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@resumosdamed_ 1 ANEMIAS HEMOLÍTICAS CONHECER/RELEMBRAR AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ANEMIA HEMOLÍTICA: AUTOIMUNE, MECÂNICA (EX. CIVD), HEMOGLOBINOPATIAS, MEMBRANOPATIAS (EX. ESFEROCITOSEHEREDITÁRIA), INFECCIOSA(MALÁRIA). São ditas hemolíticas as anemias resultantes de aumento do ritmo de destruição dos eritrócitos. Devido à hiperplasia eritropoética e à expansão anatômica da medula óssea, a destruição de eritrócitos pode aumentar muitas vezes antes que o paciente fique anêmico, situação definida como doença hemolítica compensada. A medula óssea normal do adulto, depois de expansão total, é capaz de produzir eritrócitos em ritmo até 6 a 8 vezes maior do que o normal, desde que seja "eficaz". Isso causa acentuada reticulocitose. Esta hiperregeneração reacional faz a anemia decorrente de hemólise só vir a ser notada quando a sobrevida eritrocitária for inferior a 30 dias. CLASSIFICAÇÃO A Tabela 6.1 apresenta uma classificação simplificada das anemias hemolíticas. As anemias hereditárias resultam de defeitos "intrínsecos" dos eritrócitos, ao passo que as adquiridas geralmente resultam de uma alteração "extracorpuscular" ou "ambiental". A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) é uma exceção, porque, embora seja um distúrbio adquirido, os eritrócitos têm um defeito intrínseco. Como a HPN associa-se à hipoplasia da medula óssea. ASPECTOS CLÍNICOS O paciente costuma ter palidez de mucosas, icterícia leve flutuante e esplenomegalia. Não há bilirrubina na urina, mas esta pode se tornar escura em conservação pelo excesso de urobilinogênio. Cálculos vesiculares de pigmento (bilirrubina) são uma complicação frequente (Figura 6.2), e alguns pacientes (em particular com anemia de células falciformes) têm úlceras em volta do tornozelo. Podem ocorrer crises aplásticas, geralmente precipitadas por infecção com parvovírus, que "desligam" a eritropoese, caracterizadas por intensificação súbita da anemia e por queda da contagem de reticulócitos. Raramente, uma crise aplástica pode decorrer de deficiência de folato; nesse caso, a medula mostra-se megaloblástica. @resumosdamed_ 2 ACHADOS LABORATORIAIS Os achados laboratoriais, por conveniência, são divididos em três grupos. 1. Sinais de aumento da destruição eritroide: (a) aumento da bilirrubina sérica, não conjugada e ligada à albumina; (b) aumento do urobilinogênio urinário; (e) haptoglobinas séricas ausentes, pois ficam saturadas com hemoglobina, e os complexos são removidos pelas células do sistema RE. 2. Sinais de aumento da produção eritroide: (a) reticulocitose; (b) hiperplasia eritroide da medula óssea; a relação normal mieloide: eritroide de 2: 1 a 12: 1 diminui para 1: 1 ou se inverte. 3. Sinais de dano aos eritrócitos: (a) morfologia (p. ex., microesferócitos, eliptócitos, fragmentos); (b) fragilidade osmótica; (e) testes para enzimas específicas, para proteínas ou de DNA. HEMÓLISES INTRAVASCULAR E EXTRAVASCULAR Há dois mecanismos de destruição de eritrócitos na anemia hemolítica. Pode haver excesso de remoção de eritrócitos por macrófagos do sistema RE (hemólise extravascular) ou destruição direta na circulação (hemólise íntravascular). O mecanismo predominante depende da fisiopatologia envolvida. Na hemólise intravascular, (Tabela 6.2 Causas de hemólise intravascular), Transfusão de sangue incompatível (em geral, ABO) Deficiência de G6PD com estresse oxidante Síndromes de fragmentação eritrocitária, Algumas anemias hemolíticas autoimunes graves, Algumas anemias hemolíticas induzidas por fármacos e infecções Hemoglobinúria paroxística noturna, Hemoglobinúria da marcha, Hemoglobina instável G6PD, glicose-6-fosfato-desidrogenase é liberada hemoglobina, que rapidamente satura as haptoglobinas plasmáticas, e o excesso é filtrado pelos glomérulos. Se o ritmo de hemólise saturar a capacidade de reabsorção tubular renal, o excesso de hemoglobina livre é excretado na urina. O ferro liberado da hemoglobina nos túbulos renais é visto como hemossiderina no sedimento urinário. A metemalbumina também se forma no processo de hemólise intravascular. As principais características laboratoriais da hemólise intravascular são as seguintes: 1. hemoglobinemia e hemoglobinúria; 2. hemossiderinúria; 3. metemalbuminemia (detectada por espectrofotometria). ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEREDITÁRIAS DEFEITOS DE MEMBRANA ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA: A esferocitose hereditária (EH) é a anemia hemolítica hereditaria mais comum em norte-europeus. PATOGÊNESE A EH é causada por defeitos nas proteínas envolvidas nas interações verticais entre o esqueleto e a bicamada lipídica da membrana dos eritrócitos. A medula óssea produz eritrócitos de forma bicôncava normal, mas eles perdem porções de membrana e ficam cada vez mais esféricos (perda de área da superfície em relação ao volume) à medida que circulam pelo baço e pelo resto do sistema RE. A perda de membrana pode ser causada por Iiberação de partes da bicamada lipídica que não estejam adequadamente sustentadas pelo esqueleto. Por fim, os eritrócitos tornam- se incapazes de passar pela circulação esplênica e morrem prematuramente. ASPECTOS CLÍNICOS A herança é autossômica dominante, com expressão variável; raramente, pode ser autossômica recessiva. A anemia pode apresentar-se em qualquer idade, dos primeiros meses à velhice. A icterícia é flutuante e é acentuada se houver concomitância com síndrome de Gilbert (defeito genético da conjugação hepática da bilirrubina); a esplenomegalia ocorre na maioria dos pacientes. Cálculos vesiculares de pigmento são frequentes; crises aplásticas, em geral precipitadas por infecção por parvovírus, causam súbita intensificação da anemia. @resumosdamed_ 3 ACHADOS HEMATOLÓGICOS Anemia é comum, mas não invariavelmente presente; a gravidade tende a ser semelhante nos membros da mesma família. Há reticulocitose, em geral de 5 a 20%. A distensão sanguínea mostra microesferócitos, densamente corados, com diâmetro menor que o dos eritrócitos normais. INVESTIGAÇÃO E TRATAMENTO Uma rápida análise em citometria de fluxo para eosina-5-maleimida (EMA) ligada aos eritrócitos é usada como teste para a EH e a deficiência de proteína da membrana. A identificação exata do defeito não é necessária para o diagnóstico e o tratamento, mas a eletroforese das proteínas de membrana é realizada em casos difíceis. O teste EMA substituiu a clássica determinação da fragilidade osmótica que mostrava que os eritrócitos da EH são excessivamente frágeis em soluções salinas diluídas. O teste direto de antiglobulina (teste de Coombs) é negativo, excluindo uma causa autoimune de esferocitose e hemólise. A principal forma de tratamento é a esplenectomia, preferentemente laparoscópica, que só deve ser feita se houver indicação clínica, por anemia, litíase biliar, úlceras de perna ou retardo de crescimento. A restrição à esplenectomia nos casos assintomáticos decorre do risco de sepse pós-esplenectomia, sobretudo na infância. Deve ser feita colecistectomia simultânea se houver litíase com expressão clínica. A esplenectomia sempre normaliza a hemoglobina, apesar de persistirem esferócitos, formados no resto do sistema RE. Em casos de EH grave convém receitar ácido fálico para prevenir a deficiência de folato. ELIPTOCITOSE HEREDITÁRIA A eliptocitose hereditária apresenta semelhanças clínicas e laboratoriais com a esferocitose hereditária, exceto pela morfologia dos eritrócitos na distensão sanguínea, mas, em geral, é um distúrbio clinicamente mais leve. Ela é geralmente notada por acaso à microscopia de hemograma, sem haver evidências de hemólise. Somente pacientes ocasionais necessitam de esplenectomia. O defeito básico é uma falha na associação de heterodímeros de espectrina para formar heterotetrâmeros. Várias mutações genéticas que afetam as interações horizontais foram detectadas. Os pacientes homozigóticos ou duplamente heterozigóticos para ovalocitose têm anemia hemolítica grave,denominada piropecilocitose hereditária. OVALOCITOSE DO SUDESTE DA ÁSIA É comum na Melanésia, na Malásia, na Indonésia e nas Filipinas. E causada pela deleção de nove aminoácidos na junção dos domínios citoplasmático e transmembrana da proteína banda 3. As células são rígidas e resistem à invasão por parasitas da malária. A maioria dos casos é assintomática e não ocorre anemia. CARACTERIZAR A FISIOPATOLOGIA E O QUADRO CLÍNICO DA ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE, BEM COMO A SUA INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL E TRATAMENTO INICIAL. ANEMIAS HEMOLÍTICAS ADQUIRIDAS ANEMIAS HEMOLÍTICAS AUTOIMUNES Anemias hemolíticas autoimunes (AHAis) são causadas por produção de anticorpos contra os eritrócitos do próprio organismo. São caracterizadas por teste direto de antiglobulina (DAT, ou teste de Coombs) positivo (ver Figura 30.5) e divididas em dois tipos, "quentes" e "frios" (Tabela 6.5), de acordo com o ótimo térmico dos anticorpos que reagem mais fortemente com os eritrócitos a 37ºC ou 4ºC. ANEMIAS HEMOLÍTICAS AUTOIMUNES POR ANTICORPOS QUENTES Os eritrócitos são cobertos por imunoglobulina (lg) - em geral imunoglobulina G (lgG) - isolada ou com complemento, e por isso, são ingeridos pelos macrófagos do sistema RE, os quais têm receptores para o @resumosdamed_ 4 fragmento Fe da lg. Parte da membrana revestida por anticorpo é perdida, de modo que a célula se torna progressivamente mais esférica para manter o volume e, por fim, é prematuramente destruída, predominantemente no baço. Quando os eritrócitos são revestidos por lgG e complemento (C3d, o fragmento degradado de C3), a destruição é disseminada no sistema RE. ASPECTOS CLÍNICOS A doença pode ocorrer em qualquer idade, em ambos os sexos e apresenta-se como anemia hemolítica de gravidade variável. O baço, em geral, está aumentado. A doença tende a regredir e a recidivar. Pode ocorrer de forma isolada ou em associação com outras doenças. Quando associada à púrpura trombocitopênica idiopática (PTl), uma condição autoimune similar que acomete as plaquetas, é chamada de síndrome de Evans. Quando secundária ao lúpus eritematoso sistêmico, os eritrócitos são revestidos por imunoglobulina e complemento. ACHADOS LABORATORIAIS Os achados hematológicos e bioquímicos são típicos de anemia por hemólise extravascular, com esferocitose e policromatocitose proeminentes à microscopia da distensão sanguínea. O DAT (Coombs direto) é positivo como resultado da fixação de lgG, lgG e complemento ou lgA aos eritrócitos; em alguns casos, o anticorpo mostra especificidade dentro do sistema Rh. Tantos anticorpos livres no plasma (teste indireto de antiglobulina) como na superfície dos eritrócitos (teste direto de antiglobulina) são mais bem detectados a 37ºC. TRATAMENTO 1. Eliminar a causa subjacente, se houver (p. ex., metildopa). 2. Corticosteroides. Em geral, prednisolona é o tratamento de primeira linha; I mg/kg/dia é a dosagem comum em adultos, que deve ser diminuída gradativamente. Casos com predominância de lgG nos eritrócitos costumam mostrar boa resposta; casos com complemento quase sempre respondem mal aos corticosteroides e à esplenectomia. 3. Anticorpo monoclonal. O anti-CD20 (rituximabe) provoca remissões prolongadas em certa proporção de casos e tem sido usado como terapêutica de primeira linha. 4. A esplenectomia pode ter valor nos casos que não respondem bem ou não mantêm nível satisfatório de hemoglobina com doses aceitavelmente baixas de esteroides ou manutenção com rituximabe. 5. Depois de falharem as medidas anteriores, ou até antes da esplenectomia, pode ser tentada a imunossupressâo. Anti- CD52 (alentuzumabe), azatioprina, ciclofosfamida, clorambucil, ciclosporina e micofenolato de mofetil têm sido tentados. 6. 6 Pode ser necessário tratar a doença subjacente (p. ex., leucemia linfocítica crônica ou linfoma). 7. Acido fólico é administrado para compensar o excesso de consumo em casos com hemólise grave. 8. Se a anemia for grave, com sintomatologia significativa, podem ser necessárias transfusões de sangue. O sangue deve ser o menos incompatível possível; se a especificidade do anticorpo for conhecida, escolhe-se o doador que não tenha os antígenos relevantes. Os pacientes também fabricam prontamente aloanticorpos contra os eritrócitos do doador. 9. Altas doses de imunoglobulina mostram-se menos eficazes do que na PT. @resumosdamed_ 5 ANEMIAS HEMOLÍTICAS AUTOIMUNES COM ANTICORPOS FRIOS (CRIOAGLUTININAS) Nessas síndromes, o autoanticorpo IgM liga-se aos eritrócitos, principalmente na circulação periférica, em que a temperatura do sangue é mais baixa. O anticorpo pode ser monoclonal, como na síndrome idiopática de crioaglutininas e quando associado a distúrbios linfoproliferativos, ou pode ser uma resposta policlonal transiente, como depois de infecção (p. ex., mononucleose infecciosa ou pneumonia por Mycoplasma). Os anticorpos IgM ligam -se melhor aos eritrócitos a 4ºC e são muito eficientes na fixação de complemento, de modo que podem causar hemólise tanto extra como intravascular. Nos eritrócitos, o complemento só é detectado sozinho, pois os anticorpos IgM são eluídos das células ao fluírem pelas áreas mais quentes da circulação. E interessante que, em quase todas assíndromes de AHAI a frio, o anticorpo é dirigido contra o antígeno "I" da superfície dos eritrócitos; na mononucleose infecciosa, é anti-i. DOENÇA DE CRIOAGLUTININAS PRIMÁRIA O paciente tem uma anemia hemolítica crônica agravada pelo frio e quase sempre associada à hemólise intravascular. Icterícia leve e esplenomegalia podem estar presentes. O paciente pode desenvolver acrocianose (pele arroxeada nas extremidades) na ponta do nariz, nas orelhas, nos dedos e nos artelhos, causada por aglutinação de eritrócitos nos pequenos vasos. Os achados laboratoriais são semelhantes aos da AHAI quente. Na distensão sanguínea, entretanto, a esferocitose é menos notada, há grosseira crioaglutinação dos eritrócitos e o DAT revela somente complemento (C3d) na superfície dos eritrócitos. Na maioria dos pacientes, a biópsia de medula óssea mostra nódulos de uma população monoclonal de linfócitos B. A morfologia e o imunofenótipo diferem do linfoma linfoplasmocí tico, que também costuma se associar a uma paraproteína IgM; a mutação MYD88, característica deste linfoma, está ausente. Embora a doença de crioaglutininas costume ser indolente, pode haver transformação em um linfoma agressivo. O tratamento consiste em manter o paciente aquecido. Agentes alquilantes, como clorambucil ou nucleosídios da purina (p. ex., fludarabina), podem ser usados, e o anti-CD20 (rituximabe) pode mostrar-se eficaz. Esplenectomia não é indicada, salvo se houver grande esplenomegalia. Os corticosteroides são ineficazes. Nos casos "idiopáticos", sempre deve ser excluída a presença de um linfoma subjacente. Hemoglobinúria paroxística ao frio é uma síndrome rara de hemólise intravascular aguda após exposição ao frio. E causada pelo anticorpo de Donath-Landsteiner, um anticorpo IgG com especificidade para antígenos do grupo sanguíneo P, que se liga aos eritrócitos em baixa temperatura, mas provoca lise com complemento em temperatura mais alta. As infecções virais são causas predisponentes, e a doença, em geral, é autolimitada. • Aspectos clínicos: o paciente tem uma anemia hemolítica crônica agravada pelo frio e quase sempre associada à hemólise intravascular. Pode haver icterícia leve e esplenomegalia. O paciente pode desenvolver acrocianose na ponta do nariz, orelhas, dedos e artelhos (causada por aglutinação de eritrócitos nos pequenos vasos). @resumosdamed_ 6 • Achados Laboratoriais: semelhantes à Quente, porém com menor esferocitose. Nota-se grosseira aglutinação dos eritrócitos. DAT revela somente complemento (C3d) nos eritrócitos. A biópsia de medula óssea mostra nódulos de uma população monoclonal de linfócitos B. • Tratamento: manter o paciente aquecido. Tratar comagentes alquilantes como Clorambucil ou Nucleosídios da Purina (Fludarabina). Anti CD20 mostra-se eficaz. Se houver esplenomegalia, realizar esplenectomia. Caso contrário, não. Corticosteroides são ineficazes. CONHECER OS PRINCIPAIS MARCADORES DE HEMÓLISE E EXPLICA-LOS NESTE CONTEXTO: RETICULÓCITOS, DHL, BILIRRUBINA INDIRETA E H A PTOGLOBINA. DESTRUIÇÃO NORMAL DOS ERITRÓCITOS A destruição dos eritrócitos geralmente ocorre depois de uma sobrevida média de 120 dias, quando as células são removidas extravascularmente pelos macrófagos do sistema reticuloendotelial (RE), sobretudo na medula óssea, mas também no fígado e no baço. Como os eritrócitos não têm núcleo, seu metabolismo deteriora-se à medida que as enzimas são degradadas e não são repostas, tornando-os inviáveis. O catabolismo da heme dos eritrócitos libera ferro para recirculação via transferrina plasmática, principalmente para os eritroblastos da medula óssea, e protoporfìrina, que é transformada em bilirrubina. Esta circula para o fígado, onde é conjugada com glicuronídios, excretados no duodeno via bile e convertidos em estercobilinogênio e em estercobilina (excretados nas fezes). O estercobilinogênio e a estercobilina são parcialmente reabsorvidos e excretados na urina como urobilinogênio e urobilina. As cadeias de globina são quebradas em aminoácidos, que são reutilizados na síntese geral de proteínas no organismo. Haptoglobinas são proteínas presentes no plasma normal, capazes de ligar hemoglobina. O complexo hemoglobina- haptoglobina é removido pelo sistema RE. A hemólise intravascular @resumosdamed_ 7 (destruição de eritrócitos dentro dos vasos sanguíneos) desempenha um pequeno ou nenhum papel na destruição normal dos eritrócitos. • Reticulócitos: indicativo do aumento da produção de eritrócitos que acompanha um quadro hemolítico. • DHL: indicativo de destruição eritrocitária. • Bilirrubina indireta: indicativo de destruição eritrocitária. • Haptoglobina: indicativo de destruição eritrocitária EXPLICAR E DIFERENCIAR OS TESTES DE COOMBS DIRETO E INDIRETO. O Teste de Coombs Direto avalia diretamente os glóbulos vermelhos - células responsáveis por transportar e entregar oxigênio pelo corpo, bem como o recolher o gás carbônico nos órgãos - para verificar se há anticorpos ligados à hemácia e se são derivados do próprio sistema da pessoa ou de outras fontes (recebido a partir de uma transfusão, por exemplo). O Teste de Coombs Indireto, por outro lado, avalia o soro do sangue para identificar os anticorpos presentes. É mais utilizado em pré-natal de gestantes Rh negativo, triagem de anemias hemolíticas e provas pré- transfusionais. ANEMIA HEMOLÍTICA Anemia hemolítica autoimune se refere a um grupo raro de distúrbios em que os glóbulos vermelhos são destruídos pelos glóbulos brancos. Ela possui dois tipos principais: • Anemia hemolítica por anticorpos quentes: nesse tipo, os anticorpos se ligam aos glóbulos vermelhos em temperatura corporal normal e os destroem. • Anemia hemolítica por anticorpos frios (doença de aglutininas frias): nesse tipo de distúrbio, os anticorpos se tornam mais ativos e atacam os glóbulos vermelhos somente em temperaturas muito abaixo da temperatura corporal normal. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Fundamentos em hematologia. 6a.ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. Cap.6 (Anemias hemolíticas); 2. Doenças que alteram os exames hematológicos. 2ª.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017. Cap.5 e 6.
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