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Resumo de Semiologia - Exame Físico de Cabeça e Pescoço

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EXAME FÍSICO 
Paciente sentado, com as mãos repousando sobre as 
coxas, pés apoiados e área de exame exposta. 
o Inspeção; 
o Palpação; 
o Ausculta. 
 
CABEÇA 
Posição vertical na linha média do tronco – ereta e 
imóvel. Atentar para: Movimentos anormais, 
tremores, manutenção da inclinação da cabeça etc. 
 
ECTOSCOPIA 
o Tamanho; 
o Formato; 
o Contorno; 
o Simetria. 
 
 
 
 
COURO CABELUDO 
Observar a linha de implantação, presença de lesões, 
protuberâncias, cicatrizes, crostas, lêndeas, 
descamações, perda anormal de cabelo (alopecia) etc. 
 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 
Crânio: De frente para trás – normocefálico, simétrico 
e liso, com ossos indistinguíveis. 
Protrusões normais: Frontal, parietal e occipital. 
Observar: 
o Presença de massas; 
o Deformidades; 
o Depressões; 
o Edema; 
o Sensibilidade. 
Palpar: Artérias temporais – atentar para dor, 
espessamento e endurecimento. 
Avaliar: Articulação temporomandibular (ATM) e o 
cabelo (textura, cor e distribuição). 
 
 
 
 
 
 
Alopécia androgênica: Causa mais comum de perda 
capilar – geneticamente determinada. 
 
 
 
Areata: Doença inflamatória que promove a queda de 
cabelos – pode ser causada por estresse grave. 
 
 
 
Alopécia de tração: Perda de cabelo por consequência 
de uma tensão prolongada ou repetitiva no cabelo. 
 
 
 
Protuberâncias e abaulamentos: 
 
 
Cabeça e pescoço Gabrieli Flesch ATM 25/2 
MACROCEFALIA MICROCEFALIA 
FACE 
Aspecto geral: Observar anormalidade – edema, falta 
de expressão, palidez, hirsutismo, lesões de pele, 
acnes, variações de pigmentação etc. 
o Fácies; 
o Formato e simetria das pálpebras; 
o Sobrancelhas; 
o Sulcos nasolabiais e boca; 
o Coloração da pele; 
o Textura; 
o Distribuição de pelos faciais. 
 
Melasma: Condição que se caracteriza pelo 
surgimento de manchas escuras na pele – relacionada 
ao uso de anticoncepcionais femininos, gravidez e 
exposição solar. 
 
 
 
Telangiectasias: Pequenos vasos sanguíneos dilatados 
na pele ou nas mucosas – pode ser causado por 
rosácea, envelhecimento, genética, gravidez, 
exposição ao sol e varizes. 
 
 
 
Ptose: Queda da pálpebra superior de um ou ambos 
os olhos – consequência de dano no III NC ou fraqueza 
do músculo levantador da pálpebra. 
 
 
Dermatocalaze: Excesso de pele, acompanhado de 
bolsa de tecido gorduroso nas pálpebras superiores e 
inferiores – relacionada ao processo de 
envelhecimento. 
 
 
 
Madarose: Doença que ocasiona a queda dos pelos 
dos cílios e das sobrancelhas – causada por blefarites, 
dermatites atópica e seborreica, tumores, hipo e 
hipertireoidismo, lúpus, herpes zoster etc. 
 
 
 
Hirsutismo: Crescimento anormal de pelos – devido 
causas hormonais. 
 
 
 
Lipodistrofia: Disposição anormal da gordura corporal 
– consequência do HIV, alterações metabólicas 
(diabetes e osteoporose) etc. 
 
 
INSPEÇÃO 
Movimentos faciais: Analisar em repouso, em 
movimento e com expressão – VII NC (facial). Atentar 
para movimentos involuntários dos músculos faciais 
(contrações musculares espasmódicas), tiques e 
maneirismos. 
o Pedir para paciente enrugar a teste, sorrir, 
encher de ar, fechar os olhos etc. 
 
 
 
OLHOS 
Atentar oscilações rítmicas dos olhos (nistagmo) ou 
desvios oculares – posição e alinhamento. Perguntar 
sobre perda da acuidade visual: 
o Presbiopia (“vista cansada”); 
o Hipermetropia (imagem desfocada – perto); 
o Miopia (imagem desfocada - longe); 
o Astigmatismo (imagens embaçadas); 
o Perda de visão – escotomas, corpos flutuantes 
etc. 
 
 
 
Enoftalmia: Afundamento do globo ocular para 
dentro da cavidade ocular – consequência de doenças 
inflamatórias, desidratação grave, atrofia dos 
músculos perioculares etc. 
 
 
Exoftalmia: Projeção do globo ocular para fora da 
cavidade – causada por doenças autoimunes ou 
hipertireoidismo (doença de Graves). 
 
 
 
MOBILIDADE OCULAR EXTRÍNSECA 
III NC (oculomotor) – retos medial, superior e inferior, 
oblíquo inferior e levantador da pálpebra. 
IV NV (troclear) – oblíquo superior. 
VI NC (abducente) – reto lateral. 
 
Lagoftalmo: Incapacidade de fechar completamente 
as pálpebras – devido enfraquecimento do músculo 
orbicular dos olhos ou lesões palpebrais. 
 
 
 
Pálpebras: Podem estar evertidas (ectrópio) ou 
invertidas (entrópio). 
 
 
 
Xantelasma: Depósito de gordura e colesterol que 
ocorre logo abaixo da superfície da pele – ao redor dos 
olhos. 
 
 
Blefarite: Inflamação das bordas das pálpebras – 
pode ser infecciosa ou inflamatória. 
 
 
 
Hordéolo: “Terçol”, protuberância vermelha e 
dolorosa na extremidade da pálpebra – obstrução de 
pequenas glândulas da pálpebra. 
 
 
 
Calázio: Lesão inflamatória crônica, granulomatosa – 
retenção das secreções sebáceas das glândulas 
meibomianas. 
 
 
 
CONJUNTIVA E ESCLERA 
Conjuntiva: Rosa sobre a pálpebra inferior e branca 
sobre a esclera. Avaliar coloração, hidratação e 
edema. 
Esclera: Branco porcelana a amarelo claro 
(dependendo a raça). Atentar pigmentação amarelada 
e esverdeada e presença de lesões. 
o Atentar para eritema, exsudato, presença de 
pterígio (crescimento anormal da conjuntiva), e 
pigmentação da esclera. 
 
Pinguécula: Lesão amarelada e elevada que se forma 
no tecido superficial à esclera – exposição UV, vento, 
poeira, cloro etc. 
Pterígio: Lesão triangular, esbranquiçada e elevada 
que se forma no tecido superficial à esclera – 
exposição UV, poeira, vento, poluição e secura ocular. 
 
 
Conjuntivite: Presença de vermelhidão – com ou sem 
secreção purulenta. 
 
 
 
Hemorragia subconjuntival: Sangue vermelho e 
brilhante. 
 
 
 
Glaucoma e uveíte anterior: Hiperemia pericerática, 
alteração pupilar e visão alterada – glaucoma: 
associado a fatores hereditários. Uveíte – associada a 
doenças autoimunes. 
 
 
 
CÓRNEA 
Transparente, brilhante e avascular. Presença de um 
anel fino e branco ao longo da margem da íris (halo 
corneano – senil) – anormal em indivíduos com menos 
de 40 anos. 
 
Características Conjuntivite aguda Uveíte anterior 
aguda 
Glaucoma agudo Úlcera de 
córnea 
Hemorragia 
subconjuntival 
Secreção Moderada/abundante Nenhuma Nenhuma Aquosa ou 
purulenta 
Nenhuma 
Visão Conservada Pouco borrada Borrada Borrada Conservada 
Hiperemia Difusa Pericorneana Pericorneana Pericorneana Localizada 
Córnea Transparente Transparente Turvo Área de 
opacificação 
Normal 
Pupila Normal Miose Midríase Normal Normal 
Reflexo 
fotomotor 
Normal Diminuída Ausente Normal ou - Normal 
Pressão 
intraocular 
Normal Normal Elevada Normal Normal 
Uni/bilateral Bilateral Unilateral Unilateral Unilateral Unilateral 
ÍRIS E PUPILAS 
Íris: Deve ser nitidamente visível – observar o 
tamanho, forma, simetria e cor. 
Pupilas: Simétricas e fotorreagentes – testar a reação 
pupilar com um foco de luz (lateralmente). 
Coloboma da íris: Síndrome do olho de gato – tipo de 
malformação do olho que leva a alteração da íris. 
 
 
 
o Simétrico foto reagente (isocórica) – normal. 
Anisocoria: Diferença de tamanho entre as pupilas. 
Anopsia: Defeito no campo visual por lesão do nervo 
óptico. 
Amaurose: Perda temporária ou permanente da visão 
– lesão na retina, córnea e globo ocular. 
Xenoftalmia: Deficiência na quantidade lacrimal – 
olho seco. 
Ametropia: Erros de refração. Miopia – visão 
embaçada à distância. Hipermetropia – visão 
embaçada para perto. Astigmatismo – visão borrada 
por irregularidade na córnea. 
Quadrantopsia: Perda de um quadrante da visão. 
Histocoma: Ponto preto no campo visual. 
Histocoma cintilante: Pontos de alteração no NC I ou 
crise hipertensiva. 
Motricidade pupilar: Midríase – sistema simpático. 
Miose – sistema parassimpático. 
ACUIDADE VISUAL 
Medida da capacidade do olho de enxergar os 
detalhes – reflete a sensibilidade da retina à luz, 
visibilidade mínima e a capacidade de reconhecer a 
separação de dois pontos. 
o Utilizar óculos ou lentes de contato, se 
necessário; 
o Cada olho é avaliado individualmente – o olho 
que não estásendo avaliado permanece ocluído; 
o A avaliação é dada pela linha em que mais da 
metade dos caracteres foi lida corretamente; 
o Gráfico de Snellen – colocado a 6m do 
paciente; 
o Caso não consiga ler, solicitar que conte os 
dedos e descreva se a mão está em movimento; 
o Identificar se percebe um foco de luz voltado 
para a pupila. 
 
CAMPOS VISUAIS 
Limite da visão periférica – limite da área em que um 
objeto pode ser enxergado enquanto o olhar 
permanece fixo em um ponto. 
o Posicionar-se à distância de meio metro do 
paciente, com os olhos no mesmo nível; 
o Esticar os braços e fazer movimentos de 
pequena amplitude com os dedos de uma mão na 
periferia do campo visual; 
o Solicitar ao paciente que aponte qual dos 
dedos se movimentou; 
o Aplicar em cada quadrante – superior, inferior, 
direito e esquerdo. 
 
Campimetria por confrontação: 
Mesmo posicionamento do teste anterior – paciente 
oclui um dos olhos, e o examinador oclui o olho 
contrário. 
o Paciente sinaliza o momento em que visualiza 
o alvo trazido ao centro do campo visual – deve 
aparecer para as duas pessoas simultaneamente. 
 
 
 
Hemianopsia: Comprometimento da visão em 
metade do campo visual de cada olho. Homônimas: 
Causadas por lesões posteriores ao quiasma óptico, 
com interrupção das fibras da metade temporal da 
retina ipsilateral e da metade nasal contralateral. 
 
 
EXAME DAS PUPILAS 
O paciente deve manter os olhos fixos em um alvo 
distante à sua frente, em condições de iluminação 
ambiente. Observar: 
o Tamanho, forma e simetria das pupilas. 
Normal: Pupilas centradas na íris, redondas, de 
contornos regulares e com mesmo diâmetro 
(isocoria). 
Avaliar: 
o Respostas reflexas à luz (reflexo luminoso 
direto e consensual); 
o Reflexo de acomodação. 
Reflexo luminoso: Paciente deve fixar o olhar à 
distância e incide-se um foco luminoso obliquamente 
em um dos olhos. Resposta normal: Constrição 
pupilar rápida da pupila iluminada (reflexo direto) e, 
simultaneamente, da pupila contralateral (reflexo 
consensual). 
 
 
 
Reflexo de acomodação (proximidade): Paciente 
deve manter os olhos voltados para um ponto distante 
e, em seguida, deve olhar para a ponta do seu nariz. 
Resposta normal: Ambas as pupilas devem contrair-
se simultaneamente. 
 
Teste da luz alternante – pesquisa de defeito pupilar 
aferente (DPA): Deve ser realizado em um quarto 
semiescurecido, com o paciente fixando os olhos em 
um alvo distante. Um foco de luz deve ser 
alternadamente movido de um olho para o outro, a 
cada 1 a 4s, na mesma frequência. Resposta normal: 
À oscilação da luz, deverá haver constrição da pupila 
estimulada (resposta direta), bem como a constrição 
VIA DO REFLEXO LUMINOSO 
da pupila contralateral (resposta consensual), com 
subsequente dilatação leve de ambas ao mesmo 
tempo (enquanto a luz troca de olho). Avaliações: 
Velocidade, grau de contração pupilar e grau de 
escape pupilar (redilatação) entre os dois olhos. 
 
FUNDOSCOPIA 
o Sempre que possível as pupilas devem ser 
dilatadas; 
o Examinar o olho direito utilizando o 
oftalmoscópio no olho direito (e vice-versa); 
o Analisar o disco, a mácula e as artérias. 
Disco óptico: 
o Oval e plano; 
o Amarelado ou rosado; 
o Margem nasal ligeiramente turva; 
o Apresenta ligeira depressão central menos 
rosada – cálice fisiológico. 
Para localizar: Acompanhar um vaso sanguíneo da 
retina até o disco – eles partem ou convergem para o 
disco. 
Mácula: Área mais escura do que a retina 
circunvizinha – situada temporalmente e abaixo do 
disco. É mais fácil visualizá-la quando o paciente olha 
diretamente para a luz. 
 
 
 
 
Retinopatia hipertensiva: Lesões vasculares 
secundárias à hipertensão arterial – ocorrem nos 
vasos retinianos, por serem mais suscetíveis ao dano 
causado pela sobrecarga pressórica (não possuem 
inervação autonômica). 
Fase crônica – vasoconstritiva: 
o Espasmo arteriolar focal ou difuso; 
o Exsudatos algodonosos – indicam isquemia 
aguda da camada de fibras nervosas; 
o Exsudatos duros; 
o Hemorragias retinianas superficiais – “chama 
de vela”; 
o Edema de retina e descolamento seroso da 
retina. 
 
 
 
Fase crônica – arteriosclerótica: 
o Estreitamento arteriolar – consequente ao 
espessamento da parede vascular; 
o Aumento da tortuosidade arteriolar; 
o Aumento do reflexo dorsal arteriolar – 
arteríolas em fio-de-cobre (tom avermelhado por 
espessamento da parede); 
o Arteríolas em fio-de-prata – coloração branca, 
devido a ocultação da coluna de sangue, por 
agravamento do espessamento da parede; 
 
 
 
 
Cruzamentos arteriovenosos patológicos: 
Sinal de Salus: Deflexão do trajeto venoso pela 
arteríola – no cruzamento. 
Sinal de Gunn: Aparente interrupção da coluna 
venosa pré e pós cruzamento. 
Sinal de Bonnet: Represamento da coluna venosa de 
um lado do cruzamento. 
 
 
 
Retinopatia diabética: 
o Alterações proliferativa – neovasos 
(ramificações da arteríola); 
o Neovasos frágeis; 
o Sem cruzamento arteriovenoso. 
Achados: Hemorragia, aneurisma, aumento anormal 
dos vasos sanguíneos, exsudato algodonoso e 
exsudato duro. 
OBS.: Se a hemorragia for na mácula, o paciente perde 
a acuidade visual. 
 
 
 
Descolamento de retina: Descolamento da retina 
neurossensorial do epitélio pigmentado – pode 
provocar perda de amaurose. 
 
 
Corioretinite por toxoplasmose: 
 
 
 
ORELHA 
Dividida em orelha externa, média e interna – suas 
principais queixas são: 
o Dor; 
o Prurido; 
o Corrimento (supuração e otorreia); 
o Hipoacusia; 
o Zumbido; 
o Tontura; 
o Paralisia facial. 
 
 
Zumbido: Sensação de som na ausência de estímulo 
sonoro externo – pode ser a primeira manifestação 
clínica da perda auditiva. 
OBS.: Quando associado a vertigem e perda auditiva 
→ Doença de Ménière. 
Analisar: 
o Localização; 
o Características e tempo de evolução; 
o Modo de início; 
o Fatores de alívio e piora; 
o Grau de incômodo; 
o Doenças sistêmicas (HAS, DM2, distúrbios da 
tireoide etc.); 
o Tratamentos realizados. 
 
Vertigem x tontura: Na vertigem, o paciente faz um 
gesto com a mão que caracteriza o movimento 
rotatório (tudo roda, as paredes etc.). Em relação à 
tontura, descreve como dificuldade indefinida: 
“parece que vou desmaiar, escurece as vistas e acho 
que vou cair”. 
 
Otalgia: Queixa muito comum – perguntar se há febre, 
dor de garganta, tosse ou infecções associadas de vias 
aéreas superiores. 
Otite externa – inflamação do meto acústico externo 
– consequência de uma infecção por agentes 
externos. Ocorre prurido, otalgia e, quando aguda, 
pode ocorrer secreção. 
EF: Hiperemia, edema, secreção, sensibilidade ao 
manuseio, hipertrofia da camada cutânea, 
descamação excessiva e acúmulo de secreção. 
 
 
 
Otite média – Inflamação e edema da túnica mucosa 
que reveste a cavidade timpânica, que pode causas 
obstrução parcial ou completa da tuba auditiva – 
otalgia associada a membrana timpânica vermelha e 
protrusa, com presença de pus. 
EF: Hiperemia da membrana timpânica, com 
abaulamento e acúmulo de secreção purulenta na 
fenda auditiva. 
 
 
 
OTOSCOPIA 
Análise do tímpano: 
o Abaulamentos; 
o Palidez; 
o Perfuração; 
o Pontos de hemorragia. 
Avaliar: 
o Impressão do martelo no tímpano (processo 
curto e cabo); 
o Impressão da bigorna no tímpano. 
 
 
CANAL AUDITIVO E TÍMPANO 
OTOSCOPIA 
Inserir o espéculo – observar corrimento, 
descamação, vermelhidão excessiva, lesões, corpos 
estranhos, excesso de cerume etc. 
 
AVALIAÇÃO DA AUDIÇÃO 
o Observar a resposta do paciente às perguntas 
– comportamento, necessidade de repetição etc.; 
o Verificar a resposta do paciente à voz 
sussurrada; 
Solicitar que o paciente tape o ouvido não testado – 
posicionar-se lateralmente ao paciente, 30-60cm de 
distância da orelha. 
o Sussurrar uma combinação de letras e 
números (3, T, 9) com suavidade; 
o Solicitar que o paciente repita a combinação; 
o Realizar o procedimento na outra orelha. 
DICA: Exalar completamente antes de sussurrar.Hipoacusia (surdez): Avaliar – condução, 
neurossensorial e mista. 
o Histórico, idade e profissão; 
o Histórico familiar; 
o Início dos sintomas, uni ou bilateralidade e 
queixas (zumbido, tontura, dor ou supuração); 
o Doenças sistêmicas (HAS, hipercolesterolemia, 
disfunção tireoidiana, IR etc.); 
o Uso de medicamentos (ototóxicos); 
o Caráter progressivo ou instalação súbita. 
Exames: De rotina – otorrinolaringológico e diapasão 
– prova acumétrica (comparar uma orelha com a 
outra). 
o Vibrar o diapasão – colocar 3 cm à frente do 
meato e depois em frente ao outro. 
Teste de Weber: Colocar o diapasão, vibrando, 
encostado por seu cabo na linha média do crânio. 
 
 
Resultado: 
o Percepção igual em ambos → normal; 
o Percebe o som, mas não localiza → normal ou 
neurossensorial bilateral; 
o Não percebe o som → normal ou NS bilateral; 
o Ouve som em ambos, mas não lateraliza → 
normal ou condutiva bilateral; 
o Ouve o som em ambos os lados → normal ou 
condutiva bilateral; 
o Lateraliza para o lado que escuta pior (na 
história) → condutiva unilateral. 
 
NARIZ E SEIOS PARANASAIS 
o Obstrução nasal; 
o Rinorreia/coriza; 
o Dor; 
o Espirros; 
o Coceira; 
o Alterações do olfato; 
o Epistaxe (sangramento). 
 
 
 
Sintomas relacionados: 
o Congestão nasal – obstrução; 
o Espirros, lacrimejamento e desconforto na 
orofaringe; 
o Prurido ocular, nasal e faríngeo; 
o Relação com drogas (rinite fármaco-induzida) 
– uso exagerado de descongestionantes tópicos ou 
cocaína; 
o Infecções prévias de VAS – presença de 
secreção purulenta, anosmia, odontalgia, dor facial 
(seios), pressão auricular, tosse, febre etc.; 
Causas: Trauma, processos inflamatórios, tumores, 
corpo estranho, drogas etc. 
 
Nariz: Inspecionar quanto a desvios na forma, 
tamanho e cor. A pele deve ser lisa, sem edema, com 
a mesma cor da face. 
Mucosa: Deve ser rosada e úmida. 
 
PALPAÇÃO (ponte nasal ao ápice): 
Observar sensibilidade, presença de massas ou 
desvios. Testar a permeabilidade, ocluindo cada 
narina alternadamente. 
Foco de luz nas narinas (inclinação da cabeça): 
Observar presença de corrimentos, dilatação ou 
estreitamento, lesões, vermelhidão, sangramentos, 
exsudato, edema, desvio ou perfuração do septo. 
OBS.: Se disponível, utilizar o espéculo. 
 
 
 
CABEÇA – SEIOS DA FACE 
o Palpar os seios frontais e maxilares; 
o Observar se existe edema ou dor à palpação – 
pode indicar infecção, secreção ou obstrução. 
 
 
 
BOCA 
o Inspecionar e palpar os lábios quanto à 
simetria, cor, textura, hidratação e presença de 
lesões; 
o Atentar para lábios secos, fissuras, edemas, 
lesões, placas, nódulos e ulcerações; 
o Observar a coloração dos lábios – róseos e 
simétricos (sempre remover batom). Avaliar se há 
palidez, cianose etc. 
 
Impetigo: Infecção bacteriana superficial da pele, 
altamente contagiosa, causada por Staphylococcus 
aureus – provoca feridas avermelhadas, que podem 
conter pus. 
 
 
 
Herpes labial: Infecção pelo vírus herpes simples, que 
provoca o aparecimento de bolhas ou feridas. 
 
 
 
Queilite angular: Inflamação e pequenas fissuras nos 
cantos da boca, devido a proliferação de 
microrganismos. 
 
 
 
Afta: Pequenas lesões superficiais que acometem a 
mucosa oral, em decorrência de um processo 
inflamatório multifatorial. 
 
 
 
Mucocele: Lesão não infecciosa benigna que se 
desenvolve na cavidade oral – cisto mucoso devido 
trauma. 
 
 
Microstomia: Abertura diminuída da cavidade oral em 
decorrência de trauma, queimadura etc. 
 
 
 
CAVIDADE ORAL, FARINGE E LARINGE 
o Dor; 
o Sangramento; 
o Edema ou tumorações; 
o Dificuldade para deglutir e falar; 
o Corrimentos; 
o Halitose; 
o Distúrbios do paladar. 
Na anamnese: Esclarecer se os sintomas são agudos 
ou crônicos, a área atingida, a presença de sintomas 
ou doenças associadas locais ou sistêmicas, histórico 
de trauma ou trabalho dentário recente e hábitos 
pessoais (higiene oral, bebida alcoólica, fumo, 
alimentos etc.). 
EF: Com o auxílio do abaixador de língua e boa 
iluminação, avaliar: 
o Qualidade da higiene dental; 
o Alinhamento e ausência de dentes (solicitar 
retirada da prótese); 
o Presença de cáries; 
o Coloração (café, cigarro etc.); 
o Halitose. 
Mucosa oral: Deve ser vermelho-rosada, úmida e 
macia. 
Gengiva: Deve ter aspecto róseo e se ajustar 
hermeticamente ao redor do dente (observar se há 
retrações). 
Sintomas: 
o Odinofagia e disfagia alta; 
o Halitose; 
o Odontalgia e dentes sépticos; 
o Aftas; 
o Glossalgia e glossite; 
o Modificações do paladar. 
Diastema: Área de espaço extra entre dois ou mais 
dentes. 
 
 
 
Retrair os lábios superior e inferior. Verificar: 
o Cor; 
o Hidratação; 
o Textura; 
o Presença de lesões. 
OBS.: Lesões devem ser palpadas (dor, tamanho e 
consistência). Atentar para lesão em placa branca, que 
não pode ser removida – pré-maligna ou maligna. 
Com luvas: 
o Palpar a gengiva (principalmente abaixo da 
prótese). 
o Atenção para sangramento, edema e dor local. 
 
LÍNGUA 
Superfície dorsal: Vermelho-fosca, úmida e brilhante, 
levemente enrugada na superfície e lisa nas laterais. 
Superfície ventral: Altamente vascularizada e com 
pregas. 
Inervação: Nervo hipoglosso (XII NC). 
 
 
 
EF: Puxar a língua com uma gaze: 
o Avaliar as bordas laterais e palpá-las; 
o Raspar levemente as margens brancas ou 
vermelhas – resíduo alimentar ou lesão? 
o Atentar para presença de nódulos ou 
ulcerações. 
 
 
Leucoplasia: Lesão epitelial, definida como uma placa 
branca não raspável – pode ser causada por 
tabagismo. 
 
 
 
Língua geográfica: Glossite migratória benigna – 
lesões no dorso da língua que variam na forma, 
tamanho e coloração, por causas idiopáticas. 
 
 
 
Língua pilosa: Condição benigna resultante do 
acúmulo de ceratina nas papilas filiformes do dorso da 
língua – pode ser causada por tabagismo, higiene 
bucal insatisfatória etc. 
 
 
 
Língua saburrosa: Placa esbranquiçada e com textura 
pastosa no dorso da língua – principalmente devido à 
falta de higienização correta. 
 
 
PALATO 
Paciente deve inclinar a cabeça para trás – avaliar o 
palato mole e o palato duro. 
Observar: 
o Cor; 
o Formato; 
o Textura; 
o Existência de lesões ou proeminências. 
 
Candidíase oral: Placas ou nódulos brancos, de 
consistência variável, causada pela proliferação de 
fungos na região oral. 
 
 
 
FARINGE 
Divide-se em: Rinofaringe, orofaringe e hipofaringe. 
Sintomas referidos na faringe: 
o Odinofagia (dor); 
o Disfagia (dificuldade para engolir); 
o Halitose; 
o Pigarro, secura ou ardência. 
Hipofaringe e laringe: 
o Disfagia; 
o Disfonia; 
o Dispneia. 
 
OROFARINGE 
Parede posterior da faringe – rósea, lisa e brilhante. 
Utilizar o abaixador de língua e avaliar a faringe, úvula 
e amígdalas. Atenção: 
o Reflexo faríngeo (vômito); 
o Edema; 
o Petéquias; 
o Lesões; 
o Exsudatos; 
o Hipertrofia. 
Inervação: Nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago (X). 
 
 
Avaliação da inervação do palato mole: Paciente 
deve abrir a boca e, em repouso, deve-se observar se 
o palato e a úvula estão centralizados. Solicitar que o 
paciente fale “A” por alguns segundos e observar – 
úvula deve continuar centralizada. 
Sinal da cortina: Se houver lateralização da úvula, 
indica uma lesão do lado oposto ao desvio da úvula. 
 
 
 
Reflexo faríngeo: Com o auxílio do abaixador de 
língua, estimular a parede posterior da faringe e 
observar. Se normal: Haverá contração gerando o 
reflexo. 
o Elevação do palato mole, a fim de fechar a 
nasofaringe; 
o Fechamento da glote para proteger a via 
aérea; 
o Constrição da faringe para impedir a entrada 
de substâncias. 
Reflexo nauseoso: Aferência (estímulo) – nervo 
glossofaríngeo. Eferência (resposta motora) – nervo 
vago. 
Ausência do reflexo: Pode indicar lesão dos nervos IX 
e/ou X. 
 
 
 
Faringite: Inflamação da faringe, causada por 
infecções, alergias etc. 
 
 
Sinal de Forchheimer: Máculas eritematosas ou 
petéquias localizadas na transiçãoentre o palato duro 
e o palato mole – pode ser causada por faringite 
estreptocócica, escalatina e rubéola. 
 
 
 
Amigdalite bacteriana: Inflamação das amigdalas, 
que estão localizadas na orofaringe, causadas por 
bactérias – normalmente causa febre, dor de garganta 
e disfagia. 
 
 
 
Caseum: Restos alimentares, componentes da saliva 
ou células descamadas da mucosa oral, que se 
acumulam na região amigdaliana. 
 
 
 
PESCOÇO 
INSPEÇÃO – observar 
o Assimetrias; 
o Massas; 
o Bócio; 
o Edema; 
o Cicatrizes; 
o Gânglios visíveis; 
o Amplitude do movimento e simetria – solicitar 
movimentação ativa da cabeça; 
o Atenção para dor e contratura muscular – 
posição antálgica. 
Massas: 
Cisto tireoglosso: Linha média, junto ao osso hioide – 
sobe com a elevação da língua. 
Cisto branquial: Mais comum – anterior ao músculo 
esternocleidomastoideo. 
Higroma cístico: Volumoso – base do pescoço. 
Cisto dermoide: Submentoniano. 
Tumores: Lipomas, leiomiomas, leiomiosarcomas, 
linfomas, TU parótida, TU de glândula submandibular, 
sarcomas etc. 
Linfoadenomegalias: Relacionados a doenças 
sistêmicas, inflamatórias ou patologias malignas. 
Inflamações: Glândulas parótidas e submandibulares. 
Sialoadenites: Aumento do volume da região 
submandibular. 
 
 
PALPAÇÃO 
Acesso anterior ou posterior: Tamanho, formato e 
consistência da glândula, presença de nódulos (lisos 
ou irregulares, macios ou duros), dor etc. 
o Palpar cadeias de linfonodos – anteriores ao 
músculo esternocleidomastoideo; 
o Palpar as glândulas submandibulares, 
parótidas e linfonodos retro e infra-auriculares; 
o Palpar a ATM – solicitar que o paciente abra e 
feche a boca (avaliar clics, subluxação e 
desencadeamento de dor); 
o Palpar as cartilagens da laringe; 
o Palpar a glândula tireoide; 
o Sentir o pulso das carótidas e subclávias. 
 
Palpação anterior: 
 
 
 
Palpação posterior: 
 
 
Linfonodos: Tamanho, sensibilidade, temperatura e 
mobilidade (fixo ou móvel) – linfoadenopatias com 
crescimento progressivo, indolores, sem 
características inflamatórias e fixas aos planos 
profundos têm maior possibilidade de malignidade. 
 
 
 
 Bócio: Aumento da tireoide – difuso ou nódulos. 
 
 
 
Artérias carótidas: Visualizar, palpar e auscultas – 
avaliar presença de sopros. 
 
 
 
Veias jugulares: Visualizar presença de distensão e/ou 
pulso jugular – ICC, hipertensão pulmonar, pericardite 
etc. 
 
 
Pulsações venosas jugulares: Ondas “a” 
proeminentes indicam aumento da resistência à 
contração atrial direita (estenose tricúspide, 
hipertensão pulmonar e estenose pulmonar). Ondas 
“a” ausentes sinalizam fibrilação atrial. Ondas “v” 
maiores ocorrem na regurgitação tricúspide – 
comunicação interatrial e pericardite constritiva. 
 
 
 
 
Sinal de Kussmaul: Aumento paradoxal da turgência 
jugular ou das pulsações venosas durante a 
inspiração. Ocorre em situações de limitação do 
enchimento ventricular – acúmulo no átrio direito e, 
consequentemente, no sistema jugular. 
Causas: Pericardite constritiva, tamponamento 
cardíaco, miocardiopatia restritiva, estenose da valva 
tricúspide, infarto ventricular direito etc. 
 
 
DICAS: Os achados de emagrecimento e astenia 
(diminuição da força física) podem fazer parte do 
quadro de qualquer neoplasia da cabeça e pescoço – 
metástases mais comuns: pulmão, mama e TGI. 
 
CEFALEIA 
Localização: Holocraniana, bilateral, retro-orbital, 
occipital, cervical etc. – avaliar se é sempre no mesmo 
lugar ou se muda conforme a crise. 
Duração: Idade de início ou há quanto tempo o 
paciente apresenta a dor – se é contínua ou episódica, 
duração de cada episódio, frequência e modo de início 
(súbito ou insidioso). 
Características/intensidade da dor: Dor em aperto ou 
latejante. Leve: Não atrapalha as atividades. 
Moderada: Mais intensa, que atrapalha as atividades, 
mas não impede realização. Forte: Impede de 
prosseguir as atividades. 
Sintomas associados: Identificar sintomas 
prodrômicos, duração e se persistem com a dor – 
náusea ou vômito, congestão nasal, lacrimejamento, 
vermelhidão ocular, diplopia, sintomas visuais, 
tontura, perda de força, parestesia, febre, tosse etc. 
Verificar se luz, barulho ou cheiros pioram. 
Fatores desencadeantes: Identificar sintomas que 
desencadeiam – estresse, privação de sono, jejum 
prolongado, álcool, cafeína, período menstrual, 
medicamentos, alimentos. Verificar fatores 
agravantes e de alívio. 
Tratamentos realizados: Utilizados ou profiláticos – se 
uso de analgésico duas ou mais vezes na semana, 
suspeitar de cefaleia por abuso de analgésico.

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