Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Radiologia Veterinária RX, o que é? Raio x: é uma radiação eletromagnética (ondas), produzida em aparelhos de raios-x, que tem alta capacidade de penetração no corpo humano. Quando o aparelho é ligado, o gerador de raios X produz um feixe de radiação. Essas partículas saem pela abertura do equipamento e são irradiadas até atingirem a parte do corpo que será examinada. Em seguida, a radiação atravessa o corpo do paciente, e uma parte dela é absorvida pelas estruturas anatômicas. Radioproteção aplicada a Radiologia Veterinária As atividades de proteção radiológica seguem alguns princípios fundamentais, entre eles, a otimização da proteção radiológica, que tem o objetivo de preservar a segurança e a saúde dos indivíduos expostos à radiação ionizante nos locais em que se utilizam equipamentos de radiação, incluindo pacientes, profissionais e o público em geral. Radioproteção na Radiologia Veterinária Como deve ser a sala do RX? Qualquer blindagem consiste em uma proteção física feita com algum material que faça um revestimento ou cobertura. Hoje no mercado existem materiais comercializados para este fim, como por exemplo: argamassa baritada, lençol de chumbo, portas radiológicas e vidros plumbíferos. A sala do RX Sinalização Sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso ao ambiente visado, para prevenir a exposição de pessoas. “Quando a luz vermelha estiver acesa a entrada é proibida”, como a sinalização acima. Radioproteção na Radiologia Veterinária Outro ponto importante é a limitação de doses individuais. As normas do setor estabelecem que profissionais expostos à radiação ionizante devem utilizar, em sua jornada de trabalho, um monitor de tórax, para estimar a dose efetiva de corpo inteiro. De acordo com a atividade exercida, também deve usar um monitor de extremidade, em forma de anel ou pulseira. Portaria 453 Criada em 1998, a portaria trata das diretrizes de proteção nas áreas de Radiologia e Radiodiagnóstico Médico e Odontológico em relação à comercialização e uso dos equipamentos. Dividida em diversos capítulos, o documento apresenta os princípios básicos na sua segunda parte. Entre eles estão: A justificação da prática e das exposições médicas individuais; A otimização da proteção radiológica; A limitação de doses individuais; A prevenção de acidentes. Radiologia Veterinária - Proteção radiológica individual- EPI’s Avental de chumbo padrão; Protetor de tireoide adulto. Luva de chumbo tipo escudo; Óculos vidro chumbo proteção frontal; Protetor de tireoide adulto. Quais os cuidados com armazenamento do contraste? A forma de armazenamento do meio de contraste iodado deve ser analisada; ele deve ficar em temperatura ambiente inferior a 30 °C, ao abrigo da luz e de raios-X; a equipe deve verificar rotineiramente o período de validade dos frascos antes da utilização do produto. Contenção Os métodos de contenção é um conjunto de meios para manter os animais na posição adequada na hora dos procedimentos, para evitar repetição de exames. Outro objetivo da contenção é proteger o profissional nos procedimentos. Existem dois tipos de contenção: física e química. Radiologia Veterinária na Prática Posicionamentos Radiológicos Segmentos CRÂNIO PROJEÇÃO DORSOVENTRAL - Apoiar a cabeça do animal sobre uma cunha de espuma. - Pode-se segurar pelas orelhas ou pescoço, porém as mãos / dedos não podem aparecer ou sobrepor a calota craniana ou condutos auditivos. - Deve haver simetria entre as cavidades nasais e arcos zigomáticos. CRÂNIO PROJEÇÃO LATEROLATERAL Pode-se segurar pelas orelhas ou pescoço, porém as mãos / dedos não podem aparecer ou sobrepor a calota craniana, condutos auditivos, dentes e cavidades nasais. - Avaliação da cavidade nasal e seios nasais são as principais indicações deste posicionamento. As mandíbulas devem ficar sobrepostas na imagem radiográfica e para isso é necessário rotacionar a cabeça. CRÂNIO (MANDÍBULA) PROJEÇÃO LATEROLATERAL BOCA ABERTA - Se o objetivo for visualizar mandíbula direita, o animal deve estar em decúbito direito, a boca deve ser aberta e a cabeça rotacionada até que a região de estudo fique no centro da boca aberta, sem sobreposição da mandíbula contralateral ou dos maxilares. OBS: Para avaliar dentes inferiores e mandíbula, pode-se realizar radiografias de boca aberta, porém com o animal sob sedação. CRÂNIO (SEIOS FRONTAIS) PROJEÇÃO ROSTROCAUDAL - Focinho do animal apontando para o colimador e o centro da marcação entre os olhos. - Pode-se colocar uma cunha de espuma por baixo da nuca, facilitando o tangenciamento dos seios frontais. CRÂNIO (FORÂMEN MAGNO) PROJEÇÃO ROSTROCAUDAL - Focinho do animal deslocado no sentido do peito. - Nuca erguida. COLUNA CERVICAL PROJEÇÃO VENTRODORSAL - A utilização de calha de espuma pode facilitar o posicionamento. - A cabeça deve ser esticada e os membros torácicos tracionados caudalmente. COLUNA CERVICAL PROJEÇÃO LATEROLATERAL - Rotacionar o crânio para sobrepor mandíbulas. - Tracionar caudodorsalmente os membros torácicos. - Deixar o pescoço reto e esticado. OBS: a utilização da focinheira ajuda a segurar e rotacionar o focinho e tracionar o pescoço. TÓRAX PROJEÇÃO VENTRODORSAL -Incluir da entrada do tórax (altura do manúbrio) até a cúpula diafragmática (inteira). - O esterno deve estar sobreposto à coluna vertebral e as costelas simétricas. TÓRAX PROJEÇÃO LATEROLATERAL - Animal em decúbito lateral, com membros torácicos tracionados cranialmente. - Uma cunha de espuma pode ser colocada sob o esterno para diminuir a obliquidade. - Na imagem, as articulações costocondrais devem estar no mesmo nível e as costelas o mais sobrepostas possível. - A entrada do tórax e cúpula diafragmática devem estar incluídas. ESCÁPULA PROJEÇÃO MEDIOLATERAL OBS: este posicionamento visa tirar a sobreposição da escápula aos processos espinhosos na projeção lateral. - O membro afetado pode estar para baixo (junto ao filme) ou para cima. Em ambas as formas, ele deve ser elevado dorsalmente, enquanto o outro membro deve ser tracionado caudalmente. - Se a escápula afetada estiver voltada para cima, o peito do animal deverá ser levemente elevado em relação à mesa. Se estiver para baixo, a cabeça e pescoço devem ser puxados ventralmente. ESCÁPULA PROJEÇÃO CAUDOCRANIAL - Centralizar a escápula no filme; - Rotacionar levemente o animal para o lado contrário ao membro radiografado. OMBRO PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - Estender dorsalmente a cabeça, para tirar a sobreposição da traqueia. Levar o membro contralateral caudalmente; - Estender o membro radiografado, fazendo com que o cotovelo fique próximo ao canto inferior do filme (seta), buscando tirar a sobreposição do esterno à articulação. OBS: utilizar filme pequeno ou médio, para facilitar a centralização do ombro. Se o cotovelo estiver fora da margem do filme, o ombro estará dentro. ÚMERO PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - O membro avaliado deve estar junto do filme. - Incluir articulação do ombro e do cotovelo para um estudo do úmero em toda sua extensão. ÚMERO PROJEÇÃO CRANIOCAUDAL / CAUDOCRANIAL -A escolha do posicionamento dependerá da facilidade de realização, colaboração do animal e lesão, porém a imagem a ser obtida será a mesma, sendo Craniocaudal ou Caudocranial; -Incluir articulação do ombro e do cotovelo para um estudo do úmero em toda sua extensão. COTOVELO PROJEÇÃO CRANIOCAUDAL - Usar filme pequeno e centralizar o cotovelo. - Elevar e lateralizar a cabeça para que não sobreponha ao membro. - Estender o membro e alinhar o cotovelo, girando o mesmo para dentro (seta) e o punho para fora (supinação). COTOVELO PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - Manter angulação natural, sem estender ou flexionar a articulação. - Pode-se rotacionar lateralmente a porção distal do membro (supinação) para se obter a sobreposição ideal dos côndilos umerais e visibilização dainterlinha articular. RÁDIO E ULNA PROJEÇÃO CRANIOCAUDAL -Estender o membro e incluir articulação do cotovelo e radiocárpica. -Realizar discreta supinação do membro. RÁDIO E ULNA PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - Estender o membro e incluir articulação do cotovelo e radiocárpica. CARPO E DÍGITOS PROJEÇÃO DORSOPALMAR - Segurar pelo cotovelo do animal, fazendo com que a região do carpo e falanges sejam radiografadas juntas. - Uma leve supinação do membro é necessária para que a mão fique espalmada e o carpo não fique oblíquo, sem sobreposição dos dedos. CARPO E DÍGITOS PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - Estender o membro e evitar rotação do carpo. - Um calço de espuma pode ser usado na face palmar para dar apoio às falanges e ajudar a estender os dedos. FALANGES PROJEÇÃO MEDIOLATERAL -Esta posição pode ser feita quando há necessidade de isolar uma falange em projeção mediolateral; -Com o uso de cordões os dedos devem ser separados, conforme mostra a ilustração. COLUNA TORÁCICA PROJEÇÃO LATEROLATERAL - Animal em decúbito lateral, com membros torácicos tracionados cranialmente. -Uma cunha de espuma pode ser colocada sob o esterno para diminuir a obliquidade. - Os arcos costais não devem ultrapassar o limite do canal vertebral. OBS: incluir de T3 à L3. COLUNA LOMBAR PROJEÇÃO LATEROLATERAL Membros pélvicos tracionados caudalmente. - Palpe as cristas ilíacas para colocá-las sobrepostas entre si. - Processos transversos devem estar sobrepostos e espaços intervertebrais livres de sobreposição das epífises. OBS: Incluir de T13 à S1 ABDÔMEN PROJEÇÃO LATEROLATERAL - Animal em decúbito lateral, com membros pélvicos tracionados caudalmente e elevados da mesa por uma cunha de espuma. - A cúpula diafragmática e a região pélvica até a altura das articulações coxofemorais devem estar incluídas na imagem. OBS : em animais de grande porte, algumas vezes é necessário dividir a cavidade abdominal em cranial e caudal, com técnicas distintas, para garantir qualidade na imagem e avaliação completa da região. ABDÔMEN PROJEÇÃO VENTRODORSAL -Incluir da cúpula diafragmática até a região pélvica na altura das articulações coxofemorais. -Acomodar o animal em uma calha facilita o posicionamento e diminui a chance de obliquidade da imagem. COXAL PROJEÇÃO VENTRODORSAL - Incluir asas dos ílios e articulações dos joelhos. Os fêmures devem estar paralelos. -Os membros devem ser esticados e os joelhos rotacionados internamente (setas), buscando a centralização da patela em relação aos côndilos femorais. - A pelve deve estar simétrica, sem distorções por obliquidade. - Para animais musculosos, um cordão pode ser passado ao redor das pernas, na altura do joelho, para ajudar na aproximação dos mesmos e melhorar o paralelismo entre os fêmures. COXAL PROJEÇÃO LATEROLATERAL -Centralizar a região da pelve e incluir desde as asas dos ílios até a porção mais caudal dos ísquios. -Essa projeção também auxilia na avaliação da região de transição lombossacral da coluna vertebral. FÊMUR PROJEÇÃO CRANIOCAUDAL - Pode-se usar a calha de espuma, colocar o animal em decúbito dorsal, da mesma forma que para fazer a VD do coxal, porém centraliza-se o fêmur em questão no filme. - O membro deve ser pronado (joelho rotacionado internamente). FÊMUR PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - O membro a ser radiografado deve estar junto ao filme (ex.: se for membro direito, o decúbito é direito). - Colocar o meio do fêmur em questão no centro do filme, e incluir a articulação coxofemoral e do joelho. - O membro que estiver por cima deve ser tracionado caudal ou cranialmente, ou então feita a “abertura” da perna (abdução). JOELHO PROJEÇÃO CRANIOCAUDAL -Centralizar a articulação do joelho, rotacionando internamente o membro (aduzir), para que a patela seja posicionada entre os côndilos femorais. JOELHO PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - Centralizar a articulação do joelho. - O limite cranial do joelho representa a região de patela, enquanto que a porção mais caudal do membro é constituída por musculatura. Por isso, ao posicionar o joelho, deve-se deixar a margem cranial mais próxima do centro do filme. TIBIA / FÍBULA PROJEÇÃO CRANIOCAUDAL Centraliza-se a tíbia sob o filme; O membro deve estar bem estendido e bem alinhado. TIBIA/ FÍBULA PROJEÇÃO MEDIOLATERAL - O membro a ser radiografado deve estar junto ao filme. - Colocar o meio da tíbia em questão no centro do filme. - Elevar o tarso, supinando o membro; - O membro que estiver por cima deve ser tracionado caudal ou cranialmente, ou então feita a “abertura” da perna (abdução). TARSO E DÍGITOS PROJEÇÃO DORSOPLANTAR / PLANTARODORSAL - A radiografia do tarso e dedos dos membros pélvicos pode ser feita tanto em projeção plantarodorsal como dorsoplantar. - Se for radiografar dedos, não segurar pelos mesmos. Tentar deixar os dedos individualizados, sem obliquidade do membro. MITOS X VERDADE NA RADIOLOGIA RX DIGITAL CORRIGE ERROS DE TÉCNICA? O RX VETERINÁRIO REQUER A MESMA PROTEÇÃO DO EXAME EM HUMANOS? MEU PET PRECISA SER ANESTESIADO PARA A RADIOGRAFIA? QUALQUER VETERINÁRIO PODE LAUDAR O EXAME? A RADIAÇÃO CAUSA CANCER? Dinâmica! E aí? Fixamos? E se eu te dissesse que esqueci de alguns posicionamentos, tu seria capaz de me ajudar? Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 Imagens 5 A) B) Imagem 6 Questão n°7
Compartilhar