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Beatriz Rithiely FUNÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO • Excreção; • Regulação da osmolaridade e das concentrações de eletrólitos e água dos líquidos corporais; • Regulação do equilíbrio ácido- básico; • Regulação da pressão arterial; • Secreção, metabolismo e excreção de hormônios; URETRA FEMININA • Complexo tubo muscular que comunica a bexiga urinária com o vestíbulo vaginal no meato uretral externo. • Função → continência da urina na bexiga e o transporte para o meio externo. • Uretra 3 a 5cm → Camada muscular – combinação de músculos lisos e estriados. → Camada submucosa- complexo arteriovenoso que atua como um coxim, permitindo o fechamento hermético da mucosa uretral, responsável por um terço da continência urinária. → Camada mucosa – camada epitelial. • Terço distal é fixo. • Dois terços proximais são móveis (a mulher pode controlar voluntariamente a posição proximal da uretra. • Contração ou relaxamento dos músculos levantadores. BEXIGA URINÁRIA • Bolsa elástica muscular • Função → acumular a urina. • Capacidade cheia - mais 250 ml. • Seu esvaziamento (micção) é involuntário comandado pelo SNA. FISIOLOGIA DA MICÇÃO • A musculatura vesico-uretral tem papel fundamental na função de armazenamento e esvaziamento vesical. Fisiologia da micção Beatriz Rithiely • As contrações voluntárias dos músculos abdominais auxiliam a expulsão da urina, pelo aumento da pressão intra-abdominal. • A micção pode ser iniciada mesmo com a bexiga quase vazia. • A primeira sensação de vontade de urinar, nos adultos, é sentida quando há cerca de 150 ml de urina na bexiga. • A sensação máxima ocorre aos 400 ml. ATO DA MICÇÃO • Compreende duas fases que envolvem funções antagônicas da bexiga e uretra. → Enchimento/ Armazenamento vesical → Esvaziamento Vesical ARMAZENAMENTO • Inicia-se após cada micção, através da complacência vesical, garantindo a acomodação vesical. • Controlado pelos sistemas simpático e somático • O sistema simpático relaxa o detrusor (receptores adrenérgicos) e mantém o tônus do esfíncter liso da uretra (receptores adrenérgicos). • O sistema somático mantém o tônus do esfíncter estriado da uretra • Durante a fase de enchimento a pressão vesical (PV) é mais baixa e a pressão uretral (PU) é mais alta • É um sistema automático • Armazenamento de volumes crescentes a uma diminuição da pressão intra-abdominal • Se há um aumento da pressão intra- abdominal pode ser que ocorra deficiência na musculatura (incontinência) • Fechamento uretral = repouso, aumento da pressão abdominal • Ausências de contrações involuntárias do musculo detrusor ESVAZIAMENTO • Relaxamento do assoalho pélvico e esfíncter externo da uretra, ativação do SNC sobre o SNA parassimpático, que provoca a contração do detrusor e relaxamento da uretra. • Esta fase é controlada pelo parassimpático. • Ocorre uma inversão do gradiente de pressão, o detrusor se contraí e eleva a PV e o relaxamento dos esfíncteres liso e estriado faz desaparecer a PU, é a micção. Beatriz Rithiely • Comando voluntario → A função do controle voluntário é dependente de um bom controle VÉSICO-ESFINCTERIANO. → Fatores que influenciam no controle vésico-esfincteriano. CENTROS MODULADORES 1. A coordenação vesico-esfíncteriana resulta de um controle permanente e mútuo entre sistemas simpático, parassimpático e somático. 2. O reconhecimento do estado de repleção da bexiga provoca o desejo de urinar. • No aparelho vésico-esfincteriano existem diversos sensores que respondem a vários estímulos, como por exemplo: tato, dor, temperatura, volume, etc). 3. O sistema límbico regula o desejo de urinar pois, regula os comportamentos instintivos e emocionais. 4. Através do neo-córtex, urinamos pela razão. Por exemplo: urinar quando a bexiga ainda não está repleta. 5. No lobo frontal encontramos áreas sensitivas que facilitam a micção, por exemplo: ao ouvir o barulho da água. 6. O sistema somático permitirá a interrupção da micção. VIAS MOTORAS • VIA SIMPÁTICA – T10 a L2 → Nervo Hipogástrico → Tem como mediador químico a noradrenalina - Enchimento vesical. • Receptores adrenérgicos → Permitindo a distensão da bexiga (relaxamento) → Musculatura detrusora • Receptores adrenérgicos → Promovendo o fechamento do colo vesical (contração) → Colo vesical e esfíncter liso • VIA PARASSIMPÁTICA – S2 , S3 , S4 → Nervo pélvico → Tem como mediador químico a acetilconina (colinégico). Essa via assegura a evacuação vesical, a micção. • VIA SOMÁTICA - S2, S3, S4 → Nervo Pudendo. → Importante para o trabalho de fisioterapeuta no controle da micção voluntária. • Atua no Controle voluntário → Tomada de consciência de que tem que fechar o esfíncter → Inervação da musculatura estriada do assoalho pélvico. Beatriz Rithiely CENTROS NEUROLOGICOS NO CONTROLE DA MICÇÃO • Córtex cerebral → Controle voluntário da micção. Lobo Frontal → Atividade inibitória dos reflexos de contração do músculo detrusor na fase de enchimento vesical. • Substancia reticular ponto- mesencefálico → Centro de coordenação. → Organiza os estímulos aferentes e eferentes. → Fase de enchimento – inibição do centro sacral da micção Acomodação do detrusor. • Núcleos da base → Inibem a atividade contrátil do detrusor. • Sistema límbico → Formado por hipocampo, amígdala e giro unglado. → Influencia o trato urinário em situações de estresse. • Cerebelo → Atua no controle do equilíbrio e postura durante a micção. • Medula sacral → Via de transmissão dos estímulos sensoriais aferentes do trato urinário inferior → Arco-reflexo simples entre o músculo detrusor e o sistema esfincteriano uretral. CIRCUITOS NEUROLÓGICOS DA MICÇÃO • Alça I → Circuito cefálico (córtex-tronco cerebral) → Controle voluntário da urina • Alça II → Circuito cefaloespinhal (tronco cerebral – medula sacral) → Contração do músculo detrusor até o total esvaziamento vesical • Alça III → Circuito espinhal (centro medular sacral-detrusoresfíncter externo da uretra) → Sincronia entre contração do músculo detrusor e relaxamento uretral (vice-versa) • Alça IV → Circuito (córtex cerebral e centro sacral da micção) → Controle voluntário da musculatura estriada do esfíncter uretral
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