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UNAMA - UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ADOLESCÊNCIA- ANSIEDADE E AUTOMUTILAÇÃO ANANINDEUA - PARÁ 2021 ADOLESCÊNCIA- ANSIEDADE E AUTOMUTILAÇÃO Trabalho realizado como parte avaliativa referente a 1ª avaliação da disciplina de Psicologia Aplicada ao Cuidado, ministrada pela professora Giane Souza. ANANINDEUA – PARÁ 2021 Introdução A adolescência é uma fase de amadurecimento, um período de transição entre a infância e a vida adulta, é também um período de grandes alterações ao nível do crescimento e maturação do cérebro. Partindo do ponto de vista cognitivo, a adolescência é caracterizada por um aumento da capacidade de pensamento abstrato, de conhecimento e de raciocínio lógico, do social, é um período de preparação para os papéis sociais culturalmente adequados dos adultos, como o de trabalhador ou parceiro amoroso. As "mudanças" tão dramáticas que tem recebido descrições do tipo “crise de identidade”, “é normal ser anormal” ou “psicose normativa”, dentre essa fase o adolescente busca respostas. Uma fase em que se vive uma explosão de emoções, pensamentos, ideias e experiências que impactam a autoimagem e autoconfiança dos adolescentes, é normal ficar confuso com tantas novidades. O problema é quando a excitação e confusão se transformam em ansiedade, onde são muitos fatores que podem causar ansiedade nessa faixa etária. As preocupações características da adolescência, tais como a aparência, decepção amorosa, popularidade, futuro profissional, autoestima, namoro e identidade, podem ser a causa da ansiedade constante, negligência os sintomas e diagnóstico pode agravar o estado psicológico do adolescente e causar outras condições, como fobias e transtorno do pânico, bem como estimular pensamentos suicidas e automutilação. A automutilação é o termo utilizado para designar a pessoa que pratica o ato de se cortar em alguma parte do corpo, para obter, de uma forma desesperada, um alívio de uma dor psíquica intensa. o comportamento é conhecido como “cutting”, que significa “corte” em inglês, após o ato, surge o sentimento de vergonha, sendo preciso esconder os cortes para evitar um outro sentimento: a culpa por estar agindo assim. Os pais não sabem como lidar com essa situação, mas afinal, o que leva os jovens a esse comportamento? ou seria outra a pergunta: o que esse comportamento leva aos jovens ? No momento intenso da dor a solidão toma conta, o coração acelera, dores estomacais surgem, as pernas tremem e um turbilhão de pensamentos negativos perturbam a mente cansada, a ponto de realizarem o ato novamente, as emoções negativas perturbam, enlouquecem, e o que se vê é a única possibilidade de resolver os conflitos internos com os cortes, tornando-se uma espécie de vicio. O A demora para buscar ajuda pode desencadear um Transtorno Depressivo maior, o transtorno obsessivo compulsivo, mais conhecido como TOC, o transtorno de Ansiedade Generalizada e, em alguns casos, o suicídio. Metodologia Faremos uma breve analise, sobre o tema de automutilação na adolescência, a partir dos seguintes descritores: Automutilação na adolescência, que trará relatos de casos, que irão corroborar com a análise de comportamento psíquico que nos levara ao conhecimento da mudança de comportamento. Em estudo, evidenciou-se que foram utilizados mais de um método para se automutilar. As características mais frequentes foram: cortes superficiais, queimadura, arranhões etc. (GIUSTI, 2013: GARRETO, 2013). Segundo o autor, a automutilação, desvia o olhar da tensão psicológica e a substitui para uma dor física, que as tornam algo prazeroso. Foram utilizadas as seguintes plataformas de pesquisa. Conceitos: 1. Ansiedade Segundo o ministério da saúde a ansiedade é o transtorno mais comum entre os brasileiros, podendo afetar vários fatores emocionais, físicos, mentais e psicológicos desencadeados de situações que ocorrem no cotidiano, à ansiedade é um estado emocional aversivo sem desencadeadores que não podem ser evitados. A ansiedade é uma condição complexa e aversiva, o evento aversivo é quando o indivíduo fica submetido a uma situação ao qual foi desagradável como exemplo o estresse pós-traumático, o que pode ocasionar um enorme grau de ansiedade então quando submetido a situações parecidas irá associar o sentimento de ansiedade com o evento ocorrido. A exposição de estímulos produz uma resposta de ansiedade, juntamente com sintomas que são essenciais, gerados no sistema nervoso autônomo. Segundo o manual de diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (AMERICAN..., 2013), muitos dos transtornos de ansiedade surgem na infância ou na adolescência e se não forem tratados podem persistir, a relação dos pais é essencial nessa etapa pois o diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida do indivíduo, os sintomas da ansiedade podem ser leves, moderadas ou até mesmo grave como: palpitação, taquicardia, sudorese, transtorno de estresse pós- traumático e transtorno obsessivo-compulsivo. A ansiedade sempre esteve presente em nosso dia a dia, no entanto a sociedade atual está por muitas vezes sendo considerada a sociedade da ansiedade, devido uma sobrecarga de prazos, competitividade, consumismo e deveres. Este fardo emocional de agitação acaba gerando, muitas vezes, transtornos inesperados associados à ansiedade, consequência da fobia específica. Mesmo sendo uma emoção fundamental para sobrevivência do indivíduo, em excesso a mesma pode se tornar um fator preocupante, causando-lhe prejuízos significativos. 2. Automutilação Nos últimos anos, os casos de automutilação têm aumentado consideravelmente, principalmente no ambiente escolar, onde há a constatação de verdadeiras epidemias de automutilação entre jovens de 12 a 20 anos (SANTOS et al., 2019). A automutilação consiste no ato de agredir o corpo fisicamente com materiais perfurocortante geralmente com tesouras, facas estiletes e gillette, trazendo consigo uma dor que se torna alivio para com que aquela pessoa acabe esquecendo momentaneamente os seus conflitos internos. Isso ocorre com frequência entre jovens e adolescentes. Conforme Araújo et al. (2019), a automutilação se refere a movimentos repetitivos sem finalidade aparente, causando um autossofrimento aos indivíduos que o praticam. Vejamos o que diz a Organização Mundial de Saúde - OMS (2008) sobre transtorno: Movimentos intencionais repetitivos, estereotipados, desprovidos de finalidade (frequentemente ritmados), não ligado a um transtorno psiquiátrico ou neurológico identificado. Esses comportamentos automutiladores compreendem: bater a cabeça, esbofetear a face, colocar o dedo nos olhos, morder as mãos, os lábios ou outras partes do corpo. Os movimentos chamados estereotipados ocorrem na maioria das vezes em crianças com retardo mental (neste caso, os dois diagnósticos devem ser registrados). (OMS, 2008). A principal percepção tem que partir do âmbito familiar, onde o jovem ou adolescente tem mais contato e onde se passa a maior parte do seu tempo, observações como, se o jovem fica muito isolado, se usa roupas largas até mesmo em tempos frios pode ocorrer de estar escondendo marcas ou cicatrizes de automutilação, essas observações são primordiais para identificar algo que possa está acontecendo dentro de casa, ter conversas com os filhos para saber se estão passando por algum problema ou dificuldade na escola. Ansiedade e automutilação na adolescência Segundo Cedaró(2013) automutilação consiste em um comportamento de autolesão em que o praticante, na maioria das vezes,busca transferir algo psiquicamente incontrolável para o corpo. Sabendo que a pele é um grande tecido responsável pela sensação e que faz conexão com o sistema nervoso central, não a como desvincular corpo e mente. As principais causas da automutilação são ocasionadas pela inabilidade de lidar com angústia, tristeza, alegria, ansiedade, medo, frustrações, culpas, nostalgia, raiva e até vingança. Não existe idade que predisponha este tipo de comportamento, podendo acontecer tanto na infância, adolescência ou velhice, entretanto os maiores índices estão entre os adolescentes. A automutilação surge entre os 13 e os 14 anos e permanece por dez a quinze anos, podendo persistir por décadas, não existindo um consenso se existem prevalências entre os gêneros (DINAMARCO, 2011). Além disso, alguns indivíduos que se automutilam param com esse comportamento independentemente de qualquer intervenção, provavelmente devido ao desenvolvimento de mecanismos mais eficientes para lidar com situações adversas que acontecem normalmente com o desenvolvimento neurocognitivo (NUNES, 2012; GIUSTI, 2013; GARRETO, 2015). Partindo da premissa de que adolescentes costumam socializar em grupos escolares ou redes sociais, onde falam sobre problemas em comuns ao grupo, e que na maioria das vezes são fechados para compartilharem suas práticas de automutilação e quais áreas são escolhidas para fazerem os cortes, como, braços, pernas, barriga e mãos, locais esses mais acessíveis e fáceis de esconder dos familiares e professores para alívios de seus conflitos. Esse comportamento sofre uma espécie de contágio social e é passado de grupo em grupo, pois, além de ensinarem e aprenderem, os adolescentes encorajam outros indivíduos a aderirem a essa prática (SANTOS et al., 2016). A adolescência apresenta inúmeros desafios e costuma gerar instabilidade e agitação na vida dos indivíduos, ainda mais quando referenciamos a sociedade atual extremamente ligada ao mundo digital e aparencência física, o que muitas vezes pode recair na negação desta imagem trazendo assim angustias e extravasando na pele por meio da automutilação. O bullying é outra problemática que contribui para a ocorrência da automutilação entre adolescentes, uma vez que geralmente é praticado na escola e/ou nas suas imediações. Trata-se de uma prática extremamente grave, muitas vezes ignorada pelos profissionais da escola ou mesmo pelos pais, por não lhe dar a devida importância, muitas vezes ignorando os fatos, resultando em consequências negativas, como a automutilação; a prática do bullying pode ocasionar, nas vítimas, receios de expressar sentimentos e emoções e o surgimento de comportamentos de medo, apatia, favorecendo o isolamento e a fuga desses adolescentes para caminhos muitas vezes sem volta (RODRIGUES, 2010). Relatos Identificação: A.V.M.,14 anos, sexo feminino, branca, estudante do nono ano do ensino fundamental. Queixa principal: Isolamento, irritação e diminuição de apetite. História da doença atual (abordagem familiar): Aproximadamente 6 meses vem apresentando quadro de isolamento, inicialmente familiar e posteriormente social, com choros constantes, irritabilidade, agressividade quando frustrada, recusa em se alimentar, com evidente perda de peso, sonolência excessiva e piora importante do desempenho acadêmico. Há 2 meses está se cortando, principalmente nos punhos e braços, com estilete e cacos de vidros. Apresenta dificuldades escolares crescentes desde o início da escolarização, com muitas queixas de desatenção, dificuldade na memorização, na interação social sempre muito tímida e retraída e dificuldade na alfabetização. No sexto ano do ensino fundamental foi levantado diagnóstico de TDAH por uma psicóloga por meio de testagem neuropsicológica, e iniciou intervenção psicopedagógica por 1 ano sem uso de medicação. A mãe nega alteração de comportamento nos demais ambientes antes do início da adolescência (SIC), iniciou psicoterapia desde o início do quadro acima, com abordagem psicanalítica. Foi avaliada recentemente pela psicóloga da escola e encaminhada para avaliação com a suspeita de Anorexia Nervosa (SIC) e Depressão. História da doença atual (abordagem com a adolescente): A adolescente reforça os dados acima e relata ser deprimida. Sempre se sentiu renegada, não consigo ter amigos e amigas. “Me acho feia, gorda, chata e sempre tive dificuldade na escola. Não aprendo, não lembro o que estudo, fico só no meu canto. Já sofri muito bullying na escola devido a minha dentição e na família com os meus tios e primos, que me denomina de “patinho feio”. Preciso morrer, mas não tenho coragem de me matar...Minha vida não tem sentido. Comecei há dois meses a me cortar, me alivia, me tira a vontade de morrer naquele momento, mas o pensamento de morte sempre volta, me corto com cacos de vidro e lâmina de estilete. Comecei cortando o meu punho, depois o meu braço, minha perna, minha coxa e, por último, tenho me cortado na nuca. Nunca mostrei para ninguém. Sempre uso roupas longas e minha mãe só descobriu porque entrou no meu quarto sem avisar. Não suporto minha família, detesto o meu tio. Toda vez que o vejo ou lembro dele tenho vontade de me cortar. Meus pais nunca fizerem nada, pois dependem exclusivamente do meu tio e do meu avô.” Relata a mesma. Alterações no sono: Tem tido grande necessidade de sono vespertino, “atualmente durmo o dia todo”. Nega associação direta da privação alimentar com pensamento ou medo específico de engordar: “Não como por não ter fome, não gosto do meu corpo, me acho gorda, mas não fico na frente do espelho me vendo, nem gosto disto” e nega comportamentos purgativos ou indução de vômitos. Nega elação do humor: Grandiosidade, períodos de pensamentos acelerados ou agitação extrema. Os episódios de agressividades são reacionais, não há comportamentos sugestivos de hipersexualidade e diminuição ou privação de sono no período. Nega alucinações visuais e auditivas, abuso físico ou sexual, uso de álcool, tabaco, drogas e de medicamentos psicotrópicos. História familiar: relato de vários casos de Transtorno do Humor, com Depressão (na família paterna), sem história de suicídio e sem relato de diagnóstico de Transtorno Bipolar. Casos de primos maternos de primeiro grau com TDAH e Dislexia. Contexto familiar: pais permissivos, passam pouco tempo em casa, pouca rotina e regras de convivência familiar. Os pais são funcionários públicos, ambiente ansioso, com muitas discussões sobre questões financeiras, de muita cobrança com resultados acadêmicos e bom vínculo afetivo da adolescente com o irmão. Conclusão Frente ao crescimento expressivo da incidência de casos de automutilação na população adolescente, a carência de diálogos a respeito do tema, e subsequente aumento da demanda psicoterapêutica, a presente pesquisa reflete sua relevância, tanto para o profissional da Psicologia, quanto à sociedade de forma geral. Nesse sentido, surge a necessidade de um maior aprofundamento sobre o tema, que possibilite a identificação de fatores protetivos, capazes de proporcionar auxílio efetivo para esses jovens. Com essa intenção sugere-se que o objetivo geral foi atendido porque efetivamente o trabalho conseguiu expor os fatores envolvidos na Automutilação em Adolescentes a partir da literatura atual. No decorrer dos estudos, verificou-se que vários fatores conduzem os jovens a praticarem a automutilação, ou seja, a maior parte dos autores destacou aspectos relacionados à regulação das emoções. Observa-se a internet como possível fator influenciador de tal comportamento, não descartando a influência de outras razões. Concernente às comorbidades, ocorre o predomínio em portadores de transtorno de personalidade borderline. Em face à metodologia proposta percebe-se a disponibilidade bastante reduzida de pesquisasque discorram sobre o tema na literatura nacional. Ademais, evidencia- se a ausência de citação de técnicas psicoterápicas cabíveis ao fenômeno. Escassos também são os estudos de casos existentes, possivelmente decorrente do medo à exposição por parte do portador deste comportamento. Surge a necessidade de um debate adequado e fundamentado do tema, pois o próprio silêncio que recobre o tabu, torna a automutilação ainda mais prejudicial para quem a pratica. Diante dessa lacuna sugere-se mais estudos acerca da temática que vislumbrem melhor clarificação sobre o fenômeno, pois o fato deste evento envolver um contexto de sofrimento, pode gerar danos indesejáveis na vida dos adolescentes, na medida em que as marcas deixadas, podem estar além das cicatrizes físicas Referências AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2014. ARAUJO, J. F. B et al. O corpo na dor: automutilação, masoquismo e pulsão. Rev Estilos Clin., São Paulo, v. 21, n. _CABRAL, Ailim et al. Conheça histórias de pessoas que venceram o distúrbio da automutilação: Os relatos evidenciam o papel da família, que deve estar atenta ao comportamento dos filhos, e a importância da ajuda de especialistas. [S. l.], 21 abr. 2014. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/04/21/interna_cidade sdf,423980/conheca-historias-de-pessoas-que-venceram-o-disturbio-da- automutilacao.shtml. Acesso em: 12 set. 2021. CEDARO, J. J.; NASCIMENTO, J. P. G. Dor e gozo: relatos de mulheres jovens sobre automutilações. Psicologia, USP, São Paulo, 2013, v. 24, n. 2, p. 203-223. DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DE PEDIATRIA DO DESENVOLVIMENTO E COMPORTAMENTO. Caso Clínico: Cutting, [S. l.], p. 1-3, 12 dez. 2012. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/CUTTING-ARTIGO- 2.pdf. Acesso em: 12 set. 2021. DINAMARCO, A. V. Análise exploratória sobre o sintoma de automutilação praticada com objetos cortantes e/ou perfurantes, através de relatos expostos na internet por um grupo brasileiro que se define como praticante de automutilação. 2011. 117 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. GARRETO, A. K. P. O Desempenho executivo em pacientes que apresentam automutilação. 2015. 223 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Medicina de São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. GIUSTI, J. S. Automutilação: características clínicas e comparação com pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo. 2013. 184 f. Tese (Doutorado em Ciências) - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: www.teses.usp.br/>Teses /disponíveis. Acesso em: 11 de setembro de 2021. RODRIGUEZ, C. F. Falando de morte na escola: o que os educadores têm a dizer? 2010. 341 f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidadede São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/472207201083. Acesso em: 11 de setembro 2021. SILVA, E.P.Q.; SANTOS, S.P. Práticas de ensino, pesquisa e extensão no âmbito do GPECS: problematizando corpos, gêneros, sexualidade e educação escolar. 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