâmica sobre os seguintes temas: celebrações
litúrgicas, posturas, movimentos e gestos; símbolos e ações simbólicas; objetos,
paramentos, cores e livros litúrgicos. Depois veremos com mais detalhes a celebração
eucarística. No final, um índice de nomes poderá facilitar a consulta dos vários
assuntos do livro.
O curso está previsto para 20 encontros. No final de cada encontro você encontrará
atividades ou tarefas para casa, com o objetivo de ajudá-lo(a) a gravar melhor o tema
apresentado. Sugerimos que façam dois encontros por mês (total: dez meses), mas ao
dirigente caberá definir o que for melhor para a equipe de coroinhas.
Enfim, um esclarecimento: com a palavra coroinha entendemos não somente o
menino que ajuda o padre nas celebrações, mas também a menina. Aliás, é bom
lembrar que o papa São João Paulo II, em março de 1994, aprovou oficialmente a
presença de coroinhas-meninas como ajudantes nas celebrações litúrgicas.
Espero e desejo que estas orientações despertem em você, coroinha, maior interesse
pela casa e pelas coisas de Deus. Se os atos litúrgicos forem compreendidos e
celebrados com dignidade, a começar por você, estou convencido de que haverá
maior entusiasmo e participação da assembleia nos mistérios de Deus.
O AUTOR
4
Ao dirigente do grupo de coroinhas
Este livrinho é um auxílio para o seu trabalho junto aos coroinhas. Foi pensado e escrito para ser
usado diretamente por eles. Quanto a você, dirigente, apresento-lhe algumas sugestões:
• Leia e prepare com antecedência cada encontro. Para isso poderá se servir de outros textos que indico no final do
livro.
• Use sua criatividade para transmitir o conteúdo. No final de cada encontro, acrescento alguma atividade para o(a)
coroinha realizar e apresentar no encontro seguinte.
• Alimente um clima de respeito no grupo e desperte no coração dos coroinhas um sincero amor a Deus e generoso
interesse pela liturgia.
• É conveniente que cada coroinha tenha e utilize, se não a Bíblia toda, ao menos o Novo Testamento.
• Comece cada encontro com a Oração do Coroinha.
5
RITO DE INGRESSO NO GRUPO DE COROINHAS
Após a homilia, o catequista chama os eleitos pelo nome, dizendo:
Aproximem-se os que vão ingressar no grupo de coroinhas.
Cada eleito, chamado pelo nome, responde:
Aqui estou!
E, segurando as vestes nos braços, põe-se diante do altar e do sacerdote presidente da celebração. Em seguida,
o sacerdote, com estas ou outras palavras adequadas, explica o sentido do breve rito de ingresso no grupo de
coroinhas:
Sacerdote:
Caros filhos e filhas, vocês foram escolhidos para auxiliar o sacerdote (e o bispo)
principalmente durante a celebração eucarística. São chamados a exercer essa função
com toda a dignidade que o culto divino merece. Serão instruídos sobre importantes
aspectos teóricos e práticos da liturgia. Nossa comunidade os acolhe com alegria e
admiração. Desejamos que este novo serviço religioso leve cada um de vocês a se
aproximar sempre mais do Mestre Jesus de Nazaré. Portanto, preencham a vida de
vocês com os valores do Evangelho e perseverem na caminhada cristã como
fervorosos servidores do Reino de Deus.
A seguir, o sacerdote reza a oração de bênção sobre os eleitos e suas vestes:
Sacerdote:
OREMOS: Senhor e Pai de bondade, olhai com predileção para estes novos
coroinhas, que se dispõem a servir o vosso altar, e concedei que estas vestes
reservadas para as sagradas celebrações sejam por eles usadas com toda reverência.
Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
O sacerdote asperge as vestes com água benta. Auxiliados pelos catequistas, os novos coroinhas se revestem
com as vestes sagradas. Terminado o rito, os novos coroinhas podem se posicionar perto do altar.
6
7
ORAÇÃO DO COROINHA
Ó Jesus adolescente,
que vivias com o Pai celeste
em profunda e filial sintonia,
aceita nossa dedicação
a serviço da liturgia.
Nosso desejo é tratar com respeito,
sem preconceito,
as pessoas da comunidade,
que contam com teu auxílio
na difícil caminhada;
dá-nos um coração repleto de amor
aos pobres e simples deste mundo.
Alimenta-nos com tua palavra
e com teus ensinamentos,
pois queremos te ajudar, ó Jesus,
a transformar a sociedade,
e assim celebrarmos dignamente,
com sinais, ritos e movimentos,
a salvação que ofereces hoje e sempre
em favor da humanidade.
Amém!
8
1º ENCONTRO
9
RESPONSABILIDADES DO COROINHA
1. Participe das reuniões, missas e demais compromissos assumidos.
2. Seja pontual. Chegue a tempo para as reuniões e celebrações.
3. Seja asseado. Esteja sempre limpo, cabelos penteados, calçados e roupas bem-
arrumados.
4. Seja cuidadoso com as coisas da igreja e do altar. Trate os utensílios litúrgicos com
respeito, como objetos destinados ao culto divino.
5. Seja humilde e preste atenção no que lhe for ensinado pelas pessoas encarregadas
da sua formação.
6. Durante os atos litúrgicos, evite conversas, risos ou brincadeiras.
7. Seja educado com relação aos colegas e todas as pessoas da comunidade.
8. Cultive o gosto pela oração e leia cada dia um trecho do Novo Testamento.
9. Dedique-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor.
10. Observe o silêncio na igreja e na sacristia. E mantenha a concentração,
principalmente antes de começar algum ato litúrgico.
ATIVIDADE
Assinale, no gráfico, as palavras aqui relacionadas:
COMPROMISSOS, COMUNIDADE, CONCENTRAÇÃO, CUIDADOSO, EDUCADO,
ESTOLA, EVANGELHOS, HUMILDE, LITURGIA, MISSAS, PONTUAL,
PRINCIPALMENTE, RESPEITO, SILÊNCIO.
10
11
2º ENCONTRO
12
LITURGIA E CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
O QUE É LITURGIA?
Liturgia é, antes de tudo, AÇÃO. Ação supõe movimento. A liturgia se expressa mediante
palavras e gestos. Por isso, dizemos que a liturgia é feita de sinais sensíveis, ou seja, sinais
que chegam aos nossos sentidos (tato, paladar, olfato, visão e audição).
Antigamente, fora do campo religioso, liturgia queria dizer ação do povo. A Igreja passou a
aplicar este termo para indicar ação do povo reunido para expressar sua fé em Deus.
13
O QUE É CELEBRAR?
Celebrar tem vários significados: festejar em massa, solenizar, honrar, exaltar, cercar de
cuidado e de estima.
O ser humanoé naturalmente celebrativo. As pessoas facilmente se reúnem para celebrar
aniversários, vitórias esportivas, formaturas, batizados, casamentos, funerais...
O ato de celebrar implica alguns elementos importantes:
1. Celebrar é um ato público (reunião de pessoas). Não tem sentido uma pessoa celebrar o
próprio aniversário sozinha, fechada num quarto!
2. Celebrar supõe que haja momentos especiais. Momentos privilegiados. Não se celebra a
toda hora.
3. Celebrar requer motivação. Os motivos podem ser os mais variados: nascimento de um
bebê na família, dia da pátria, dia das mães, estreia de nova residência...
4. Celebrar depende de ritos. O que são ritos? São gestos que se repetem. Por exemplo, nos
aniversários, quais são os atos que se repetem? O convite, a chegada dos amigos, o bolo
geralmente enfeitado, as velinhas, o canto do parabéns, os comes e bebes... São atos
próprios da festa de aniversário. Por isso não se confunde com uma festa de casamento, que
por sua vez é composta de outros atos.
5. Celebrar supõe espaço. Um lugar onde as pessoas se reúnem.
6. Celebrar requer tempo. É necessário que haja hora marcada, a fim de que os participantes
se orientem. A celebração também tem uma duração (uma hora, o dia todo... dependendo
do que se trata).
Todos esses dados, ou seja, ato público, momentos especiais, motivação, ritos, espaço e
tempo, tudo isto se aplica a qualquer celebração.
14
CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
O que são celebrações litúrgicas? São encontros de Deus com seu povo reunido. Esses
encontros se realizam mediante algumas condições que chamamos elementos constitutivos
da celebração litúrgica.
Os principais elementos que constituem uma celebração litúrgica são os seguintes:
1. Assembleia: são pessoas batizadas que se reúnem para celebrar.
2. Ministros: há os ministros ordenados – bispos, padres, diáconos – e os ministros instituídos
– leitores e acólitos. Há numerosos outros ministros não ordenados nem instituídos:
ministro extraordinário para a distribuição da eucaristia, ministro da Palavra, ministro do
batismo... e ministros para os vários serviços da celebração litúrgica.
3. Proclamação da Palavra de Deus. Leitura de um trecho da Bíblia, escolhido para a
celebração.
4. Palavra da Igreja: explicação da palavra proclamada, homilia, orações.
5. Ações simbólicas: ritos e símbolos mediante os quais os fiéis entram em comunhão com
Deus.
6. Canto: indispensável na celebração, o canto expressa a harmonia dos cristãos, unidos pela
mesma fé.
7. Espaço: local da celebração; significa também ambiente onde se pode reforçar os laços de
fraternidade e lutar por melhores condições de vida.
8. Tempo: é a sucessão das horas do dia e da noite; é também a hora de Deus, o instante da
graça de Deus; são momentos em que Deus, desde toda a eternidade, vai realizando seu
plano de salvação na história humana.
ATIVIDADE
Completar as frases:
1. A liturgia é feita de sinais __________ , ou seja, sinais que chegam aos nossos
sentidos (tato, paladar, olfato, visão e audição).
2. O ser humano é naturalmente ____________________.
3. Celebrar é um ato ______________ (reunião de pessoas).
4. Celebrar depende de _________ . São gestos que se repetem.
5. Celebrar supõe ____________. Um lugar onde as pessoas se reúnem.
6. ______________ é um grupo de pessoas batizadas que se reúnem para celebrar.
15
7. ______________ são ritos e símbolos mediante os quais os fiéis entram em
comunhão com Deus.
8. Na celebração litúrgica, o canto expressa a ___________ dos cristãos, unidos
pela mesma fé.
16
3º ENCONTRO
17
C
SÍMBOLOS E GESTOS SIMBÓLICOS
ostumamos dizer que a bandeira nacional é símbolo da pátria. Isto quer dizer
que, quando você vê ou toca a bandeira, logo seu pensamento voa até o país que
ela representa, por exemplo, o Brasil. Então, através da bandeira do Brasil você passa
a considerar tudo o que pertence ao Brasil, sua extensão, as matas, os rios, as
riquezas, o povo, enfim, tudo o que faz parte do Brasil. E se alguém ofender a
bandeira, mexe com o sentimento patriótico dos brasileiros.
Então o símbolo (objeto) nos transporta para outra realidade que está além do
símbolo e tem relação com o símbolo. Vamos dar um exemplo, tirado do mundo
cristão: o crucifixo. Todo cristão reconhece no crucificado a pessoa de Jesus Cristo,
que nos redimiu do pecado e nos salvou. Portanto, aquele objeto de metal, madeira,
ou outro material, simboliza nosso Redentor, Jesus Cristo. Por isso tratamos com
respeito o crucifixo.
Gestos simbólicos são ações que têm a mesma função do símbolo, isto é, nos
transportam para outra dimensão, outra realidade, que tem relação com o gesto
simbólico. Por exemplo, no início da missa, o padre traça sobre si o sinal da cruz,
enquanto diz as palavras: “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. É um
gesto simbólico, que nos remete à Santíssima Trindade a quem invocamos nesse
momento.
A seguir, vamos explicar brevemente alguns sinais ou símbolos cristãos utilizados
com frequência na liturgia.
Primeira e última letras do alfabeto grego (Alfa e Ômega). São aplicadas a Cristo, princípio
e fim de todas as coisas. Em geral aparecem no círio pascal, mas também nos paramentos
litúrgicos, no ambão e no tabernáculo.
Este sinal é formado por duas letras do
18
alfabeto grego (X+P) e correspondem
ao C e R da língua portuguesa.
Ajuntando as duas, formavam-se as
iniciais da palavra CRISTÓS: Cristo.
Com frequência este sinal aparece nos
paramentos dos padres, no ambão, na
porta do sacrário e na hóstia.
IHS: são as iniciais das palavras latinas
Iesus Hominum Salvator, que
significam: Jesus Salvador dos
Homens. Geralmente são empregadas
nas portas dos tabernáculos e nas
hóstias
PEIXE: símbolo de Cristo. No início do
cristianismo, em tempos de
perseguição, o peixe era o sinal que os
cristãos usavam para representar o
19
Salvador. É que as iniciais da palavra
peixe na língua grega - IXTYS -
indicavam quem era Jesus: IESÚS
CRISTÓS TEÓS YÓS SOTÉR: Jesus
Cristo, Filho de Deus Salvador.
As letras INRI são as iniciais das
palavras latinas Iesus Nazarenus Rex
Iudaeorum, que significam: Jesus
Nazareno Rei dos Judeus. O Evangelho
de João nos informa que essas palavras
estavam escritas em três línguas
(hebraico, latim e grego) sobre a cruz
de Jesus (cf. João 19,19).
Os símbolos falam por si e têm grande poder de comunicação. Podemos escolher os
símbolos para as celebrações, mas não devemos explicá-los, porque, à medida que os
explicamos, empobrecemos seus significados e encurtamos o seu alcance. Cada
pessoa será atingida pelo símbolo conforme sua compreensão, sua história de vida,
sua situação no momento atual.
20
Um símbolo bem aproveitado nas celebrações poderá ser suficiente para atingir os
objetivos desejados pela equipe de liturgia. Por isso, sou do parecer que, numa
mesma celebração litúrgica, não se devem acumular símbolos. Símbolos amontoados
são símbolos desperdiçados.
ATIVIDADE
Complete o gráfico com as seguintes palavras:
ALFA, CRISTO, CRUZ, ESCOLHER, GESTOS SIMBÓLICOS, LITURGIA, ÔMEGA, PEIXE,
REI, SACRÁRIO, SALVADOR, SÍMBOLO.
21
4º ENCONTRO
22
POSTURAS, MOVIMENTOS E GESTOS
Nas celebrações litúrgicas, as diversas posturas ou atitudes são expressões corporais
simbólicas que expressam o modo da pessoa se relacionar com Deus.
A seguir, apresento as principais posturas:
1. Estar em pé: é a posição do Cristo Ressuscitado, atitude de quem está disposto a
obedecer, pronto para partir. Indica também a atitude de quem acolhe em sua casa.
Estar em pé demonstra prontidão para pôr em prática os ensinamentos de Jesus.
2. Estar sentado: é a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete. Na
liturgia, esta posição cabe principalmente durante as leituras (exceto a leitura do
Evangelho), na hora da homilia e quando a pessoa está concentrada, meditando.
3. Estar ajoelhado: é a posição de quem se põe em oração profunda, confiante.
Jesus “pôs-se de joelhos e rezava: ‘Pai, se queres, afasta de mim este cálice’” (Lucas
22,41b-42a). Lembremos o leproso que “aproximou-sede Jesus, suplicando de
joelhos...” (Marcos 1,40).
4. Fazer genuflexão: faz-se dobrando o joelho direito até o solo. Significa
adoração, pelo que é reservada ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer
guardado no sacrário.
Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos
que se usam nas celebrações, por exemplo, a cruz, os castiçais, o evangeliário.
5. Prostrar-se: significa estender-se no chão; expressa profundo sentimento de
indignidade, humildade, e também de súplica. Esse gesto está previsto na Sexta-feira
santa, no início da celebração da Paixão. Também os que vão ser ordenados diáconos
e presbíteros se prostram. Em algumas ordens ou congregações religiosas se prevê a
prostração na celebração da profissão dos votos religiosos.
6. Inclinar o corpo: é uma atitude intermediária entre estar em pé e ajoelhar-se.
Sinal de reverência e de honra que se presta às pessoas ou às imagens. Faz-se
inclinação diante da cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a bênção;
quando, durante o ato litúrgico, há necessidade de passar diante do tabernáculo; antes
e depois da incensação, e todas as vezes em que vier expressamente indicada nos
diversos livros litúrgicos.
7. Bater no peito: é expressão de dor e arrependimento dos pecados. Ocorre na
oração Confesso a Deus todo-poderoso...
8. Caminhar em procissão: é atitude de quem não tem morada fixa neste mundo;
não se acomoda, mas se sente peregrino e caminha na direção dos irmãos e irmãs,
principalmente os empobrecidos e marginalizados.
Existem algumas procissões que se realizam fora da Igreja, por exemplo, na
solenidade de Corpus Christi, no Domingo de Ramos, na festa do padroeiro..., e
outras pequenas procissões que se fazem no interior da igreja durante a celebração
23
eucarística: a procissão de entrada, a das ofertas e a da comunhão. A procissão do
Evangelho é muito significativa e se usa geralmente nas celebrações mais solenes.
9. Silêncio: é atitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito,
atenção, meditação, desejo de ouvir e meditar a palavra de Deus. Na celebração
eucarística, se prevê um instante de silêncio no ato penitencial e após o convite à
oração inicial; após uma leitura ou após a homilia. Depois da comunhão, todos são
convidados a observar o silêncio sagrado. O silêncio litúrgico, porém, previsto nas
celebrações, não pode ser confundido com o silêncio ocasionado por alguém que
deixou de realizar a sua função, o que causa inquietação na assembleia.
A celebração litúrgica é feita de gestos, palavras, cantos e também de instantes de
silêncio. Tudo isso confere ritmo e dá harmonia ao conjunto da celebração.
ATIVIDADE
Aprender o significado de cada gesto. O dirigente poderá sortear entre os
participantes um bilhetinho onde se lê, por exemplo, “ESTAR EM PÉ”. Quem for
sorteado explicará o que significa esse gesto. Prossegue o sorteio com outras
expressões (estar ajoelhado, prostrar-se...).
24
5º ENCONTRO
25
ESPAÇO DA CELEBRAÇÃO E VESTES LITÚRGICAS
ESPAÇO DA CELEBRAÇÃO
■ Presbitério: espaço ao redor do altar, geralmente um pouco elevado, onde se
realizam os ritos sagrados.
■ Altar: mesa fixa ou móvel destinada à celebração eucarística.
■ Ambão ou mesa da palavra: estante de onde se proclama a palavra de Deus.
■ Credência: mesinha onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na
celebração.
■ Púlpito: nas igrejas mais antigas, lugar de onde o sacerdote dirige a pregação.
■ Sacrário ou tabernáculo: espécie de pequena urna onde se guarda o Santíssimo
Sacramento.
■ Batistério: lugar reservado para a celebração do batismo. Em substituição ao
verdadeiro batistério, usa-se a pia batismal.
■ Sacristia: sala anexa à igreja onde se guardam as vestes dos ministros e os objetos
destinados às celebrações; é o lugar onde os ministros se paramentam.
■ Nave da igreja: espaço reservado aos fiéis.
VESTES LITÚRGICAS / PARAMENTOS
■ Alva ou túnica: veste longa, de cor branca,
comum aos ministros de qualquer grau.
26
■ Amito: pano que o padre coloca ao redor do pescoço antes de revestir outros
paramentos.
■ Casula: veste própria do
sacerdote que preside a
celebração. Espécie de manto que
se veste sobre a alva e a estola. A
casula acompanha a cor litúrgica
do dia.
27
■ Cíngulo: cordão com o qual se prende a
alva ao redor da cintura.
28
■ Dalmática: veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola.
■ Estola: veste litúrgica dos ministros
ordenados. O bispo e o presbítero a colocam
sobre os ombros de modo que caia pela frente
em forma de duas tiras. Os diáconos usam a
estola a tiracolo sobre o ombro esquerdo,
pendendo-a do lado direito.
29
■ Pluvial ou capa de asperges: capa longa que o sacerdote usa nas procissões; ao dar
a bênção com o Santíssimo; ao aspergir a assembleia, e em outras ações sagradas
conforme as rubricas de cada rito.
■ Véu do cálice: pano quadrado com o qual se cobre o cálice (quase não se usa mais).
■ Véu umeral ou véu de ombros: manto retangular que o sacerdote usa sobre os
ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou ao transportar o ostensório com o
Santíssimo Sacramento.
AS INSÍGNIAS DO BISPO
■ Mitra: uma espécie de chapéu alto com duas pontas na parte superior e duas tiras
da mesma tela que caem sobre os ombros.
■ Báculo: cajado que o bispo utiliza para as celebrações. Simboliza que o bispo é
pastor.
■ Anel: simboliza a união do bispo com os fiéis de sua diocese e, de maneira mais
abrangente, a união do bispo com toda a Igreja.
■ Cruz peitoral: cruz que os bispos levam sobre o peito.
30
OBSERVAÇÕES:
1. O solidéu, usado também pelo bispo, é uma peça de tela em forma arredondada e côncava
que cobre a coroa da cabeça.
2. Quanto à veste dos coroinhas, não há nenhuma norma. Geralmente fica a critério do
pároco. Na maioria das comunidades, os coroinhas vestem uma túnica branca, longa, por
vezes amarrada na cintura com um cíngulo.
ATIVIDADE
Troque os símbolos pelas letras correspondentes. Vão aparecer, nas linhas
horizontais, palavras do 5º encontro:
31
6º ENCONTRO
32
CORES LITÚRGICAS
→ O BRANCO simboliza a vitória, a paz, a alegria. É usado nos ofícios e missas
do tempo pascal e do Natal; nas festas e memórias do Senhor, exceto as da Paixão;
nas festas e memórias da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos
Santos não mártires, na festa de Todos os Santos, São João Batista, São João
Evangelista, Cátedra de São Pedro e Conversão de São Paulo.
→ O VERMELHO simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado
no domingo da Paixão (Ramos) e na Sexta-feira santa; no domingo de Pentecostes,
nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas (menos
João) e nas celebrações dos santos mártires.
→ O VERDE é a cor da esperança. É usado nos ofícios e missas do tempo comum.
→ O ROXO simboliza a penitência. É usado no tempo do advento e na quaresma.
Pode também ser usado nos ofícios e missas pelos mortos.
→ O PRETO é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos.
→ O ROSA simboliza a alegria. Pode ser usado no III domingo do advento e no IV
domingo da quaresma.
Observações:
Quanto ao tempo do advento, hoje há uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para diferenciá-lo do tempo
quaresmal (penitência) e acentuar a dimensão de alegre expectativa da vinda do Senhor. Nas missas pelos defuntos usa-se
o roxo ou o preto. Mas tem-se usado também o branco, para se dar ênfase não ao sofrimento, mas à ressurreição. Sobre o
altar coloca-se uma toalha de cor branca.
ATIVIDADE
Encontre, no gráfico, as palavras relacionadas abaixo:
ADVENTO, ALEGRIA, BRANCO, MARTÍRIO, NATAL, PÁSCOA, PENITÊNCIA, PRETO,
QUARESMA, ROSA, ROXO, TODOS OS SANTOS, VERDE, VERMELHO, VITÓRIA.
33
34
7º ENCONTRO
35
OBJETOS DESTINADOS ÀS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
(1)
• Objetos litúrgicos: não são apenas coisas concretas; são sinais, por isso
transmitem mensagem, não só pela presença deles, mas pelo modo como são
utilizados ou conservados. A beleza da patena, do cálice, da âmbula,o formato e o
acabamento das velas, as flores naturais e sua conservação, tudo isso deve concorrer
para uma proveitosa celebração do memorial da Páscoa de Cristo.
O dirigente prepare antecipadamente os objetos que serão apresentados a seguir.
• Âmbula, cibório ou píxide: recipiente
para a conservação e distribuição das
hóstias aos fiéis.
• Aspersório: instrumento com que se
joga água benta sobre o povo ou
objetos.
• Caldeirinha: vasilha em que se
coloca água benta para aspersão do
povo.
• Cálice: recipiente no qual se
consagra o vinho durante a missa.
36
• Candelabro: grande castiçal com ramificações, a cada uma das quais corresponde
um foco de luz.
• Castiçal: utensílio que serve de suporte para uma vela.
✓ Como segurar os castiçais
Veja, na figura ao lado, a maneira correta de
pegar os castiçais: quem vai do lado direito põe a
mão esquerda na base do castiçal e com a direita
segura-o no meio, pelo nó; quem vai do lado
esquerdo põe a mão direita na base do castiçal e
com a esquerda segura-o pelo referido nó.
• Corporal: tecido em forma quadrangular sobre o qual se depõem o cálice com vinho
e a patena com a hóstia.
• Galhetas: dois recipientes contendo
respectivamente a água e o vinho para
a celebração eucarística.
37
• Hóstia: pedaço de pão não fermentado, usado para a celebração eucarística, para a
comunhão do padre. É comum ter a forma circular.
◆
• Manustérgio: toalha com que o sacerdote enxuga as mãos, após lavá-las durante a
missa.
◆
• Pala: cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e o cálice.
◆
• Patena: pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia durante a
celebração da missa.
◆
• Partícula: pequeno pedaço de pão sem fermento, em geral de forma circular, que o
padre consagra para a comunhão dos fiéis.
◆
• Sanguinho ou purificatório: tecido retangular com o qual o sacerdote, depois da
comunhão, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.
◆
• Teca: pequeno estojo, geralmente de metal, em que se leva a eucaristia aos
enfermos. É usada também na celebração eucarística para conter as partículas.
ATIVIDADE
Cada gráfico contém letras embaralhadas que formam uma palavra do 7º
Encontro: Objetos destinados às celebrações litúrgicas (1).
38
39
8º ENCONTRO
40
OBJETOS DESTINADOS ÀS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
(2)
• Círio pascal: vela grande que é
benzida e solenemente introduzida na
igreja no início da vigília pascal; em
seguida é colocada ao lado da mesa
da palavra ou ao lado do altar. O círio
permanece aceso durante as ações
litúrgicas do tempo pascal (até a festa
de Pentecostes). Em muitos lugares,
costuma-se colocar o círio, fora do
tempo pascal, junto à fonte batismal,
acendendo-o em cada celebração
batismal. O círio pascal aceso
simboliza o Cristo ressuscitado.
• Incenso: resina aromática extraída de várias plantas, para se colocar sobre brasas
nas celebrações. A maior parte das religiões antigas usava o incenso. O povo da
Bíblia também fazia uso dele em suas celebrações (cf. Êxodo 30,7-8; Levítico 16,12-
13). O livro do Apocalipse fala de uma solene celebração em que se usa o incenso (cf.
Apocalipse 8,3-4). O ato de incensar significa: a) oração que sobe como fumaça
aromática ao trono do Altíssimo (cf. Salmo 141,2); b) adoração direta: diante do
Santíssimo Sacramento; adoração indireta: diante da cruz, do altar, do evangelho; c)
veneração e honra: diante de imagens dos santos e quando feito a pessoas ou ao corpo
do fiel falecido, como sinal de honra devida a um templo do Espírito Santo (cf. 1
Coríntios 6,19).
✓ Como segurar o turíbulo
Segure a argola da coroa do turíbulo com o dedo
mínimo e a argola da corrente com o dedo polegar.
Esta é a posição que deve manter normalmente
durante a celebração ou enquanto acompanha a
procissão.
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✓ Como apresentar o turíbulo para pôr incenso
Mantenha o turíbulo seguro pela mão esquerda, pegue as correntes bem embaixo e erga o turíbulo (aberto)
até uma altura cômoda ao presidente da celebração. O coroinha, com a naveta aberta, apresenta o incenso
ao sacerdote. Quando o sacerdote terminar de pôr o incenso, você, discretamente fecha o turíbulo e com a
mão direita segure a parte superior do turíbulo, entregando-o ao sacerdote.
✓ Como incensar
Quem incensa segura com a mão esquerda a
parte superior das correntes que sustentam
o turíbulo, e com a direita segura as
mesmas correntes todas juntas perto do
turíbulo, de modo a poder comodamente
lançá-lo e puxá-lo para si. Tenha o cuidado
de o lançar com suavidade e decoro, sem
mover o corpo ou a cabeça, enquanto
movimenta o turíbulo para a frente ou para
trás. A mão esquerda que segura a parte
superior das correntes deve ficar firme
encostada ao peito.
• Para incensar o altar, use movimentos simples. Não é necessário que o turíbulo
toque as correntes.
• Para incensar o presidente da celebração, primeiro faça pequena reverência, dê
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três lances duplos, em seguida, uma pequena reverência.
• Para incensar o evangeliário (ou lecionário), antes da proclamação do Evangelho,
utilize três lances duplos. Faça uma pequena reverência antes e outra depois.
• Para incensar a assembleia, o turiferário em pé, no centro e na frente, faça pequena
reverência, dê um lance simples para o centro, outro para a esquerda e outro para a
direita. Termine com uma pequena reverência em direção ao centro.
• Durante a elevação da hóstia consagrada, aplique três lances duplos. Faça o
mesmo quando o presidente da celebração ergue o cálice.
• Luneta: peça circular do ostensório onde se coloca a hóstia consagråada para a
exposição do Santíssimo.
• Naveta: pequeno vaso onde se transporta o incenso nas ações litúrgicas.
• Ostensório: objeto no qual se mostra aos fiéis a hóstia consagrada na solene
exposição do Santíssimo.
• Turíbulo: vaso utilizado para as incensações durante a celebração.
ATIVIDADE
Complete as linhas horizontais com palavras referentes à celebração eucarística.
Para facilitar a solução, responda ao questionário seguinte.
1. O mesmo que âmbula:__________. 2. Recipientes contendo água e vinho para a
missa:____________. 3. Livro usado pelo padre para a celebração
eucarística:___________. 4. Pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia
durante a celebração da missa:_____________. 5. A mesma coisa que mesa da
palavra:____________. 6. Livro litúrgico que contém as leituras da
missa:_______________. 7. Cartão quadrado revestido de pano, para cobrir o
cálice:_________. 8. Utensílio que serve de suporte para uma vela:_____________.
9. Juntamente com o vinho, é apresentado no altar e se torna o Corpo de
Cristo:_____. 10. Pano retangular com o qual o sacerdote, depois da comunhão, seca
o cálice: _______________. 11. Recipiente no qual se consagra o
vinho:____________. 12. O mesmo que píxide:______________.13. Pequeno estojo
de metal com que se leva a eucaristia aos enfermos:________. 14. Pedaço de pão não
fermentado, usado na celebração da missa para a comunhão do padre:____________.
15. Pequeno pedaço de pão sem fermento que o padre consagra para a comunhão dos
fiéis:_____________. 16. O mesmo que cibório:______________. 17. Pequena
toalha com que o sacerdote enxuga as mãos, após apresentar as
oferendas:__________________. 18. Mesa fixa ou móvel destinada à celebração
eucarística:___________. 19. É ofertado no altar, juntamente com o pão e se torna o
Sangue de Cristo:___________. 20. Tecido em forma quadrangular sobre o qual se
depõem o cálice com vinho e a patena com a hóstia:______________.21. Mistura-se
uma gota com o vinho:________.
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44
9º ENCONTRO
45
LIVROS LITÚRGICOS
São livros que contêm orações, ritos, rubricas e textos bíblicos para as diversas celebrações.
É importante que eles sejam tratados com cuidado e respeito, pois é deles que se proclama a
Palavra de Deus e se profere a oração da Igreja.
→ MISSAL ROMANO: livro usado pelo sacerdote para a celebração eucarística. O
Missal contém:
Rito da Missa (partes fixas)
Próprio do tempo - advento, Natal, quaresma, tempo comum etc.;
Próprio dos santos;
Vasta coleçãode prefácios;
Várias orações eucarísticas;
Missas rituais: batismo, confirmação, profissão religiosa etc.;
Missas e orações para diversas necessidades: pelo papa, pelos bispos, pelos
governantes, pela conservação da paz e da justiça etc.;
Missas votivas: Santíssima Trindade, Espírito Santo, Nossa Senhora etc.;
Missas dos fiéis defuntos.
No início, o Missal apresenta longa e preciosa introdução contendo a Instrução Geral
sobre o Missal Romano e as Normas Universais para o Ano Litúrgico e o Calendário.
→ LECIONÁRIO: livro que contém as leituras para a celebração eucarística. Os
principais lecionários são:
I Lecionário dominical: compreende as leituras para as missas dos domingos
e de outras solenidades e festas.
Toda missa dominical apresenta três leituras, mais o salmo responsorial: a primeira leitura, do Antigo Testamento
(salvo no tempo pascal em que se lê Atos dos Apóstolos); a segunda, das Cartas dos apóstolos ou do Apocalipse; a terceira,
do Evangelho.
Para que haja uma leitura mais variada e abundante da Sagrada Escritura, a Igreja propõe, para os domingos e festas,
um ciclo de três anos: A, B, C.
Ao ANO A correspondem as leituras de São Mateus; ao ANO B, as leituras de São Marcos, mais o capítulo 6° de São
João; ao ANO C, as leituras de São Lucas. O Evangelho de São João é geralmente proclamado nos tempos especiais
(advento, quaresma, tempo pascal) e nas grandes festas.
II Lecionário semanal: contém as leituras para os dias de semana de todo o
Ano litúrgico. No Tempo Comum, a primeira leitura e o salmo responsorial
de cada dia estão classificados por ano ímpar e ano par. O evangelho é o
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mesmo para os dois anos.
III Lecionário santoral: o título completo é: “Para as missas dos santos, dos
comuns, para diversas circunstâncias e votivas”.
IV Lecionário do Pontifical Romano: contém as leituras que acompanham o
Pontifical Romano. O Pontifical Romano é um livro que agrupa diversos
livros litúrgicos usados nas celebrações presididas pelo bispo, por exemplo,
crisma, ordenações, instituições de ministérios etc.
→ EVANGELIÁRIO: livro dos evangelhos, usado na missa para a proclamação ou
o canto do evangelho.
→ LITURGIA DAS HORAS ou Ofício Divino: designação dada à oração de louvor
da Igreja, que tem por objetivo estender às diversas horas do dia a glorificação de
Deus, que encontra seu ponto mais elevado na celebração eucarística. Compreende
quatro volumes:
Volume I: Tempo do advento, Natal e epifania.
Volume II: Tempo da quaresma, tríduo pascal e tempo pascal.
Volume III: Tempo comum (da 1ª a 17ª semana).
Volume IV: Tempo comum (da 18ª a 34ª semana).
RITUAIS: São livros que contêm a celebração dos sacramentos. Começam com uma
Introdução, que resume a teologia, a espiritualidade, a pastoral e as normas práticas.
Em seguida vem a celebração do respectivo sacramento, e no final estão as leituras
correspondentes.
Ritual da dedicação de igreja e de altar
Ritual de bênçãos
Ritual do matrimônio
Ritual de ordenação de bispos, presbíteros e diáconos
Ritual do batismo de crianças
Ritual da confirmação
Ritual da iniciação cristã dos adultos
Ritual da penitência
Ritual da unção dos enfermos e sua assistência pastoral
Ritual de exorcismos e outas súplicas
Sacramentário
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Para conhecer as capas dos livros citados, visite a seção de Liturgia no site
da Editora PAULUS (www.paulus.com.br).
ATIVIDADE
Complete as linhas horizontais com palavras referentes a Livros Litúrgicos (9º
encontro).
ANO LITÚRGICO, CONFIRMAÇÃO, DOMINICAL, EVANGELIÁRIO, INSTRUÇÃO
GERAL, LECIONÁRIO, LITURGIA DAS HORAS, LIVROS LITÚRGICOS, MINISTÉRIO,
MISSAL ROMANO, MISSAS VOTIVAS, OFÍCIO DIVINO, PONTIFICAL ROMANO,
RITUAIS, RITUAL DE BÊNÇÃOS, SANTORAL, SEMANAL.
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http://paulus.com.br/loja
10º ENCONTRO
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OUTROS TERMOS LITÚRGICOS
→ Aleluia: palavra hebraica – louvai o Senhor. É uma expressão de alegria que se
usa principalmente na aclamação ao Evangelho; no ofício, muitas vezes;
abundantemente no tempo pascal. Não se usa no tempo da quaresma.
→ Alfaias litúrgicas: são todos os objetos que servem ao exercício da liturgia, por
exemplo, cálice, patena, casula etc.
→ Amém: palavra hebraica que alguns traduzem por assim seja, assim aconteça. Esta
palavra não se traduz. O Apocalipse (3,14) chama Jesus de o Amém, e a 2ª Carta aos
Coríntios (1,20) afirma que é em Jesus que dizemos amém. Santo Agostinho diz que
o nosso amém é a nossa assinatura, o nosso compromisso.
→ Ano litúrgico: período de doze meses em que a Igreja celebra os mistérios de
Cristo. Inicia com o primeiro domingo do advento e termina com o último domingo
do tempo comum (festa de Cristo Rei). A festa central é a Páscoa, precedida pela
quaresma e seguida do tempo pascal. A este período dá-se o nome de ciclo de Páscoa.
Depois tem-se a festa de Natal, precedida pelo advento e seguida do tempo natalino.
A este período dá-se o nome de ciclo de Natal. Afora o ciclo de Páscoa e o ciclo de
Natal, desenrola-se o tempo comum: a primeira parte - que varia de quatro a nove
semanas - coloca-se entre a festa do batismo do Senhor e a quarta-feira de cinzas; a
segunda parte vem logo após a festa de Pentecostes e vai até o final do ano litúrgico.
Ao longo do ano distribuem-se as festas dos santos: santoral.
→ Antífona: texto curto antes e depois de cada salmo da Liturgia das Horas. Na
missa tem-se a Antífona da Entrada e a Antífona da Comunhão.
→ Cânon da missa: oração eucarística da missa.
→ Catecumenato: tempo de iniciação à vida cristã e preparação para o batismo.
→ Concelebração: celebração simultânea de mais de um sacerdote à mesma missa.
→ Doxologia: fórmula de louvor que geralmente se usa em honra da Santíssima
Trindade. Na liturgia, recebem o nome de doxologia o “Glória ao Pai...”, o “Glória a
Deus nas alturas” e o “Por Cristo, com Cristo...”, no final da oração eucarística.
→ Cruciferário: aquele que leva a cruz nas procissões.
→ Epiclese: oração da missa com a qual se invoca a descida do Espírito Santo para
que ele, antes da consagração, santifique as oferendas, e após a consagração
santifique e associe a assembleia dos fiéis à vida de Cristo.
→ Epístola: na Antiguidade, comunicação escrita de qualquer tipo. O Novo
Testamento contém vinte e uma epístolas ou cartas. As epístolas normalmente tratam
de temas gerais e são dirigidas não a uma pessoa em particular, mas ao público em
geral.
→ Exéquias: ritos em favor dos fiéis falecidos.
→ Hosana: palavra de origem hebraica que significa salva-nos, por favor! Foi
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proclamada pelas multidões que foram ao encontro de Jesus em sua entrada solene
em Jerusalém, para indicar sua real dignidade messiânica (cf. Mateus 21,9). Esta
palavra aparece após o prefácio, na aclamação: Santo, Santo, Santo!
→ Kyrie eleison: expressão grega que significa Senhor, piedade. É uma invocação
antiga mediante a qual os fiéis imploram a misericórdia do Senhor.
→ Lavabo: ato de lavar as mãos. Na missa, o lavabo se dá após a apresentação das
ofertas. Além disso, o lavabo ou ablução ocorre quando o sacerdote tem necessidade
de lavar as mãos, por ocasião do lava-pés, imposição das cinzas, unção das mãos do
neossacerdote...
→ Memento: parte da oração eucarística em que se recordam os vivos e os falecidos.
→ Oitava: solenidades de Natal e Páscoa, que se celebram por oito dias.
→ Reserva eucarística: hóstias consagradas, guardadas no sacrário.
→ Rubricas: regras ou explicações impressas em vermelho – rubro significa
vermelho – para o reto desenrolar das ações litúrgicas.
→ Sacramentais: são sinais sagrados e ações litúrgicas não instituídos por Cristo,
mas introduzidos pela Igreja, para proveito espiritual dos fiéis. São sacramentais,
entre outros, as diversas bênçãos e os objetos benzidos, assim como a dedicação de
uma igreja e a consagração de objetos e paramentos destinados ao culto.
→ Sacramentário: livro que engloba os diversos Rituais dos Sacramentos e Ritual de
Exéquias.
→ Turiferário: pessoa que leva o turíbulo.
→ Viático: comunhão que se leva aos que se encontram gravemente enfermos.
ATIVIDADEComplete o gráfico com palavras do 10º encontro:
ANO LITÚRGICO, CÂNON DA MISSA, CATECUMENATO, CONCELEBRAÇÃO,
CRUCIFERÁRIO, DOXOLOGIA, EXÉQUIAS, OITAVA, OITO, RITOS, RUBRICAS,
SACRAMENTÁRIO.
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11º ENCONTRO
53
A
EUCARISTIA: FUNDAMENTOS BÍBLICO-TEOLÓGICOS
▶ Origem ◀
celebração eucarística tem sua origem na última ceia de Jesus. No contexto da
ceia pascal dos judeus, Jesus antecipa o dom total de si mesmo em sacrifício de
redenção e institui o memorial da Nova Aliança. Jesus realiza ritualmente, isto é, por
meio de rito, o que vai realizar na realidade (morte na cruz).
A ceia pascal dos judeus recordava o acontecimento mais importante do Antigo
Testamento, ou seja, a saída do povo da escravidão do Egito e a entrada na terra
prometida. Era a festa da libertação. Passagem da opressão para a liberdade, da morte
para a vida. Essa recordação se fazia por meio de um banquete (ceia pascal) no qual
se consumiam ervas amargas, pão e o cordeiro, e se bebia vinho.
54
▶ A instituição ◀
Jesus convida seus discípulos para a ceia pascal e introduz aí um elemento novo: o
pão se torna o Corpo de Jesus, e o vinho o seu Sangue (cf. Lucas 22,14-20. Jesus,
“tomando um pão, deu graças, partiu e deu a eles, dizendo: ‘Isto é o meu corpo, que é
entregue por vocês. Façam isto em memória de mim’. Depois da ceia, fez o mesmo
com o cálice e disse: ‘Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado
por vocês’”.
Retomando as palavras da instituição da eucaristia, encontramos quatro verbos que
constituem hoje a estrutura fundamental da celebração eucarística: tomar, dar graças,
partir e dar. Vejamos a que parte da missa corresponde cada um desses verbos:
• Tomar = apresentação das oferendas
• Dar graças = oração eucarística
• Partir = fração do pão
• Dar = comunhão.
Este é o núcleo fundamental da celebração eucarística desde a origem.
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▶ Duas mesas ◀
No evangelho segundo Lucas, encontramos o episódio dos discípulos de Emaús (cf.
Lucas 24,13-33). Nesse relato é possível perceber que, ao lado da mesa eucarística, já
havia a mesa da palavra. Temos, portanto, os traços principais da atual celebração
eucarística:
1ª parte: Lucas 24,25. Jesus cita e explica as Escrituras (mesa da palavra).
2ª parte: Lucas 24,30. Jesus toma o pão e o abençoa, depois o parte e o distribui a
eles (mesa da eucaristia).
Uma passagem dos Atos dos Apóstolos mostra como, no tempo dos apóstolos, já se
abria espaço para a palavra de Deus, ao lado da fração do pão. Podemos dizer que são
os rudimentos do que chamamos atualmente a mesa da palavra:
“No primeiro dia da semana (domingo), estávamos reunidos para a fração do pão. Paulo, que devia
partir no dia seguinte, dirigia a palavra aos fiéis, e prolongou o discurso até a meia-noite. Havia muitas
lâmpadas na sala superior, onde estávamos reunidos (...) Depois subiu novamente, partiu o pão e
comeu. Ficou conversando com eles até de madrugada, e depois partiu” (cf. Atos 20,7-8.11).
Relatos da instituição da eucaristia:
1 Coríntios 11,23-26; Lucas 22,14-20; Marcos 14,20-25; Mateus 26,26-29.
Nomes da eucaristia:
→ Ceia do Senhor. Este é considerado o termo mais antigo para designar a eucaristia. Encontra-se em 1 Coríntios 11,20.
→ Fração do pão. Este termo encontra-se nas seguintes passagens do Novo Testamento: Lucas 24,35; Atos 2,42.46;
20,7.11; 27,35.
→ Eucaristia. Esta palavra aparece na Didaqué 9-10.14. A Didaqué é um dos testemunhos mais antigos, provavelmente
do fim do século I, sobre a vida da Igreja e a eucaristia.
→ Sacrifício. Termo utilizado a partir do século III, que adquiriu grande importância na Idade Média.
→ Liturgia. A partir do século IX; antes significava o conjunto das ações litúrgicas ou o Ofício Divino.
→ Missa, com o sentido de despedir, dispensar: o que se refere a uma parte (o final da celebração) passou a designar toda
a celebração.
ATIVIDADE
1) Encenar a última ceia, a partir dos relatos da instituição da eucaristia.
2) Encenar o episódio dos discípulos de Emaús (Lucas 24,13-33).
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12º ENCONTRO
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EUCARISTIA: SIGNIFICADOS E CONSEQUÊNCIAS
(1)
De forma resumida, apresento os principais significados da eucaristia, bem como suas
exigências e implicações.
58
A
▶ Eucaristia é ação de graças ◀
palavra eucaristia vem da língua grega e significa agradecimento, ação de graças,
reconhecimento. É a resposta que brota espontânea do ser humano diante das
manifestações de Deus na criação e na história humana.
Quando ganhamos um presente, é natural expressarmos nossa gratidão a quem nos
presenteia. Dizemos “muito obrigado” ou “Deus lhe pague”; damos um abraço
sincero; enviamos uma mensagem pelo celular ou retribuímos com alguma
lembrança. Cada um encontra o jeito para comunicar sua alegria pelo presente
recebido.
Viver em ação de graças implica oferecer ao Pai, por Cristo, as coisas criadas e a
própria pessoa. A vida de Jesus foi uma constante ação de graças. Basta lembrar as
seis narrativas da “multiplicação” dos pães e dos peixes. Em todas elas se lê que Jesus
pegou os pães e os peixes e deu graças (abençoou), isto é, deu graças a Deus pela
importância do alimento, obra de Deus. Quando Jesus instituiu a eucaristia, fez a
mesma coisa com o pão e o vinho, isto é, Deus graças a Deus.
Para nós, o que significa tomar parte no banquete eucarístico? Significa render
graças a Deus por tudo e com tudo.
Por tudo: a vida, a religião, nossa família, a fé em Deus, o ar que respiramos, o sol,
a chuva, os alimentos que nos sustentam, as flores, os animais etc. Na celebração
eucarística, o pão e o vinho, frutos da terra e do trabalho humano, simbolizam todos
os bens da criação.
Com tudo o que somos e temos, isto é, nossas habilidades pessoais, dons, saúde,
disposição etc. Deus não precisa de coisas materiais. Ele espera a oferta do nosso ser.
Nossa vida será tanto mais agradável a Deus quanto mais acudirmos os nossos
semelhantes, sobretudo os mais necessitados.
Jesus entregou ao Pai o que possuía de mais precioso, a sua própria vida. Também
nós devemos fazer oferta de nossa vida ao Pai, por Cristo, com Cristo e em Cristo.
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▶ Eucaristia é memorial (fazer memória) ◀
Ao celebrar a última ceia com seus discípulos, Jesus pegou o pão e disse: “Isto é o
meu corpo, que será entregue”. Depois pegou uma taça com vinho e disse: “Isto é o
meu sangue, que será derramado por vocês”. Corpo entregue e sangue derramado em
favor do povo. Em seguida, Jesus acrescentou: "FAÇAM ISTO EM MEMÓRIA DE
MIM”.
Fazer memória da Páscoa de Cristo significa TORNAR PRESENTE o ato salvador
de Cristo. Revivemos na fé o acontecimento de sua paixão, morte e ressurreição,
atualizando-o e tornando-nos participantes dele.
Celebrar e viver a missa hoje é como estar participando, ao vivo, da última ceia de
Jesus e de sua morte redentora na cruz.
Portanto, ao celebrar a eucaristia, não comemoramos algo perdido no passado, ou
um fato que ficou apenas na lembrança, mas proclamamos, aqui e agora, a salvação
de Deus aplicada à história presente e futura: “Todas as vezes que comeis desse pão e
bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (cf. 1 Coríntios
11,26).
Aplicando, mais uma vez, o conceito de memoria à eucaristia, temos o seguinte: a
eucaristia é um fato passado (morte e ressurreição de Jesus), que se torna presente
para nós, aqui e agora (celebração eucarística) e nos projeta para o futuro (o reino de
Deus não está concluído, mas vai se construindo até que todos cheguem à plena
comunhão com Deus e com os irmãos).
ATIVIDADE
1) Junto com sua família, faça uma lista de motivos que você tem para agradecer a
Deus.
2) Prepare e traga, por escrito ou gravada, uma breve oração de agradecimento.
60
13º ENCONTRO
61
N
EUCARISTIA: SIGNIFICADOS E CONSEQUÊNCIAS
(2)
▶ Eucaristia é sacrifício ◀
a última ceia, Jesus pegou o pão, rendeu graças e o deu a seus discípulos como
seu corpo oferecido em sacrifício, para que dele comessem. E, pegando uma
taça com vinho, disse-lhes: “Bebam dele todos, pois isto é o meu sangue da Aliança,
que é derramado por muitospara o perdão dos pecados” (Mateus 26,28).
Esses gestos tinham clara intenção de substituir o cordeiro da páscoa dos judeus.
O sacrifício de Jesus não é algo que se reduz aos seus últimos momentos de vida
terrena, ou seja, sua paixão e morte. Toda a sua vida foi uma constante dedicação aos
outros, principalmente aos mais necessitados. Jesus não buscou seus próprios
interesses, mas procurou sempre fazer a vontade do Pai. Sua morte foi o coroamento
de toda a sua vida doada: “Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim” (João 13,1).
62
▶ Eucaristia é assembleia ◀
É no seio da Igreja que o sacrifício de Cristo se torna presente. Igreja é palavra de
origem grega, que significa assembleia, comunidade do povo, convocada e reunida
por Deus.
Desde o início da Igreja, os escritos do Novo Testamento falam da eucaristia como
reunião da comunidade (assembleia).
A assembleia cristã, portanto, é uma comunidade que celebra, consciente de que aí
está presente Cristo, o Senhor: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome,
aí estou eu no meio deles" (Mateus 18,20).
Quem faz parte da assembleia? Todos os fiéis que se reúnem para celebrar em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, o povo e os ministros, incluindo-se o
ministro ordenado, a quem cabe presidir a eucaristia.
63
▶ Eucaristia é refeição ◀
A missa é uma refeição, um banquete, uma festa. Quem faz o convite é Deus Pai. A
convocação é dirigida a nós, filhos e filhas, com a finalidade de nos alimentar com
sua palavra e com o corpo e sangue do seu Filho Jesus.
O banquete eucarístico supõe, portanto, a presença de convidados (assembleia) e
alimento (pão e vinho, corpo e sangue do Senhor). Sendo o banquete eucarístico uma
festa, há também a necessidade da participação externa e da participação interna da
assembleia.
Constituem elementos da participação externa os movimentos, as palavras, as
aclamações, os cantos, as orações, os sinais, o abraço da paz etc. Ao passo que a
participação interna é a predisposição de cada membro da assembleia, sua vontade de
estar ali com os irmãos, consciente do que vai celebrar. A participação interna
começa antes que a pessoa entre na igreja para a celebração.
ATIVIDADE
Encontre, nos evangelhos, duas passagens em que Jesus age em benefício do povo:
cura doentes, partilha o pão e os peixes, perdoa pecados... Partilhe com o grupo os
textos que você escolheu.
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14º ENCONTRO
65
C
EUCARISTIA: SIGNIFICADOS E CONSEQUÊNCIAS
(3)
▶ Eucaristia é comunhão ◀
omunhão quer dizer comunicação. Significa também intimidade. Quando vamos
receber a comunhão (a hóstia consagrada) estabelecemos uma comunhão com
Jesus e com os irmãos e irmãs. Portanto, receber a comunhão não é simplesmente
receber e ingerir um pedaço de pão consagrado (corpo de Cristo). Esse gesto significa
que o fiel está em comunhão com o corpo de Cristo. Ora, o corpo de Cristo é a Igreja.
Somos nós. Portanto, comungar o corpo de Cristo é estar em harmonia e paz, não só
com Jesus, mas também com todos os filhos e filhas de Deus. Quem tem ódio contra
alguém deverá reconciliar-se antes de comungar. Ódio e comunhão não combinam.
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▶ Eucaristia é compromisso social ◀
A celebração eucarística não é um ato fechado em si mesmo. Ela é aberta para a
realidade do mundo que nos cerca. Por isso a missa se expande, se prolonga para
além da própria missa. A missa não pode estar fora da realidade que envolve o povo.
Aliás, cada pessoa, ao participar da missa, leva consigo sua situação pessoal, familiar,
social e também as alegrias, esperanças e sofrimentos do povo.
Levamos a realidade para a celebração, e levamos a força da celebração para a
realidade. Deste modo, fazemos a união da fé com a vida.
Portanto, enquanto houver irmãos passando fome, nós cristãos não podemos cruzar
os braços, não podemos celebrar e ficar acomodados. Justamente porque a celebração
nos empurra para a ação. Ação transformadora na sociedade. Nesse sentido, dizemos
que a celebração eucarística é compromisso social.
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▶ Eucaristia é gratuidade ◀
Gratuidade vem da palavra latina gratis, de graça. A eucaristia pede que sejamos
gratuitos, generosos, acolhedores, sem preconceitos. Essa gratuidade se manifesta na
celebração e além da celebração. Por isso, quando vamos participar da eucaristia, não
convém ficarmos controlando o relógio, achando que tudo está pesado, cansativo,
sem interesse. Se isto for verdade, alguma coisa está errada e é necessário corrigir.
É verdade que por vezes nossas celebrações ainda são feitas com muito palavreado.
Convém dar espaço para a Palavra de Deus e diminuir as nossas palavras! Vamos dar
preferência para externar nossa fé através do canto e dos gestos simbólicos e manter
as palavras indispensáveis para bem celebrarmos. É uma saída para se evitar que a
celebração seja enjoativa.
Ser gratuito, durante a celebração, é deixar-se embalar pelo Espírito Santo, o liturgo
(celebrante) por excelência. É seguir as inspirações que nos vêm da Palavra, dos
símbolos e gestos simbólicos. Ser gratuito na celebração é fazer bom proveito de
algum fato novo, que não estava previsto no roteiro, mas que nos ajuda a celebrar
melhor.
68
▶ Conclusão ◀
A partir dessas breves noções a respeito da eucaristia, cada um de nós é convidado
a ser eucaristia viva nas estradas do mundo. Que quer dizer eucaristia viva? É a
pessoa que tem um coração aberto, generoso, compassivo, misericordioso e cheio de
bondade, igual ao de Jesus. É a pessoa que se preocupa com os irmãos e irmãs,
principalmente os mais necessitados de socorro material e espiritual.
Ser eucaristia viva é ser o próprio Jesus presente e dinâmico, hoje, no meio da
humanidade.
ATIVIDADE
Assinale as palavras que significam eucaristia:
( ) memorial ( ) banquete ( ) sacrifício
( ) raiva ( ) gratuidade ( ) assembleia
( ) comunhão ( ) discussão ( ) discórdia
( ) doação ( ) ódio ( ) harmonia
69
15º ENCONTRO
70
ESQUEMA GERAL DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
→ Ritos iniciais
◆ Procissão de entrada e canto inicial
◆ Saudação do presidente da celebração
◆ Ato penitencial
◆ Glória
◆ Oração inicial (coleta)
71
→ LITURGIA DA PALAVRA
◆ Primeira leitura
◆ Salmo responsorial
◆ Segunda leitura
◆ Aclamação ao Evangelho
◆ Proclamação do Evangelho
◆ Homilia
◆ Profissão de fé
◆ Oração dos fiéis
72
→ LITURGIA EUCARÍSTICA
◆ Apresentação das oferendas
◆ Oração sobre as oferendas
◆ Oração eucarística: Prefácio e recitação ou canto do Santo; invocação do Espírito Santo sobre as oferendas
(epiclese); narrativa da instituição (narrativa da última ceia); memorial e oferecimento da Igreja; intercessão
pelos vivos e pelos mortos; doxologia (Por Cristo, com Cristo...).
◆ Pai-nosso
◆ Abraço da paz
◆ Fração do pão e Cordeiro de Deus
◆ Comunhão
◆ Oração depois da comunhão
73
→ Ritos finais
◆ Avisos
◆ Bênção simples ou solene
◆ Despedida
ATIVIDADE
Componha palavras referentes à celebração eucarística, substituindo os números
pelas letras correspondentes.
1 = A 6 = N 11 = R 16 = É 21 = G
2 = T 7 = I 12 = Ç 17 = S 22 = H
3 = O 8 = C 13 = Ã 18 = B 23 = Ê
4 = P 9 = L 14 = D 19 = Z
5 = E 10 = F 15 = F 20 = V
74
75
16º ENCONTRO
76
A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA PARTE POR PARTE
(1)
▶ Ritos iniciais ◀
Quando os fiéis estiverem reunidos, uma pessoa devidamente preparada
(comentarista) acolhe os participantes, dá-lhes as boas-vindas e apresenta, em breves
palavras, o motivo da celebração.
• Procissão e canto de entrada: o canto deve expressar a alegria de quem vai
participar da eucaristia, e precisa levar em conta as características do tempo litúrgico
(advento, Natal, quaresma etc.), e o tipo de assembleia (há significativa diferença
entre uma missa com adultos, às 7 horas da manhã, e uma missa com crianças, às 10
horas!) De preferência se faça a procissão pelo corredor central da igreja. Os
coroinhas vão à frente do presidente da celebração. Quando se utiliza o incenso, o
padre incensa o altar e a cruz (cf. 8° encontro).
• Saudação do presidente da celebração: o presidente da celebração começafazendo
o sinal da cruz, pronunciando (ou cantando) as palavras Em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo. É importante que quem preside dê ênfase a esta saudação, a fim de
que as palavras expressem o que na realidade contêm, ou seja, que todos estão ali
reunidos em nome da Trindade.
• Ato penitencial: os membros da assembleia, pelo ato penitencial, expressam sua
fraqueza, fazem um ato de humildade e invocam o perdão e a ajuda de Deus, a fim de
poder ouvir com maior proveito sua Palavra e comungar mais dignamente o Corpo de
Cristo.
• Glória: é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no
Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e o Cordeiro e lhes apresenta suas súplicas. É um
cântico completo, no qual há louvor, entusiasmo, “um cântico transbordante de
alegria, confiança, humildade, e que dá ao início da eucaristia um tom de festividade:
o olhar da comunidade está posto na glória de Deus” (Dionísio Borobio). Por isso, os
textos para ser cantados devem respeitar seu conteúdo original, ou seja, manter o
aspecto trinitário. Não é porque um canto contém a palavra “glória” que serve como
hino de louvor!
• Oração inicial: é a primeira oração presidencial, que recolhe, sintetiza, reúne
(coleta) as motivações, os sentimentos da assembleia. Sua função é dar o sentido da
celebração do dia. Terminada a oração do dia, o(a) comentarista convida a assembleia
a sentar e preparar-se para ouvir a Palavra de Deus.
ATIVIDADE
Complete o gráfico com palavras do 16º encontro:
77
ASSEMBLEIA, ATO PENITENCIAL, CANTO DE ENTRADA, CELEBRAÇÃO, CORDEIRO,
CORPO DE CRISTO, CRIANÇAS, ESPÍRITO SANTO, FILHO, GLÓRIA, HINO, MAIOR,
PAI, PALAVRA, REALIDADE.
78
17º ENCONTRO
79
A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA PARTE POR PARTE
(2)
▶ LITURGIA DA PALAVRA ◀
As leituras previstas para a celebração dominical são três (exceto nas missas com
crianças), mais o salmo responsorial. A leitura do evangelho constitui o ponto
culminante da liturgia da palavra, por isso sua proclamação é cercada de gestos de
apreço, como a aclamação, e nas celebrações solenes, a procissão com o evangeliário,
o uso de velas acesas e o incenso.
Algumas observações práticas:
1. As pessoas convidadas a proclamar as leituras tenham o cuidado de preparar bem a
leitura (treinar antes), para evitar o inconveniente de palavras mal pronunciadas ou trocadas.
Além de desviar o sentido do texto, pode distrair a assembleia. Os leitores saibam que são
porta-vozes de Deus, daí a necessidade de caprichar na proclamação. Deus expressa seus
sentimentos através dos nossos.
2. Os leitores apresentem-se com roupas convenientes e, durante a proclamação,
mantenham postura normal, nem rígida nem relaxada. Leiam devagar, em tom
suficientemente alto, pronunciando bem as palavras.
3. No final da primeira e da segunda leitura, quem lê conclui, dizendo simplesmente:
Palavra do Senhor (no singular, e não “Palavras do Senhor” ou “Esta é palavra do Senhor”).
A mesma observação vale para o final da proclamação do evangelho: Palavra da salvação.
4. Por vezes aparecem membros da equipe de liturgia perguntando se podem substituir
alguma leitura (ou o salmo responsorial) por outro texto que não seja da Bíblia. Os textos
oficiais da Igreja e o bom senso pedem que a palavra de Deus não seja substituída por outras
leituras, nem por textos de concílios, sínodos ou assembleias episcopais (cf. 3ª Instrução, n.
2).
5. Para a proclamação da Palavra sejam utilizados os livros litúrgicos apropriados:
Lecionário e Evangeliário.
ATIVIDADE
Prepare, em casa, uma passagem da Bíblia (Novo Testamento) e, no próximo
encontro, o dirigente escolherá alguns participantes para proclamar a Palavra.
Todos prestem atenção para verificar se a Palavra foi bem proclamada. Partilhar a
avaliação.
80
18º ENCONTRO
81
A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA PARTE POR PARTE
(3)
→ Homilia: é uma conversa familiar com a finalidade de aplicar a mensagem de
Deus à realidade da assembleia. Ao mesmo tempo que mostra Deus agindo em nossa
vida, oferecendo sua salvação, a homilia nos convida a converter-nos, a voltar-nos
cada vez mais para os caminhos de Deus.
O Documento de Puebla afirma que a “homilia é ocasião privilegiada para se expor
o mistério de Cristo no aqui e agora da comunidade, partindo dos textos sagrados,
relacionando-os com o sacramento (eucaristia) e aplicando-os à vida concreta” (n.
930).
→ Profissão de fé (ou Creio): é a adesão dos fiéis à Palavra de Deus ouvida nas
leituras e na homilia. O Creio é um conjunto estruturado de artigos de fé, uma espécie
de resumo da fé cristã. Existem dois textos: um, mais longo, chamado niceno-
constantinopolitano, porque foi fruto dos concílios de Niceia (ano 325) e
Constantinopla (ano 381). O outro, mais breve e mais utilizado, de redação simples e
popular, é conhecido como Símbolo dos Apóstolos.
→ Oração dos fiéis (ou oração universal): assim é chamada por incluir os grandes
temas da oração cristã de pedido: pelas necessidades da Igreja, pelos governantes e a
salvação do mundo; pelos oprimidos, pela comunidade local.
“A comunidade cristã reunida em assembleia sagrada, exercendo de maneira
relevante seu sacerdócio batismal, pede a Deus que a salvação que se acaba de
proclamar se torne uma realidade na Igreja, no mundo, nos que sofrem e nessa
mesma assembleia” (CELAM, A Celebração da Eucaristia).
Com a oração dos fiéis termina a liturgia da palavra e começa a liturgia eucarística.
ATIVIDADE
Preste atenção na homilia do padre. Verifique se ela é “uma conversa familiar com
a finalidade de aplicar a mensagem de Deus à realidade da assembleia”. Partilhar
suas observações com os companheiros de grupo.
82
19º ENCONTRO
83
A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA PARTE POR PARTE
(4)
LITURGIA EUCARÍSTICA
Há um vínculo muito estreito entre a liturgia da palavra e a liturgia eucarística: as
duas partes, ou melhor, as duas mesas formam uma unidade, que é a celebração
eucarística. Santo Agostinho afirmava: “Bebe-se o Cristo do cálice das Escrituras
como do cálice da Eucaristia”. É o Cristo-palavra que se faz eucaristia.
◆ Preparação e apresentação das oferendas: os dons apresentados, pão, vinho e
água são “frutos da terra e do trabalho humano”, que vão se tornar o corpo e o sangue
de Jesus Cristo.
Desde os primeiros tempos da Igreja se costumava misturar um pouco de água com
o vinho. Simboliza a incorporação (união) da humanidade a Jesus.
Nesse momento, a assembleia normalmente realiza a coleta de dinheiro e outros
donativos e os leva em procissão até o altar, juntamente com o pão e o vinho. Esse
gesto deve ser a expressão sincera de comunhão e solidariedade das pessoas que
põem em comum o que são e o que possuem para partilhar, conforme a necessidade
dos irmãos e para atender às necessidades da própria comunidade.
O presidente da celebração, após a apresentação das oferendas (e da incensação,
quando houver) lava as mãos. A esse rito dá-se o nome de lavabo e tem finalidade
simbólica. Exprime, para o sacerdote, o desejo de estar totalmente purificado, antes
de iniciar a oração eucarística, que é o ponto culminante de toda a celebração.
Recomenda-se utilizar um belo recipiente e água abundante na qual o sacerdote
mergulha as mãos, e uma toalha decente. Afinal, é importante salientar os sinais.
84
Oração eucarística
É o ponto central e parte culminante de toda a celebração. Destacam-se os seguintes
pontos:
◆ Prefácio: é um canto de agradecimento e louvor a Deus por toda a obra da
salvação ou por um de seus aspectos. Conclui-se com o canto do Santo.
◆ Invocação do Espírito Santo (epiclese): O padre estende as mãos sobre os dons e
pede ao Pai que santifique as oferendas: “derramando sobre elas o vosso Espírito a
fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e
Senhor nosso” (2ª Oração Eucarística).
◆ Narrativa da Instituição: o padre repete as palavras que Jesus pronunciou na
última ceia, ao instituir a eucaristia: “Estando para ser entregue, e abraçando
livremente a paixão, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus
discípulos...”.Depois consagra o vinho. Ao dizer "partiu o pão", o padre não deve
partir o pão (ou a hóstia), que é gesto próprio da fração do pão, reservado, portanto,
para imediatamente antes da comunhão.
Observação:
Quando o padre ergue a hóstia consagrada e depois o cálice, não está prevista nenhuma aclamação; os fiéis
acompanham em silêncio. Só após a consagração, quando o padre diz: “Eis o mistério da fé”, é que a assembleia aclama
(ou canta), utilizando uma das fórmulas do Missal Romano.
◆ Oferecimento da Igreja e invocação do Espírito Santo: a Igreja oferece ao Pai,
em ação de graças, “o pão da vida e o cálice da salvação” (2ª oração eucarística) e
pede que “sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo
e um só espírito” (3ª oração eucarística).
◆ Intercessões: por meio delas se exprime que a eucaristia é celebrada em
comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre (os santos, a Virgem Maria,
os apóstolos e os mártires..., o papa, o bispo diocesano, os demais bispos, ministros...
e todo o povo de Deus), e se recordam os irmãos e irmãs falecidos.
◆ Doxologia (louvor final): o sacerdote eleva o pão e o vinho consagrados, corpo e
sangue do Senhor, por quem sobe ao Pai, na unidade do Espírito Santo, o louvor de
toda a humanidade, enquanto pronuncia as palavras Por Cristo, com Cristo e em
Cristo... A assembleia aclama com solene Amém, de preferência cantado.
ATIVIDADE
Pesquise e traga por escrito o nome completo, a nacionalidade e a data de
aniversário do papa, do seu bispo diocesano e do seu pároco. Atenção: organizar
para o próximo encontro uma festinha de confraternização.
85
20º ENCONTRO
86
A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA PARTE POR PARTE
(5)
➢ Pai-nosso: é uma oração de passagem para a comunhão. Ensinada por Jesus, esta
oração resume os anseios mais profundos do ser humano, tanto em sua dimensão
espiritual, quanto material. Quando se canta o pai-nosso, tenha-se o cuidado de não
mudar o texto desta oração bíblica.
➢ Gesto de paz: mediante um aperto de mão, ou abraço, ou beijo, expressamos nosso
desejo de comunhão com os irmãos e irmãs e, ao mesmo tempo, incluímos um
compromisso de lutar pela paz e a unidade no mundo inteiro. Cada um cumprimente
os que estão ao seu redor.
➢ Fração do pão: o sacerdote, reproduzindo a ação de Cristo na última ceia, parte o
pão em vários pedaços. Este gesto significa que nós, sendo muitos, pela comunhão do
único pão da vida, que é Cristo, formamos um único corpo. Durante a fração do pão,
a assembleia canta ou recita o Cordeiro de Deus. Ao partir o pão, o sacerdote coloca
um pedacinho no cálice. A explicação mais simples para esse gesto é que as duas
espécies – pão e vinho (corpo e sangue de Cristo) – formam uma unidade e fazem
parte da mesma realidade: a pessoa de Jesus.
➢ Comunhão: é o momento em que cada membro da assembleia estabelece íntima
união com Jesus. Alimenta-se do corpo e do sangue do Senhor. Vejo com alegria
aumentar o número de comunidades que distribuem a eucaristia sob as espécies do
pão e do vinho. Desse modo, fica mais claro o sinal do banquete eucarístico. Após a
comunhão, haja um instante de silêncio, a fim de que cada comungante se entretenha
no diálogo com Jesus e pense nos compromissos que brotam da celebração.
➢ Oração após a comunhão: o sacerdote implora os frutos da celebração eucarística
e o povo confirma, respondendo amém. Com esta oração conclui-se a liturgia
eucarística e se passa aos ritos finais.
87
▶ Ritos finais ◀
➢ Avisos: são importantes para alimentar a vida da comunidade. Evite-se, porém, a
leitura de longa lista de comunicados: as pessoas se cansam e se desligam. Também é
conveniente que somente uma pessoa (em geral o comentarista) se encarregue de dar
os avisos. Se houver homenagens (aniversários, bodas matrimoniais, dia das mães
etc.) é bom que sejam prestadas nesse momento.
➢ Compromisso: O Documento da CNBB, Animação da vida litúrgica no Brasil, vê
utilidade em uma mensagem “na qual se exorte a comunidade a testemunhar no dia a
dia a realidade celebrada”. Para isso, pode-se utilizar algum cartaz ilustrativo, ou uma
frase resumindo a mensagem central da celebração, ou breve leitura de algum trecho
com o tema do dia... (cf. n. 43).
➢ Bênção: simples ou solene. O Missal Romano traz muitas bênçãos solenes para os
vários tempos litúrgicos e festas dos santos.
➢ Despedida: é conveniente que as pessoas saiam da celebração cheias de esperança,
animadas e decididas a dar testemunho do amor de Deus no meio da sociedade.
Após a despedida do presidente da celebração, não deveria haver preocupação em
segurar as pessoas para o “canto final”. Considero interessante que os instrumentistas
e o grupo de cantores sustentem o canto, enquanto a assembleia se retira cantando.
ATIVIDADE
Poderá haver uma avaliação, a fim de verificar o crescimento do grupo durante o
curso. O que foi bom, o que poderia ter sido melhor. Depois disso, todos rezam
fraternalmente o Pai-nosso. Encerram-se as atividades, com uma confraternização.
88
LEITURAS RECOMENDADAS
BORTOLINI, José. A missa explicada parte por parte. São Paulo: Paulus, 2006. 40
pp.
CNBB. Animação da vida litúrgica no Brasil. Documento n. 43. São Paulo:
Paulinas, 1989. 118 pp.
DUARTE, Luiz Miguel. Liturgia, conheça mais para celebrar melhor. São Paulo:
Paulus, 1996. 64 pp.
__________________ Missa, entenda e participe. São Paulo: Paulus, 2006. 88 pp.
INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO (Subsídio à parte intitulado
“Reunidos em nome de Cristo”). São Paulo: Paulus 2004. 120 pp.
89
Coleção LITURGIA, FESTA DO POVO
• Advento e Natal, José Bortolini
• Como participar da Eucaristia? Catequese sobre a missa, José Antônio M. Busch
• Formação para coroinhas 1, Luiz Miguel Duarte
• Formação para coroinhas 2, Luiz Miguel Duarte
• Formação para coroinhas 3, Luiz Miguel Duarte
• Formação para leitores e ministros da Palavra, Luiz Miguel Duarte; João Paulo Bedor
• Liturgia: Conheça mais para celebrar melhor, Luiz Miguel Duarte
• Missa explicada parte por parte (A), José Bortolini
• Missa, uma ação emocional: Missa passo a passo, Welington Cardoso Brandão
• Missa: Entenda e participe, Luiz Miguel Duarte
• Palavras de esperança aos doentes, Luiz Miguel Duarte
• Quaresma, Páscoa e Pentecostes, José Bortolini
• Semana santa: Preparar e celebrar, Luiz Miguel Duarte
• Tempo Comum, José Bortolini
• Visita aos enfermos: Guia prático para ministros da sagrada comunhão, Luiz Miguel Duarte
90
https://www.paulus.com.br/loja/advento-e-natal-54-perguntas-e-respostas-sobre-o-ciclo-do-natal_p_3395.html
https://www.paulus.com.br/loja/formacao-para-leitores-e-ministros-da-palavra_p_4502.html
https://www.paulus.com.br/loja/a-missa-explicada-parte-por-parte_p_3389.html
https://www.paulus.com.br/loja/palavras-de-esperanca-aos-doentes_p_3605.html
https://www.paulus.com.br/loja/tempo-comum-40-perguntas-e-respostas_p_3563.html
Coordenação de desenvolvimento digital:
Alexandre Carvalho
Desenvolvimento digital:
Daniela Kovacs
Conversão EPUB
PAULUS
Formação para coroinhas 1 [livro eletrônico] - Luiz Miguel Duarte [autor] - São Paulo: Paulus, 2019 - Coleção
Liturgia Festa do Povo.
6,7 Mb; ePUB
ISBN 978-85-349-4987-3
1ª edição, 2019 (e-book)
© PAULUS - 2019
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Tel.: (11) 5087-3700
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92
Scivias
de Bingen, Hildegarda
9788534946025
776 páginas
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Scivias, a obra religiosa mais importante da santa e doutora da Igreja
Hildegarda de Bingen, compõe-se de vinte e seis visões, que são
primeiramente escritas de maneira literal,tal como ela as teve, sendo, a
seguir, explicadas exegeticamente. Alguns dos tópicos presentes nas visões
são a caridade de Cristo, a natureza do universo, o reino de Deus, a queda do
ser humano, a santifi cação e o fi m do mundo. Ênfase especial é dada aos
sacramentos do matrimônio e da eucaristia, em resposta à heresia cátara.
Como grupo, as visões formam uma summa teológica da doutrina cristã. No
fi nal de Scivias, encontram-se hinos de louvor e uma peça curta,
provavelmente um rascunho primitivo de Ordo virtutum, a primeira obra de
moral conhecida. Hildegarda é notável por ser capaz de unir "visão com
doutrina, religião com ciência, júbilo carismático com indignação profética, e
anseio por ordem social com a busca por justiça social". Este livro é
especialmente significativo para historiadores e teólogas feministas. Elucida
a vida das mulheres medievais, e é um exemplo impressionante de certa
forma especial de espiritualidade cristã.
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Santa Gemma Galgani - Diário
Galgani, Gemma
9788534945714
248 páginas
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Primeiro, ao vê-la, causou-me um pouco de medo; fiz de tudo para me
assegurar de que era verdadeiramente a Mãe de Jesus: deu-me sinal para me
orientar. Depois de um momento, fiquei toda contente; mas foi tamanha a
comoção que me senti muito pequena diante dela, e tamanho o
contentamento que não pude pronunciar palavra, senão dizer, repetidamente,
o nome de 'Mãe'. [...] Enquanto juntas conversávamos, e me tinha sempre
pela mão, deixou-me; eu não queria que fosse, estava quase chorando, e
então me disse: 'Minha filha, agora basta; Jesus pede-lhe este sacrifício, por
ora convém que a deixe'. A sua palavra deixou-me em paz; repousei
tranquilamente: 'Pois bem, o sacrifício foi feito'. Deixou-me. Quem poderia
descrever em detalhes quão bela, quão querida é a Mãe celeste? Não,
certamente não existe comparação. Quando terei a felicidade de vê-la
novamente?
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Dando continuidade ao projeto do YOUCAT, o presente livro apresenta a
Doutrina Social da Igreja numa linguagem jovem. Esta obra conta ainda com
prefácio do Papa Francisco, que manifesta o sonho de ter um milhão de
jovens leitores da Doutrina Social da Igreja, convidando-os a ser Doutrina
Social em movimento.
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Bíblia Sagrada: Novo Testamento - Edição
Pastoral
Vv.Aa.
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A Bíblia Sagrada: Novo Testamento - Edição Pastoral oferece um texto
acessível, principalmente às comunidades de base, círculos bíblicos,
catequese e celebrações. Esta edição contém o Novo Testamento, com
introdução para cada livro e notas explicativas, a proposta desta edição é
renovar a vida cristã à luz da Palavra de Deus.
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A origem da Bíblia
McDonald, Lee Martin
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Este é um grandioso trabalho que oferece respostas e explica os caminhos
percorridos pela Bíblia até os dias atuais. Em estilo acessível, o autor
descreve como a Bíblia cristã teve seu início, desenvolveu-se e por fim, se
fixou. Lee Martin McDonald analisa textos desde a Bíblia hebraica até a
literatura patrística.
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Índice
Folha de rosto 2
Apresentação 4
Ao dirigente do grupo de coroinhas 5
Rito de ingresso no grupo de coroinhas 6
Oração do coroinha 7
1° encontro – Responsabilidades do coroinha 9
2° encontro – Liturgia e celebrações litúrgicas 12
3° encontro – Símbolos e gestos simbólicos 17
4° encontro – Posturas, movimentos e gestos 22
5° encontro – Espaço da celebração e vestes litúrgicas 25
6° encontro – Cores litúrgicas 32
7° encontro – Objetos destinados às celebrações litúrgicas (1) 35
8° encontro – Objetos destinados às celebrações litúrgicas (2) 40
9° encontro – Livros litúrgicos 45
10° encontro – Outros termos litúrgicos 49
11° encontro – Eucaristia: fundamentos bíblico-teológicos 53
12° encontro – Eucaristia: significados e consequências (1) 57
13° encontro – Eucaristia: significados e consequências (2) 61
14° encontro – Eucaristia: significados e consequências (3) 65
15° encontro – Esquema geral da celebração eucarística 70
16° encontro – A celebração eucarística parte por parte (1) 76
17° encontro – A celebração eucarística parte por parte (2) 79
18° encontro – A celebração eucarística parte por parte (3) 81
19° encontro – A celebração eucarística parte por parte (4) 83
20° encontro – A celebração eucarística parte por parte (5) 86
Leituras recomendadas 89
Coleção 90
Ficha catalográfica 91
102
	Folha de rosto
	Apresentação
	Ao dirigente do grupo de coroinhas
	Rito de ingresso no grupo de coroinhas
	Oração do coroinha
	1° encontro – Responsabilidades do coroinha
	2° encontro – Liturgia e celebrações litúrgicas
	3° encontro – Símbolos e gestos simbólicos
	4° encontro – Posturas, movimentos e gestos
	5° encontro – Espaço da celebração e vestes litúrgicas
	6° encontro – Cores litúrgicas
	7° encontro – Objetos destinados às celebrações litúrgicas (1)
	8° encontro – Objetos destinados às celebrações litúrgicas (2)
	9° encontro – Livros litúrgicos
	10° encontro – Outros termos litúrgicos
	11° encontro – Eucaristia: fundamentos bíblico-teológicos
	12° encontro – Eucaristia: significados e consequências (1)
	13° encontro – Eucaristia: significados e consequências (2)
	14° encontro – Eucaristia: significados e consequências (3)
	15° encontro – Esquema geral da celebração eucarística
	16° encontro – A celebração eucarística parte por parte (1)
	17° encontro – A celebração eucarística parte por parte (2)
	18° encontro – A celebração eucarística parte por parte (3)
	19° encontro – A celebração eucarística parte por parte (4)
	20° encontro – A celebração eucarística parte por parte (5)
	Leituras recomendadas
	Coleção
	Ficha catalográfica

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