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APOSTILA MÓDULO III - 2 BIMESTRE

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CURSO TÉCNICO EM 
AGROPECUÁRIA 
 
 
 
APOSTILA 
MÓDULO III 
2.º BIMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
SUMÁRIO 
Agrostologia-----------------------------------------------------------------------02 
Bovinocultura III------------------------------------------------------------------11 
Irrigação e Drenagem ------------------------------------------------------------25 
Olericultura ------------------------------------------------------------------------34 
Piscicultura ------------------------------------------------------------------------44 
Topografia -------------------------------------------------------------------------50 
Culturas Anuais III ---------------------------------------------------------------56 
Referências bibliográficas--------------------------------------------------------64
2 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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L
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G
IA
 
CURSO TÉCNICO EM 
AGROPECUÁRIA 
3 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta 
Introdução 
O aumento populacional mundial e a inserção de novos contingentes no mercado consumidor 
tem gerado crescente demanda mundial por matérias-primas, alimentos, fibras e agroenergia e 
consequentemente forte pressão sobre os preços desses produtos, em especial dos alimentos, podendo 
colocar em risco a estabilidade econômica mundial, com o retorno da inflação e ameaça de 
desabastecimento. 
O aumento da oferta desses produtos pode se dar por meio do crescimento da área cultivada e 
do aumento da produtividade. Porém, a sociedade tem pressionado para que o aumento da área 
cultivada não se dê através dos desmatamentos, especialmente em biomas frágeis e/ou estratégicos 
como a Amazônia e o Cerrado brasileiro. 
Então parece mais sensato recuperar a capacidade produtiva das áreas antropizadas e 
degradadas e intensificar a produção nas áreas cultivadas. 
O Brasil possui cerca de 110 milhões de hectares são de pastagens cultivadas onde cerca de 
70% apresentam algum grau de degradação, com baixa capacidade produtiva de forragens e 
consequentemente baixa produção de carne e/ou leite e elevado índice de perda de solo e água 
(erosão), com reflexos negativos na economia e no meio ambiente. 
Estas áreas podem ser recuperadas com a adoção da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta 
(ILPF), que consiste na implantação de diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite, 
agroenergia e outros, na mesma área, em plantio consorciado, sequencial ou rotacionado, 
aproveitando as sinergias existentes entre eles. 
A ILPF, aliada a práticas conservacionistas como o Sistema Plantio Direto (SPD) é uma 
alternativa econômica e sustentável para recuperar áreas de pastagens degradadas. Estudos técnico-
científicos e experiências de produtores mostram que a implantação da ILPF resulta em importantes 
benefícios econômicos, ambientais e sociais. 
Na ILPF estabelece-se o cultivo da espécie florestal com espaçamento ampliado entrelinhas, 
possibilitando a implantação de uma cultura de interesse comercial na região como soja, milho, 
feijão, sorgo, girassol, mandioca etc., nas entrelinhas por dois a três anos. Em seguida implanta a 
cultura forrageira consorciada com o milho ou com o sorgo, sistema este 2 denominado Santa Fé 
desenvolvido pela Embrapa. Após colher a cultura de grãos terá o pasto formado nas entrelinhas da 
floresta cultivada, permitindo a implantação da atividade de pecuária e a sua exploração até o corte 
da madeira. 
Nesse sistema ILPF (também conhecido como Sistema Agroflorestal) as receitas das lavouras 
e da pecuária pagarão as despesas de implantação da floresta e, então o produtor terá uma poupança 
verde, capaz de lhe proporcionar uma renda líquida de aproximadamente R$ 30 mil/ha ao longo de 9 
a 10 anos, sem considerar a receita com a venda de créditos de carbono. 
A Fazenda Bom Sucesso pertencente 
ao Grupo Votorantim Metais Unidade Aço 
Forestal, localizada no município de 
Vazante, região Noroeste de Minas Gerais, 
adotou este sistema há cerca de 15 anos, 
combinando os cultivos agrícolas, arbóreos, 
pastagens e criação de animais, de forma 
simultânea. 
Eles implantaram a cultura do 
eucalipto com espaçamentos (10 x 4 m) 
maiores que o tradicional (3 x 2 m), fazendo 
a correção total da área (calagem e 
fosfatagem). Nas entrelinhas do eucalipto, no 
primeiro ano eles implantaram a cultura do 
arroz, seguindo as recomendações técnicas 
4 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
para o seu cultivo na região. No segundo ano eles implantaram a cultura da soja e no terceiro ano o 
capim, colocando os animais na área quando a pastagem está completamente formada e pronta para o 
pastejo, utilizando a cerca elétrica, conforme demonstrado nas figuras abaixo. 
 
 
 
Com a receita das lavouras de arroz e soja e da pecuária eles conseguem cobrir todos os 
custos de implantação da floresta de eucaliptos. O animal é um componente muito importante no 
sistema, pois ele gera receitas anuais ou bianuais melhorando muito o fluxo de caixa e a atratividade 
do negócio. 
As culturas agrícolas também melhoram o fluxo de caixa com entradas e saídas a curto prazo, 
contribuem com o preparo do solo e melhoram as condições químicas com suas adubações e resíduos 
orgânicos. 
O menor número de árvores/ha (250 ou 350) e a menor competição entre as plantas 
proporcionam ganho mais rápido em diâmetro. Desta forma já aos 8 anos podemos colher postes para 
eletrificação e aos 12 anos toras acima de 30 cm de diâmetro para serraria. Estes produtos têm maior 
valor agregado que podem chegar a até 6 vezes o da madeira para energia (carvão). Este valor 
agregado somado às receitas com as das lavouras e da pecuária compensam com sobra o volume 
maior de madeira energética produzido no sistema convencional (3 x 2 m). 
Produtividade média do eucalipto no noroeste de Minas: 
- No sistema convencional – lenha, escoramento, estacas – 35 m³/ha/ano. 
- No SAF – toras, postes, postinhos p/ construção civil, lenha, estacas etc. – 25 m³/ha/ano. 
No SAF ou ILPF as árvores proporcionam uma melhoria climática no ambiente da pastagem, 
o capim permanece verde e palatável por mais tempo, inclusive na época de seca. Os animais têm 
mais conforto em relação à pastagem aberta e ficam menos estressados. Desta forma, o gado neste 
ambiente mais ameno responde com maior produtividade de carne ou leite. 
As pesquisas das universidades e centros de estudos correlatos, concluíram que o eucalipto 
consome tanto ou menos água que qualquer outra espécie arbórea, contudo nenhuma delas cresce e 
5 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
produz madeira rapidamente igual a ele. Então o mito de que o eucalipto seca a terra não é verdade. E 
quase tudo que o eucalipto retira do solo é devolvido em forma de matéria orgânica (galhos, folhas, 
casca etc.). Portanto, se bem manejado, o eucalipto não esgota o solo. 
Na tabela abaixo são apresentados os custos e as receitas das diversas atividades, 
demonstrando que a receita líquida média anual é de R$ 1.005,43 por ha, sem considerar a possível 
receita com os serviços ambientais (créditos de carbono) gerados pela floresta de eucalipto. 
 
Custos de implantação do eucalipto – 1ºano (saídas) (2.800,00) 
Custos de manutenção do eucalipto – 6anos (saídas) (1.400,00) 
Custos e receitas c/lavouras considerados nulos (saídas=entradas) 0,00 
Custos c/o gado – compra/pastagem/manejo – 5 anos (saídas) (3.575,00) 
Total dos custos – 7anos (saídas) (7.775,00) 
Receita com os animais – 5 anos (entradas) 5.363,00 
Receitas com amadeira p/energia – 7anos (entradas) 9.450,00 
Total das receitas – 7anos (entradas) 14.813,00 
Resultado líquido médio/ha/ano (saldo positivo) 1.005,43 
Fonte: Votorantim Siderurgia Unidade Florestal – Fazenda Bom Sucesso, Vazante-MG (2009). 
 
Visando a ampla adoção da ILPF,o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(MAPA), criou um programa de incentivo para a sua utilização, o Programa ILPF. O MAPA também 
criou uma linha de crédito específica no Plano Safra 2009/10 (PRODUSA) para financiar a 
implantação da ILPF, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
(BNDES). 
Os recursos são de R$ 1,5 bilhão, onde cada produtor pode financiar até R$ 400 mil para 
implantar a ILPF (acrescido de 15% se tiver Reserva Legal Averbada) e são destinados a 
investimentos em infraestrutura, formação de pastagens, recuperação do solo, aquisição de animais e 
equipamentos e outros itens necessários a ILPF. As taxas de juros são de 5,75% ao ano, para projetos 
em áreas degradadas e de 6,75% ao ano para outras situações. 
O financiamento poderá ser pago em até 5 anos, com até 2 anos de carência, quando se tratar 
somente de correção de solo, e em até 8 anos, com até 3 anos de carência, para projetos que 
envolvam investimentos em solos, equipamentos, benfeitorias etc., e em até 12 anos, com até 3 anos 
de carência, quando o componente silvicultura (floresta) estiver integrado ao projeto. Os recursos 
financeiros estão disponíveis nas agências bancárias para os produtores que apresentarem projeto 
técnico contemplando a adoção da ILPF em suas propriedades. 
Os resultados obtidos com a ILPF apontam que ela é uma alternativa economicamente viável, 
ambientalmente correta e socialmente justa para o aumento da produção de alimentos seguros, fibras 
e agroenergia, possibilitando a diversificação de atividades na propriedade, a redução dos riscos 
climáticos e de mercado, a melhoria da renda e da qualidade de vida no campo, contribuindo para a 
mitigação do desmatamento, para a redução da erosão, para a diminuição da emissão de gases de 
efeito estufa e para o seqüestro de carbono, enfim, possibilitando a produção sustentável e 
proporcionando um mundo melhor para as próximas gerações. 
Ronaldo Trecenti Engenheiro Agrônomo, M.Sc. 
Especialista em Sistema Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta 
Coordenador Técnico do Projeto Integração Lavoura-Pecuária-Floresta 
Campo Consultoria e Agronegócios Ltda - Telefone: (61) 3447-9752/9978-4558 
E-mails: trecenti@campo.com.br ou ronaldotrecenti@hotmail.com 
 
ATIVIDADES 
01 - Os sistemas de integração envolvem a produção de grãos, fibras, madeira, energia, leite ou carne 
na mesma área, em plantios em rotação, consorciação e/ou sucessão. O sistema funciona basicamente 
com o plantio, durante o verão, de culturas agrícolas anuais (arroz, feijão, milho, soja ou sorgo) e de 
mailto:ronaldotrecenti@hotmail.com
6 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
árvores, associado a espécies forrageiras (braquiária ou panicum). Descreva de forma simples como 
funciona o Sistema de Integração Lavoura Pecuária. 
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02 - Há várias possibilidades de combinação entre os componentes agrícola, pecuário e florestal, 
considerando espaço e tempo disponível, resultando em diferentes sistemas integrados, como 
lavoura-pecuária-floresta (ILPF), lavoura-pecuária (ILP), silvipastoril (SSP) ou agroflorestais (SAF). 
Quais são os benefícios do ILPF? 
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_________________________________________________________________________________________ 
 
Taxa de lotação 
Para começar a nossa conversa, vamos definir dois termos muito utilizados na pecuária de 
corte, mais especificamente quando falamos em sistemas de produção de bovinos a pasto: taxa de 
lotação e capacidade de suporte da pastagem. 
 A taxa de lotação pode ser definida pelo número de animais – ou unidades animais (1 UA= 
450 kg PV) –, dividido pela a área pastejada. Por exemplo: se tivermos uma área de 50 hectares, com 
300 cabeças, a taxa de lotação será de 6 cabeças por hectare. Já a capacidade de suporte é definida 
como: a máxima taxa de lotação que uma determinada área aguentaria, sem comprometer o 
desempenho dos animais em um determinado período de tempo, respeitando o ecossistema pastoril. 
 Nesse sentido, a capacidade 
de suporte pode variar ao longo do 
ano, em função das mudanças 
climáticas – precipitação, 
temperatura, horas de luz –, tipo do 
solo, espécie forrageira e nível de 
adubação. 
 Na realidade brasileira, é 
muito comum observarmos cenários 
em que a taxa de lotação está acima 
ou abaixo da capacidade de suporte 
da pastagem, o que pode resultar em 
problemas de sub-pastejo ou super 
pastejo. 
No caso do sub-pastejo, a taxa 
de lotação está abaixo da capacidade 
de suporte do pasto (menos animais 
por área), permitindo que o animal selecione as partes mais nutritivas das plantas e apresente maior 
consumo, o que resulta em maior ganho individual e menor ganho por área (Figura 1: Adaptado de 
Mott, 1960). Nesse caso, o acúmulo e o excesso de forragem pode comprometer a estrutura do pasto, 
resultando em desperdício. 
7 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
Por outro lado, no super pastejo, a taxa de lotação é mais alta do que a capacidade de suporte, 
assim, como a “pressão de pastejo” é maior, o animal não consegue selecionar as melhores partes da 
planta e gasta mais tempo para pastejar – o que reflete na redução do consumo –, comprometendo o 
desempenho individual dos animais. Precisamos tomar muito cuidado ao explorar o ganho por área a 
partir do aumento da taxa de lotação, uma vez que, a partir de certo ponto, o consumo de forragem 
pelo animal é comprometido de tal forma que faz com que o ganho por animal e por área caiam. 
 O ajuste da carga animal – taxa de lotação – a ser trabalhada é uma importante ferramenta 
para o manejo da pastagem. Quando pensamos nesse fato, devemos ter em mente que estamos 
buscando potencializar o ganho de peso de cada animal, explorando também o máximo ganho por 
área (faixa ótima de pastejo). 
Considerações a serem utilizadas: 
Taxa de lotação = UA/há 
• 1 U.A (unidade animal) = 450 kg de PV 
• Peso Vivo= (PV = P@ x 15/RC) 
Cálculo do número de piquetes (subdivisão) 
• Aplica-se a formula N = (Pd/Po) +1, onde N é o número de piquetes, Pd é o período de descanso e 
Po é o período de ocupação. 
 
ATIVIDADES 
01 – Em uma propriedade com 24 vacas, pesando em média, 400 kg cada, 1 touro com 600 kg, 
quantos piquetes serão necessários e qual a área de cada um, sabendo que esses animais vão ficar 
alojados por 7 dias e descansando por 35 dias. Obs.: taxa de lotação: 2 UA/há 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
02 – Calcule a taxa de lotação de: (PV = P@ x 15/RC) 
a) ( ) 185 novilhas, pesando 11@ cada, em 15 ha; 
b) ( ) 210 garrotes de 13@ cada, em 28 alqueires; 
c) ( ) 45 vacas leiteiras em 8 alqueires, pesando 540 kg cada; 
d) ( ) 08 vacas cruzadas em 12 alqueires, pesando 420 kg cada. 
 
03 – Assinalea resposta correta: (PV = P@ x 15/RC), (P@ = PV x RC/15) 
a) ( ) 135 novilhas, pesando 11@ cada equivale a 22275 kg de peso vivo; 
b) ( ) 210 garrotes de 14@ cada equivale a 88,200 kg de peso vivo; 
c) ( ) 135 novilhas, pesando 15@ cada equivale a 30375 kg de carcaça; 
d) ( ) 12 novilhas, pesando 12@ cada equivale a 21600 kg de carcaça; 
e) ( ) 55 bois pesando 17@ cada equivale a 14025 kg de peso vivo. 
 
AQUISIÇÃO DAS SEMENTES 
 A aquisição das sementes deve ser feita até o mês de agosto, pois o preço/kg é mais baixo. O 
uso de sementes de baixa qualidade é causa frequente de insucesso no estabelecimento da pastagem. 
 A semente de má qualidade vem com excesso de resíduos vegetais, com excesso de terra, com 
sementes de outras forrageiras, com sementes de plantas invasoras e com ovos de pragas das 
pastagens, como cigarrinhas e gafanhotos. 
 Além da qualidade em teor de pureza e germinação, as sementes de forrageiras podem conter 
impurezas como sementes de plantas daninhas de difícil controle que podem ser introduzidas na área. 
 A qualidade dessas sementes é verificada através da análise de pureza, germinação, 
viabilidade e presença de ervas daninhas, em laboratórios credenciados e especializados em 
forrageiras, pois uma das principais características dessas sementes é a sua dormência. 
8 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 Dormência é um mecanismo de defesa que algumas espécies vegetais apresentam, visando a 
sua sobrevivência. Isto significa que, mesmo em çondições ideais de temperatura, umidade e luz, 
estas sementes não germinam. Oliveira (1996) citou que a qualidade da semente pode ser avaliada 
através de três atributos. O atributo genético da semente (semente geneticamente pura), o atributo 
físico (análise de pureza) e o atributo fisiológico (análise de germinação e o vigor da germinação). 
 Por isso, antes de adquirir as sementes, o pecuarista deve tomar conhecimento de todas essas 
características. Um dos itens mais importantes e mais utilizados no mercado é saber qual o Valor 
Cultural (VC) das sementes, pois serve como indicativo de qualidade. Este VC é determinado pelos 
atributos físicos (pureza) e fisiológicos (germinação) ao mesmo tempo. Quanto maior o VC, melhor a 
qualidade das sementes e consequentemente menor será a quantidade necessária no plantio. 
 
 
 Segundo Oliveira (1996), “o VC é o percentual de sementes da espécie, ou cultivar desejada, 
contido no lote de sementes, com possibilidades de germinação e de estabelecer plantas normais em 
condições de campo”. Assim, numa determinada partilha de sementes com VC = 24% significa que 
em 10 kg de sementes apenas 2,4 kg são de sementes puras e germináveis. Os restantes 76% (7,6 kg) 
representam’ matérias inertes, sementes de outras espécies e outros cultivares, de plantas invasoras e 
de sementes não viáveis. 
 O setor sementeiro, incluindo o de forrageira, encontra- se em uma fase de transição por conta 
da “Lei de Sementes” (Lei 10.711 de 05/08/03) que regulamenta todo o setor, desde a sua produção 
até a sua comercialização. 
 Com essa legislação, vários itens serão alterados e, principalmente, os consumidores de 
sementes de forrageiras, acostumados a comprar sementes com baixa porcentagem de pureza, terão 
de se adequarem a ela. Atualmente, o padrão mínimo de pureza para as sementes de forrageiras é de 
40% (significa que, em 1 kg, teremos somente 400 g de sementes puras). A validade das sementes 
vence em 10 meses após a análise do VC. 
 Outro aspecto importante para a manutenção da qualidade das sementes é o cuidado com o 
seu armazenamento. Seguir as seguintes instruções: 
• Evitar o armazenamento de sementes de um ano para o outro; 
• Armazenar em locais com baixa umidade; 
• Não encostar os sacos nas paredes; 
• Empilhar os sacos de sementes sobre uma madeira para evitar o contato com o chão; 
• Nunca armazenar em sacos plásticos; e 
• Empilhar os sacos de forma cruzada para ventilação por entre as pilhas de sacaria. 
O produtor deve adquirir as sementes pelo preço por VC e não pelo preço por quilo. 
 Imaginem que existem no mercado duas partilhas de sementes, uma custando US$ 1,0/kg com 
VC 10,0%, e outra custando US$ 2,5/kg com 30% de VC. Admitindo uma taxa de semeadura de 1,6 
kg/ha de sementes puras viáveis (VC = 100%), vamos precisar de 16 kg/ha de sementes VC = 10% a 
um custo de US$ 16,0/ha. Enquanto que para semente com VC = 30% precisaremos de apenas 5,3 
kg/ha, a um custo de US$ 13,25/ha. Só aí já dá um custo/ha de US$ 2,75 a menos, fora a maior 
economia com o frete para transportar uma menor quantidade de sementes. 
 As sementes de forrageiras são diferentes de todas as outras sementes existentes no mercado, 
não somente pelos padrões de pureza, mas se inicia com a colheita que é realizada no solo, porque a 
maturação das sementes é desuniforme e estas se soltam da espiga quando maduras. Por isso, a forma 
como as sementes foram colhidas também influencia no VC. 
 Segundo Zimmer et aI. (1994), sementes de Brachiaria spp. colhidas no “cacho” têm um VC, 
variando de 32 a 45% e, quando colhidas no chão, o VC aumenta para 48 a 64%. As sementes 
9 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
colhidas no chão, embora venham com mais impurezas, tem um maior VC, devido à maior 
porcentagem de germinação destas sementes, que completaram o seu ciclo de vida. 
 
Determinação da quantidade de sementes para o plantio 
 O cálculo da quantidade necessária de sementes no plantio é feito com base no VC. Para isso, 
temos de conhecer as condições de plantio: preparo de solo, calagem, adubação, controle de ervas 
daninhas, presença de insetos, equipamento de plantio, condições climáticas etc. 
 O modo de plantio é importante, uma vez que uma forma de plantio utiliza maior ou menor 
quantidade de sementes que a outra forma. Em um plantio a lanço, a quantidade de sementes é maior 
que no plantio em linha. 
 A quantidade de semente é calculada, seguindo a fórmula abaixo: 
 
 
Os quadros de FATORES são indicados abaixo: 
Quadro: Fatores para a Brachiaria sp. 
 TIPOS DE PLANTIO \ FATORES 
Condições de plantio Linha/manual A lanço Aereo 
Ideais 160 200 300 
Medianas 180 220 330 
Adversas 200 240 360 
 
Quadro Fatores para a Panicum maximum 
 TIPOS DE PLANTIO \ FATORES 
Condições de plantio Linha/manual A lanço Aereo 
Ideais 160 200 300 
Medianas 180 220 330 
Adversas 200 240 360 
 
Exemplo: sementes de Brachiaria brizantha CV. marandu VC 76%, plantio em linha, em condições 
medianas de plantio. 
 
ATIVIDADES 
01- A que se refere valor cultural? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
02- Caracterize as sementes de má qualidade: 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
 
10 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
03 – Discorra sobre o armazenamento correto das sementes: 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO TÉCNICO EM 
AGROPECUÁRIA 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
Manejo Sanitário 
 O manejo sanitário correto deve iniciar com atenção para as anotações das ocorrências dentro 
do rebanho. Somente com os dados passados é que podemos analisar e tomar iniciativas para 
suprimir ou implementar medidas que possam auxiliar o manejo sanitário do rebanho. Sem estas 
informações, não podemos melhorar os índices zootécnicos dos animais. 
Para melhor visualizar o texto, os itens ficarão subdivididos da seguinte forma: 
 Vacas gestantes 
 Parto 
 Colostro 
 Corte e cura de umbigo 
 Forma de ordenha 
 Diarreias 
 Micoses 
 Tristeza parasitária 
 Verminose 
 Vacinação 
 Controle de carrapatos 
 Controle de mamite 
 Cascos 
Vacas gestantes 
 Como ponto de partida, uma vaca gestante nos dois últimos meses de gestação deve encerrar 
a lactação, isto é, deve-se fazer com que ela interrompa a produção de leite para que a glândula 
mamária possa descansar, preparar-se para próxima lactação e produzir um colostro de boa 
qualidade. Se for uma novilha, esta preparação vem naturalmente, já que ela nunca pariu. 
 Em torno de vinte a trinta dias antes do parto, este animal deve ser levado para a maternidade, 
a qual deve ser de preferência um pasto próximo ao curral, facilitando a observação diária. No caso 
de confinamento total, deverão ir para uma baia-maternidade. O fato de ter uma maternidade vai 
facilitar alguma interferência que for necessária no decorrer do parto. Por observação na 
maternidade, conclui-se que, em rebanhos nos quais se faz a observação no parto, os problemas são 
resolvidos de forma mais rápida e com maior sucesso e menor índice de natimortos. 
 Neste período a fêmea deve receber a mesma dieta que irá receber após o parto, com restrição 
do sal mineral. É muito importante que neste período isto ocorra, pois permite que os 
microorganismos do rúmen se adaptem à dieta que vai ser ingerida durante a lactação. 
 É bom lembrar que neste período final de gestação o animal sofre as maiores transformações. 
Geralmente ficam mais pesados, o que dificulta a locomoção e reduz a capacidade de competição 
exigindo, portanto, maiores cuidados. 
Parto 
 No parto o animal perde em média 80 kilos de peso entre o feto, líquidos fetais e as 
membranas que envolvem o próprio feto. Isto acarreta uma mudança muito brusca que ocorre em 
poucas horas, levando a um certo desconforto para o animal. É um momento de muito estresse 
quando pode aparecer inúmeros problemas para os quais devemos ficar atentos. 
 Devemos interferir o mínimo no parto. Os partos-problemas, isto é, aqueles chamados 
distócicos, ocorrem com pouca frequência e, neste caso, a interferência humana deve causar o 
mínimo de danos possível, tanto à vaca quanto ao bezerro. Contudo, uma pequena ajuda para evitar 
complicações não fará mal algum. Os casos mais graves, porém, devem contar com 
acompanhamento ou supervisão de um médico-veterinário. É comum pessoas sem treinamento 
adequado intevir de forma inadequada e acabar causando mais problemas, e, quando chegam a 
chamar o veterinário, a chance de resolver o problema já diminuiu drasticamente. A decisão de 
chamar o veterinário deve ser tomada o quanto antes. 
 
 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
Colostro 
 Após o nascimento, o bezerro deve permanecer junto à mãe por pelo menos 24 horas. 
Sabemos que o bezerro junto à mãe, mama de 12 a 15 vezes ao dia. Estas mamadas permitem que o 
colostro passe muitas vezes pelo aparelho digestivo, aumentando a superfície de contato do colostro 
com a parede intestinal, favorecendo, assim a absorção de imunoglobulinas (anticorpos). Por outro 
lado, podemos fornecer o colostro de forma artificial, oferecendo dois litros, duas vezes por dia, com 
intervalo próximo de 12 horas. O importante é que o bezerro beba em torno de 10% do seu peso em 
colostro, nas primeiras 24 horas. 
 O bezerro nasce sem proteção de anticorpos contra os agentes de doenças. A forma de 
adquirir estes anticorpos (defesa) é ingerindo o colostro. O colostro é o primeiro produto produzido 
pela glândula mamária no início da lactação. É uma rica fonte dos anticorpos que foram produzidos 
nos dois últimos meses de gestação. Após o nascimento, é imperativo que o bezerro beba o colostro 
o quanto antes para que ele adquira estes anticorpos. A capacidade de absorver os anticorpos 
fornecidos pela mãe no interior do aparelho digestivo do bezerro é, aproximadamente, nas primeiras 
36 horas. Essa capacidade de absorção tem como pico máximo entre seis e dez horas, quando 
começa a diminuir gradativamente até a trigésima sexta hora. A partir deste ponto, o colostro 
continua sendo um alimento muito rico e deve ser aproveitado pelo bezerro e outros do mesmo 
plantel que são tratados de forma artificial, porém perde a importância como fonte de anticorpos. 
 De outra forma, uma das funções do colostro é ajudar na primeira descarga intestinal, isto é, 
ajuda a expelir as primeiras fezes, que é o chamado mecônio. O mecônio são fezes amarelas 
pegajosas de difícil eliminação, portanto, sendo o colostro um leve laxante, vai ajudar nesta 
eliminação. Neste período devemos interferir somente se houver necessidade. Na maioria das vezes, 
esta intervenção é desnecessária. Uma das vantagens da maternidade é a possibilidade de observação 
do recém-nascido e qualquer problema que surgir neste local facilita o socorro. 
 O excesso de colostro pode e deve ser dado para os outros bezerros. Neste caso ele não tem 
função de fornecedor de anticorpos, pois bezerros mais velhos perdem a capacidade de absorção dos 
anticorpos, mas, como alimento é até mais rico que o próprio leite. É bom lembrar que como o 
colostro tem uma função laxativa, para fornecer aos outros bezerros o melhor é diluir em outra 
quantidade de leite para não causar males de desarranjo aos bezerros mais velhos 
Corte e cura de umbigo 
 A cura de umbigo deve ser feita com um desinfetante e um desidratante. Uma solução que se 
tem usado com sucesso é o álcool iodado, que pode ter uma variação de 6 a 10%. O curativo deve ser 
feito todos os dias, por três a quatro dias. Se correr tudo bem, o coto umbilical cairá por volta do 
nono dia. 
Forma de ordenha 
 De acordo com o manejo adotado, o qual pode ser com ou sem o bezerro ao pé, vamos ter 
condutas diferentes para cada modalidade. 
 Com o bezerro ao pé, este fica à disposição na hora da ordenha para vir e apojar. Feito isso, 
ao acabar a ordenha, o bezerro é solto com a mãe para retirar o leite residual. Pode ser separado 
imediatamente após o esgotamento total do leite, ou permanecer junto até a hora da apartação à tarde. 
 Este manejo não é o mais recomendado pois, neste caso, o bezerro mama o leite que poderia 
ser aproveitado na ordenha da tarde. Este tipo de manejo apresenta algumas vantagens, porém as 
desvantagens estão em supremacia. 
 Por outro lado, se alimentamos os animais de forma artificial, o contato da mãe com o bezerro 
não existe. Isto facilita a mão-de-obra e tem-se um maior controle do que o animal está ingerindo, 
contudo traz todos os transtornos da criação de órfãos. Esta prática permite a observação 
individualizada, dando a oportunidade de se tomar atitudes mais rápidas para sanar os problemas que 
aparecem. 
 Num sistema de criação, com ou sem bezerro ao pé, devemos estar sempre atentos aos 
problemas que podem surgir. É bom chamar a atenção para a escolha do local para o criatório de 
bezerros. Este local deve ser de fácil acesso, bem drenado e que se evite a canalização de ventos 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
constantes. Tem que ser um local que, após uma chuva, seque com poucos dias de sol. Tem que ter 
alguma inclinação para o escoamento das águas e dejetos excessivos. 
Diarreias 
 Uma doença comum que acomete os bezerros nesta época é a diarreia. O animal com diarreia 
se caracteriza por apresentarfezes líquidas que pode ter as mais variadas aparências, desde amarela 
viva, passando por esverdeada, preta e vermelha, até mesmo com sangue vivo. Não se pode dar um 
diagnóstico seguro do causador da diarreia, pela cor das fezes, mas podemos checar a alguns 
componentes destas fezes e daí conduzir o tratamento com melhor eficiência. 
 Mas a grande importância desta enfermidade é levar o animal à desidratação que 
normalmente é a causa principal da morte. O animal apresenta a doença, fica triste, não se alimenta 
de forma adequada, muitas vezes apresenta respiração acelerada e vai aos poucos apresentando sinais 
de desidratação, como pele seca, olhos fundos, entre outras. Por fim, as extremidades apresentam 
baixa temperatura e logo a seguir ele morre. 
 Neste caso, quando forem observados os primeiros sinais de desidratação, devemos socorrer o 
mais rápido possível, dando mais líquidos para este animal. Podemos lançar mão da hidratação oral 
em primeira mão. Podem surgir casos de diarreia de causa nutricional, quando os animais não estão 
habituados com certo tipo de alimentação, por exemplo, nova ração que pode estar contaminada por 
fungos ou outros microorganismos. Nos casos mais graves, a presença de um veterinário é 
necessária. 
Micoses 
 Outra enfermidade comum nesta época é o aparecimento de micoses. Existe um tipo de 
micose denominado "tinha", que causa lesões de placas arredondadas que aparecem comumente na 
região da cabeça e pescoço. São placas de tamanho variado, em geral de forma arredondada, muito 
comum em criatório coletivo. Normalmente não causa maiores danos e pode ser tratado com certa 
facilidade. A utilização de tintura de iodo tem efeito satisfatório, desde que aplicada todos os dias, 
até o desaparecimento das lesões. Esta enfermidade é mais comum em ambientes de grande 
concentração de animais. Em bezerreiros coletivos, onde os bezerros permanecem muito tempo 
juntos, o aparecimento de "tinha" é comum. 
Tristeza parasitária 
 Agora, ainda existe uma certa proteção dada pelo colostro e os animais começam a 
desenvolver a parasitose de carrapatos. É o momento em que os primeiros sintomas da tristeza 
parasitária começam. 
 A tristeza parasitária é transmitida pelos carrapatos e insetos hematófagos como moscas e 
pernilongos. A tristeza é causada por dois agentes parasitários: o Anaplasma e a Babesia. A 
anaplasmose é causada pelo Anaplasma marginale e a babesiose é causada pela babesia sp. A 
babesia é transmitida pelos carrapatos e a anaplasma pelos insetos hematófagos. Ambas são doenças 
que causam anemia grave, podendo, com frequência, levar os animais à morte. No campo é muito 
difícil diagnosticar estas doenças separadamente com certeza absoluta. O tratamento para a tristeza 
parasitária deve ser realizado assim que os primeiros sintomas forem observados. Temos no mercado 
vários tipos de medicamentos que são utilizados para o tratamento desta doença. Esta deve ser uma 
recomendação do veterinário assistente na propriedade. Quanto mais precoce o tratamento, melhor a 
recuperação. 
Verminose 
 A partir dos três meses de idade, podemos estar atentos às verminoses, as quais acometem os 
bovinos jovens. Bovinos com idade até dois anos são muito sensíveis às verminoses e por isto devem 
receber atenção especial nesta fase, que é de grande desenvolvimento. 
 Como as larvas de vermes estão disseminadas nas pastagens, os animais sob pastejo normal 
estão continuamente se infectando. Para que esta convivência esteja sob controle, devemos combater 
os vermes de forma estratégica. Se sabemos que estas larvas de vermes estão espalhadas nas 
pastagens, temos que atacar de forma que estejamos com mais vantagens. 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 Em geral, no Brasil, na época de temperatura fria, que coincide com a seca, as pastagens estão 
em seu pior momento, com o capim sem desenvolvimento, de porte baixo, e as larvas não têm como 
sobreviver de forma normal. Neste caso, então, a maior população de vermes está dentro dos 
animais. Assim sendo, esta é a melhor época para se combater estes vermes. 
 Se "vermifugarmos" os animais no inicio, meio e fim da época seca, estaremos fazendo um 
excelente controle destes parasitas, de forma econômica e eficiente. O uso de vermífugos com poder 
residual maior, como as avermectinas, pode facilitar este controle estratégico, exigindo apenas duas 
"vermifugações", sendo uma no início e a outra no fim de seca. Outra forma é, a partir de três meses 
de idade, "vermifugar" todos os animais, mensalmente, até a idade de um ano. Esta estratégia tem 
bom retorno financeiro. 
Vacinação 
 Basicamente, temos, dentro de um programa sanitário, algumas vacinas de uso obrigatório. 
 A vacinação contra a brucelose é obrigatória somente para as fêmeas na idade entre três e oito 
meses de idade. 
 Não se pode vacinar estas fêmeas a partir desta idade, pois a titulação do exame pode ser 
positivo para o resto da vida e este animal é considerado positivo e o destino certamente é o abate. 
 Outra vacina obrigatória é a da febre aftosa, que deve ser aplicada de acordo com a região do 
país, como indicado pelos órgãos de defesa sanitária do estado. 
 A vacinação contra o carbúnculo sintomático deve ser realizada em todos os animais acima 
de três meses de idade, sendo repetida de seis em seis meses até os dois anos de idade. É nesta idade 
que os animais estão mais sujeitos a desenvolver esta enfermidade. Como característica, é uma 
doença que afeta os animais com melhores escores corporais. 
 Outra vacinação importante é a contra a raiva, que deve ser aplicada anualmente, 
principalmente em regiões de surto, quando grande parte do rebanho pode ser afetada pela doença. 
 Existe no mercado um número grande de vacinas contra várias doenças, como leptospirose, 
rinotraqueíte infecciosa dos bovinos - IBR, diarréia bovina a vírus - BVD, mamite, 
campilobacteriose, colibacilose e outras tantas que devem ser indicadas para cada caso e pelo 
veterinário responsável pelo rebanho. Cada caso vai exigir uma conduta específica de acordo com a 
recomendação do veterinário. 
Controle de carrapatos 
 Uma das doenças mais importantes que afeta nossos rebanhos é a carrapatose. É uma doença 
que causa enormes prejuízos e grande desconforto para os animais, prejudicando o seu 
desenvolvimento e produção. Os carrapatos, além dos problemas que normalmente causam, 
transmitem doenças que afetam de forma drástica o animal. Estas doenças são a babesiose e a 
anaplasmose que fazem parte do complexo “tristeza parasitária”. 
 Um grande complicador no combate aos carrapatos é que não podemos eliminá-los do 
rebanho, pois apesar de transmitir a tristeza parasitária, são eles que mantêm os níveis de anticorpos 
contra esta doença. Os carrapatos inoculam constantemente os agentes da tristeza parasitária nos 
bovinos. Assim, eles estão sempre sendo estimulados a produzir anticorpos contra a tristeza 
parasitária. 
 Por outro lado, é imperativo que nossa vigilância esteja sendo levada com seriedade, pois 
qualquer descuido, a população de carrapatos pode aumentar de tal forma que pode levar alguns 
animais à morte. É comum, em propriedades descontroladas, que os animais estejam tão afetados que 
comecem a emagrecer, não tenham o rendimento esperado e cheguem ao extremo de morrer. 
 Uma proposta de controle é o estratégico, que consiste em banhar os animais de forma a não 
deixar o desenvolvimento de teleóginas por um período de 120 dias. No Sudeste este controle deve 
ser realizado na época de maior calor, que coincide com a época das chuvas, quando aumenta 
também a umidade relativa do ar. A partir de dezembro, começa um pico de crescimento do 
carrapato que deve ser combatido por banho carrapaticida. Estes banhos devem ser realizados a cada 
21 dias, com um total de cinco a seis banhos. Este combate deve cobrir um período de 120 dias sem 
que haja desenvolvimento de teleóginas. Este banho podeser dado por aspersão ou pour on. Se o 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
carrapaticida utilizado tiver maior tempo residual, estes banhos podem ser mais espaçados com 
intervalos de 35 dias. O importante é combater os carrapatos de maneira que não permita o 
desenvolvimento de teleóginas. 
 A forma de dar banho pode variar com o produto. Em geral o banho por aspersão requer em 
torno de quatro a cinco litros de solução por animal adulto. O animal tem que ser molhado totalmente 
desde a cauda até a ponta do focinho. Um dos grandes problemas que encontramos nos banhos 
carrapaticidas é que as partes baixas e as reentrâncias da pele, muitas vezes, não ficam bem 
molhados e os carrapatos que ali estiverem não sofrerão os efeitos do veneno. Estes carrapatos vão se 
desenvolver e contaminarão as pastagens, prejudicando de forma drástica o controle destes parasitas. 
 Quando formos banhar o rebanho, devemos atingir todo o contingente no menor espaço de 
tempo. Por exemplo, não é recomendado que se banhe os animais solteiros numa semana e os de 
leite na semana seguinte. Além de termos um controle muito trabalhoso dos animais que foram 
banhados, pode acontecer de um deles trocar de lote e ser o contaminador daquele pasto. O ideal é 
que se banhe todo o rebanho no máximo em três dias. 
 Um agravante do combate aos carrapatos é durante a época em que se tem a maior 
precipitação pluviométrica. Quando os animais tomam banho carrapaticida e logo após são atingidos 
por uma chuva, dependendo do produto utilizado, este é lavado e perde o efeito. Neste caso o 
controle é interrompido e não se alcançam os resultados esperados. Este é um dos grandes 
causadores de insucesso do combate estratégico dos carrapatos. 
 Outro que se deve chamar a atenção é que os banhos não foram dados de forma adequada, 
tanto em quantidade quanto em qualidade, não atingindo todos os pontos do corpo do animal. Há 
uma variação enorme da quantidade gasta pelos proprietários para banhar seus rebanhos. Esta 
quantidade varia de meio litro até oito litros por animal. Como se há de convir, com meio litro de 
calda não é possível banhar todo um animal adulto. Por outro lado, oito litros para banhar um animal 
está se desperdiçando o produto. 
 Um dos grandes problemas que encontramos nas propriedades é a forma de se dar banho. 
Quando se faz uso de aspersores, os costais são o vilão da história. Com uma capacidade para 20 
litros de calda, que daria para banhar entre quatro e cinco animais, temos visto que nas propriedades, 
com mesma quantidade de calda, o funcionário banha até 40 animais. Conclui-se que este banho foi 
mal dado. Este problema vem da bomba que é pesada, o trabalho realizado pelo operador é pesado e, 
por esse motivo, os três primeiros animais têm banhos melhores, nos outros vem o cansaço e o 
operador não aguenta mais, então, não consegue trabalhar adequadamente, fugindo do objetivo. 
 É muito comum, nestes casos, as pessoas reclamarem do produto. Muitas vezes há troca do 
produto sem que se preocupe com o princípio ativo que pode, com frequência, ser o mesmo que o 
anterior. Às vezes, no segundo banho com o mesmo produto, o operador consegue um melhor 
sucesso. O motivo é, simplesmente, porque houve maior capricho no banho. 
 Outra ação comum é a troca constante de base medicamentosa, sem critério. Isso ocorre 
sempre que não se tem sucesso com os tratamentos. Mesmo assim, apesar da troca por outra base, o 
vilão continua sendo o banho mal realizado. 
 Todos estes cuidados devem ser observados na hora de planejar o controle estratégico. 
Qualquer erro, em qualquer fase, pode comprometer seriamente o sucesso. 
Controle de mamite 
 A mamite é a inflamação da glândula mamária. É causada pelos mais diversos agentes. Os 
mais comuns são as bactérias dos gêneros estreptococos e estafilococos. Outros agentes causadores 
de mamites são os coliformes. 
 É preciso trabalhar preventivamente no controle de mamite, pois esta é uma doença que surge 
repentinamente. Sendo uma doença de manejo, para se fazer uma prevenção adequada, é preciso 
considerar todo o manejo da propriedade. Quando os índices dessa doença se elevam, significa que 
uma ou mais ações dentro do manejo está sendo executada de forma inadequada. Vale ressaltar que 
as mamites ambientais são esporádicas e podem acometer qualquer dos animais em lactação. 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 Dentro deste manejo da propriedade, devemos levar em consideração todo o processo 
realizado diariamente dentro da propriedade, desde quando os animais estão no pasto, vão para a 
ordenha e voltam para o pasto. 
 Não importando a forma de ordenha, seja ela mecânica ou manual, deve ser observada a 
condução de todo o processo, pois um dos grandes causadores de mamite é quando a ordenha não é 
bem conduzida. No processo com ordenha mecânica, os equipamentos devem ser conduzidos como 
recomendado pelos fabricantes. As trocas de peças e borrachas têm que ser executadas dentro do 
prazo recomendado, assim como o nível de vácuo, pois tanto o excesso como a falta deste vácuo são 
grandes fatores predisponentes para o aparecimento de mamite. Esses são alguns exemplos do que 
pode causar a presença da mamite. 
 Existem vários testes que podem auxiliar no diagnóstico da mamite. O “CMT” (California 
Mastitis test) é um teste que pode ser realizado no campo, muito prático. Porém, deve ser executado 
por profissional treinado. A contagem de células somáticas “CCS” é outro exame que é usado para o 
diagnóstico da mamite, o qual é feito em laboratório. Estes dois meios de diagnóstico são utilizados 
para diagnosticar a mamite subclínica. Esta mamite ocorre com certa frequência nos rebanhos. É a 
mamite que não podemos enxergar a olho nu, porém ela é a precursora da mamite clínica. A mamite 
clínica é aquela que se pode ver a olho nu. 
 Outro teste que pode auxiliar no diagnóstico da mamite é a cultura. Toma-se uma porção do 
leite afetado e faz-se uma cultura em laboratório. Este exame é utilizado para identificar o causador 
da mamite. 
 O teste prático mais eficiente é o teste da caneca telada ou de fundo escuro. Esse é o teste que 
se deve fazer a cada ordenha. Ele detecta a mamite clínica nos primeiros jatos de leite. Quando a 
mamite clínica aparece, há um depósito de leucócitos (células de defesa) no canal da teta e estes 
leucócitos formam grumos que são visualizados logo nos primeiros jatos de leite. Estes primeiros 
jatos devem ser depositados na caneca de fundo escuro ou telada onde os grumos serão visualizados 
com mais facilidade. Devido o contraste do fundo da caneca com os próprios grumos, estes ficam 
mais aparente. Neste caso, estamos diante da mamite clínica. 
 No caso de mamite clínica, o animal deve ser retirado do recinto e ser ordenhado mais tarde, 
após os animais sadios. Dependendo da gravidade da mamite, o animal deve ser ordenhado fora do 
local de ordenha para não contaminar o ambiente. Se a mamite for crônica, o animal deve ser 
descartado. 
 No caso de controle adequado da mamite, pode-se utilizar a linha de ordenha onde 
primeiramente são ordenhadas as vacas sadias, depois as que já tiveram mamite e foram curadas e, 
no final, aquelas que estão com mamite e em tratamento. 
 O tratamento das vacas com mamite varia de acordo com o caso apresentado. Em geral, os 
tratamentos devem ser precedidos de ordenhas sucessivas: em torno de quatro no período do dia. Se 
for o caso de necessidade de medicamento, tratar somente após a última ordenha do dia. 
 As vacas secas devem ser tratadas com medicamentos próprios para esta fase. Existe no 
mercado vários medicamentos para tratamento preventivo de vacas neste período de descanso. É 
bom lembrar que estes medicamentos nunca devem ser utilizados para tratar mamites comuns, pois 
eles são próprios para a prevenção da mamite no período seco. 
Cascos 
 Uma das grandes preocupações em todos os criatórios de bovinos são os cascos.A 
importância dos cascos na locomoção do animal é vital. Qualquer problema que possa vir a acontecer 
com os cascos pode comprometer de forma drástica a produção. 
 São muitas causas que prejudicam os cascos. Dentre as várias que podemos citar, temos como 
muito importante a alimentação e o desgaste que ocorre, principalmente, em animais confinados. Em 
animais não confinados, quando chega a estação chuvosa, época em que o barro é abundante, há um 
amolecimento dos cascos que favorece o desgaste deles. Estes fatores somados levam ao 
aparecimento de vários problemas que afetam diretamente os animais. 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 Animais que têm os cascos comprometidos podem apresentar inúmeros problemas, mas um 
dos que mais chamam a atenção é a reprodução. Os animais afetados não só têm perda de peso como 
não demonstram cios. Esta perda afeta diretamente o intervalo entre partos, além de ser comum a 
perda total do animal. 
 
ATIVIDADES 
01 - Explicar o que você entende por manejo sanitário em um rebanho bovino? 
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02 - Escrever os índices zootécnicos ligados num manejo sanitário. 
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Desaleite ou desmame os bezerros 
 As maiores vantagens da desmama ou do desaleitamento precoce são as reduções no custo da 
alimentação, da mão-de-obra e não ocorrência de distúrbios gastrointestinais. Quando o bezerro 
estiver consumindo 600 a 800 g de concentrado por dia, de maneira consistente, ele estará pronto 
para ser desaleitado ou desmamado, independentemente de sua idade, tamanho ou peso. 
 Independentemente do sistema de criação adotado, não há razão, do ponto de vista do bezerro, 
do fornecimento da dieta líquida ser superior a oito semanas. Recomenda-se o desaleitamento 
abrupto, não sendo necessária a redução gradativa da quantidade de leite oferecida para os bezerros, 
prática trabalhosa, principalmente à medida que aumenta o número de bezerros. 
 Os bezerros devem permanecer na sua instalação por mais duas semanas, após o corte da dieta 
líquida, recebendo água e alimentos sólidos. Assim, eles perderão o hábito da dieta líquida com 
menor estresse, e será possível observar como eles reagiram à desmama ou ao desaleitamento. Outro 
fator de importância é a não-ocorrência de estresse por competição, se mudados imediatamente após 
a desmama, para instalações coletivas (baias ou pasto) . 
Dicas importantes: 
- observe o bezerro, cuidadosamente, todos os dias; 
- verifique o olhar do bezerro: olhar vivo significa saúde; 
- verifique a existência de corrimento nasal: o desejável é não haver corrimento nasal; 
- verifique a consistência das fezes: as fezes devem estar sólidas; 
- verifique o apetite dos bezerros. 
- bezerros sadios bebem a dieta líquida com avidez, e não descuide do peso: pese o bezerro ao nascer 
e ao desaleitamento ou à desmama. Calcule o ganho de peso médio diário. 
 
Cálculo do ganho de peso médio diário (GPMD) 
GPMD (kg/dia) = (peso ao desaleitamento - peso ao nascimento)¸ número de dias entre o 
desaleitamento e o nascimento 
Observação: O ganho de peso médio diário deve ser superior a 0,350 kg por dia. 
Anote, na ficha individual do bezerro, os pesos e quaisquer problemas ocorridos com o bezerro. 
 
ATIVIDADES 
01 - Qual a importância da alimentação para os bovinos? 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
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Recria a pasto 
 Pastos de excelente qualidade e bem manejados podem suprir os nutrientes para o crescimento 
das novilhas, desde que uma mistura mineral esteja sempre à disposição. A suplementação volumosa 
na época seca deve pode ser feita com forragens verdes picadas, cana-de-açúcar adicionada com 1% 
de ureia, silagens ou fenos. Para o fornecimento de volumosos em cochos é necessário minimizar a 
competição por alimento entre os animais manejados em grupos, para isto, é importante propiciar aos 
animais área de cocho suficiente, permitindo que todos tenham chance de se alimentar. 
 O fornecimento de concentrado às novilhas é dependente da idade, da qualidade do alimento 
volumoso utilizado e do plano de alimentação adotado. Em geral, até os seis meses é necessário o 
fornecimento de 1 a 2 kg de concentrado com 12% de proteína bruta e 61% de nutrientes digestíveis 
totais. 
 
Recria em confinamento 
 Neste sistema, os alimentos são levados às novilhas que permanecem confinadas todo o 
tempo, sem acesso a pasto. Elas podem receber, no cocho, forrageira verde picada e/ou silagem e/ou 
feno. Uma mistura mineral deverá estar sempre à disposição, em cochos separados, independente do 
volumoso utilizado. 
 Ao se fornecer dietas à base de silagem de milho para novilhas, deve-se observar a 
necessidade de suplementação protéica, se não foi utilizada a uréia ou outra fonte de nitrogênio não 
protéico no momento da ensilagem. Às vezes, é necessário limitar o consumo da silagem para evitar 
que as novilhas fiquem obesas. 
 Um feno de excelente qualidade é, sem dúvida, o melhor alimento para as novilhas mantidas 
sob confinamento. Ele pode constituir-se no único alimento para esta categoria animal. A mistura em 
partes iguais (na base da matéria seca) de feno e silagem de milho pode ser considerada como o 
melhor alimento para esta categoria animal, quando em confinamento. 
 Também em sistemas de criação de novilhas confinadas, de raças especializadas para 
produção de leite, recomenda-se o fornecimento de concentrado durante toda a fase de recria. Tudo 
vai depender do ganho de peso desejado durante esta fase. É importante ter sempre em mente que os 
extremos, sub e superalimentação, devem ser evitados. 
 
Água 
 As novilhas devem ter à sua disposição água fresca e limpa diariamente. 
 
Monitore o crescimento das novilhas 
 O monitoramento do desenvolvimento das novilhas é através do acompanhamento do ganho 
de peso mensalmente. Dos 80-90 kg de peso vivo até a puberdade elas não devem ganhar mais do 
que 900 g por dia. Após a puberdade, ganhos superiores a este são admitidos, mas deve-se evitar que 
as novilhas fiquem obesas. O crescimento das novilhas pode ser feito através de pesagem ou pela 
condição corporal das mesmas. Numa escala de 1 a 5 (1 = magra e 5 = obesa), as novilhas devem 
apresentar escore igual a 3. Registre em ficha individual os pesos e quaisquer problemas ocorridos 
com as novilhas. 
 
ATIVIDADES 
01 - Explicar o manejo alimentar dos bezerros até a desmama. 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
Alimentação de vacas em lactação 
 Um sistema de alimentação para vacas em lactação, para ser implementado, é necessário 
considerar o nível de produção, o estágio da lactação, a idade da vaca, o consumo esperado de 
matéria seca, a condição corporal, tipos e valor nutritivo dos alimentos a serem utilizados.O estágio da lactação afeta a produção e composição do leite, o consumo de alimentos e 
mudanças no peso vivo do animal. 
 Nas duas primeiras lactações da vida de uma vaca leiteira, deve-se fornecer alimentos em 
quantidades superiores àquelas que deveriam estar recebendo em função da produção de leite, pois 
estes animais ainda continuam em crescimento, com necessidades nutricionais bastante elevadas. 
Assim, recomenda-se que aos requerimentos de mantença sejam adicionados 20% a mais para 
novilhas de primeira cria e 10% para vacas de segunda cria. 
 Recomenda-se alimentar as vacas primíparas separadas das vacas mais velhas. Este 
procedimento evita a dominância, aumentando o consumo de matéria seca. 
 As vacas não devem parir nem excessivamente magras nem gordas. Vacas que ganham muito 
peso antes do parto apresentam apetite reduzido e menores produções de leite, e distúrbios 
metabólicos como cetose, fígado gorduroso e, deslocamento do abomaso além de baixa resistência 
aos agentes de doenças. 
 Um plano de alimentação para vacas em lactação deve considerar os três estádios da curva de 
lactação, pois, as exigências nutricionais dos animais, são distintas para cada um deles. 
Alimentação no terço inicial da lactação 
 As vacas, nas primeiras semanas após o parto, não conseguem consumir alimentos em 
quantidades suficientes para sustentar a produção crescente de leite neste período, até atingir o pico, o 
que ocorre em torno de 5 a 7 semanas após o parto. O pico de consumo de alimentos só será atingido, 
posteriormente, em torno de 9 a 10 semanas pós-parto. Por isso, é importante que recebam uma dieta 
que possa permitir a maior ingestão de nutrientes possível, evitando que percam muito peso e tenham 
sua vida reprodutiva comprometida. 
 Devem ser manejadas em pastagens de excelente qualidade e em quantidade suficiente para 
permitir alta ingestão de matéria seca. Para isto, o manejo dos pastos em rotação é prática 
recomendada e para implementar um sistema pastejo rotativo. 
 Deve-se fornecer volumoso de boa qualidade com suplementação com concentrados e mistura 
mineral adequada. Vacas de alto potencial de produção devem apresentar um consumo de matéria 
seca equivalente a pelo menos 4% do seu peso vivo, no pico de consumo. 
 Vacas que são ordenhadas três vezes ao dia consomem 5 a 6% mais matéria seca do que se 
ordenhadas duas vezes ao dia. 
 Para vacas mantidas a pasto, durante o período de menor crescimento do pasto, há 
necessidade de suplementação com volumosos: capim-elefante verde picado, cana-de-açúcar 
adicionada de 1% de ureia, silagem, feno ou forrageiras de inverno. Para vacas de alta produção 
leiteira ou animais confinados, forneça silagem de milho ou sorgo, à vontade. 
 Um regra prática para determinar a quantidade de volumoso a ser fornecida é monitorar a 
sobra ou o excesso que fica no cocho. Caso não haja sobras ou se sobrar menos do que 10% da 
quantidade total fornecida no dia anterior, aumente a quantidade de volumoso a ser fornecida. Caso 
haja muita sobra, reduza a quantidade. 
 Para cada dois quilogramas de leite produzidos, a vaca deve consumir pelo menos um 
quilograma de matéria seca. De outra forma, ela pode perder peso em excesso e ficar mais sujeita a 
problemas metabólicos. 
Fornecimento de concentrado 
 O concentrado para vacas em lactação deve apresentar 18 a 22% de proteína bruta (PB) e 
acima de 70% de nutrientes digestíveis totais (NDT), na base de 1 kg para cada 2,5 kg de leite 
produzidos. Pode-se utilizar uma mistura simples à base de milho moído e farelo de soja ou de 
21 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
algodão, calcário e sal mineral, ou dependendo da disponibilidade, soja em grão moída ou caroço de 
algodão. 
 Vacas de alta produção de leite manejadas a pasto ou em confinamento precisam ter ajustes 
em seu manejo e plano alimentar. Para vacas com produções diárias acima de 28-30 kg de leite, deve-
se fornecer concentrados com fontes de proteína de baixa degradabilidade no rúmen, como farinha de 
peixe, farelo de algodão, soja em grão moída, tostada, etc. 
 Vacas com produções acima de 40 kg de leite por dia, além de uma fonte de gordura, como 
caroço de algodão, soja em grão moída ou sebo, devem receber gordura protegida (fonte comercial) 
para elevar o teor de gordura da dieta total para 7-8%. Essas vacas devem receber uma quantidade 
diária de gordura na dieta equivalente à quantidade de gordura produzida no leite. 
Dieta completa 
 Dieta completa é uma mistura de volumosos (silagem, feno, capim verde picado) com 
concentrados (energéticos e proteicos), minerais e vitaminas. A mistura dos ingredientes é feita em 
vagão misturador próprio, com balança eletrônica para pesar os ingredientes. Muito usada em 
confinamento total, tem a vantagem de evitar que as vacas possam consumir uma quantidade muito 
grande de concentrado de uma única vez, o que pode causar problemas de acidose nos animais. Além 
disso, recomenda-se a inclusão de 0,8 a 1% de bicarbonato de sódio e 0,5% de óxido de magnésio na 
dieta total, para evitar problemas com acidose. 
 O melhor teor de matéria seca da ração total está entre 50 e 75%. Rações mais secas ou mais 
úmidas podem limitar o consumo. Por isso, o teor de umidade da silagem deve ser monitorado 
semanalmente, se possível. 
 Normalmente, as vacas se alimentam após as ordenhas. Mantendo a dieta completa à 
disposição dos animais nesses períodos, pode-se conseguir aumento do consumo voluntário. 
 Para reduzir mão de obra na mistura de diferentes formulações para os grupos de vacas com 
diferentes produções médias, a tendência atual é de se formular uma dieta completa com alto teor 
energético e com nível de proteína não degradável que atenda ao grupo de maior produção de leite. 
 Os demais grupos, vacas no terço médio e vacas em final de lactação, naturalmente já 
controlariam o consumo, ingerindo menos matéria seca. 
 Para assegurar consumo máximo de forragem, principalmente na época mais quente do ano, 
deve-se garantir disponibilidade de alimentos ao longo do dia. Deve-se encher o cocho no final da 
tarde, para que os animais possam ter alimento fresco disponível durante a noite. Dessa forma, as 
vacas podem consumir o alimento num horário de temperatura mais amena. 
Forneça mistura mineral 
 Para animais mantidos a pasto, o método mais prático de suplementar minerais é deixando a 
mistura (comprada ou preparada na própria fazenda) disponível em cocho coberto, à vontade. 
Para vacas em lactação e animais que são mantidos em confinamento, é mais seguro e garantido 
incluir a mistura mineral no concentrado ou na dieta completa. 
Forneça água limpa e de boa qualidade 
 Vacas em lactação requerem uma quantidade muito grande de água, uma vez que o leite é 
composto de 87 a 88% de água. Ela deve estar à disposição dos animais, à vontade e próxima dos 
cochos. Normalmente as vacas consomem 8,5 litros de água para cada litro de leite produzido. 
 Quando a temperatura ambiente se eleva, nos meses de verão, o consumo de água aumenta 
substancialmente. 
Alimentação no terço médio da lactação 
 Neste período, as vacas já recuperaram parte das reservas corporais gastas no início da 
lactação e já deveriam estar enxertadas. A produção de leite começa a cair e as vacas devem 
continuar a ganhar peso, preparando sua condição corporal para o próximo parto. 
 O fornecimento de concentrado deve ser feito com 18 a 20% de proteína bruta, na proporção 
de 1 kg para cada 3 kg de leite produzidos acima de 5 kg, na época das chuvas, e a mesma relação 
acima de 3 kg iniciais de leite produzido, durante o período seco do ano, conforme tabela abaixo. 
Produção de Quantidade Concentrado (kg/vaca/dia) 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
leite (kg/vaca/dia) Época das “águas” Época seca 
3 a 5 - 1 
5 a 8 1 2 
8a 11 2 3 
11 a 14 3 4 
14 a 17 4 5 
17 a 20 5 6 
Alimentação no terço final da lactação 
 Neste período as vacas devem recuperar suas reservas corporais e a produção de leite já é bem 
menor que nos períodos anteriores. Deve-se alimentar as vacas para evitar que ganhem peso em 
excesso, mas que tenham alimento suficiente, principalmente na época seca do ano, para repor as 
reservas corporais perdidas no início da lactação. É o período em que ocorre a secagem do leite, 
encerrando-se a lactação atual e o início da preparação para o próximo parto e lactação subsequente. 
Alimentação no período seco 
 É o período compreendido entre a secagem e o próximo parto. Em rebanhos bem manejados 
sua duração é de 60 dias. É fundamental para que haja transferência de nutrientes para 
desenvolvimento do feto, que é acentuado nos últimos 60 - 90 dias que precedem o parto, a glândula 
mamária regenere os tecidos secretores de leite e acumule grandes quantidades de anticorpos, 
proporcionando maior qualidade e produção de colostro, essencial para a sobrevivência da cria 
recém-nascida. 
 O suprimento de proteína, energia, minerais e vitaminas é muito importante, mas deve-se 
evitar que a vaca ganhe muito peso nesta fase, para reduzir a incidência de problemas no parto e 
durante a fase inicial da lactação. Isso se deve, principalmente, à redução na ingestão de alimentos 
pós-parto, o que normalmente se observa com vacas que parem gordas. 
 Nas duas semanas que antecedem ao parto deve-se iniciar o fornecimento de pequenas 
quantidades do concentrado formulado para as vacas em lactação, para que se adaptem à dieta que 
receberão após o parto. As quantidades a serem fornecidas variam de 0,5 a 1% do peso vivo do 
animal, dependendo da sua condição corporal. 
 O teor de cálcio da dieta de vacas no final da gestação deve ser reduzido para evitar 
problemas com febre do leite após o parto. A mistura mineral (com nível baixo de cálcio) deve estar 
disponível, à vontade, em cocho coberto. 
Alimentação de Touros 
 Os touros devem receber volumosos de boa qualidade, além de 2 kg de concentrado com 65% 
de NDT e cerca de 18% de proteína. O concentrado fornecido às vacas secas ou novilhas pode ser 
usado. Acesso a piquete para exercício, havendo disponibilidade adequada de pasto de boa 
qualidade, melhor. Limitar o fornecimento de feno a 7 a 10 kg por dia e, se usar a silagem de milho 
ou sorgo, fornecer, no máximo, 7 kg/dia. Água de boa qualidade e mistura mineral devem estar 
sempre à disposição do touro. 
 
ATIVIDADES 
01- Certo rebanho leiteiro vem apresentando um alto índice de retenção de placenta pós-parto. O que 
podemos fazer como prevenção desse problema? 
a) ( ) Vacinação do rebanho contra retenção de placenta; 
b) ( ) Usar a técnica da cesariana no parto; 
c) ( ) Suplementação alimentar e mineral; 
d) ( ) Usar inseminação artificial; 
e) ( ) Diminuir o intervalo entre partos. 
 
02- Assinalar a alternativa que melhor representa a ordem de seqüência dos fatos: 
a) ( ) Cio-Concepção-Gestação-Período de serviço-Retenção de placenta-Parto; 
b) ( ) Cio- Gestação- Período de serviço- Metritre- Parto-Prolapso uterino; 
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c) ( ) Prenhes-Cio-Gestação-Parto-Retenção de placenta-Metrite; 
d) ( ) Período de serviço-Cio-Fecundação-Gestação-Parto-Retenção de placenta; 
e) ( ) Cio-Gestação-Período de serviço-Retenção de placenta-Parto-Prolapso vaginal. 
 
03- O ciclo reprodutivo envolve todos os aspectos ligados à reprodução dos animais. Nesse sentido, 
marque a alternativa INCORRETA quanto ao puerpério de vacas. 
a) ( ) O puerpério é caracterizado pela perda de peso da mãe, devido às crescentes exigências 
nutricionais maternas. 
b) ( ) É definido como o período que vai da expulsão da placenta até o reinício da atividade cíclica 
ovariana e a completa involução uterina. 
c) ( ) Considerando condições ideais, o puerpério médio em vacas dura 3 meses. 
d) ( ) Problemas de parto podem prolongar o puerpério em vacas. 
e) ( ) Doenças ligadas à reprodução influenciam na duração do puerpério. 
 
04- Um técnico foi chamado por um pecuarista para ajudá-lo a comprar um touro da raça Senepol. 
Dentre os exames abaixo, qual não comprova a sua eficiência reprodutiva? 
a) ( ) Escore de condição corporal (ECC); 
b) ( ) Circunferência escrotal (CE); 
c) ( ) Aspectos físicos e morfológicos do sêmen; 
d) ( ) Comportamento sexual; 
e) ( ) Raça. 
 
05- Existem algumas doenças de interesse reprodutivo que causam grandes prejuízos para um 
rebanho, provocando abortos, infertilidade, retenção de placenta e outros. Quais são essas doenças? 
a) ( ) Brucelose, Leptospirose, Cio silencioso, Cio do encabelamento, IBR e BVD; 
b) ( ) Prolapso vaginal, Prolapso uterino, Aborto, IBR, BVD e Metrite; 
c) ( ) Brucelose, Aborto, Trichomonose, Vibriose e Endometrite; 
d) ( ) Brucelose, Leptospirose, IBR, BVD, Campilobacteriose e Trichomonose; 
e) ( ) Orquite, Anestro, Criptorquidismo, Hipoplasia, Degeneração testicular e Intersexos. 
 
06- São critérios de descarte das matrizes, EXCETO: 
a) ( ) Anestro fisiológico; b) ( ) Idade; c) ( ) Aborto; 
d) ( ) Brucelose; e) ( ) Prolapso uterino. 
 
07- Assinalar a alternativa incorreta: 
a) ( ) A indução da lactação em vacas secas seria usada em falhas reprodutivas; 
b) ( ) Criptorquidismo é a ausência de testículo no saco escrotal (uni ou bilateral); 
c) ( ) A brucelose é considerada uma zoonose; 
d) ( ) A leptospirose pode ser transmitida através da urina, parto e leite; 
e) ( ) Anestro prolongado no pós-parto aumenta a fertilidade. 
 
08- Com relação ao parto nos bovinos, marquem a correta. 
a) ( ) Parto é definido apenas como o nascimento do feto após seu desenvolvimento; 
b) ( ) A duração da expulsão do bezerro é de 12 horas; 
c) ( ) A duração da expulsão da placenta é de 1 a 3 horas; 
d) ( ) Parto distócico é o mesmo que um parto normal; 
e) ( ) Para ajudar na dilatação da cervix pode usar hormônio oxitocina. 
 
09- Marquem a incorreta: 
a) ( ) Genótipo e Fenótipo são fatores avaliados na reposição de matrizes; 
b) ( ) Habilidade materna é a capacidade de uma matriz em produzir cio fértil; 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
c) ( ) Na transferência de embriões (TE), a fêmea é inseminada e os embriões são coletados e 
transferidos para as receptoras; 
d) ( ) A estação de monta deve ser feita num período de melhor alimento; 
e) ( ) Na fecundação in vitro (FIV) a fecundação é feita no laboratório e os embriões são transferidos 
para as receptoras. 
 
10- O que é anestro? Por que ocorre e como evitar? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
11- Quais são as vantagens da distribuição do rebanho nos pastos, separado por categoria (sexo e 
idade)? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
12- Quais são as causas mais frequentes de queda de fertilidade dos touros? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
13- Quais as causas de aborto em vacas de corte e como evitá-las? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
14- O que fazer nos casos de prolapso uterino? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
15- Por que é importante fazer o controle das doenças da reprodução dos bovinos? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
FONTE: EMBRAPA 
 
 
 
 
 
 
 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO TÉCNICO EM 
AGROPECUÁRIA 
26 
 
COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO 
 A aspersão, nos seus diferentes sistemas, como o convencional, autopropelido e 
principalmente o pivô central, compreende o maior percentual da área irrigada de feijoeiro em terras 
altas na região dos Cerrados. Esse método tem a preferência de empresários agrícolas e produtores 
que utilizam bons níveis de tecnologia, embora sua implantação 
implique custos iniciais elevados. 
 O método de aspersão (Figura 1. Aspersão 
Convencional.) é composto, normalmente, por um conjunto 
motobomba, tubulações, aspersores e acessórios. 
 O sistema de aspersão convencional é considerado o 
sistema básico de irrigação por aspersão, do qual derivaram 
todos os demais. São classificados em portáteis, semiportáteis e 
fixos, dependendo do grau de movimentação em campo. Os 
monômetros (medidores de pressão) são indispensáveis para o 
bom funcionamento do sistema. São empregados para irrigação 
de pequenas áreas. 
 Um sistema de aspersão convencional recentemente empregado no Brasil é o sistema de 
aspersão em malha.Esse sistema é fixo, com tubulações enterradas. Um único aspersor se movimenta 
na linha lateral, de diâmetro reduzido, exigindo assim conjunto motobomba de baixa potência. 
 O sistema autopropelido é movimentado por energia hidráulica e possui um aspersor do tipo 
canhão, montado em uma plataforma, e uma mangueira de alta pressão de até 500 metros. É 
empregado em áreas irrigadas de tamanho médio. 
 O sistema pivô central é um sistema de movimentação circular, movido a energia elétrica ou 
diesel. Possui uma linha lateral de aspersores suspensa por torres dotadas de rodas. As torres se 
movimentam independentemente por possuírem motores individuais. 
 A aspersão é um método que possibilita o bom controle da lâmina de água aplicada. De modo 
geral, a eficiência do método é ao redor de 70%, podendo alcançar 90% em alguns sistemas ou até 
50% em condições severas de clima. O vento, a umidade relativa do ar e a temperatura são os 
principais fatores climáticos que afetam o uso da irrigação por aspersão. O vento afeta a 
uniformidade de distribuição dos aspersores e, juntamente com a temperatura e a umidade relativa do 
ar, afetam a perda de água por evaporação. O método apresenta as seguintes vantagens: 
a) adapta-se a terrenos com declividades mais acentuadas e superfícies menos uniformes; 
b) pode ser utilizado em solos com alta capacidade de infiltração e baixa capacidade de retenção de 
água, como os arenosos, por permitir irrigações frequentes e com menor quantidade de água; 
c) propicia, em geral, distribuição de água mais uniforme; 
d) interfere pouco com as práticas agrícolas. Em alguns sistemas, os acessórios facilitam a rápida 
desmontagem do equipamento; 
e) a eficiência de condução é alta, pois os condutos fechados evitam perdas de água por infiltração, 
escorrimento e evaporação; 
f) deixa maior área disponível para a cultura devido à ausência de canais e sulcos; 
g) permite maior economia de mão de obra, quando os sistema são permanentes ou mecanizados; 
h) possibilita a irrigação durante o período noturno, aumentando o tempo de irrigação e de utilização 
do equipamento; 
i) permite a aplicação de produtos químicos, via água de irrigação; 
j) permite o uso de certas águas residuais por proporcionar grande oxigenação na água; e 
k) pode ser aplicado para reduzir a temperatura do ar e na proteção contra geadas. A proteção se 
consegue com o calor liberado pelo congelamento da água. 
Como desvantagens da aspersão, citam-se: 
a) não é recomendada para locais de ventos fortes e constantes, pois o vento afeta a uniformidade de 
distribuição de água pelos aspersores. Em regiões de baixa umidade relativa do ar e de temperaturas 
elevadas, a perda de água por evaporação pode atingir valores altos; 
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COS – TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
b) pode favorecer a incidência de doenças nas plantas, por molhar as folhas e aumentar a umidade 
relativa do ar. Quando o macroclima é favorável a doenças, o microclima resultante da irrigação tem 
menor importância; 
c) pode interferir com alguns tratos culturais por lavar a parte aérea das plantas; 
d) pode causar prejuízos à fixação de botões florais ou mesmo de frutos novos devido ao impacto 
mecânico das gotas, quando os sistemas estão trabalhando abaixo da pressão de serviço 
recomendada; 
e) não permite o uso da água salina para irrigação, por reduzir a vida útil do equipamento, ainda que 
seja um bom método no controle da salinidade,; 
f) envolve alto investimento inicial; 
g) o traslado de tubulações portáteis e acessórios dos sistemas convencionais é uma operação 
desagradável e trabalhosa; e 
h) pode provocar compactação e erosão do solo quando altas taxas de aplicação de água. 
 Os aspersores constituem-se nas peças principais de um sistema de aspersão. Têm a finalidade 
de pulverizar o jato de água, proporcionando a aplicação da irrigação na forma de chuva. Os 
aspersores podem ser estacionários ou rotativos. Quando rotativos, podem se apresentar com giro 
completo (360º) ou do tipo setorial, permitindo uma regulagem da amplitude de giro. O ângulo mais 
comum de inclinação do jato com a horizontal é o de 30º; contudo, o ângulo de 20-22º é o que melhor 
se adapta a condições de vento forte. No sistema pivô central, têm-se utilizado difusores 
estacionários, em que o jato de água é finamente pulverizado pelo choque com anteparo cheio de 
ranhuras. 
 
IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE: SULCO E INUNDAÇÃO 
INTRODUÇÃO 
 A irrigação por superfície foi o primeiro método de irrigação a ser usado pelo homem. Há 
6000 anos as civilizações da Mesopotâmia, egípcia e chinesa já empregavam esse método de 
irrigação, ainda que de forma rudimentar. Em 1980, cerca de 16% das terras cultivadas no mundo 
eram irrigadas, sendo 105 por superfície e 6% por outros métodos. 
 Em 1982, o Estado de Minas contava com uma área irrigada de 123000 ha, dos quais 74% 
eram irrigados por superfície. Em 2004, no Brasil, aproximadamente 1700000 ha são irrigados por 
superfície. 
 
IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE 
 É um método de irrigação não-pressurizado em que a água se movimenta por gravidade 
diretamente sobre a superfície do solo, de canais ou tubos janelados, até qualquer ponto de 
infiltração, exigindo, portanto, áreas sistematizadas e com declividade de 0 a 6%, de

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