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03 - Farmacologia

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Técnico de 
Enfermagem 
Módulo I 
Farmacologia 
 
 
 
Produzido por: 
Depto. Pedagógico - Escola Info Jardins 
Rua Campos Sales, 303 - 8º andar 
Centro de Barueri - SP 
www.escolainfojardins.com.br 
 
Copyright © 2011 - Escola Info Jardins - Todos os Direitos Reservados. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida. 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 2 
SUMÁRIO 
 
Aplicação profissional da farmacologia ............................................................................................... 4 
Conceitos básicos de farmacologia ...................................................................................................... 5 
Tipos de ação e efeito dos medicamentos ............................................................................................ 6 
Formas de apresentação dos medicamentos......................................................................................... 6 
Definição de farmacologia, farmacodinâmica e farmacocinética ........................................................ 7 
Parâmetros farmacocinéticos do sistema ladmer ................................................................................. 8 
Vias de administração de farmacos ...................................................................................................... 9 
Fatores que alteram o efeito dos fármacos e os parâmetros farmacocinéticos .................................. 11 
Mecanismos gerais de ação dos fármacos .......................................................................................... 11 
Mercado farmacêutico ........................................................................................................................ 13 
Métodos de classificação de fármacos ............................................................................................... 13 
Analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios não entorpecentes ..................................................... 15 
Hipoanalgésicos/psicofármacos ......................................................................................................... 18 
Anestésicos......................................................................................................................................... 20 
Cardiotônicos/antiarrítmicos/antianginosos ....................................................................................... 21 
Interações medicamentosas entre os fármacos................................................................................... 26 
Diuréticos ........................................................................................................................................... 28 
Agentes hematológicos ...................................................................................................................... 31 
Drogas anticonvulsivantes específicas ............................................................................................... 34 
Hormônios do pâncreas ...................................................................................................................... 34 
Hormônios corticóides/corticosteróides ............................................................................................. 36 
Hipoglicemiantes orais ....................................................................................................................... 37 
Vitaminas ........................................................................................................................................... 38 
Antibióticos antineoplásicos “ – quimioterapia ................................................................................. 38 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 3 
Drogas vasoativas/neurotransmissores químicos ............................................................................... 40 
Drogas adrenérgicas/simpatomiméticas ............................................................................................. 41 
Drogas colinérgicas/parassimpatomiméticas ..................................................................................... 42 
Drogas anti-adrenérgicas/ bloqueadores adrenérgicos/simpatolíticos .............................................. 42 
Drogas anti-colinérgicas/bloqueadores colinérgicos/parassimpatolíticas .......................................... 43 
Antibióticos ........................................................................................................................................ 43 
Penicilinas .......................................................................................................................................... 45 
Tetraciclinas ....................................................................................................................................... 46 
Drogas que atuam no aparelho respiratório ....................................................................................... 47 
Drogas que atuam no aparelho digestivo ........................................................................................... 48 
Cálculo de medicação ........................................................................................................................ 50 
Soluções ............................................................................................................................................. 53 
Bibliografia ........................................................................................................................................ 55 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 4 
 
APLICAÇÃO PROFISSIONAL DA FARMACOLOGIA 
 
Introdução 
 
 O conhecimento dos fármacos, e o domínio de suas propriedades terapêuticas e tóxicas 
vieram transformando o uso da farmacologia através dos séculos. Inicialmente servindo como 
instrumento de pagés, feiticeiros e outros chefes sacerdotais, as drogas foram ganhando importância 
como principal arma dos profissionais da área da saúde. 
 Sendo a Farmacologia uma ciência vasta e complexa, já na década de 50 e 70 progrediu ao 
seu auge como instrumento terapêutico em medicina, odontologia e medicina veterinária. Ao final 
do século XX, especialmente na América do Norte e na Europa, todos os profissionais de saúde 
tornaram-se peças chaves responsáveis pelo cuidado dos medicamentos e pelas suas aplicabilidades 
aos pacientes em diversos estados patológicos. 
 O uso adequado dos medicamentos repousa em dois tipos de ações básicas: 
 
1) A indicação 
 Deve ser conseqüência do diagnóstico e avaliação do paciente, e indicação terapêutica 
medicamentosa, feita pelo médico, dentista ou médico veterinário. 
 
2) O uso 
 Requer o correto seguimento das instruções, quanto à dose e ao esquema posológico, que 
deve ser feito pelo próprio paciente ou responsável pelos seus cuidados. Os pacientes internados e 
que, em muitos casos, requerem supervisão especializada, quanto ao uso do produto e a evolução de 
seu estado, necessitam de cuidado do profissional da ENFERMAGEM. 
 É exatamente neste momento que toda a equipe clínica multiprofissional, inclusive os 
técnicos e os demais auxiliares de enfermagem atuam de maneira efetiva e eficaz, uma vez que já 
detêm os conhecimentos básicos da FARMACOLOGIA. 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 5 
CONCEITOS BÁSICOS DE FARMACOLOGIA 
 
Fármacos/Medicamentos/Drogas/Remédios 
 
 Fármacos e Medicamentos 
 
 Podem aqui ser considerados sinônimos. São substâncias ou associação de substâncias de 
estrutura química bem definida, introduzida no organismo que tem finalidade terapêutica e também 
ação profilática através de vacinas, prevenido surgimento de doenças e ajudando nos exames como 
tomografia, através de contraste. 
 
Os medicamentos podem ter origem: 
 
a) Animal- são extratosfundamentais retirados de tecidos de animais, temos por exemplo a 
insulina obtida do pâncreas de suínos e bovinos. 
b) Plantas- são obtidas das diversas partes das plantas: flores, folhas, frutos, raízes, como exemplos 
têm a folha da digitalis roxa que estimula o coração e óleo de oliva ou rícino 
c) Minerais- São usadas na medicina de maneira purificada, como exemplos têm, o enxofre que 
após um cuidadoso processo, usa-se como parte de medicamentos da família das sulfas para tratar 
infecções, temos também iodo e ferro. 
d) Vitaminas- são fontes de vitaminas as plantas e animais, fundamentais ao organismo, 
encontrados em sua grande maioria nos alimentos naturais. 
e) Drogas sintéticas- Embora preparados com o auxílio de matéria-prima natural, são resultados 
exclusivamente do trabalho de laboratório. Alguns não têm correspondente na natureza, outros são 
a reprodução exata de drogas naturais, obtidas à custa de processos artificiais. 
 
Posologia – são doses indicadas para aplicação dos medicamentos por dia ou por período. 
 
Efeitos colaterais- São efeitos indesejáveis ao fazer uso dos medicamentos. 
 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 6 
 
TIPOS DE AÇÃO E EFEITO DOS MEDICAMENTOS 
 
As drogas utilizadas na terapêutica farmacológica podem de acordo com o lugar de ação, 
atuar de duas maneiras: 
 
Drogas de ação local: são aquelas que tem os efeitos restritos a uma pequena porção do organismo 
onde foi aplicada, pode ser na pele ou mucosa. 
 
a) Na pele. Através da aplicação de pomada em uma ferida, toque com nitrato de prata, lavagem de 
uma ferida. 
 
b) Na mucosa. Colocação de supositório retal, aplicação vaginal ou instilação na conjuntiva (olho). 
 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
 
Os medicamentos são apresentados no mercado nos seguintes estados ; sólido, líquido e 
gasoso. 
Sólido Os medicamentos sólidos podem se apresentar sob as seguintes formas: 
pó, frascos, comprimidos, drágeas, cápsulas, pílulas, supositório ou óvulo vaginal 
e lápis. 
 
Líquido Os medicamentos líquidos podem se apresentar como: solução, 
xarope, elixir,emulsão, suspensão, colírio e ampola. 
 
 Gasoso São medicamentos administrados por inalação, vapores e gases inalantes. 
 
Semi-sólidos É representado pelas pomadas, cremes e geléias em geral. 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 7 
 Drogas 
 
 São substâncias com estrutura não tão bem definida quanto os fármacos/ medicamentos, 
utilizadas com ou sem a intenção de benefício, ou como instrumento auxiliar em investigação 
científica. 
 
 Remédio 
 É tudo aquilo que é aplicado com a intenção de combater a dor, a doença Exemplos: 
Tratamento dietético, cirurgia, psicologia, alteração de hábitos, higiene, crenças. 
 
 
DEFINIÇÃO DE FARMACOLOGIA, FARMACODINÂMICA E 
FARMACOCINÉTICA 
 
 
Farmacologia 
 
 É a ciência que estuda os fármacos e os medicamentos, suas propriedades físico-químicas, 
efeitos terapêuticos fisiológicos e bioquímicos, reações adversas, etc. 
 É uma ciência que se subdivide em dois outros grandes ramos de estudo: a Farmacocinética 
e a Farmacodinâmica. 
 
Farmacocinética 
 
 É o estudo quantitativo, absoluto ou relativo dos processos de Liberação, Absorção, 
Distribuição, Metabolismo/Biotransformação, Excreção de drogas e ligação da droga ao Receptor 
específico. Determina a quantidade de fármaco no sítio de ação em diferentes tempos após a sua 
administração, através de modelos e cálculos matemáticos. Estuda a ação do organismo sobre a 
droga. 
 
Farmacodinâmica 
 
 Estuda a ação dos fármacos, assim como os efeitos terapêuticos objetivos e subjetivos que 
eles provocam em organismos sãos e doentes. Estuda a ação da droga sobre o organismo. 
 
 
 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 8 
PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS DO SISTEMA LADMER 
 
Ao se estudar os parâmetros abordados pela ciência da farmacocinética, tem-se grande importância 
os seguintes: 
 
 Liberação 
 Parâmetro farmacocinético caracterizado pela liberação do princípio ativo da droga que 
será responsável pelo efeito terapêutico 
 
 
 
 
 Absorção 
 Trata-se de um parâmetro que se caracteriza quando ocorre a passagem do princípio ativo de 
um determinado compartimento do corpo humano para a corrente sanguínea. Só então pode-se 
falar que o medicamento foi absorvido. 
 
 Distribuição 
 Caracteriza-se quando, logo após o principio ativo cair na corrente sanguínea (absorção), 
este é rapidamente seqüestrado por proteínas específicas denominadas proteínas plasmáticas que se 
ligam aos princípios ativos específicos e o levam ou o distribui ao longo de todo o corpo humano, 
geralmente até o órgão alvo, porém antes, realiza uma passagem pelo fígado. 
 
 Metabolismo ou Biotransformação 
 É no fígado, que todos os princípios ativos capturados pelas proteínas plasmáticas são 
ativados (metabolizados ou biotransformados), onde parte será enviada para o sistema renal e parte 
continuará a ser distribuído pelos órgãos alvos. O fígado é o principal órgão de biotransformação 
de fármacos por apresentar um imenso sistema de enzimas específicas e habilitadas para bioativar e 
alterar quimicamente a droga. 
 
 Excreção 
Excreção; é o processo de eliminação de determinadas substâncias para fora do organismo. 
O processo de excreção pode ser feito por várias vias e será variável de acordo com a substância a 
ser excretada. 
 As vias são - urinárias, fezes, suor, saliva, leite materno, ar expirado e outras secreções corpóreas. 
 
 Receptor (ligação aos receptores específicos) 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 9 
 Os princípios ativos absorvidos da droga, uma determinada porcentagem é eliminada pelas 
vias de excreção e outra porcentagem continua sendo distribuída pelas proteínas plasmáticas até o 
órgão alvo. 
 Ao se chegar neste órgão alvo, os princípios ativos se conectarão aos receptores específicos 
para cada tipo de principio ativo, que se localizam na superfície dos órgãos alvos, promovendo o 
Efeito Terapêutico desejado, reações adversas e etc. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FARMACOS 
 
 As formas pelas quais os medicamentos podem ser administrados depende de alguns fatores: 
 Condição do paciente 
 Forma farmacêutica na qual o medicamento é encontrado 
 Grau de absorção desejado. 
 
 De acordo com estes parâmetros as vias de administração classificam-se em: 
 
 Oral (líquidos e sólidos) 
 Apresenta absorção na mucosa gastrointestinal. 
 
 Pulmonar (gases e vapores inalantes) 
 Esta via é comumente empregada para inalação de substâncias voláteis como gases 
(oxigênio e anestésicos gerais) e aerossóis para o tratamento de alergias pulmonares ou 
fluidificantes de secreções brônquicas. 
 
 Sublingual (líquidos e comprimidos) 
 A absorção ocorre na mucosa oral. 
 
 Nasal (soluções) 
 As formas farmacêuticas de apresentação mais comuns por esta via são as soluções com 
finalidade de obtenção de efeito local e constituem exemplos de drogas mais utilizadas por essa via 
os antissépticos e os vasoconstritores. 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 10 
 Conjuntival (colírios e pomadas) 
 Os colírios, em forma líquida ou de pomada e de creme constituem as formulações mais 
utilizadas por esta via. Graças a sua facilidade de absorção, as drogas ali depositadas atuam tanto 
no local da aplicação como também penetram no interior do globo ocular. 
 
 Retal 
 As formas farmacêuticas mais comuns são os clisteres (forma liquida) e os supositórios 
(forma sólida), que podem ser de ação local ou de ação sistêmica . 
 
 Vaginal 
 As drogas de administração por esta via destinam-se exclusivamente à obtenção de efeitos 
locais. Entretanto, graças ao revestimento mucoso da vagina, sempre ocorre absorção, que se torna 
maior na vigência de processosinflamatórios. As formas farmacêuticas mais comuns são os cremes 
e os óvulos vaginais. 
 
 Tópica 
 A aplicação tópica de medicamentos é destinada geralmente a ação local. 
 
 Intratecal/intra-raquidiana 
 Por esta via administra-se medicamentos injetáveis no espaço subaracnóide espinhal, por 
onde circula o líquor. 
 
 Intravenosa/Endovenosa/Parenteral 
 Presta-se principalmente à obtenção de concentrações sanguíneas elevadas e de efeitos 
imediatos. Pelo fato dos medicamentos que utilizam esta via serem introduzidos diretamente na 
corrente sanguínea, dizemos que não há absorção. 
 Intra-Arterial 
 É ocasionalmente utilizada, em particular quando se deseja efeito em determinado órgão ou 
tecido. Assim, pode ser administradas por essa via agentes antineoplásicos para o tratamento de 
tumores localizados, drogas vasodilatadoras em moléstias vasculares periféricas e contrastes radio-
radiológicos. 
 
 Intramuscular 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 11 
 A absorção ocorre no endotélio dos capilares vasculares e linfáticos. 
 
 Subcutânea 
 Utilizada para administração de vacinas e tipos diversos de insulinas. A absorção ocorre no 
endotélio dos capilares vasculares e linfáticos. 
 
FATORES QUE ALTERAM O EFEITO DOS FÁRMACOS E OS 
PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS 
 
 Os fatores que podem de alguma maneira alterar o efeito desejado ou esperado de um 
fármaco ou medicamento são dois. Estas alterações estão intimamente ligadas ao paciente ou ao 
medicamento propriamente dito. 
 
 Vejamos então, quais são estes fatores: 
 Fatores intrínsecos 
 São aqueles fatores relacionados com o organismo do paciente: 
- Genética 
- Sexo 
- Variabilidade individual 
- Espécie humana 
- Peso 
- Idade 
- Estado nutricional 
- Estado patológico 
- Estado fisiológico, etc 
 
 Fatores extrínsecos 
 
 Trata-se daqueles fatores relacionados aos fármacos/medicamentos: 
 
- Formulações farmacêuticas 
- Força de compressão de um comprimido 
- Quantidade de excipiente 
- Solubilidade 
- Afinidade por proteínas plasmáticas 
- Forma farmacêutica, etc 
 
 
MECANISMOS GERAIS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS 
 
Fases Envolvidas na Resposta Terapêutica 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 12 
 É fato perfeitamente conhecido que a resposta de pacientes às drogas é extremamente 
variável. 
 Tais variações dependem de muitos fatores como já foi visto no item anterior, como dose, 
gravidade, severidade da doença, alterações nas funções cardíacas, hepática e renal, motilidade do 
tubo gastrointestinal, velocidade de biotransformação e excreção e outros fatores farmacocinéticos. 
 Entretanto, todos os medicamentos apresentam praticamente o mesmo mecanismo de ação 
conforme segue abaixo, lembrando que o esquema abaixo corresponde a entrada de uma droga na 
circulação geral, após sua administração por uma via diferente da intravenosa: 
 
Esquema 
 
Fases Envolvidas na Resposta Terapêutica 
 
 Fase Fase Fase 
 Farmacêutica Farmacocinética Farmacodinâmica 
 Liberação 
 
Dose Desintegração. Absorção Integração ou 
Administr. da formulação Distribuição Ligação do 
 Dissoluçao do Metab/Biotran binômio 
 princípio ativo Excreção Droga-receptor 
 
 
 Efeito Terapêutico 
 
 Fase Farmacêutica 
 É aquela na qual ocorre a liberação do fármaco para ser absorvido. Ocorre a desintegração 
(no caso de um comprimido, por exemplo) e a dissolução em meio aquoso, do princípio ativo. 
Pontos chaves: quantidade liberada e velocidade de liberação. 
 
 Fase Farmacocinética 
 O nível eficaz do fármaco nos líquidos e tecidos do organismo é determinado pela absorção, 
distribuição, biotransformação/metabolismo e pela excreção/eliminação. Pontos chaves: velocidade 
de absorção e de excreção e modalidade de biotransformação. 
 
 Fase Farmacodinâmica 
 É a fase em que tem lugar a indução e a emissão da resposta farmacológica, em base aos 
níveis de fármaco ativo no plasma e nos tecidos. Trata-se da quantidade do principio ativo que se 
ligará aos receptores específicos no Órgão Alvo, que é diretamente proporcional ao efeito 
terapêutico alcançado. 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 13 
 Pontos chaves: concentração do fármaco na biofase (local de ação). 
 
MERCADO FARMACÊUTICO 
 
 No mercado brasileiro de medicamentos podemos atualmente encontrar três classes de 
medicamentos: 
- Genéricos 
- Marca ou Nome fantasia (inovadores) 
- Similares 
 
 Genéricos 
 
 São medicamentos que passaram por ensaios de bioequivalência e biodisponibilidade e são 
registrados como tal na ANVISA/MS. Devem ter os parâmetros técnicos (farmacocinéticos) 
comprovados, que garantem que o produto tenha disponibilidade ao produto original ou inovador 
(primeiro no mercado e patenteado). Deve ser comercializado apenas com o nome dos princípios 
ativos e apresentar a frase: Medicamento Genérico – Lei Nº 9.787/99. 
 Marca ou nome fantasia 
 É o medicamento de referência e inovador, primeiramente comercializado e patenteado pelo 
laboratório fabricante, com proteção patentária (exclusividade). 
 
 Similares 
 Medicamentos produzidos por qualquer laboratório, após a expiração de patente pelo 1º 
fabricante. Deverá ser comercializado apenas pelo nome ou denominação genérica (nome do P.A) 
o que está longe de ser um medicamento Genérico. 
 Sabe-se que no futuro, os similares deverão receber um nome de marca ou fantasia, sendo o 
Genérico, o único medicamento comercializado pela DCI – Denominação Comum Internacional ou 
pela DCB – Denominação Comum Brasileira, ou seja, pelo nome do principio ativo principal. 
 
MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DE FÁRMACOS 
 
 Os medicamentos podem ser classificados de acordo com diversos critérios. Geralmente são 
classificados segundo a: 
- Estrutura química 
- Ação farmacológica 
- Emprego terapêutico 
- Mecanismo de ação a nível molecular 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 14 
 A classificação mais utilizada é através do Emprego Terapêutico e Ação Farmacológica, ou 
seja, a classificação FARMACOLÓGICO-TERAPÊUTICA. 
 
Classificação Farmacológico-Terapêutica 
 
 Fármacos que Atuam no Sistema Nervoso Central 
- Anestésicos gerais 
- Hipnóticos e sedativos 
- Anticonvulsivantes 
- Hipoanalgésicos 
- Analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios 
- Antitussígenos 
- Agentes psicotrópicos 
- Agentes bloqueadores intraneuronais centrais 
- Estimulantes do Sistema Nervoso Central 
 Fármacos que Atuam Sobre o Sistema Nervoso Periférico (Autônomo) 
- Transmissores químicos ou drogas vasoativas 
- Anestésicos locais 
- Histamina e agentes anti-histamínicos 
- Agentes colinérgicos 
- Agentes anticolinérgicos 
- Estimulantes adrenérgicos 
 - Agentes bloqueadores adrenérgicos 
 
 Fármacos que Atuam Sobre os Sistemas Cardiovascular, Hematopoiético e Renal 
- Agentes cardiovasculares diversos 
- Agentes hematológicos 
- Diuréticos 
 
 Fármacos Quimioterápicos 
- Agentes anti-helmínticos 
- Agentes anti-maláricos 
- Agentes anti-protozoários 
- Agentes anti-sépticos, anti-fúngicos, anti-bacterianos 
- Sulfonamidas 
- Antibióticos 
- Agentes antineoplásicos 
- Agentes antivirais 
 
 Vitaminas 
- Vitaminas Hidrossolúveis 
- Vitaminas Lipossolúveis 
 
 Hormônios 
- Hormônios da hipófise, tireóide, paratireóide, pâncreas 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 15 
- Hormônios corticóides 
- Hormônios sexuais 
 
 
 Agentes Diversos 
- Auxiliares de Diagnósticos 
 
ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOSDefinição 
 
 São medicamentos que atuam sobre a termorregulação provocando queda na temperatura 
febril, resultante de infecções bacterianas, vírus e protozoários. São capazes de aliviar a dor de 
origem superficial: cefaléias, mialgias, artralgias, além de apresentarem, na sua maioria, atividade 
antiinflamatória. 
 Diferem dos Hipoanalgésicos por não terem ação nas dores profundas, cólicas renais e 
biliares e não produzem hipnose. 
 A temperatura corporal é controlada por um mecanismo regulador situado no hipotálamo, 
que controla a produção e a perda de calor. O hipotálamo é, por assim dizer, o “termostato” do 
organismo. 
Classificação 
 
São classificados em: 
- Derivados do ácido salicílico ou salicilatos 
- Derivados do ácido para-aminofenol 
- Derivados da pirazolona 
- Derivados do ácido arilalcanóicos 
 - Corticóides/Corticosteróides 
 
Sinais Básicos do Processo Inflamatório 
 Os fatores etiológicos da maior parte das doenças inflamatórias são ainda desconhecidos, 
entretanto, conhecem-se os seus sinais característicos. 
 Existem 4 sinais fundamentais de todo processo inflamatório, que são: 
- Dor 
- Calor 
- Rubor 
- Edema 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 16 
Processo Bioquímico da Inflamação 
 
 Toda inflamação caracteriza-se por uma cascata enzimática que ocorre no interior da 
corrente sanguínea, envolvendo substâncias específicas. Vejamos o desenho esquemático de todo 
processo inflamatório: 
 
 Liberam na corrente sanguínea substâncias: 
 
 
 Célula afetada 
 
Estímula químico, elétrico Fosfolipídeos de Membrana 
mecânico, térmico, etc. 
 
Fosfolipase A2 
 
 Ácido Aracdônico 
Lipoxigenase Cicloxigenase 
 
 
 
 Metabólicos diversos Prostaglandina - PGG2 
 
 
 
 
 Ligados a receptor específico Ligadas a receptor específico 
 gerando dor crônica gerando dor aguda 
 
 
Mecanismo de ação: 
 
 Derivados do Ácido Salicílico ou Salicilatos 
 Agem no SNC, inibindo a produção de prostaglandinas, através da inibição da enzima 
fosfolipase A2 e, portanto, impedem a sensibilização do receptor da dor e da temperatura, pois não 
há formação de ácido aracdônico e nem do restante da cascata. 
Exemplos de drogas: AAS, Aspirina. 
 
 Derivados do Ácido Para-aminofenol 
 Agem no SNC, provocando grande dissipação de calor através da vasodilatação cutânea. São 
geralmente utilizados em dores de pós-operatório e cefaléias. 
 Exemplos de drogas: Tylenol (paracetamol), Cibalena, Mioflex, Asafen, Fenacetina. 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 17 
 
 Derivados da Pirazolona 
 Apresentam o mesmo mecanismo de ação que os derivados salicilatos. 
 Exemplos de drogas: Conmel, Novalgina, Magnopyrol (dipirona magnésica) 
 
 Derivados do Ácido Arilalcanóide 
 Apresentam o mesmo mecanismo de ação dos derivados salicilatos, entretanto, são mais 
utilizados nos casos de dores crônicas, inibindo uma quantidade muito maior de enzima fosfolipase 
A2. 
 Exemplos de drogas: 
 
Nome genérico Nome comercial Efeitos colaterais Cuidados 
Dipirona Novalgina,Anador 
 
 
Granulocitopenia, 
choque e 
hipersensibilidade. 
Quando VO, procure 
administrar sem o 
uso de alimento para 
não retardar a 
absorção do 
medicamento.Quando 
EV ( dipirona ), dilua 
em AD e administre 
lentamente. 
Paracetamol Tylenol 
Ácido mefenânico Ponstan 
Ácido 
acetilsalicílico 
AAS, Aspirina 
Metamizol Dorflex, Adegrip 
Propifenazona Saridon 
 
 
Efeitos Adversos 
 
 Estes podem variar de acordo com os fatores intrínsecos e extrínsecos já estudados, 
entretanto, seguem aqueles efeitos colaterais mais observados: 
 
- Náuseas 
- Vômitos 
- Urticária 
- Gastrite 
Antiinflamatórios não esteróides 
Medicamentos que reduzem um ou mais componentes da reação inflamatória. 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 18 
Nome genérico Nome comercial Efeitos colaterais Cuidados 
Diclofenaco Voltaren Disturbios 
gastrointestinais, 
hepatotoxicidade. 
Síndrome de 
Stevens Johnson. 
A aplicação do 
Voltaren IM 
somente no glúteo, 
profundamente. 
Sua aplicação é 
contra-indicada 
na região do 
deltóide.Atenção 
a pacientes com 
história prévia de 
crise de asma ou 
rinite aguda que 
poderão ser 
desencadeadas 
pela droga. 
Cuidado com 
pacientes com 
antecedente de 
úlcera péptica. 
Naproxeno Naprosyn 
Tenoxicam Tilatil 
Cetoprofeno Profenid 
Rofecoxib Vioxx 
Celecoxib Celebra 
 
 
 
HIPOANALGÉSICOS/PSICOFÁRMACOS 
 
Definição 
 
 Estes fármacos são estudados pela Psicofarmacologia, ramo da Farmacologia que estuda a 
ação direta ou indireta dos medicamentos sobre o psiquismo, visando a melhora de quadros 
mentais. 
 Os hipoanalgésicos são muito utilizados pelo clínico geral e outros especialistas como uma 
forma de intervir a nível psicológico, através do medicamento. 
 São os analgésicos ENTORPECENTES que apresentam três propriedades farmacológicas 
fundamentais como: 
- Aliviar a dor 
- Induzir ao sono 
- Induzir ao vício 
 (toxicomania com dependência física e psíquica). 
 
 O uso destes medicamentos em doses inferiores é tão nocivo quanto às doses excessivas, 
pois expõem os pacientes aos riscos de efeitos colaterais, sem o benefício dos efeitos terapêuticos, 
por esta razão, devem ser utilizados em dose e posologia adequadas. 
 
Classificação 
 
 Os esforços realizados para catalogar todos os hipoanalgésicos levaram à classificação 
daqueles medicamentos psicofarmacológicos, como segue: 
- Hipnóticos 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 19 
- Psicotrópicos 
- Anticonvulsivantes 
 De modo geral agem como depressores do SNC – Sistema Nervoso Central, produzindo 
analgesia e sonolência, embora, a intensidade varie de acordo com o tipo e a posologia. 
 
 Hipnóticos 
 
 São medicamentos que combatem a insônia, induzindo ao sono semelhante ao fisiológico. 
 Subdividem-se em: 
- Benzodiazepínicos 
 Midazolan – Dormonid 
- Barbitúricos 
 Fenobarbital - Gardenal 
 
 Psicotrópico 
 
 São medicamentos que atuam sobre estados ou distúrbios psicóticos, neurológicos e 
depressivos. 
 Subdividem-se em: 
- Antipsicóticos 
 Haloperidol - Haldol 
 Clorpramazina – Amplictil 
 
- Ansiolíticos 
 Diazepan - Valium/Ansilive/Diempax/Kiatrium 
 Bromazepan – Lexotan/Somalium/Bromazepan 
 Lorazepan – Lorax/Lorium 
 
- Antidepresivos 
 Imipramina – Tofranil 
 Clomipramina – Anafranil 
 Amitriptilina – Tryptanol 
 
- Anticonvulsivantes 
 São medicamentos que atuam sobre a epilepsia ou crise convulsiva. Deprimem 
seletivamente o SNC sem deprimir a respiração. Utilizados principalmente em pacientes 
portadores de epilepsia. 
 
Nome genérico Nome comercial Efeitos colaterais Cuidados 
Fenobarbital Gardenal Sonolência, 
hipotonia, 
irritabilidade, 
dependência, 
hipersensibilidade 
potencializada 
O Diazepam,, 
quando EV, não 
deve ser diluído, 
faça-o diretamente 
na veia. Quando 
vier apresentado 
Fenitoína Hidantal 
Diazepan Dienpax 
Carbamazepina Tegretol 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 20 
Ácido valpróico Depakene 
com o álcool, 
insônia. 
sob a forma de 
suspensão, agite 
vigorosamente o 
frasco antes do 
uso. 
 
ANESTÉSICOS 
 
Anestésicos Locais 
 
Definição 
 A anestesia local, também conhecida como anestesia regional ou bloqueio de condução, é a 
perda da sensibilidade parcial ou de um território do organismo obtida pela aplicação de uma 
substância capaz de bloquear localmente a condução dos impulsos nervosos provenientes de uma 
determinada áreacorporal. 
 Os anestésicos locais são fármacos capazes de anestesiar os nervos periféricos parcialmente 
de uma determinada região, sem a perda da consciência. São amplamente utilizados em anestesia 
de mucosa (tópica), espinhal (região lombar), epidural (para grandes intervenções no abdômen e 
pelve), e de infiltração (suturas de feridas traumáticas). 
Mecanismo de Ação 
 Atuam bloqueando o potencial de ação das membranas excitáveis. 
 
 
Principais Exemplos de Drogas 
Marcaína - Bupivacaína 
Xylocaína - Lidocaína 
Procaína - Fonergin 
Efeitos Adversos 
 A superdose de anestésicos locais e a absorção sistêmica rápida podem provocar: 
 No SNC: vômitos, náuseas, euforia, tontura, e na pior das hipóteses, coma, convulsão, 
parada cardíaca, parada respiratório e óbito. 
 No Sistema Cardiovascular: bradicardia, hipotensão. 
 No local: dores, edemas, alergias e dermatites. 
 Todas estas condições podem ser aliviadas com a administração de barbitúricos de ação 
ultra-rápida ou rápida, ou então com a administração de relaxantes músculo esqueléticos. 
 
Anestésicos Gerais 
 
Definição 
 São fármacos que produzem analgesia, perda da consciência, relaxamento muscular e 
redução da atividade reflexa, deprimindo, não seletiva, mas reversivelmente o sistema nervoso 
central. 
 
Classificação 
 Classificam-se, de acordo com a forma farmacêutica e via de administração em: 
- Inalantes 
- Venosos. 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 21 
 
Mecanismo de Ação 
 Atuam bloqueando o potencial de ação das membranas excitáveis. Pode-se utilizar a mesma 
teoria da despolarização de membranas neuronais excitáveis utilizada para os anestésicos locais. 
 
 
Principais Drogas Utilizadas: 
 
Inalantes 
- Halotano – Fluotane/Halothane 
- Enflurano – Ethrane 
- Éter – Éter anestésico 
Venosos 
- Tiopental - Thionembutal 
- Cetamina – Ketalar 
- Geralmente, a título de Adjuntos à Anestesia se utilizam alguns analgésicos potentes 
como o Fentanil e a Morfina. 
 
Efeitos Adversos 
 Anestésicos inalantes podem causar parada circulatória, arritmias, depressão ventilatória, 
dano hepático, e por serem carcinogênicos não devem ser administrados a pacientes grávidas 
durante o primeiro trimestre de gravidez. 
 
CARDIOTÔNICOS/ANTIARRÍTMICOS/ANTIANGINOSOS 
 
 
Cardiotônicos ou Digitálicos 
 
Definição 
 Os digitálicos são substâncias da mais alta importância dentro da farmacologia 
cardiovascular, não somente porque já vêm sendo empregados pelo homem há milhares de anos, 
mas principalmente pela capacidade que têm de alterar profundamente o funcionamento da célula 
cardíaca. 
 Os digitálicos são extraídos da planta Digitalis lanata e Digitalis purpúrea, por isso recebem 
este nome, e por serem tônicos para o coração, são também chamados de Cardiotônicos. 
 São fármacos capazes de aumentar a força de contratilidade cardíaca nos doentes com 
insuficiência cardíaca, não acompanhada de taquicardia ou mesmo de consumo de oxigênio pelas 
células cardíacas. 
 
Mecanismo de Ação 
 Efeito direto sobre a fibra cardíaca, aumentado a contração cardíaca. Agem a nível 
molecular como inibidores da enzima ATPase da membrana, desta forma, inibe o transporte de Na 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 22 
e K para fora da membrana do miocárdio, e também a saída excessiva de cálcio, equilibrando suas 
quantidades. 
 
Esquema da célula do miocárdio 
 Ca+ 
 
 Ca+
 
 
 
 
 
 
 ATPase Na+ e K+ 
 Bomba 
 
ATPase é um carreador e ativador. 
 
 
 
 
 
Principais Drogas Utilizadas 
 
Nome genérico Nome comercial Efeitos colaterais Cuidados 
Digoxina Digoxina, Lanitop 
e Lanoxin 
Intoxicação 
digitálica 
(arritmia, mal estar 
gástrico, anorexia, 
vômitos, apatia, 
fraqueza e 
depressão). 
Evitar a ingestão 
de alimentos ricos 
em fibras. 
Monitorizar o 
pulso.Atenção aos 
sinais de 
intoxicação 
digitálica. 
Digitoxina Digitoxina 
Deslanosídeo Cedilanide Desacil 
 
Intoxicação Digitálica 
 
 Uma vez feito o diagnóstico da intoxicação digitálica, deve-se agir imediatamente. Entre as 
medidas a serem seguidas são mais importantes as citadas a seguir: 
- Suspensão imediata da administração de digitálicos. 
- Aplicação de cloreto de potássio, pois melhora significativamente as arritmias produzidas 
pelos digitálicos. 
- Correção da Hipercalcemia. 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 23 
- Uso de bloqueadores beta adrenérgicos, como o propanolol pois diminui as taquiarritmias. 
Todavia, devido a sua atividade depressora cardíaca, deve ser administrada com cuidados. 
 
Antiarrítmicos 
 
Definição 
 São fármacos que agem especificamente nas arritmias, diferentemente dos cardiotônicos e 
digitálicos. 
 As arritmias cardíacas decorrem principalmente de alterações de dois sistemas de comando 
dos batimentos cardíacos: 1) a origem rítmica de impulsos e, 2) a condução destes impulsos pelas 
fibras do miocárdio em intensidade e tempo apropriado. Trata-se de uma anormalidade na iniciação 
ou propagação dos estímulos cardíacos gerados pelo Nodo Sino-atrial. 
 
Mecanismo de Ação 
 Apresentam diversos mecanismos de acordo com a droga utilizada: 
 
Drogas do Grupo I 
 São os medicamentos que atuam alterando a membrana celular bloqueando a corrente rápida 
de entrada de sódio no momento da despolarização. Estabiliza ou deprime a membrana. 
 
Drogas do Grupo II 
 São os medicamentos que têm a capacidade de bloquear os receptores adrenérgicos do tipo 
Beta, portanto são drogas anti-adrenérgicas, simpatolíticas. 
 
Drogas do Grupo III 
 São os medicamentos que têm a capacidade de alongar a duração do potencial de ação com 
aumento do período refratário efetivo. 
 
Drogas do Grupo IV 
 São os medicamentos que têm a ação de bloquear a entrada de cálcio e não a de Sódio na 
célula cardíaca. 
 
 
Principais Drogas Utilizadas 
Grupo I : Quinidina - Quinidine 
Grupo II : Propanolol - Propanolol/Inderal 
Grupo III: Amiodarona - Ancoron 
Grupo IV: Verapamil - Dilacoron 
 
Antianginosos (Vasodilatadores) 
 
Definição 
 Os antianginosos são fármacos que agem nas crises anginosas. 
 Na angina do peito nos vasos coronários o fluxo sanguíneo, o suprimento de oxigênio para 
os tecidos são inadequados, gerando isquemia. . 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 24 
Mecanismo de Ação 
 Atuam por ação direta, promovendo o relaxamento da musculatura lisa dos vasos arteriais, 
sem a interferência de mediadores químicos (neurotransmissores). Causam a queda da resistência 
periférica, promovendo o esvaziamento ventricular e vasodilatação. 
 A absorção sublingual gera efeito 1 minuto após a sua administração. Apresenta uma 
passagem extremamente rápida pelo fígado, por esta razão considera-se a não participação deste 
órgão na biotransformação. 
 A administração via oral promove efeito logo após 20 a 30 minutos. 
 
Principais Drogas Utilizadas 
Dinitrato de isossorbida – Isordil 
Cinarizina – Stugeron 
Nifedipina – Adalat 
Butilsimpatol - Fludilat 
Diltiazem – Cardizem/Diltizem/Angiolong/Balcor 
 
Anti-hipertensivos 
 
Definição 
 São medicamentos que agem e regulam a pressão arterial. Todos os fármacos anti-
hipertensivos atuam por inibição de algum dos sistemas do organismo responsáveis pela 
manutenção da pressão arterial (normal ou elevada), independentemente de sua origem. 
 
Classificação 
 Como a terapêutica da hipertensão arterial é feita usualmente com a associação de duas ou 
mais drogas, cumpre conhecer detalhadamente o mecanismo de ação dos diversos anti-
hipertensivos, para se obterem resultados terapêuticos mais satisfatórios, associados a um equilíbrio 
hemodinâmico adequado e um mínimo de efeitos colaterais. 
 A classificação dos anti-hipertensivos para fins didáticosé extremamente difícil, pela 
complexidade do mecanismo de ação farmacológica, envolvendo várias estruturas e porque nem 
sempre o mecanismo principal de ação está bem esclarecido. 
 Mesmo assim, baseados no estado atual de conhecimento, conseguiu-se chegar a seguinte 
classificação de acordo com os seus respectivos mecanismos de ação farmacológica: 
1. Redutores de noradrenalina liberada 
2. Estimulantes ou bloqueadores Alfa-adrenérgicos 
3. Bloqueadores B-Adrenérgicos 
4. Bloqueadores ganglionares 
5. Vasodilatadores diretos (sobre a parede vascular) 
6. Os que exercem ação no Sistema Renina-Angiotensina 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 25 
7. Diuréticos (será abordado em capítulo próprio). 
Mecanismos de Ação 
 Apenas com o conhecimento dos fatores envolvidos na regulação da tensão arterial é 
possível compreender-se o mecanismo de ação dos diversos produtos anti-hipertensivos. 
 A hipertensão caracteriza-se com P. Sistólica acima de 160 mmHg e P. Diastólica acima de 
95 mmHg, sendo a pressão fisiológica normal de 120mmHg x 80 mmHg. 
 A ação de grande maioria destes fármacos atuam através do SNA Simpático, agindo 
principalmente no volume plasmático e sódio e quase sempre ao nível da musculatura lisa vascular. 
 
1. Redutores de Noradrenalina liberada. 
Agem como um falso neurotransmissor da noradrenalina (vasoconstritor), não havendo 
vasoconstrição, pois há uma diminuição da produção de NOR . 
 
2. Estimulantes ou bloqueadores Alfa adrenérgicos pós-sinápticos. 
Age como vasodilatador pois causa diminuição de renina. 
 
3. Bloqueadores beta adrenérgicos. 
Bloqueiam os receptores beta adrenérgicos pré-sinápticos, induzindo um bloqueio na liberação 
neuronal de NOR (retrógado positivo). Esquematizar a liberação neuronal da NOR. 
 
4. Bloqueadores Ganglionares. 
É um tratamento abandonado: Bloqueia a transmissão sem modificar os potenciais de membrana 
das células ganglionares. 
Por liberar histamina deve ser administrado apenas em hospitais e por médicos experientes. 
 
5. Vasodilatadores diretos sobre a parede vascular. 
Age na redução da resistência vascular periférica, diretamente na musculatura lisa das 
arteríoloas periféricas; Interfere com a mobilização de cálcio na fibra muscular; relaxa os vãos 
arteriolares de resistência. 
 
6. Os que exercem ação no Sistema Renina-Angiotensina. 
 
 Renina Angiotensinogênio 
 
 
 Rins Sangue 
 
 Angiotesina I 
 
 ECA - Enzima Conversora de Angiotensina 
 
 
 Angiotesina II 
 
 A angiotensina II é um potente vasoconstritor responsável pelo aumento e pela manutenção 
da pressão arterial. 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 26 
Principais Drogas Utilizadas: 
 
1. Redutores de Noradrenalina liberada. 
Aldomet, Hidromet (alfametildopa) 
 
2. Estimulantes ou bloqueadores Alfa adrenérgicos pós-sinápticos. 
Minipress (prazosin) 
 
3. Bloqueadores beta adrenérgicos. 
Inderal, Propanolol (propanolol) 
 
4. Bloqueadores Ganglionares. 
Arfonad (trimetafan) 
 
5. Vasodilatadores diretos sobre a parede vascular. 
Apressina (hidralazina), Minoxidil (minoxidil), Nipride (Nitroprussionato de Sódio) 
 
6. Os que exercem ação no Sistema Renina-Angiotensina. 
Capoten, Captropila (captropil). 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENTRE OS FÁRMACOS 
 
Definição 
 
 A administração sucessiva ou simultânea de duas ou mais drogas com o objetivo de 
potencializar efeitos, constitui uma abordagem terapêutica bastante comum na prática clínica. Tal 
condição requer especial atenção, visto que os medicamentos tanto podem interagir e desencadear 
efeitos úteis e benéficos, como indesejáveis e imprevisíveis. 
 A importância de uma interação deve ser analisada caso a caso levando-se em consideração 
sua conseqüência clínica, isto é, a relação risco-benefício para o paciente. Em algumas patologias a 
interação medicamentosa é necessária para que o efeito terapêutico seja maximizado. É o caso, por 
exemplo, da hipertensão, câncer e certas infecções . 
 Para que as associações medicamentosas possam ser feitas com maior segurança, é 
necessário que se tenha conhecimento dos princípios farmacológicos das drogas envolvidas. 
Portanto, é importante saber que a administração conjunta de dois ou mais fármacos podem resultar 
em efeito favorável, mas em alguns casos em terapia ineficaz, ou mesmo em reações adversas com 
diferentes graus de gravidade. 
 
Classificação das Interações Medicamentosas 
 
Farmacêuticas 
 Também conhecidas como físico-químicas, são aquelas que ocorrem no frasco-ampola, no 
frasco de soro, na seringa, portanto, fora do paciente. Geralmente são reações de precipitação, 
alteração de coloração, turvação e outras. 
 
Terapêuticas 
 São aquelas que ocorrem dentro do organismo, após a administração do medicamento. 
Podem ser ainda: 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 27 
 
 Farmacocinéticas: São aquelas interações que acontecem antes que as drogas atinjam o 
sítio de ação (receptores específicos no órgão alvo), em uma das seguintes etapas: absorção, 
distribuição, metabolismo ou biotransformação, e excreção. 
 Vejamos alguns exemplos daquilo que pode vir a ocorrer: 
 
 Absorção 
Formação de substâncias insolúveis 
Alteração de pH 
Alteração da motilidade gastrintestinal 
 
 Distribuição 
Competição pela ligação a proteínas plasmáticas 
 
 Biotransformação 
Indução enzimática 
Inibição enzimática 
 
 Excreção 
 Filtração glomerular 
 Secreção tubular 
 Reabsorção tubular 
 
 Sinergismo: Adição 
 Somação 
 Potenciação 
 Farmacodinâmicas 
 
 Antagonismo 
 
 
Alimentar 
Tetracilinas c/ leite Complexo insolúvel de Cálcio 
 
Exemplos Clássicos de Interações 
Farmacêutica (físico-química) 
Frademicina e Voltaren Flocula. 
 
Farmacocinéticas 
pH ácido + anestésicos locais Absorção 
Adrenalina + anestésicos locais Distribuição c/ ↓ 
 ação anestésica 
Aspirina + anuovulatório Distribuição c/ ↓ 
ação anuovulat 
 Álcool + drogas Metabolismo c/ ↓ 
 ação drogas. 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 28 
 
Probenecide + Penicilinas Excreção. Impede excreção da penicilina 
 
Farmacodinâmica Sinergismo de Potencialização 
Codeína + Paracetamol Efeito analgésico superior como dose dobrada da Codeína 
Opióide Não opióide 
 
Obs.: O Diazepan potencializa o álcool e não o contrário, dando sono e hipotonia. 
 
Farmacodinâmica Antagonismo 
Heparina + Sulfato de cálcio Complexo insolúvel de cálcio anulando ambos os 
efeitos 
 
DIURÉTICOS 
 
Definição 
 
 Definidos, muitas vezes impropriamente, como substâncias que aumentam o volume 
urinário, os diuréticos são fármacos que atuam primariamente estimulando a excreção de íons 
Sódio, Cloreto e HCO3, principais eletrólitos do fluído extracelular. Eles também diminuem a 
reabsorção tubular, processo que compreende o transporte ativo de eletrólitos e outros solutos da 
urina tubular para as células tubulares, e a seguir, para o fluído extracelular. 
 Entretanto, são os medicamentos que aumentam o fluxo urinário, sim. São utilizados 
principalmente no alívio de edemas e como coadjuvantes no tratamento da hipertensão, bem como 
em outros distúbios, a saber: para combater edemas, principalmente os provenientes da ICC, da 
insuficiência renal crônica, oligúria aguda, glaucoma, hipercalcemia e cálculos renais. 
 Visa eliminar principalmente íons sódio (água), às vezes íons cálcio e potássio. 
 
Classificação 
 Os diuréticos podem ser classificadosem seis grupos: 
- Inibidores da enzima anidrase carbônica (acetazolamida-Diamox) 
- Saluréticos moderados (hidroclortiazida-Clorana; clortalidona-Higroton) 
- Saluréticos potentes (furosemida - Lasix) 
- Poupadores de potássio (espironolactona-Aldactone,amilorida-Moduretic) 
- Osmóticos (sol.manitol 20%: glicose + uréia) 
- Mercuriais (sempre associado com a teofilina) s/ fins terapêuticos 
Diuréticos 
São medicamentos indicados basicamente para aumentar o volume urinário. 
 
Nome genérico Nome comercial Efeitos colaterais Cuidados 
Furosemida Lasix Distúrbios Atenção se o efeito 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 29 
Hidroclorotiazida Clorana, 
Moduretic 
eletrolíticos 
(polidipsia, 
cefaléia, confusão 
e fraqueza ). 
 
diurético foi 
suficiente. Se o uso 
concomitante com 
outros 
mendicamentos, 
atenção às 
incompatibilidades. 
Manitol Manitol 10% e 
20% 
Clortalidona Higroton 
 
 A classificação atualmente utilizada não é perfeita, deve-se lembrar que os diuréticos 
mercuriais e osmóticos são, na realidade, potentes saluréticos, porém, devido aos aspectos 
históricos, de mecanismo de ação e de uso prático para o clínico, considera-se mais didático 
classificá-lo em separado. 
 
Mecanismos de ação 
 A compreensão dos mecanismos de ação dos diuréticos foi conseguida através do melhor 
conhecimento da fisiologia renal. A utilização racional destas drogas depende, portanto, de um 
completo entendimento dos mecanismos normais de reabsorção de água e sódio que se processam 
nos rins. 
 
Esquema da fisiologia renal 
 
 
 
 
 
 
 
Glândulas supra - renais ou Adrenais: Cujo córtex produzem 
aldosterona, hormônio que apresenta a propriedade de reter íons Na 
(sódio) e conseqüentemente água por promover a reabsorção renal 
durante a filtração glomerular. 
 
 
Unidade funcional do rin é o Néfron/Nefrônio.Composto pelos túbulos 
contorcidos proximal, distal e coletor, glomérulo de Malpighi e alça de 
Henle. 
 
 A urina é inicialmente formada no glomérulo (que se localiza no interior da Cápsula de 
Bowman) onde é submetida a ultrafiltração, tornando-se isenta de componentes celulares não 
filtráveis, como hemácias, leucócitos e proteínas plasmáticas. 
 Durante sua passagem pelo lume do nefrônio, este fluído praticamente aprotéico é 
submetido a diversas alterações na sua composição; alguns de seus componentes são reabsorvidos 
quase que integralmente para o interior dos vasos sanguíneos renais. Desta forma, os diuréticos 
podem afetar principalmente três processos fisiológicos: 
 Filtração glomerular 
 Reabsorção tubular 
 Excreção tubular 
 Sabe-se que as diferentes classes de diuréticos atuam especificamente em determinada 
região ou específicos sítios dos nefrônios. 
 
Inibidores da Enzima Anidrase Carbônica 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 30 
 A anidrade carbônica é uma enzima presente em quase toda a extensão do néfron, 
responsável por catalizar a reação de formação de H+ e HCO3. 
 Os diuréticos desta classe inibem esta enzima, diminuindo a geração de H+ HCO3, com isso 
estas drogas retardam a troca de íons Na (há sempre uma grande tendência da reabsorção de Na) e 
H+ , através do néfron e inibem a reabsorção de HCO3, ocasionando a sua eliminação na urina 
(alcalina) com quantidade aumentada de NaHCO3. 
 
 Saluréticos Moderados 
 Inibição da reabsorção de sódio nos túbulos proximais. Mecanismo ainda desconhecido. 
Sabe-se também que estes aumentam a excreção de Na e Cl-. 
 
 Saluréticos Potentes 
 Promovem grande aumento da excreção de sódio pela urina, por inibir a reabsorção deste ao 
longo de toda a alça de Henle. Age especificamente na alça de Henle. 
 
 Poupadores de Potássio 
 A aldosterona secretada pela glândulas adrenais, ao ligar-se aos receptores específicos 
presentes nos túbulos distais, promove a formação e liberação de uma enzima que inicia os 
mecanismos do sistema de troca dos ínos Sódio e Potássio. 
 Existem aqueles que competem com a aldosterona por receptores específicos localizados nos 
túbulos distais: Espironolactona, impedindo a formação da enzima e o sistema de troca iônica. 
Existem aqueles que agem por inibição direta da enzima em questão: Triantereno e Amilorida 
(Moduretic). Estes apresentam ação mais rápida do que a Espironolactona. 
 Em caso de aldosteronismo secundário, os demais diuréticos podem causar a eliminação 
elevada de potássio, por esta razão se associa diuréticos, pois os diuréticos poupadores de potássio, 
potencializam a capacidade dos demais diuréticos de eliminar apenas do Na, desta forma poupa-se 
K. 
 
 Osmóticos 
 Atuam diminuindo a reabsorção de água e sódio nos túbulos distais e coletor. 
 
 
 Mercuriais (sempre associado com a teofilina) s/ fins terapêuticos 
 Atuam inibindo a reabsorção de sódio e água agindo em toda a extensão dos túbulos, com 
ação predominante na Alça de Henle. 
 
Principais Drogas Utilizadas 
 
 Inibidores da Anidrase Carbônica 
Acetazolamida – Diamox 
Diclorfenamida e a Sulfanilamida 
 
 Saluréticos Moderados 
Hidroclortiazida-Clorana 
Clortalidona-Higroton 
 
 Saluréticos Potentes 
Furosemida – Lasi 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 31 
 
 Poupadores de Potássio 
Espironolactona-Aldactone 
Amilorida-Moduretic 
 
 Osmóticos 
 Solução de manitol 20% 
 Solução de glicose 
 Solução de uréia 
 Mercuriais 
Sempre associado com a teofilina s/ fins terapêuticos 
 Meralurida 
 Mersalil 
 Mercurofilina 
 
AGENTES HEMATOLÓGICOS 
 
Definição/Classificação 
 São os medicamentos que atuam sobre o sangue. Segundo o tipo de efeito produzido ou 
desejado, podem ser classificados em: 
 Antianêmicos 
 Anticoagulantes: 
- Antitrombóticos ou Antiplaquetários 
- Fibrinolíticos 
 Hemostáticos ou Coagulantes 
 
Noções de Hemostasia 
 Entende-se por hemostasia o mecanismo completo que bloqueia o sangramento, previne 
hemorragias espontâneas e evita e gelificação do sangue no sistema vascular. Trata-se de um 
processo biológico com a participação de uma cascata enzimática que envolve 13 fatores de 
coagulação. 
 O conceito atual de hemostasia inclui quatro componentes principais, os quais devem 
funcionar harmonicamente para que o sangue circule no interior dos vasos, que são: 
- Vasos 
- Plaquetas 
- Sistema de coagulação 
- Sistema fibrinolítico 
 
Os Fatores da Coagulação 
Fator Nº Nome 
I Fibrinogênio 
II Protrombina, trombogênio, trombozima 
II a Trombina 
III Tromboplastina tecidual, tromboquinase 
IV Cálcio iônico 
V Pro-acelerina, fator lábil 
VI Acelerina 
VII Pro-convertina, autoprotrombina I 
VIII Fator anti-hemofílico alfa, tromboplastinogênio 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 32 
IX Fator de Christmas, fator anti-hemofílico beta 
X Fator de Stuart-Prower 
X a Autoprotrombina C 
XI PTA (antecedente de tromboplastina plasmática) 
XII Fator de Hageman, fator de contato 
XIII Fator estabilizante da fibrina 
 
Antianêmicos 
 São fármacos usados no tratamento de anemias carenciais. São tipos de anemias causados 
por níveis inadequados de substâncias químicas específicas no organismo, sobretudo, ferro, 
vitamina B12 ou ácido fólico, todas essenciais para a maturação normal dos eritrócitos e outras 
células. 
 Estes fármacos são, portanto, exemplos de terapia de reposição. 
 
Tipos de anemias 
- Anemia normocítica (perda de sangue ou defeitos no sangue) 
- Anemia hipocrômica microcítica (deficiência de ferro) 
- Anemia macrocítica/megaloblástica (deficiência de vit. B12 ou ácido fólico) 
 Os agentes antianêmicos exercem ação nestes dois últimos tipos de anemias. 
 
Anticoagulantes 
 São fármacos que prolongam o tempo de coagulação sanguínea. São usados em diversos 
distúrbios cardiovasculares, tais como moléstia reumática cardíaca, infarto do miocárdio, 
embolismo pulmonar, doençavascular cerebral, doença vascular periférica e trombose venosa. São 
também úteis em alguns casos especiais da oftalmologia, otorrinolaringologia, obstetrícia e cirurgia 
ortopédica. 
 Agem por geralmente inibir a ação ou a formação de um ou mais dos XIII fatores da 
coagulação. 
 Os efeitos adversos dos anticoagulantes são de ocorrência rara. Contudo, tais substâncias 
são absolutamente contra-indicadas em algumas doenças especiais, tais como a hemofilia, doença 
ulcerativa do trato gastrintestinal, doenças hepáticas ou renais graves, feridas ulceradas expostas e 
hipertensão intensa. 
 Uma vez que tais fármacos atravessam a barreira placentária, durante a gravidez devem ser 
usados com precaução. Há necessidade de cuidado na sua administração a mães em período de 
lactação. 
 Dividem-se em: 
 
 Antitrombóticos ou Antiplaquetários 
 Fármacos que impedem e previnem a formação de trombos 
 (coágulos sanguíneos) e inibem a agregação de plaquetas. 
 
 Fibrinolíticos 
 Fármacos utilizados para dissolver os trombos já formados 
 até 72 horas de formação. 
 
Hemostáticos ou Coagulantes 
 São fármacos utilizados em doenças hemorrágicas para estancar sangrias anormais (através 
da coagulação do sangue) restabelecendo a hemostasia. 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 33 
Principais Drogas Utilizadas 
 Antianêmicos 
 Sulfato ferroso – Fer-in-Sol 
 Cianocobalamina 
 Hidroxocobalamina 
 Ácido fólico 
 
 Anticoagulantes: 
Antitrombóticos ou Antiplaquetários 
 AAS - ácido acetilsalicílico 
 Dipiridamol - Persantin 
 Ticlopidina - Ticlid 
 Heparina - Liquemine,Trombofob,Trom 
 
 Bocide, Venalot 
 Warfarina – Marevan 
 
Fibrinolíticos 
 Estreptoquinase - Streptase, Kabikinase 
 Alteplase 
Anticoagulantes 
São medicamentos que impedem a formação de cágulos, utilizados normalmente na prevenção da 
Trombose Venosa Profunda ( TVP ). 
 
Nome genérico Nome comercial Efeitos colaterais Cuidados 
Enoxaparina Clexane Erupções cutâneas, 
alopecia, diarréia, 
sangramentos 
principalmente em 
pós-
operatórios.Quando 
administrados por 
via SC: dor, 
hematoma e 
irritação local. 
Recomenda-se a 
suspensão do 
anticoagulante 12h 
antes da 
cirurgia.Atenção 
às 
incompatibilidades 
e interação com 
outros 
medicamentos. 
Heparina Liquemine e 
Fraxiparina 
Varfarina Marevan 
 
Hemostáticos ou Coagulantes 
 Kanakion – Vitamina K 
 Fitomenadiona – Vitamina K 
 Aprotinina - Tissucol 
 Complexo protrombínico humano 
 Cabazocromo – Adrenoxil 
 Ácido aminocapróico - Ipsilon 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 34 
DROGAS ANTICONVULSIVANTES ESPECÍFICAS 
 
Definição 
 São fármacos que deprimem seletivamente o SNC e desta forma aumentam ou mantém o 
limiar da crise convulsiva. Sua principal aplicação está na supressão de crises, acessos ou ataques 
epilépticos sem causar dano ao SNC nem depressão da respiração. 
 A epilepsia vem do grego e significa ataque, e é conceituada como sendo uma disritmia 
cerebral paroxística e recorrente, que se caracteriza por uma descarga eletroencefalográfica (EEG) 
anormal e excessiva, ao lado do comprometimento ou perda da consciência. Ela pode ou não estar 
associada a movimentos corporais. 
 
Classificação e Principais Drogas Utilizadas 
 Os anticonvulsivantes são encontrados em várias classes químicas (brometos, barbitúricos, 
hidantoínas, oxazolidinodionas, succinimidas, acilureídas, benzodiazepínicos) mas os sete seguintes 
são os essenciais: 
 
- Fenobarbital - Gardenal 
- Fenitoína - Hidantal 
- Carbamazepina - Tegretol 
- Etosuximida - Zarontin 
- Valproato sódico - Depakene 
- Diazepan e Clonazepan (para status epilepticus)(Diempax)(Rivotril) 
 
Mecanismos de Ação Possíveis 
 
Estabilização da Membrana 
 Diversos anticonvulsivantes, como a Fenitoína e a Carbamazepina, atuam exercendo ação 
depressora ou estabilizante geral membranas celulares neuronais excitáveis. De acordo com esta 
teoria, a estabilização das membranas seria responsável pelo efeito anticonvulsivante destas drogas. 
 
 
 
Elevação do Limiar das Crises 
 Já no caso dos barbitúricos, o fenobarbital ainda é o mais utilizado. O seu mecanismo 
básico de ação ainda está bastante obscuro. Entretanto, sabe-se que exerce um efeito muito 
acentuado sobre a atividade neuronal repetitiva em numerosas vias do SNC. Apresenta pouca ação 
sobre a descarga provocada pelo estímulo inicial, mas as respostas às descargas subseqüentes são 
fortemente deprimidas. Eleva o limiar das crises induzidas pela estimulação elétrica. 
 
HORMÔNIOS DO PÂNCREAS 
 
 O pâncreas é uma glândula anexa do Sistema Digestório responsável pela produção de três 
hormônios distintos e importantes: 
- Insulina 
- Glucagon e 
- Somatostatina 
 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 35 
Glicose Glicose 
 
Insulina 
 É um hormônio secretado pelas células beta das Ilhotas de Langherans do pâncreas. 
 A insulina é classificada como um hormônio hipoglicemiante utilizada em vários tipos do 
Diabetis. O tratamento do Diabetis pode ser dar através de: 
- Dieta específica 
- Terapia com insulinas 
- Agentes Hipoglicemiantes Orais 
 
Tipos e Classificação 
 De acordo com a duração da atividade hipoglicemiante: 
 
Insulina de Ação Rápida 
 Também conhecida como Regular, Simples ou Cristalina, apresenta-se na forma de solução 
aquosa, incolor e transparente como a água. 
Indicada principalmente durante as emergências (complicações como o coma). 
 
Vias de administração: 
 SC, IM e IV (circunstâncias especiais-Soro). 
 Apresenta efeito 30 minutos após a sua administração, atinge o pico de concentração entre 2 
– 4 horas e se esgota entre 6 – 8hs. 
 Apresentações Comerciais: U20, U40, U80, U100, U500 (USA) 
 
Insulina NPH 
 O N é de pH Neutro, P de protamina e H de Hagedorn. Apresenta aspecto turvo causado 
pelo zinco e pela proteína que existe em seu conteúdo. 
 
Vias de administração: 
 Somente Subcutânea. 
 Apresenta efeito de 1-2 horas após a sua administração, atinge o máximo de concentração 
entre 8 – 12 hs. Esgota-se entre 24 – 28 hs. 
 Apresentações Comerciais: U40, U80. 
 
Insulina Monocompetente 
 É um tipo de insulina extremamente purificada, não tendo atividade antigênica, isto é, não 
forma anticorpos, responsáveis por certas reações das insulinas comuns. É muito utilizada em 
jovens. 
 Existem com dois nomes: Actrapid = Simples, Monotard = NPH e são obtidas do pâncreas 
do boi e do porco (a insulina que mais se assemelha a insulina humana). 
 
Mecanismo Esquemático de Ação 
 
 
 
Sangue 
 
 
 Vaso Sanguíneo 
 [Glicose] 
 
 A insulina transporte a glicose livre na corrente sanguínea para dentro das células, 
promovendo hipoglicemia, por isso é conhecida como agente hipoglicemiante. 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 36 
Glicose Glicose 
 
Glicose Glicose 
 
 
Glucagon 
 Apresenta atividade inversa a da insulina, e é utilizada clinicamente para eliminar a 
hipoglicemia provocada por superdose de insulina. 
 
Mecanismo Esquemático de Ação 
 
 
 
Sangue 
 
 
 Vaso Sanguíneo 
 [Glicose] 
 
 O Glucagon transporte a glicose de dentro das células para a corrente sanguínea, 
promovendo hiperglicemia, por isso é conhecido como agente hiperglicemiante. 
 
Somatostatina 
 É um potente controlador da produção ou excreção tanto da insulina quanto de glucagon. 
Atua como hipoglicemiante e hiperglicemiante. 
 
Mecanismo Esquemático de Ação 
 
 
 
Sangue 
 
 
 Vaso Sanguíneo com equilíbrio da GlicoseHORMÔNIOS CORTICÓIDES/CORTICOSTERÓIDES 
 
Definição 
 São substâncias sintetizadas a partir do colesterol pelo córtex da glândula adrenal ou supra-
renal, cuja atividade é controlada pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) liberado pela 
hipófise. 
 
Classificação e Principais Drogas 
 Dividem-se em glicocorticóides e mineralocorticóides: 
 
 Mineralocorticóides 
 Aldosterona 
 Desoxicortona - Lipocort 
 Acetato de fludrocortisona (Panotil, Rinofluimicil 
 
 Glicocorticóides 
 Fluormetolona - Flumex 
 Flurandrenolida - Drenison 
 Pivalato de flumetasona - Losalen, Locorten 
 Cortisona - Rinocortisol 
 Hidrocortisona - Flebocortid, Meticorten 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 37 
Glicose Glicose 
 
 Prednisolona - Deltacortril 
 Metilprednisolona - Depo-medrol, Solu-medrol 
 Dexametasona - Betnovate, Celestone, Diprospan 
 
 Os corticóides são usados tanto na terapia de substituição quanto no tratamento de muitas 
condições clínicas, principalmente doenças do colágeno, condições inflamatórias, estados alérgicos 
e outros distúrbios. Por exemplo, os glicocorticóides são eficazes em febre reumática aguda, lupo 
eritematoso sistêmico, rinite, reações a drogas, soros e transfusões, dermatoses prurientes, certas 
doenças oculares, edema cerebral, doenças neoplásicas e outras. 
 
 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
 
Definição 
 São fármacos utilizados para corrigir os níveis de glicemia sérica, diminuindo-a. Geralmente 
são indicados para pacientes com o diabetis inicial, cujo início se dê após os 40 anos de idade. 
 
Classificação e Principais Drogas 
 São classificadas em: 
 
 Sulfoniluréias: 
 - Carbutamina - Nadisan 
 - Tolbutamina - Rastinon 
 - Clorpropamida - Diabinese 
 - Glibenclamida - Daonil 
 - Glibizida - Minidiab 
 
 Biguanidas: 
- Metformina - Glucophase, Glucobay 
- Fenformina - Debei 
 
Mecanismo de Ação 
 
 
 
Sangue 
 
 
 Vaso Sanguíneo 
 [Glicose] 
 
Sulfoniluréias 
 Acredita-se que estas estimulam a liberação de insulina das células beta das ilhotas de 
Langherans, reduzem a captação hepática da insulina secreta endogenamente e suprimem 
diretamente a liberação de glucagon. 
 
Biguanidas 
 Inibem várias seqüências metabólicas que geram glicose e também inibem a gliconeogênese 
hepática, além de diminuir os níveis séricos de triglicérides e colesterol. Agem por outros 
mecanismos também, desnecessários citá-los aqui. 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 38 
VITAMINAS 
 
Definição 
 As vitaminas são compostos orgânicos (carbono) relativamente simples, entretanto, o 
organismo humano não é capaz de sintetiza-las, devendo ser fornecidas em quantidades adequadas 
na dieta. 
 
Classificação 
 Vitaminas lipossolúveis - A D E K 
 Vitaminas hidrossolúveis - Todas do complexo B + vitamina C. 
 
Principais Drogas 
 
Vitaminas lipossolúveis 
Vitamina A (retinol) Arovit/Hipoglós pomada 
Vitamina D (colecalciferol) Arovit/Hipoglós pomada 
Vitamina E (Tocoferol) Ephynal 
Vitamina K (Fitomenadiona) Kanakion/Synkavit 
 
Vitaminas hidrossolúveis 
Vitamina B1(Tiamina) Benerva 
Vitamina B2 (Riboflavina) Betavitina 
Vitamina B6 (Piridoxina) Benexol 
Vitamina B12 (Cianocobalamina) Cianocobalamina 
Vitamina C (Ácido ascórbico) Redoxon 
Ácido Nicotínico/Nicotinamida/Niacina Biotina Nicopaverina 
Ácido Pantotênico(Pantotenato de Cálcio) 
 
Principais Impactos 
 A hipervitaminose por vitaminas hidrossolúveis não provoca nenhum dano tóxico ao 
indivíduo, pois é sempre muito bem excretada pela urina, salvo casos de nefropatia. Já a 
hipervitaminose por vitaminas lipossolúveis causa toxicidade em alto grau. 
 
“ANTIBIÓTICOS ANTINEOPLÁSICOS” – QUIMIOTERAPIA 
 
Definição para Quimioterápicos 
 São substâncias químicas que exercem ação seletiva sobre os parasitos. São usados no 
tratamento ou controle de moléticas causadas por organismos ou células invasoras patogênicas. 
Segundo o tipo de parasitos ou invasores sobre os quais atuam podem ser: 
 - Antihelmínticos 
 - Antiprotozoários 
 - Antifúngicos 
 - Antibacterianos (antibióticos) 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 39 
 - Antivirais 
 - Antineoplásicos(quimioterapia) 
 Todo o quimioterápico, de acordo com a ação que vai exercer sobre o microrganismo podem 
ser: 
 
- Cida Bactericida, Viricida, Fungicida. 
- Stático Bacteriostático, Virustático, Fungistático. 
- Ou os dois 
 
Definição para Quimioterápicos Antineoplásicos 
 São quimioterápicos utilizados no tratamento do câncer. O objetivo do seu emprego é a 
destruição seletiva das células tumorais.Visam inibir ou prevenir o desenvolvimento de neoplasias 
(crescimento desordenado de células). 
Classificação e Principais Drogas 
 
 Agentes alquilantes: 
- Ciclofosfamida - Enduxan 
- Clorambucil - Leukeran 
 Antimetabólitos: 
- Metotrexato - Methotrexate 
- Citarabina - Aracytin 
- Azatioprina - Imuran 
- Fluoruracil - Efurix 
 Compostos Platínicos: 
- Carboplatina 
- Cisplatina 
 Antibióticos Específicos: 
- Bleomicina - Blenoxane 
- Doxorrubicina - Adriblastina 
 Derivados vegetais da vinca: 
- Vimblastina - Velban 
- Vincristina - Oncovin 
 
Mecanismo de Ação 
Agentes Alquilantes 
 Atuam sobre os ácidos nucléicos e proteínas. 
Antimetabólitos 
 Atuam na síntese de ácidos nucléicos. 
Compostos Platínicos 
 Interferem na ação do DNA em processos subseqüentes a sua formação. 
Antibióticos Específicos 
 Reagem com o DNA ou efetuam ligação com ele. 
Derivados Vegetais da Vinca 
 Inibem o processo mitótico (mitose). 
 
 
 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 40 
DROGAS VASOATIVAS/NEUROTRANSMISSORES QUÍMICOS 
 
Mecanismos de Transferência de Impulsos Neuronais 
 
Definição 
 São substâncias ou mediadores químicos liberados nas fendas sinápticas, durante a 
transmissão do impulso nervoso juntamente com a ocorrência do potencial de ação 
(despolarização), envolvendo apenas os SNA simpático e parassimpático. 
 
Noções de Anatomia 
 SNC: Encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo) e medula espinal. 
 SNA: Simpático (tóraco-lombar) e Parassimpático (crânio sacral) 
 
Principais Neurotransmissores Tissulares 
SNAS Noradrenalina/Adrenalina. 
SNAPS Acetilcolina. 
SNAS/PS Acetilcolina nos Gânglios 
 
Receptores 
SNASimpático/Adrenérgicos Alfa1,Alfa2,Beta1,Beta 2 
SNAParassimpático/Colinérgicos Muscarínicos/Nicotínico 
 
 
Mecanismos de Transferência de Impulsos Neuronais 
 
O estímulo do neurônio pré-ganglionar simpático ou parassimpático promove a liberação de 
acetilcolina no gânglio. Esta se liga a receptores ganglionares da acetilcolina (nicotínicos) 
provocando despolarização dos neurônios pós-ganglionares. 
 A despolarização do neurônio pós-ganglionar simpático leva a liberação de noradrenalina, a 
qual se liga a receptores adrenérgicos dos tecidos e aí exibe seus efeitos farmacológicos. 
 A despolarização do neurônio pós-ganglionar parassimpático libera acetilcolina, que se liga 
aos receptores colinérgicos muscarínicos do tecido para exercer suas ações. 
 
Desenho Esquemático da Transferência Neuronal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurônio Pré-ganglionar Neurônio Pós-ganglionar 
Neurônio Pós-ganglionar 
00 
00 
00 
00 
Receptores Nicotínicos da Acetilcolina 
Receptores Muscarínicos da Acetilcolina 
Receptores da Noradrenalina 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 41 
DROGAS ADRENÉRGICAS/SIMPATOMIMÉTICAS 
 
Definição 
 São fármacos que produzem efeitos similares às respostas do estímulo de nervos 
adrenérgicos quando estimulados pela Noradrenalina endógena. 
 Acreditava-se que a droga que produzia tal efeito fosse a adrenalina, por esta razão este tipode transmissão recebeu o nome de Transmissão adrenérgica, entretanto, sabe-se hoje que o 
responsável é o neurotransmissor Noradrenalina (norepinefrina, epinefrina ou levarterenol). 
 Outros de menor importância são a dopamina e a efedrina. São chamados de catecolaminas 
por apresentarem uma estrutura química com núcleo catecólico. 
 
Classificação 
 Vasopressores 
Dopamina – Revivan 
Efedrina ou etilefrina – Efortil 
Fenilefrina ou isoprenalina ou noradrenalina 
- Norepinefrina 
 
 Broncodilatadores 
 Atuam nos receptores beta adrenérgicos, relaxando as contrações da musculatura lisa. 
Efedrina ou epinefrina – Adrenalina 
Isoprenalina 
Salbutamol – Aerolin 
Terbutalina – Bricanyl 
Fenoterol – Berotec (muito usado com o broncodilatador Atrovent) 
 
 Descongestionantes Nasais 
Atuam nos receptores alfa adrenérgicos, promovendo vasoconstrição das arteríolas da mucosa 
nasal. 
Efedrina 
Epinefrina – Adrenalina 
Fenilefrina - Coldrin 
Fenilpropanolamina – Naldecon (retirado do mercado) 
Nafazolina - Privina 
Oximetazolina – Afrin 
Fenoxazolina - Aturgyl 
 
 Midriáticos – Midríase (vasodilatação da pupila) por contração do músculo dilatador da 
íris, através da ação nos receptores alfa adrenérgicos. 
Epinefrina - Adrenalina 
Fenilefrina – Colírio Anestésico 
Hidroxianfetamina. 
 
 Anorexígenos 
Anfepramona 
Anfetamina 
Femproporex 
Fenfluramina 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 42 
 
DROGAS COLINÉRGICAS/PARASSIMPATOMIMÉTICAS 
 
Definição 
 
 São fármacos que produzem direta ou indiretamente os efeitos similares aos causados pela 
Acetilcolina endógena. Aqueles de ação indireta são chamados de Anticolinesterásicos. Os 
fármacos colinérgicos de ação direta com interesse terapêutico são: 
 Acetilcolina 
 Carbacol - Miostat 
 Metacolina – Frixodon, Polmagex 
 Pilocarpina – Isopto Carpine, Pilocarpina. 
 Droga de escolha no tratamento de glaucoma de ângulo aberto. 
 Muscarina 
Já os fármacos colinérgicos de ação indireta (Anticolinesterásicos) são: 
 Neostigmina - Prostigmine 
 Piridostigmina - Mestinon 
 Demecário - Frumtosnil 
 Fisiostigmina - Leodine 
 Ecotiopato - Fosfolina 
 São assim denominados por agirem inibindo a enzima acetilcolinesterase, que atua inibindo 
(degradando) a acetilcolina liberada, aumentando a quantidade deste neurotransmissor nos sítios 
(receptores). 
 
DROGAS ANTI-ADRENÉRGICAS/ BLOQUEADORES 
ADRENÉRGICOS/SIMPATOLÍTICOS 
 
Definição 
 São fármacos que inibem as respostas e os efeitos produzidos pelas drogas adrenérgicas. 
 
Classificação 
 Bloqueadores Alfa Adrenérgicos 
- Ergotamina - Gynergene 
- Diidroergotamina - Iskemil 
- Ergometrina - Ergotrate 
-Metilergometrina - Methergin 
 Bloqueadores Beta Adrenérgicos 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 43 
- Isoprenalina 
- Sotalol - Sotacor 
- Metoprolol - Seloken 
- Atenolol - Atenol 
- Propanolol - Inderal, Propanolol 
- Nadolol - Corgard 
 
DROGAS ANTI-COLINÉRGICAS/BLOQUEADORES 
COLINÉRGICOS/PARASSIMPATOLÍTICAS 
 
Definição 
 São fármacos que bloqueiam a atividade resultante da ação da acetilcolina. Podem ser 
antimuscarínicos (bloqueiam receptores muscarínicos), ganglioplégicos, quando inibem e atuam 
nas sinápses ganglionares (nicotínicos) e bloqueadores na junção neuromuscular. 
 
 Antimuscarínicos principais 
- Atropina - Atropina 
- Escopolamina - Buscopan 
- Homatropina - Novatropina 
- Tropicamida - Mydriacyl 
 
 Agentes Ganglioplégicos principais 
- Mecamilamina - Mecamina 
- Cansilato de trimetafano - Arfonad 
 
 
 Agentes Bloqueadores Neuromusculares 
- Cloreto de Suxametônio - Quelicin 
- Cloreto de Succinilcolina - Taquicurin 
- Cloreto de tubocurarina - D-Tubocurarina 
- Brometo de pancurônio – Pavulo 
 
ANTIBIÓTICOS 
 
Definição 
 São fármacos formados de substâncias químicas muito diferentes entre si, produzidas 
originalmente por certas espécies de cogumelos ou bactérias, possuindo como característica comum 
o fato de exercerem atividade bacteriostática ou bactericida sobre os germes susceptíveis (sensíveis 
a determinado fármaco). 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 44 
 O descobrimento do primeiro antibiótico deu-se em 1928 com a história de Fleming, da 
colônia de Estafilococos lisada pela contaminação acidental pelo cogumelo Penicillium Notatum. 
Classificação 
 
 Por microrganismo 
- Antibacterianos 
- Antifúngicos 
- Antivirais 
- Antinparasitários 
- Antiprotozoários 
 Por origem 
- Antibióticos (produzidos por fungos naturalmente) 
- Quimioterápicos (sintéticos) 
 Pelo efeito exercido sobre os microrganismos 
- Bactericida, bacteriostático 
- Fungicida, fungistático 
- Viricida, virustático 
 De acordo com o espectro de atividade 
- Antibióticos de amplo espectro 
Canamicina, gentamicina, neomicina, algumas cefalosporinas, cloranfenicol e 
algumas penicilinas (ampicilina, cabenicilina) e as tetraciclinas. 
 
- Atividade contra Gram-positivas 
Ácido fusídico, bacitracina, algumas cefalosporinas(cefalotina), eritromicina, 
lincomicina, e a maioria das penicilinas (benzilpenicilina, oxacilina), tirotricina e 
vancomicina. 
 
- Atividade contra Gram-negativas 
Polimixina B, sulfomixina, biciclomicina. 
 
- Atividade contra Micobactérias 
Ciclosserina, estreptomicina, rifampicina. 
 
- Atividade contra Fungos 
Griseofulvina, anfotericina B, nistatina, tricomicina. 
 
- Antiamebianos 
Fumagilina, paromomicina, puromicina. 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 45 
 
- Antibióticos antineoplásicos 
Estudado em quimioterapia. 
 
Mecanismo de Ação 
 Os antibióticos podem atuar de quatro maneiras distintas: 
1. Prejudicando a formação da parede celular 
2. Desorganizando a membrana celular 
3. Impedindo a divisão dos cromossomos 
4. Bloqueando a síntese das proteínas 
 
Racionalização de drogas 
 O uso racional de qualquer droga é fator importante em todos os casos e essencial no que 
tange os antibióticos, pois podem desenvolver resistências. 
 
Para explicar como se dá a resistência bacteriana: 
t ½ - Meia-vida biológica. Parâmetro farmacocinético. É o 
 tempo necessário para que a concentração de um de 
 terminado fármaco se reduza a metade. 
 
Vd - Volume de distribuição. Parâmetro farmacocinético. 
 Identifica qual a afinidade do fármaco com as proteínas 
 plasmáticas e também sua afinidade aos receptores específicos. 
PENICILINAS 
 
 Encontrada em diferentes tipos, a penicilina apresenta-se, em geral, como um sólido 
cristalino branco, ou branco amarelado inodoro. 
 Os vários tipos isolados foram designados pelas letras F, G, K, O e V, sendo as penicilinas G 
e V as mais utilizadas. 
 
Mecanismo 
 Dependendo da concentração podem ser bactericida ou bacteriostática. 
 
Indicações 
 Infecções graves produzidas por gram-positivos; pré operatório em pacientes portadores de 
alterações valvulares cardíacas; pacientes submetidos a tratamento por corticóide. 
 
Vias de Administração: Oral, IV, IM. Outras vias possíveis são: retal, inalações, intratecal (intra-
raquidiana). 
 
Principais penicilinas comercializadas 
 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Farmacologia 
 
 
Escola Info Jardins 46 
 
Benzilpenicilia (penicilina G) Despacilina 
 Penicilina G Potássica 
 Pentid 
 
Ampicilina Ampicil 
 Ampicilin 
 Binotal 
 Policilin 
 
Carbenicilina Carbenicilina 
 Pyopen 
 
Cloxacilina Bactopen 
 Cloxacilina 
 
Oxacilina Staficilin N 
 
Fenoximetilpenicilina Pen-Ve-Oral 
(penicilina V) 
 
 
Amoxicilina Amoxil 
 Amoxilin 
 Benzoral 
 Hiconcil 
 Novocilin 
 
TETRACICLINAS 
 
 As tetraciclinas apresentam-se sob a forma de sólido cristalino, de cor amarela inodoro. 
 
Mecanismo: São bacteriostática de amplo espectro, abrangendo

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