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AULA 04 - Anexos Embrionários e Doenças Gestacionais

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AULA 04 – Anexos Embrionários e Doenças Gestacionais 05/05/2021 
 
❥ Abertura 
❥ A aula foi de forma síncrona, nela a professora explicou a matéria do 
roteiro e tirou nossas dúvidas para a prova. 
 
❥ Anexos Embrionários 
❥ Placenta 
❥ Proteção 
❥ Nutrição 
❥ Respiração   
❥ Excreção de produtos residuais  
❥ Produção de hormônios 
❥ A placenta é um órgão constituído tanto de tecidos materno quanto fetais 
(córion) que possuem a função de transportar nutrientes e oxigênio da 
circulação da mãe para o feto. Sendo assim, este anexo proporciona ao 
indivíduo em desenvolvimento a garantia de suas necessidades básicas, como: 
nutrição, respiração e eliminação de suas excretas. 
❥ ESTRUTURA DA PLACENTA: No quarto mês a porção fetal 
delimitada pela placa coriônica, porção materna delimitada pela placa decidual, 
na zona funcional o trofoblasto e as células deciduais se misturam, zona rica 
em material extracelular amorfo. No quinto mês aparecem os septos 
deciduais, esses septos são recobertos por uma camada de sincíciotrofoblasto, a 
camada sincial separa o sangue materno presente nos espaços intervilosos do 
tecido fetal. Como resultado dos septos a placenta se divide em vários 
compartimentos (cotilédones).   
❥ MORFOLOGIA: tem diâmetro entre 15 e 25 cm, aproximadamente 3 cm de 
espessura e 500g a 600 g de peso. No nascimento, ela se desprende 30 
minutos após o nascimento da parede uterina. No lado materno apresenta 
de 15 à 20 cotilédones (leves saliências), já na superfície fetal, é recoberta 
pela placa coriônica, e várias veias e artérias (vasos coriônicos) convergem 
para o cordão umbilical. O córion é recoberto pelo âmnio.   
❥ CIRCULAÇÃO:  os cotilédones recebem seu sangue por meio de 80 a 100 
artérias espiraladas que penetram a placa decidual e entram 
nos espações intervilosos, em intervalos regulares. A pressão nessas artérias 
força o sangue para dentro dos espaços intervilosos e banha as pequenas vilosidades da árvore vilosa com sangue oxigenado, já o 
sangue rico em CO2 volta para circulação materna por meio das veias endometriais. Os espaços intervilosos de uma placenta 
madura comportam 150mL de sangue e são abastecidos cerca de 3 a 4 vezes por minuto. O sangue materno e o sangue fetal são 
separados por um derivado coriônico.   
❥ FUNÇÃO:  troca de gases, como oxigênio, gás carbônico e monóxido de carbono, por difusão simples. O feto extraí cerca de 20 e 
30mL de oxigênio por minuto.  Troca de nutrientes e eritrócitos, a troca de nutrientes aumenta proporcionalmente ao avanço da 
gravidez. Transmissão de anticorpos maternos, a competência imunológica começa a se desenvolver no final do primeiro 
trimestre, as imunoglobulinas G materna começa a ser transportada para o feto no final da decima quarta semana, o feto então 
adquire imunidade passiva contra doenças infecciosas. Observação, os recém-nascidos já produzem sua IgG, mas os níveis adultos 
só são alcançados aos 3 anos. Produção hormonal, no final do quarto mês a placenta começa a produzir progesterona para 
continuar a gravidez se o corpo lúteo for removido. Produz também hormônios estrogênicos, principalmente o estriol, até 
próximo ao parto, os níveis estrogênio alto estimulam o crescimento uterino e as glândulas mamárias.  Durante os 2 primeiros 
meses da gravidez, produz HCG, que mantem o corpo lúteo, a produção da somatomamotrofina dá ao feto prioridade sobre a 
glicose sanguínea materna, promove também a produção do leite e desenvolvimento das mamas 
❥ CÓRION:   
❥ O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas primárias. As vilosidades 
(processos vasculares do córion) formam colunas com revestimentos sinciciais. As extensões celulares crescem para 
 
dentro do sinciciotrofoblasto. Acredita- se que o crescimento dessas extensões seja induzido pelo mesoderma somático 
extraembrionário subjacente. As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias, que são o primeiro 
estágio de desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta (órgão feto-maternal de troca metabólica entre o 
embrião e a mãe). O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas:    
❥ Mesoderma somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio.    
❥ Mesoderma esplâncnico extraembrionário, que envolve a vesícula umbilical.   
❥ O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion 
(membrana fetal mais externa), que forma a parede do saco coriônico. O embrião, o saco amniótico e 
a vesícula umbilical estão suspensos dentro desse saco pelo pedículo de conexão. (O termo vesícula 
umbilical é mais apropriado porque o saco vitelino não contém vitelo em humanos.) O celoma 
extraembrionário é o primórdio da cavidade coriônica. A ultrassonografia transvaginal (endovaginal) 
é usada para medir o diâmetro do saco coriônico. Essa medida é importante para a avaliação do 
desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gestação. 
❥ Alantoide 
❥ Formação sanguínea inicial 
❥ Seus vasos sanguíneos persistem como as artérias e veias umbilicais, e sua porção intra-embrionário passa do umbigo para a bexiga, 
formando mais tarde o úraco 
❥ A formação das células sanguíneas ocorre em suas paredes entre a terceira e a quinta semanas.  
❥ Seus vasos sanguíneos persistem como a veia e as artérias umbilicais.  
❥ A parte intra-embrionário do alantoide passa do umbigo para a bexiga urinária, com a qual é contínua. 
❥ Formado a partir de uma envaginação do teto do saco vitelínico, que se situa ventralmente após o dobramento caudal do embrião. Nos 
répteis e aves, esse anexo é muito desenvolvido, exercendo a função respiratória e de armazenamento de materiais excretados. Nos 
mamíferos, nos quais se desenvolve a placenta, essas funções são também exercidas por ela. A parte intra-embrionária deste anexo 
contribui para a formação do úraco e da bexiga; ligamento fibroso que serve de ligação entre o teto da bexiga e a região umbilical. 
❥ Inicialmente, o embrião está conectado à placenta em formação pelo pedúnculo embrionário. Este irá unir-se ao pedúnculo do 
saco vitelínico para formarem o cordão umbilical, sendo que esses pedúnculos degenerem posteriormente. 
❥ Aparece aproximadamente no 16º dia como um pequeno divertículo (invaginação), da parede caudal da vesícula umbilical, que 
se estende para o pedículo de conexão. O alantoide permanece muito pequeno, mas o mesoderma do alantoide se expande para 
baixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão para a placenta. A porção proximal do divertículo do alantoide original 
persiste durante maior parte do desenvolvimento como um cordão, o úraco, que se estende da bexiga até a região umbilical. 
O úraco é representado nos adultos pelo ligamento umbilical mediano.    
❥ Âmnio 
❥ Estrutura que aparece ao final da primeira semana de gestação, e é caracterizada como uma bolsa localizada acima do disco 
embrionário, cujo assoalho é a ectoderme embrionária. Externamente, é revestido pelo mesoderma extra-embrionária, e esta, forma um 
pedúnculo que conecta a bolsa amniótica ao córion, que passará a ser o cordão umbilical futuramente. Devido aos movimentos de flexão e 
dobras do disco embrionário, a bolsa amniótica é puxada, passando a envolver todo o embrião. 
❥ O desenvolvimento embrionário fará com que o âminio ocupe toda a cavidade celômica extra-embionária, fundindo-se com o córion. No 
interior da cavidade amniótica, encontra-se o líquido amniótico, que se acredita ter origem materna. Este possui a função de lubrificação 
do embrião, impedindo sua aderência de tecidos fetais entre si e com a parede do saco coriônico; funciona como amortecedor de choques, 
serve para armazenar as excretas do feto e lubrifica as vias fetais no momento do nascimento. 
❥ ÂMNIO: saco que contem líquido amniótico no qual o feto fica suspenso pelo cordão umbilical. Com a progressão do desenvolvimentoa cavidade amniótica aumenta e o âmnio começa a envolver os pedúnculos embrionários e da vesícula vitelina, comprimindo-os e dá 
origem ao cordão umbilical primitivo.    
❥ LÍQUIDO AMNIÓTICO: liquido claro e aquoso, produzido pelas células amnióticas, é derivado principalmente do sangue materno, o 
aumento do líquido ocorre da seguinte forma, 30mL em 10 semanas, para 450mL em 20 semanas, de 800mL para 1000mL em 37 semanas. O 
líquido absorve os solavancos, evita a adesão do embrião ao âmnio e possibilita os movimentos fetais, o volume do líquido é reposto a cada 
3 horas. A partir do quinto mês o feto engole aproximadamente a metade do seu líquido. É composto basicamente por água, já que a 
placenta funciona como troca para as escórias metabólicas. Hidrâmnio, quando se tem o volume aumentado de líquido amniótico e está 
associada a anencefalia a atresia esofágica, oligodrâmnio, volume diminuído e está associado a agenesia renal.  
❥ Cordão Umbilical 
❥ Cercado pelo âmnio, contém duas artérias umbilicais a parede das artérias é muscular e contém muitas fibras elásticas que contribuem 
para a constrição e contração dos vasos umbilicais sejam rápida caso ocorra uma dobra do cordão uma veia umbilical e a geleia 
de Wharton tecido rico em proteoglicanos, que amortece e protege os vasos. 
 
 
 
❥ Gêmeos Monozigóticos 
❥ Gêmeos de um único oócito fertilizado, gêmeos idênticos 3 à 4 a cada 1000. 
❥ São resultados da separação do zigoto em vários estágios do desenvolvimento, acredita-se que a separação ocorra no estágio de duas 
células, os blastocistos se implantam separadamente, e geralmente cada embrião tem sua própria placenta e saco coriônico, porém em 
casos raros eles podem dividir a mesma placenta e saco coriônico separado e casos em que dividem a mesma placenta e o mesmo saco 
coriônico. 
❥ Podem ser reconhecidos como pertencentes a um par monozigótico, pois tem o mesmo tipo sanguíneo, impressões digitais, sexo, 
aparência externa, cor dos olhos e cabelo.  
 
 
 
 
❥ Gêmeos Dizigóticos 
❥ Aproximadamente 90% dos gêmeos são dizigóticos e a incidência aumenta com a idade materna( duplica aos 35 anos) 
❥ Resultam da liberação de dois oócitos e da fertilização por espermatozoides diferentes 
❥ Geneticamente diferentes. 
❥ Os zigotos se implantam separadamente no útero, desenvolvem sua própria placenta, âmnio e saco coriônico, mas as vezes por estarem 
próximas as placentas se fundem. 
❥ Em alguns casos podem apresentar mosaico eritrocitário, ou seja a troca de eritrócitos (são as células responsáveis pelo transporte de 
oxigênio e gás carbônico pelo corpo).  
 
 
 
❥ Doenças Gestacionais 
❥ Eclâmpsia e Pré-Eclampsia 
❥ A hipertensão arterial complica cerca de 7 a 10% de todas as gestações;  
❥ A gestação pode agravar a hipertensão existente antes da gravidez (hipertensão arterial crônica), bem como induzi-la em mulheres 
normotensas (hipertensão gestacional/pré-eclâmpsia).  
❥ Conceitos:   
❥ Define-se como hipertensão arterial quando a pressão arterial sistólica atinge valor ≥ 140 mmHg e/ou a pressão arterial 
diastólica atinge valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com intervalo de pelo menos quatro horas.  
❥ Define-se proteinúria como a excreção de 0,3g de proteínas ou mais em urina de 24 horas, ou 1+ ou mais na fita em duas 
ocasiões, em uma determinação de amostra única sem evidência de infecção.  
❥ A pré-eclâmpsia/eclampsia é definida como a presença, após a 20ª semana de gestação (ou antes, nos casos de doença trofoblástica 
gestacional), de hipertensão arterial acompanhada de proteinúria, em gestante sem história de hipertensão arterial. Na ausência de 
proteinúria também se considera pré-eclâmpsia, quando o aumento da pressão arterial é acompanhado de sintomas como cefaleia, 
 
borramento da visão e dor abdominal, ou por valores anormais de testes laboratoriais, especialmente contagem baixa de plaquetas e 
aumento de enzimas hepáticas. Apresenta desaparecimento até 12 semanas pós-parto.  
❥ Hipertensão – Sistólica: 140mmHg Diastólica: 90mmHg   
❥ Pré-eclampsia severa – Sistólica: 160mmHg Diastólica: 110mmHg  
 
❥ Eclâmpsia 
❥ Definida pela manifestação de uma ou mais crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas e/ou coma, em gestante com hipertensão 
gestacional ou pré-eclâmpsia, na ausência de doenças neurológicas  
❥ Ocorrência: pode ocorrer durante a gestação, na evolução do trabalho de parto e no puerpério imediato  
❥ Observação: metade dos casos acontece em gestações pré-termo e 25%, no puerpério tardio (> 48 horas), ademais, raramente se manifesta 
antes da 20ª semana de gestação.  
❥ Sintomas:   
❥ Distúrbios do sistema nervoso central (cefaleia frontal/occipital, torpor, obnubilação e alterações do comportamento)  
❥ Visuais (escotomas, fosfenas, visão embaçada e até amaurose)   
❥ Gástricos (náuseas, vômitos e dor no hipocôndrio direito ou no epigástrio).  
❥ Incidência de 1,3 para cada 1.000 partos, variando de 0,6 nos países desenvolvidos até 4,5 nos países em desenvolvimento.  
❥ A associação de hemólise, plaquetopenia e disfunção hepática com eclâmpsia foi relatada na década de 1950. Em 1982, 
Weinstein reuniu essas alterações sob o acrônimo de HELLP, representando a hemólise pelo H, o aumento de enzimas hepáticas 
pelo EL e a plaquetopenia pelo LP, e denominou-as síndrome HELLP  
 
❥ Pré-Eclâmpsia 
❥ Ocorre como forma isolada ou associada à hipertensão arterial crônica, e a hipertensão gestacional.  
❥ A etiologia da hipertensão que se manifesta na gestação permanece desconhecida.  
❥ Presente desde a implantação do ovo, a doença caracteriza-se, clinicamente, por aumento dos valores da pressão arterial após a 20ª 
semana de gestação, associado (pré-eclâmpsia) ou não (hipertensão gestacional) à proteinúria.  
❥ Observação: a pré-eclâmpsia é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de comprometimento. Considera-se grave quando 
presente um ou mais dos seguintes critérios:   
❥ Pressão arterial diastólica igual/maior que 110mmHg   
❥ Proteinúria igual/maior que 2,0g em 24 horas ou 2+ em fita urinária   
❥ Oligúria (menor que 500ml/dia, ou 25ml/hora)   
❥ Níveis séricos de creatinina maiores que 1,2mg/dL   
❥ Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais)   
❥ Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito   
❥ Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia   
❥ Plaquetopenia (< 100.000/ mm3)  
❥ Aumento de enzimas hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL) e de bilirrubinas   
❥ Presença de esquizócitos em esfregaço de sangue periférico   
❥ Outros sinais que podem sugerir o diagnóstico são:   
❥ Acidente vascular cerebral   
❥ Sinais de insuficiência cardíaca, ou cianose   
❥ Presença de RCIU (restrição de crescimento intrauterino) e/ou oligohidrâmnio.  
❥ A evolução natural da doença é o desenvolvimento para as formas graves, entre elas, a eclampsia e a síndrome HELLP.   
 
❥ Diabetes Gestacional 
❥ Durante a gravidez ocorrem adaptações na produção hormonal materna para permitir o desenvolvimento do bebê. A placenta é uma 
fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas 
materno, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro de resistência á sua ação. Em algumas 
mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de 
glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterina, há maior risco de 
crescimento fetal excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e 
diabetes na vida adulta.  
 
❥ São considerados fatores de risco para o diabetes gestacional: Idade materna mais avançada, ganho de peso excessivo durante a gestação, 
sobrepeso ou obesidade, Síndrome dos ovários policísticos, históriaprévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional, 
história familiar de diabetes em parentes de 1º grau, história de diabetes gestacional na mãe da gestante, hipertensão arterial sistêmica na 
gestação e gestação múltipla (gravidez de gêmeos).  
❥ O controle do diabetes gestacional é feito na maioria das vezes através de uma orientação nutricional adequada. A gestante necessita 
ajustar para cada período da gravidez as quantidades dos nutrientes. A prática de atividade física é uma medida de grande eficácia para 
redução dos níveis glicêmicos. A atividade deve ser feita somente depois de avaliada se existe alguma contraindicação, como por exemplo, 
risco de trabalho de parto prematuro.  
❥ Aquelas gestantes que não chegam a um controle adequado com dieta e atividade física tem indicação de associar uso de 
insulinoterapia. O uso da insulina é seguro durante a gestação e o objetivo da terapêutica é a normalização da glicose materna, ou seja, 
manter níveis antes das refeições menores que 95 mg/dl e 1 hora após as refeições menores que 140 mg/dl. É importante destacar que a 
maioria das gestações complicadas pelo diabetes, quando tratada de maneira adequada, irá ter um excelente desfecho e os bebês nascerão 
saudáveis.  
❥ Aproximadamente 6 semanas após o parto a mulher que teve diabetes gestacional deve realizar um novo teste oral de tolerância a 
glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos. O histórico de diabetes gestacional é um importante fator de risco para 
desenvolvimento de diabetes tipo 2 ao longo da vida adulta e na senilidade. O aleitamento materno pode reduzir o risco de 
desenvolvimento de diabetes permanente após o parto. O desenvolvimento de diabetes tipo 2 após o parto frequentemente é prevenido com 
a manutenção de uma alimentação balanceada e com a prática regular de atividades físicas.  
 
❥ Anemia Gestacional 
❥ Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), define-se como anêmica a gestante que apresentar concentração de hemoglobina 
igual a ou abaixo de 11g/ dL.  
A anemia é considerada por alguns autores como a doença de maior ocorrência na gravidez.  
Com taxas de hemoglobina entre 10 e 6 g/ dL ocorre aumento da morbidade, representada por maior suscetibilidade a infecções, tempo de 
internação prolongado e lenta recuperação no pós-parto.   
Na anemia grave (taxas de hemoglobina abaixo de 6 g/dL), o sangramento do parto pode determinar insuficiência cardíaca congestiva e até 
o óbito materno.  
Principais causas de anemia na gestação:   
❥ Carências: Anemia ferropriva ou Anemia megaloblástica (deficiência de ácido fólico).   
❥ Hereditárias: Anemia falciforme ou Talassemia.  
❥ Ferropriva 
❥ É a mais frequente, sendo responsável por cerca de 90% dos casos de anemia na gestação.  
❥ As principais causas de anemia ferropriva são:   
❥ Carência alimentar;   
❥ Perda crônica de sangue como nas parasitoses intestinais;   
❥ Deficiência na absorção intestinal;   
❥ Perda aguda de sangue.  
❥ Consequências da anemia sobre a gestação: A diminuição da concentração do ferro e a consequente diminuição da concentração de 
hemoglobina circulante podem ocasionar menor oxigenação fetal, acarretando vários graus de hipóxia fetal, determinando:   
❥ restrição do crescimento intrauterino (baixo peso);   
❥ trabalho de parto prematuro com aumento da natimortalidade por prematuridade.  
❥ Leve: hemoglobina entre 10 e 11 g/dL e/ou hematócrito entre 30 e 33%.   
❥ Moderada: hemoglobina entre 7 e 10 g/dL e/ou hematócrito entre 21 e 30%.   
❥ Grave: hemoglobina menor que 7 g/dL e/ou hematócrito menor que 21%.  
 
❥ Megaloblástica 
❥ A principal causa de anemia megaloblástica na gestação é a deficiência de folatos.  
❥ Ocorre em cerca de 30% das gestações, sendo mais frequente nas gestações múltiplas.  
❥ Causas:   
❥ Maior demanda durante a gestação, principalmente se gemelar.   
❥ Ingesta inadequada.   
❥ Cozimento das verduras.   
 
❥ Uso de medicamentos que reduzem a absorção de folatos, como anticonvulsivantes e álcool.   
❥ Maior consumo por anemias hemolíticas e hemoglobinopatias.   
❥ Efeitos sobre o feto e a mãe:  a deficiência de ácido fólico está relacionada à ocorrência de malformações fetais, abortamento, 
prematuridade, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta e restrição do crescimento intrauterino.   
❥ Diagnóstico: no hemograma encontramos:   
❥ Hemoglobina entre 6 e 8 mg/dL;   
❥ Macrocitose;   
❥ Hipocromia;   
❥ Leucopenia;   
❥ Plaquetopenia;   
❥ Hipersegmentação dos neutrófilos.  
 
❥ Falciforme 
❥ É consequente a uma mutação no gene da betaglobina, que provoca a substituição do ácido glutâmico pela valina na posição 6 da cadeia 
beta da hemoglobina, originando uma hemoglobina anormal denominada hemoglobina S (HbS, traço falciforme).  
❥ Pode ocasionar tromboses e hemólise, principalmente em ambientes com baixa tensão de oxigênio, o que caracteriza o fenômeno de 
falcização.  
❥ São mais frequentes na segunda metade da gestação, devido à maior congestão vascular e à maior demanda de oxigênio.  
❥ Efeitos sobre a mãe e o feto: nos homozigotos, há piora clínica durante a gestação representada por:   
❥ Aumento da frequência das crises de falcização (embolias, dores ósseas, articulares e abdominais);   
❥ Lesões pulmonares, cardíacas, cerebrais, renais, hepáticas e placentárias (microinfartos);   
❥ Maior suscetibilidade às infecções, principalmente pielonefrite;   
❥ Maior incidência de doença hipertensiva específica da gestação;   
❥ Piora da anemia;   
❥ Aumento da incidência de abortamento;   
❥ Aumento da mortalidade perinatal.  
❥ Avaliação laboratorial:  
❥ Hemoglobina entre 6 e 8 mg/dL.   
❥ Anemias normocítica e normocrômica acompanhadas de hemólise.   
❥ Eletroforese de hemoglobina.   
❥ Dosagens do ferro sérico e ferritina.   
❥ Avaliação das funções renal e hepática.   
❥ Urocultura.  
 
❥ Talassemias 
❥ A talassemia é uma hemoglobinopatia de transmissão hereditária, caracterizada por diminuição da velocidade na síntese de uma ou 
mais cadeias de globina.  
❥ Pode ser classificada em:   
❥ Alfatalassemia;   
❥ Betatalassemia major;   
❥ Betatalassemia minor;   
❥ A betatalassemia major ou anemia de Cooley ou do Mediterrâneo é a forma homozigota e se caracteriza por intensa 
anemia que causa o óbito em torno da segunda década de vida, sendo excepcional sua ocorrência em gestantes. A 
betatalassemia minor, a forma heterozigota, é assintomática. Pode ser evidenciada na gestação por anemia microcítica e 
hipocrômica refratária ao uso de ferro. Apresenta granulado basófilo e hemácias em alvo. A evolução da gestação é 
normal.  
❥ Diagnóstico Feito por:   
❥ hemograma com anemias microcítica e hipocrômica;   
❥ eletroforese de hemoglobina.  
 
 
 
❥ Infecção Urinária na Gestante 
❥ Durante a gestação este risco aumenta ainda mais em função das alterações que acontecem no corpo da mulher durante a gravidez. A 
progesterona reduz o peristaltismo (contração involuntária) dos ureteres e a compressão do útero provoca uma estase (represamento) de 
urina. Tudo isto predispõe a infecção urinária. Podemos esperar que pelo menos 5% das gestantes tenham ao menos uma infecção urinária 
durante a gravidez.  
❥ As infecções urinárias são classificadas conforme a parte do trato urinário atingida. Quando a infecção acomete até a bexiga é chamada 
de infecção urinária baixa, ou cistite. Se a infecção atinge os rins então é classificada como infecção urinária alta, ou pielonefrite.  
Na gravidez a infecção urinária é particularmente importante por dois motivos. Em primeiro lugar pela sua associação com o parto 
prematuro. As infeções urinárias baixas (cistites) mesmo que pouco sintomáticas podem provocar um parto prematuro.  
❥ Em segundo lugar existe um risco relativamente grande de uma infeção urinária se agravar pois o corpo da gestante propicia o 
agravamento de umainfecção urinária pela redução do peristaltismo e pela estase de urina provocada pela progesterona.  
❥ Por isso, durante o pré-natal são comumente realizados 3 exames de urina, um em cada trimestre. Isto objetiva identificar o mais 
precocemente qualquer infecção urinária. Durante a gravidez até mesmo a bacteriúria assintomática deve ser tratada – o que não ocorre 
com mulheres hígidas, fora do período gestacional. Bacteriúria assintomática é quando um número relativamente grande de bactérias é 
encontrado na urina mas não existem sintomas de infecção urinária.  
❥ Se a infecção urinária não for tratada adequadamente ela pode causar o trabalho de parto prematuro e excepcionalmente infecção no 
bebê. Essa infecção no bebê acontece especialmente quando a bactéria causadora de infeção é o estreptococo do grupo B. Além disso a 
infecção urinária pode causar o rompimento prematuro bolsa de líquido amniótico.  
Para mãe uma infecção urinária não tratada pode evoluir para um quadro de infecção generalizada, chamada de sepse. A sepse é uma 
complicação muito grave que pode inclusive causar a morte.  
❥ Sintomas : 
❥ Os sintomas da infecção urinária variam também conforme a parte do trato urinário acometida. As infecções baixas 
costumam ter como sintoma a dor ou ardência para urinar, associado ao aumento da frequência de idas ao banheiro. Entretanto 
ir muito ao banheiro urinar também é um sintoma comum da gravidez que não necessariamente está relacionado a infecção. Esse 
sintoma é mais comum no começo da gravidez e no terceiro trimestre.  
❥ As infeções altas do trato urinário possuem como sintomas, além dos sintomas de infecção baixa, a presença de febre 
associada a dor lombar. A febre em especial é bem característica da infecção urinária alta. 
 
❥ Auto-avaliação 
❥ Gosto muito das aulas, mas as online me deixam um pouco cansada, talvez por eu não gostar muito de embriologia, mas o 
jeito da professora explicar é muito bom e me ajuda a entender. 
 
IL Giovana Chiocca Hoepfner IU

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