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Citoplasma, Membrana Plasmatica e Transportes - HISTOLOGIA

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Citoplasma 
➢ Membrana Plasmática ou Plasmalema: o 
componente mais externo do citoplasma; é ela 
que delimita o meio intracelular e o extracelular. 
➢ No citoplasma se localizam: o citoesqueleto, as 
organelas (mitocôndrias, o retículo 
endoplasmático, o complexo de Golgi, os 
lisossomos e os peroxissomos) e os depósitos ou 
inclusões, geralmente temporários, de hidrato de 
carbono, proteínas, lipídeos ou pigmentos. 
➢ Matriz citoplasmática /citosol / hialoplasma: 
• Preenche a cavidade celular; 
• Consistência: variável entre um sol e um gel; 
• Composta por aminoácidos, proteínas, outras 
macromoléculas, nutrientes energéticos e íons. 
Membrana Plasmática 
➢ Membrana plasmática ou plasmalema tem a 
espessura de 7,5 a 10nm; 
➢ Apresenta uma estrutura trilaminar (2 hidrofílicas 
e 1 hidrofóbica), denominada unidade de 
membrana; 
➢ Apresenta duas camadas de moléculas de 
fosfolipídios, com seus grupamentos não polares 
(hidrofóbicos) voltados para o centro; e os 
grupamentos polares (hidrofílicos) que ficam nas 
duas superfícies da membrana. 
 
➢ Composição química: lipoproteica (fosfolipídios 
+ proteínas) 
OBS.: células animais: também apresentam 
colesterol; e as células vegetais apresentam 
fitoesterol. Os dois componentes diminuem a fluidez 
da membrana e promovem maior estabilidade 
mecânica. 
➢ 50% do peso da membrana é composto por 
proteínas; 
Funções 
• Proteção; 
• Delimita o espaço intracelular e extracelular; 
• Permeabilidade seletiva: controle de entrada e 
saída de moléculas. 
• Manutenção da constância do meio intracelular. 
Modelo de mosaico fluído Singer e Nicholson 
• A membrana é fluida devido ao movimento dos 
fosfolipídios que se aproximam e se afastam. 
• As proteínas, encontram-se encrustadas entre os 
fosfolipídios ou superficialmente, distribuindo-se de 
forma semelhante a um mosaico. 
• Os fosfolipídios se organizam em uma “dupla 
camada”. 
A bicamada e as proteínas 
➢ Nas membranas, a composição lipídica de cada 
metade da bicamada é diferente, criando uma 
assimetria. 
➢ Nas hemácias, por exemplo, existe maior 
abundância de fosfatidilcolina e esfingomielina 
na camada externa, enquanto fosfatidilserina e 
fosfatidiletanolamina concentram-se mais na 
metade interna. 
➢ Os glicolipídios têm cadeias de oligosacarídios 
que se projetam para fora, a partir da superfície 
celular, contribuindo para acentuar a assimetria 
de membrana plasmática. 
➢ Proteínas 
• Proteínas periféricas: fracamente 
associadas à membrana; superficialmente; 
• Proteína integrina parcial: inserem-se 
parcialmente na membrana. 
• Proteína integrina transmembrana de 
passagem única: inserem-se totalmente 
na membrana uma única vez. 
• Proteína integrina transmembrana de 
passagem múltipla: inserem-se 
totalmente na membrana várias vezes. 
 
OBS.: as proteínas periféricas podem ser 
facilmente extraídas por meio de soluções salinas, 
porém as proteínas integrais só podem ser extraídas 
após a destruição da estrutura da membrana, 
geralmente por detergentes. 
OBS.: as proteínas da membrana são sintetizadas 
no reticulo endoplasmático rugoso/granuloso 
(RER), completadas no complexo de Golgi e 
transportada para a superfície celular em vesículas. 
OBS.: algumas dessas moléculas são poros 
funcionais, por onde transmitem certos íons e 
moléculas. Outras proteínas da membrana plasmática 
são receptores de hormônios, ou de outras 
moléculas, e de macromoléculas estruturais do meio 
extracelular. 
Glicocálix(ce) 
A superfície externa da membrana é recoberta por uma 
camada mal delimitada, rica em hidratos de carbono, o 
glicocálice ou glicocálix. 
➢ É uma expansão da membrana plasmática; 
➢ Constituído pelas cadeias glicídicas das 
glicoproteínas e glicolipídios da membrana e 
glicoproteínas e proteoglicanos secretados pela 
célula. 
➢ Participa do reconhecimento entre as células 
(“digital da célula”), auxilia na adesão da célula 
com outras ou com as moléculas extracelulares; 
auxiliar na proteção contra danos químicos e 
físicos, além disso tem função antigênica 
(funciona como antígeno). 
➢ 10 a 50 nm de espessura. 
OBS.: o glicocálix tem carga negativa devido à 
presença dos sulfatos e carboxilas das cadeias. Nesse 
sentido, torna-se uma região muito hidratada, devido 
a H2O advinda do Na+. Formando assim, uma camada 
de proteção contra danos físicos e químicos. 
OBS.: a presença do glicocálix não altera a 
permeabilidade da célula. O que altera a 
permeabilidade é a quantidade de lipídeos e não 
carboidratos (glicídios). 
 
 
Tipos de Transporte 
Transporte Passivo 
Difusão simples (passiva): 
➢ Distribuição homogenia de soluto; 
➢ Ocorre quando adicionado um soluto em um 
solvente 
➢ O soluto tende a se distribuir homogeneamente 
pelo solvente 
 
Difusão facilitada: 
➢ Proteínas carreadoras, permeases, atuam 
facilitando a passagem de certas substâncias 
importantes para a célula. 
➢ A favor do gradiente de concentração. 
 
Osmose: 
➢ Passagem de solventes da solução menos 
concentrada para amais concentrada 
➢ Precisa-se de uma barreira semipermeável 
 
Transporte ativo: 
➢ Gasta ATP; 
➢ Absorve/ elimina pequenas moléculas contra o 
gradiente de concentração; 
➢ Utiliza bombas ou permeases. 
 
Resumo: 
 
Transporte em quantidade 
Endocitose mediada por receptores: 
 
➢ A superfície celular contém receptores 
(proteínas) para diversas moléculas, como 
hormônios e proteicos e lipoproteínas de baixa 
densidade (LDL, low density lipoproteins). 
➢ Os receptores podem estar espalhados ou 
localizados em áreas restritas (fossetas 
cobertas, coated pits). 
➢ Nas fossetas, na parte interna da célula, 
existem proteínas de função estabilizadora: 
as Clatrinas. 
➢ A molécula que interagem com o receptor é o 
ligante. 
➢ Com a união dos ligantes e receptores, as 
clatrinas e proteínas associadas formam uma 
malha de hexágonos e pentágonos. Formando 
vesículas cobertas (coated vesicles) que se 
destacam da membrana. 
➢ As vesículas cobertas, logo que penetram no 
citoplasma, perdem o revestimento de clatrina 
e se fundem com os endossomos. 
➢ As bombas de H+ dos endossomos, acionadas 
pela energia do ATP, acidificam o interior da 
organela. 
➢ Devido a acidificação do meio, as moléculas de 
clatrina se separam das vesículas cobertas e 
voltam para a face interna da membrana para 
serem reutilizadas (1ª reciclagem da 
membrana). 
➢ Posteriormente, também devido a acidez do 
endossomo, os receptores se separam de 
seus ligantes e retornam à superfície celular 
para serem reutilizados (2ª reciclagem da 
membrana). 
➢ Os ligantes, geralmente, são transferidos para 
endossomos mais profundamente situados 
no citoplasma. Entretanto, em alguns casos o 
ligante é devolvido ao meio extracelular 
para ser reutilizado. Além disso, em outros 
casos, o complexo ligante com receptor passa 
dos endossomos para os lisossomos, nos 
quais são digeridos pelas enzimas 
lisossomais. 
OBS.: Endossomos - Um sistema de vesículas e 
túbulos localizados no citosol, nas proximidades da 
superfície celular, Early endosomes ou mais 
profundamente, late endosomes. Em conjunto, eles 
formam o compartimento endossomal. 
Fagocitose: 
➢ Por envaginação (para fora); 
➢ Pseudópodes 
➢ “Sólidos” 
➢ Alguns tipos celulares, como os macrófagos e 
os leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos), 
são especializados em englobar e eliminar 
bactérias, fungos, protozoários, células 
lesionadas e moléculas que se tornam 
desnecessárias. 
➢ Depende da ligação da partícula com 
receptores da superfície celular: o ligante 
aderido ao receptor promove modificações na 
camada citoplasmática (camada cortical, 
localizada logo abaixo da membrana). 
➢ A camada cortical contém muitos filamentos de 
actina e, normalmente, consistência de um gel. 
➢ O complexo ligante-receptor desencadeia um 
processo mediado por Ca2+ que ativa a 
proteína gelsolina e transforma o gel cortical 
em um sol, tomando possível que a célula 
emita os pseudópodos da fagocitose. 
➢ Posteriormente,as bordas dos pseudópodos 
se fundem, formando o fagossomo (vesícula). 
 
Pinocitose: 
➢ Por invaginação (para dentro); 
➢ Microcanal; 
➢ “Líquidos” 
➢ Se formam pequenas invaginações na 
membrana, que envolve o fluido extracelular 
e as substâncias nele contidas. As vesículas 
de pinocitose destacam-se da membrana pela 
atividade do citoesqueleto, são puxadas para 
profundidade do citoplasma e, na maioria das 
vezes, fundem-se com lisossomos. 
➢ Nas células endoteliais dos capilares 
sanguíneos, as vesículas de pinocitose são 
impulsionadas pelo citoesqueleto e proteínas 
motoras até a superfície oposta da célula, onde 
se fundem com a membrana plasmática e 
liberam seu conteúdo para o meio extracelular. 
Nesse caso, a pinocitose tem a função de 
movimentar moléculas do sangue dos vasos 
capilares para o meio extracelular dos tecidos. 
 
Resumo: 
 
Exocitose: 
➢ “Expulsão” 
➢ Consiste na fusão de vesículas citoplasmáticas 
com a membrana plasmática e na expulsão do 
conteúdo da vesícula para meio extracelular. 
➢ Sem ruptura da superfície celular 
OBS.: A exocitose é um processo complexo, pois todas 
as membranas da célula têm carga negativa, por 
causa dos radicais fosfatos nos fosfolipídios. Por isso, 
quando estruturas cobertas por membranas se 
aproximam, elas se repelem, exceto quando existem 
interações moleculares que determinam o 
processo de fusão. É o que acontece na exocitose, 
que é mediada por diversas proteínas específicas 
(proteínas fusogênicas). 
OBS.: Na exocitose há fusão da membrana da 
vesícula citoplasmática com a membrana 
plasmática, porém na endocitose se forma uma 
vesícula utilizando porções da membrana 
plasmática. Assim, na exocitose a superfície celular 
ganha membrana, e na endocitose, perde. As 
porções de membrana retiradas pela endocitose 
retomam à membrana plasmática pela exocitose, 
formando-se um fluxo de membrana.

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