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JUDÔ PARA CRIANÇAS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
ANAÍZA GOMES
CARLO SOUZA
FERNANDO BALTAR
LEANDRO MAGASLHÃES
MAYSA ARAUJO
THIAGO LOPES
JUDÔ PARA CRIANÇAS
RECIFE
2020
ANAÍZA GOMES
CARLO SOUZA
FERNANDO BALTAR
LEANDRO MAGASLHÃES
MAYSA ARAUJO
THIAGO LOPES
JUDÔ PARA CRIANÇAS
 Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia das Lutas, como requisitos de avaliação do curso de Bacharelado em Educação Física 6° período NA, ao professor Hildeberto Sobral.
RECIFE
2020
SUMÁRIO
	
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................5
2.1 Breve Histórico do Judô.........................................................................................5
2.2 Informações Técnicas do Judô .............................................................................6
2.3 Princípios e Fundamentos do Judô.......................................................................6
2.4 Iniciação ao Judô.....................................................................................................7
2.5 Benefícios do Judô Para Criança ..........................................................................8
2.6 Capacidades Físicas e Coordenativas..................................................................9
2.7 O Ensino do Judô Para Crianças.........................................................................10
2.8 Aprendizagem do Judô.........................................................................................11
2.9 Competição Para Crianças...................................................................................11
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................13
4. REFERÊNCIAS.........................................................................................................14
INTRODUÇÃO
O judô é uma arte marcial bastante conhecida pela questão da disciplina e do respeito, aspectos bem trabalhados e cobrados de seus atletas, por isso, é muito procurado na infância. Judô significa ‘caminho suave’ e tem como base uma filosofia que trabalha valores de eficiência, ceder para vencer, prosperidade entre outros. O esporte foi criado no Japão em 1882, pelo professor de educação física Jigoro Kano. A proposta inicial da atividade era desenvolver uma técnica de defesa pessoal, mas que também trouxesse benefícios para o físico, espírito e mente do praticante.
No Brasil, a arte marcial chegou pelas mãos do conde Koma, Mitsuyo Maeda, e teve sua primeira apresentação em 1915, na cidade de Porto Alegre. Hoje, o país conta com inúmeros praticantes e se tornou uma grande potência mundial.  Em nossa história, constam grandes nomes como Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, os primeiros campeões olímpicos do Brasil, João Derly, Thiago Camilo, Flavio Canto, Sarah Menezes, Rafaela Silva, Mayra Aguiar, e muitos outros. Judô é uma atividade que procura despertar na criança o equilíbrio físico e emocional, a autoestima e principalmente conscientizá-la de que a violência deve ser evitada no meio em que vive, perante a sociedade, entre seus amigos e familiares.
Segundo Piaget 2010, cientista que estudou os estágios de desenvolvimento infantil, a criança passa por algumas fases durante o seu crescimento. Normalmente quando matriculadas no Judô, as crianças encontram-se na fase que Piaget chama de Estágio Pré-Operatório (entre 2 e 7 anos de idade). Esta fase é também chamada de fase intuitiva, e é de extrema importância para o desenvolvimento da criança.
O judô é uma modalidade que consegue agregar em sua prática a participação de crianças desde a idade pré-escolar, adolescentes, jovens, adultos e idosos, nesta primeira fase as crianças estão num processo de descoberta do corpo e de suas capacidades.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 Breve Histórico do Judô
O judô, uma das modalidades disputadas nas olimpíadas, é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo mestre japonês, Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Jigoro Kano tinha como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente. Jigoro Kano foi um professor universitário de 22 anos, que estudou a fundo as técnicas de Ju-Jutsu.
Para (Santos,2014) Kano fez uma análise das melhores técnicas, selecionou os golpes mais eficazes e mais racionais, eliminou as práticas perigosas e aperfeiçoou a maneira de cair, criou uma vestimenta especial (judogui), pois o antigo traje provocava ferimentos. Assim, criou um estilo de luta, batizado de “judô”.
Em 1882, ele fundou o Instituto Kodokan, que, desde o início, pregou que a evolução técnica do praticante do judô estivesse ligada a um avanço espiritual, com base nos ensinamentos orientais que determinam que “muitas vezes é preciso ceder para vencer”. Quatro anos depois da fundação do Instituto Kodokan, em 1886, foi organizada, em razão da escolha anual dos instrutores da Academia de Polícia Japonesa, uma disputa entre várias escolas de lutas do Japão. O evento serviu para comprovar a eficiência e o valor da arte marcial criada por Jigoro Kano. 
Os atletas do Instituto Kodokan obtiveram inúmeros triunfos, e o sucesso na competição serviu para ampliar rapidamente a fama do judô pelo país e fazer com que a modalidade fosse aceita pelos japoneses.
Ao longo de sua vida, Jigoro Kano alcançou o doutorado em Judô, uma graduação equivalente ao 12º Dan, honraria concedida apenas ao criador do esporte. Ele trabalhou constantemente para garantir o desenvolvimento do atletismo e do esporte japonês de uma maneira em geral e, como resultado de seus esforços, muitas vezes é chamado de "Pai dos Esportes Japoneses”. Em 1935, ele foi premiado com o prêmio Asahi por sua excepcional contribuição para a organização do esporte no Japão durante sua vida.
No Brasil, a primeira escola de judô surgiu no ano de 1910, na cidade de São Paulo. Japoneses e não japoneses passaram a praticar a luta. No ano de 1925, já havia praticantes nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e até no Pará e não demorou muito para que se espalhasse por todo o território nacional. Atualmente o judô no Brasil é controlado pela Federação Internacional de Judô (IJF), instituída em 1952, e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
2.2 Informações Técnicas do Judô
A luta possui alguns princípios básicos que precisam ser conhecidos antes de começar a praticar. Os atletas que lutam judô, são chamados de judocas e se dividem em duas categorias distintas: kyu e dan. Há 8 graus de kyu e 10 graus de dan.
Para conseguir superar cada uma das categorias, são realizados testes e avaliações. Os kyus são representados pela cor da faixa utilizada pelo atleta. Em ordem crescente, as cores das faixas da categoria kyu, são: Branca, Cinza, Azul, Amarela, Laranja, Verde, Roxa, Marrom. As graduações dan, também são representadas por cores. De forma crescente, temos a preta, para primeiros a quintos dan, a faixa vermelha com branco, para os sextos a oitavos dan, e por último a faixa vermelha, para nonos ou décimos dan.
2.3 Princípios e Fundamentos do Judô
Praticar judô é educar a mente e pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência. Para isso é necessário compreender alguns dos seus princípios e fundamentos, como por exemplo:
Shinsei (postura); Shintai (movimentação); Ayumi-ashi, andar normal Suri-ashi, andar arrastando os pés; Tsugi-ashi (apenas em katas), andar colocando um pé a frente e arrastando o outro sem ultrapassar o primeiro; Kumi-kata (pegas, formas de pegar); Ukemi (amortecimento da queda);
Os rolamentos são fundamentais para a segurança do praticante, fisicamente falando estas técnicas dissipam a energiacinética que, se fosse transferida na sua totalidade para os órgãos internos, poderia causar prejuízos à saúde.
Os ukemis são: Ukemi Zenpo Kaiten (rolamento), Ushiro ukemi (para trás), Mae ukemi (para a frente), Yoko ukemi (para o lado). Além disso existe as projeções e as Imobilizações;
Os princípios que inspiraram Jigoro Kano quando da idealização do Judô foram os três seguintes: Princípio da máxima eficiência com o mínimo de esforço (seiryoku zenýo); Princípio da prosperidade e benefícios mútuos (jita kyoei); Princípio da suavidade, ou seja, o melhor uso da energia (ju).
2.4 Iniciação ao Judô
O processo de iniciação esportiva é um período importante para o desenvolvimento de crianças e adolescentes nos esportes, sendo que a estruturação adequada desta etapa auxilia os praticantes no desenvolvimento e contribui para a formação de forma plena.
Segundo Santana (2004), entende-se por iniciação esportiva o período em que a criança começa a praticar um ou mais desportos de forma regular e orientada. As atividades, enquanto crianças, contribuem no desenvolvimento do corpo, além de outros âmbitos da vida. 
Os pais são os principais influenciadores na iniciação esportiva de seus filhos. Muitas vezes as crianças iniciam a prática não porque gostam ou se identificaram com determinado esporte, mas apenas porque querem satisfazer a vontade de seus pais, precisam ser aceitos por eles e querem alegrá-los, pois necessitam desta aprovação parental (VERARDI; MARCO, 2008).
Todos os atletas principiantes devem começar a lutar com a faixa branca sem idade ou tempo mínimo de prática. As demais faixas são obtidas de acordo com tempo mínimo de mudança de cada uma. Abaixo estão as faixas existentes na da modalidade.
 Quadro 1 - Kouhai 
Fonte:CBJ(Confederação Brasileira de Judô)
Quadro 2 – Yudan
Fonte: Tomodachi Judô – SP
2.5 Benefícios do Judô Para Criança
Esta arte marcial de diferencia das outras artes marciais porque consegue atender crianças de todas as faixas etárias. Especificamente em idade pré-escolar, as crianças estão descobrindo o mundo, seu corpo e suas capacidades. Nesta idade é muito importante a estimulação psicomotora da criança.
Através do judô a criança pode experimentar movimentos novos e diferentes; Pode melhorar a coordenação motora; Consegue ter um domínio corporal melhor para executar os movimentos e consegue ampliar o seu “acervo” motor com essas experiências.
O Dojo (local de treinamento de Judô), torna-se para a criança um laboratório, onde ela enfrenta as mais variadas situações e emoções: tristeza, alegria, raiva, medo. Para SHINARO (2000), na criança, nesta fase de desenvolvimento, esse laboratório funciona como forma de trabalhar as emoções a ponto de obter o controle dos seus sentimentos.
Segundo a UNESCO, ele é um dos melhores esportes para serem praticados durante a infância (entre 4 e 14 anos), pois une jogo e diversão. Por isso, deve ser iniciado o quanto antes. Além disso, o judô infantil traz inúmeros benefícios físicos para as crianças, como: força, velocidade, resistência, equilíbrio, agilidade, flexibilidade, pensamento rápido, coordenação motora e entre outros; e também vários benefícios morais, como: disciplina, paciência, autocontrole, sociabilidade, respeito ao próximo, saber perder, senso de responsabilidade e etc. 
A modalidade também auxilia àquelas crianças que são extremamente tímidas e tem dificuldade de socialização. Apesar de ser uma modalidade individual, o Judô prioriza o trabalho em grupo, a amizade e a disciplina.
2.6 Capacidades Físicas e Coordenativas 
GALLAHUE e OZMUN (2001) ressalta que essa é uma fase muito favorável à aprendizagem, entretanto, a capacidade já muito desenvolvida de aprender, não é acompanhada por uma faculdade correspondente de fixar os movimentos aprendidos. Capacidades físicas são ações musculares e processos motores que dizem respeito à formação corporal e a técnica de movimentos. São elas:
· Velocidade – É a capacidade de realizar ações vigorosas em um espaço curto de tempo. Onde geralmente é utilizada em atividades intervaladas.
· Resistência – É a capacidade de suportar e recuperar a fadiga, essa é a capacidade de conseguir manter o esforço físico por um maior espaço de tempo.
· Força – A Capacidade de vencer uma determinada resistência por meio de contração muscular. Onde por ela é que se pode levantar, saltar e deslocar.
· Flexibilidade – É a capacidade de realizar movimentos articulares na maior amplitude possível sem que existam lesões nessas articulações. A flexibilidade é específica para cada atividade.
· Agilidade – É a capacidade de mudar de direção rapidamente. Ela depende diretamente da força e da velocidade.
· Equilíbrio: É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado 
Capacidade Coordenativa
· Coordenação Motora (destreza)
É a capacidade física que permite realizar uma sequência de exercícios de forma coordenada
· Capacidade de diferenciação
Esta capacidade se refere à qualidade do movimento. Executa-se o movimento de forma perfeita, com economia de esforço, tal qual o programa arquivado na memória. Um grande domínio do movimento capacita o executante a variar algumas de suas etapas, fazendo uma distinção bastante refinada.
· Capacidade de acoplamento
O termo acoplar traz a ideia de unir e refere-se justamente a esta característica de unir movimentos parciais diferentes do corpo, tornando-os um movimento único, acoplados entre si, coordenados. Este termo refere-se, também, à sequência correta de execução.
· Capacidade de reação
Refere-se à velocidade com que um sinal é detectado, e ocorre uma resposta a este estímulo. Quanto mais rápida e melhor for a resposta a um sinal, melhor a capacidade de reação.
· Capacidade de orientação
É a capacidade de determinar o espaço disponível, e atuar neste espaço utilizar toda a sua possibilidade. É também saber se relacionar neste espaço justamente com companheiros, adversários e o objeto central: na maioria dos esportes coletivos, a bola.
· Capacidade de equilíbrio
Relaciona-se à capacidade de manter ou recuperar a estabilidade. Manter se for o caso de uma posição estática ou movimentos lentos, e recuperar, quando realizar movimentos rápidos em saltos. Nas duas situações, adquirir uma posição estável pode ser fundamental para a qualidade do movimento.
· Capacidade de câmbio (agilidade)
Esta capacidade pode ser observada quando há adaptação a novas situações, posições, direções. Tem como característica básica a variação, sem que se perca a continuidade do gesto.
· Capacidade de ritmo
Ocorre quando o indivíduo se adapta a um ritmo externo. Segue e executa os movimentos dentro deste ritmo. No entanto, é muito importante a realização do movimento seguindo um ritmo interno, interior, de acordo com seus interesses e suas motivações.
2.7 O Ensino do Judô Para Crianças
As crianças e adolescentes, em comparação com os adultos, ainda se encontram em fase de crescimento, onde surgem inúmeras alterações físicas, psicológicas e psicossociais, que provocam consequências para a atividade corporal ou esportiva. A oferta de estímulos e aprendizagens deve ser regulada pela fase.
Destacando, assim que o professor é a peça principal na formação de seu aluno. O professor deve ter em mente que é um educador, que deve formar pessoas de bem; no Judô, em casa, na escola, ou em qualquer lugar. Seu objetivo é que a criança saia de sua aula com uma formação eficaz, tornando-se assim um adulto saudável e íntegro.
A estrutura corporal na fase de maturação das crianças é determinantes responsáveis nas lesões com fraturas ósseas que tem acometidos jovens atletas A maturação, segundo Malina (2002), “refere-se ao tempo e controle temporal do progresso pelo estado biológico maduro”
Cada indivíduo tem uma diferença em relação à maturidade biológica. Cada um desenvolve no seu tempo, por fatores internos ou externos do meio no qual está inserido. 
2.8Aprendizagem do Judô
O judô é composto por dezenas de técnicas e todas elas são de alguma forma diferentes. A aprendizagem destas técnicas e a tentativa de as executar da melhor forma possível consequentemente vai aumentar a destreza da criança.
	IDADE
	MATURIDADE
	OBJETIVO PROPOSTO NO JUDÔ
	4 a 6 anos
	Crianças ainda em formação atendendo à realização de habilidades motoras simples com qualidade.
	Não se indica entrar em uma iniciação competitiva, mas em escolinhas e trabalhem as habilidades físicas sem haver preocupação com as técnicas do judô.
	7 a 10 anos
	Crianças com alta capacidade de aprendizagem; idade ideal
para iniciação competitiva e, para combinar habilidades motoras. Ideal para o máximo repertório motor.
	Esta fase de grande aprendizado é ideal para começos a aprender as principais técnicas básicas de projeção e imobilização. Ideal para fixar postos-chave no desequilíbrio e na movimentação na entrada de golpes.
2.9 Competição para crianças
No Brasil, há o hábito de supervalorizar as competições desportivas de alto rendimento para crianças em diversas modalidades de esportes, podemos observar o fenômeno da especialização precoce, especialmente no aspecto da competição infantil. Existem muitos lugares que envolvem crianças das mais baixas faixas etárias, cujo a relação dos participantes transcorre como se todos fossem adultos.
Segundo De Rose Jr & Korsakas (2006, p.252), a competição, no âmbito esportivo: Refere-se à disputa entre indivíduos ou grupos (equipes) que, a partir de princípios de iguais possibilidades, buscam objetivos bem definidos dentro de um evento esportivo, respeitando as regras da modalidade a ser disputadas.
Infelizmente, já se tornou comum assistirmos a eventos esportivos para crianças abaixo dos 13 anos de idade com status oficial. Na maioria das modalidades, as regras de arbitragem para competições que envolvem as crianças e pré-adolescentes são iguais às aplicadas nas competições de adultos.
Algumas instituições de administração esportiva, professores, técnicos e competidores dificilmente estão preocupados com os ideais filosóficos e educativos instituídos pelo shihan Jigoro Kano. Grande parte de professores e competidores não tem a devida preocupação e tempo para o aperfeiçoamento do caráter, da moral, do respeito e da disciplina de seus alunos, pois necessitam primordialmente estar preparados “fisicamente” para a competição e as desejadas medalhas.
A participação de crianças com idade imprópria para a competição de judô parece não afetar as instituições, professores e dirigentes das modalidades, ultimamente temos visto são competições entre crianças desde 4 anos com regras rígidas do judô.
É importante frisar a importância do árbitro, pois muitas vezes ele assume o papel de um agente pedagógico, em competições estimulando a criança a tentar novos golpes, a compreender a importância da criança que luta com ele e não apenas contra ele. É também o árbitro que por muitas vezes inibem os professores e pais mais exaltados, que nem sempre estão preparados para a mudança de perspectiva de um campeonato.
Alguns professores que não respeitam os limites da capacidade de processamento de informação dos alunos. Com isso, é essencial destacar que poucas crianças chegam a alcançar a vitória e o sucesso. Muitas delas não têm maturidade suficiente para assimilar ou administrar as vitórias ou derrotas, outras acabam abandonando o judô por não saber assimilar as derrotas. É preciso ensiná-las a ganhar e a perder, o que as levará a aprender e a lidar com o fracasso, com a vitória e com o sucesso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto O judô, deve ser usado como um meio para desenvolver a criança, tendo como objetivo final vencer a timidez e melhorar os relacionamentos. Outro cuidado que se deve ter com a prática, não só desta modalidade, mas de todas, é com a competição precoce, o objetivo maior nessa idade é incentivar e fazer com que a criança tome gosto pelas atividades físicas e principalmente pela modalidade. Esse esporte tem poder de socializar, além de abordar valores éticos e morais.
 A prática de qualquer modalidade esportiva deve ter como finalidade conservar a saúde, melhorar a disciplina e formar o hábito de recrear-se com coisas sadias. O Judô deve restringir-se a uma atividade bem orientada, recreativa-educacional, pois a resistência da estrutura óssea e dos músculos que quase nenhuma força possuem, é fraca e o desenvolvimento mental é lento e não muito regular. Desta forma como um meio para auxiliar o desenvolvimento das crianças, e sua prática deve refletir em casa, na escola e na vida social, possibilitando que seus praticantes tenham uma vida harmoniosa com seus semelhantes.
REFERÊNCIAS
PIAGET, JEAN. MUNARI, ALBERTO; Tradução e Organização: Daniele Saheb. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd18b/judo.htm acesso: 21/09/2020.
Disponível em: https://cbj.com.br/noticias/2924/pdf/ acesso: 22/09/2020.
Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000224987 acesso: 22/09/2020.
Disponível em: http://revistabudo.com.br/a-crianca-e-o-judo-competitivo/ acesso:25/09/2020
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C.; Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. Tradução de Maria Aparecida da Silva Pereira de Araújo. São Paulo : Phorte, 2001.
JEAN PIAGET / ALBERTO MUNARI; tradução e organização: Daniele Saheb. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010
MALINA, R. M.; BOUCHARD, C. Atividade física do atleta jovem: do crescimento àmaturação. São Paulo: Roca, 2002.
DE ROSES JR, D; KORSAKAS, P. Competição e Ensino do Desporto in: TANI,G., BENTO, J.O.; PETERSEN, R.D.S. Pedagogia do Desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p.251-261.
SANTANA, W. C. Futsal: apontamentos pedagógicos na iniciação e na especialização. Campinas: Autores Associados, 2004.
SANTOS, Saray Giovana dos. Judô: Buscando o caminho suave. Florianópolis: Duplic Gráfica e Editora, 2014. 
SHINARO, H. Dojo, the judo spirit. EUA : [s.n.], 2000
VERARDI, C. E. L.; DE MARCO, A. Iniciação esportiva: a influência de pais professores e técnicos. Arquivos em Movimento. Rio de Janeiro, 2008.

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