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CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO- RESUMO POR CAPÍTULO

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Coração, Cabeça e Estômago: Resumo por 
Capítulo 
Paráfrase da obra “Coração,Cabeça e Estômago” de Camilo Castelo Branco, por Bruno 
Alves 
 
Todos os direitos reservados. 
© 2012-2017 ResumoPorCapítulo.com.br 
 
contato@resumoporcapitulo.com.br 
 
 
 
 
http://resumoporcapitulo.com.br/
ÍNDICE 
PARA ENTENDER A OBRA 3 
Preâmbulo 3 
PRIMEIRA PARTE – Coração 4 
Sete Mulheres - I 4 
Nota 4 
Sete Mulheres- II 5 
Sete Mulheres - III 5 
Sete Mulheres - IV 6 
Sete Mulheres - V 6 
A Mulher que o Mundo Respeita – I 7 
A Mulher que o Mundo Respeita – II 7 
A Mulher que o Mundo Respeita – III 7 
A Mulher que o Mundo Respeita – IV 8 
A Mulher que o Mundo Respeita – V 8 
A Mulher que o Mundo Respeita – VI 8 
A Mulher que o Mundo Respeita – VII 9 
A Mulher que o Mundo Respeita – VIII 9 
Conclusão 9 
A mulher que o mundo despreza - I 9 
A mulher que o mundo despreza - II 10 
A mulher que o mundo despreza - III 10 
A mulher que o mundo despreza - IV 10 
A mulher que o mundo despreza - V 11 
A mulher que o mundo despreza - VI 11 
A mulher que o mundo despreza - VII 12 
A mulher que o mundo despreza - VIII 12 
A mulher que o mundo despreza - IX 12 
SEGUNDA PARTE – Cabeça 13 
Jornalista - I 13 
Jornalista - II 13 
Jornalista - III 13 
Páginas Sérias da Minha Vida - I 14 
Nota 14 
Páginas Sérias da Minha Vida - II 14 
Nota 15 
Páginas Sérias da Minha Vida - III 15 
Páginas Sérias da Minha Vida - IV 15 
Páginas Sérias da Minha Vida - V 15 
Páginas Sérias da Minha Vida - VI 15 
Páginas Sérias da Minha Vida - VII 16 
Nota 16 
TERCEIRA PARTE – Estômago 16 
De como me casei - I 16 
De como me casei - II 16 
De como me casei - III 17 
De como me casei - IV 17 
De como me casei - V 17 
De como me casei - VI 17 
De como me casei - VII 17 
De como me casei - VIII 17 
De como me casei - IX 17 
De como me casei - X 18 
O editor ao respeitável público 18 
QUESTÕES DE VESTIBULARES 19 
 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 3 
 
 
3 
PARA ENTENDER A OBRA 
Publicado em 1862, Coração, Cabeça e Estômago é editado como o relato de um 
português que divide suas experiências pessoais em três fases, cada uma identificada 
com uma das partes do corpo, conforme o título. Em sua trajetória o narrador vai de um 
romantismo apaixonado, passa por um racionalismo calculado e termina com uma 
aceitação da vida como ela é, sem grandes paixões ou idealizações. A obra inova ao 
abordar uma história que não é de sucesso, nem de total fracasso, mas de uma existência 
média e reflexiva. 
Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa, 
sem deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando 
alguns pontos que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original. Em 
alguns casos, para explanações mais completas sobre fatos históricos e expressões da 
época, há links que podem ser acessados diretamente no texto. 
Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site 
ResumoPorCapítulo.com.br ou envie um e-mail para 
contato@resumoporcapitulo.com.br. Teremos prazer em ajudar! Boa leitura! 
Preâmbulo 
O autor, em uma conversa com Faustino Xavier de Novais, um amigo seu, relata a 
morte de Silvestre da Silva. Tal homem, por ser um filósofo, não poderia ser 
considerado morto, mas apenas metamorfoseado: suas partículas haviam se 
desintegrado para fazerem parte de outros seres e elementos, os quais davam 
continuidade à sua existência. 
Alguns credores de Silvestre interessaram-se pelos papéis dos quais o autor fora 
herdeiro, porém estes não eram papéis de crédito, e sim pedaços de um romance, 
publicados agora neste livro. 
A obra divide-se em três volumes: Coração, escrito entre 1844 e 1854, quando Silvestre 
fez “tolice brava”; Cabeça, fruto de uma transfiguração ocorrida entre 1855 e 1860; e 
Estômago, consequência dos maus resultados atingidos com seus “sistemas de cabeça”, 
entre 1860 e 61, quando falecera. Estes textos precisariam ser adulterados para 
formarem um romance, porém seriam publicados da forma como estavam: histórias 
soltas, algumas sem começo, outras que começam pelo fim... No último volume havia 
algumas poesias, mas foram retiradas por estarem fora do contexto da obra, além de 
serem vulgares. 
Os escritos de Silvestre da Silva, segundo o autor, era repleta de imoralidades: 
questionamentos existenciais e religiosos que poderiam levar seus leitores ao inferno. 
http://resumoporcapitulo.com.br/
mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 4 
 
 
4 
PRIMEIRA PARTE – Coração 
Sete Mulheres - I 
Silvestre relata que amou as sete primeiras mulheres que conheceu em Lisboa. 
Leontina, uma órfã que vivia de caridade com um ourives, amigo de seu falecido pai, foi 
a primeira delas. Não “tinha ideias”, mas seus olhos e jeitos eram bonitos. Era vizinha 
de Silvestre, que a disputava com um outro vizinho, um algibebe que ia mal nos 
negócios por distrair-se em seus galanteios. 
Certo dia Silvestre recebeu uma carta anônima que o ameaçava de morte, caso 
continuasse a morar ali. Mostrando-a a Leontina, ela reconheceu a letra do algibebe, que 
a escrevera em outras ocasiões. Como vingança a garota mandou sua criada atirar no 
moço cascas de melão. 
Tempos depois Leontina desapareceu, até enviar-lhe um bilhete de Almada, contando 
que o namoro dos dois fora denunciado pelo algibebe ao seu padrinho, o ourives, e por 
isso se mudaram. 
O tal padrinho era viúvo e também se interessava em Leontina, a contragosto de suas 
duas filhas, que não a queriam ter como madrasta. De qualquer forma, ele ofereceu-lhe 
“a mão, e uma pulseira de brilhantes”, que a fez esquecer-se rapidamente de Silvestre. 
Isto é tudo que Silvestre soube a respeito de sua primeira amada. 
Nota 
O autor do livro conta que soube mais sobre o destino de Leontina: após casar-se com o 
ourives, ela desfrutou o quanto podia da riqueza do marido, até que ele descobriu o filho 
de seu primo, Anselmo, escondido no quarto da empregada após uma noite de festa. 
Leontina foi para o Convento da Encarnação, onde ficou por dois anos, até que o marido 
a reencontrasse para viajarem juntos. Quando retornavam para casa o ourives faleceu e a 
deixou com quase toda a herança – e alguns poucos rendimentos às suas filhas. 
Nessa época Leontina lembrou-se de Silvestre e pediu a um compadre que procurasse 
por ele. Porém, antes, reencontrou o algibebe, que havia ganhado um prêmio de loteria e 
fechado sua loja: com ele se casou, indo morar em Buenos Aires. 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 5 
 
 
5 
Sete Mulheres- II 
A segunda mulher que amou também era sua vizinha. Como Silvestre vivia em uma 
esquina, podia mudar de amores de uma janela à outra, sem que suas amadas 
desconfiassem de tal variação. 
O romance se deu com trocas de olhares por meio das persianas da casa da jovem, a 
qual ele nem soube o nome. Enviou-lhe cartas e poesias, que foram correspondidas com 
apreço. Após adoecer por onze dias, soube que fora procurado por um galego da tal casa 
e nunca mais abriu a janela por onde se comunicava com sua segunda amada. 
Silvestre soube depois a história daquela mulher: apaixonada por um conde de Lisboa, 
fugiu da casa dos pais e viveu sustentada por seu amante, que casou-se com outra. 
Tentou retornar à família, mas não teve perdão dos familiares. 
O terceiro amor de silvestre era uma quarentona que frequentava a hospedagem em que 
estava Silvestre. D. Catarina, ótima dançarina e conversadora, declarou-se a ele e 
enviou-lhe algumas cartas, nas quais listava suas posses – inclusive uma dezena de 
burrinhos em Cacilhas, que lhe davam renda. 
Silvestre falava-lhe mais sobre os fatos do coração e foi visitar a janela de seu quarto 
certa noite, quando foi surpreendido pelo irmão possessivo de Catarina,que o recebeu 
com espada em punho. Após sua fuga a mulher lhe enviou uma carta em que exigia um 
casamento, visto que ficaria mal falada, mas Silvestre recusou a oferta. 
Cinco anos depois se soube que D. Catarina foi ao Pará com seu irmão, após herdarem 
alguns contos de um tio. Ela havia comprado um palácio em Benfica, que ordenara 
reformar. Silvestre perguntou sobre os burrinhos de Cacilhas ao homem que lhe contou 
tais fatos, e ele respondeu que poderia encontrá-los no Ministério e no Parlamento. 
Sete Mulheres - III 
Convidado por um amigo a uma reunião de famílias, Silvestre foi apresentado por um 
cavalheiro a algumas damas, sobre as quais ele alertou um defeito: elas amavam a todos 
os homens. Interessado somente em ser amado, Silvestre trocou olhares com uma das 
moças e conseguiu saber seu endereço. 
Após visitar por algumas vezes a residência de sua quarta mulher amada e sempre 
encontrá-la fechada, Silvestre indagou a uma vizinha sobre quem morava ali. Ela relatou 
viviam um sujeito e outras três moças, que pareciam suas irmãs. 
Nesse dia, por acaso, Silvestre encontrou-se com o cavalheiro que havia lhe apresentado 
as moças na reunião familiar e confessou-lhe seu romance. O rapaz disse que conhecia a 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 6 
 
 
6 
tal menina, chamada Clotilde, e que ela era sua esposa, mas que se quisesse poderia 
ficar com uma de suas duas cunhadas. Envergonhado, Silvestre retirou-se. 
Sete Mulheres - IV 
A dona do hotel em que morava, D. Martinha, também fora amada por Silvestre: ela lhe 
dava o melhor quarto, a melhor manteiga, cafés além da conta... Viúva, com trinta e 
poucos anos, tinha um bom corpo e cabelos sempre enfeitados. 
Nos jantares de domingo D. Martinha dançava voluptuariamente após tomar vinho de 
Setúbal, trazido sempre por seu tio sexagenário. Os amigos de Silvestre compareciam a 
estas noites e admiravam a figura, mas garantiam que ela amava somente a ele. Ao 
saber do amor do rapaz, a viúva revelou que sentia ciúmes de seus outros amores. 
Tudo corria bem até que uma mulata foi contratada como criada do hotel: era a sexta 
mulher a ser amada por Silvestre. Sabendo do romance de seu amante com a viúva, a 
empregada convidou-o para mostrar-lhe D. Martinha “no momento em que ela for mais 
digna de sua compaixão”: Silvestre viu a senhora entregando-se ao tal tio sexagenário 
que lhe levava vinhos. Perturbado, decidiu sair do hotel. 
A mulata passou a visitá-lo aos domingos, mas em três semanas desapareceu: casou-se 
com um brasileiro rico que a levou para viver numa província. Três anos depois 
Silvestre a encontrou vestida ricamente num Teatro, ao lado de seu companheiro. 
Sete Mulheres - V 
Cibrão, um amigo de Silvestre, pediu-lhe que escrevesse cartas em francês para uma 
modista francesa que conhecera. Após algumas correspondências foi marcado um 
encontro, do qual Silvestre teria que participar como intérprete. Apesar da possibilidade 
de a cena tornar-se ridícula, e de pensar que seria melhor um encontro em que não fosse 
necesário falar nada, Silvestre aceitou ajudar seu amigo. 
No encontro num parque, Cibrão apenas arranhou um “eu te amo” em francês e levou 
sua modista para atrás das plantas para se comunicarem na língua do amor. Enquanto 
isso Silvestre ficou acompanhado de outra francesa, a quem, inicialmente, lançou 
galanteios. 
A mulher relatou sua vida sofrida: era uma jovem de boa família em Paris, mas fora 
raptada e depois abandonada por um duque. Fugiu da cidade e acabou conhecendo a 
modista francesa em Lisboa, com quem tem trabalhado desde então. Essa história 
trágica cativou Silvestre profundamente, que chegou a considerar tal mulher uma santa, 
imaginando ser possível publicar um romance sobre ela. 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 7 
 
 
7 
Certa tarde Silvestre encontrou as francesas e notou o comentário de um grupo de 
homens que estava próximo: eles diziam conhecer aquelas mulheres de muitos anos 
antes, quando elas dançavam cancã e ficavam com diversos rapazes, e zombavam de 
que agora ela estava a enganar certo homem, dizendo ter sido uma garota de Paris que 
sofreu uma história triste de abandono. 
Incrédulo, Silvestre foi falar com Cibrão, que confirmou a versão dos tais homens: a 
francesa com quem ele ficara havia lhe revelado quea amiga inventou um passado para 
conquistar o coração romântico de Silvestre, e ele somente não lhe contou tal farsa 
imaginando que seria melhor manter sua ilusão. 
Silvestre esteve fora de Lisboa por um tempo e, quando retornou, soube que sua “santa” 
francesa estava vivendo com um italiano, tenor de uma companhia lírica. Ao encontrá-
los, Silvestre resolveu tirar satisfações: perguntou-lhe sobre seu duque e pediu que ela 
dançasse cancã para ele. O italiano levantou-se, Silvestre foi embora. Esta foi a sétima 
mulher. 
A Mulher que o Mundo Respeita – I 
A alma de Silvestre percebeu que seus sete primeiros amores foram ridículos, mas 
durante seis meses ele manteve uma postura cínica em resposta aos enganos pelos quais 
passou: escrevia poesias cheias de ceticismo amoroso e ataques às mulheres e mantinha 
uma aparência descuidada e doentia. Seus colegas se compadeciam de seu estado, 
espalhando histórias a seu respeito que envolveriam amores proibidos. 
A Mulher que o Mundo Respeita – II 
Certo dia Silvestre passeava por Benfica quando viu uma bela jovem a ler um livro na 
varanda de sua casa, acompanhada por um papagaio. O animal se assustou com o cavalo 
do autor e fez a menina derrubar o livro, que foi recolhido por Silvestre: era um 
romance popular. Ao entregá-lo ao criado da garota, perguntou seu nome: Paula. 
Após passar mais algumas vezes em frente àquela casa, Silvestre encontrou o criado e, 
sabendo que a jovem era uma fidalga prestes a se casar, pediu que ele levasse uma carta 
a ela. 
A Mulher que o Mundo Respeita – III 
Após muito tempo a garota não respondeu à correspondência de Silvestre, que decidiu ir 
a um baile. Lá encontrou Paula junto a seu noivo. Pediu uma dança e lhe fez declarações 
amorosas, mas a menina se declarou comprometida, solicitando que não enviasse mais 
correspondências. 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 8 
 
 
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À noite, inspirado por um livro de poesias românticas, Silvestre decidiu insistir em seu 
galanteio: contratou uma mulher para entregar-lhe alguns presentes: flores, pêssegos e 
um periquito, além de uma carta poética. Paula quis recusar a oferta, mas seu pai viu a 
cena e ela precisou inventar uma desculpa: disse que eram lembranças de sua prima 
Piedade. Guardou a carta e a leu em segredo. 
A Mulher que o Mundo Respeita – IV 
Passando em frente à casa de sua amada, Silvestre a avistou acenando com as flores que 
recebera. Veio uma carta em resposta, primeira de diversos escritos românticos que 
trocaram. 
Certa noite, no entanto, Silvestre visitava Benfica quando flagrou um homem a falar 
com Paula por sua janela. Enfurecido, voltou a seu cavalo, mas o animal havia fugido: 
era uma ironia da natureza. 
Já era quatro da manhã quando Silvestre conseguiu uma “carona” com um padeiro, de 
volta a Lisboa. 
A Mulher que o Mundo Respeita – V 
Em Lisboa, Silvestre encontrou seu cavalo retido por guardas. 
Em seu quarto testou uma arma e precisou justificar-se com os policiais, já que sua 
vizinha assustou-se com o barulho e o denunciou. 
À noite seguiu para o jardim de Paula, armado, mas logo desistiu da ação violenta. 
Surgiu, no entanto, uma mulher no portão: era a cozinheira Eufémia, que procurava por 
um “Caetano”. Ela assustou-se ao perceber que havia mais alguém no local e se 
escondeu. Quando Caetano chegou, Eufémia disse suspeitar que o homem “do 
periquito” estava por lá, pois o “conde” já estava na casa com a fidalga. 
Após ouvir esta conversa, Silvestre se retirou para Lisboa. 
A Mulher que o Mundo Respeita– VI 
Após três meses, durante os quais o autor retornou à sua província para vender alguns 
bens familiares, a chama amorosa que conservava em seu peito estava quase apagada. A 
calmaria de sua terra, no entanto, logo o deixou com saudades da capital. 
Em Lisboa Silvestre soube que Paula andara na boca do povo: prometida a um primo, 
ela se declarou apaixonada por um conde. O conde, ao descobrir que ela tinha outro 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 9 
 
 
9 
amante, divulgou suas aventuras amorosas. A denúncia gerou ciúmes entre as damas e 
desejo entre os rapazes, que passaram a cortejá-la ainda mais. 
Numa noite de teatro Silvestre cruzou olhares com Paula e sua prima Piedade, que 
pareciam rir dele. No dia seguinte recebeu uma carta da jovem que continha um poema 
feito pela prima, zombando do amante “Periquito”. Silvestre, que chegou a imaginar 
versos românticos, ficou angustiado ao perceber a humilhação. 
A Mulher que o Mundo Respeita – VII 
Silvestre resolveu refugiar-se em Santarém junto à natureza para recuperar-se dos males 
do amor. Lá pousou numa hospedagem e foi procurado pelo administrador local que 
desejava mais informações e documentos do viajante. O oficial era um antigo colega de 
Universidade de Silvestre e hospedou-o em sua residência. 
Certa tarde o administrador recebeu uma ordem do governador para procurar uma moça 
que teria sido raptada por um homem e levada para a região. Silvestre considerou que o 
rapto poderia ser, na realidade, uma fuga conjunta em nome do amor e sugeriu que o 
casal poderia ser liberado caso isso fosse constatado. 
Os dois amigos encontraram os jovens fugitivos em um quarto da mesma hospedagem 
em que estivera Silvestre, que passou mal e saiu do local ao reconhecer Paula. 
A Mulher que o Mundo Respeita – VIII 
O administrador relatou depois a Silvestre que se tratava efetivamente de uma fuga 
amorosa. No entanto o jovem, um mestre-escola de Lisboa, alegou que agira por 
influência de Paula. A jovem ficou furiosa com a covardia do rapaz e pediu que a 
levassem de volta a seu pai. O mestre-escola foi preso. 
Conclusão 
Após o julgamento o mestre-escola foi mandado ao Rio de Janeiro. Paula se casou com 
o primo que lhe era prometido desde o início, tendo filho com menos de seis meses de 
gestação (filho de quem?). 
Ao voltar a Lisboa o autor reviu Paula em teatros, bailes e sociedades caridosas: sempre 
muito cortejada e adorada por todos. Esta era a mulher que o mundo amava. 
A mulher que o mundo despreza - I 
Silvestre relata o costume de jovens embriagarem-se para relatar aos seus colegas suas 
desventuras amorosas. Ele mesmo o fizera certa noite e, após isso, foi observar a lua no 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
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10 
Cais do Sodré, onde encontrou uma mulher solitária a olhar as estrelas. Pela manhã ela 
o acompanharia em sua carruagem rumo a Sintra. 
A mulher que o mundo despreza - II 
A mulher, chamada Marcolina, relatou todos os fatos de sua trágica existência, a pedido 
de Silvestre. 
Seu pai morreu no dia em que ela nasceu, deixando sua mãe com o suficiente para 
subsistir por um ano. Ganhou um padrasto pobre e cheio de vícios que lhe deu várias 
irmãs e tirou a pouca riqueza que sua mãe tinha. 
O padrasto praticou crimes e foi degradado para o Brasil. Sua mãe passou a mendigar e 
a receber homens em casa. 
Certo dia Marcolina foi deixada a sós com um homem mais velho, Barão, que a 
convidou para viver com ele, prometendo tirá-la da pobreza, assim como sua família. A 
menina ficou triste e assustada, recusando o acordo e deixando o homem compadecido 
de sua situação. O velho deu-lhe algum dinheiro afirmando que voltaria em breve. 
A essa altura uma das irmãs de Marcolina já havia tido o mesmo destino que se 
apresentava a ela. 
A mulher que o mundo despreza - III 
A mãe de Marcolina, ao saber o que acontecera entre ela e o Barão, usou o dinheiro 
ganho para comprar novas roupas e levou-a a casa do senhor, orientando que pedisse a 
ele uma nova moradia para sua família. 
A sós com o Barão, Marcolina aceitou a proposta feita anteriormente, atraída pela 
amabilidade e respeito com os quais fora tratada e com desprezo pela forma que a mãe a 
usava. O homem foi muito generoso ao negociar a posse da menina com sua mãe. 
Marcolina ganhou vestidos, joias e aulas de boas maneiras. 
Certa vez, no teatro, Marcolina avistou sua irmã e o Barão contou que se tratava de uma 
prostituta, com quem não poderia ter contato – começava o segundo ato de sua tragédia. 
A mulher que o mundo despreza - IV 
Fazendo um passeio no Campo Grande, Marcolina encontrou sua irmã e ficou sabendo 
de seu destino: fora negociada com um mercador de panos. O Barão viu a cena e a 
repreendeu duramente. Noutro dia Marcolina viu sua mãe com uma irmã menor 
passando pela rua e pediu ao Barão que abrigasse a pequena, mas o velho recusou o 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 11 
 
 
11 
pedido, assim como qualquer contato com ela. A partir daí Marcolina tomou 
consciência da prisão em que vivia e passou a cultivar ódio de seu amante. 
Pensando em formas de fugir daquela situação, pediu aulas de escrita e costura: 
habilidades que poderiam lhe servir no futuro como fonte de renda. O Barão só permitiu 
a costura, mas a mestra de bordado sabia escrever e ajudou a menina também nessa 
área. 
Um guarda-livros do Barão passou a cortejar Marcolina, que descobriu ali o verdadeiro 
amor. O velho soube do caso e mandou embora o jovem. Dias depois Marcolina 
recebeu, por meio de sua mestra, um recado do guarda-livros, que pedia sua mão em 
casamento e foi encontrar-se com ele. 
Voltando para casa o Barão revelou saber do encontro e reagiu com violência quando 
Marcolina afirmou amar o rapaz. O Barão revelou que era casado no Brasil, mas 
prometeu casar-se com Marcolina assim que sua mulher morresse: enquanto isso 
viajariam pela Europa. Ainda assim a garota não cedeu e o Barão a ameaçou com uma 
arma. 
A mulher que o mundo despreza - V 
Por sua segurança, Marcolina disse ao Barão que aceitaria a proposta de continuarem 
juntos, porém ainda planejava uma fuga: mandou uma nova carta a Augusto, o guarda-
livros. O recado, no entanto, foi interceptado pelo Barão que armou um novo escândalo: 
reteve todos os vestidos e joias da garota, sugerindo que ela saísse dali da mesma forma 
que chegou. Para a fúria do homem, Marcolina respondeu que nunca recuperaria a 
pureza que tinha quando entrara naquela casa. 
À noite, quando Marcolina descia as escadas para ir embora, o Barão a reteve 
novamente alertando para o risco que correria ao viver com um pobre, pedindo perdão 
por sua violência e prometendo perdoar-lhe por todos os últimos acontecimentos. 
Marcolina cedeu: viajou a Paris, Londres e Alemanha para esquecer-se de Augusto. 
Em Baden-Baden o Barão faleceu, deixando-a somente com suas joias e vestidos – o 
restante foi herdado pela mulher que vivia no Brasil. 
A mulher que o mundo despreza - VI 
De volta a Lisboa Marcolina vendeu seus bens e acolheu sua irmã, que estava alcoólatra 
e tuberculosa. No hospital em que a irmã acabou falecendo, reencontrou Augusto, que 
agora estudava medicina. 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
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12 
A mulher que o mundo despreza - VII 
Por meio de Augusto, Marcolina descobriu que sua mãe vendia o pouco que restava 
para sobreviver e que logo venderia também suas filhas. Organizou, portanto, a fuga de 
suas irmãs para sua companhia, pagando uma mesada a sua mãe. 
Silvestre elogiava as virtudes daquela mulher quando ela começou a tossir, revelando 
que também estava tísica (tuberculosa). 
Entre parêntesis do editor 
O editor defende que a narração de Silvestre não se trata de uma dramatização literária 
da história de reabilitação de uma mulher, mas sim o relato real de uma mulhercom 
fundamentos morais sólidos, que não pede lágrimas nem o perdão de ninguém. 
A mulher que o mundo despreza - VIII 
Silvestre e Marcolina jantaram. Ela tossiu sangue e continuou sua história. 
Augusto queria reviver o amor do passado e lhe propôs casamento. Ela aceitou, mas 
logo se percebeu iludida: o rapaz era libertino e gastador, esgotando todos seus recursos 
e depois desaparecendo. 
Sozinha com suas irmãs e sua mãe, Marcolina propôs um suicídio coletivo, mas não 
conseguiu. Recebeu uma carta de um amigo do Barão que tinha interesse em tirá-la da 
miséria: foi a casa dele e recebeu, envergonhada, por um “serviço”. 
Marcolina estava no Cais do Porto pedindo pela própria morte como única solução da 
desgraça que fora sua vida, quando chegou Silvério. Sabendo de tudo isso ele se 
compadece e pede que ela a acompanhe para Lisboa, onde cuidará de seu destino e de 
suas irmãs. 
A mulher que o mundo despreza - IX 
As irmãs de Marcolina foram levadas a um recolhimento como parentes de Silvério. A 
mulher seguiu com ele para Sintra, vivendo como concubina – a essa altura a mãe de 
Silvério já havia falecido. 
O casal vivia passeando a contemplar as paisagens bucólicas, que muito agradavam 
Marcolina. Sua saúde, no entanto, definhava. 
Chegou a notícia que o padrasto de Marcolina ressurgira, tendo enriquecido na África e 
procurando agora por sua mulher e filhas. Ele enfureceu-se ao saber das atitudes de sua 
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mulher com as meninas e Marcolina preparava-se para ir a Lisboa encontra-lo, para 
interceder por sua mãe, quando faleceu. 
Silvestre relata que amou profundamente aquela mulher por toda a pureza que ela 
representava, ainda que a sociedade fosse capaz de julgar o contrário. 
SEGUNDA PARTE – Cabeça 
Jornalista - I 
Após tantas experiências românticas, Silvestre elabora algumas máximas críticas ao 
ideal amoroso e de plena felicidade que era tão valorizado em seu tempo. 
Buscando se empenhar em algo útil, Silvestre escreve a um periódico desaprovando a 
ação do regedor de sua freguesia que prendera um criado para torná-lo recruta, 
defendendo a liberdade do homem. Também escreve artigos em contraposição ao 
pároco da região e sobre questões políticas, que lhe rendem correspondências vindas de 
várias partes do país – positivas e negativas. 
A ameaça de uma ação do regedor e do pároco contra sua vida faz com que Silvestre se 
mude para o Porto. Lá ele imaginava já ser conhecido como escritor, mas somente um 
literato tivera contato com seus textos, considerando-os fracos. O conflito com este 
homem quase acabou em um duelo. 
Jornalista - II 
Silvestre comparecia a reuniões da sociedade para divulgar seu trabalho de escritor, 
tornando-se famoso entre as donas de casa por seus folhetins. Ele se recusa, no entanto, 
a detalhar as demonstrações de afeto que recebera dessas mulheres. 
Comparando as mulheres do Porto daquele tempo às do tempo em que escreve este 
livro, Silvestre ressalta profundas mudanças negativas: as formas rechonchudas e de 
cores vivas foram trocados por troncos mirrados e rostos pálidos, provavelmente 
inspirados no romantismo literário da época, que valorizava a fraqueza do corpo. 
Jornalista - III 
Libertado das amarras do coração, agora Silvestre era regido por sua cabeça. Seus 
raciocínios o levaram a aspirar ser ministro da coroa, já que velhos que ocupavam este 
cargo lhe pareciam completamente inaptos de raciocínio. 
Silvestre publicou um jornal em que defendia uma nova geração de políticos e a morte 
dos antigos. Ganhou simpatias e participou da maçonaria. Suas ideias radicais, 
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entretanto, o tornaram renegado mesmo entre os novos, então ele passou a atacar a todos 
e chamar o povo às armas. O jornal recebeu multas e foi condenado pelo ministério 
público por abuso de liberdade de imprensa. 
Desiludido com a imobilidade política de sua nação, Silvestre retornou à aldeia para 
cuidar de suas propriedades e quando voltou a Porto tinha pensamentos mais simples e 
egoístas: ser rico e casar-se. 
Páginas Sérias da Minha Vida - I 
Em um baile Silvestre pede para ser apresentado a uma velha senhora viúva e feia, mas 
que poderia lhe render um bom casamento. Já havia uma fila de pretendentes, inclusive 
aquele que apresentou Silvestre a ela, pedindo que descobrisse a opinião da senhora 
acerca dele. 
O diálogo com a velha provou que ela não tinha coração: perguntada da viuvez, disse 
gostar da liberdade; perguntada sobre o baile, disse preferir ficar em casa; perguntada 
sobre o pretendente pelo qual foi apresentado, disse que não era feio, mas que não 
gostava. Silvestre irritou-se com a chatice da viúva. 
Uma segunda moça, trigueira (morena), também seria alvo de Silvério, mas descobriu-
se que ela amava Josino, um velho que se envolvia com diversas mulheres da sociedade 
e que com ela se casou. 
Nota 
Sivestre compôs um poema, publicado no jornal pouco antes de Josino se casar, que o 
editor insere neste livro. 
Nos versos o poeta debocha das diversas conquistas amorosas do noivo e de suas 
características físicas. 
Páginas Sérias da Minha Vida - II 
Silvestre aponta que é impossível manter um romance com as pretendentes que 
encontrou. Uma terceira moça, de pele muito pálida e esbelta como uma boneca, era 
então cortejada pelo Dr. Anselmo Sanches, advogado tido como “honesto” pela 
sociedade de Porto. 
O autor afirma que, no entanto, por trás de toda aparente honestidade havia uma 
“hipocrisia velhaca” que escondia as mais baixas corrupções. Critica ainda a 
dependência dos jornais de Porto perante os homens ricos da cidade. 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
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Nota 
O editor pede perdão pelas calúnias pronunciadas por Silvestre: ainda que com 
palavreado culto, são calúnias. Também faz um contraponto ao incluir um texto de 
Silvestre em que há elogios a um jornalista que teria se oposto aos interesses dos 
poderosos, em defesa do Estado. 
Páginas Sérias da Minha Vida - III 
Retornando à história do Dr. Anselmo Sanches, Silvestre relata que havia um casal de 
uma brasileira, Rita, com um português que enriquecera no Brasil, Francisco José. Certo 
dia em que haveria um baile em sua casa, o casal anunciou o súbito adoecimento de 
Francisco, após o qual saíram em viagem, deixando Mariana, uma órfã de quem 
cuidavam, num mosteiro. Tal órfã era a jovem pálida, cortejada por Anselmo. 
Toda a sociedade do Porto se mobilizava curiosa em saber o que teria causado a viagem 
repentina e o abandono da menina. Dizia-se que Mariana teria sido flagrada em 
“desprezo do seu pudor”. Muitos procuravam saber do caso por meio de Anselmo. 
Páginas Sérias da Minha Vida - IV 
Dr. Anselmo Sanches era íntimo da família de Francisco José, que confiava nele 
plenamente, assim como toda a cidade. O advogado sempre se mostrava simpático e 
defensor da moralidade, denunciando ao público casos de traição e despudor. 
Páginas Sérias da Minha Vida - V 
Três meses após a entrada de Mariana no mosteiro Silvestre descobriu sua causa em um 
ato infame de Anselmo, que era ocultado por aqueles que o bajulavam. 
O autor se descreve num mar de lama, que atolou sua cabeça assim como já havia 
atolado seu coração. 
Páginas Sérias da Minha Vida - VI 
O fato era que Rita, esposa de Francisco, apaixonou-se por Anselmo, que lhe propôs um 
casamento com Marianazinha – herdeira de uma fortuna – como forma de se manterem 
próximos. 
Sabendo do interesse do advogado na outra, Rita teve um mal súbito e acabou por 
descobrir que Mariana fora assediada por ele diversas vezes. 
Tudo isso Silvestre soube por meio de uma antiga criada do casal. 
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Páginas Sérias da Minha Vida - VII 
Abismado com a afrontaà moral causada por Anselmo, Silvestre resolveu se pronunciar 
publicamente com um comunicado no jornal que denunciava duramente suas ações, 
usando expressões em latim para dar “sapiência” ao texto. 
A repercussão do artigo de Silvestre foi negativa: ele acabou sendo denunciado por 
atacar a reputação de pessoas honestas e foi julgado culpado pela polícia correcional, 
após se negar a declarar que seu texto fora uma peça literária sem relação com a 
realidade. 
Isolado e mal visto pela sociedade, Silvestre declara o fim do reinado de sua cabeça, que 
não lhe trouxe bons momentos, e o início da era de seu estômago. 
Nota 
O editor relata que há escritos que foram omitidos por Silvestre, mas que são muito 
relevantes para a história literária de Porto e, portanto, seriam reproduzidos. 
Em um dos textos Silvestre denomina Porto como o “mundo patarata”, que denotaria 
um mundo de ostentações vãs. A partir daí discorre sobre os costumes e valores da 
sociedade da época, que se voltava mais para a aparência do que para a essência de seus 
atos. 
Em outro artigo Silvestre faz um estudo de um dos males da humanidade, a melancolia, 
receitando um conjunto de ervas como solução para o problema. 
TERCEIRA PARTE – Estômago 
De como me casei - I 
Silvestre se retira para a antiga morada de seus pais, onde reflete sobre as decepções das 
suas fases de “coração” e “cabeça”, encontrando no “estômago” uma nova maneira de 
encarar a vida: nenhuma ideia sua ganharia forma antes de ser bem digerida por este 
órgão. 
De como me casei - II 
Procurando ser prevenido, Silvério calculou bem como se livrar de seus antigos 
desgostos: o regedor e o vigário da freguesia. Ensinou aos lavradores da região 
conceitos políticos que os livraram do voto de cabresto orientado pelo vigário para 
reeleger o regedor: e Silvestre foi eleito! 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
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De como me casei - III 
Integrado à Ordem do Hábito de Cristo, Silvério conheceu o sargento-mor de Soutelo 
que queria casar sua filha, Tomásia, com um membro da Ordem. A rapariga tinha um 
corpo largo e saudável, sem muita elegância, porém era muito trabalhadora. 
De como me casei - IV 
Silvério passou alguns dias na casa do sargento-mor, quando estreitou os laços com 
Tomásia e sua família – o pai mais quatro tios padres. A mulher pedia que ele ficasse ali 
por mais tempo. 
De como me casei - V 
Entre jantares e ceias bem gordas, que muito saciaram o estômago de Silvério, o 
sargento-mor fazia convites para que o autor passasse a viver naquela casa. 
De como me casei - VI 
Silvério passeava com um dos tios de Tomásia quando ouviu sua voz cantando uma 
triste cantiga romântica e sentiu certo reavivamento em seu coração. 
De como me casei - VII 
No dia seguinte Silvério compartilhou com o sargento-mor a decisão de aceitar sua filha 
em casamento, após uma breve viagem em que poria fim aos seus negócios. Tomásia 
ficou corada durante o almoço e deu a Silvério uma relíquia religiosa, além de uma 
bolsa cheia de mantimentos para sua viagem. 
De como me casei - VIII 
Silvestre já não reconheceu a antiga casa como sua e sentia um contentamento sereno 
que nunca havia experimentado. Demitiu-se da regedoria e deu andamento aos 
proclames do casamento. 
O autor reflete que não amava Tomásia, mas que isso parecia fazer parte de um 
relacionamento saudável, como o experimentado por seus antepassados: o amor era uma 
mera invenção da sociedade urbana e só fazia desastres. 
De como me casei - IX 
De volta a Soutelo Silvério foi recebido com alegria pelo sargento-mor, seus irmãos, 
amigos e sua filha, que lhe deu seu primeiro beijo. 
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De como me casei - X 
Em dois dias uma grande festa se armou para comemorar o casamento da única filha do 
sargento-mor. Após agradecer a S. João dos Bem-Casados, Tomásia deu o segundo 
beijo em Silvério, somente com os lábios – “o segredo do máximo prazer de um beijo” 
– e o almoço estava servido. 
O editor ao respeitável público 
O editor relata que após o casamento Silvério deixou escritos aleatórios, sem muitas 
conexões, nem ordem cronológica. Sua carreira como político local foi memorável, 
apesar de alguns reprováveis atos públicos em benefício próprio. 
Certo dia o editor encontrou Silvério, bem mais gordo, na companhia de sua mulher, de 
seu sogro e de uma criança de dois anos, seu filho. Ele ria da imprensa e de suas antigas 
ambições, enaltecendo o estômago como grande senhor da vida. O editor passou alguns 
dias com ele, no qual foi testemunha de sua felicidade conjugal, bem como do amor que 
Tomásia nutria por ele. 
São inseridos alguns dos últimos poemas de Silvério, que foram enviados ao editor após 
sua morte, nos quais ele zomba da “era patarata”, ataca a poesia romântica e faz elogios 
aos antigos costumes às delícias do estômago. Em seu último escrito rememora os 
enganos de seu coração e de sua cabeça, concluindo que morria do estômago – de tanto 
comer. 
FIM 
 
CORAÇÃO, CABEÇA E ESTÔMAGO: RESUMO POR CAPÍTULO 
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QUESTÕES DE VESTIBULARES 
 
1. Sabe-se que Coração, cabeça e estômago é uma obra atípica na produção ficcional de 
Camilo Castelo Branco. Em relação a essa obra, assinale a alternativa em que todas as 
características listadas são corretas. 
(A) Inclusão da edição do livro como parte do jogo narrativo; sátira da poesia e das 
motivações espirituais; caracterização do herói como alguém incapaz de amar. 
(B) Paródia da vida romântica e natural; espiritualização das necessidades do corpo; 
transformação do herói ao longo da narrativa. 
(C) Descrição da formação do indivíduo; caricatura dos valores e sentimentos 
românticos; impossibilidade de adaptação do herói à vida social. 
(D) Caricatura das questões relacionadas ao espírito e à posição social; elogio 
irônico das motivações fisiológicas; ridicularização do herói.

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