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Direito Administrativo RESUMO CERS MATEUS CARVALHO

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Princípios que Regem a Matéria 
OBS: Os princípios não têm caráter absoluto – Deve haver uma ponderação de 
interesses. 
1) Supremacia do Interesse Público – Estabelece as garantias, as prerrogativas do 
Estado, em virtude da coletividade. Ex: Desapropriação, Contratos com cláusulas 
exorbitantes. 
 
- O Interesse público é indisponível – Não pode abrir mão do interesse público 
em virtude de interesses particulares. 
 
Supremacia do Interesse Público (Prerrogativas do Estado) x Limitações que o 
Estado se submete = Regime Jurídico Administrativo. 
 
Todos os Princípios Administrativos decorrem da Constituição 
(Explicitamente ou implicitamente) 
 
2) Legalidade – O Agente Público só atua se houver permissão da Lei. Subordinação 
do Agente público a Lei. 
 
3) Impessoalidade – Não discriminação – A ideia é que quando o Administrador 
Público atua ele não visa a pessoa atingida pelo ato, ele vai atuar de maneira não 
discriminatória, não podendo nem beneficiar nem prejudicar a pessoa. Se baseia 
em critérios objetivos. 
 
OBS: A Doutrina costuma dizer que a impessoalidade deve agir também de 
modo a determinar a conduta do Agente Público a pessoa dele e sim ao 
Estado – pois o mesmo age em nome da Administração Pública. Não se pode 
pessoalizar a conduta do Agente, muito menos promover o mesmo. 
 
 
4) Moralidade – Honestidade, Boa-fé de conduta, Lealdade, probidade, e não 
corrupção. Tratar bem a coisa pública. Logo o servidor não pode cometer conduta 
escandalosa ou incontinência pública de conduta. É A MORALIDADE 
JURÍDICA. 
 
5) Publicidade – a Atuação administrativa deve ser transparente, pública. Viabiliza 
o controle social sobre toda a atuação administrativa. Funciona como 
requisito de eficácia dos atos administrativos. 
 
Exceção: Relevante interesse coletivo, garantia da segurança nacional, em 
defesa da intimidade, honra. 
 
 
 
 
 
6) Eficiência – Inserido pela emenda 19/2008 tornando princípio expresso. É um 
princípio de aplicabilidade imediata. É uma atuação em que se alcança muito e 
com pouco gasto, busca resultados positivos. Ex: Estabilidade e Avaliação 
especial de desempenho. 
 
LIMPE – 5 princípios expressos no Art.37 da CF. 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade 
 
O Particular age conforme PRÍNCIPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO DA LEI – Rege mais 
a iniciativa privada. 
 
7) Princípio do Contraditório e da ampla defesa – Saber o que acontece no 
processo e o poder de se manifestar. Também são princípios expressos na CF. 
 
Art.5º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a 
ela inerentes; 
 
O Contraditório e a ampla defesa embarca: 
 
7.1) Defesa prévia (direito de formar o convencimento do administrador, ANTES 
DA DECISÃO) 
 
7.2) Defesa Técnica – o Direito de se fazer representar por advogado ou 
pessoalmente. 
Súmula Vinculante 5 
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não 
ofende a Constituição. 
 
 
7.3) Duplo Grau de Jurisdição – Independente de depósito. Não se pode 
restringir o acesso ao recurso por meio de exigência de caução ou depósito, 
inclusive nos processos Administrativos. 
 
Súmula Vinculante 21 
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou 
bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
Art.5º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a 
ela inerentes; 
 
 
 
Princípios Implícitos da Administração Pública 
1) Razoabilidade – Atuação conforme o padrão de aceitabilidade social. O Homem 
médio da sociedade considera a atuação aceitável. Limita a discricionariedade 
administrativa 
 
2) Proporcionalidade – É inerente a razoabilidade. Necessidade de adequação entre 
meios e fins – Proporcionalidade entre o motivo que justificou a pratica do 
ato e a consequência. Ex: Penalidade – deve ser proporcional a conduta 
praticada. 
 
3) Continuidade – Expresso na Lei 8987/95 – Atuação ininterrupta da Atividade 
Pública. O Estado não pode parar o que começou (Ex: Começou a construção de 
uma escola deve concluir o serviço, não pode interromper o serviço público por 
greve de servidores, não se pode para de fornecer medicamentos por falta de 
pagamento). 
 
Servidor Público têm direito de greve? Depende, pois o Art.42 da CF veda o 
Direito de Greve pros militares em geral, inclusive a sindicalização. 
 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela 
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com 
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da 
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais 
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 
 
OBS: O STF entende que a vedação do Direito de greve também se estendem aos 
Policiais Civis. 
 
OBS: De acordo com a CF, o Direito de Greve é Norma de eficácia Limitada (a 
Edição de uma lei que regulamente) 
 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em 
lei específica; 
 
- Em 2008 Chegou ao STF muitos mandados de injunção (usado quando não 
há norma regulamentadora). O STF determinou que a Lei 7783/1989 que 
regulamento o Direito de Greve (Lei geral) vai ser aplicada aos servidores 
públicos até que seja editada uma lei específica que venha regulamentar o seu 
direito de greve. Ex: Percentual mínimo de servidores trabalhando. 
 
a) Servidor Público em estágio probatório também pode fazer greve – pois não 
há lei que regulamente. 
 
b) Se a greve for lícita tem direito a ser remunerado pelo dia parado - A 
princípio NÃO, pois a remuneração do servidor é a contraprestação pelo 
serviço prestado, SALVO SE A GREVE DECORRER DE UMA 
CONDUTA ILÍCITA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. STF 
PACIFICOU este entendimento. 
 
c) Pode haver A interrupção do serviço por inadimplemento? – Ex: Se a 
Administração Pública não pagar energia pode parar? Por razões de 
ordem técnica ou por inadimplemento do usuário Sim, desde que haja uma 
situação de urgência e o prévio aviso, e não prejudique o funcionamento 
de serviço público essencial. 
 
Por motivo de ordem técnica – Faltou energia porque caiu um poste, 
segurança das instalações. 
 
Por inadimplemento do usuário – Deve haver um prévio aviso e deve ser 
resguardados os interesses da coletividade (Não pode paralisar um serviço 
essencial a coletividade. EX: Não pode cortar a energia de um Hospital, 
interromper a entrega de um medicamento, Iluminação Pública – é essencial 
a segurança). 
 
Exceção de contrato não cumprido ou exceptio non adimpleti contractus (se 
o estado não pagar o particular pode interromper a prestação?) – Se aplica 
ao Direito Administrativo, mas de forma postergada, SOMENTE SE A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO PAGAR POR PERÍODO SUPERIOR 
A 90 DIAS, o particular é obrigado a suportar o inadimplemento por até 90 
dias. 
 
4) Princípio da Autotutela – A Administração Pública têm um poder-dever de rever 
os atos praticados por ela INDEPENDEMENTE DE PROVOCAÇÃO, deve 
rever seus atos de ofício. 
 
OBS: O Direito da Administração Pública não afasta a tutela jurisdicional – 
Pode haver um controle do Judiciário dos atos da Administração Pública. 
 
5) Princípio da Motivação – a Administração Pública deve fundamentar seus atos, 
motivando. 
 
Exceção: A Livre nomeação/exoneração dos servidores ocupantes de cargos 
em Comissão, pois a própria CF permite isso. 
 
6) Segurança Jurídica – A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito nem a coisa julgada. 
 
 
 
PODERES /DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
- Os poderes administrativos são instrumentais, para que a Administração Pública 
possa atender a coletividade. 
- Só são legítimos se indispensáveis aos interesses públicos. 
- Uso e abuso de poder (Art 5º, XXIV, “a”, CF); 
Abuso de Poder – o Administrador extrapolou os poderes conferidos a ele. 
O Abuso de Poder se divide em: 
1) Excesso de Poder (vício na competência). É um Vício na competência para praticar 
o Ato. Ex: Um fiscal da vigilância sanitária que teria competência para autuar ou 
apreender mercadoria e ele interdita o estabelecimento (cometeu um excesso). 
2) Desvio de poder (desvio de finalidade) - É Praticar um ato com finalidade diferente 
do que a lei regulamentou . 
Ele geralmente vem camuflado de uma falsa aparência de legalidade, por isso é mais 
difícil de identificar. O QUE É RELEVANTE OU NÃO (MUITO SUBJETIVO). 
Ex: Cidade A e Cidade B, o prefeito quer construir uma estrada, A é mais perto (caminho), 
Só que passando por B (Possui uma propriedade do amigo do prefeito), sendo que a 
propriedade é deserta e sem valor, só que o prefeito vai desapropriar (tramites legais) Só 
pra beneficiar o amigo. 
 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
(Prerrogativas indispensáveis). 
 
PODER DISCRICIONÁRIO 
- A lei prevê a prática do ato, mas dá uma margem de escolha ao Administrador 
Público. EX: Alienação de bem público móveis – Pode ser por meio das modalidades 
de concorrência de concorrência ou leilão. 
- Há uma margem pra Oportunidade e Conveniência 
- Pode sofrer Limitações e ser passível Controle Judicial (observar Legalidade do Ato) 
- Discricionariedade é diferente de Arbitrariedade (atitude vedada) 
 
- Discricionariedade É DIFERENTE DE conceitos jurídicos indeterminados – são 
abstratos (situações postas pela lei que necessita de uma outra lei que complemente (que 
explique). Ex: Segurança Nacional, Função social, bons costumes, paz pública, 
moralidade pública, passeata tumultuosa, espetáculos pornográficos (estes conceitos são 
difíceis de exprimir. (Vai estar ne lei, por isso não é discricionário). 
Ex: o Estado pode fechar locais em que considere ser um ambiente pornográfico. 
Em regra o Juiz não pode autorizar o funcionamento por ser um Ato Discricionário – O 
Juiz deve observar se o ato foi praticado dentro dos limites da Lei (Julgará o aspecto da 
legalidade – o Juiz NÃO PODE CONTROLAR O MÉRITO – Oportunidade e 
Conveniência. 
Pornografia x Arte – Deve haver uma razoabilidade. 
 
PODER VINCULADO 
- A Lei prevê a prática do ato administrativo e ela mesmo regulamenta o ato, 
estabelecendo os critérios objetivos de atuação. NÃO PERMITE JUÍZO DE 
OPORTUNIDADE E CONVENIÊNCIA 
Ex: Se o servidor faltar mais de 30 dias DEVE SER DEMITIDO (Inassiduidade 
ambiental). 
PODER NORMATIVO 
- Poder que a Administração Pública têm de editar normas gerais e abstratas obedientes a 
lei. Editar atos normativos inferiores a lei. 
- Poder que a Administração Pública de editar Resoluções, Regulamentos (FORMA do 
ato) , Decretos Regulamentares(o regulamento é expedido em forma de decreto). 
OBS; Regulamentos e Decretos Regulamentares – SÃO ATOS PRIVATIVOS DO 
CHEFE DO EXECUTIVO. 
- OBS: o PODER REGULAMENTAR É uma espécie do Poder Normativo. É ato 
privativo do Chefe do Executivo DE EDITAR REGULAMENTOS E DECRETOS. 
- Abuso de Poder Regulamentar ( Art 49, V, CF). Explicar a aplicabilidade da norma, 
toda e qualquer lei pode ser regulamentada. Algumas normas necessitam de 
regulamentação. ELE NÃO PODE ALTERAR O SENTIDO DA LEI (O Legislativo 
tem competência para sustar estes atos). 
- O Direito Comparado divide os Regulamentos em dois grupos 
a) Regulamento Executivo – Expedido para a fiel execução da Lei. Editado para facilitar 
a aplicação do texto legal. 
b) Regulamento autônomo ou Decreto autônomo – é um regulamento substituto da Lei 
– é aquele que é editado para substituir o texto da Lei. No Brasil, no primeiro momento 
não é possível o decreto autônomo (REGRA GERAL) com exceção do Art.84, VI da 
Constituição Federal. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
 a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
 b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
 
PODER HIERÁRQUICO 
- Poder de estruturação internamente a Administração Pública – Criando órgãos, 
nomeando servidores e distribuindo competências. 
OBS: Não há hierarquia entre pessoas jurídicas diferentes. 
EX: Não existe hierarquia entre a União e Estados. 
Efeitos: 
- Comando 
- Dever de Obediência 
- Fiscalização 
Delegação – Depende de norma autorizadora. 
Art. 13 . Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do 
órgão ou autoridade. (Destacamos) 
 
Avocação – Chamar para si. Inexistência de competência exclusiva. Será permitida, em 
caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação 
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
- Subordinação e Vinculação (VERIFICAR DIFERENÇA). 
Subordinação é um fenômeno de caráter interno decorrente do poder hierárquico 
No âmbito da Administração Pública Direta, temos os órgãos integrantes da estrutura 
administrativa, direta ou indiretamente, SUBORDINADOS ao órgão público 
independente (Presidência da República, Governo do Estado ou Prefeitura). Assim, 
temos os ministérios subordinados à Presidência da República, as secretarias 
estaduais subordinadas ao respectivo governo estadual e as secretarias municipais 
subordinadas à respectiva prefeitura. A ideia de subordinação decorre da 
hierarquia, que só se manifesta no interior de uma mesma Pessoa Jurídica, entre seus 
órgãos públicos. 
No entanto, em relação a Pessoas Jurídicas diversas, entidades da Administração 
Pública Indireta, dotadas de Personalidade Jurídica Própria, não há 
SUBORDINAÇÃO, mas sim VINCULAÇÃO à Pessoa Jurídica da Administração 
Direta ou a Órgão Público (Ministério/Secretaria) integrante de sua estrutura. 
Portanto, a relação de um Ministério com a Presidência da República é de 
SUBORDINAÇÃO. 
Por outro lado, a relação de uma autarquia federal com a Presidência ou com algum 
Ministério, será de VINCULAÇÃO. 
Exemplificando, o Ministério da Justiça é Subordinado à Presidência da República (órgão 
independente). Já o INSS, autarquia federal, é VINCULADO ao Ministério da 
Previdência Social. 
 
 
PODER DISCIPLINAR 
- Poder da Administração Pública têm de sancionar (aplicar penalidades). 
- Terá que haver um vínculo funcional ou especial (contrato administrativo ou um 
vínculo hierárquico). 
Ex: o Poder da Direção da escola em suspender um aluno – pois o mesmo tem uma relação 
especial com o Estado. 
- Direito Penal (tipicidade) e Direito Punitivo Funcional (discricionariedade). 
OBS: Nem todo ato punitivo funcional vai ser punido no âmbito penal, mas em alguns 
casos do direito penal (crime contra a administração pública, ele 
OBRIGATORIAMENTE vai ser punido no âmbito disciplinar , sob pena de responder 
por condescendência criminosa). 
 
 
 
 
 
 
PODER DE POLÍCIA 
Conceito de Poder de Polícia Administrativa (art 78 CTN) – Código Tributário Nacional. 
Art. 78 do CTN. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.PODER DE 
IMPOR LIMITES E RESTRIÇÕES AO PARTICULAR EM VIRTUDE DA COLETIVIDADE 
– liberdade, propriedade, etc – Ex: Restringir o Direito de Propriedade (quem mora na beira 
mar só pode construir prédio de 4 andares para garantir a ventilação). EX: A Necessidade de ter 
licença para construir uma obra. 
- Decorre de uma supremacia geral, o poder de polícia enseja obrigações. É 
Discricionário em regra, entretanto existe exceção: Ex: A Licença para construir, 
uma vez atendidas as exigências deve a Administração Pública conceder. 
- Possui imperatividade – A Administração impõe uma obrigação ao particular 
independente da concordância dele. Ex: Não pode estacionar, se estacionar vai ser 
multado ou ter o carro rebocado. 
- Possui coercibilidade – O Estado pode se valer de meios indireto de coerção. Ex: 
Quando aplica uma multa. 
- Possui Autoexecutoriedade ou Executoriedade. É a possibilidade que tem a 
Administração de, com seus próprios meios, executar suas decisões, sem precisar de 
autorização prévia do Poder Judiciário. EX: Carro estacionado no lugar de ambulância a 
Administração pode rebocar. 
OBS: A Autoexecutoriedade decorre de lei ou de medidas urgentes. 
- É um Poder de Polícia Administrativa e não Judicial (ilícitos criminais). 
- Pode se manifestar por meio de atos gerais ou individuais (ex: Aplicação de uma multa). 
 - Pertence a Administração Pública Indireta, competência conferida para realizar 
a atividade fiscalizatória 
 
 
 
 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA E POLÍCIA JUDICIÁRIA 
Polícia Administrativa Polícia Judiciária 
Incide sobre atividade Incide sobre as pessoas 
Caráter preventivo Caráter repressivo 
Ex: Licença pra construir, Ex: Pode aplicar multa, mandar demolir 
quando construído sem licença 
Ex: Regras de utilização do solo urbano, 
vigilância sanitária, regras de trânsito, 
exercício de liberdades individuais. 
 
OBS: Os Conselhos de Profissão (Conselho Regional de Medicina, Conselho de 
odontologia, etc, podem suspender ou criar limitações ao poder de exercer a profissão, 
para atender o interesse público. Exigindo licença, punindo os maus profissionais) atuam 
com Poder de Polícia pois tem personalidade pública 
OBS: O Poder de polícia não pode ser delegado aos particulares (Pessoas de Direito 
Privado). 
Colocar radar e aplicar multa – é exercício do poder de polícia – uma empresa que 
controla o radar e envia ao poder público, não está havendo delegação de 
competência e sim uma delegação de aspectos materiais que são admitidos. PRA 
COLOCAR RADAR PODE contratar um particular, mas o particular não pode 
julgar as multas ou os recursos. 
O ATO DE POLÍCIA SE DIVIDE EM 4 CICLOS 
1) Norma de Polícia – Norma vedação 
2) Consentimento de Polícia – é delegável pois não limita direitos. 
3) Fiscalização de Polícia – é delegável por ser ato executório 
4) Sanção de Polícia – não pode ser delegado 
Prazo de Prescrição das sanções administrativas do Poder de Polícia – Prescreve em 
5 anos. 
OBS: Quando instalado um processo administrativo para aplicação de sanção 
oriunda do Poder de Polícia e a Administração Pública ficar inerte, haverá prescrição 
intercorrente se decorrer 3 ANOS INERTE. 
Se o fato configurar ilícito penal, será considerado o prazo de prescrição punitiva prevista 
no Código Penal. 
 
 
ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
A Administração Pública pode atuar diretamente do serviço público ou centralizada 
– Feitas pelos entes da Administração Pública direta. 
A Administração Pública também pode especializar o serviço público em prol da 
eficiência. 
Atuando de maneira Descentralizada (O Estado transferindo a uma outra pessoa) que 
pode ser : 
a) Particular – mediante contratos de concessão e permissão 
b) Por meio de criação de uma pessoa jurídica –Pessoas criadas de forma 
especializada para a prestação de um determinado serviço. Criação de entes da 
Administração Pública Indireta – que pode criar órgãos (distribuição interna de 
competência entre órgãos e agentes de uma mesma pessoa jurídica, é a chamada 
DESCONCENTRAÇÃO). 
OBS: Os órgãos Públicos não possui personalidade jurídica, logo: são centros de 
competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, 
cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”. Por isso mesmo, os órgãos 
não têm personalidade jurídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não 
das partes". 
a) Não responde (capacidade jurídica). Ex: Ninguém processa o Detran, a prefeitura, a 
escola, pois não têm personalidade jurídica. 
b) Não são sujeitos de direitos e obrigações. 
OBS: Exceção – a Lei pode atribuir capacidade processual a alguns órgãos, podendo 
figurar na ação em nome do órgão em nome dele e não da pessoa jurídica. EX: Ministério 
Público. 
Administração Pública Indireta 
- Têm personalidade jurídica própria – são pessoas jurídicas titulares de direitos e 
obrigações. Não se confunde com os entes da Administração Pública direta 
responsável por sua criação. RESPONDE POR SEUS ATOS. 
- Possuem autonomia financeira, administrativa. 
- São criadas e extintas por meio de lei específicas? (Princípio da Simetria). Exceção: 
 
 
 
 
Art 37, XIX da CF. 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
Autarquias – É CRIADA por Lei específica. NÃO PRECISA DE REGISTRO DOS 
ATOS CONSTITUTIVOS 
Fundação, Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista – SÃO 
AUTORIZADAS POR LEI ESPECÍFICA. É O REGISTRO QUE 
CRIA ESTAS ENTIDADES – DEPENDEM DE 
REGISTRO. 
OBS: Estas entidades têm finalidade específica (A lei específica vai delimitar a 
finalidade) quando criar ou autorizar a entidade, de forma especializada. 
PRESTAM SERVIÇO PÚBLICO, finalidade não lucrativa. 
- Estas entidades se submetem ao controle da Administração Pública Direta que foi 
responsável pela sua criação – CONTROLE FINALÍSTICO – TUTELA 
ADMINISTRATIVA-VINCULAÇÃO- SUPERVISÃO. 
OBS: Este controle das entidades da 
Administração Pública Indireta NÃO 
É HIERÁRQUICO (porque são pessoas jurídicas diferentes, 
não é dentro da mesma pessoa jurídica – recurso escalonado). 
Ex: Uma pessoa interpõe um recurso hierárquico dentro do INSS para o Diretor e este 
denega (é um recurso hierárquico) se a Lei prevê um recurso para a União (este recurso 
não é Hierárquico, apesar da lei chamar de hierárquico impróprio). 
Entidades da Administração Pública Indireta 
1) Autarquias 
- Presta serviço Público 
- Possui Poder de Polícia – que não pode ser delegado. 
- Gozam de Capacidade Tributária – Poder de fiscalizar e arrecadar tributos 
- Têm personalidade jurídica de Direito Público – esta entidade têm Regime 
jurídico de Fazenda Pública – GOZANDO DE TODAS AS PRERROGATIVAS E 
RESTRIÇÕES APLICADAS AO ESTADO. 
Ex: Prazo Processual quádruplo pra contestar, dobro pra recorrer, remessa necessária 
do duplo grau de jurisdição, os bens são públicos (não podem ser penhorados), os 
débitos são pagos por meio de precatórios, possui imunidade tributária (imunidade 
recíproca), a prescrição é quinquenal, a responsabilidade civil é objetiva. O REGIME 
DOS SERVIDORES é Estatutário, etc. 
- A entidade autárquica não possui capacidade política (NÃO PODE EDITAR LEIS). 
As autarquias se dividem em: 
a) Autarquias de Controle/ Autarquias corporativas ou Profissionais 
- Atuam primordialmente no exercício de Poder de Polícia. 
- Gozam de Capacidade Tributária – fiscalizar e arrecadar tributos. 
- Podem limitar o exercício profissional. Ex: Conselhos de Profissão. 
EXCEÇÃO: A OAB – É uma entidade anômala, pois é pessoa jurídica do Direito 
Privado. 
b) Autarquia em Regime Especial 
b.1) Universidades Públicas 
- Gozam de autonomia pedagógica – Metodologia de ensino. 
- Maior independência na sua atuação. 
- Dirigentes escolhidospelos próprios membros – Corpo Docente – os Dirigentes 
cumprem um mandado fixo e não pode ser exonerado da noite para o dia. 
b.2) Agências reguladores 
- São criadas pra regular serviços prestados por particulares. Regulam a prestação 
de Serviços públicos prestados por particulares. 
- as Agências reguladoras Possuem poder Normativo – Poder de editarem 
Resoluções obrigam os prestadores 
dos serviços NUNCA O USUÁRIO 
DO SERVIÇO. 
- Têm uma forma diferenciada da escolha do dirigente – As Regras estão em uma 
Lei Geral – Regra – Nomeado pelo Chefe do Executivo com aprovação do 
Legislativo. 
Cada Lei estipula o mandato do Dirigente – A Regra é que o mesmo só pode 
perder o cargo mediante renúncia ou procedimento administrativo em que seja 
assegurado o contraditório e a ampla defesa. MAIOR AUTONOMIA AO 
DIRIGENTE PRA ELE TRABALHAR TRANQUILO. 
Saída do Cargo do Dirigente – Deve cumprir um prazo de quarentena – a Lei 
específica de cada Agência vai estipular o período. O DIRIGENTE FICA 
IMPEDIDO na quarentena de exercer atividade em NENHUMA EMPRESA 
REGULADA PELA AGÊNCIA QUE ELE DIRIGIU – 
Ex: Se era dirigente da ANEEL não pode trabalhar em nenhuma empresa que preste 
serviço de energia elétrica, na ANATEL (Em agência de telecomunicações). 
OBS: Durante a quarentena o DIRIGENTE FICA RECEBENDO O SALÁRIO 
INTEGRAL DURANTE O PERÍODO QUE ESTIVER EM QUARENTENA. 
OBS: Não confundir agência reguladora com Agência Executiva 
Agência Executiva – é criada por lei como autarquia comum, que vai exercer uma 
atividade típica de Estado. Se ela for ineficiente pode ser celebrado um contrato de 
gestão com o ente da Administração Direta ATRAVÉS DO CONTRATO DE 
GESTÃO – PODE SER POR meio de um Decreto – que pode qualificá-la como 
uma agência executiva, ganhando mais autonomia financeira e executiva, para 
que ela possa ser mais eficiente – cumprir metas definidas em um plano estratégico. 
A Qualificação é temporária – enquanto durar o contrato de gestão – voltando a 
ser uma autarquia comum após o fim do contrato de gestão. 
OBS: NA PROVA ELES CONFUNDEM AGÊNCIA EXECUTIVA com 
Agência Reguladora – FICAR ATENTO. 
 SÓ NA AGÊNCIA REGULADORA POSSUI QUARENTENA E TEM SEU 
DIRIGENTE NOMEADO PELO CHEFE DO EXECUTIVO. 
 
Ex: Anatel, Anvisa, Anac, ANEEL. 
Ex1 – a ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações pode editar uma norma 
dizendo que o prestador de serviço de telefonia não pode cobrar assinatura fixa do 
usuário – ela pode fazer isso. 
Ex2 – A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) não pode criar uma norma 
dizendo que a falta de energia por 24 horas não gera o dever de indenizar). ELA 
NÃO PODE DIZER AO PARTICULAR QUE NÃO PODE REQUERER O 
PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO. 
EX: 3 – A ANAC não pode obrigar a preencher o verso do cartão com seus dados 
pessoais. 
A ANAC pode criar normas no tocante ao prestador de serviços – Espaço mínimo 
entre cadeiras em um vôo, cobrança de bagagem. 
 
FUNDAÇÕES 
- É uma entidade criada pela destinação de um patrimônio PRIVADO quando 
sua criação. Ex: Fundação Xuxa, Fundação Viva Cazuza – SÃO FUNDAÇÕES 
PRIVADAS. 
- A Fundação Pública é uma pessoa jurídica criada com uma DESTINAÇÃO DE 
UM PATRIMÔNIO PÚBLICO. 
OBS: O Que diferencia ambas É A NATUREZA DO PATRIMÔNIO DE 
DESTINAÇÃO. 
Pode existir uma Fundação com personalidade jurídica de Direito Público – É 
CHAMADA DE AUTARQUIA FUNDACIONAL – Criada por lei e não autorizada 
por lei. Têm todas as prerrogativas de uma autarquia. 
Ou 
Fundação Pública com personalidade Jurídica de Direito Privado – Segue um 
Regime Misto ou Híbrido – Ela não goza das prerrogativas públicas MAS SE SUJEITA 
AS RESTRIÇÕES IMPOSTAS A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – respeito aos 
princípios, forma de contratação, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divide-se em Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista. 
Diferenças Empresa Pública Sociedade de Economia 
Mista 
Capital 100% Público – Não 
admite a compra de ações 
(participação Societária) 
pois o capital é todo do 
Estado 
100% Público – não 
significa que o capital 
deve ser todo do mesmo 
ente federativo. Ex: Pode 
ser 60% da União e 40% 
de Autarquia Federal . 
A Maioria do Capital é 
Público mas se admite 
capital privado. 
CAPITAL MISTO – A 
maioria do capital com 
direito a voto pertence ao 
Poder Público – Controle 
Acionário nas mãos do 
Estado 
Forma Societária Pode ser constituída sobre 
qualquer forma societária, 
inclusive S/A 
Só pode ser constituída sob 
a forma de Sociedade 
Anônima S/A 
Ação 
Judicial/Deslocamento 
de Competência 
São julgadas pela Justiça 
Federal se for matéria de 
natureza comum, se for 
justiça especializada 
(Trabalhista) será julgada 
na justiça do Trabalho. 
Em regra, em razão da 
pessoa ,tramitam na Justiça 
Estadual. 
Ações de Servidores 
(Natureza Trabalhista) 
Julgada na Justiça do 
Trabalho, porque o servidor 
é celetista. 
Julgada na Justiça do 
Trabalho 
 
Características Comuns as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 
- São pessoas Jurídicas de Direito Privado – Não têm imunidade tributária, não 
possuem privilégios processuais, não gozam de privilégios fiscais que não sejam 
estendidos as demais empresas privadas. 
- Seus servidores são Celetistas – São empregados Regidos pela CLT; mas os 
empregados não podem acumular cargos, são submetidos a concurso público. 
- As mesmas obrigações civis – São contratos privados – regidos pelo Direito Civil. 
- Seguem o mesmo regime no tocante as regras processuais – Não possuem privilégios 
processuais, não têm prazo em dobro,etc. 
- NÃO Possuem prerrogativas públicas mas devem respeitar os princípios da 
Administração Pública – Devem licitar. 
Exceções: As empresas públicas, que prestem serviço público – SE SUBMETEM AO 
REGIME DE PRECATÓRIO – Entendimento do STF. 
- Podem prestar serviço público (Correios, Eletronorte) ou Explorando atividade 
econômica – entretanto SÃO CRIADAS COM FINALIDADE PÚBLICA – O 
Lucro é consequência da atividade, não é a finalidade primordial. 
Art. 173 da CF. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
FINALIDADE É SEMPRE PÚBLICA. 
Prestando serviço Público – Se aproximam mais das Regras do Direito Público, ou seja, 
podem usufruir de algumas prerrogativas quando estiverem prestando este tipo de serviço. 
Explorando atividade econômica – Se aproximam mais das Regras do Direito Privado. 
REGRAS DAS ESTATAIS 
- Quando criadas devem possuir um Conselho de Administração – Mínimo de 7 e máximo 
de 11 membros 
- Devem possuir uma Diretoria – Mínimo de 3 membros em sua composição. 
- A Lei pode prevê a criação de empresas subsidiárias. Ex: a Petrobrás tem a Transpetro 
– auxilia no transporte de combustíveis. DESDE QUE A PRÓPRIA LEI AUTORIZE 
quando da sua criação. 
Se a Lei específica que autorizou a criação da empresa estatal já possua previsão de 
criação de empresa subsidiária a lacuna previsão de lei específica estará sanada. NÃO 
PRECISA DE UMA LEI ESPECÍFICA PARA A CRIAÇÃO DE CADA EMPRESA 
SUBSIDIÁRIA. 
EXCEÇÃO JURISPRUDENCIAL DO STF AO REGIME HÍBRIDO – A Empresa 
de Correios e Telégrafos têm regime de Fazenda Pública – 
MESMAS PRERROGATIVAS DE ESTADO– Imunidade 
Tributária, privilégios processuais, impenhorabilidade, etc. 
Porque elas atuam no Regime postal que é serviço público 
e indelegável, é empresa pública com regime de Fazenda 
pública 
 
Entidades PARAESTATAIS ou Terceiro Setor 
- Entidades PRIVADAS que NÃO INTEGRAM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
- São entidades privadas SEM FINALIDADE LUCRATIVA – que atuam ao lado do 
Estado. 
- Não compõe a Administração Pública Direta ou Indireta. 
- Prestam serviço de interesse público 
- o Estado dá a elas alguns benefícios (cessão de imóveis, benefíciosfiscais, verbas), o 
Estado deve controlar os recursos recebidos destas entidades – PRESTAÇÃO DE 
CONTAS. 
São 5 entidades que compõem: 
a) Entidades de Serviços Sociais autônomos – Sistema “s” – Sesc, Senai, SESI – 
 
A Lei deve autorizar sua criação – atuam no ensino, desporto lazer 
(determinadas categorias sociais e profissionais) – ATUAM NA 
CAPACITAÇÃO. 
Benefícios: 
- Podem cobrar tributos – Possuem capacidade tributária – Gozam de parafiscalidade – 
Podem cobrar mensalidades. 
- Recebem dinheiro público, via Orçamento público. Submetidos a controle da 
Administração Pública. 
- Realizam procedimento Licitatório Simplificado para celebrarem seus contratos, caso 
recebam dinheiro público – NÃO É NOS MOLDES DA LEI 8.666/93 – Lei das 
Licitações. 
b) Entidades de Apoio 
- Também não possuem finalidade lucrativa. 
- Atuam ao lado do Poder Público 
- NÃO SÃO CRIADAS POR LEI, o VÍNCULO É O CONVÊNIO – SÃO CRIADOS 
POR PARTICULARES – Mas atuam com o Poder Público celebrando CONVÊNIOS. 
- Pode receber Orçamento Público – Dinheiro. Cessão de bens e de Servidores Públicos, 
Devem realizar Procedimento Licitatório Simplificado para garantir a impessoalidade das 
suas contratações. 
Ex: Fundações de Apoio, Cooperativas de Apoio, Associações de Apoio 
 
C – Organizações Sociais – SÃO DISPENSADAS DE LICITAÇÃO 
- De início é uma entidade filantrópica 
- Sem fim lucrativo 
- Prestam um serviço público que não são exclusivos, em que não há necessidade de 
DELEGAÇÃO. 
- Podem celebrar Contrato de Gestão – este contrato não têm nada a ver com o contrato 
de Gestão das agências executivas. 
OBS: Só após a celebração do contrato de Gestão é que passa a ser chamada de 
Organização Social. 
Após a assinatura do Contrato de Gestão 
1) Pode receber dinheiro público – mediante controle da Administração Pública. 
2) Pode ter servidores cedidos 
3) Cessão de imóveis pela Administração Pública 
4) No conselho de Administração devem possuir servidores públicos 
5) Esta ENTIDADE QUE POSSUI DISPENSA DE LICITAÇÃO – A própria 
lei de Licitações prevê esta dispensa. 
 
D – OSCIP – Organização Social da Sociedade Civil de Interesse Público 
- Mesma noção das Organizações sociais 
- Sem finalidade lucrativa 
- Prestação de serviço público não exclusivo do Estado. Ex: Saúde, Educação. 
- Vínculo com a Administração – Através de um TERMO DE PARCERIA – para ser 
classificada como OSCIP – APÓS A CELEBRAÇÃO DO Termo de parceria. ATO 
VINCULADO 
1) Não possui cessão de servidores 
2) Não há cessão de imóveis 
3) Pode haver verba pública 
4) Fiscalizada pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério da Justiça 
5) NÃO É NECESSÁRIO A participação de servidores públicos na gestão destas 
entidades. 
6) Estas entidades SE SUBMETEM AS REGRAS LICITATÓRIAS 
OBS: Não podem ser qualificadas como OSCIP – Não podem celebrar termos de parceria: 
Cooperativas de Trabalho, Sociedade empresárias, Partido Político, Organizações 
Sindicais, Entidades religiosas. 
OBS: Os termos de parceria não são contratos (Pois no contrato as vantagens são 
divergentes – um quer a prestação de serviço, o outro lucro). Não há licitação para 
qualificar como OSCIP. 
OBS: O Dinheiro Público sempre será submetido pelo controle do Tribunal de 
Contas. 
E – Organizações da Sociedade civil – Pode ser uma entidade religiosa ou uma 
cooperativa de trabalho. 
- Se submetem a Licitações 
Entidade Religiosa – Não pode ser só igreja, deve possuir alguma atividade filantrópica. 
- Mesma natureza das O”S e OSCIP – mas o vínculo jurídico é através de um: 
a) Termo de Colaboração – o Poder Público apresenta o plano de Trabalho. 
b) Termo de Fomento – O Particular apresenta o plano de Trabalho. 
c) Acordo de Cooperação – Quando não houver transferência de recursos públicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diferenças Entidades de 
Serviços Sociais 
autônomos – 
Sistema “s” 
Entidades de 
Apoio 
Organizações 
Sociais - 
OSCIP Organização da 
Sociedade Civil 
Vínculo com a 
Administração 
Criadas por 
Autorização de 
LEI 
Convênio Contratos de 
Gestão – só 
após a 
assinatura do 
contrato de 
Gestão passa a 
ser chamada de 
OS 
Termo de 
Parceria – Só 
após 
assinatura 
recebe o 
nome de 
OSCIP 
Fiscalizada 
pelo Tribunal 
de Contas e 
pelo 
Ministério da 
Justiça 
Termo de 
colaboração, 
Fomento ou 
acordo de 
cooperação 
Licitação Procedimento 
simplificado 
Procedimento 
simplificado 
DISPENSADAS 
DE 
LICITAÇÃO 
DEVEM 
LICITAR 
DEVEM 
LICITAR 
 No conselho de 
Administração 
devem possuir 
servidores 
públicos 
Não há 
necessidade 
da 
participação 
de servidores 
públicos na 
gestão 
 
 Pode haver 
cessão de bens e 
servidores, assim 
como receber 
orçamento 
público. 
Não podem 
celebrar 
termos de 
parceria: 
Cooperativas 
de Trabalho, 
Sociedade 
empresárias, 
Partido 
Político, 
Organizações 
Sindicais, 
Entidades 
religiosas. 
1) Não possui 
cessão de 
servidores 
Pode ser 
entidade 
religiosa (que 
possua atividade 
filantrópica) e 
Cooperativas 
de Trabalho 
2) Não há 
cessão de 
imóveis 
-Pode receber 
verba pública. 
 
 
Responsabilidade Civil do Estado 
O Art.37, parágrafo 6 da CF que versa sobre responsabilidade do estado 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Responsabilidade Civil do Estado 
Responsabilidade Objetiva – Precisa ser provada a Conduta + Dano + Nexo de 
Causalidade. Não importa o dolo, a culpa ou a conduta lícita ou ilícita. 
Responsabilidade Subjetiva - Conduta + Dano + Nexo de Causalidade + Dolo ou 
Culpa ou Ilicitude. 
Conduta – Conduta de um Agente Público atuando na qualidade de agente público. 
Na qualidade de particular não gera responsabilização estatal. 
Dano – É um dano a um bem jurídico, ainda que exclusivamente moral. 
Nexo de Causalidade – Demonstração que a conduta do agente público ocasionou o 
dano. TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA – Basta comprovar que a conduta 
do agente público por si só, foi suficiente a ensejar o dano. 
OBS: Só haverá responsabilidade civil do Estado se 
estiver presente os 3 elementos conjuntamente. 
CONDUTA+ DANO+NEXO DE 
CAUSALIDADE+ 
 
OBS: Quando a responsabilização estatal decorre de um ato lícito, a 
responsabilização do Estado decorre do princípio da Isonomia, pois a conduta apesar de 
lícita, pode prejudicar alguém. 
EX: Para prender um assaltante o policial pega o carro de um cidadão e na perseguição 
capota o carro do particular – o Estado irá indenizar o particular. 
Ex: 2 O Município constrói um cemitério em frente a um grande hotel, diminuindo 
drasticamente o rendimento, culminando com o fechamento do Hotel. O Hotel têm direito 
a indenização. Toda a coletividade então ajuíza uma ação responsabilizando o Munícipio 
por desvalorização no imóvel – não têm direito a indenização – POIS A 
RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL DO ESTADO POR ATO LÍCITO – Depende de 
prova de um DANO ANORMAL, ESPECÍFICO E DIFERENCIADO. 
Responsabilidade Civil do Estado – Objetiva – É BASEADA NA TEORIA DO 
RISCO ADMINISTRATIVO. 
- Risco Administrativo – a ideia é que o Estado ao assumir o risco de sua atividade, 
ele assume uma responsabilidade objetiva. 
Teoria do Risco Integral – Alguns Doutrinadores adotam esta teoria, na qual se baseia 
na Responsabilidade Objetiva, NÃO SENDO ADMITIDOS excludentes de 
responsabilidade civil (caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva). O Brasil só 
adota esta teoria nas situações de Dano Ambiental ou 
Dano Nuclear, a regra é a Teoria do Risco 
Administrativo. 
Responsabilidade do Agente do Estado – é Subjetiva perante o Estado em ação de 
regresso. DEVE PROVAR QUE O AGENTE AGIU COM CULPA OU DOLO. 
Obs: A vítima não pode cobrar na Justiça diretamentedo 
agente que causou um dano – SÓ QUEM PODE COBRAR O 
AGENTE É O ESTADO, ATRAVÉS DE UMA AÇÃO DE REGRESSO, pois o 
Agente Público agiu na qualidade de agente público – DECORRE DO PRINCÍPIO DA 
IMPESSOALIDADE – a conduta do agente pública não pode ser imputada a pessoa do 
agente, pois quem praticou o ato foi o Estado. 
OBS: O Estado se acionado NÃO PODE DENUNCIAR A LIDE o Agente Público – 
trazer o agente pra dentro do processo, pois no processo movido pela vítima não se pode 
discutir dolo ou culpa (IRIA ATRASAR O PROCESSO) 
Direito de Regresso – Direito de Estado de responsabilizar o agente que agiu com culpa 
ou dolo no exercício das suas funções. 
OBS: Todas as Pessoas Jurídicas do Direito Público ou do Direito privado que prestem 
serviço público – Possuem responsabilidade Objetiva – a Responsabilidade do 
Estado neste caso é Subsidiária – Primeiro se cobra das Pessoas Jurídicas do Direito 
Público e Privado pra depois cobrar do Estado. 
OBS: O STF pacificou o entendimento que independente da vítima ser usuário ou não do 
serviço público a responsabilidade do Estado e do Prestador de Serviço Público se 
mantém objetiva. 
Empresas Públicas 
Se prestar serviço Público – Responsabilidade Objetiva 
Se explorar atividade econômica – A Responsabilidade será pelo Regime Privado. Pode 
ser Objetiva ou Subjetiva. Ex: Na relação do Consumidor será OBJETIVA. 
 
 
Excludentes de Responsabilidade 
a) Caso Fortuito 
b) Força Maior 
c) Culpa Exclusiva da vítima 
- As três situações EXCLUEM O NEXO DE CAUSALIDADE, nestes casos 
haverá conduta, dano, mas não haverá nexo de causalidade. 
Ex: Particular que se joga na frente de veículo público, neste caso haverá culpa 
exclusiva da vítima. 
Hipóteses em que a Responsabilidade Civil do Estado decorre da ausência de 
conduta do Estado (OMISSÃO DO ESTADO) 
- É uma Responsabilidade Subjetiva que se baseia na CULPA DO 
SERVIÇO/CULPA ANÔNIMA/CULPA DA ADMINISTRAÇÃO – É Preciso 
provar que o dano ocorreu devido a má prestação do serviço pelo Estado no caso 
concreto, não precisar dar nome ao servidor, por isso é chamado de culpa anônima. 
Ex: Se um cidadão for assaltado no meio da rua, não gera indenização do Estado, 
entretanto se for assaltado dentro de uma Delegacia, na frente dos policiais que não 
fizeram nada, neste caso o Estado deverá indenizar, pois foi a omissão dos policiais 
que gerou o dano. 
Ex 2 : Por conta de um alagamento um menino adquiriu leptospirose e morre, o Estado 
não indenizará, a não ser que prove que o local alagou devido a omissão do Estado 
em desentupir os bueiros. 
Ex 3 – Uma árvore cai em cima de um carro, em regra 
 
Teoria do risco criado ou teoria do risco suscitado – O Estado cria uma situação de 
risco e desta situação decorre um dano – NESTE CASO A RESPONSABILIDADE 
É OBJETIVA, mesmo que não aja conduta direta de Agente Público. 
Ex: Um preso mata outo dentro de um presídio. O Estado criou esta situação de risco 
ao alocar vários presos dentro de uma mesma cela, e não tomou as medidas adequadas 
pra proteger o preso. 
Ex: Um preso fugiu do presídio e assaltou um cidadão da residência ao lado – o Estado 
terá que indenizar pois o dano decorreu da situação de risco que o Estado criou ao 
criar um presídio em zona urbana. 
Toda vez que o Estado estiver alguém ou alguma coisa em sua custódia o 
Estado responderá objetivamente. Ex; Preso, Crianças na 
escola. Até mesmo nos casos de suicídio de preso o Estado responderá – STF – O 
Estado deve proteger o preso até dele mesmo. 
Prescrição 
- A ação de Responsabilidade Civil do Estado PRESCREVE EM 5 ANOS. POR 
POSSUIR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. 
- AÇÃO DE REGRESSO – Prescreve em 3 anos – Respeitando o prazo prescricional 
do Código Civil. 
- O Código Civil prevê o prazo prescricional de 3 anos para Responsabilidade Civil de 
Particular prescreve em 3 ANOS (Legislação Geral). 
Ato de Improbidade de Agentes Públicos que causem dano ao erário – Ação de 
Ressarcimento ao erário é imprescritível. STF 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor 
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. 
Agente Público que cause dano ao Terceiro – Prazo de 3 anos – Direito de Regresso. 
Não se aplica a imprescritibilidade neste caso. 
Responsabilidade Civil decorrente de Obra 
1) Má Execução da Obra 
- 1º) Deve levar em conta quem está realizando a Obra – Se for o Estado é 
responsabilidade objetiva. 
- Se for um empreiteiro que estiver realizando a obra – Não é Prestador de Serviço 
Público, logo, SUA RESPONSABILIDADE SERÁ DE DIREITO PRIVADO. O 
Estado só será responsabilizado se houve omissão do Estado em fiscalizar o 
contrato (Responsabilidade Subjetiva por omissão) 
2º Dano Decorrente da Obra em si 
- A Obra em si foi bem executada, mas a própria obra pode ocasionar um dano (apesar 
de executada conforme o projeto – o simples fato da obra pode gerar o dano). Ex: 
Cemitério construído na frente de um grande Hotel. A RESPONSABILIDADE É 
SEMPRE DO ESTADO E SERÁ OBJETIVA – Independentemente de quem está 
executando a obra. 
3º Responsabilidade por Ato Legislativo – Decorrente de LEI 
Lei de Efeitos Concretos – É um ato Administrativo para fins de responsabilização 
estatal – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. 
Lei de Efeitos concretos é o ato normativo consignado como lei em sentido formal 
(espécie normativa primária, como as Medidas Provisórias, Leis Ordinárias, Decretos 
Legislativos e outros), porém, não atende aos critérios da generalidade e abstração, 
ou seja, são Leis Complementares, Ordinárias, Delegadas ou Medidas Provisórias que 
se assemelham a atos administrativos. 
Lei Geral e Abstrata – Em regra não enseja responsabilização do Estado. Por ser 
Geral e Abstrata a lei em regra não causa dever de indenizar. 
Exceção: Se a Lei causar dano direto a alguém + Seja declarada Inconstitucional 
(RESPONSABILIDADE OBJETIVA) – Ex: Lei que cause prejuízo a uma carreira 
de servidores. 
Ato Jurisdicional - Regra geral é de não indenizar, pois as decisões judiciais são 
passíveis de recurso. 
EXCEÇÃO: Aquele que ficar preso por erro judicial e 
aquele que ficar preso além do tempo. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. 
A pena privativa de liberdade é um risco que o Estado corre. 
 
 
 
 
 
 
 
Bens Públicos (NÃO CAI MUITO) 
Conceito – 
Art. 98 do Código Civil. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja 
qual for a pessoa a que pertencerem. 
- O critério a ser utilizado para ser um bem público é a titularidade do bem 
(pertencente) e NÃO A DESTINAÇÃO. DOUTRINA MODERNA. 
 - Todos os Bens privados se estiverem atrelados a prestação de um serviço público 
gozam de todas as garantias de um bem público – Impenhorabilidade, Indisponibilidade 
etc. 
- A destinação vai ser relevante para a classificação do bem: 
1) Bens de Uso comum – existem para ser utilizados pela sociedade no geral. Praças, 
praia, calçada. A Utilização comum é livre, não precisa de autorização do Estado. 
2) Bens de Uso Especial – Tem finalidade pública específica, mas não é destinado a 
população no Geral, é o próprio Estado que utiliza o bem, o Estado pode usar diretamente 
ou indiretamente. – Ex: Repartições públicas, carro oficial do Estado, Terras 
indígenas. PODE SER DESAFETADO POR UM FATO DA NATUREZA – 
Ex: Desmoronamento, Incêndio que torna o prédio impróprio para o uso. SÃO 
INALIENÁVEIS ENQUANTO ESTIVEREM DESTINAÇÃO PÚBLICA 
 
3) Bens Dominicais ou dominiais – Não têm nenhuma destinação pública, pertence 
ao Estado mas não é utilizado. Ex: Terras devolutas. ADMITEM ALIENAÇÃO 
OS TRÊS BENS são chamados de bens afetados ou consagrados. 
OBS: Um bem sem nenhuma destinação pode passar a ter, assim como o contrário. 
AFETAÇÃO OU DESAFETAÇÃO. 
Afetação – Pode sedar por Lei, por ato administrativo ou pelo simples uso. A Afetação 
é a regra. 
Desafetação – Não se dá pelo simples desuso. Deve ser formal – Pode decorrer de lei 
ou simples ato administrativo específico. 
- Os fatos da natureza podem desafetar bens de uso especial. 
 
 
 
Características dos Bens Públicos 
1) Impenhorabilidade – TODOS OS BENS PÚBLICOS SÃO 
IMPENHORÁVEIS - não é possível que judicialmente a penhora ou 
arrematação (medidas constritivas) de um bem público. O Estado é solvente, não 
há necessidade da entrega de um bem público. Permitir a penhora seria tirar 
um bem de toda a sociedade para satisfazer o direito de um credor. 
 
2) Não onerosidade – Não se admite constrição de Direitos Reais de Garantia – 
Penhor, Anticrese, Hipoteca,etc. O Que pode é existir Direitos reais de Uso – 
Uso,Usufruto, Anfiteusa. 
 
3) Imprescritibilidade – Ela não pode ser adquirido pelo decurso do Tempo – NÃO 
SÃO PASSÍVEIS DE USUCAPIÃO. NEM MESMO OS BENS DOMINICAIS. 
Detentor de bem público – é Mera detenção – Não têm direito de retenção de benfeitorias. 
4) Inalienabilidade Relativa ou Alienabilidade Condicionada – Desde que 
obedeçam as condições estabelecidas na Lei. 
É preciso: 
a) Desafetação – Bens disponíveis. 
b) Declaração de interesse público 
c) Avaliação prévia do bem 
d) Licitação 
OBS: Se o bem for imóvel, além destes 4 passos, TEM QUE HAVER 
AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA ESPECÍFICA. 
 
Uso de bens Públicos por particulares 
- A utilização ordinária do bem público não precisa de autorização. 
- Pra utilizar um bem ordinário para uma finalidade especial – Ex: Casamento na praia 
DEPENDEM DE AUTORIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO, desde que não impeça a 
utilização normal da coletividade. 
Permissão de Uso – É o ato administrativo unilateral, discricionário e 
precário (pode ser revogado a qualquer tempo) . TAMBÉM 
EXISTE INTERESSE PÚBLICO no Uso. 
Ex: Feirinha de artesanato na rua 
Autorização de Uso - É o ato administrativo unilateral, discricionário e precário. 
INTERESSE EXCLUSIVAMENTE PRIVADO – Do particular 
Ex: Casar na praia 
Concessão de Uso – É contrato administrativo – Utilizado normalmente quando o 
particular investe determinada quantia. 
Ex: Restaurante em uma universidade, Box no Mercado Municipal. 
Bens em Espécie 
a) União 
 
Art. 20. São bens da União: 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções 
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais 
de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele 
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas 
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas 
afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; 
 V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; - 33 METROS PRA DENTRO 
DO MAR – o espaço que se forma entre as marés. 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. BENS DE USO ESPECIAL 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no 
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de 
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, 
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou 
compensação financeira por essa exploração. 
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das 
fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada 
fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão 
reguladas em lei. NÃO É BEM PÚBLICO – Mas estão sujeitos a restrições pelo 
poder público. 
 
 
b) Estados 
- Terras devolutas – Terras de ninguém – A regra é que pertencem aos Estados 
membros onde estejam localizadas. 
- Rios e correntes de água. Exceção: Rios que vão pra outro país, que vem de outro 
país ou que BANHEM a mais de um Estado da Federação pertencem a União. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PODER DE POLÍCIA 
(Limites e restrições a propriedade privada) 
- Quadro Normativo Constitucional ( At. 5º, XXII, XXIII, CF). 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
- Fundamentos: 
a) Supremacia do interesse público e função social da propriedade 
- Competência: União, mas não tira a possibilidade de Estados e Municípios 
restringirem através do uso de Poder de Polícia; 
Ex: Construir prédios acima de 3 metros na orla ( Lei Estadual).limitação administrativa) 
a) Modalidade Restritiva - o Estado impõe restrições ao uso da propriedade, mas o 
bem continua sendo do particular) e 
b) Modalidade Supressiva - O Estado transfere a propriedade para o seu domínio, 
Ex: Desapropriação) 
Restritiva (Servidão, Requisição, Ocupação temporária) 
1- Servidão Administrativa (recai sobre bens imóveis, a indenização é prévia e 
condicionada, caráter definitivo ou perpétuo). AFETA O CARÁTER 
EXCLUSIVO DA PROPRIEDADE 
- Tem as como característica a auto-executoriedade (não precisa de decisão 
judicial). 
1.1 - Fundamento: Art 40 do Decreto Lei 3.365/41 (Dispõe sobre desapropriações por 
utilidade pública) 
 Art. 40. O expropriante poderá constituir servidões, mediante indenização na forma 
desta lei. 
1.2 Características: 
1.3 Exemplo: Redes elétrica 
2- Requisição Administrativa (BENS MÓVEIS, IMÓVEIS E SERVIÇOS), 
CARÁTER TRANSITÓRIO. 
2.1 – Fundamento Art 5º, XXV, CF 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se 
houver dano. NÃO DÁ PRA PARAR O SERVIÇO PÚBLICO PRA 
DEPOIS INDENIZAR. 
Ex: Alojar desabrigados nos casos de enchente, USAR do carro particular pra 
perseguir um bandido. 
 
2.2 – Características 
2.3 – Exemplo: Hospital 
 
3 – Ocupação Temporária (NÃO gera dever de indenizar em regra 
Ex: Alojar maquinário em uma rodovia (propriedade particular). DURA O TEMPO 
QUE DURAR A OBRA. CARATER PROVISÓRIO – não há perigo. 
Ex: Utilizar um local para alojar uma zona eleitoral no dia da eleição. 
 
3.1 – Fundamento: Art 36 Dec Lei 3365/41 
Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação 
própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. 
3.2 – Características 
3.3: Exemplo: Uso de escolas nas eleições 
4- Limitações Administrativas. (Tem caráter geral, abstrato, não gera 
dever de indenizar, IMPÕE obrigações). Atinge uma quantidade 
indeterminada de bens. OPERA EFEITOS EX NUNC. Afeta o caráter 
absoluto do direito de propriedade – não pode mais a 
destinação que quiser ao bem. 
- Positivas 
- Negativas 
- Permissivas 
EX: Limitação ao direito de construir, controle de tráfego de veículos. 
 
Direito de propriedade – Intervenção do Estado na propriedade privada 
- O Estado precisa de espaço para atender os serviços públicos para a população, muitas 
vezes precisando de utilizar da propriedade privada para atender os interesses coletivos. 
Ex: Construção de escolas, metrô, hospitais, etc. Quando não há espaço existe um conflito 
de interesses: Direito de propriedade x tarefa do Estado de prestarum serviço 
público. O Interesse público deve prevalecer ante o privado (Princípio da supremacia 
do interesse público). 
Modalidades: 
a) Desapropriação – FORMA DE AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA – O bem chega nas 
mãos de Estado livre e desembaraçado - é um ato imperativo e unilateral pelo qual 
o Estado transfere a propriedade privada ao patrimônio público, mediante prévia 
e justa indenização em dinheiro. 
 
Pode recair em bens móveis e imóveis e semoventes ( com movimentos próprios, 
ex: animais). É uma forma de aquisição originária ( Não mencionar isso na prova) 
( Os débitos incidentes sobre o imóvel são zerados, se existe alguma restrição no 
imóvel (penhora), este valor será deduzido do valor da indenização. Os únicos 
bens que não podem ser desapropriados são os bens considerados 
absolutamente impenhoráveis 
 
 ( Ex: salários, bem de família (pequena propriedade rural que o dono usa 
para o sustento da família), anel nupcial, fotos da família, etc). 
Exceção: Ás vezes a indenização não vai ser prévia e nem em dinheiro. 
 Ex: Imóvel em zona urbana que não atenda sua função social, bem como em 
propriedade rural improdutiva, que não atenda sua função social. 
O imóvel urbano que não atenda a função social é punido com desapropriação 
sanção e seu pagamento será feito com títulos da dívida pública, resgatada em 10 
anos ( A prefeitura deve estabelecer alguns requisitos: 
1º Parcelamento compulsório, IPTU ( aumento do IPTU) 
 O imóvel rural latifúndio improdutivo ) que não cumpre sua função social sofrerá 
uma desapropriação sanção, paga com títulos da dívida agrária, resgatado em 20 anos. 
 OBS: O consenso entre o Estado e o particular só se dará em relação ao valor da 
indenização, quanto a desapropriação em si ela é realizada unilateralmente pelo Estado. 
 
b) Requisição Administrativa – a utilização de bens ou serviços privados para 
atender necessidades públicas urgentes. Ex: em um caso de enchente o Estado 
pode utilizar da propriedade privada para alojar as vítimas, bem como pode 
utilizar os tratores privados para limpeza da cidade. A propriedade continua com 
o dono, diferentemente da desapropriação. 
OBS: O Estado indenizará posteriormente caso haja danos a propriedade. 
 
c) Servidão Administrativa – Servidão administrativa consiste em direito real 
sobre coisa alheia (RECAI SOBRE BEM IMÓVEL). Tendo em vista que este 
direito é exercido pelo poder público, pode ser mais especificamente por lei ou 
contrato, acordo ou decisão judicial) sobre propriedade alheia de acordo com o 
interesse da coletividade. Se propriedade sofrer danos deverá ser indenizado pelo 
Estado. PRÉDIO DOMINANTE (Estado) X PRÉDIO SERVIENTE. EX: Poste 
em um terreno ou em uma propriedade, identificação de nome de rua. TEM 
CARÁTER PERPETUO – Prazo indeterminado. O Procedimento é parecido 
com o da desapropriação – HAVERÁ INDENIZAÇÃO SE HOUVER DANO 
OU LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE. 
 
d) Tombamento – direito real sobre coisa alheia. Tendo em vista que este direito é 
exercido pelo poder público, visando preservar o patrimônio histórico e cultural 
de uma cidade. 
 
e) Limitação Administrativa – é uma regra geral ( se aplica a todas as pessoas), 
incidente na propriedade privada visando melhorar a convivência em sociedade. 
 
Ex: Rodízio de veículos em São Paulo para evitar grandes engarrafamentos. 
Ex 2 – Não contruir determinadas empresas em aréa urbana, preservando o 
sossego da população. 
Ex 3 – Proibição do trafégo de veículos em determinados locais e horários da orla 
de João Pessoa, visando exercício físico da população ( caminhada) . 
 
f) Ocupação temporária - Utilização de bens privados para colaborar com os 
serviços ou obras públicas Ex: ocupação de uma escola particular em dia de 
votação. 
 
A CF de 1988 adota um sistema capitalista, mas com intervenção estatal (interesse 
público. 
 
TOMBAMENTO 
Conceito: Atualmente, o tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder 
público (SEEC/CPC) com o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de 
valor histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico e 
ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos 
ou descaracterizados. 
(Forma de intervenção na propriedade, RESTRITIVA, visando preservar através da 
aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico e ambiental 
para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados. 
- Pode ser parcial ou Total (Ex: Sobre uma fachada) 
- Pode ser de ofício ou a pedido 
- Pode recair sobre bens móveis ou imóveis 
- Só recai sobre bens corpóreos (materiais), NÃO SE TOMBA UMA OBRA. 
- Têm caráter perpétuo – o Ato de tombamento. 
- Tombamento Provisório – É UMA MEDIDA CAUTELAR administrativa pra evitar 
prejuízos. 
- O Tombamento pode incidir por mais de um tombamento (Local (Município) Regional 
– Estado ou Nacional (União) 
Efeito do Tombamento 
a) Obrigação de Fazer – Se não tiver recurso deve avisar ao Poder Público. 
CONSERVAÇÃO DO BEM 
 
b) Obrigação de não fazer – NÃO PODE DESTRUIR o bem ou alterá-lo. 
Qualquer reforma deve ter autorização especial do Poder Público. Não pode sair 
do país com o bem tombado salvo com autorização e por um curto período de 
tempo. 
 
c) Dever de tolerar a fiscalização do Estado. 
OBS: A Compra e venda de bem tombado é livre, NÃO HÁ 
MAIS DIREITO DE PREFERÊNCIA DO PODER PÚBLICO. 
OBS; O Tombamento de um bem gera a servidão automática dos terrenos vizinho 
(NÃO PODEM IMPEDIR A VISUALIZAÇÃO OU O ACESSO AO BEM 
TOMBADO) é instituída por lei. 
Desapropriação 
- Conceito – É uma forma de intervenção do Estado na propriedade na espécie 
supressiva, onde por razões de utilidade pública ou interesse social, onde o Estado 
transfere o bem do particular para o seu patrimônio. 
- Pressupostos: 
a) Utilidade Pública 
b) Interesse Social 
- Fundamento Político Domínio eminete 
- Fontes Normativas: 
 - ART 5º XXIV, CF 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, 
ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
 - Dec Lei 3365/41 ( Art 5º) 
 - Dec Lei 4132/62 (Art 2º) 
Art. 2º Considera-se de interesse social... 
Espécies 
 
DESAPROPRIAÇÕES ESPECIAIS 
Desapropriação Urbana sancionatória 
- COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO MUNICÍPIO 
( Art 182 parágrafo 4º, III, CF) (CAI NA PROVA O PASSO A PASSO PARA 
DESAPROPRIAÇÃO ( imposto progressivo no tempo, etc) 
1ª Notificação do Proprietário – Para edificar o terreno (Edificação compulsória) 
2ª Depois de notificado o particular têm 1 ANO PARA APRESENTAR O 
PROJETO E MAIS 2 ANOS PARA DAR INÍCIO AS OBRAS. 
3º Vai incidir IPTU PROGRESSIVO – Tributo Extrafiscal por até 5 anos – a 
ALÍQUOTA PODE CHEGAR ATÉ 15% DO VALOR VENAL DO BEM. 
4º Desapropriação Sancionatória 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área 
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano 
não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado 
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de 
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez 
anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e 
os juros legais. 
 Desapropriação ESPECIAL RURAL p/ fins de reforma agrária ( União ( Art 
184 CF) – COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO 
- A Função social da propriedade rural está definida no Art.186 da CF 
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos 
seguintes requisitos: 
I - aproveitamento racional e adequado; 
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveise preservação do meio 
ambiente; 
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
 
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: 
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu 
proprietário não possua outra; 
II - a propriedade produtiva. 
 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma 
agrária (para outras situações sim), o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função 
social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula 
de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo 
ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. 
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em 
dinheiro. 
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma 
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. 
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de 
rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. 
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, 
assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no 
exercício. 
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de 
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 
 
 
 
- DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL POR CONFISCO ( Art 243, cf) 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem 
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho 
escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária 
e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao 
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, 
o disposto no art. 5º. 
 Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em 
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho 
escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na 
forma da lei. BENS MÓVEIS. 
OBS: Ainda que parte da propriedade esteja sendo usada ilicitamente para 
plantar psicotrópicos o confisco será de toda a propriedade. 
 
 
 
- DESAPROPRIAÇÃO DE Bens Públicos 
 
 Art. 2o Mediante declaração de utilidade pública (DECRETO OU LEI), todos os 
bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito 
Federal e Territórios. 
OBS: A Declaração de utilidade pública não transmite a propriedade ao Estado. Somente 
depois do pagamento da indenização. 
Consequências da Declaração de Utilidade Pública 
1) O Estado pode ingressar no bem – Para definir o valor indenizatório. Não toma 
o bem, mas pode medir, avaliar. OCORRE A FIXAÇÃO DO ESTADO DO BEM 
– No Estado em que se encontra – qualquer melhoria que o proprietário fizer 
depois da declaração de utilidade – Salvo as benfeitorias necessárias e as 
benfeitorias úteis que forem autorizadas. As construções feitas pelo 
particular também não serão indenizadas. 
Prazo para caducidade da declaração de utilidade pública: 
- necessidade e utilidade pública – 5 anos sem execução. 
- interesse social – decai em 2 anos sem execução. 
- Não pode emendar uma declaração na outra depois de decair, têm que esperar o 
prazo de 1 anos para poder declarar utilidade pública novamente. 
OBS: Promover desapropriação é a mesma coisa de executar a desapropriação. É 
pagar o dinheiro e entrar no bem. 
Quem pode executar a desapropriação 
1) União, Estados, Municípios 
2) Entidades da Administração Indireta 
3) Consórcios Públicos 
4) Concessionária de Serviço Público 
 
 
Como pode ser celebrado o acordo para desapropriação 
 
- Particular de Acordo com o valor da desapropriação – Feito 
administrativamente – Particular x Estado – o Particular pode se arrepender e 
entrar na justiça pedindo valor maior. 
 
Se não houver acordo entre o particular e o Estado 
 
- É realizado na via judicial, quando o particular não chegar em acordo com o 
Estado sobre o valor da indenização. 
 
- o Estado promoverá a AÇÃO EXPROPRIANTE – O Particular só pode discutir 
vícios processuais, mais NO MÉRITO SÓ É POSSÍVEL DISCUTIR O 
VALOR DA INDENIZAÇÃO E O DIREITO DE EXTENSÃO– O 
PARTICULAR SÓ VAI GANHAR DINHEIRO. O Estado liminarmente pode 
requerer a IMIÇÃO NA POSSE DO BEM – provisoriamente a posse do bem 
passará para o Estado – Mediante declaração de urgência em ingressar no bem 
+ depósito em juízo do valor incontroverso (O valor que o Estado ofereceu) – 
120 dias para efetuar o depósito em juízo – O Particular pode levantar 80% do 
valor depositado – Se ele levantar 100% presume-se que ele aceitou o acordo 
e o processo finaliza). Com o trânsito em julgado da Ação o Estado será 
proprietário do BEM. 
 
OBS: Em ação específica o particular pode discutir a ilegalidade do ato 
desapropriação. 
 
Direito de Extensão da Desapropriação 
 
- É possível que o poder público desaproprie parte de um bem. NÃO PODE 
FRACIONAR O BEM e deixar uma área remanescente que se torna inútil – O 
Particular pode exigir a extensão da desapropriação ao restante do terreno. 
NOS CASOS DE DESAPROPRIAÇÃO PARCIAL. 
 
- O Direito de extensão pode ser requerido na contestação 
 
Desapropriação Indireta ou Apossamento Administrativo 
 
- É uma invasão (esbulho) do Estado na Propriedade. Embora seja uma 
conduta ilícita por parte do Estado, qualquer ação contra o Estado – SE ELE 
TIVER DADO FINALIDADE PÚBLICA AO BEM – A ação será resolvida 
com uma indenização em perdas em danos. Ex: o Particular viajou por 3 anos 
e quando voltou o Município criou uma repartição pública na propriedade do 
particular. 
 
- Prazo prescricional de 15 anos (Quando não for dada finalidade pública) 10 
ANOS SE FOR DADA FINALIDADE PÚBLICA (Usucapião 
Extraordinária) 
 
- Acontece muito nos casos de desapropriação disfarçada de servidão 
administrativa. 
 
PRESCRIÇÃO – A regra é 5 ANOS a contar do ato de constrição. A AÇÃO 
DE DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA possui prazo prescricional de 10 anos. 
PRAZO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA. 
Desapropriação por Zona 
- o Estado irá realizar uma obra e por zona (ao redor) irá desapropriar. DEVE 
ESTÁ PREVISTO NO DECRETO EXPROPRIATÓRIO. 
- Desapropriação da Zona vizinha de uma obra: 
a) Se o Estado provar que há previsão de extensão da obra; 
b) Nos casos que o Estado enxerga que a obra irá gerar uma supervalorização dos terrenos 
vizinhos (O Estado pode lucrar com uma futura venda dos terrenos vizinhos) A 
DOUTRINA CRITICA POIS ISSO SERIA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA. O STF 
disse que é Constitucional 
RETROCESSÃO DA DESAPROPRIAÇÃO 
Tredestinação – Mudança da destinação originária do bem. Desapropriou pra construiu 
uma escola e acabou construindo um Hospital. Neste caso será um desvio de finalidade 
lícito casa aja finalidade pública. SE O ESTADO NÃO CONSTRUIR NADA – Desistiu 
de construir qualquer coisa e vendeu a um terceiro – TREDESTINAÇÃO ILÍCITA 
OU ADESTINAÇÃO – Isso é ilegal e surge ao ex proprietário o direito de pegar o bem 
de volta. A Doutrina diverge sobre a possibilidade ou não do Direito de sequela (pegar o 
bem onde quer que ele esteja. NÃO É PACÍFICO . Se a Tredestinação for interpretada 
como direito real – haverá direito de sequela, se for direito real – se resolve me perdas em 
danos (DEPENDE DA TEORIA QUE VC ADOTAR) 
 
 § 1o A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se tornará necessária, 
quando de sua utilização resultar prejuízo patrimonial do proprietário do solo. 
 § 2o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios 
poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em 
qualquer caso, ao ato deverá precederautorização legislativa. DEVE TER LEI 
PARA PODER DESAPROPRIAR 
 § 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e 
Municípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições e 
empresas cujo funcionamento dependa de autorização do Governo Federal e se subordine 
à sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da 
República. 
OBS: a União pode desapropriar bem do Estado e o Estado do Município. 
Município pode desapropriar empresa pública. 
 
 
LICITAÇÕES E CONTRATOS 
Procedimento administrativo prévio aos contratos celebrados pela Administração 
Pública. 
Finalidades da Licitação: 
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a 
administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios 
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, 
da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objetivo e dos que lhes são correlatos. 
 
Princípios da Licitação 
a) Sigilo das Propostas – Não se incompatibiliza com o princípio da publicidade. 
Até a data marcada para a abertura das propostas conjuntamente. 
 
b) Vinculação ao Instrumento Convocatório – O Edital obriga todo o instrumento 
convocatório – Tanto os licitantes quanto a Administração Pública. 
 
c) Julgamento Objetivo das Propostas - Deve está previsto no Edital o que o 
licitante deve fazer para ganhar a licitação. CRITÉRIOS OBJETIVOS para a 
escolha do vencedor (só pode levar em consideração para a escolha do 
vencedor o que estiver no Edital). 
 
Critérios de Desempate 
- São sucessivos (devem ser analisados na sequência) 
§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada 
preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: 
1) Produzidos no País; 
2) Produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
3) Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. 
4) Produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva 
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da 
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na 
legislação. 
Se persistir o empate, haverá sorteio. 
Art. 44 da LEI COMPLEMENTAR 123. Nas licitações será assegurada, como critério de 
desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno 
porte. PREFERÊNCIA DE DESEMPATE – Se ela quiser diminuir a proposta para 
desempatar ela ganha – se não concordar haverá sorteio. 
OBS: Na Licitação se a proposta da microempresa ou EPP for até 10% maior 
do que a outra empresa considera-se empate. SE FOR NA MODALIDADE 
PREGÃO É 5%. 
 
 
 
Intervalo Mínimo na Licitação 
- Prazo mínimo estabelecido na Lei que a Administração Pública deve respeitar 
entre a publicação do Edital e a data de início da Licitação. Cada Modalidade têm seu 
prazo específico. 
 Concorrência Tomada de 
Preços 
 Convite Concurso Leilão 
Melhor 
técnica e 
melhor 
técnica e 
preço ou 
empreitada 
integral 
 
 45 dias 
 
30 dias 
 
 
 
5 dias Úteis 
 
 
 
45 dias 
 
 
 
15 dias 
Nos outros 
casos 
 30 dias 15 dias 
 
 
OBS: Os dias em regras SÃO CORRIDOS, salvo convite. 
Comissão Licitante 
- Ficará responsável pelo procedimento licitatório. 
- Mínimo 3 membros (Pelo menos 2 devem ser servidores efetivos do Órgão – não 
é necessário ser estável). 
- Responsabilidade Solidária dos membros da Comissão. Exeção: Se o membro 
for voto vencido em deliberação e deixar consignado em Ata. 
Comissão Especial – Designada especificamente pra determinado procedimento 
licitatório. 
Comissão Permanente – Uma Comissão que fica responsável por todos os 
processos licitatórios por um período de 1 ano. VEDADA A RECONDUÇÃO DE 
TODOS OS MEMBROS – pelo menos 1 dos membros deve ser trocado anualmente. 
 
Obrigatoriedade de Licitar 
- Todas as entidades da Administração Pública Direta e Indireta 
- Fundos Especiais – Geralmente é um Órgão. 
- Demais entes que sejam controlados pela Administração Pública – Todo 
mundo que receber dinheiro público 
 
Modalidades de Licitação 
1) Concorrência – Valores mais alto. 
2) Tomada de PREÇOS – Valores médios. 
3) Convite – Com base no objeto 
4) Concurso – com base no objeto 
5) Leilão – com base no objeto 
6) Pregão – Regulamentado pela Lei 10.520 
OBS: Em licitação quem pode o mais pode o menos – Pode ser utilizada uma modalidade 
maior para licitar uma menor. Ex: Usar concorrência para uma obra no valor que poderia 
ser utilizada a tomada de preços. 
Concorrência 
- Qualquer pessoa pode participar. 
1) Obras e serviços de engenharia – Acima de 1,5 milhões 
2) Bens e serviços – Acima de 650 mil 
- É OBRIGATÓRIA A MODALIDADE CONCORRÊNCIA NESTES CASOS. 
Exceções: Que a Lei exige concorrência independentemente do valor: 
EXISTEM 5 CASOS. 
1) Contratos de Concessão de serviço Público; 
2) Concessão de Direito Real de Uso; 
3) Contratos de empreitada integral – aquele contrato em que a 
Administração contrata uma empresa e todas as etapas necessárias ficam a 
cargo da empresa – o Estado dar tudo e a empresa entrega o bem pronto. 
4) Aquisição e alienação de bens imóveis – Exceção da Exceção – Se este 
imóvel que vai ser adquirido por meio de Dação em pagamento ou por decisão 
judicial – PODE SER ALIENADO POR MEIO DE CONCORRÊNCIA OU 
LEILÃO. 
5) Quando se tratar de Licitação Internacional – Aquela licitação em que pode 
participar empresas estrangeiras QUE NÃO TENHAM SEDE NO PAÍS – 
Exceção: Havendo um cadastro internacional de licitantes o licitante 
estrangeiro que não possua sede no país pode optar pela tomada de 
preços. 
Exceção: Se não tiver fornecedor nacional do bem ou serviço do país pode 
fazer licitação na modalidade CONVITE – DESDE QUE RESPEITADO 
O LIMITE MÁXIMO. 
 
Tomada de Preço 
- Pode participar os licitantes que estejam cadastrados ou aqueles que 
preencham os requisitos ATÉ 3 DIAS ANTES DA DATA MARCADA PARA 
O início da licitação. 
- o Cadastro é uma espécie de habilitação prévia. Têm validade de 1 ano 
(Uma vez cadastrado, o licitante ao invés de levar todos os documentos, basta 
levar o comprovante de cadastro) 
a) Obras e Serviços de Engenharia – até 1,5 milhões 
b) Bens – Até 650 mil. 
 
Convite 
- Contratação de valores mais baixos. 
- Quem participa são os licitantes convidados (Mínimo de 3) cadastrados ou não. 
- Devem ser convidados no mínimo 3 licitantes (salvo comprovada restrição de 
mercado) 
- Mesmo que não tenha sido convidado PODEM PARTICITAR, desde que: 
1) Devem ser cadastrados 
1) Manifeste interesse por escrito no mínimo 24 horas antes da data marcada para 
o início do certame. 
Valores máximos: 
a) Obras e serviços de Engenharia – Até 150 mil 
b) Bens e serviços – até 80 mil 
- Não há edital no convite e sim CARTA CONVITE – a carta convite é mais restrita. 
A CARTA CONVITE NÃO É PUBLICADA em jornal de grande circulação, NÃO 
QUER DIZER QUE NÃO EXISTA PUBLICIDADE – A publicidade se dará com o envio 
da carta convite e afixando o ato na repartição em local acessível ao público. 
- A Comissão pode ser dispensada (previamente justificada) DEVE TER PELO MENOS 
1 SERVIDOR EFETIVO. 
Concurso 
- Não tomam por base o valor da contratação e sim o objeto de contratação. 
- Modalidade licitatória em que a Administração Pública fará o Concurso com a finalidade 
de aquisição de trabalho técnico, artístico ou científico. Ex: Concurso de monografia, 
concurso de projeto arquitetônico, MEDIANTE O PAGAMENTO DE PRÊMIO ou 
remuneração ao vencedor. 
- Membros da Comissão – 3 pessoas Pessoas idôneas com conhecimento na área. 
 
Leilão 
- Modalidade licitatória para

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