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Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas

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PROJETO DE 
INTERIORES 
RESIDENCIAIS 
Jaqueline Ramos
Arquitetura de interiores 
e o mobiliário residencial 
para áreas molhadas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar o mobiliário residencial de áreas molhadas.
 � Selecionar o mobiliário adequado conforme a função.
 � Indicar as metragens mínimas para esses ambientes.
Introdução
Neste capítulo, você vai aprender a identificar os mobiliários que devem 
ser utilizados nas áreas molhadas de uma residência, definindo as áreas e 
as dimensões mínimas de cada equipamento. Você também vai conhecer 
as funções e necessidades de cada uma dessas áreas, com sugestões de 
equipamentos e dimensões mínimas de circulação a serem respeitadas. 
Ao final do capítulo, você deve possuir os conhecimentos necessários 
para projetar um ambiente confortável e funcional.
Mobiliário residencial de áreas molhadas
O projeto executivo de interiores residenciais é composto por plantas baixas, 
cortes, vistas, detalhamentos, ampliações e 3D. Algumas áreas necessitam de 
detalhamento e ampliações específicas, como é o caso das áreas molhadas. As 
áreas molhadas são cozinha, banheiros, lavabos, áreas de serviço e saunas, ou 
seja, todos os locais onde há manuseio de água e/ou umidade causada por vapores.
As áreas molhadas demandam detalhamentos específicos que devem ser 
apresentados em uma escala maior do que a do restante do projeto executivo. 
Por exemplo, se o projeto executivo for realizado na escala 1:100 ou 1:50, os 
detalhes do projeto de áreas molhadas devem ser executados na escala 1:25, 1:20 
ou 1:10 (SBARRA, 2017). Esse detalhamento deve compreender: planta geral 
compatibilizada, com indicações e especificações; planta de piso; planta de 
forro; elevações e/ou seções verticais; e detalhes ampliados (VALLADARES; 
MATOSO, 2002). Detalhes de bancadas, soleiras, portas e forros devem ser 
realizados em escala 1:10 ou 1:5 (SBARRA, 2017).
A planta geral compatibilizada deve apresentar o detalhamento das alvena-
rias internas, divisórias, tubulações, louças, metais e equipamentos elétricos 
(chuveiros, aquecedores, etc.). Todos esses elementos devem ser cotados em 
seus eixos junto à parede a que estão afixados.
A NBR 15.575 apresenta as dimensões mínimas e as atividades essenciais 
em cada ambiente. Ela ainda sugere equipamentos que cada um desses am-
bientes deve apresentar. No Quadro 1, a seguir, você pode ver os equipamentos 
que essa norma define como necessários para áreas molhadas.
Fonte: Adaptado de ABNT (2013).
Ambiente Equipamentos
Cozinha Fogão
Geladeira
Pia de cozinha
Armário sobre a pia
Gabinete
Apoio para refeições
Banheiro Lavatório
Box com chuveiro
Vaso sanitário
Bidê
Lavabo Lavatório
Vaso sanitário
Área de serviço Tanque
Máquina de lavar
Quadro 1. Equipamentos constituintes das áreas molhadas
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas2
A NBR 15.575 indica os equipamentos padrão, porém isso não impede 
que sejam adicionados os equipamentos e mobiliários solicitados pelo cliente. 
Além disso, você pode adicionar os elementos que considerar necessários para 
contemplar as expectativas do cliente.
Cozinha
A cozinha representa o estilo de vida da família que ali residirá. Suas dimensões 
são determinadas pela importância que esse ambiente tem para os usuários 
(PEREIRA, 2017). Nesse espaço, é realizado o preparo dos alimentos, bem 
como a limpeza, a cocção, o estoque e, muitas vezes, as refeições propriamente 
ditas (AZEVEDO, 2017).
A NBR 15.575 sugere a utilização de alguns equipamentos, que classifica 
como equipamentos padrão. São eles: geladeira, pia, fogão, apoio para refeições 
e armários superior e inferior. Essa normativa indica as dimensões mínimas 
para a geladeira, a pia e o fogão. A geladeira deve ter 70 x 70 cm; a pia, 50 x 
120 cm; e o fogão, 55 x 60 cm. A norma não indica dimensões para o apoio 
para refeições e para os armários. Além de determinações em planta, há 
dimensões que devem ser respeitadas para que haja ergonomia no ambiente 
que será projetado. 
Você deve notar que as dimensões dos equipamentos variam conforme o fabricante. 
Para a representação correta dos espaços, o projetista deve solicitar ao cliente a listagem 
dos equipamentos existentes ou que serão adquiridos. Ele também pode indicar os 
modelos, se for do agrado do cliente.
Para a distribuição dos móveis e equipamentos na cozinha, você deve levar 
em consideração a regra do triângulo. Ou seja, deve criar um triângulo ima-
ginário e, em cada uma das pontas do triângulo, colocar a geladeira, o fogão 
e a pia. Esse planejamento facilita a mobilidade no ambiente (RADOMILLE, 
2015). Entretanto, você deve levar em consideração a distribuição dos pontos 
elétricos e hidráulicos, para que não sejam realizadas obras desnecessárias e 
muitas vezes indesejadas.
3Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
Radomille (2015) indica que a cozinha pode ser organizada em forma 
de U, em forma de L, linear com ilha ou paralela. Considere as definições 
listadas a seguir.
 � Em forma de U: a geladeira, o fogão e a pia podem ser distribuídos cada 
um em uma parede, garantindo total mobilidade no espaço.
 � Em forma de L: coloca-se o fogão e a geladeira em um dos lados e no 
outro a pia, garantindo que fique próxima ao fogão.
 � Linear com ilha: na ilha, pode-se colocar o fogão, devido à facilidade 
de instalação. Em frente, a pia e a geladeira. Caso seja previsto, a pia 
e o fogão podem trocar de posição.
 � Paralela: a pia e o fogão podem ser posicionados em uma parede e, na 
face oposta do ambiente, pode ser colocada a geladeira.
A Figura 1 ilustra a distribuição da área de cocção (área quente), da área 
fria (pia) e da área de armazenamento (geladeira), organizadas seguindo a 
regra do triângulo. Os equipamentos devem ser distribuídos de forma que a 
distância total entre eles não ultrapasse 6 m (RADOMILLE, 2015).
Figura 1. Distribuição dos equipamentos e utilização da regra do triângulo.
Apesar de a regra do triângulo garantir a perfeita mobilidade no am-
biente, nem sempre há espaço suficiente para distribuir os equipamentos 
conforme essa configuração. O projetista deve analisar e avaliar as opções 
para propor o layout mais adequado para atender às necessidades e expec-
tativas do cliente.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas4
Na Figura 2, você pode observar um exemplo de layout de cozinha dis-
tribuído de forma linear com ilha central, respeitando a regra dos triângulos.
Figura 2. Exemplo de layout de cozinha.
Fonte: karamysh/Shutterstock.com.
É essencial instalar uma caixa de gordura na cozinha. Ela deve se localizar entre o cano 
da pia da cozinha e a rede coletora de esgoto ou fossa. A ideia é garantir que a gordura 
gerada na limpeza dos utensílios não vá para a rede de esgoto. Essa caixa deve ser 
facilmente acessível para que a cada três meses seja realizada a sua manutenção, ou 
seja, a retirada da gordura.
5Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
Banheiro
A NBR 15.575 sugere a utilização de um lavatório, um vaso sanitário, um 
bidê e um box com chuveiro no banheiro, indicando dimensões mínimas para 
o box com chuveiro e para o lavatório. O box com chuveiro pode ter 80 x 80 
cm, sendo quadrado, ou 70 x 90 cm se for retangular. O lavatório deve ter no 
mínimo 39 cm de largura por 29 cm de profundidade. Lavatórios com bancada 
devem apresentar no mínimo 80 cm de largura e 55 cm de profundidade. As 
dimensões mínimas para o vaso sanitário e para o bidê não são apresentadas 
pela normativa.
Para a graficação desses equipamentos, devem ser confirmadas com os 
fornecedores as suas dimensões. A NBR 15.575 apresenta sugestões de quan-
titativos mínimos para cada equipamento. Porém, conforme as necessidades 
e expectativas do cliente, podem ser inseridos ou suprimidos determinados 
equipamentos. Banheiros em suítes de casais,em projeto de padrão alto, por 
exemplo, podem contar com duas cubas e até mesmo dois chuveiros, para 
garantir a autonomia dos usuários no ambiente.
Para a realização de um projeto de banheiro adequado, o projetista deve 
estar atento à escolha e ao posicionamento dos elementos constituintes do 
espaço. A cuba, por exemplo, pode ser embutida, sobreposta, apoiada ou 
semiencaixada. Para o vaso, há opções com caixa acoplada ou com válvula. 
Ainda é necessário considerar os metais — compostos por torneiras, mistu-
radores e registro — e demais equipamentos, como chuveiro, banheira, box, 
ducha higiênica, espelhos, ralos e móveis (AZEVEDO, 2017).
O ambiente deve ser projetado para garantir o conforto dos usuários, aten-
dendo estética e funcionalmente aos que ali residem. Kenchian (2011) salienta 
que o lavatório merece local de destaque no layout do banheiro, já que é 
considerado o elemento principal do ambiente. Afinal, é o equipamento mais 
utilizado, o que determina que seja bastante acessível.
Na Figura 3, você pode observar um exemplo de layout para banheiro, 
com a distribuição dos equipamentos necessários indicados por norma. Cabe 
ressaltar que atualmente o bidê tem sido substituído pela ducha higiênica, que 
necessita de menos espaço e pode ser utilizada no vaso sanitário. Isso evita a 
instalação de mais um ponto de descarte de água residual.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas6
Figura 3. Exemplo de layout para banheiro.
Fonte: Beyond Time/Shutterstock.com.
Lavabo
A NBR 15.575 sugere a utilização de um lavatório e um vaso sanitário no lavabo. 
Assim como no banheiro, o lavatório deve ter no mínimo 39 cm de largura 
por 29 cm de profundidade. Os lavatórios com bancada devem apresentar no 
mínimo 80 cm de largura e 55 cm de profundidade. As dimensões mínimas 
para o vaso sanitário não são apresentadas pela normativa. Entretanto, deve-se 
sempre consultar os fornecedores para realizar a graficação com as medidas 
reais dos equipamentos.
Área de serviço
A área de serviço ou lavanderia é o local em que são realizadas as atividades 
específicas para tratamento das roupas. O layout e os equipamentos devem 
estar dispostos de forma a garantir o tratamento adequado das peças do ves-
tuário dos moradores (KENCHIAN, 2011). O tratamento das roupas inclui os 
processos de lavar, secar e passar. Entretanto, esse ambiente é também muito 
utilizado como despensa ou depósito.
7Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
A NBR 15.575 apresenta o tanque e a máquina de lavar como equipamentos 
padrão na execução do processo de higienização do vestuário. Porém, a área 
de serviço pode contar ainda com tábua de passar e máquina de secar, que 
são complementares no processo de higienização. A normativa apresenta 
as dimensões mínimas de 52 cm de largura e 53 cm de profundidade para 
o tanque e de 60 cm de largura e 65 cm de profundidade para a máquina de 
lavar. Contudo, você deve notar que as dimensões desses equipamentos devem 
ser consultadas com os fornecedores, conforme os equipamentos escolhidos 
pelo cliente. 
Na Figura 4, você pode ver um exemplo de layout de lavanderia. Perceba 
a determinação de espaços para a instalação do tanque e da máquina de lavar. 
Nesse caso, há também uma máquina de secar. Além da colocação de uma 
tábua de passar, recomenda-se prever um local para manter as roupas depois 
de passadas. Elas podem ficar dobradas ou em cabides.
Figura 4. Exemplo de layout para lavanderia.
Fonte: Beyond Time/Shutterstock.com.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas8
As áreas molhadas devem ser revestidas com material resistente à água e à gordura. 
Elas devem ser de fácil limpeza, ter impermeabilidade e resistência ao atrito constante. 
Para evitar acidentes, ao serem molhados, os pisos não podem ser escorregadios.
Seleção de mobiliário
Os ambientes são definidos pelos equipamentos e mobiliários inseridos em 
seu layout. A sua disposição é determinada pelas atividades desenvolvidas nos 
locais. Você deve visar sempre à funcionalidade e ao conforto do ambiente.
As principais atividades desenvolvidas na cozinha são guardar, conservar, 
lavar, preparar, cozinhar, fritar e assar alimentos, assim como lavar, secar e 
guardar louças e utensílios. Esse espaço também pode servir para consultar e 
elaborar receitas, eliminar e reciclar o lixo (KENCHIAN, 2011). Para muitas 
famílias, a cozinha é um local de encontro, onde os membros se reúnem para 
preparar e desfrutar das refeições junto a amigos e familiares. Por ser um local 
tão significativo para os brasileiros, deve ser planejado com carinho e dedica-
ção. A ideia é garantir que todas as expectativas do cliente sejam alcançadas.
Para Azevedo (2017), o banheiro é o local mais importante de uma residên-
cia. Ele deve ser esteticamente agradável, funcional e confortável. Também 
é necessário projetá-lo de forma que a sua organização otimize os fluxos, 
principalmente em residências com famílias que possuem rotinas de trabalho 
e estudo em horários próximos.
Kenchian (2011) apresenta os processos de lavar as mãos e o rosto, escovar 
os dentes, tomar banho, relaxar na banheira, dar banho nas crianças, fazer as 
excreções, cuidar dos cabelos e remover os pelos corporais como as principais 
atividades desenvolvidas no banheiro. Ele ainda afirma que os atos de maquiar-
-se, cuidar da aparência, realizar curativos e verificar o peso são atividades 
realizadas nesse mesmo ambiente.
Já para a área de serviço, o autor determina como atividades principais o ato 
de lavar instalações sanitárias; recolher, separar, reciclar e eliminar resíduos; 
lavar, secar, limpar, guardar, passar e dobrar roupas; e limpar e engraxar 
sapatos. Ele afirma também que o ato de costurar roupas pode ocorrer na área 
de serviço (KENCHIAN, 2011).
9Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
No Quadro 2, você pode ver os mobiliários e equipamentos essenciais a 
cada um dos ambientes. Esses elementos devem ser especificados em projeto. 
O Quadro 2 também mostra os mobiliários e equipamentos opcionais, que 
podem ou não estar no layout desenvolvido. Isso depende das intenções do 
projetista e/ou das necessidades e expectativas do cliente. Assim, esses mobi-
liários e equipamentos são apresentados conforme as atividades desenvolvidas 
em cada ambiente.
Fonte: Adaptado de Kenchian (2011).
Ambiente
Mobiliário/equipamentos 
essenciais
Mobiliário/equipamentos 
opcionais
Cozinha Armário com prateleira 
e gaveteiro
Pia com gabinete
Geladeira
Utensílios de cozinha
Fogão e forno
Escorredor de louças
Lixeira
Frigobar/freezer
Forno micro-ondas
Forno elétrico
Máquina de lavar louças
Mesa com cadeiras 
ou banquetas
Churrasqueira com coifa
Bancada
Banheiro Lavatório
Espelho
Box com chuveiro
Vaso sanitário
Gabinete
Banheira
Ofurô
Bidê
Bacia turca
Mictório
Balança portátil
Penteadeira com 
espelho e banqueta
Área de 
serviço
Bancada
Cesto de roupas
Tanque
Máquina de lavar roupas
Varal suspenso ou de piso
Máquina de secar roupas
Tábua e ferro de 
passar roupas
Material de limpeza
Rodo
Vassoura
Quadro 2. Mobiliários e equipamentos para áreas molhadas
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas10
Metragens mínimas para áreas molhadas
Além de apresentar os equipamentos padrão que devem ser inseridos em cada 
ambiente, a NBR 15.575 também apresenta as dimensões mínimas para cada 
um desses equipamentos. Essas dimensões, somadas às dimensões mínimas 
de circulação, são as responsáveis pela definição das áreas mínimas de cada 
ambiente.
No Quadro 3, você pode ver as dimensões mínimas dos equipamentos e 
das circulações necessárias para as áreas molhadas, conforme a NBR 15.575.
Apesar de a NBR 15.575 apresentar as dimensões mínimas que devem 
ser utilizadas, essas dimensões não atendem às exigências da NBR 9.050, de 
2015, que define normas de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços 
e equipamentosurbanos. Consequentemente, pessoas com necessidades 
especiais (PNE) não conseguem se locomover em ambientes executados 
com as dimensões mínimas apresentadas pela NBR 15.575. Sugere-se, então, 
trabalhar com ambas as normas para realizar as definições dos espaços. 
Entretanto, você sempre deve levar em consideração as solicitações apre-
sentadas pelo cliente.
A NBR 15.575 e a NBR 9.050 devem ser respeitadas tanto em projetos 
para edificações já existentes como em projetos para edificações a construir. 
Porém, quando você realizar o estudo de viabilidade para novas construções, 
deve consultar também o Código de Obras e Edificações da cidade onde será 
implantado o projeto. Essa normativa apresenta as áreas mínimas para cada 
ambiente, assim como as determinações para a execução da obra.
Para edificações novas, a NBR 9.050 apresenta as dimensões mínimas 
para um sanitário acessível, como você pode ver na Figura 5.
11Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
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Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas12
Figura 5. Medidas mínimas de um sanitário acessível — vista superior.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Ao observar a Figura 5, você pode concluir que é necessária a inserção 
de um círculo de 1,50 m de diâmetro dentro do sanitário para determinar as 
suas dimensões mínimas. Esse é o diâmetro necessário para o giro da cadeira 
de rodas.
Entretanto, nem sempre é possível determinar as dimensões dos ambientes 
onde os móveis serão inseridos. Isso acontece pois há uma vasta gama de 
edificações existentes que necessitam de reformas. Nesse caso, a NBR 9.050 
determina as dimensões apresentadas na Figura 6 como as mais adequadas.
13Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
Figura 6. Medidas mínimas de um sanitário acessível em caso de reforma — vista superior.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Para cozinhas e áreas de serviço atenderem à NBR 9.050, devem ser re-
alizadas circulações com no mínimo 0,90 m, prevendo sempre um local ou 
área para realizar o giro da cadeira de rodas, que exige 1,50 m. Apesar de o 
ideal ser a realização de circulações com 1,50 m, edificações existentes nem 
sempre possibilitam essa alternativa, assim como todos os ambientes de uma 
edificação.
Ching (2012) indica que há dois tipos de dimensões relacionadas ao corpo 
humano: as dimensões estruturais e as dimensões funcionais. As dimensões 
estruturais são as dimensões do corpo em si, já as dimensões funcionais 
variam conforme as atividades e movimentos dos usuários, como o ato de 
sentar e esticar os braços para pegar algo nos armários (CHING, 2012). Essas 
dimensões encontram-se ilustradas na Figura 7.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas14
Figura 7. Dimensões estruturais e funcionais do corpo humano.
Fonte: Ching (2013, p. 49).
Apesar de indicar as dimensões funcionais do corpo humano, Ching (2012) 
afirma que, ao projetar um ambiente, vários fatores devem ser considerados. 
Entre eles, faixa etária, grupo étnico e público-alvo. As normas apresentam 
dimensões formuladas por meio de medidas típicas ou médias da população. 
Na Figura 8, você pode ver dimensões que são referência no desenvolvimento 
de projetos.
Na Figura 9, você pode ver um exemplo de distribuição ergonômica para 
armários de cozinha. Essas dimensões podem ser utilizadas também em áreas 
de serviço, banheiros, escritórios, dormitórios e quaisquer ambientes que 
contem com bancadas e armários aéreos. Como você pode observar, a bancada 
deve apresentar no mínimo 0,60 m de profundidade e altura entre 0,85 e 1,05 
m, enquanto o armário aéreo pode ter 0,30 m de profundidade, sendo fixado 
a 1,35 cm do chão para garantir a segurança dos usuários.
A Figura 10 apresenta as dimensões mínimas e ideais para a circulação 
em uma cozinha. Levando em consideração que a área de passagem mínima 
para uma única pessoa é de 0,60 m e para duas é 1,20 m, sempre que possível 
você deve optar por circulações de 1,20 m para garantir o conforto durante a 
execução das tarefas no ambiente.
15Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
Figura 8. Dimensões funcionais (em milímetros).
Fonte: Ching (2013, p. 50).
Figura 9. Dimensões ergonômicas para a definição de balcões e armários aéreos.
Fonte: Buxton (2017, p. 2).
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas16
Figura 10. Dimensões mínimas para o layout de uma cozinha.
A Figura 11 apresenta a vista de um banheiro. Observe a determinação da 
altura da bancada da pia ou da face superior da cuba, que deve possuir 0,90 m 
para atender aos usuários de forma confortável. Por sua vez, o espelho deve 
ser colocado no mínimo a 1,25 m do nível do chão.
17Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
 Figura 11. Altura para instalação de bancada e espelho em banheiro.
Ergonomia é a ciência que estuda a relação e a interatividade entre o homem e o seu 
ambiente. Por meio dela, é possível otimizar o desempenho das atividades realizadas, 
proporcionando conforto e melhor qualidade de vida.
Você projeta para atender às necessidades do ser humano, não é? Por isso, 
deve criar ambientes confortáveis e de fácil utilização, sempre atendendo às 
normas vigentes e às expectativas do usuário. As áreas molhadas são ambientes 
de grande importância em uma residência, pois são utilizadas para ativida-
des de higiene e alimentação, fatores fundamentais para a sobrevivência e a 
convivência em sociedade.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas18
1. Em uma residência, quais são 
os ambientes que compõem 
a área molhada?
a) Cozinha, dormitório 
e sala de estar.
b) Sala de jantar, sala de 
estar e lavabo.
c) Garagem, cozinha e dormitório.
d) Área de serviço, sala de 
jantar e banheiro.
e) Cozinha, área de 
serviço e banheiro.
2. O detalhamento das áreas 
molhadas é composto por: planta 
geral compatibilizada, planta de 
piso, planta de forro, elevações 
e seções verticais, que devem 
ser apresentados na escala 1:25 
ou 1:20. Os detalhes específicos, 
como os detalhes de bancadas, 
soleiras, portas e forros, devem ser 
apresentados em quais escalas?
a) 1:10 ou 1:5.
b) 1:20 ou 1:25.c) 1:100 ou 1:125.
d) 1:1.000 ou 1:500.
e) 1:100 ou 1:200.
3. A NBR 15.575 apresenta as 
dimensões e os equipamentos 
mínimos para cada ambiente. Nesse 
contexto, quais são os equipamentos 
mínimos que devem ser utilizados na 
execução do layout de um lavabo?
a) Chuveiro e fogão.
b) Mesa e pia.
c) Lavatório e vaso sanitário.
d) Vaso sanitário e roupeiro.
e) Geladeira e pia.
4. Sempre que as dimensões 
do ambiente destinado 
para a execução da cozinha 
permitirem, deve ser utilizada 
a regra do triângulo para a 
distribuição dos equipamentos 
no ambiente. Qual é o principal 
objetivo dessa regra? 
a) Determinar a localização 
dos móveis no ambiente.
b) Garantir a perfeita 
mobilidade no ambiente.
c) Tornar o ambiente mais 
descontraído.
d) Determinar a localização da 
geladeira no ambiente.
e) Apresentar o formato 
construtivo da planta baixa.
5. Por questões ergonômicas, há 
dimensões mínimas a serem 
utilizadas na fabricação dos 
equipamentos e mobiliários. 
Partindo dessa premissa, qual é a 
profundidade mínima a ser adotada 
para uma bancada de banheiro?
a) 1,20 m.
b) 0,20 m.
c) 0,40 m.
d) 0,60 m.
e) 0,80 m.
19Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050. Acessibilidade a edificações, 
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575. Edificações habitacionais 
– Desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
AZEVEDO, M. Projetando ambientes: áreas molhadas. 29 jul. 2017. Disponível em: <ht-
tps://pt.slideshare.net/maryazs/projetando-ambientes-reas-molhadas>. Acesso em: 
28 out. 2018.
BUXTON, P. Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 5. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2017.
CHING, F. D. K. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
CHING, F. D. K. Desenho para arquitetos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
KENCHIAN, A. Qualidade funcional no programa e projeto da habitação. 2011. 541 f. Tese 
(Doutorado em Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade 
de São Paulo, São Paulo, 2011.
PEREIRA, A. C. G. S. Concepção espacial: metodologia de composição aplicada em 
espaços residenciais. Revista Especialize On-line IPOG, Goiânia, ano 8, ed. 14, v. 1, dez. 2017.
RADOMILLE, P. Planejamento da cozinha: por que a regra do triângulo é importante? 
Radô Arquitetura e Design, 8 abr. 2015. Disponível em: <http://www.radoarquitetura.
com.br/blog/planejamento-da-cozinha-por-que-a-regra-do-triangulo-e-importante/>. 
Acesso em: 28 out. 2018.
SBARRA, M. Detalhamento de área molhada. Marcelo Sbarra: arquitetura & ensino, 2 nov. 
2017. Disponível em: <https://marcelosbarra.com/2017/10/31/detalhamento-de-area-
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VALLADARES, P.; MATOSO, D. Projeto de interiores: apostila de projeto executivo e 
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apostila_exec_det.pdf>. Acesso em: 28 out. 2018.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531. Elaboração de projetos 
de edificações – Atividades técnicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
MATERIALS. Guia Arauco: como projetar e construir uma cozinha corretamente? ArchDaily, 
29 jul. 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/789635/guia-arauco-como-
-projetar-e-construir-uma-cozinha-corretamente>. Acesso em: 28 out. 2018.
NEUFERT, E. A arte de projetar em arquitetura. 18. ed. São Paulo: GG, 2013.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas20
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