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Prof. Eric van Cleef FORRAGICULTURA Formação de Pastagens Tipos de pastagens ➢ Pastagem natural ➢ Pastagem nativa ➢ Pastagens artificiais ou cultivadas ➢ Permanentes ➢ Temporárias Fonte: Beefpoint Preparo do solo Avaliação da fertilidade do solo Finalidade: ➢ Grau de suficiência ou de deficiência de nutrientes no solo ➢ Condições adversas ➢ Acidez ou salinidade Amostragem de solo ➢ Dividir a propriedade em áreas uniformes ➢ Máximo 20 ha (± 8 alqueires) Os critérios: ➢ Topografia ou declividade ➢ Drenagem ➢ Cobertura vegetal ou cultura ➢ Cor do solo ➢ Tipo do solo ou textura e de adubação ➢ Produção em anos anteriores ➢ Sintomas em plantas na última cultura Divisão da propriedade em áreas uniformes ➢ Caminhamento em zigue-zague ➢ Mínimo 20 locais diferentes ➢ Amostra composta ➢ Caixinha ou saquinho de plástico identificado Procedimento da amostragem Retirada de uma amostra simples ➢ Profundidade: 0 - 20 cm ➢ Época e frequência da amostragem: ➢ Qualquer época do ano ➢ Dois a três anos Utensílios para amostragem A- Trado de Rosca, B-Trado Holandês, C- Enxadão e D- Pá ➢ Balde de plástico (10 a 20 litros) ➢ Caixinha de papelão ou saquinhos de plástico especiais para envio da amostra composta ao laboratório Correção da acidez do solo ➢ Aplicação: ➢ Dois a três meses antes do plantio ➢ No início das chuvas ➢ Incorporação ➢20 a 30 cm ➢ aração ➢ uma gradagem de nivelamento (antes do plantio) ➢ Tipo de Corretivo ➢ Calcário ➢ Cal virgem agrícola ➢ Cal hidratada agrícola ou cal extinta ➢ Calcário calcinado ➢ Escória básica de siderurgia ➢ Carbonato de cálcio ➢ PRNT Adubação de correção ➢ Macronutrientes ➢ Fósforo: ➢ Em função da exigência da planta ➢ A aplicação de correção + formação são feitas simultaneamente, na implantação da pastagem, somando os requerimentos ➢ Aplicação próxima à semente ➢ Potássio: ➢ Em cobertura ➢ Forrageira: cobrir 60 a 70% do solo ➢ Soma-se os requerimentos da correção e de formação ➢ Nitrogênio: ➢ Aplicado parceladamente e anualmente ➢ Sempre aplicar a lanço e em cobertura ➢ Preferência: sulfato de amônio, para evitar perdas de nitrogênio ➢ Ureia: em condições de umidade no solo, sem sol pleno, e dias não muito quentes Adubação de correção ➢ Macronutrientes ➢ Cálcio e magnésio: ➢Correção da acidez fornece, normalmente, as quantidades exigidas ➢ Enxofre: ➢ Normalmente o uso de superfosfatos e sulfatos podem ser o suficiente para pastagem ➢ O gesso ➢ Eliminar o Al+3 trocável ➢ Fornece Cálcio ➢ Fornece quantidade apreciável de S ao solo Adubação de correção ➢ Micronutrientes ➢ Leguminosas ➢ Aplicação: à época da correção do solo ➢ Muito pouco se sabe sobre as exigências das plantas nestes elementos. ➢ Qual recomendação??? ➢ Diversos produtos comerciais disponíveis. Adubação de manutenção ➢ Anual, devido ao ciclo vegetativo das espécies forrageiras ➢ Análise de solo de amostras coletadas nos 10 cm superficiais ➢ Pastagens já formadas ➢ Fósforo: fosfatos naturais reativos e em cobertura; ➢ Nitrogênio: de 60 a 240 Kg de N por ano, independente da análise do solo. ➢ Economicidade Limpeza da área ➢ Áreas de agricultura ou pastagem ➢ roçada geral e/ou aplicação de herbicida para posterior semeadura ➢ Áreas com vegetação natural ➢ Correntão: para áreas maiores e planas e com vegetação composta de arvoretas pouco densas ➢ Lâminas frontais: áreas com vegetação mais densa ➢ Limpeza manual: recomendado para áreas pequenas e/ou locais de difícil mecanização ➢ Queima: menos recomendável Uso de correntão Uso de Lâminas frontais Uso de queimada • Decreto nº 6.514, de julho de 2008, e a Lei Federal nº 9.605 A escolha da espécie forrageira ➢ Critérios: ➢ Assistência técnica ➢ Levantamento de um histórico detalhado da região: ➢ índice pluvial médio anual e mensal ➢ temperatura média anual e mensal ➢ fotoperíodo ➢ ocorrência de geadas ➢ ocorrência de pragas importantes ➢ Levantamento da área em que será implantada a pastagem: ➢ profundidade ➢ fertilidade ➢ estrutura ➢ textura do solo ➢ topografia ➢ susceptibilidade à erosão ➢ culturas de cobertura anteriores ➢ possibilidade e duração de encharcamento Escolha da espécie forrageira ➢ Topografia ➢ topografia mais acidentada ➢ Preferência para espécies estoloníferas: B. decumbens cv. Basilisk; B. humidicola cv. Humidicola; B. humidicola cv. Llanero (Dictyoneura) ➢ Textura do solo ➢ solos arenosos ou de textura mista: todas as espécies podem ser utilizadas ➢ Para solos com textura mais argilosa, espécies com sistema radicular mais vigorosos: B. brizantha cv. Marandú; B. brizantha cv. Xaraés (MG-5); Panicum maximum cv. Mombaça Escolha da espécie forrageira ➢ Fertilidade do solo ➢ Baixa Exigência ➢ Média Exigência ➢ Alta Exigência ➢ Drenagem do solo ➢ Deficiência de drenagem: espécies tolerantes ao encharcamento, como B. humidicola cv. Humidicola ➢ Drenagem lenta: a B brizantha cv. BRS Piatã e Xaraés podem ser empregadas Tabela 1. Exigências de adaptação e tolerância das plantas forrageiras a alguns componentes ambientais abióticos A escolha da espécie forrageira ➢ Critérios: ➢ Tipo de manejo que será adotado; ➢ utilização ou não de fertilizantes na formação e manutenção ➢ Forma de estabelecimento; ➢ Sistema de pastejo – lotação rotacionada ou lotação contínua; ➢ Espécie e raça animal; ➢ Expectativa de produção; Os tipos de semeadura mais empregados são: ➢ Semeadura Manual ➢ áreas com alto declive e de difícil acesso para máquinas ➢ A lanço ➢ Com matraca ➢ Semeadura Mecanizada ➢ A lanço ➢ mesmo equipamento para distribuição de calcário ➢ Em sulcos ➢ distribui e cobre as sementes em uma só operação ➢ Plantio de mudas ➢ Semeadura Aérea Semeadura Semeadura manual Matraca Lanço Semeadura mecanizada Lanço Sulcos de plantio Semeadura aérea Incorporação Profundidade de incorporação das sementes por espécie (cm) Implementos para a incorporação das sementes, quando a semeadura for feita a lanço: ➢ Grade niveladora fechada; ➢ logo após a semeadura ➢ Rolo compactador. ➢ sempre ser empregado em solos arenosos Incorporação Grade niveladora Uso de rolo compactador Valor cultural (VC) ➢ Exprime a qualidade físico-fisiológica das sementes de gramíneas forrageiras ➢ Esse valor representa a proporção de sementes puras que são viáveis em um lote ou amostra ➢ O preço das sementes é geralmente baseado no valor cultural ➢ Esse índice também é utilizado para regular a taxa de semeadura ➢ O VC é expresso em porcentagem e é obtido pela seguinte fórmula: % VC = (% pureza x % germinação ou % sementes viáveis) 100 Taxa de semeadura ➢ É a quantidade mínima em quilogramas do lote de sementes disponível a ser plantado por ha; ➢ A taxa de semeadura recomendada para cada espécie deve ser respeitada; ➢ A recomendação pode ser calculada pela seguinte fórmula: Q = SPV x 100 VC em que: Q = quantidade de sementes comerciais (kg) a serem semeadas. SPV = Sementes puras viáveis (kg/ha). VC = Valor cultural Controle de plantas invasoras ➢ A partir de duas semanas da semeadura: processo de competição e redução da produção da forrageira ➢ O controle ➢ duas semanas da semeadura ➢ a área livre de invasoras até 45 dias do crescimento Tipos de controle: Controle preventivo ➢ Limpeza cuidadosa dos tratores e dos implementos ➢ Fermentação de esterco e de materiais orgânicos ➢ Uso de sementes de espécies de plantas forrageiras não contaminadas ➢ Isolamento de áreas e quarentena de animais oriundos de zonas infestadas ➢ Evitar a introdução de plantas ornamentais que podem mais tarde migrar para a área de pastagem ➢ Adubação Controle de plantas invasoras Controle mecânico ➢ Deve ser adotado com frequência e empregado desde o momento de implantação da pastagem; ➢ Evitar que as plantas invasoras entrem em fase de reprodução; ➢ A intervenção deve ser sempreantes que as plantas invasoras atinjam a fase reprodutiva; ➢ Esse método pode ser realizado: ➢ Roçagem manual ➢ Arranquio ➢ Roçagem mecanizada ➢ Gradagem e aração Controle de plantas invasoras Controle cultural ➢ Conjunto de procedimentos que direta ou indiretamente contribuem para aumentar a competitividade da planta forrageira e reduzir a das plantas invasoras Alguns deles: ➢ A adubação correta de pastagem → NPK ➢ Utilização de espécies de plantas forrageiras bem adaptadas ao ambiente ➢ Tipo de manejo empregado pelos produtores. ➢ Espécies forrageiras com maior agressividade Controle de plantas invasoras Controle químico ➢ Consiste no uso de produtos químicos: herbicidas ➢ Inibe o crescimento normal ou matam as plantas sem interesse agronômico Vantagens: ➢ Alto rendimento na aplicação ➢ Eficiência elevada e uniforme ➢ Controle das plantas indesejáveis sem comprometer as plantas de pastagens ➢ Efeito rápido ➢ Redução do potencial do banco de sementes ➢ Viabilidade econômica Desvantagens: ➢ Risco aos recursos naturais, vida silvestre e humana ➢ Contaminação dos alimentos dos humanos e dos animais ➢ Cuidados específicos durante sua aplicação ➢ Cuidados especiais no armazenamento das embalagens Tipos de preparo do solo ➢ A escolha da forma de preparo do solo para semeadura ou plantio depende de vários fatores: ➢ O nível tecnológico adotado na propriedade ➢ Participação em associações e cooperativas Sistema convencional ➢ Limpeza da área ➢ Em áreas de vegetação de porte baixo com pequeno grau de declividade: primeira medida é usar uma grade pesada. Esta fará a incorporação da: ➢ Matéria orgânica ➢ Sementes de ervas daninhas ➢ Descompactação deste solo Se necessário: ➢ Aração com arado tipo aiveca ➢ Após a aração promover uma gradagem de nivelamento: antes do plantio ➢ Esta operação deverá ser realizada durante o período seco, se possível ➢ Solos arenosos: compactação do solo com rolo compactador, após o seu preparo, antes e após o plantio da forrageira, principalmente, das gramíneas Arar Gradear Preparo convencional Preparo convencional Cultivo mínimo ➢ O cultivo mínimo: forma não convencional de preparo do solo para receber mudas ou sementes de uma determinada cultura; ➢ Consiste do preparo do solo e plantio ao mesmo tempo, em um menor número de operações possível; ➢ Apenas as linhas em que haverá o plantio terão o solo revolvido; ➢ Há o revolvimento mínimo do solo; Benefícios: ➢ Menor revolvimento do solo ➢ Conserva a estrutura a estrutura do solo ➢ Mantém o solo coberto pelos resíduos da cultura ➢ Economia de combustível. ➢ Diminui a ação de processos erosivos Cultivo mínimo Sistema plantio direto (SPD) ➢ Plantio direto: processo de semeadura em solo não revolvido, no qual a semente é colocada em sulcos ou covas, com largura e profundidade suficientes para a adequada cobertura e contato das sementes com a terra ➢ Técnica de cultivo conservacionista ➢ Considera-se uma técnica de cultivo mínimo ➢ Objetivo: manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais Essa cobertura tem por finalidade: ➢ Proteger o solo do impacto das gotas de chuva ➢ Escoamento superficial ➢ Erosões hídrica e eólica ➢ O preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura, procedendo-se a semeadura, a adubação e, eventualmente, a aplicação de herbicidas em uma única operação Sistema plantio direto (SPD) Fundamentos ➢ Eliminação/redução das operações de preparo do solo ➢ Uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas ➢ Formação e manutenção da cobertura morta - MO ➢ Rotação de culturas ➢ Uso de semeadoras específicas Sistema plantio direto (SPD) Sistema plantio direto (SPD) Sistema plantio direto (SPD) Principais métodos de estabelecimento de pastagens e implicações de manejo Pastejo inicial ➢ O pastejo inicial: estimula o crescimento lateral e perfilhamento; ➢ Deve ser realizada quando as plantas apresentarem um desenvolvimento compatível com o porte da espécie ➢ Alta lotação ➢ Curta duração ➢ Atenuar os efeitos danosos da desfolha e pisoteio sobre a forrageira ➢ O uso de animais mais leves ➢ Em condições ótimas: 60-90 dias após a semeadura Renovação, recuperação e reforma de pastagens degradadas Entende-se por: Recuperação: a aplicação de práticas culturais e/ou agronômicas, visando o restabelecimento da cobertura do solo e do vigor das plantas forrageiras na pastagem. Reforma: entende-se a realização de um novo estabelecimento da pastagem, com a mesma espécie e, geralmente, com a entrada de máquinas. Renovação: consiste na utilização da área degradada para a formação de uma nova pastagem com outra espécie forrageira, geralmente mais produtiva. Principais causas e sinais de degradação de pastagens com suas interrelações Referência RUGIERI, A. C. Formação e reforma de pastagens. Disponível em: http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/zootecnia/ANACLAU DIARUGGIERI/aula-formacao-e-recuperacao-2013.pdf. Acesso em: 07 out. 2018.
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