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Projeto de Pesquisa TPG7

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 INSTITUTO DE GEOGRAFIA 
 
 
 
 
Nayara Ferreira Esterque 
 
 
 
 
 
Geotecnologias como suporte escolar na análise geomorfológica-fluvial do rio 
Carangola em Natividade - RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natividade 
 
Setembro de 2021 
 
 
 
Nayara Ferreira Esterque 
 
 
 
 
 
Geotecnologias como suporte escolar na análise geomorfológica-fluvial do rio Carangola 
em Natividade - RJ 
 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao Departamento de Geografia 
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como atividade 
avaliativa da disciplina de Teoria e Prática em Geografia VII, do 
curso de Licenciatura em Geografia da UERJ/CEDERJ - Polo 
Natividade, 2021 
 
 
Orientadora: 
Msª Giselle Ferreira Borges 
 
 
 
 
 
 
Natividade 
 
Setembro de 2021 
 
 
1-INTRODUÇÃO 
 
Muito se discute sobre a importância da cartografia, conceitos de paisagem e suas 
características fundamentais no raciocínio geográfico, bem como o pensamento espacial para 
a formação de professores e alunos. De acordo com PCNs (1998), a geografia tem por 
objetivo explicar e compreender as relações entre sociedade e natureza, e como as 
apropriações acontecem dentro do espaço geográfico. Dessa forma, a escola é concebida 
como agência de comunicação social, e torna-se um espaço privilegiado capaz de receber e 
processar informações, transformando-as em conhecimento. Como também, desenvolve a 
função social de preparar cidadãos ativos e consistentes na participação das implicações 
ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais (SANTOS, 1999). 
 Em consonância com as mudanças desencadeadas pela LDB (9394/96), resultante da 
evolução e ampliação do conhecimento sistematizado, destaca-se a necessidade do educador 
trabalhar com conteúdos e recursos que qualifiquem o aluno para a vida na sociedade 
tecnológica. Dessa maneira, a introdução da tecnologia do sensoriamento remoto enquanto 
conteúdo e recurso didático inovador, favorece no processo de ensino e aprendizagem, frente 
às atuais exigências de reformulação da educação (SANTOS, 1999). 
 O ensino da geografia se depara com importantes ferramentas de geotecnologias para 
serem utilizadas como recurso didático em sala de aula, identificando elementos na paisagem 
tais como serras, planícies, rios, bacias hidrográficas, matas, áreas urbanas, entre outros 
(SANTOS, 1999). Logo, essa dinâmica proporciona subsídios ao entendimento das relações 
do uso e ocupação do espaço geográfico, além das implicações com o geossistema. 
 Conforme Florenzano (2002), a partir da análise e interpretação das imagens de sensores 
remotos, podem ser articulados os conceitos geográficos de lugar, localização, interação 
homem/meio, região e movimento (dinâmica). No tocante à ótica dos rios como importantes 
modeladores do espaço, faz-se necessário uma visão de mundo prevalecente sobre a natureza, 
onde há explicações sobre as características, o funcionamento, a utilização e a percepção dos 
riscos ambientais (CHRISTOFOLETTI, 1999). Nessa perspectiva, temáticas como uso e 
ocupação do solo, erosão, captação de água e assoreamento vem sendo amplamente discutidas 
(SALES; OLIVEIRA; JUNIOR, 2020). Para além das geotecnologias como unificação 
tecnológica no ensino da geografia, faz-se necessário salientar, que os mapas foram 
elaborados originalmente para facilitar e legitimar as conquistas territoriais (ASCERALD, 
 
 
2013). Logo, a sociedade não desenvolveu a habilidade de produção de mapas e cartografias 
sociais referentes à realidade local e entendimento do ambiente, pois as bases cartográficas e 
os mapas são elaborados por técnicos especializados, sob o interesse de instituições públicas e 
privadas. No entanto, iniciativas de mapeamento, como cartografia social, se propõem a 
incluir populações locais nesse processo, apresentando elementos, como localidades, rios, 
lagos, cemitérios, casas e ambientes que estão presentes no espaço urbano ou rural. Bem 
como, proporcionando a autoconsciência, coletividade, construção e desenvolvimento de 
identidades de grupo e individuais, descrevendo-as e georreferenciando-as com base no que é 
considerado relevante pelos atores sociais (UFPA, s.d.; ASCERALD, 2008). 
 
2- PROBLEMÁTICA 
 
 A intensificação do uso e ocupação do solo proporcionam impactos ao ambiente, e 
essas dinâmicas ocasionam fenômenos como o assoreamento, promovendo a degradação dos 
solos e rios que sofrem com os processos erosivos em seu curso (SALES; OLIVEIRA; 
JUNIOR, 2020). Cabe ressaltar, que esses processos muitas vezes são acentuados pela ação 
humana, uma vez que a remoção de vegetação favorece a dinâmica de erosão dos terraços, 
ocasionado a remoção dos solos e rochas para os cursos dos rios (RODRIGUES, 2016). As 
geotecnologias favorecem o monitoramento da dinâmica fluvial, planejamento e 
entendimento de mecanismos como por exemplo, o assoreamento, uma vez que esse processo 
ocasiona a perda da capacidade de transporte dos sedimentos, e as imagens de satélite 
auxiliam na compreensão das complexas relações geossistêmicas no contexto 
geomorfológico-fluvial (CARVALHO JÚNIOR, 2018). 
No contexto atual, problemas ambientais provenientes da ausência de planejamento da 
ocupação urbana, já são abordados no Plano de Conservação e Recuperação da Mata 
Atlântica de Natividade, onde as ações previstas para cada um dos objetivos partiram da 
análise do cenário socioambiental do município. Dessa forma, algumas estratégias passam a 
ser consideradas prioritárias pelos atores sociais locais na elaboração do Plano (SEA, 2015), 
como a proteção de áreas frágeis, e em locais com ocorrência de deslizamentos e inundações. 
Assim, a integração dessas estratégias no âmbito escolar, pode ser um importante fator de 
propulsão na percepção do ambiente que se dá no amálgama homem-espaço-natureza, 
 
 
contemplando as relações entre os elementos naturais e culturais da paisagem (COSTA; 
PIMENTA; CONCEIÇÃO, 2018). 
 
3- RELEVÂNCIA E JUSTIFICATIVA 
 
Contribuindo para o processo de sistematização do conhecimento geográfico, noção de 
geossistema e a dinâmica geomorfológica-fluvial, a inserção das geotecnologias fornece 
suporte em análises, avaliações, diagnósticos e prognósticos ambientais (MELO, 2019). Uma 
vez que a utilização dessas ferramentas nos procedimentos de investigação desenvolvem nos 
pesquisadores e professores um olhar crítico e geoespacial aos questionamentos e as 
modificações que ocorreram no espaço geográfico (VIEGAS; CUNHA; PASSOS; 
RODRIGUES, 2014). 
As competências específicas de Geografia no âmbito escolar norteiam a autonomia e o 
senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico, propondo uma análise 
epistemológica. Como isso, há a necessidade da incorporação dos princípios de analogia, 
conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem, fazendo uso das 
linguagens cartográficas e das geotecnologias para resolução de problemas que envolvam 
informações geográficas (BNCC, 2018). Processos, práticas e procedimentos de investigação 
são importantes para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio 
técnico-científico e informacional, propondo questionamentos e soluções (inclusive 
tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. 
As percepções socioambientais presentes no espaço geográfico, com o subsídio das 
geotecnologias facilitam o entendimento das dinâmicas do meio e o posicionamento 
cartográfico para o ensino da geografia, em razão da produção rápida e eficaz de informação 
da superfície terrestre e seus elementos (COSTA; PIMENTA; CONCEIÇÃO, 2018). Visto 
também, que através da cartografia social, os mapas fazem as representações do espaço pela 
população que ocupam o território e os olhares sobre o ambiente (ACSELRAD, 2014), 
promovendoa aproximação dos conceitos de paisagem, lugar e espaço para a geografia. 
 
4- OBJETIVOS 
Geral 
 
 
 O objetivo é apresentar um estudo de caso na abordagem teórica e prática acerca do 
ensino da geografia, no Colégio Padrão, em Natividade-RJ, utilizando geotecnologias e 
cartografia social na percepção ambiental, para a análise temporal geomorfológico-fluvial do 
rio Carangola no trecho de Natividade. 
 
Específicos 
 Desmistificar o uso escolar das geotecnologias; 
 Desenvolver a visão e análise das mudanças do espaço geográfico em corpos hídricos; 
 Trazer um resgate espacial acerca de condicionantes nos problemas ambientais na 
percepção da paisagem; 
 Desenvolver a capacidade de expressão e autonomia na produção de mapas sobre o 
conteúdo abordado. 
 
5-METODOLOGIA 
 
A pesquisa será conduzida no 6º(sexto) ano do Ensino Fundamental, partindo do 
estudo das transformações espaciais, alterações na paisagem e evolução urbana que trouxeram 
impactos significativos no ambiente ao longo de 15 anos. Inicialmente, haverá um 
levantamento bibliográfico sobre o tema e como o projeto será desenvolvido simultaneamente 
ao calendário escolar estabelecido, pela coordenação pedagógica. Após esse processo, será 
elaborada uma proposta de aula com o uso de imagens aerofotogramétricas dos trechos do rio 
da década de 50 (IBGE) e dos satélites Landsat 8 e Sentinel 2. 
O data show será utilizado para apresentação das imagens que terão enfoque principal 
nos anos de 2005, 2015 e 2020, onde houveram as piores inundações do Rio Carangola, em 
Natividade. Posteriormente, será proposto em papel tamanho A2, um projeto de cartografia 
social para os alunos como recurso didático e aprimoramento dos conhecimentos adquiridos, a 
partir do conteúdo apresentado, associando o exercício cartográfico/geomorfológico. Após o 
desenvolvimento da atividade será elaborado um questionário para que os alunos avaliem a 
atividade desenvolvida. 
 
6- CRONOGRAMA 
 
 
A organização se dará com a revisão bibliográfica ao longo da monografia, em conjunto 
com o levantamento de dados, que para tal, utilizou-se de trabalhos acadêmicos na 
estruturação e obtenção das imagens. Após esse processo, será elaborada a proposta de aula 
concomitante ao calendário escolar vigente de 2022. O projeto será trabalhado nos meses de 
fevereiro e março, tendo o prazo para redação final os meses de abril à maio, com defesa 
prevista para julho de 2022. 
 2021 2022 
Atividades Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul 
Revisão 
Bibliográfica 
 
 
 
Revisão do 
texto 
 
 
 
Levantamento 
dos Dados 
 
Proposta de aula 
com imagens 
aerofotogramétr
icas, Landsat 8 e 
Sentinel 2. 
 
 
 
Projeto da 
Cartografia 
Social 
 
 
 
Questionário na 
turma 
 
 
 
Redação final 
 
 
 
 
 
Defesa da 
monografia 
 
 
 
6-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ACSELRAD, H. Cartografia social, terra e território. Rio de Janeiro, IPPUR/UFRJ, 2013. 
 
BNCC. Base Nacional Curricular Comum. Ministério da Educação Brasília, DF: MEC, 
2018. 
 
 
 
CARVALHO JÚNIOR, O. A. Aplicações e perspectivas do sensoriamento remoto para o 
mapeamento de áreas inundáveis. Revista de Geografia (Recife), v. 35, n. 4, 2018. 
 
CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Edgard Blücher, 
1999. 
 
COSTA, A. J. S. T.; PIMENTA, J. R. S.; CONCEIÇÃO, R. S. Geografia, meio Ambiente e 
sociedade. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2018. 
 
FLOREZANO, T. G. Imagens de Satélite para Estudos Ambientais. Ed. Oficina de texto. 
São Paulo, 2002. 97p. 
 
MELO, E. B. Análise da paisagem na bacia hidrográfica do rio São Miguel/AL por 
geotecnologias. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto de Geografia, 
Desenvolvimento e Meio Ambiente, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade 
Federal de Alagoas, Maceió, 2019. 114 f. 
 
PCN’s. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 
geografia /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998 
 
RODRIGUES, J. P. S. Avaliação da qualidade ambiental urbana na bacia hidrográfica 
do Córrego das Lajes em Uberaba (MG). 2016. 127p. Dissertação (Mestrado em 
Geografia) - Instituto de Geografia: UFG. 
 
SALES, D. a S.; OLIVEIRA, V. P. S.; LUGON JUNIOR, J. Geotecnologias como Suporte 
ao Diagnóstico da Dinâmica Geomorfológico-Fluvial do Baixo Curso do Rio Paraíba do 
Sul. MIX Sustentável, [S.l.], v. 6, n. 1, p. 91-103, mar. 2020. ISSN 24473073. Disponível em: 
<http://www.nexos.ufsc.br/index.php/mixsus-tentavel>. Acesso em: 10 de outubro de 2021. 
 
SANTOS, V. M. N. Escola, cidadania e novas tecnologias: investigação sobre 
experiências de ensino com uso de sensoriamento remoto. São Paulo. 150p. Dissertação de 
Mestrado. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 1999. 
 
SEA. Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Natividade / 
Secretaria de Estado do Ambiente, organizadores: Renata de Souza Lopes, Janete Abrahão, 
Gustavo Melo. – Rio de Janeiro: SEA, 2015. 
 
VIEGAS, J. C.; CUNHA, L.; PASSOS, M. M.; RODRIGUES, T. C. S. Geotecnologias 
aplicadas no mapeamento remoto da erosão remontante em um canal fluvial na alta 
bacia hidrográfica do Pericumã (ABHP) - Maranhão, Brasil. Riesgos, Vulnerabilidades 
	 Desmistificar o uso escolar das geotecnologias;
	 Desenvolver a visão e análise das mudanças do espaço geográfico em corpos hídricos;
	 Trazer um resgate espacial acerca de condicionantes nos problemas ambientais na percepção da paisagem;
	 Desenvolver a capacidade de expressão e autonomia na produção de mapas sobre o conteúdo abordado.

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