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1 Hoje em dia, grande parte das entrevistas é feita via e-mail. O entrevistador envia as perguntas e o entre- vistado responde por escrito. No entanto, esse não foi o caso da entrevista apresentada. Justifique essa afirmação. A pessoa que fez a entrevista e a redigiu para a revista impressa indicou os momentos em que a entrevistada riu ao dar determinadas respostas e usou, para isso, a palavra risos entre parênteses. 2 Larissa Manoela, por ser uma adolescente, tem uma fala típica desse grupo social. a) Retire um trecho do texto que comprove a manifes- tação da variação social em seu discurso. “Mega a minha cara e com meu toque”, “galera que curte o meu trabalho”, “a revista tem super a minha cara”. b) A fala da garota está inserida em uma entrevista oral que foi transposta para a linguagem escrita. Conside- rando a origem da atriz, deduz-se que ela tem acesso ao estudo sistemático da norma-padrão. No entanto, verificamos alguns desvios da norma e um alto grau de informalidade. Retire do texto um exemplo que justifique essa afirmação. Respostas possíveis: “Foi uma das melhores coisas que já me aconteceu” (já me aconteceram) / curte / passagens já indicadas no item a). c) Por que esse registro informal não é inadequado ao contexto comunicativo? Porque se trata de uma entrevista descontraída e que tem como público-alvo jovens como a entrevistada. 3 Nós vimos que a escrita não tem replay; logo, para ga- rantir o entendimento do leitor, ela tem de prezar pela organização e pela clareza. Na charge acima, o menino tem uma impressão negativa das pessoas daquele es- tabelecimento por não ter entendido o significado da placa. a) O que ele entendeu? Ele entendeu que as pessoas que atendiam no estabelecimento usavam sempre as mesmas roupas íntimas. b) Considerando o contexto da mensagem na loja, reescreva a frase sem gerar dupla interpretação. Não trocamos o produto quando são roupas íntimas. 4 Caso se tratasse de uma situação de comunicação oral entre a vendedora da loja e um cliente, no momento do pagamento, essa mesma frase provavelmente seria compreendida corretamente. Explique por quê. Pelo contexto implícito no ato da compra, no momento do pagamento, se a compra fosse de uma roupa íntima, a frase da vendedora seria compreendida pelo cliente como uma advertência: não seria possível fazer trocas. © G la u c o G ó e s /A c e rv o d o c a rt u n is ta 92 R ED A Ç Ã O » M Ó D U LO 17 2_PH7_EF2_RED_C3_085a095_M17.indd 92 4/2/18 11:23 AM 5 Para entender o segundo quadro da tirinha acima, em que não há fala nos balões, é preciso ter em vista a comunicação anterior entre Anjinho e Cebolinha. Isso porque o gênero tirinha reproduz, por meio da imagem, uma situação de comunicação oral. Explique qual foi a informação implícita compreendida por Cebolinha. As portas dos banheiros são marcadas por símbolos indicativos de sexo: masculino ou feminino. Como o Anjinho ficou sem saber em que banheiro entrar, deduz-se que a resposta à pergunta de Cebolinha é afirmativa, ou seja, que é verdade que os anjos não têm sexo. 6 A informação implícita no contexto fica evidente quando Cebolinha olha para Anjinho. a) Quais são os recursos gráficos usados para represen- tar o que foi compreendido por Cebolinha? Os pontos de interrogação como pensamentos de Anjinho, sua expressão facial e corporal de desespero e indecisão e as gotinhas de suor. b) Escreva uma frase que comunique a informação do último quadrinho. Sugestão de resposta: “Meu Deus, e agora, qual banheiro devo usar?!?”. 7 Nem todas as palavras da fala de Cebolinha estão re- gistradas em conformidade com a escrita convencional. Explique por que isso acontece e indique qual foi o recurso empregado para sinalizar essa diferença entre a fala e a escrita. Uma das características da fala de Cebolinha é não conseguir pronunciar corretamente os sons registrados pela letra R. Nas tirinhas, os balões reproduzem situações de fala. Assim, para indicar o problema de Cebolinha, o quadrinho reproduz o modo como o personagem pronuncia as palavras, que não corresponde à escrita- -padrão, e sinaliza isso com o uso do negrito. 8 Nas redes sociais, os memes reproduzem, por escrito, expressões ou frases que seriam faladas. Esse recurso pode ser empregado em algumas situações comunica- tivas que dependam de informações implícitas entre os falantes, conferindo maior sentido à frase utilizada por quem fez a postagem. T h e L e n /S h u tt e rs to ck AI MEU DEUS! saiu a nota? eu passei? eu passei! EU PAASSEEEIII!!! © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a E d it o ra L td a . 93 R ED A Ç Ã O » M Ó D U LO 17 2_PH7_EF2_RED_C3_085a095_M17.indd 93 4/2/18 11:23 AM a) Cite duas situações diferentes que seriam propícias a essa postagem. Sugestões: Aluno feliz porque passou nos exames; Candidato a concurso quando vê que foi aprovado. b) Quais foram os recursos que o meme explorou nas linguagens verbal e visual para representar a fala? Linguagem verbal: a opção pelas letras maiúsculas; a repetição da palavra passei seguida de interrogação (momento da dúvida) e depois de exclamação (momento da confirmação), a repetição das vogais na palavra passei e o uso de três pontos de exclamação. Linguagem visual: a expressão de surpresa representada pela boca aberta e pelos olhos arregalados do gato. DESENVOLVENDO HABILIDADES Roteiro de Alice no País das Maravilhas ATO 2 CENA DOIS: Cenário: A mesma floresta usada na cena anterior, po- rém, sem as placas. Agora com uma mesa comprida ao cen- tro, com várias xícaras sujas e quebradas, vários bules e jarras de café e chá. O Chapeleiro Maluco e a Lebre estão sentados no outro lado da mesa, bebendo chá. Atenção: A mesa deve ser resis- tente para que o Chapeleiro possa andar sobre ela... Alice entra em cena, fica olhando, escondida atrás de uma poltrona enorme, ela faz um movimento para se sentar... O Chapeleiro sobe em cima da mesa e começa a andar, que- brando todas as xícaras... CHAPELEIRO: Tá cheio! Tá cheio! Não tem lugar! Não tem lugar! (diz andando sobre a mesa) ALICE: Tem muito lugar! Alice se senta na poltrona. O Chapeleiro desce da mesa e se senta em uma cadeira ao lado de Alice. A Lebre pega uma jarra e uma xícara e corre até Alice... LEBRE: Tome um pouco de suco! A Lebre despeja o suco na xícara e dá a Alice. Ela olha para dentro da xícara... ALICE: Eu não vejo nenhum suco... LEBRE: Não tem nenhum mesmo. ALICE: (raiva) Então não é muito educado de sua parte oferecer! LEBRE: E não é muito educado da sua parte sentar-se sem ser convidada! ALICE: Eu não sabia que era sua mesa. Ela está arrumada para muito mais que dois convidados! CHAPELEIRO: (calmamente) Seu cabelo está precisando ser cortado. ALICE: Você deveria aprender a não fazer esse tipo de co- mentário pessoal! Isso é muito grosseiro! GANDOTTI, Arthur. Alice no País das Maravilhas. Adaptação teatral da obra de Lewis Carroll. Disponível em: <http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/2141562.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. 1 Sobr e os textos que não se encontram após os nomes dos personagens escritos em letras maiúsculas, e tam- bém sobre as informações que estão entre parênteses, só não podemos afirmar que: a) são informações que dão fundamento ao texto fa- lado no palco. b) são informações que constroem o contexto implícito compreendido pelo espectador no teatro. c) são informações que pertencem ao corpo do texto escrito e se destinam somente ao leitor do roteiro. d) são informações dirigidas aos atores, diretores e montadores para dar vivacidade à fala. 94 R ED A Ç Ã O » M Ó D U LO 17 2_PH7_EF2_RED_C3_085a095_M17.indd 94 4/2/18 11:23 AM 2 Sobre as falas das personagens, é possível afirmar que: a) Estão escritas em registro formal para que os diálo- gos nãose aproximem da língua falada. b) Estão escritas em registro informal para que os diá- logos se aproximem da língua escrita. c) Reproduzem marcas de oralidade por meio de abre- viações (tá), do uso de pontos de exclamação, e indi- ca por meio das rubricas a reconstrução do contexto implícito. d) Excluem marcas de oralidade para que o contexto implícito não apareça durante a encenação. 3 Sobre o meme, assinale a alternativa correta. M e m e d o s it e h tt p s :/ /w w w .m e m e m a k e r. n e t/ m e m e /u m -d ia -u m -e n g e n h e ir o -s e -o lh o u -n o -e s p e lh o .. .- e -o -e n g e n h e ir o -c iv il/ a) Ele faz sentido em razão, exclusivamente, da forma escrita. b) A frase inicial é inútil para o entendimento do humor. c) A imagem é dispensável para o objetivo de um meme. d) A forma escrita e sua pronúncia oral constroem sen- tidos juntas. 4 Leia os bilhetes abaixo. BILHETINHO TROCADO POR ALUNOS DURANTE A AULA “Pô, cara, tô a fim de chamar a galera pra ver um fil- me no sábado. Topa?” BILHETE ENVIADO PELA ESCOLA AOS PAIS “Prezados pais, informamos que na sexta-feira não haverá aula devido ao conselho de classe. Atenciosamente, Direção pedagógica” Texto escrito pelos autores especialmente para esta coleção. Sobre eles, podemos afirmar que: a) o bilhete trocado entre os alunos está escrito errado e o bilhete da direção está correto. b) os interlocutores não se expressariam com a mesma linguagem em um discurso oral. c) não é o tipo de linguagem (oral ou escrita) que de- termina o nível de formalidade do texto. d) no contexto escolar, só se pode optar pela linguagem formal para se expressar adequadamente. » CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Porto Alegre: L&PM, 1998. Apesar de ter sido publicada há mais de um século, mais precisamente em 1865, esta obra continua fazendo parte das leituras de jovens de todo o mundo. Na história, Alice cai em uma toca de coelho e é levada para um lugar fantástico, onde vive aventuras tão malucas quanto fascinantes. UM DIA UM ENGENHEIRO SE OLHOU NO ESPELHO... E O ENGENHEIRO CIVIL R e p ro d u ç ã o /L & P M P o ck e t 95 R ED A Ç Ã O » M Ó D U LO 17 2_PH7_EF2_RED_C3_085a095_M17.indd 95 4/2/18 11:23 AM