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Ventilacao Mecanica

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Ventilação Mecânica 
CONCEITOS BÁSICOS 
Oxigenação 
• FiO2 – Fração Inspirada de Oxigênio 
• SaO2 – Saturação Arterial de Oxigênio 
• PaO2 – Pressão Arterial de Oxigênio 
A FiO2 representa a proporção de oxigênio no ar 
inspirado. Uma FiO2 de 1,0 (100%) deve ser usada 
inicialmente para recuperar hipoxemia 
decorrente da instalação do aparelho e ajustes 
iniciais, sendo diminuída gradualmente para 
valores que permitam uma PaO2 acima de 60 
mmHg e uma SaO2 entre 93 e 97%. 
Fórmulas Importantes 
PaO2 Ideal = 109 – (0,43 x idade) 
FiO2 Desejada = PaO2 desejada x FiO2 conhecida 
/ PaO2 conhecida. 
Além disso, valores de FiO2 acima de 0,6 estão 
relacionados a risco aumentado de 
complicações como lesões das vias aéreas por 
toxicidade direta do oxigênio, atelectasias e 
piora da hipercapnia. 
Já, valores de PaO2 acima de 120 mmHg 
(hiperóxia) devem ser evitados, pois estão 
relacionados com lesões como toxicidade pelo 
oxigênio, dano oxidativo em membranas 
celulares, inativação de enzimas, alteração do 
metabolismo celular e inflamação. 
Por fim, valores de SaO2 menor que 90% (hipóxia) 
acarretam em comprometimento da oxigenação 
tissular e comprometimento do DC e da 
concentração de hemoglobina. 
Pressão Positiva ao Final da Expiração (PEEP) 
Existe fisiologicamente uma pressão positiva ao 
final da expiração, que é ocasionada pelo 
fechamento da epiglote e represamento de ar no 
sistema respiratório. Esta pressão, de 
normalmente 2 a 4 cmH2O, impede que ocorram 
atelectasias. Em pacientes intubados ou com 
traqueostomia, ocorre a perda deste mecanismo 
e, portanto, sendo necessário que a ventilação 
mecânica forneça uma PEEP. 
Considera-se adequado um valor de 5 cmH2O 
para ajuste inicial da PEEP. Valores maiores 
podem ser usados com a finalidade de diminuir 
edema pulmonar e em manobras de 
recrutamento alveolar (abertura de alvéolos 
colapsados). 
• PEEP = 5 cmH2O: impede colabamento 
alveolar) 
• PEEP > 8 cmH2O: melhora oxigenação 
• PEEP > 12 cmH2O: repercussões 
hemodinâmicas 
Efeitos Hemodinâmicos: 
1. Redução da Pré-Carga: aumento da pressão 
pleural, diminuição do retorno venoso, aumento 
da resistência vascular pulmonar e compressão 
da veia cava. 
2. Redução da Pós-Carga: aumento da pressão 
extra-mural. 
3. Débito Cardíaco: diminuição em caso de 
hipovolemia e aumento em caso de 
normovolemia. 
Volume Corrente (VC) 
Representa o volume de ar inspirado e expirado 
em cada incursão respiratória normal. 
• Padrão: 6 a 7 ml/kg 
• SARA: 4 a 6 ml/kg 
• Asma e DPOC: 5 a 7 ml/kg 
Peso Predito (kg) 
Homem = 50 + 2,3 [(altura em cm x 0,394) – 60] 
Mulher = 45,5 + 2,3 [(altura em cm x 0,394) – 60] 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Obs.: VC elevados aumentam as pressões nas 
vias aéreas, podendo provocar volutrauma. 
Fluxo Inspiratório 
Corresponde a velocidade com que o VC é 
ofertado. Geralmente, são utilizados valores 
entre 40 a 60 L/min, procurando não exceder 
pressões de pico maiores que 40 cmH2O. 
Fórmula Fluxo Inspiratório 
Fluxo (L/min) = Peso (kg) x 0,6 a 0,9 
Fluxos elevados diminuem o tempo inspiratório e 
aumentam a pressão no interior das vias aéreas. 
Relação I:E 
A relação entre o tempo inspiratório e expiratório 
fisiológico corresponde à 1:2 e 1:3. 
Variáveis que Interferem nesta Relação: Fluxo 
inspiratório, padrão de fluxo inspiratório, VC e 
tempo inspiratório. 
Sensibilidade 
Os aparelhos de ventilação mecânica podem ser 
programados para disparar/iniciar uma 
inspiração de acordo com a sensibilidade 
ajustada. Esta é utilizada nas seguintes 
modalidades: A/C, SIMV e PSV. 
Dependendo do modo ventilatório utilizado, 
podemos configurar o aparelho de ventilação 
mecânica para iniciar um novo ciclo ventilatório 
de acordo com variações no fluxo ou pressão nas 
vias aéreas, geradas pelo esforço respiratório do 
paciente. 
• Fluxo: 4 a 6 L/min 
• Pressão: -0,5 a -0,2 cm H2O 
Frequência Respiratória (FR) 
Valores iniciais: 12 a 16 rpm 
FR elevadas podem produzir alcalose 
respiratória e aparecimento de auto-PEEP. Já, FR 
baixas podem provocar acidose respiratória. 
 
DEFINIÇÃO 
A ventilação mecânica é um suporte ventilatório 
que consiste em um método de suporte para o 
tratamento de pacientes com insuficiência 
respiratória aguda ou crônica agudizada. 
OBJETIVOS 
Objetivos Fisiológicos 
• Manter ou permitir a manipulação da troca 
gasosa pulmonar: ventilação alveolar 
(avaliação através da PaCO2 e pH) e 
oxigenação arterial (avaliação através da 
PaO2, SaO2 e CaO2). 
• Aumentar o volume pulmonar: insuflação 
pulmonar no final da inspiração e capacidade 
residual funcional (CRF). 
• Reduzir ou permitir a manipulação do 
trabalho respiratório: diminuindo a 
sobrecarga dos músculos respiratórios. 
Objetivos Clínicos 
• Reverter a hipoxemia 
• Reverter a acidose respiratória aguda 
• Diminuir o desconforto respiratório 
• Prevenir ou reverter a atelectasia 
• Reverter a fadiga dos músculos respiratórios 
• Permitir a sedação e/ou bloqueio 
neuromuscular 
• Diminuir o consumo sistêmico ou miocárdico 
de oxigênio 
• Diminuir a pressão intracraniana 
• Estabilizar a parede torácica 
CLASSIFICAÇÃO 
Atualmente, classifica-se o suporte ventilatório 
em dois grandes grupos: 
• Ventilação Mecânica Não-Invasiva (VNI) 
• Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) 
Em ambas as situações, a ventilação artificial é 
conseguida com a aplicação de pressão positiva 
nas vias áreas. A diferença entre elas está na 
forma de liberação de pressão, assim, enquanto 
a VNI utiliza uma máscara facial, a VMI utiliza 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
uma prótese introduzida na via área, isto é, um 
tubo oro ou nasotraqueal (menos comum) ou 
uma cânula de traqueostomia. 
INDICAÇÕES 
Principais Indicações: 
• Anormalidade ventilatórias (insuficiência 
respiratória hipercápnica quando a 
ventilação alveolar cai a níveis críticos, tendo 
retenção aguda de gás carbônico que, 
consequentemente, acarreta acidose 
respiratória e hipoxia à ocorre por 3 
mecanismos básicos: diminuição no drive 
respiratório (intoxicação, drogas e alterações 
metabólicas), disfunção da musculatura 
respiratória e aumento da resistência das vias 
aéreas e/ou obstrução, com consequente 
aumento do espaço morto) 
• Anormalidade oxigenação (insuficiência 
respiratória aguda) 
- Alterações da Relação Ventilação/Perfusão 
(V/Q): alvéolos parcialmente ventilados ou 
totalmente não ventilados à desvio do 
segmento venoso para o pulmão (shunt) à 
aumento da FiO2 pode não ser efetivo em 
reverter a hipoxemia. 
- Edema Intersticial, Inflamação ou Fibrose: 
difusão comprometida à insuficiência 
respiratória hipoxêmica. 
- Trabalho Respiratório Excessivo e Altas 
Altitudes: insuficiência respiratória 
hipoxêmica. 
 
Indicações Profiláticas: 
• Choque prolongado 
• Pós-operatórios (cirurgia abdominal em 
pacientes extremamente obesos e DPOC) 
• Broncoaspiração 
• Pacientes caquéticos com grandes danos 
orgânicos 
CONTRAINDICAÇÕES 
Não existem contraindicações absolutas. No 
entanto, se não há possibilidades concretas de 
recuperação da falência orgânica, não há 
sentido real na indicação de ventilação 
pulmonar artificial. 
CICLO VENTILATÓRIO 
O ciclo ventilatório durante a ventilação 
mecânica com pressão positiva, pode ser 
dividido em: 
1. Fase Inspiratória: Corresponde à fase do ciclo 
em que o ventilador realiza a insuflação 
pulmonar, conforme as propriedades elásticas e 
resistivas do sistema respiratório. Válvula 
inspiratória aberta. 
2. Mudança de Fase (Ciclagem): Transição entre 
a fase inspiratória e a fase expiratória. 
3. Fase Expiratória: Momento seguinte ao 
fechamento da válvula inspiratória e abertura da 
válvula expiratória, permitindo que a pressão do 
sistema respiratório se equilibre com a pressão 
expiratória final determina no ventilador. 
4. Mudança da Fase Expiratóriapara a Fase 
Inspiratória (Disparo): Fase em que termina a 
expiração e ocorre o disparo (abertura da 
válvula inspiratória) do ventilador, iniciando 
nova fase inspiratória. 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA 
(VNI) 
A VNI utiliza uma pressão constante em vias 
aéreas (CPAP) ou pressões bifásicas (BIPAP) 
para auxiliar a ventilação do paciente através do 
uso de máscaras. 
- CPAP: Utiliza somente pressão expiratória 
final contínua nas vias aéreas, sendo a 
ventilação feita de forma totalmente 
espontânea. 
- BIPAP: Utiliza uma pressão inspiratória (IPAP 
ou PSV) e uma PEEP para manter as vias 
aéreas e alvéolos abertos, melhorando a 
oxigenação. 
Não havendo contraindicações, pacientes 
incapazes de manter ventilação espontânea 
(volume minuto > 4 L/min, PaCO22 > 45 mmHg e < 
50 mmHg e pH < 7,35 4 > 7,25) devem iniciar a VNI, 
visando impedir a progressão para fadiga 
muscular e, consequentemente, parada 
respiratória. 
O médico deve ficar atento a descompensação 
ou manutenção do quadro respiratório, 
avaliando o paciente de 30 minutos a 2 horas do 
início da VNI. Após o início da VNI, deve ser 
observado: aumento da FR, aumento do VC, 
melhora do nível de consciência, diminuição ou 
cessação do uso da musculatura acessória, 
aumento da PaCO2 e/ou SpO2 e da diminuição da 
PaCO2 sem distensão abdominal significativa. 
Caso seja identificado insucesso, a VNI deve ser 
descontinuada e o paciente precisa ser 
prontamente intubado para início da VMI devido 
ao risco de perda da proteção da via área 
inferior e parada respiratória. 
Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas 
(CPAP) 
O ventilador permite que o paciente ventile 
espontaneamente, porém fornece uma 
pressurização contínua tanto na inspiração 
quanto na expiração. Assim, trata-se de um 
modo de ventilação espontânea não assistida 
pelo ventilador. 
O VC depende do esforço inspiratório do paciente 
e das condições da mecânica respiratória do 
pulmão e da parede torácica. 
Contraindicações 
Absolutas: 
• Necessidade de intubação de emergência 
• Parada cardíaca ou respiratória 
Relativas (avaliar caso a caso em relação risco 
x benefício): 
• Incapacidade de cooperar, proteger as vias 
aéreas ou secreções abundantes 
• Rebaixamento no nível de consciência (exceto 
acidose hipercápnica em DPOC) 
• Falências orgânicas não respiratórias 
(encefalopatia, arritmias malignas ou 
hemorragia digestivas graves com 
instabilidade hemodinâmica) 
• Cirurgia facial ou neurológica 
• Trauma ou deformidade facial 
• Alto risco de aspiração 
• Obstrução de vias aéreas superiores 
• Anastomose de esôfago recente (evitar 
pressurização acima de 20 cmH2O) 
VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA 
(VMI) 
A VMI é indicada em casos de insuficiência 
respiratória grave. Nestes casos, os pacientes 
podem apresentar FR > 35 rpm, uso da 
musculatura acessória, PaO2 < 60 mmHg e/ou 
PaCO2 > 55 mmHg, pH < 7,25 e SaO2 < 90% apesar 
do uso de oxigênio suplementar. 
Algumas situações indicam o uso de intubação 
endotraqueal e o uso de ventilação mecânica, 
como: rebaixamento do nível de consciência 
(Glasglow < 8), desconforto respiratório 
associado à instabilidade hemodinâmica, 
obstrução de vias aéreas superiores (edema de 
glote, epiglotite e queimadura de face), situações 
com aumento de risco de aspiração (doenças 
neurológicas, síndrome de Guillain-Barré e 
miastenia gravis), ressuscitação cardiopulmonar 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
prolongada, fadiga da musculatura acessória, 
entre outras. 
Modos Básicos 
(Quanto a Participação do Paciente) 
Controlada: Nenhuma participação do paciente. 
Nesta modalidade é recomendável o paciente 
estar sedado e/ou curarizado. 
Assistido-Controlada: Paciente já tem uma 
participação no início da fase inspiratória 
determinando quando iniciar através de um 
ligeiro esforço respiratório. 
Espontânea/Assistida: Os ciclos ventilatórios 
são divididos entre paciente (espontâneo) e 
ventilador (controlada/assistida). 
- SIMV: O paciente tem que vencer a resistência 
do circuito do ventilador. 
- PSV: O paciente participa durante toda a fase 
inspiratória, tendo total controle sobre FR, VC 
e fluxo inspiratório. 
Ventilação com Volume Controlado (VCV) 
VCV Modo Controlado 
Assegura que o doente receba um determinado 
volume corrente (VC) pré-programado de 
acordo com um fluxo e tempo inspiratórios pré-
programados. 
Fixa-se FR, VC e fluxo inspiratório. 
O início da inspiração (disparo) ocorre de acordo 
com a FR pré-estabelecida (ex.: se a FR for de 12 
ipm, o disparo ocorrerá a cada 5s), ou seja, o 
disparo ocorre exclusivamente por tempo. 
A transição entre a inspiração e a expiração 
(ciclagem) ocorre após a liberação do VC pré-
estabelecido em velocidade determinada pelo 
fluxo inspiratório. 
VCV Modo Assistido-Controlado 
A FR pode variar de acordo com o disparo 
decorrente do esforço inspiratório do paciente, 
porém mantêm-se fixo o VC e o fluxo inspiratório. 
Caso o paciente não atinja o valor pré-
determinado de sensibilidade para disparar o 
aparelho, este manterá ciclos ventilatórios de 
acordo com a FR mínima estabelecida. 
Ventilação com Pressão Controlada (PCV) 
PCV Modo Controlado 
Assegura um nível de pressão inspiratória pré-
programada constante durante um tempo 
inspiratório pré-programado. 
Fixa-se FR, tempo inspiratório ou relação I:E e o 
limite de pressão inspiratória. 
O disparo continua pré-determinado de acordo 
com a FR indicada, porém a ciclagem ocorre de 
acordo com o tempo inspiratório ou com a 
relação I:E. 
O VC passa a depender da pressão inspiratória 
pré-estabelecida, das condições de impedância 
do sistema respiratório e do tempo inspiratório 
estabelecido. 
PCV Modo Assistido-Controlado 
Os ciclos ocorrem conforme o esforço do 
paciente ultrapasse a sensibilidade. Assim, o VC 
obtido passa a depender também desse esforço. 
Vantagens e Desvantagens 
Vantagens: 
• Limita o risco de barotrauma 
• Recruta alvéolos colapsados 
• Controle de PIP (pico de pressão inspiratório) 
e pressão alveolar 
Desvantagens: 
• VC varia de acordo com a complacência 
pulmonar 
• Aumento do tempo inspiratório pode 
necessitar de maior sedação 
• Maior probabilidade de alteração dos gases 
arteriais 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Ventilação Mandatória Intermitente 
Sincronizada (SIMV) 
Representado quando o ventilador permite que o 
disparo dos ciclos mandatórios ocorra em 
sincronia com pressão negativa ou fluxo positivo 
realizado pelo paciente. 
SIMV com Volume Controlado 
Fixa-se FR, VC, fluxo inspiratório e sensibilidade. 
Esta modalidade permite que o ventilador 
aplique os ciclos mandatórios pré-determinados 
em sincronia com o esforço inspiratório do 
paciente. Os ciclos mandatórios ocorrem na 
janela de tempo pré-determina (de acordo com 
a FR do SIMV), porém sincronizados com o 
disparo do paciente. 
Caso haja apnéia, o próximo ciclo será disparado 
por tempo até que retornem as incursões 
inspiratórias do paciente. 
SIMV com Pressão Controlada 
Semelhante ao modo anterior, sendo que o que 
difere são os parâmetros estabelecidos, que 
passam a ser FR, tempo inspiratório ou relação 
I:E e o limite de pressão inspiratória, além da 
sensibilidade. 
Ventilação com Pressão de Suporte (PSV) 
Assegura um nível de pressão inspiratória pré-
programada constante durante a inspiração. 
Este é um modo de ventilação mecânica 
espontânea, ou seja, disparado e ciclado pelo 
paciente, em que o ventilador assiste à ventilação 
através da manutenção de uma pressão positiva 
pré-determinada durante a inspiração até que o 
fluxo inspiratório do paciente se reduza a um 
nível crítico, normalmente 25% do pico de fluxo 
inspiratório atingido. Isso permite que o paciente 
controle a FR e o tempo inspiratório e, dessa 
forma, o volume de ar inspirado.Assim, o VC 
depende do esforço inspiratório, da pressão de 
suporte pré-estabelecida e da mecânica do 
sistema respiratório. 
 
Vantagens: 
• Aumenta o conforto e sincronia respiratória 
• Diminui o consumo de oxigênio, necessitando 
de menor sedação 
• Diminui o risco de hiperinsuflação pulmonar 
• Menor pico de pressão inspiratória 
• Efetivo para insuficiência respiratória aguda 
• Aumenta as chances de êxito no desmame da 
ventilação mecânica quando comparado 
com o modo SIMV e Tubo T 
Obs.: A característica da pressão de suporte 
pode ser útil no desmame de indivíduos 
cardiopatas que não podem suportar a 
sobrecarga hemodinâmica associada ao tubo T 
ou SIMV. 
Desvantagens: 
• Funciona apenas quando o paciente 
apresenta drive respiratório 
• Níveis baixos de pressão de suporte podem 
desenvolver atelectasias 
DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA 
O termo desmame refere-se ao processo de 
transição da ventilação artificial para a 
espontânea nos pacientes que permanecem em 
ventilação mecânica por tempo superior a 24 
horas. 
Teste de Respiração Espontânea 
PRIMEIRA OPÇÃO: Paciente fora da ventilação 
mecânica à tempo de duração de 30 minutos a 
2 horas à oferta de oxigênio para manter SpO2 > 
90%. 
SEGUNDA OPÇÃO: BIPAP ou CPAP (estes modos 
tiveram resultados iguais ao do tubo T e PSV no 
teste de respiração espontânea). 
Critérios de Interrupção do Teste 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Condutas 
Paciente Não Passou no Teste: Permanecer 24 
horas em um modo ventilatório que ofereça 
conforto à novo teste de respiração espontânea 
à nova tentativa de progredir o desmame após 
24 horas. 
Paciente Passou no Teste: Técnica de desmame. 
Redução Gradual da Pressão de Suporte 
Redução dos valores da pressão de suporte de 2 
a 4 cmH2O de duas a quatro vezes por dia à até 
atingir uma pressão de suporte entre 5 e 7 
cmH2O à Este método comparado com o modo 
SIMV e Tubo T foi superior no estudo de Brochard. 
Ventilação Mandatória Intermitente 
Sincronizada (SIMV) 
Em quatro estudos prospectivos, foi consenso ter 
sido este o método menos adequado 
empregado, pois resultou em maior tempo de 
ventilação mecânica. Ainda, na maioria dos 
estudos, este método foi usado sem pressão de 
suporte.

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