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1 Fernanda E. Bocutti T6 Anatomia O sistema respiratório é dividido em: superior e inferior. Zona de transporte; Zona respiratória (alvéolos); Sistema acessório (músculos). Funções básicas do sistema respiratório Trocas de gases entre a atmosfera e o sangue; Regulação homeostática do pH sanguíneo; Proteção contra patógenos e substancias irritantes inalados; Vocalização; Controle da temperatura corpórea. Ventilação alveolar Estruturas incluídas: Alvéolos; Sacos alveolares; Ductos; Bronquíolos terminais; Brônquios respiratórios. Funcionam mantendo: Velocidade contínua do ar nas áreas de trocas gasosas; Renovação continua do ar nas áreas de trocas gasosas; Localização próxima a circulação sanguínea pulmonar. Fisiologia respiratória – troca gasosa 2 Fernanda E. Bocutti T6 Zona respiratória – unidade alveolar Os alvéolos constituem a maior parte do tecido pulmonar e são formados por uma única camada epitelial; ausência de musculatura lisa envolvendo os mesmos. Células alveolar tipo I – responsável pela troca gasosa. Células alveolar tipo II (células surfactantes) – produz camada fina de liquido que impede que o alvéolo se colabe durante os movimentos respiratórios. Macrófagos – proteção contra agentes nocivos inspirados. Ar inspirado – mistura de gases Lei de Dalton: pressão total de uma mistura gasosa igual ao somatório das pressões parciais dos gases que compõem a mistura. Pressão dos gases dissolvidos em água ou tecidos Lei de Henry: A solubilidade de um gás em um líquido a determinada temperatura é diretamente proporcional à pressão parcial que o gás exerce sobre o líquido. Pressão parcial = concentração de gás dissolvido / coeficiente de solubilidade Observação: Solubilidade do CO2 é 20 vezes maior que O2. A PCO2 por ter maior coeficiente de solubilidade em água, será facilmente dissolvida sem gerar excesso de pressão parcial dentro da solução; Moléculas com menor solubilidade tem sua pressão parcial elevada com menor quantidade de moléculas dissolvidas. Difusão dos gases peplos tecidos Lei de Fick: a velocidade da difusão é inversamente proporcional a espessura do tecido. Observação: Torna a difusão do CO2 mais fácil que a de O2 (pois o CO2 tem uma maior solubilidade). Diferença de Pressão/ Gradiente de pressão: Condições que alteram as trocas gasosas Relação entre a ventilação pulmonar (VA) e a perfusão (Q) na concentração de gás alveolar. Observação: perfusão - capacidade do capilar em coletar o O2. Diminuição da ventilação alveolar: 3 Fernanda E. Bocutti T6 Doenças que diminuem a complacência pulmonar (doença fibrótica – espessamento da membrana alveolar reduz a velocidade da difusão dos gases); Doenças que aumentam a resistência das vias aéreas, pois desigualam a ventilação – perfusão (asma). Diminuição da difusão: Aumento da distância alvéolo-capilar (edema pulmonar); Diminuição da área de superfícies (enfisema – destruição dos alvéolos); Menor pressão parcial de O2 (altitudes elevadas). Transporte de gases pelo sangue - oxigênio Dissolvido no plasma (2% - pois sua solubilidade é baixa); Associado a hemoglobina (98%). Observação: conclui-se que não é possível satisfazer a necessidade de O2 apenas com a porção de O2 carreada pelo plasma. Nem mesmo em total repouso. Transporte de O2 pela Hemoglobina (Hb): Principal molécula transportadora de O2; Constituída por 4 cadeias polipeptídeas (2 alfas e 2 betas), tendo assim 4 grupos heme, com cada grupo possuindo 1 ferro (cada ferro se liga à um O2). 1 hemoglobina carreia do pulmão para o corpo 4 moléculas de O2. Observação: Em diferentes PO2 a Hb altera sua afinidade com O2. Isso possibilita uma reserva de O2 que pode ser utilizada em situações de aumento da demanda metabólica (luta ou fuga). Saturação de O2 da Hemoglobina: É a porcentagem de ligação de O2 com locais disponíveis na Hb. Expressa o nível de oxigênio independente da taxa de Hb. Sat O2 = (O2 combinado com a Hb x 100) / capacidade de O2 Fatores que modificam a afinidade da Hb ao O2: Pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2); Concentração de hidrogênio (H+ - pH); Temperatura; Nível de 2,3 – bifosfoglicerado (2,3-BPG). Pressão: Observação: o desvio da curva para direita reflete maior oferta de O2 para os tecidos (menor afinidade do O2 pela Hb), já o desvio para esquerda aumenta o carregamento (afinidade) do O2 pela Hb. 4 Fernanda E. Bocutti T6 Concentração de hidrogênio – Efeito Bohr: Aumento nas concentrações de H+ interage com grupos amino terminais presentes nas subunidades alfa1 e beta1 das moléculas de Hb reduzindo a afinidade de O2. Assim há a diminuição da afinidade do O2 pela Hb (Hb em estado de baixa afinidade (T) leva déficit de O2). A interação do H+ estabiliza o estado T (baixa afinidade da Hb ao O2) da desoxiemoglobina, reduzindo a afinidade pelo O2 e aumentando a dissociação e consequentemente a difusão deste gás para os tecidos. CO2 interage com o grupo amina, formando carbaminoemoglobina. Isso leva menor afinidade do O2 pela Hb. Temperatura: Aumento da atividade e demanda metabólica; Processos metabólicos celulares (aumento de produção e consumo de ATP); Nesse cenário, a utilização de O2 pelas células é controlado basicamente pelo consumo celular (velocidade de formação de ADP). 2,3-Bifosfoglicerato (2,3-BPG): Os grupamentos fosfatos carregados negativamente possibilitam a interação com aa positivamente carregados presentes nas subunidades beta1/beta2 da molécula de Hb, estabilizando, assim, ao estado de baixo afinidade (T) – Hb desoxiemoglobina. Monóxido de carbono (co) O monóxido de carbono (CO) apresenta maior afinidade a Hb (200- 300x) comparada ao O2. Se liga no mesmo sítio de ligação do O2 na Hb; Formação de carboxiemoglobina; A interação do CO-Hb altera a afinidade da Hb ao O2 (diminuindo, assim, a taxa de O2 ligado na HB). Observação: o CO é um gás incolor, inodoro e insípido. Em indivíduos saudáveis o CO ocupa de 1% a 2% dos sítios de ligação da Hb, já em indivíduos tabagistas ou que vivem em áreas de trafego intento, o CO ocupa 10%. Transporte de gases pelo sangue – dióxido de carbono Dissolvido no plasma – 7%; Em forma de bicarbonado (HCO3-) – 70%; Carbaminoemoglobina (HbCO2) e compostos carbamínicos – 23%; Ocorre de maneira bidirecional e obedece a Lei de Ação de Massas; Para que esta reação continue no sentido da formação do bicarbonato, ambos os produtos (H+ e bicarbonato) precisam ser removidos da célula. O H+ se liga a Hb formando Hb-H+ e o HC3- é trocado pelo cloreto. Transporte de CO2 – Efeito Haldane Reciprocamente ao efeito Bohr (maior PCO2 leva a maior liberação de O2), quanto maior a dessaturação de O2 do sangue arterial maior a captação de CO2 dos capilares sistêmicos. Observação: remoção de CO2 dos tecidos metabolicamente ativos para sua posterior eliminação pelos alvéolos. 5 Fernanda E. Bocutti T6 Efeito Haldane: duplica a quantidade CO2 liberado do sangue nos pulmões e a captação de CO2 nos tecidos. Conteúdos totais de o2 e co2 do sangue Tanto o sangue artéria, quanto o venoso possuem quantidade maiores de CO2. Portanto, o sangue arterial não é mais rico em O2 e pobre em CO2, o correto seria dizer que o sangue arterial é mais rico em O2 em relação ao sangue venoso. Resumo de troca e transporte dos gases
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