Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Princípios que Regem a Matéria OBS: Os princípios não têm caráter absoluto – Deve haver uma ponderação de interesses. 1) Supremacia do Interesse Público – Estabelece as garantias, as prerrogativas do Estado, em virtude da coletividade. Ex: Desapropriação, Contratos com cláusulas exorbitantes. - O Interesse público é indisponível – Não pode abrir mão do interesse público em virtude de interesses particulares. Supremacia do Interesse Público (Prerrogativas do Estado) x Limitações que o Estado se submete = Regime Jurídico Administrativo. Todos os Princípios Administrativos decorrem da Constituição (Explicitamente ou implicitamente) 2) Legalidade – O Agente Público só atua se houver permissão da Lei. Subordinação do Agente público a Lei. 3) Impessoalidade – Não discriminação – A ideia é que quando o Administrador Público atua ele não visa a pessoa atingida pelo ato, ele vai atuar de maneira não discriminatória, não podendo nem beneficiar nem prejudicar a pessoa. Se baseia em critérios objetivos. OBS: A Doutrina costuma dizer que a impessoalidade deve agir também de modo a determinar a conduta do Agente Público a pessoa dele e sim ao Estado – pois o mesmo age em nome da Administração Pública. Não se pode pessoalizar a conduta do Agente, muito menos promover o mesmo. 4) Moralidade – Honestidade, Boa-fé de conduta, Lealdade, probidade, e não corrupção. Tratar bem a coisa pública. Logo o servidor não pode cometer conduta escandalosa ou incontinência pública de conduta. É A MORALIDADE JURÍDICA. 5) Publicidade – a Atuação administrativa deve ser transparente, pública. Viabiliza o controle social sobre toda a atuação administrativa. Funciona como requisito de eficácia dos atos administrativos. Exceção: Relevante interesse coletivo, garantia da segurança nacional, em defesa da intimidade, honra. 6) Eficiência – Inserido pela emenda 19/2008 tornando princípio expresso. É um princípio de aplicabilidade imediata. É uma atuação em que se alcança muito e com pouco gasto, busca resultados positivos. Ex: Estabilidade e Avaliação especial de desempenho. LIMPE – 5 princípios expressos no Art.37 da CF. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade O Particular age conforme PRÍNCIPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO DA LEI – Rege mais a iniciativa privada. 7) Princípio do Contraditório e da ampla defesa – Saber o que acontece no processo e o poder de se manifestar. Também são princípios expressos na CF. Art.5º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; O Contraditório e a ampla defesa embarca: 7.1) Defesa prévia (direito de formar o convencimento do administrador, ANTES DA DECISÃO) 7.2) Defesa Técnica – o Direito de se fazer representar por advogado ou pessoalmente. Súmula Vinculante 5 A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 7.3) Duplo Grau de Jurisdição – Independente de depósito. Não se pode restringir o acesso ao recurso por meio de exigência de caução ou depósito, inclusive nos processos Administrativos. Súmula Vinculante 21 É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Art.5º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Princípios Implícitos da Administração Pública 1) Razoabilidade – Atuação conforme o padrão de aceitabilidade social. O Homem médio da sociedade considera a atuação aceitável. Limita a discricionariedade administrativa 2) Proporcionalidade – É inerente a razoabilidade. Necessidade de adequação entre meios e fins – Proporcionalidade entre o motivo que justificou a pratica do ato e a consequência. Ex: Penalidade – deve ser proporcional a conduta praticada. 3) Continuidade – Expresso na Lei 8987/95 – Atuação ininterrupta da Atividade Pública. O Estado não pode parar o que começou (Ex: Começou a construção de uma escola deve concluir o serviço, não pode interromper o serviço público por greve de servidores, não se pode para de fornecer medicamentos por falta de pagamento). Servidor Público têm direito de greve? Depende, pois o Art.42 da CF veda o Direito de Greve pros militares em geral, inclusive a sindicalização. Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. OBS: O STF entende que a vedação do Direito de greve também se estendem aos Policiais Civis. OBS: De acordo com a CF, o Direito de Greve é Norma de eficácia Limitada (a Edição de uma lei que regulamente) VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; - Em 2008 Chegou ao STF muitos mandados de injunção (usado quando não há norma regulamentadora). O STF determinou que a Lei 7783/1989 que regulamento o Direito de Greve (Lei geral) vai ser aplicada aos servidores públicos até que seja editada uma lei específica que venha regulamentar o seu direito de greve. Ex: Percentual mínimo de servidores trabalhando. a) Servidor Público em estágio probatório também pode fazer greve – pois não há lei que regulamente. b) Se a greve for lícita tem direito a ser remunerado pelo dia parado - A princípio NÃO, pois a remuneração do servidor é a contraprestação pelo serviço prestado, SALVO SE A GREVE DECORRER DE UMA CONDUTA ILÍCITA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. STF PACIFICOU este entendimento. c) Pode haver A interrupção do serviço por inadimplemento? – Ex: Se a Administração Pública não pagar energia pode parar? Por razões de ordem técnica ou por inadimplemento do usuário Sim, desde que haja uma situação de urgência e o prévio aviso, e não prejudique o funcionamento de serviço público essencial. Por motivo de ordem técnica – Faltou energia porque caiu um poste, segurança das instalações. Por inadimplemento do usuário – Deve haver um prévio aviso e deve ser resguardados os interesses da coletividade (Não pode paralisar um serviço essencial a coletividade. EX: Não pode cortar a energia de um Hospital, interromper a entrega de um medicamento, Iluminação Pública – é essencial a segurança). Exceção de contrato não cumprido ou exceptio non adimpleti contractus (se o estado não pagar o particular pode interromper a prestação?) – Se aplica ao Direito Administrativo, mas de forma postergada, SOMENTE SE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO PAGAR POR PERÍODO SUPERIOR A 90 DIAS, o particular é obrigado a suportar o inadimplemento por até 90 dias. 4) Princípio da Autotutela – A Administração Pública têm um poder-dever de rever os atos praticados por ela INDEPENDEMENTE DE PROVOCAÇÃO, deve rever seus atos de ofício. OBS: O Direito da Administração Pública não afasta a tutela jurisdicional – Pode haver um controle do Judiciário dos atos da Administração Pública. 5) Princípio da Motivação – a Administração Pública deve fundamentar seus atos, motivando. Exceção: A Livre nomeação/exoneração dos servidores ocupantes de cargos em Comissão, pois a própria CF permite isso. 6) Segurança Jurídica – A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito nem a coisa julgada. PODERES /DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Os poderes administrativos são instrumentais, para que a Administração Pública possa atender a coletividade. - Só são legítimos se indispensáveis aos interesses públicos. - Uso e abuso de poder (Art 5º, XXIV, “a”, CF); Abuso de Poder – o Administrador extrapolou os poderes conferidos a ele. O Abuso de Poder se divide em: 1) Excesso de Poder (vício na competência). É um Vício na competência para praticar o Ato. Ex: Um fiscal da vigilância sanitária que teria competência para autuar ou apreender mercadoria e ele interdita o estabelecimento (cometeu um excesso). 2) Desvio de poder (desvio de finalidade) - É Praticar um ato com finalidade diferente do que a lei regulamentou . Ele geralmente vem camuflado de uma falsa aparência de legalidade, por isso é mais difícil de identificar. O QUE É RELEVANTE OU NÃO (MUITO SUBJETIVO). Ex: Cidade A e Cidade B, o prefeito quer construir uma estrada, A é mais perto (caminho), Só que passando por B (Possui uma propriedade do amigo do prefeito), sendo que a propriedade é deserta e sem valor, só que o prefeito vai desapropriar (tramites legais) Só pra beneficiar o amigo. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (Prerrogativas indispensáveis). PODER DISCRICIONÁRIO - A lei prevê a prática do ato, mas dá uma margem de escolha ao Administrador Público. EX: Alienação de bem público móveis – Pode ser por meio das modalidades de concorrência de concorrência ou leilão. - Há uma margem pra Oportunidade e Conveniência - Pode sofrer Limitações e ser passível Controle Judicial (observar Legalidade do Ato) - Discricionariedade é diferente de Arbitrariedade (atitude vedada) - Discricionariedade É DIFERENTE DE conceitos jurídicos indeterminados – são abstratos (situações postas pela lei que necessita de uma outra lei que complemente (que explique). Ex: Segurança Nacional, Função social, bons costumes, paz pública, moralidade pública, passeata tumultuosa, espetáculos pornográficos (estes conceitos são difíceis de exprimir. (Vai estar ne lei, por isso não é discricionário). Ex: o Estado pode fechar locais em que considere ser um ambiente pornográfico. Em regra o Juiz não pode autorizar o funcionamento por ser um Ato Discricionário – O Juiz deve observar se o ato foi praticado dentro dos limites da Lei (Julgará o aspecto da legalidade – o Juiz NÃO PODE CONTROLAR O MÉRITO – Oportunidade e Conveniência. Pornografia x Arte – Deve haver uma razoabilidade. PODER VINCULADO - A Lei prevê a prática do ato administrativo e ela mesmo regulamenta o ato, estabelecendo os critérios objetivos de atuação. NÃO PERMITE JUÍZO DE OPORTUNIDADE E CONVENIÊNCIA Ex: Se o servidor faltar mais de 30 dias DEVE SER DEMITIDO (Inassiduidade ambiental). PODER NORMATIVO - Poder que a Administração Pública têm de editar normas gerais e abstratas obedientes a lei. Editar atos normativos inferiores a lei. - Poder que a Administração Pública de editar Resoluções, Regulamentos (FORMA do ato) , Decretos Regulamentares(o regulamento é expedido em forma de decreto). OBS; Regulamentos e Decretos Regulamentares – SÃO ATOS PRIVATIVOS DO CHEFE DO EXECUTIVO. - OBS: o PODER REGULAMENTAR É uma espécie do Poder Normativo. É ato privativo do Chefe do Executivo DE EDITAR REGULAMENTOS E DECRETOS. - Abuso de Poder Regulamentar ( Art 49, V, CF). Explicar a aplicabilidade da norma, toda e qualquer lei pode ser regulamentada. Algumas normas necessitam de regulamentação. ELE NÃO PODE ALTERAR O SENTIDO DA LEI (O Legislativo tem competência para sustar estes atos). - O Direito Comparado divide os Regulamentos em dois grupos a) Regulamento Executivo – Expedido para a fiel execução da Lei. Editado para facilitar a aplicação do texto legal. b) Regulamento autônomo ou Decreto autônomo – é um regulamento substituto da Lei – é aquele que é editado para substituir o texto da Lei. No Brasil, no primeiro momento não é possível o decreto autônomo (REGRA GERAL) com exceção do Art.84, VI da Constituição Federal. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; PODER HIERÁRQUICO - Poder de estruturação internamente a Administração Pública – Criando órgãos, nomeando servidores e distribuindo competências. OBS: Não há hierarquia entre pessoas jurídicas diferentes. EX: Não existe hierarquia entre a União e Estados. Efeitos: - Comando - Dever de Obediência - Fiscalização Delegação – Depende de norma autorizadora. Art. 13 . Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. (Destacamos) Avocação – Chamar para si. Inexistência de competência exclusiva. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. - Subordinação e Vinculação (VERIFICAR DIFERENÇA). Subordinação é um fenômeno de caráter interno decorrente do poder hierárquico No âmbito da Administração Pública Direta, temos os órgãos integrantes da estrutura administrativa, direta ou indiretamente, SUBORDINADOS ao órgão público independente (Presidência da República, Governo do Estado ou Prefeitura). Assim, temos os ministérios subordinados à Presidência da República, as secretarias estaduais subordinadas ao respectivo governo estadual e as secretarias municipais subordinadas à respectiva prefeitura. A ideia de subordinação decorre da hierarquia, que só se manifesta no interior de uma mesma Pessoa Jurídica, entre seus órgãos públicos. No entanto, em relação a Pessoas Jurídicas diversas, entidades da Administração Pública Indireta, dotadas de Personalidade Jurídica Própria, não há SUBORDINAÇÃO, mas sim VINCULAÇÃO à Pessoa Jurídica da Administração Direta ou a Órgão Público (Ministério/Secretaria) integrante de sua estrutura. Portanto, a relação de um Ministério com a Presidência da República é de SUBORDINAÇÃO. Por outro lado, a relação de uma autarquia federal com a Presidência ou com algum Ministério, será de VINCULAÇÃO. Exemplificando, o Ministério da Justiça é Subordinado à Presidência da República (órgão independente). Já o INSS, autarquia federal, é VINCULADO ao Ministério da Previdência Social. PODER DISCIPLINAR - Poder da Administração Pública têm de sancionar (aplicar penalidades). - Terá que haver um vínculo funcional ou especial (contrato administrativo ou um vínculo hierárquico). Ex: o Poder da Direção da escola em suspender um aluno – pois o mesmo tem uma relação especial com o Estado. - Direito Penal (tipicidade) e Direito Punitivo Funcional (discricionariedade). OBS: Nem todo ato punitivo funcional vai ser punido no âmbito penal, mas em alguns casos do direito penal (crime contra a administração pública, ele OBRIGATORIAMENTE vai ser punido no âmbito disciplinar , sob pena de responder por condescendência criminosa). PODER DE POLÍCIA Conceito de Poder de Polícia Administrativa (art 78 CTN) – Código Tributário Nacional. Art. 78 do CTN. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.PODER DE IMPOR LIMITES E RESTRIÇÕES AO PARTICULAR EM VIRTUDE DA COLETIVIDADE – liberdade, propriedade, etc – Ex: Restringir o Direito de Propriedade (quem mora na beira mar só pode construir prédio de 4 andares para garantir a ventilação). EX: A Necessidade de ter licença para construir uma obra. - Decorre de uma supremacia geral, o poder de polícia enseja obrigações. É Discricionário em regra, entretanto existe exceção: Ex: A Licença para construir, uma vez atendidas as exigências deve a Administração Pública conceder. - Possui imperatividade – A Administração impõe uma obrigação ao particular independente da concordância dele. Ex: Não pode estacionar, se estacionar vai ser multado ou ter o carro rebocado. - Possui coercibilidade – O Estado pode se valer de meios indireto de coerção. Ex: Quando aplica uma multa. - Possui Autoexecutoriedade ou Executoriedade. É a possibilidade que tem a Administração de, com seus próprios meios, executar suas decisões, sem precisar de autorização prévia do Poder Judiciário. EX: Carro estacionado no lugar de ambulância a Administração pode rebocar. OBS: A Autoexecutoriedade decorre de lei ou de medidas urgentes. - É um Poder de Polícia Administrativa e não Judicial (ilícitos criminais). - Pode se manifestar por meio de atos gerais ou individuais (ex: Aplicação de uma multa). - Pertence a Administração Pública Indireta, competência conferida para realizar a atividade fiscalizatória POLÍCIA ADMINISTRATIVA E POLÍCIA JUDICIÁRIA Polícia Administrativa Polícia Judiciária Incide sobre atividade Incide sobre as pessoas Caráter preventivo Caráter repressivo Ex: Licença pra construir, Ex: Pode aplicar multa, mandar demolir quando construído sem licença Ex: Regras de utilização do solo urbano, vigilância sanitária, regras de trânsito, exercício de liberdades individuais. OBS: Os Conselhos de Profissão (Conselho Regional de Medicina, Conselho de odontologia, etc, podem suspender ou criar limitações ao poder de exercer a profissão, para atender o interesse público. Exigindo licença, punindo os maus profissionais) atuam com Poder de Polícia pois tem personalidade pública OBS: O Poder de polícia não pode ser delegado aos particulares (Pessoas de Direito Privado). Colocar radar e aplicar multa – é exercício do poder de polícia – uma empresa que controla o radar e envia ao poder público, não está havendo delegação de competência e sim uma delegação de aspectos materiais que são admitidos. PRA COLOCAR RADAR PODE contratar um particular, mas o particular não pode julgar as multas ou os recursos. O ATO DE POLÍCIA SE DIVIDE EM 4 CICLOS 1) Norma de Polícia – Norma vedação 2) Consentimento de Polícia – é delegável pois não limita direitos. 3) Fiscalização de Polícia – é delegável por ser ato executório 4) Sanção de Polícia – não pode ser delegado Prazo de Prescrição das sanções administrativas do Poder de Polícia – Prescreve em 5 anos. OBS: Quando instalado um processo administrativo para aplicação de sanção oriunda do Poder de Polícia e a Administração Pública ficar inerte, haverá prescrição intercorrente se decorrer 3 ANOS INERTE. Se o fato configurar ilícito penal, será considerado o prazo de prescrição punitiva prevista no Código Penal. ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO A Administração Pública pode atuar diretamente do serviço público ou centralizada – Feitas pelos entes da Administração Pública direta. A Administração Pública também pode especializar o serviço público em prol da eficiência. Atuando de maneira Descentralizada (O Estado transferindo a uma outra pessoa) que pode ser : a) Particular – mediante contratos de concessão e permissão b) Por meio de criação de uma pessoa jurídica –Pessoas criadas de forma especializada para a prestação de um determinado serviço. Criação de entes da Administração Pública Indireta – que pode criar órgãos (distribuição interna de competência entre órgãos e agentes de uma mesma pessoa jurídica, é a chamada DESCONCENTRAÇÃO). OBS: Os órgãos Públicos não possui personalidade jurídica, logo: são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”. Por isso mesmo, os órgãos não têm personalidade jurídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes". a) Não responde (capacidade jurídica). Ex: Ninguém processa o Detran, a prefeitura, a escola, pois não têm personalidade jurídica. b) Não são sujeitos de direitos e obrigações. OBS: Exceção – a Lei pode atribuir capacidade processual a alguns órgãos, podendo figurar na ação em nome do órgão em nome dele e não da pessoa jurídica. EX: Ministério Público. Administração Pública Indireta - Têm personalidade jurídica própria – são pessoas jurídicas titulares de direitos e obrigações. Não se confunde com os entes da Administração Pública direta responsável por sua criação. RESPONDE POR SEUS ATOS. - Possuem autonomia financeira, administrativa. - São criadas e extintas por meio de lei específicas? (Princípio da Simetria). Exceção: Art 37, XIX da CF. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. Autarquias – É CRIADA por Lei específica. NÃO PRECISA DE REGISTRO DOS ATOS CONSTITUTIVOS Fundação, Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista – SÃO AUTORIZADAS POR LEI ESPECÍFICA. É O REGISTRO QUE CRIA ESTAS ENTIDADES – DEPENDEM DE REGISTRO. OBS: Estas entidades têm finalidade específica (A lei específica vai delimitar a finalidade) quando criar ou autorizar a entidade, de forma especializada. PRESTAM SERVIÇO PÚBLICO, finalidade não lucrativa. - Estas entidades se submetem ao controle da Administração Pública Direta que foi responsável pela sua criação – CONTROLE FINALÍSTICO – TUTELA ADMINISTRATIVA-VINCULAÇÃO- SUPERVISÃO. OBS: Este controle das entidades da Administração Pública Indireta NÃO É HIERÁRQUICO (porque são pessoas jurídicas diferentes, não é dentro da mesma pessoa jurídica – recurso escalonado). Ex: Uma pessoa interpõe um recurso hierárquico dentro do INSS para o Diretor e este denega (é um recurso hierárquico) se a Lei prevê um recurso para a União (este recurso não é Hierárquico, apesar da lei chamar de hierárquico impróprio). Entidades da Administração Pública Indireta 1) Autarquias - Presta serviço Público - Possui Poder de Polícia – que não pode ser delegado. - Gozam de Capacidade Tributária – Poder de fiscalizar e arrecadar tributos - Têm personalidade jurídica de Direito Público – esta entidade têm Regime jurídico de Fazenda Pública – GOZANDO DE TODAS AS PRERROGATIVAS E RESTRIÇÕES APLICADAS AO ESTADO. Ex: Prazo Processual quádruplo pra contestar, dobro pra recorrer, remessa necessária do duplo grau de jurisdição, os bens são públicos (não podem ser penhorados), os débitos são pagos por meio de precatórios, possui imunidade tributária (imunidade recíproca), a prescrição é quinquenal, a responsabilidade civil é objetiva. O REGIME DOS SERVIDORES é Estatutário, etc. - A entidade autárquica não possui capacidade política (NÃO PODE EDITAR LEIS). As autarquias se dividem em: a) Autarquias de Controle/ Autarquias corporativas ou Profissionais - Atuam primordialmente no exercício de Poder de Polícia. - Gozam de Capacidade Tributária – fiscalizar e arrecadar tributos. - Podem limitar o exercício profissional. Ex: Conselhos de Profissão. EXCEÇÃO: A OAB – É uma entidade anômala, pois é pessoa jurídica do Direito Privado. b) Autarquia em Regime Especial b.1) Universidades Públicas - Gozam de autonomia pedagógica – Metodologia de ensino. - Maior independência na sua atuação. - Dirigentes escolhidospelos próprios membros – Corpo Docente – os Dirigentes cumprem um mandado fixo e não pode ser exonerado da noite para o dia. b.2) Agências reguladores - São criadas pra regular serviços prestados por particulares. Regulam a prestação de Serviços públicos prestados por particulares. - as Agências reguladoras Possuem poder Normativo – Poder de editarem Resoluções obrigam os prestadores dos serviços NUNCA O USUÁRIO DO SERVIÇO. - Têm uma forma diferenciada da escolha do dirigente – As Regras estão em uma Lei Geral – Regra – Nomeado pelo Chefe do Executivo com aprovação do Legislativo. Cada Lei estipula o mandato do Dirigente – A Regra é que o mesmo só pode perder o cargo mediante renúncia ou procedimento administrativo em que seja assegurado o contraditório e a ampla defesa. MAIOR AUTONOMIA AO DIRIGENTE PRA ELE TRABALHAR TRANQUILO. Saída do Cargo do Dirigente – Deve cumprir um prazo de quarentena – a Lei específica de cada Agência vai estipular o período. O DIRIGENTE FICA IMPEDIDO na quarentena de exercer atividade em NENHUMA EMPRESA REGULADA PELA AGÊNCIA QUE ELE DIRIGIU – Ex: Se era dirigente da ANEEL não pode trabalhar em nenhuma empresa que preste serviço de energia elétrica, na ANATEL (Em agência de telecomunicações). OBS: Durante a quarentena o DIRIGENTE FICA RECEBENDO O SALÁRIO INTEGRAL DURANTE O PERÍODO QUE ESTIVER EM QUARENTENA. OBS: Não confundir agência reguladora com Agência Executiva Agência Executiva – é criada por lei como autarquia comum, que vai exercer uma atividade típica de Estado. Se ela for ineficiente pode ser celebrado um contrato de gestão com o ente da Administração Direta ATRAVÉS DO CONTRATO DE GESTÃO – PODE SER POR meio de um Decreto – que pode qualificá-la como uma agência executiva, ganhando mais autonomia financeira e executiva, para que ela possa ser mais eficiente – cumprir metas definidas em um plano estratégico. A Qualificação é temporária – enquanto durar o contrato de gestão – voltando a ser uma autarquia comum após o fim do contrato de gestão. OBS: NA PROVA ELES CONFUNDEM AGÊNCIA EXECUTIVA com Agência Reguladora – FICAR ATENTO. SÓ NA AGÊNCIA REGULADORA POSSUI QUARENTENA E TEM SEU DIRIGENTE NOMEADO PELO CHEFE DO EXECUTIVO. Ex: Anatel, Anvisa, Anac, ANEEL. Ex1 – a ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações pode editar uma norma dizendo que o prestador de serviço de telefonia não pode cobrar assinatura fixa do usuário – ela pode fazer isso. Ex2 – A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) não pode criar uma norma dizendo que a falta de energia por 24 horas não gera o dever de indenizar). ELA NÃO PODE DIZER AO PARTICULAR QUE NÃO PODE REQUERER O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO. EX: 3 – A ANAC não pode obrigar a preencher o verso do cartão com seus dados pessoais. A ANAC pode criar normas no tocante ao prestador de serviços – Espaço mínimo entre cadeiras em um vôo, cobrança de bagagem. FUNDAÇÕES - É uma entidade criada pela destinação de um patrimônio PRIVADO quando sua criação. Ex: Fundação Xuxa, Fundação Viva Cazuza – SÃO FUNDAÇÕES PRIVADAS. - A Fundação Pública é uma pessoa jurídica criada com uma DESTINAÇÃO DE UM PATRIMÔNIO PÚBLICO. OBS: O Que diferencia ambas É A NATUREZA DO PATRIMÔNIO DE DESTINAÇÃO. Pode existir uma Fundação com personalidade jurídica de Direito Público – É CHAMADA DE AUTARQUIA FUNDACIONAL – Criada por lei e não autorizada por lei. Têm todas as prerrogativas de uma autarquia. Ou Fundação Pública com personalidade Jurídica de Direito Privado – Segue um Regime Misto ou Híbrido – Ela não goza das prerrogativas públicas MAS SE SUJEITA AS RESTRIÇÕES IMPOSTAS A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – respeito aos princípios, forma de contratação, etc. Divide-se em Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista. Diferenças Empresa Pública Sociedade de Economia Mista Capital 100% Público – Não admite a compra de ações (participação Societária) pois o capital é todo do Estado 100% Público – não significa que o capital deve ser todo do mesmo ente federativo. Ex: Pode ser 60% da União e 40% de Autarquia Federal . A Maioria do Capital é Público mas se admite capital privado. CAPITAL MISTO – A maioria do capital com direito a voto pertence ao Poder Público – Controle Acionário nas mãos do Estado Forma Societária Pode ser constituída sobre qualquer forma societária, inclusive S/A Só pode ser constituída sob a forma de Sociedade Anônima S/A Ação Judicial/Deslocamento de Competência São julgadas pela Justiça Federal se for matéria de natureza comum, se for justiça especializada (Trabalhista) será julgada na justiça do Trabalho. Em regra, em razão da pessoa ,tramitam na Justiça Estadual. Ações de Servidores (Natureza Trabalhista) Julgada na Justiça do Trabalho, porque o servidor é celetista. Julgada na Justiça do Trabalho Características Comuns as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista - São pessoas Jurídicas de Direito Privado – Não têm imunidade tributária, não possuem privilégios processuais, não gozam de privilégios fiscais que não sejam estendidos as demais empresas privadas. - Seus servidores são Celetistas – São empregados Regidos pela CLT; mas os empregados não podem acumular cargos, são submetidos a concurso público. - As mesmas obrigações civis – São contratos privados – regidos pelo Direito Civil. - Seguem o mesmo regime no tocante as regras processuais – Não possuem privilégios processuais, não têm prazo em dobro,etc. - NÃO Possuem prerrogativas públicas mas devem respeitar os princípios da Administração Pública – Devem licitar. Exceções: As empresas públicas, que prestem serviço público – SE SUBMETEM AO REGIME DE PRECATÓRIO – Entendimento do STF. - Podem prestar serviço público (Correios, Eletronorte) ou Explorando atividade econômica – entretanto SÃO CRIADAS COM FINALIDADE PÚBLICA – O Lucro é consequência da atividade, não é a finalidade primordial. Art. 173 da CF. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. FINALIDADE É SEMPRE PÚBLICA. Prestando serviço Público – Se aproximam mais das Regras do Direito Público, ou seja, podem usufruir de algumas prerrogativas quando estiverem prestando este tipo de serviço. Explorando atividade econômica – Se aproximam mais das Regras do Direito Privado. REGRAS DAS ESTATAIS - Quando criadas devem possuir um Conselho de Administração – Mínimo de 7 e máximo de 11 membros - Devem possuir uma Diretoria – Mínimo de 3 membros em sua composição. - A Lei pode prevê a criação de empresas subsidiárias. Ex: a Petrobrás tem a Transpetro – auxilia no transporte de combustíveis. DESDE QUE A PRÓPRIA LEI AUTORIZE quando da sua criação. Se a Lei específica que autorizou a criação da empresa estatal já possua previsão de criação de empresa subsidiária a lacuna previsão de lei específica estará sanada. NÃO PRECISA DE UMA LEI ESPECÍFICA PARA A CRIAÇÃO DE CADA EMPRESA SUBSIDIÁRIA. EXCEÇÃO JURISPRUDENCIAL DO STF AO REGIME HÍBRIDO – A Empresa de Correios e Telégrafos têm regime de Fazenda Pública – MESMAS PRERROGATIVAS DE ESTADO– Imunidade Tributária, privilégios processuais, impenhorabilidade, etc. Porque elas atuam no Regime postal que é serviço público e indelegável, é empresa pública com regime de Fazenda pública Entidades PARAESTATAIS ou Terceiro Setor - Entidades PRIVADAS que NÃO INTEGRAM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - São entidades privadas SEM FINALIDADE LUCRATIVA – que atuam ao lado do Estado. - Não compõe a Administração Pública Direta ou Indireta. - Prestam serviço de interesse público - o Estado dá a elas alguns benefícios (cessão de imóveis, benefíciosfiscais, verbas), o Estado deve controlar os recursos recebidos destas entidades – PRESTAÇÃO DE CONTAS. São 5 entidades que compõem: a) Entidades de Serviços Sociais autônomos – Sistema “s” – Sesc, Senai, SESI – A Lei deve autorizar sua criação – atuam no ensino, desporto lazer (determinadas categorias sociais e profissionais) – ATUAM NA CAPACITAÇÃO. Benefícios: - Podem cobrar tributos – Possuem capacidade tributária – Gozam de parafiscalidade – Podem cobrar mensalidades. - Recebem dinheiro público, via Orçamento público. Submetidos a controle da Administração Pública. - Realizam procedimento Licitatório Simplificado para celebrarem seus contratos, caso recebam dinheiro público – NÃO É NOS MOLDES DA LEI 8.666/93 – Lei das Licitações. b) Entidades de Apoio - Também não possuem finalidade lucrativa. - Atuam ao lado do Poder Público - NÃO SÃO CRIADAS POR LEI, o VÍNCULO É O CONVÊNIO – SÃO CRIADOS POR PARTICULARES – Mas atuam com o Poder Público celebrando CONVÊNIOS. - Pode receber Orçamento Público – Dinheiro. Cessão de bens e de Servidores Públicos, Devem realizar Procedimento Licitatório Simplificado para garantir a impessoalidade das suas contratações. Ex: Fundações de Apoio, Cooperativas de Apoio, Associações de Apoio C – Organizações Sociais – SÃO DISPENSADAS DE LICITAÇÃO - De início é uma entidade filantrópica - Sem fim lucrativo - Prestam um serviço público que não são exclusivos, em que não há necessidade de DELEGAÇÃO. - Podem celebrar Contrato de Gestão – este contrato não têm nada a ver com o contrato de Gestão das agências executivas. OBS: Só após a celebração do contrato de Gestão é que passa a ser chamada de Organização Social. Após a assinatura do Contrato de Gestão 1) Pode receber dinheiro público – mediante controle da Administração Pública. 2) Pode ter servidores cedidos 3) Cessão de imóveis pela Administração Pública 4) No conselho de Administração devem possuir servidores públicos 5) Esta ENTIDADE QUE POSSUI DISPENSA DE LICITAÇÃO – A própria lei de Licitações prevê esta dispensa. D – OSCIP – Organização Social da Sociedade Civil de Interesse Público - Mesma noção das Organizações sociais - Sem finalidade lucrativa - Prestação de serviço público não exclusivo do Estado. Ex: Saúde, Educação. - Vínculo com a Administração – Através de um TERMO DE PARCERIA – para ser classificada como OSCIP – APÓS A CELEBRAÇÃO DO Termo de parceria. ATO VINCULADO 1) Não possui cessão de servidores 2) Não há cessão de imóveis 3) Pode haver verba pública 4) Fiscalizada pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério da Justiça 5) NÃO É NECESSÁRIO A participação de servidores públicos na gestão destas entidades. 6) Estas entidades SE SUBMETEM AS REGRAS LICITATÓRIAS OBS: Não podem ser qualificadas como OSCIP – Não podem celebrar termos de parceria: Cooperativas de Trabalho, Sociedade empresárias, Partido Político, Organizações Sindicais, Entidades religiosas. OBS: Os termos de parceria não são contratos (Pois no contrato as vantagens são divergentes – um quer a prestação de serviço, o outro lucro). Não há licitação para qualificar como OSCIP. OBS: O Dinheiro Público sempre será submetido pelo controle do Tribunal de Contas. E – Organizações da Sociedade civil – Pode ser uma entidade religiosa ou uma cooperativa de trabalho. - Se submetem a Licitações Entidade Religiosa – Não pode ser só igreja, deve possuir alguma atividade filantrópica. - Mesma natureza das O”S e OSCIP – mas o vínculo jurídico é através de um: a) Termo de Colaboração – o Poder Público apresenta o plano de Trabalho. b) Termo de Fomento – O Particular apresenta o plano de Trabalho. c) Acordo de Cooperação – Quando não houver transferência de recursos públicos Diferenças Entidades de Serviços Sociais autônomos – Sistema “s” Entidades de Apoio Organizações Sociais - OSCIP Organização da Sociedade Civil Vínculo com a Administração Criadas por Autorização de LEI Convênio Contratos de Gestão – só após a assinatura do contrato de Gestão passa a ser chamada de OS Termo de Parceria – Só após assinatura recebe o nome de OSCIP Fiscalizada pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério da Justiça Termo de colaboração, Fomento ou acordo de cooperação Licitação Procedimento simplificado Procedimento simplificado DISPENSADAS DE LICITAÇÃO DEVEM LICITAR DEVEM LICITAR No conselho de Administração devem possuir servidores públicos Não há necessidade da participação de servidores públicos na gestão Pode haver cessão de bens e servidores, assim como receber orçamento público. Não podem celebrar termos de parceria: Cooperativas de Trabalho, Sociedade empresárias, Partido Político, Organizações Sindicais, Entidades religiosas. 1) Não possui cessão de servidores Pode ser entidade religiosa (que possua atividade filantrópica) e Cooperativas de Trabalho 2) Não há cessão de imóveis -Pode receber verba pública. Responsabilidade Civil do Estado O Art.37, parágrafo 6 da CF que versa sobre responsabilidade do estado § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Responsabilidade Civil do Estado Responsabilidade Objetiva – Precisa ser provada a Conduta + Dano + Nexo de Causalidade. Não importa o dolo, a culpa ou a conduta lícita ou ilícita. Responsabilidade Subjetiva - Conduta + Dano + Nexo de Causalidade + Dolo ou Culpa ou Ilicitude. Conduta – Conduta de um Agente Público atuando na qualidade de agente público. Na qualidade de particular não gera responsabilização estatal. Dano – É um dano a um bem jurídico, ainda que exclusivamente moral. Nexo de Causalidade – Demonstração que a conduta do agente público ocasionou o dano. TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA – Basta comprovar que a conduta do agente público por si só, foi suficiente a ensejar o dano. OBS: Só haverá responsabilidade civil do Estado se estiver presente os 3 elementos conjuntamente. CONDUTA+ DANO+NEXO DE CAUSALIDADE+ OBS: Quando a responsabilização estatal decorre de um ato lícito, a responsabilização do Estado decorre do princípio da Isonomia, pois a conduta apesar de lícita, pode prejudicar alguém. EX: Para prender um assaltante o policial pega o carro de um cidadão e na perseguição capota o carro do particular – o Estado irá indenizar o particular. Ex: 2 O Município constrói um cemitério em frente a um grande hotel, diminuindo drasticamente o rendimento, culminando com o fechamento do Hotel. O Hotel têm direito a indenização. Toda a coletividade então ajuíza uma ação responsabilizando o Munícipio por desvalorização no imóvel – não têm direito a indenização – POIS A RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL DO ESTADO POR ATO LÍCITO – Depende de prova de um DANO ANORMAL, ESPECÍFICO E DIFERENCIADO. Responsabilidade Civil do Estado – Objetiva – É BASEADA NA TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO. - Risco Administrativo – a ideia é que o Estado ao assumir o risco de sua atividade, ele assume uma responsabilidade objetiva. Teoria do Risco Integral – Alguns Doutrinadores adotam esta teoria, na qual se baseia na Responsabilidade Objetiva, NÃO SENDO ADMITIDOS excludentes de responsabilidade civil (caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva). O Brasil só adota esta teoria nas situações de Dano Ambiental ou Dano Nuclear, a regra é a Teoria do Risco Administrativo. Responsabilidade do Agente do Estado – é Subjetiva perante o Estado em ação de regresso. DEVE PROVAR QUE O AGENTE AGIU COM CULPA OU DOLO. Obs: A vítima não pode cobrar na Justiça diretamentedo agente que causou um dano – SÓ QUEM PODE COBRAR O AGENTE É O ESTADO, ATRAVÉS DE UMA AÇÃO DE REGRESSO, pois o Agente Público agiu na qualidade de agente público – DECORRE DO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE – a conduta do agente pública não pode ser imputada a pessoa do agente, pois quem praticou o ato foi o Estado. OBS: O Estado se acionado NÃO PODE DENUNCIAR A LIDE o Agente Público – trazer o agente pra dentro do processo, pois no processo movido pela vítima não se pode discutir dolo ou culpa (IRIA ATRASAR O PROCESSO) Direito de Regresso – Direito de Estado de responsabilizar o agente que agiu com culpa ou dolo no exercício das suas funções. OBS: Todas as Pessoas Jurídicas do Direito Público ou do Direito privado que prestem serviço público – Possuem responsabilidade Objetiva – a Responsabilidade do Estado neste caso é Subsidiária – Primeiro se cobra das Pessoas Jurídicas do Direito Público e Privado pra depois cobrar do Estado. OBS: O STF pacificou o entendimento que independente da vítima ser usuário ou não do serviço público a responsabilidade do Estado e do Prestador de Serviço Público se mantém objetiva. Empresas Públicas Se prestar serviço Público – Responsabilidade Objetiva Se explorar atividade econômica – A Responsabilidade será pelo Regime Privado. Pode ser Objetiva ou Subjetiva. Ex: Na relação do Consumidor será OBJETIVA. Excludentes de Responsabilidade a) Caso Fortuito b) Força Maior c) Culpa Exclusiva da vítima - As três situações EXCLUEM O NEXO DE CAUSALIDADE, nestes casos haverá conduta, dano, mas não haverá nexo de causalidade. Ex: Particular que se joga na frente de veículo público, neste caso haverá culpa exclusiva da vítima. Hipóteses em que a Responsabilidade Civil do Estado decorre da ausência de conduta do Estado (OMISSÃO DO ESTADO) - É uma Responsabilidade Subjetiva que se baseia na CULPA DO SERVIÇO/CULPA ANÔNIMA/CULPA DA ADMINISTRAÇÃO – É Preciso provar que o dano ocorreu devido a má prestação do serviço pelo Estado no caso concreto, não precisar dar nome ao servidor, por isso é chamado de culpa anônima. Ex: Se um cidadão for assaltado no meio da rua, não gera indenização do Estado, entretanto se for assaltado dentro de uma Delegacia, na frente dos policiais que não fizeram nada, neste caso o Estado deverá indenizar, pois foi a omissão dos policiais que gerou o dano. Ex 2 : Por conta de um alagamento um menino adquiriu leptospirose e morre, o Estado não indenizará, a não ser que prove que o local alagou devido a omissão do Estado em desentupir os bueiros. Ex 3 – Uma árvore cai em cima de um carro, em regra Teoria do risco criado ou teoria do risco suscitado – O Estado cria uma situação de risco e desta situação decorre um dano – NESTE CASO A RESPONSABILIDADE É OBJETIVA, mesmo que não aja conduta direta de Agente Público. Ex: Um preso mata outo dentro de um presídio. O Estado criou esta situação de risco ao alocar vários presos dentro de uma mesma cela, e não tomou as medidas adequadas pra proteger o preso. Ex: Um preso fugiu do presídio e assaltou um cidadão da residência ao lado – o Estado terá que indenizar pois o dano decorreu da situação de risco que o Estado criou ao criar um presídio em zona urbana. Toda vez que o Estado estiver alguém ou alguma coisa em sua custódia o Estado responderá objetivamente. Ex; Preso, Crianças na escola. Até mesmo nos casos de suicídio de preso o Estado responderá – STF – O Estado deve proteger o preso até dele mesmo. Prescrição - A ação de Responsabilidade Civil do Estado PRESCREVE EM 5 ANOS. POR POSSUIR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. - AÇÃO DE REGRESSO – Prescreve em 3 anos – Respeitando o prazo prescricional do Código Civil. - O Código Civil prevê o prazo prescricional de 3 anos para Responsabilidade Civil de Particular prescreve em 3 ANOS (Legislação Geral). Ato de Improbidade de Agentes Públicos que causem dano ao erário – Ação de Ressarcimento ao erário é imprescritível. STF § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. Agente Público que cause dano ao Terceiro – Prazo de 3 anos – Direito de Regresso. Não se aplica a imprescritibilidade neste caso. Responsabilidade Civil decorrente de Obra 1) Má Execução da Obra - 1º) Deve levar em conta quem está realizando a Obra – Se for o Estado é responsabilidade objetiva. - Se for um empreiteiro que estiver realizando a obra – Não é Prestador de Serviço Público, logo, SUA RESPONSABILIDADE SERÁ DE DIREITO PRIVADO. O Estado só será responsabilizado se houve omissão do Estado em fiscalizar o contrato (Responsabilidade Subjetiva por omissão) 2º Dano Decorrente da Obra em si - A Obra em si foi bem executada, mas a própria obra pode ocasionar um dano (apesar de executada conforme o projeto – o simples fato da obra pode gerar o dano). Ex: Cemitério construído na frente de um grande Hotel. A RESPONSABILIDADE É SEMPRE DO ESTADO E SERÁ OBJETIVA – Independentemente de quem está executando a obra. 3º Responsabilidade por Ato Legislativo – Decorrente de LEI Lei de Efeitos Concretos – É um ato Administrativo para fins de responsabilização estatal – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. Lei de Efeitos concretos é o ato normativo consignado como lei em sentido formal (espécie normativa primária, como as Medidas Provisórias, Leis Ordinárias, Decretos Legislativos e outros), porém, não atende aos critérios da generalidade e abstração, ou seja, são Leis Complementares, Ordinárias, Delegadas ou Medidas Provisórias que se assemelham a atos administrativos. Lei Geral e Abstrata – Em regra não enseja responsabilização do Estado. Por ser Geral e Abstrata a lei em regra não causa dever de indenizar. Exceção: Se a Lei causar dano direto a alguém + Seja declarada Inconstitucional (RESPONSABILIDADE OBJETIVA) – Ex: Lei que cause prejuízo a uma carreira de servidores. Ato Jurisdicional - Regra geral é de não indenizar, pois as decisões judiciais são passíveis de recurso. EXCEÇÃO: Aquele que ficar preso por erro judicial e aquele que ficar preso além do tempo. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. A pena privativa de liberdade é um risco que o Estado corre. Bens Públicos (NÃO CAI MUITO) Conceito – Art. 98 do Código Civil. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. - O critério a ser utilizado para ser um bem público é a titularidade do bem (pertencente) e NÃO A DESTINAÇÃO. DOUTRINA MODERNA. - Todos os Bens privados se estiverem atrelados a prestação de um serviço público gozam de todas as garantias de um bem público – Impenhorabilidade, Indisponibilidade etc. - A destinação vai ser relevante para a classificação do bem: 1) Bens de Uso comum – existem para ser utilizados pela sociedade no geral. Praças, praia, calçada. A Utilização comum é livre, não precisa de autorização do Estado. 2) Bens de Uso Especial – Tem finalidade pública específica, mas não é destinado a população no Geral, é o próprio Estado que utiliza o bem, o Estado pode usar diretamente ou indiretamente. – Ex: Repartições públicas, carro oficial do Estado, Terras indígenas. PODE SER DESAFETADO POR UM FATO DA NATUREZA – Ex: Desmoronamento, Incêndio que torna o prédio impróprio para o uso. SÃO INALIENÁVEIS ENQUANTO ESTIVEREM DESTINAÇÃO PÚBLICA 3) Bens Dominicais ou dominiais – Não têm nenhuma destinação pública, pertence ao Estado mas não é utilizado. Ex: Terras devolutas. ADMITEM ALIENAÇÃO OS TRÊS BENS são chamados de bens afetados ou consagrados. OBS: Um bem sem nenhuma destinação pode passar a ter, assim como o contrário. AFETAÇÃO OU DESAFETAÇÃO. Afetação – Pode sedar por Lei, por ato administrativo ou pelo simples uso. A Afetação é a regra. Desafetação – Não se dá pelo simples desuso. Deve ser formal – Pode decorrer de lei ou simples ato administrativo específico. - Os fatos da natureza podem desafetar bens de uso especial. Características dos Bens Públicos 1) Impenhorabilidade – TODOS OS BENS PÚBLICOS SÃO IMPENHORÁVEIS - não é possível que judicialmente a penhora ou arrematação (medidas constritivas) de um bem público. O Estado é solvente, não há necessidade da entrega de um bem público. Permitir a penhora seria tirar um bem de toda a sociedade para satisfazer o direito de um credor. 2) Não onerosidade – Não se admite constrição de Direitos Reais de Garantia – Penhor, Anticrese, Hipoteca,etc. O Que pode é existir Direitos reais de Uso – Uso,Usufruto, Anfiteusa. 3) Imprescritibilidade – Ela não pode ser adquirido pelo decurso do Tempo – NÃO SÃO PASSÍVEIS DE USUCAPIÃO. NEM MESMO OS BENS DOMINICAIS. Detentor de bem público – é Mera detenção – Não têm direito de retenção de benfeitorias. 4) Inalienabilidade Relativa ou Alienabilidade Condicionada – Desde que obedeçam as condições estabelecidas na Lei. É preciso: a) Desafetação – Bens disponíveis. b) Declaração de interesse público c) Avaliação prévia do bem d) Licitação OBS: Se o bem for imóvel, além destes 4 passos, TEM QUE HAVER AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA ESPECÍFICA. Uso de bens Públicos por particulares - A utilização ordinária do bem público não precisa de autorização. - Pra utilizar um bem ordinário para uma finalidade especial – Ex: Casamento na praia DEPENDEM DE AUTORIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO, desde que não impeça a utilização normal da coletividade. Permissão de Uso – É o ato administrativo unilateral, discricionário e precário (pode ser revogado a qualquer tempo) . TAMBÉM EXISTE INTERESSE PÚBLICO no Uso. Ex: Feirinha de artesanato na rua Autorização de Uso - É o ato administrativo unilateral, discricionário e precário. INTERESSE EXCLUSIVAMENTE PRIVADO – Do particular Ex: Casar na praia Concessão de Uso – É contrato administrativo – Utilizado normalmente quando o particular investe determinada quantia. Ex: Restaurante em uma universidade, Box no Mercado Municipal. Bens em Espécie a) União Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; - 33 METROS PRA DENTRO DO MAR – o espaço que se forma entre as marés. VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. BENS DE USO ESPECIAL § 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. NÃO É BEM PÚBLICO – Mas estão sujeitos a restrições pelo poder público. b) Estados - Terras devolutas – Terras de ninguém – A regra é que pertencem aos Estados membros onde estejam localizadas. - Rios e correntes de água. Exceção: Rios que vão pra outro país, que vem de outro país ou que BANHEM a mais de um Estado da Federação pertencem a União. PODER DE POLÍCIA (Limites e restrições a propriedade privada) - Quadro Normativo Constitucional ( At. 5º, XXII, XXIII, CF). XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; - Fundamentos: a) Supremacia do interesse público e função social da propriedade - Competência: União, mas não tira a possibilidade de Estados e Municípios restringirem através do uso de Poder de Polícia; Ex: Construir prédios acima de 3 metros na orla ( Lei Estadual).limitação administrativa) a) Modalidade Restritiva - o Estado impõe restrições ao uso da propriedade, mas o bem continua sendo do particular) e b) Modalidade Supressiva - O Estado transfere a propriedade para o seu domínio, Ex: Desapropriação) Restritiva (Servidão, Requisição, Ocupação temporária) 1- Servidão Administrativa (recai sobre bens imóveis, a indenização é prévia e condicionada, caráter definitivo ou perpétuo). AFETA O CARÁTER EXCLUSIVO DA PROPRIEDADE - Tem as como característica a auto-executoriedade (não precisa de decisão judicial). 1.1 - Fundamento: Art 40 do Decreto Lei 3.365/41 (Dispõe sobre desapropriações por utilidade pública) Art. 40. O expropriante poderá constituir servidões, mediante indenização na forma desta lei. 1.2 Características: 1.3 Exemplo: Redes elétrica 2- Requisição Administrativa (BENS MÓVEIS, IMÓVEIS E SERVIÇOS), CARÁTER TRANSITÓRIO. 2.1 – Fundamento Art 5º, XXV, CF XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. NÃO DÁ PRA PARAR O SERVIÇO PÚBLICO PRA DEPOIS INDENIZAR. Ex: Alojar desabrigados nos casos de enchente, USAR do carro particular pra perseguir um bandido. 2.2 – Características 2.3 – Exemplo: Hospital 3 – Ocupação Temporária (NÃO gera dever de indenizar em regra Ex: Alojar maquinário em uma rodovia (propriedade particular). DURA O TEMPO QUE DURAR A OBRA. CARATER PROVISÓRIO – não há perigo. Ex: Utilizar um local para alojar uma zona eleitoral no dia da eleição. 3.1 – Fundamento: Art 36 Dec Lei 3365/41 Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. 3.2 – Características 3.3: Exemplo: Uso de escolas nas eleições 4- Limitações Administrativas. (Tem caráter geral, abstrato, não gera dever de indenizar, IMPÕE obrigações). Atinge uma quantidade indeterminada de bens. OPERA EFEITOS EX NUNC. Afeta o caráter absoluto do direito de propriedade – não pode mais a destinação que quiser ao bem. - Positivas - Negativas - Permissivas EX: Limitação ao direito de construir, controle de tráfego de veículos. Direito de propriedade – Intervenção do Estado na propriedade privada - O Estado precisa de espaço para atender os serviços públicos para a população, muitas vezes precisando de utilizar da propriedade privada para atender os interesses coletivos. Ex: Construção de escolas, metrô, hospitais, etc. Quando não há espaço existe um conflito de interesses: Direito de propriedade x tarefa do Estado de prestarum serviço público. O Interesse público deve prevalecer ante o privado (Princípio da supremacia do interesse público). Modalidades: a) Desapropriação – FORMA DE AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA – O bem chega nas mãos de Estado livre e desembaraçado - é um ato imperativo e unilateral pelo qual o Estado transfere a propriedade privada ao patrimônio público, mediante prévia e justa indenização em dinheiro. Pode recair em bens móveis e imóveis e semoventes ( com movimentos próprios, ex: animais). É uma forma de aquisição originária ( Não mencionar isso na prova) ( Os débitos incidentes sobre o imóvel são zerados, se existe alguma restrição no imóvel (penhora), este valor será deduzido do valor da indenização. Os únicos bens que não podem ser desapropriados são os bens considerados absolutamente impenhoráveis ( Ex: salários, bem de família (pequena propriedade rural que o dono usa para o sustento da família), anel nupcial, fotos da família, etc). Exceção: Ás vezes a indenização não vai ser prévia e nem em dinheiro. Ex: Imóvel em zona urbana que não atenda sua função social, bem como em propriedade rural improdutiva, que não atenda sua função social. O imóvel urbano que não atenda a função social é punido com desapropriação sanção e seu pagamento será feito com títulos da dívida pública, resgatada em 10 anos ( A prefeitura deve estabelecer alguns requisitos: 1º Parcelamento compulsório, IPTU ( aumento do IPTU) O imóvel rural latifúndio improdutivo ) que não cumpre sua função social sofrerá uma desapropriação sanção, paga com títulos da dívida agrária, resgatado em 20 anos. OBS: O consenso entre o Estado e o particular só se dará em relação ao valor da indenização, quanto a desapropriação em si ela é realizada unilateralmente pelo Estado. b) Requisição Administrativa – a utilização de bens ou serviços privados para atender necessidades públicas urgentes. Ex: em um caso de enchente o Estado pode utilizar da propriedade privada para alojar as vítimas, bem como pode utilizar os tratores privados para limpeza da cidade. A propriedade continua com o dono, diferentemente da desapropriação. OBS: O Estado indenizará posteriormente caso haja danos a propriedade. c) Servidão Administrativa – Servidão administrativa consiste em direito real sobre coisa alheia (RECAI SOBRE BEM IMÓVEL). Tendo em vista que este direito é exercido pelo poder público, pode ser mais especificamente por lei ou contrato, acordo ou decisão judicial) sobre propriedade alheia de acordo com o interesse da coletividade. Se propriedade sofrer danos deverá ser indenizado pelo Estado. PRÉDIO DOMINANTE (Estado) X PRÉDIO SERVIENTE. EX: Poste em um terreno ou em uma propriedade, identificação de nome de rua. TEM CARÁTER PERPETUO – Prazo indeterminado. O Procedimento é parecido com o da desapropriação – HAVERÁ INDENIZAÇÃO SE HOUVER DANO OU LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE. d) Tombamento – direito real sobre coisa alheia. Tendo em vista que este direito é exercido pelo poder público, visando preservar o patrimônio histórico e cultural de uma cidade. e) Limitação Administrativa – é uma regra geral ( se aplica a todas as pessoas), incidente na propriedade privada visando melhorar a convivência em sociedade. Ex: Rodízio de veículos em São Paulo para evitar grandes engarrafamentos. Ex 2 – Não contruir determinadas empresas em aréa urbana, preservando o sossego da população. Ex 3 – Proibição do trafégo de veículos em determinados locais e horários da orla de João Pessoa, visando exercício físico da população ( caminhada) . f) Ocupação temporária - Utilização de bens privados para colaborar com os serviços ou obras públicas Ex: ocupação de uma escola particular em dia de votação. A CF de 1988 adota um sistema capitalista, mas com intervenção estatal (interesse público. TOMBAMENTO Conceito: Atualmente, o tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público (SEEC/CPC) com o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados. (Forma de intervenção na propriedade, RESTRITIVA, visando preservar através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados. - Pode ser parcial ou Total (Ex: Sobre uma fachada) - Pode ser de ofício ou a pedido - Pode recair sobre bens móveis ou imóveis - Só recai sobre bens corpóreos (materiais), NÃO SE TOMBA UMA OBRA. - Têm caráter perpétuo – o Ato de tombamento. - Tombamento Provisório – É UMA MEDIDA CAUTELAR administrativa pra evitar prejuízos. - O Tombamento pode incidir por mais de um tombamento (Local (Município) Regional – Estado ou Nacional (União) Efeito do Tombamento a) Obrigação de Fazer – Se não tiver recurso deve avisar ao Poder Público. CONSERVAÇÃO DO BEM b) Obrigação de não fazer – NÃO PODE DESTRUIR o bem ou alterá-lo. Qualquer reforma deve ter autorização especial do Poder Público. Não pode sair do país com o bem tombado salvo com autorização e por um curto período de tempo. c) Dever de tolerar a fiscalização do Estado. OBS: A Compra e venda de bem tombado é livre, NÃO HÁ MAIS DIREITO DE PREFERÊNCIA DO PODER PÚBLICO. OBS; O Tombamento de um bem gera a servidão automática dos terrenos vizinho (NÃO PODEM IMPEDIR A VISUALIZAÇÃO OU O ACESSO AO BEM TOMBADO) é instituída por lei. Desapropriação - Conceito – É uma forma de intervenção do Estado na propriedade na espécie supressiva, onde por razões de utilidade pública ou interesse social, onde o Estado transfere o bem do particular para o seu patrimônio. - Pressupostos: a) Utilidade Pública b) Interesse Social - Fundamento Político Domínio eminete - Fontes Normativas: - ART 5º XXIV, CF XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; - Dec Lei 3365/41 ( Art 5º) - Dec Lei 4132/62 (Art 2º) Art. 2º Considera-se de interesse social... Espécies DESAPROPRIAÇÕES ESPECIAIS Desapropriação Urbana sancionatória - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO MUNICÍPIO ( Art 182 parágrafo 4º, III, CF) (CAI NA PROVA O PASSO A PASSO PARA DESAPROPRIAÇÃO ( imposto progressivo no tempo, etc) 1ª Notificação do Proprietário – Para edificar o terreno (Edificação compulsória) 2ª Depois de notificado o particular têm 1 ANO PARA APRESENTAR O PROJETO E MAIS 2 ANOS PARA DAR INÍCIO AS OBRAS. 3º Vai incidir IPTU PROGRESSIVO – Tributo Extrafiscal por até 5 anos – a ALÍQUOTA PODE CHEGAR ATÉ 15% DO VALOR VENAL DO BEM. 4º Desapropriação Sancionatória § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Desapropriação ESPECIAL RURAL p/ fins de reforma agrária ( União ( Art 184 CF) – COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO - A Função social da propriedade rural está definida no Art.186 da CF Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveise preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; II - a propriedade produtiva. Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária (para outras situações sim), o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. § 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. § 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. § 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. § 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício. § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. - DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL POR CONFISCO ( Art 243, cf) Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. BENS MÓVEIS. OBS: Ainda que parte da propriedade esteja sendo usada ilicitamente para plantar psicotrópicos o confisco será de toda a propriedade. - DESAPROPRIAÇÃO DE Bens Públicos Art. 2o Mediante declaração de utilidade pública (DECRETO OU LEI), todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. OBS: A Declaração de utilidade pública não transmite a propriedade ao Estado. Somente depois do pagamento da indenização. Consequências da Declaração de Utilidade Pública 1) O Estado pode ingressar no bem – Para definir o valor indenizatório. Não toma o bem, mas pode medir, avaliar. OCORRE A FIXAÇÃO DO ESTADO DO BEM – No Estado em que se encontra – qualquer melhoria que o proprietário fizer depois da declaração de utilidade – Salvo as benfeitorias necessárias e as benfeitorias úteis que forem autorizadas. As construções feitas pelo particular também não serão indenizadas. Prazo para caducidade da declaração de utilidade pública: - necessidade e utilidade pública – 5 anos sem execução. - interesse social – decai em 2 anos sem execução. - Não pode emendar uma declaração na outra depois de decair, têm que esperar o prazo de 1 anos para poder declarar utilidade pública novamente. OBS: Promover desapropriação é a mesma coisa de executar a desapropriação. É pagar o dinheiro e entrar no bem. Quem pode executar a desapropriação 1) União, Estados, Municípios 2) Entidades da Administração Indireta 3) Consórcios Públicos 4) Concessionária de Serviço Público Como pode ser celebrado o acordo para desapropriação - Particular de Acordo com o valor da desapropriação – Feito administrativamente – Particular x Estado – o Particular pode se arrepender e entrar na justiça pedindo valor maior. Se não houver acordo entre o particular e o Estado - É realizado na via judicial, quando o particular não chegar em acordo com o Estado sobre o valor da indenização. - o Estado promoverá a AÇÃO EXPROPRIANTE – O Particular só pode discutir vícios processuais, mais NO MÉRITO SÓ É POSSÍVEL DISCUTIR O VALOR DA INDENIZAÇÃO E O DIREITO DE EXTENSÃO– O PARTICULAR SÓ VAI GANHAR DINHEIRO. O Estado liminarmente pode requerer a IMIÇÃO NA POSSE DO BEM – provisoriamente a posse do bem passará para o Estado – Mediante declaração de urgência em ingressar no bem + depósito em juízo do valor incontroverso (O valor que o Estado ofereceu) – 120 dias para efetuar o depósito em juízo – O Particular pode levantar 80% do valor depositado – Se ele levantar 100% presume-se que ele aceitou o acordo e o processo finaliza). Com o trânsito em julgado da Ação o Estado será proprietário do BEM. OBS: Em ação específica o particular pode discutir a ilegalidade do ato desapropriação. Direito de Extensão da Desapropriação - É possível que o poder público desaproprie parte de um bem. NÃO PODE FRACIONAR O BEM e deixar uma área remanescente que se torna inútil – O Particular pode exigir a extensão da desapropriação ao restante do terreno. NOS CASOS DE DESAPROPRIAÇÃO PARCIAL. - O Direito de extensão pode ser requerido na contestação Desapropriação Indireta ou Apossamento Administrativo - É uma invasão (esbulho) do Estado na Propriedade. Embora seja uma conduta ilícita por parte do Estado, qualquer ação contra o Estado – SE ELE TIVER DADO FINALIDADE PÚBLICA AO BEM – A ação será resolvida com uma indenização em perdas em danos. Ex: o Particular viajou por 3 anos e quando voltou o Município criou uma repartição pública na propriedade do particular. - Prazo prescricional de 15 anos (Quando não for dada finalidade pública) 10 ANOS SE FOR DADA FINALIDADE PÚBLICA (Usucapião Extraordinária) - Acontece muito nos casos de desapropriação disfarçada de servidão administrativa. PRESCRIÇÃO – A regra é 5 ANOS a contar do ato de constrição. A AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA possui prazo prescricional de 10 anos. PRAZO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA. Desapropriação por Zona - o Estado irá realizar uma obra e por zona (ao redor) irá desapropriar. DEVE ESTÁ PREVISTO NO DECRETO EXPROPRIATÓRIO. - Desapropriação da Zona vizinha de uma obra: a) Se o Estado provar que há previsão de extensão da obra; b) Nos casos que o Estado enxerga que a obra irá gerar uma supervalorização dos terrenos vizinhos (O Estado pode lucrar com uma futura venda dos terrenos vizinhos) A DOUTRINA CRITICA POIS ISSO SERIA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA. O STF disse que é Constitucional RETROCESSÃO DA DESAPROPRIAÇÃO Tredestinação – Mudança da destinação originária do bem. Desapropriou pra construiu uma escola e acabou construindo um Hospital. Neste caso será um desvio de finalidade lícito casa aja finalidade pública. SE O ESTADO NÃO CONSTRUIR NADA – Desistiu de construir qualquer coisa e vendeu a um terceiro – TREDESTINAÇÃO ILÍCITA OU ADESTINAÇÃO – Isso é ilegal e surge ao ex proprietário o direito de pegar o bem de volta. A Doutrina diverge sobre a possibilidade ou não do Direito de sequela (pegar o bem onde quer que ele esteja. NÃO É PACÍFICO . Se a Tredestinação for interpretada como direito real – haverá direito de sequela, se for direito real – se resolve me perdas em danos (DEPENDE DA TEORIA QUE VC ADOTAR) § 1o A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se tornará necessária, quando de sua utilização resultar prejuízo patrimonial do proprietário do solo. § 2o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá precederautorização legislativa. DEVE TER LEI PARA PODER DESAPROPRIAR § 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições e empresas cujo funcionamento dependa de autorização do Governo Federal e se subordine à sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da República. OBS: a União pode desapropriar bem do Estado e o Estado do Município. Município pode desapropriar empresa pública. LICITAÇÕES E CONTRATOS Procedimento administrativo prévio aos contratos celebrados pela Administração Pública. Finalidades da Licitação: Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Princípios da Licitação a) Sigilo das Propostas – Não se incompatibiliza com o princípio da publicidade. Até a data marcada para a abertura das propostas conjuntamente. b) Vinculação ao Instrumento Convocatório – O Edital obriga todo o instrumento convocatório – Tanto os licitantes quanto a Administração Pública. c) Julgamento Objetivo das Propostas - Deve está previsto no Edital o que o licitante deve fazer para ganhar a licitação. CRITÉRIOS OBJETIVOS para a escolha do vencedor (só pode levar em consideração para a escolha do vencedor o que estiver no Edital). Critérios de Desempate - São sucessivos (devem ser analisados na sequência) § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: 1) Produzidos no País; 2) Produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 3) Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. 4) Produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. Se persistir o empate, haverá sorteio. Art. 44 da LEI COMPLEMENTAR 123. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. PREFERÊNCIA DE DESEMPATE – Se ela quiser diminuir a proposta para desempatar ela ganha – se não concordar haverá sorteio. OBS: Na Licitação se a proposta da microempresa ou EPP for até 10% maior do que a outra empresa considera-se empate. SE FOR NA MODALIDADE PREGÃO É 5%. Intervalo Mínimo na Licitação - Prazo mínimo estabelecido na Lei que a Administração Pública deve respeitar entre a publicação do Edital e a data de início da Licitação. Cada Modalidade têm seu prazo específico. Concorrência Tomada de Preços Convite Concurso Leilão Melhor técnica e melhor técnica e preço ou empreitada integral 45 dias 30 dias 5 dias Úteis 45 dias 15 dias Nos outros casos 30 dias 15 dias OBS: Os dias em regras SÃO CORRIDOS, salvo convite. Comissão Licitante - Ficará responsável pelo procedimento licitatório. - Mínimo 3 membros (Pelo menos 2 devem ser servidores efetivos do Órgão – não é necessário ser estável). - Responsabilidade Solidária dos membros da Comissão. Exeção: Se o membro for voto vencido em deliberação e deixar consignado em Ata. Comissão Especial – Designada especificamente pra determinado procedimento licitatório. Comissão Permanente – Uma Comissão que fica responsável por todos os processos licitatórios por um período de 1 ano. VEDADA A RECONDUÇÃO DE TODOS OS MEMBROS – pelo menos 1 dos membros deve ser trocado anualmente. Obrigatoriedade de Licitar - Todas as entidades da Administração Pública Direta e Indireta - Fundos Especiais – Geralmente é um Órgão. - Demais entes que sejam controlados pela Administração Pública – Todo mundo que receber dinheiro público Modalidades de Licitação 1) Concorrência – Valores mais alto. 2) Tomada de PREÇOS – Valores médios. 3) Convite – Com base no objeto 4) Concurso – com base no objeto 5) Leilão – com base no objeto 6) Pregão – Regulamentado pela Lei 10.520 OBS: Em licitação quem pode o mais pode o menos – Pode ser utilizada uma modalidade maior para licitar uma menor. Ex: Usar concorrência para uma obra no valor que poderia ser utilizada a tomada de preços. Concorrência - Qualquer pessoa pode participar. 1) Obras e serviços de engenharia – Acima de 1,5 milhões 2) Bens e serviços – Acima de 650 mil - É OBRIGATÓRIA A MODALIDADE CONCORRÊNCIA NESTES CASOS. Exceções: Que a Lei exige concorrência independentemente do valor: EXISTEM 5 CASOS. 1) Contratos de Concessão de serviço Público; 2) Concessão de Direito Real de Uso; 3) Contratos de empreitada integral – aquele contrato em que a Administração contrata uma empresa e todas as etapas necessárias ficam a cargo da empresa – o Estado dar tudo e a empresa entrega o bem pronto. 4) Aquisição e alienação de bens imóveis – Exceção da Exceção – Se este imóvel que vai ser adquirido por meio de Dação em pagamento ou por decisão judicial – PODE SER ALIENADO POR MEIO DE CONCORRÊNCIA OU LEILÃO. 5) Quando se tratar de Licitação Internacional – Aquela licitação em que pode participar empresas estrangeiras QUE NÃO TENHAM SEDE NO PAÍS – Exceção: Havendo um cadastro internacional de licitantes o licitante estrangeiro que não possua sede no país pode optar pela tomada de preços. Exceção: Se não tiver fornecedor nacional do bem ou serviço do país pode fazer licitação na modalidade CONVITE – DESDE QUE RESPEITADO O LIMITE MÁXIMO. Tomada de Preço - Pode participar os licitantes que estejam cadastrados ou aqueles que preencham os requisitos ATÉ 3 DIAS ANTES DA DATA MARCADA PARA O início da licitação. - o Cadastro é uma espécie de habilitação prévia. Têm validade de 1 ano (Uma vez cadastrado, o licitante ao invés de levar todos os documentos, basta levar o comprovante de cadastro) a) Obras e Serviços de Engenharia – até 1,5 milhões b) Bens – Até 650 mil. Convite - Contratação de valores mais baixos. - Quem participa são os licitantes convidados (Mínimo de 3) cadastrados ou não. - Devem ser convidados no mínimo 3 licitantes (salvo comprovada restrição de mercado) - Mesmo que não tenha sido convidado PODEM PARTICITAR, desde que: 1) Devem ser cadastrados 1) Manifeste interesse por escrito no mínimo 24 horas antes da data marcada para o início do certame. Valores máximos: a) Obras e serviços de Engenharia – Até 150 mil b) Bens e serviços – até 80 mil - Não há edital no convite e sim CARTA CONVITE – a carta convite é mais restrita. A CARTA CONVITE NÃO É PUBLICADA em jornal de grande circulação, NÃO QUER DIZER QUE NÃO EXISTA PUBLICIDADE – A publicidade se dará com o envio da carta convite e afixando o ato na repartição em local acessível ao público. - A Comissão pode ser dispensada (previamente justificada) DEVE TER PELO MENOS 1 SERVIDOR EFETIVO. Concurso - Não tomam por base o valor da contratação e sim o objeto de contratação. - Modalidade licitatória em que a Administração Pública fará o Concurso com a finalidade de aquisição de trabalho técnico, artístico ou científico. Ex: Concurso de monografia, concurso de projeto arquitetônico, MEDIANTE O PAGAMENTO DE PRÊMIO ou remuneração ao vencedor. - Membros da Comissão – 3 pessoas Pessoas idôneas com conhecimento na área. Leilão - Modalidade licitatória para
Compartilhar