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- O fenótipo final depende da determinação das gônadas (diferenciação em testículos e ovários) pela genética - A diferenciação dos ductos vai depender da presença ou não de hormônios (testosterona, HAM, DHT) - O fenótipo feminino se forma na ausência de hormônios (degeneração do ducto de Wolff) - A formação da genitália externa também depende da presença ou ausência de hormônios ➔ As diferenças sexuais são visíveis no córtex cerebral e parecem ser desencadeadas por picos hormonais. Diferenciação sexual do cérebro parece ser regulada por hormônios gonadais ➔ O gênero é a coleção de traços que diferem socialmente homens e mulheres ➔ A identidade de gênero representa o sentido subjetivo de masculinidade ou feminilidade ➔ A exposição a andrógenos durante a vida fetal influencia no gênero p.ex: Meninas com Hiperplasia Congênita da Adrenal (CAH) produzem altos níveis de andrógeno na infância ➔ A socialização exerce influência mas não é determinante na determinação sexual ➔ Disforia de gênero ou transtorno de identidade de gênero é o desejo persistente e forte de identificar se com o sexo oposto, ao invés do gênero biológico ou anatômico Ao fazer o cariótipo, existem 3 possibilidades: • DDS 46, XY • DDS 46, XX • DDS do sexo cromossômico DISGENESIA GONADAL - Uma disgenesia gonadal é um compromentimento parcial ou total do desenvolvimento das gônadas - Quando as gônadas não se desenvolvem adequadamente, isso leva a problemas no desenvolvimento da genitália interna e externa - No sentido clássico, a DG compreende vários distúrbios caracterizados por amenorreia e as chamadas 'gônadas em fita' em pacientes fenotipicamente do sexo feminino Pacientes com disgenesia gonadal completa 46 XX ou 46 XY exibem gônadas em fita, genitália externa feminina e hipogonadismo hipogonadotrófico com amenorreia associada e falta de características sexuais secundárias, mas nenhuma das outras características da síndrome de Turner Porque fenótipo feminino? Não ocorre desenvolvimento gonadal e, como consequência, os pacientes têm um fenótipo completamente feminino devido à falta de produção de esteroides gonadais DGC 46,XX: mutações genéticas ou fatores ambientais que afetam o desenvolvimento ovariano, levando a ovários ineficazes Causam insuficiência ovariana prematura Tenderão a ter genitália interna e externa feminina e, normalmente, terão gônadas em fita ou hipoplásicos Amenorreia primária e a maioria será infértil DGC 46, XY: Síndrome de Swyer ou mulheres XY (geralmente mutações do SRY; ou em vários genes implicados no desenvolvimento testicular) Na falta do gene SRY, não há desenvolvimento testicular e as estruturas mullerianas (tubas uterinas e o útero) se desenvolvam internamente devido ausência de HAM Devido à falta de produção de testosterona tendem a apresentar genitália externa feminina Gonadectomia pelo risco de tumor pela presença de cromossomo Y na gônada interna DG Parcial: em que um cromossomo Y está presente, há uma determinação incompleta dos testículos e o fenótipo externo depende do grau da função testicular O cariótipo mais comum observado na DGP é 45X/46XY, mas 46 XY e outras formas de mosaicismo envolvendo o cromossomo Y também podem ser vistas DDS OVARIOTESTICULAR - No hermafrodita verdadeiro (DDS ováriotesticular) = tecido testicular e ovariano no mesmo indivíduo - A genitália externa vai depender da presença de hormônios andrógenos - O quimerismo é uma das origens prováveis, gerando cariótipo 46,XX/46,XY - Se trata de anomalia cromossômica ➔ DISGENESIA GONADAL PURA (SWYER) • Mutação no SRY (ou SOX9 e reguladores do SRY) = não ocorrre diferenciação testicular = não produz HAM nem testosterona = desenvolvimento de estruturas Mullerianas (tubas uterinas, útero, vagina) e degeneração dos ductos Wolffianos ➔ SÍNDROME DA PERSISTÊNCIA MULLERIANA • Mutação no gene HAM ou no gene do receptor do HAM = não ocorre a regressão dos ductos de Muller = desenvolvimento simultaneo de tubas e útero + desenvolvimento normal de genitália externa masculina e testículos funcionais ➔ SÍNDROME DA INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA (Síndrome de Morris) • Mutação do receptor de testosterona e 5DHT, produção normal de HAM = desenvolvimento de testículos, ausencia de útero, tubas e ovários, porém com fenótipo feminino = genitália externa feminina normal • Na infância observa-se hérnia inguinal e na puberdade mulheres com amenorreia primária • Na AIS, a gravidade da mutação AR (Androgen Receptor) dá origem a uma expressão fenotípica variável deste distúrbio e, portanto, é classificada em completa (CAIS) e síndrome de insensibilidade androgênica parcial (PAIS) • CAIS: genitália externa feminina • PAIS: genitália externa atípica ➔ DEFICIENCIA DE 5-ALFA REDUTASE • Mutação autossomica da 5-alfa-reduatse = testosterona presente mas não converte em 5DHT = genitália externa feminilizada • O individuo possui genitália externa feminina mas possui testículos bilaterais e tratos urogenitais masculinos (ductos ejaculatórios terminam em uma vagina com terminação cega) • Os homens portadores de um certo traço genético nascem com órgãos genitais externos ambíguos e são, consequentemente, criados como meninas na infância . Na puberdade , os indivíduos desenvolvem um fenótipo masculino completo ➔ HIPERPLASIA CONGÊNITA DA ADRENAL • Mutação no gene da 21 hidroxilase = estimulação adrenal = excesso de andrógenos fetais = genitália externa masculinizada • O cortisol é secretado em resposta ao ACTH da hipófise (feedback) e a enzima 21-hidroxilase é necessária para sintetizar cortisol e aldesterona • Sem a enzima, não há cortisol = estimula mais ACTH e a adrenal cresce (hiperplasia) • Os esteroides destinados a se tornar cortisol e aldesterona são desviados para a produção de androstenodiona e testosterona • Também ocorre por deficiendia de 11- hidroxilase ou 3-beta-desidrogenase ➔ SÍNDROME DE LA CHAPELLE - HOMEM XX • Gene SRY translocado para um cromossomo X = formação de testículos e fenótipo virilizado • É uma disnegia gonadal • Pode ser causada por duplicação de SOX9 • Azoospermia = sem espermatozoides (infertil)
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