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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CHAPECÓ – SANTA CATARINA: 
Sergio da Silva, brasileiro, solteiro, supervisor operacional, inscrito no RG n° XXXX e no CPF XXXX, residente e domiciliado em Chapecó - SC, bairro Palmital na rua Paraíba, n° XXX, onde receberá notificações e intimações futuras, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor indenização por dano moral com fundamento no artigo 319 do CPC e demais dispositivos artigos 186 e 927 do CC em desfavor face da empresa ALFA, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ XXXX, com sede XXXX, CEP: XXXX, XXXX pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n° XXX, situada na avenida Getúlio Dornelles Vargas, n° XXX, bairro Centro, Chapecó – SC. CEP: XXXX, CNPJ XXXX, endereço XXXX CEP XXX, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
1 – DOS FATOS
1.0 Sergio da Silva recebeu uma ligação que lhe era ofertado um plano pós-pago de telefonia móvel da empresa ALFA.
2.0 Sergio recusou a oferta, pois o plano que possuía com outra empresa lhe era mais vantajoso.
3.0 Alguns dias depois Sergio tentou concretizar a compra de um veículo, com oferta especial em razão da redução do IPI do tempo determinado.
4.0 Mediante financiamento, se viu frustrado o negócio, ante a informação de que o crédito lhe fora negado. Uma vez que seu nome estava inscrito nos cadastros de maus pagadores pela empresa ALFA.
5.0 Ao entrar em contato com a empresa, foi informado que ele havia confirmado a contratação do serviço na data em que recebeu a ligação de oferta do plano e que estavam sendo emitidas faturas desde então.
2 – DO DIREITO
O ordenamento jurídico é enfático que todo dano moral deve partir de uma causa, mesmo sendo um ato de oferta de produto em apropriação de benefício por parte de uma pessoa, como um ato de favor da outra. Mas o legislador antecipou que ninguém poderá violar direito de outrem, o ordenamento jurídico não admite, desta forma, que alguém viole a moral de outrem, sem que esse negócio jurídico proceda de uma causa jurídica.
Por tanto, os pedidos do requerente encontram respaldo no artigo 186 do Código Civil, “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, comete ato ilícito”.
Sendo que a aversão ao dano moral indevido ou sem causa encontra respaldo no princípio da dignidade, que veda que a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física ou jurídica, provocado por fato lesivo.
	Neste caso o requerente recusou a oferta do plano pós-pago, acreditando que não teria problema algum, visto que recusou a posse do mesmo.
	O artigo 927 do Código Civil, dispõe: “aquele que, por ato ilícito (art.186), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
	Portanto, aquele que causou dano moral indevido, sem causa, fica obrigado a repará-lo.
	Enfatiza o parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
	Portanto o réu tem o dever de reparar o dano, que lhe foi causado ao autor.
	No caso em tela, a análise da situação comprova um desiquilíbrio por parte do réu, sendo que o autor recusou a oferta do plano pós-pago, a qual acreditava que não teria problemas após recusar a oferta, mas após alguns dias teve seu nome inscrito nos cadastros de maus pagadores.
3 – DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, REQUER:
a) A citação da empresa requerida, para que responda aos termos da presente ação, contestando-a, caso queira, no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto a matéria de fato;
b) A inversão do ônus da prova, com fulcro no artigo 6°, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, em vista que se trata o caso, de evidente relação de consumo e claramente ocorre um gritante desequilíbrio processual atinente à capacidade técnica e financeira de produção de provas sobre os fatos;
c) A total procedência dos pedidos, para que a requerida seja obrigada a reparar os danos morais, devido aos motivos já esclarecidos, bem como seja também condenada ao pagamento de uma indenização por danos morais a ser arbitrada por Vossa Excelência, em patamar não inferior a R$ 7.510,43 (sete mil quinhentos e dez reais com quarenta e três centavos);
d) A condenação da ré no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, na forma da lei;
e) Os benefícios da justiça gratuita;
f) O direito de provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente pelo depoimento pessoal de autor e do representante legal da ré, oitava de testemunhas, perícias, vistorias, acareações e quaisquer outros necessários para o deslinde da questão.
Dá-se à causa o valor de R$ 7.510,43.
Nesses termos, pede deferimento.
Chapecó, 16 de abril de 2021.
Mateus Mendes
OAB XXXXX/SC

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