Coagulograma em Medicina Veterinária

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UNIBRA - Centro Universitário Brasileiro 2021.2
Curso: Bacharelado em Medicina Veterinária Turma: 5AN
Disciplina: Patologia Clínica Veterinária Profª.: Telga Lucena
Aluna: Lígia Rayssa Figueirêdo de Paiva Rodrigues
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COAGULOGRAMA
Observações de Aula
➢ Particularidades do Coagulograma
○ Definição: é um conjunto de exames responsáveis pela análise de alterações da coagulação presentes no sangue.
Com ele, é possível identificar doenças ou complicações e iniciar o tratamento o mais rápido possível.
○ Hemostasia: é o conjunto de fatores responsáveis pela manutenção do sangue no interior do espaço vascular. Para
se ter uma boa homeostasia, é necessário a integridade dos vasos, a presença de plaquetas em um número e
estado de funcionamento normal e ter o mecanismo de coagulação do sangue.
○ Processo de Manutenção da Homeostasia: quando ocorre uma lesão do tecido devido à exposição do colágeno
do tipo 3 e 4 implicando em hemorragia. As plaquetas, por sua vez, migram para o local da lesão, uma vez que elas
são a primeira barreira para impedir que continue a hemorragia. Logo, as plaquetas se ativam e liberam os
grânulos de ativação, formando o plug/coágulo plaquetário.
○ Fatores de Coagulação: alguns fatores são dependentes de vitamina K, tais como o fator II (protrombina), o fator
VII (proconvertina), o fator XI (fator de christmas) e o fator X (fator de stuart prower). Os demais fatores são
dependentes do fígado. Entretanto, os fatores dependentes de vitamina K também são produzidos no fígado de
forma que uma alteração hepática pode ocasionar hemorragia.
○ Mecanismos de Coagulação: pode ser intrínseco ou extrínseco.
➢ Diagnóstico de Coagulopatia
○ Exame Clínico: na anamnese, é preciso saber a data do primeiro episódio de sangramento, se toma alguma
medicação, se apresenta carrapatos, se há sinais de hepatopatias e se teve acesso a rodenticidas.
○ Exames Laboratoriais: teste de número e função plaquetária e o teste de alteração do mecanismo de coagulação.
■ Teste de Função Plaquetária: observa-se a contagem de plaquetas, o tempo de sangramento e a retração
do coágulo.
■ Teste de Alteração do Mecanismo de Coagulação: observa-se o tempo de coagulação, o tempo de
atividade de protrombina, o tempo de tromboplastina parcial ativada, a dosagem do fibrinogênio e o
tempo de protrombina.
➢ Coagulopatias de Origem Plaquetária
○ Trombocitopatia: pode ser de origem congênita, tais como tomboastenia tipo Glanzman e doença de von
Willebrand, e adquirida, tais como uremia, disproteinemia, hepatopatias, doenças mieloproliferativas e utilização
de algumas drogas.
Importante: doenças mieloproliferativas são doenças da medula óssea, tais como leucemias e linfomas.
➢ Coagulopatias que Afetam o Mecanismo de Coagulação
○ Coagulopatia Hereditária: hemofilia clássica do tipo A, hemofilia B, doença de von Willebrand, deficiência de fator
XII e deficiência do fator VII ou do fato XI.
➢ Coagulopatias
○ Coagulopatias Adquiridas: deficiência de vitamina K, hepatopatia, deficiência de fibrinogênio, CID - Coagulação
Intravascular Disseminada e trombose.
Importante: a trombose, normalmente, relaciona-se com doenças endócrinas e com o uso de medicamentos.
Importante: animais com hemoparasitose, quando a doença está em estágio avançado, ficam com a visão azulada devido ao
acúmulo de sangue por causa da hemorragia interna.