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1 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez Sangue Composição e função: O sangue é um tecido fluido, que possui células (hematócritos) em suspensão em um liquido (o plasma). As células correspondem a 45% do sangue e o plasma a 55%, a parte liquida tem 92% de água e os 8% restante é composto por proteínas, sais e outros constituintes orgânicos, já a parte celular temos a maior parte sendo composta por glóbulos vermelhos ou eritrócitos, também tem a presença de glóbulos brancos ou leucócitos e uma pequena porcentagem de plaquetas. Na pratica, o valor dos eritrócitos é representado pelo volume ocupado por glóbulos vermelhos. Plasma: É um liquido viscoso que possui e sua composição a água, componentes orgânicos, inorgânicos e lípides. O plasma possui mais de 100 proteínas, sendo a albumina a mais importante, pois é a que mais contribui para manutenção da pressão osmótica coloidal. Quase todas as proteinas do plasma são produzidas pelos hepatócitos, menos as imunoglobulinas que são produzidas pelos linfócitos B e por plasmócitos. Viscosidade Sanguínea Hematócritos são as células do sangue (plaquetas, glóbulos vermelhos e brancos) e os eritrócitos são os glóbulos vermelhos. O sangue pode ser mais ou menos viscoso a depender do número de células e da sua composição química, sobretudo essa variação vai sofrer mais influencia a partir do valor dos hematócritos, principalmente dos eritrócitos que são os mais abundantes. Vamos ter um processo de viscosidade alterando o fluxo sanguíneo e além disso, pode ter uma variação do fluxo a partir do calibre dos vasos. Na circulação sanguínea temos as células mais densas no centro e as menos densas ao redor dessas, sendo assim temos os eritrócitos formando uma fileira na região central e os leucócitos e as plaquetas estarão em posição lateral em relação aos eritrócitos. Ainda, há outras macromoléculas caminhando na circulação, como o fibrinogênio e as imunoglobulinas. Quando há a passagem do sangue pelos vasos de grande calibre para os capilares, vai ter uma seleção de eritrócitos, isso se deve a capacidade das células mais jovens conseguirem se deformarem para passar nesses vasos menores, enquanto que células mais velhas vão ser mais rígidas e apresentarão um formato maior e podem apresentar hemoglobina anormal, fazendo com que elas não consigam se deformar e por isso, ficarão presas nas malhas da rede capilar de diferentes tecidos e serão fagocitadas e eliminadas da circulação. A localização da plaqueta e dos leucócitos mais lateralmente vão ser muito importantes, pois havendo qualquer tipo de infecção, vai ocorrer o processo da diapedese dos leucócitos, ou seja, vai ter a 2 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez movimentação desse leucócito para os locais de inflamação e infecção, que irão deixar os vasos e irem em direção aos tecidos (quimiotaxia). Hematopoese O processo de formação das células do sangue é dado a partir de um processo denominado de hematopoese, que compreende a formação, desenvolvimento e amadurecimento das células precursoras do sangue. Como dito anteriormente, a porção celular compreende os eritrócitos, leucócitos e plaquetas, e essas células terão o mesmo precursor, que é uma célula tronco. A Hematopoiese vai ser iniciada no período embrionário na região do saco vitelínico, compreendendo o período de 0 ao 2º mês. Posteriormente haverá a hematopoiese no período do 2º ao 7º mês vai ter a migração desse processo para a região do baço e do fígado. Após o período hepatoesplenico a hematopoese vai ser feita pela porção esponjosa dos ossos, então a partir do 7º mês temos a medula óssea responsável pela produção dessas células e se manterá até a vida adulta. Posteriormente vamos ter a passagem desse processo de hematopoese apenas para os ossos longos durante a infância, e na fase adulta, teremos a hematopoese concentrada ao esqueleto central, extremidades proximais do fêmur e do úmero. Nos idosos a medula óssea vai se restringir a cabeça do fêmur, esterno, costelas e crista ilíaca (melhor local para biopsia). Desenvolvimento da linhagem mieloide e linfoide. A linhagem mieloide pode fazer uma unidade formadora que dá origem aos neutrófilos e macrófagos. Unidade formadora de eosinófilos, unidade formadora de colônias de eritrócitos (hemácia), megacariócitos -plaquetas, eritrócito, linfócito T, Linha pré T e linhagem pré-B originando o linfócito T e B, onde o B vai virar o plasmócito. Hematopoese Extramedular Como vimos, a hematopoese na fase adulta vai sendo concentrada em poucos ossos, porem teremos algumas situações em que os órgãos hematopoiéticos possam retornar a serem funcionais em produzir as células sanguíneas. Dentre esses casos temos um paciente com leucemia mieloide crônica, onde esse paciente vai ter um aumento dos leucócitos no fígado e no baço porque ele já possui estroma para produzir essas células, quando tem o estimulo das células mutadas, vamos ter um processo de hepatoesplenomegalia devido a um processo super produção de leucócitos (hiper proliferação por hematopoese de leucócitos). • A medula óssea gordurosa pode voltar a ser um tecido hematopoiético, como no caso do fígado e baço, e esse processo é chamado de hematopoese extramedular. • A medula óssea amarela pode ser convertida em medula óssea vermelha e posteriormente pode voltar a ser amarela novamente. 3 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez Fatores de Crescimento • A stem-cell tem capacidade de auto-renovação, não é comprometida com nenhuma linhagem de células e segue uma linhagem com base no estimulo que ela receber, sendo assim, ela vai polarizando a sua diferenciação a partir do que ela vai sendo estimulada a fazer. • Dentre os estímulos, temos citocinas responsáveis por esses processos, como: fatores estimuladores de colônia, unidades formadoras de colônia (CFU), interleucinas (IL-6, TNF, IL- 7...). As CFU variam de acordo com as células que serão estimuladas. • BFU (unidade formadora de eritrócitos) precede a formação de eritrócitos, pois eles precisam de dois estímulos (ou seja, precisa do CFU e BFU). • O estroma, que é um tecido conjuntivo de sustentação e nutrição será altamente vascularizado, sendo um ambiente propício para a proliferação de novas células. • O CD34 é um receptor e marcador de presente nas células que ainda estão indiferenciadas pluripotentes, esperando fatores estimuladores na medula, então temos esse CD34 agindo como uma molécula de adesão das stem-cell para fixação dos fatores estimuladores, porém, a medida em que essa célula vai amadurecendo, ela vai perdendo a expressão desse marcador, essas células só devem expressar o receptor quando não tiverem linhagem definitiva (ou seja, no processo de maturação). Dessa forma, quando o CD34 é visto em sangue periférico, é alarmante pois pode ser um marcador significativo no diagnóstico de câncer de sangue e de outros tecidos. • Os fatores de crescimento são provenientes das células estromais, com exceção da eritropoetina, que é sintetizada no rim e da trombopoetina, que é sintetizada no fígado. Esses fatores de crescimento podem estimular a proliferação ou a diferenciação de uma célula particular, além de poder estimular a produção de um receptor ou até mesmo de outro fator de crescimento. • A trombopoetina vai ser importante para estimular a formação de megacariócitos da medula óssea, além de produzir e liberar as plaquetas. • A eritropoetina, produzida nos rins vai atuar no controle e estimulação da produção das hemácias 4 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez Eritropoiese A eritropoiese é um processo com diversos estágios de maturação das hemácias, iniciando pela célula mieloide, que vai sofrer o estímulo das unidades formadoras de colônias BFU, além de ter o estimulo da eritropoetina no CFU. Aeritropoetina vai estimular a produção de hemácias porque é ela quem diz que está necessitando de mais hemácias. Assim, quando a eritropoetina estimula o CFU para agir nas células mieloides, ela vai se diferenciar em proeritroblasto. O proeritroblasto vai se diferenciar em eritroblasto basófilo, posteriormente em eritroblasto policromático, depois em eritroblasto ortocromático e depois em reticulócito. Quando ele vira reticulócito, vai estar sem o núcleo. A medida em que a hemácia vai amadurecendo, ela vai diminuindo o núcleo, vai formando um núcleo piquinótico, porque esse espaço citoplasmático da hemácia que tinha o núcleo vai sendo preenchido por hemoglobina, até que o núcleo sofra um processo de exclusão (exocitose do núcleo). Boa parte dos reticulócitos vão ficar na medula sanguínea, mas alguns vão para a corrente sanguínea. A diferença do reticulócito para hemácia é que no reticulócito temos resquício de material genético e na hemácia não. Esses reticulócitos vão perder esse material genético quando eles passarem pelos capilares sinusóides do baço, onde sofrerão ação dos macrófagos esplênicos transformando os eritrócitos cheios de hemoglobina em eritrócitos maduros. 5 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez Regulação da Produção A produção de hemácias é regulada pela oxigenação dos tecidos, que vai estimular a medula óssea, sendo assim, com baixa de oxigênio vai ter uma estimulação da produção e com uma alta do oxigênio, vai deprimir essa estimulação. • ERITROPOETINA Quando tem uma diminuição da oxigenação sanguínea, teremos a produção e secreção da eritropoetina (EPO) pelos rins, e essa eritropoetina vai se ligar aos seus receptores presentes na medula, estimulando a produção dos eritrócitos. A eritropoetina será produzida nas células intersticiais peritubulares renais (90%) e a outra parte da sua produção será por meio do fígado e pelos macrófagos da medula óssea. A eritropoetina vai agir na estimulação da produção de células indiferenciadas da medula, além de estimular o amadurecimento dessas células, estimula a síntese de hemoglobina (hemoglobinização), além de aumentar a quantidade de reticulócitos no sangue. Diminuição de O2 nos tecidos ➮ EPO ➮ Medula Óssea ➮ Aumenta produção de Eritrócitos. É responsável pela expressão de genes da biossíntese de heme e do receptor da transferrina. Mecanismo de autorregularão: quando ocorre a doação de sangue, o individuo vai perder muita hemácia e se tem menos hemácia, vai ter uma redução do transporte de oxigênio e o corpo vai entender que precisa de mais hemácias para poder transportar esse sangue, assim, há o processo de estimulação da eritropoetina. Influência dos andrógenos: A testosterona influencia a eritropoiese e por isso, os homens tem uma maior quantidade de hemácias e hemoglobina. Por isso, os valores de referência no hemograma serão maiores para os homens do que as mulheres. Uso clinico da Eritropoetina • Anemia da doença renal crônica (morrem as células produtoras de eritropoetina). • Síndromes mielodisplásicas (Medula para de produzir as hemácias). • Anemia da prematuridade. • Usos perioperatórios. • Anemia das doenças crônicas como artrite reumatoide. • Anemia associada ao câncer e quimioterapia. Transferrina: é uma proteina prodozida pelo figado, responsavel pelo transporte do ferro por todo o corpo. A dosagem da transefrrina normalmente é solicitada para fazer o diagnóstico diferencial das anemias microcíticas. 6 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez Fatores Nutricionais • Ferro É um elemento essencial para a formação da hemácia, sendo necessário 4 moléculas de ferro para formar uma hemácia e o ferro é adquirido pela alimentação. A maior parte do ferro que nos consumimos vai ser excretado, apenas uma pequena quantidade vai ser absorvida. Sendo assim, temos muito mais reabsorção do ferro das hemácias que morreram ou que foram destruídas pelos macrófagos, esses macrófagos vão pegar esse ferro para ser reciclado. Absorção do ferro: Temos duas formas de absorção do ferro na mucosa intestinal, que vai depender se é o ferro inorgânico ou o ferro heme. Ferro inorgânico: Adquirimos o ferro por meio da alimentação na forma de ferro3+ (ferro férrico), que vai sofrer ação da enzima ferro redutase na membrana do eritrócito, tornando-a em ferro2+ (ferro ferroso). O ferro ferroso pode ser absorvido pelo eritrócito com a ajuda da proteína de membrana (DMT1). Quando o ferro entra no eritrócito, ele pode ter dois caminhos, um seria passar direto do hepatócito para a corrente sanguínea ou pode ser armazenado no enterócito na forma de ferritina, até que ocorra a descamação do intestino e ele seja eliminado. O ferro que vai direto para a corrente sanguínea vai ser auxiliado por uma proteína chamada de ferroportina, quando o ferro chega à corrente sanguínea ele vai ser oxidado a ferro férrico e segue na corrente sanguínea Ferro HEME: Esse fero vai ser absorvido no enterócito com o auxílio da proteína de membrana HT, e no enterócito ele vai sofrer ação de uma enzima que vão oxida-lo e transformá-lo em ferro ferroso, que vai passar pelo mesmo processo que o ferro inorgânico sofreu. Quando o ferro é absorvido, ele vira ferro plasmático e ele necessita de uma globulina para poder ser transportado, que é a apotransferrina, que vai se tornar a proteína transferrina. Temos receptores diferentes na transferrina e alguns receptores vão liberar o ferro pra alguns tecidos específicos, principalmente a medula óssea vermelha (para produzir mais eritrócitos) e para a placenta (em gestantes. O ferro em excesso no sangue vai ser depositado na forma de ferritina e de hemossiderina. A ferritina é a forma mais lábil (mais instável) e por isso será mais acessível, sendo assim quando precisamos de ferro nos iremos retirar da ferritina. A hemossiderina é um aglomerado de ferritina, sendo mais estável e por isso é menos acessível. Regulação do ferro: quando há uma alta ingestão de ferro na dieta, uma parte desse ferro vai ser absorvido e outra será armazenado em forma de ferritina. Além disso, temos um estoque regulador, onde se o corpo está com as reservas cheias de ferro, ele não vai querer absorver mais. Outra forma de regulação vai ser a necessidade de ferro para fazer a eritropoiese, então vai diminuir a ferritina que por consequência vai estimular uma maior absorção do ferro. Mioglobina: Transporta o oxigênio entre as fibras musculares. Metabolismo do ferro: as hemácias velhas e defeituosas vão ser destruídas liberando o ferro, porque os macrófagos pegam o eritrócito e o destroem, metabolizam a hemoglobina e pegam o ferro, que vai ser direcionado para a medula óssea, para ele ser reciclado. Quando há aumento da transferrina, não há ferro livre. Transferrina insaturada protege contra infecções. 7 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez Síntese da Hemoglobina A hemoglobina começa a ser sintetizada nos proeritroblasto e segue até o estágio de reticulócito. A hemoglobina é formada através de pirróis (succinil-CoA + glicerina), onde a junção de 4 pirróis forma uma protoporfirina IX, que se liga ao ferro e forma a molécula heme. A heme é a porfirina mais comum no corpo humano e vai ser responsável pela formação de hemoglobina, mioglobina e citocromos. HEME: Um anel de porfirina + 1 átomo de ferro. Hemoglobina: HEME + Globina. 4 cadeias de hemoglobina (alfa, beta, gama ou delta) = 1 molécula de hemoglobina. São encontradas 4 moléculas de ferro a cada molécula de hemoglobina. Além disso, cada um desses átomos pode se ligar a uma molécula de oxigênio, totalizando 4 moléculas de oxigênio por molécula de hemoglobina. Destruição das Hemácias Os eritrócitos possuem uma vida media de 120 dias, e elas serão removidas da circulação de forma extravascular pelos macrófagos que estão presentesno sistema reticuloendotelial (medula óssea, fígado e baço). Como as hemácias não possuem núcleo, a medida em que as suas enzimas vão se degradando, elas não vão sendo repostas porque não tem material genético para auxiliar nessa reposição. O reconhecimento dessas hemácias velhas se dá pela percepção da redução da atividade metabólica e a oxidação da hemoglobina. Ocorrera a formação de um agregado de proteinas na membrana da hemácia, que será reconhecida como antígenos por anticorpos IgG e pelo complemento, assim teremos a deposição de anticorpos e moléculas do complemento, essas hemácias velhas serão reconhecidas e eliminadas. As hemácias velhas são fagocitadas e decomposta em seus componentes, sendo o mais importante a membrana e hemoglobina. A hemoglobina é decomposta por globina (que é metabolizada, dando origem a aminoácidos) e com a abertura do anel da protoporfirina, libera o ferro para a recirculação via transferrina plasmática, formando bilirrubina, que vai para o fígado. O ferro permanece no macrófago e será reaproveitado para a síntese de hemoglobina. Não há no organismo via de excreção de ferro, de forma que a molécula passa a fazer parte do pool de armazenamento e poderá ser utilizada novamente para síntese de hemoglobina. A bilirrubina lipossolúvel (bilirrubina “indireta” ou não conjugada), formada a partir da abertura do anel do heme, e liberação do ferro, circula ligada à albumina, sendo retirada de circulação pelos hepatócitos. Nos hepatócitos a bilirrubina é conjugada com compostos que a tornam hidrossolúvel. O composto hidrossolúvel formado (bilirrubina “direta” ou conjugada) é excretado nos canalículos hepáticos, indo finalmente alcançar o duodeno como parte da bile. No intestino, numerosos compostos são derivados da oxidação e do metabolismo da bilirrubina direta; esse conjunto é coletivamente denominado “urobilinogênio fecal”, e seus produtos de oxidação contribuem para dar coloração às fezes. Uma parte do urobilinogênio é reabsorvida do intestino e alcança o fígado pela circulação portal (circulação enteroepática), sendo praticamente todo captado pelo hepatócito e re-excretado no intestino. Apenas quando há lesão funcional dos hepatócitos é que quantidades significativas de urobilinogênio deixam de ser captadas pelos hepatócitos e alcançam a circulação sistêmica, sendo filtrado pelo rim e aparecendo na urina. 8 Mecanismo de Defesa de Doencas Eduarda Gonzalez Portanto, a maior destruição de hemoglobina, que caracteriza as anemias hemolíticas, aumenta a concentração de bilirrubina indireta no plasma e a quantidade de urobilinogênio fecal produzida diariamente, mas não leva ao aumento grosseiro de urobilinogênio na urina; esse aumento ocorre apenas quando há lesão funcional dos hepatócitos. A hemoglobina é decomposta em globina e o catabolismo do heme dos eritrócitos libera ferro para a recirculação, via transferrina plasmática, que é transformada em bilirrubina, indo para o fígado, sendo conjugada com glicuronídeos e excretados no duodeno via bile, onde serão convertidos em estercobilinogênio e estercobilina. O estercobilinogênio e estercobilina são parcialmente reabsorvidos e excretados na urina como urobilinogênio e urobilina.
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