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1 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Onilmar De Oliveira Kohler – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 03/03/2022 – Aula 5 As ondas de pulso venoso são reflexo do ciclo cardíaco. As ondas do pulso venoso correspondem à curva de pressão do átrio direito. Onda A corresponde a sístole atrial (impulsiona os últimos 20% de sangue do átrio para o ventrículo) e corresponde a onda P. O momento que o átrio começa a relaxar, correspondente ao descenso X. Exemplos que poderiam aumentar a onda A, BAVT (BAV de 3º grau, átrio bate com uma frequencia fixa , e o ventrículo bate com uma frequencia fixa diferente da atrial, há uma dissociação da frequência átrio ventricular, onda a em canhão: o átrio entra em sístole quando a valva atrioventrícular está fechada, o sangue bate e volta), hipertrofia severa do ventrículo direito, hipertensão pulmonar importante, trombo intraatrial (diminui o diâmetro, aumenta-se a pressão em uma grandeza à quarta potência, Lei de Poiseuille), estenose da tricúspide, mixoma do átrio direito com obstrução do orifício valvar e estenose pulmonar. Há situações em que não se tem onda A, quando não há contração atrial, na fibrilação atrial, por exemplo. A onda C é causada pelo pulso carotídeo, aumento da pressão jugular decorrente do aumento da pressão ventricular, no início da sístole, durante o relaxamento atrial. A onda C, sobressai no início do descenso X. O momento de relaxamento atrial, descenso a partir da onda A corresponde ao descenso X. Este pode desaparecer na fibrilação atrial e diminuir na insuficiência tricúspide (em que ocorreria refluxo de sangue do ventrículo para o átrio, aumentando a pressão no átrio durante a diástole atrial) Onda V corresponde ao enchimento atrial, vai diminuindo a capacidade de volume. Onda V pode estar aumentada no aumento do volume de sangue no AD. Na insuficiência tricúspide e na CIA. Descenso Y é quando uma vez que o átrio está cheio, e vai começar a ejção, mas antes da ejeção ele precisa abrir a valva tricúspide, então o descenso Y corresponde a abertura da tricúspide, e o sangue é direcionado do átrio para o ventrículo. Resumo simples: átrio direito, ventrículo direito, pulmão; átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, aorta. O descenso Y pode estar profundo quando há restrição do relaxamento ventrícular, em uma pericardite, ou em miocardiopatias restritivas. Uma vez que nada relaxa direito, esse descenso vai reduzindo vagarosamente conforme o ventrículo vai ficando pronto para receber o sangue. O descenso Y pode estar diminuído quando o enchimento ventricular é reduzido, durante a estenose tricúspide, hipertrofia de VD, ou tamponamento cardíaco. Se tiver uma onda A gigante o descenso Y vai ser reduzido. A onda gigante predispõe 4ª bulha??? Não necessariamente. A 4ª bulha corresponde à um aumento de volume na cavidade. Quando há aumento de pressão em uma cavidade cardíaca pode ser reflexo sobre o que está ocorrendo nas demais cavidades. Ruídos diastólicos... B3 e B4 B3 e B4 só se tornam audíveis pelo estetoscópio quando estão afetadas, patológicas. B3: quando maior o volume residual, maior o ruído. Correlacionada com disfunção sistólica, não se consegue ejetar todo o volume de sangue, assim o volume residual fica maior, acumulado dentro do ventrículo. E, quando ocorre o enchimento rápido do ventrículo se dá B3 (ruído mais grave). A B3 dá a sensação do galope de cavalo. Ruído protodiastólico (B3, ruído que acontece na fase inicial da diástole, fase de enchimento rápido, a B3 acontece quando há um volume residual aumentado). A B4 depende de uma contração atrial efetiva (30% do volume residual) e um ventrículo esquerdo com pouca complacência, fazendo vibrar as paredes, gerando o ruido pré-sistólico, antecedendo a primeira bulha. B4 é um ruído mais grave que contamina a B1. Na hipertensão arterial o VE fica pouco complacente, vai ficando forte com pouca elasticidade com contração atrial efetiva em cima dele. Ninguém tem B4 se não tem contração atrial efetiva. Ruído pré-sistólico (B4, ruído pré-sistólico, último ruído da diástole). O sinal de Kussmaul nada mais é do que o aumento do pulso venoso jugular, quando o paciente em questão realiza uma inspiração. Isso acontece quando há uma diminuição da complacência do ventrículo direito (VD), ou seja, ele perde a sua capacidade de contrair adequadamente. Pontos de palpação de pulso Ao palpar o pulso, usar a polpa digital do segundo e do terceiro dedos de uma das mãos. Durante a palpação do pulso devemos definir se ele é: Ritmico ou arritmico Regular ou irregular Regularmente irregular ou irregularmente irregular Frequência – pulsação por minuto. Intensidade e forma de pulso. Pulsos irregulares devem sempre ser contados durante um minuto e conferidos com os batimentos cardíacos auscultados no precórdio. Semiologia cardiovascular 2 2 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Onilmar De Oliveira Kohler – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Figura 1: Locais de aferição do pulso arterial. Fonte: https://ares.unasus.gov.br/acervo/bitstream/ARES/13948/1/Prop ed%C3%AAutica%20Cardiovascular%20na%20aten%C3%A7%C3% A3o%20b%C3%A1sica.pdf. Pulso temporal superificial – pré auricular, antes da cartilagem da orelha (“tragus”). Pulso carotídeo – palpação na borda anteior do esternocleidomastoide. Os dois lados devem ser comparatods. A palpação dele não pode ser feita indiscriminadamente, por tempo indeterminado, bilateralmente, uma vez que pode gerar reflexo vasovagal. O pulso carotídeo é o que mais reflete o pulso aórtico. Lembrar que pacientes mais idosos são vasculopatas pela história natural, ao longo da vida são acumulados fatores estressores que vão deixando a parede das artérias alteradas e isso pode alterar o pulso carotídeo Pulso apical – palpação no ictus cordis Pulso braquial – palpação na fossa cubital Pulso radial – palpação na face mais lateral do antebraço, posição distal do rádio Pulso ulnar – palpação na posição mais distal da ulna e medialmente em relação ao corpo. Pulso femoral – dois a três dedos abaixo do ligamento inguinal, palpa-se no nível do trígono femoral, no ponto médio entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca ântero- superior. Pulso popléteo – faz-se a palpação na fossa poplítea. Faz-se uma pequana flexão do membro para relaxar as estruturas tendíneas. Pulso tibial posterior – palpação no maléolo medial. Pulso dorsal do pé – palpação entre o primeiro e segundo tendões dorsais do pé, cerca de 2,0 cm abaixo da articulação do tornozelo. Esse pulso é muito importante para avaliar qualidade de irrigação distal. Paciente que tem uma doença crônica de obstrução arterial periférica. Exemplo: paciente tem uma lesão e consegue caminhar até 200 metros sem sentir dor. Então, ele tem um limite funcional de 200 metros (falha de fluxo porque a luz do vaso é muito pequena e o estresse pelo aumento de demanda não foi suprido). Por que ele sente dor? Porque a demanda de sangue pelo esforço aumentou, e em contra partida a oferta não seguiu esse aumento, ocasionando uma região de hipóxia. Pneumotórax (acesso pela veia subclávia) mata muito menos que infecção de corrente sanguínea (acesso pela veia femoral). Então devemos levar em consideração essas informações na hora de escolher o acesso para pegar um vaso profundo. Ondas de pulso arterial Pulso paradoxal de Kussmaul: pulso dependente de pressão negativa ou positiva que seja gerado no interior da casa toracica. Corresponde ao exagero da diminuição da pressão arterial sistólica (e do pulso arterial) durante a inspiração. o. É definido como uma diminuição superior a 10 mmHg na pressão sistólica durante a inspiração. Fisiologicamente, o enchimento do lado esquerdo do coração diminui durante a inspiração, diminuindo o débito cardíaco. O que torna o pulso menos palpável e reduz aPA sistólica. Nas seguintes condições patológicas o pulso paradoxal de Kussmaul pode estar presente: tamponamento cardíaco, tromboembolismo pulmonar, pericardite constritiva, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema, derrame pericárdico). Figura 2: Pulso paradoxal de Kussmaul. Pulso alternante: pulsos fortes e fracos alternadamente, com pequena incisura dicrótica (quando fecha a valva aórtica). Embora o ritmo seja regular, o conteúdo ejetado varia. Ocorre quando há variações do enchimento e contratilidade do coração com disfunção ventricular esquerda. Sugestivo de Insuficiência ventricular esquerda (IVE). Mais perceptível no pulso radial. Figura 3: Pulso alternante. 3 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Onilmar De Oliveira Kohler – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Pulso filiforme: pulso com pequena amplitude e baixa tensão, de palpação difícil. Ocorre em situações de colapso circulatório periférico (hipovolemia, choque e vasocontrição). Paciente em choque com ondas de pulso pequenas. Se o examinador apertar muito, a onda de pulso some. Figura 4: Pulso filiforme. Comparar os pulsos bilateralmente. Diferenças de pulso podem sugerir lesão aórtica, especialmente da crossa da aorta, se a avaliação for de MMSS. Dissecção aguda de aorta pode levar a alteração de pulso bilateral, porque a falsa luz da aorta pode estar “roubando” sangue da artéria subclávia que emerge depois. Trajeto da artéria subclávia Do lado esquerdo do corpo a artéria subclávia emerge diretamente do arco aórtico, enquanto do lado direito ela emerge do tronco braquiocefálico. Figura 5: Artéria subclávia (verde) - vista anterior. Fonte: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/arteria-subclavia- abordagem-regional-e-mnemonica. Aferição da pressão arterial e seus equívocos. Perna cruzada, manguito por cima da camisa, uso do celular, braço estar distendido. Qualquer coisa que seja capaz de alterar a pressão por menor que seja já invalida a aferição da pressão arterial, 1 mmHg para mais ou para menos já pode alterar a classificação de hipertensão, por exemplo. Determinação da pressão arterial Débito cardíaco (DC) Resistencia vascular periferica (RVP) Volume sistólico (VS) Frequencia cardíaca (FC) PA = DC x RVP DC = VS x FC Proposta multifatoria de interrelações que influenciam a PA. Pressão arterial média = (PAS + (PADx 2))/3 A pressão arterial média é o que determina a intensidade média com que o sangue flui pelos vasos. Esses parâmetro deve estar entre 70 e 100 mmHg. Lei de Poiseuille Cateter central que tem 20 centímetro (comprimento muito grande) passa menos volume que um jelco 14, porque o comprimento do tubo aumenta o tempo em que o líquido está sofrendo resistência, e a viscosidade do líquido altera a velocidade com que ele corre. Determinantes multifatoriais de pressão arterial Métodos e equívocos Posicionamento do esfingomanômetro e do estetoscópio. 2 a 3 dedos acima da fossa cubital se posiciona o manguito. Ponto de ausculta é na artéria cubital. 4 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Onilmar De Oliveira Kohler – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Orientações para medição da PA • O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio. • Medir após cinco minutos de repouso. • Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes. • A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do braço. • Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido. • Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg). • A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkoff (fase I). • A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V). • Registrar valores com intervalos de 2 mmHg, evitandose arredondamentos (Exemplo: 135/85 mmHg). • A média de duas aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia; se os valores observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente. • Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o valor mais alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de preferência). 5 fases de Korotkoff Fase I – Surgimento dos sons (som confuso), melhor percebido no método palpatório – pressão sistólica Fase II – Batimento com sopro Fase III - Sopro desaparece Fase IV - Abafamento dos sons – pressão diastólica Fase V - Desaparecimentos dos sons Hiato auscultatório Corresponde ao desaparecimento de sons durante a última parte da fase I e na fase II. O hiato pode cobrir uma faixa de 30-40mmHg, podendo subestimar a pressão sistólica ou superestimar a pressão diastólica. Para evitar isso é necessário fazer a palpação antes da ausculta. O hiato auscultatório é mais comum aparecer em idosos. 5 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Onilmar De Oliveira Kohler – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Focos de ausculta Foco aórtico: 2º EIC (ângulo de Louis) junto à borda esternal direita Foco pulmonar: 2º EIC junto à bora esternal esquerda Foco tricúspide: 5º EIC junto à borda esternal esquerda Foco mitral: 5º EIC na linha hemiclavicular esquerda. Sons do ápice: mitral e tricúspide. Sons da base: pulmonar e aórtico. B1 (fechmaento das valvas mitral e tricúspide) → TUM B2 (fechamento das valvas aórtica e pulmonar) → TÁ Quais sons são melhor audíveis usando a campânula do estetoscópio? São os sons mais graves ou de baixa frequência. São exemplos: Ruflar diastólico presente na estenose mitral ou, mais raramente, na estenose tricúspide Terceira bulha (B3) Quarta bulha (B4) Ao se colocar o estetoscópio no foco mitral ausculta-se o fechamento da valva mitral, lembrar que as cordas tendíneas conectam a parede do ventrículo ao folheto valvar, elas são importantes para manter a valva fechada durante a sístole ventrícular. Como o som se propaga bem no material (estrutura maciça) ao posicionar o diafragma do estetoscópio, consegue-se auscultar com clareza a primeira bulha (TUM). Na fase incial da estenose mitral (restrição à abertura da valva mitral), por exemplo, ocorre a sobrecarga do AE, que sofre aumento e hipertrofia, podendo gerar uma hiperfonse de B1 e estalido de abertura, devido ao fechamento abrupto de folhetos valvares tensionados contra um átrio esquerdo hipertenso. Na fase mais crônica da estenose mitral, ocorre a calcificação dessa valva (EM grave), assim ocorre hipofonse de B1, sem estalido de aberto. Como o ventrículo enche durante a diástole, o sopro da estenose mitral é diastólico. O ruflar diastólico é o sopro da EM que costuma ser meso/holo diastólico com frequência baixa. O sopro é mais audível em FM, decúbito lateral esquerdo ou após agachamentos (provoca taquicardia). Diminui-se o sopro com a manobra de Valsalva e com a inspiração. ➔ Dica: Das lesões valvares do coração esquerdo, a única que “poupa” o VE é a estenose mitral. Ao se colocar o estetoscópio no foco tricúspide ausculta-se, com clareza a primeira bulha (TUM), o fechamento da valva tricúspide. Padrão do sopro Proto – perto Meso – meio Tele – longe Holo - todo Diastólico (sopro acontece após B2) Sistólico (sopro acontece após B1) Ausculta cardíaca normal: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros e extrassístoles. Lembrar que a intensidade do primeiro ruído cardíaco depende da interrelação entre os vários fatores fisiológicos e referentes à anatomia, que são determinantes na transmissão das vibrações sonoras. Então, podemos pensar que a intensidade do som tem uma relação direta com a velocidade de elevação da pressão ventricular e com a distância percorrida pelos folhetos da valva mitral desde o início da contração ventricular até o fechamentovalvar. Características anatômicas do tórax podem facilitar a ausculta da primeira bulha, como ocorre em pacientes com tórax pouco espesso, determinando, hiperfonese do ruído ou, em oposição, podem dificultar a 6 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Onilmar De Oliveira Kohler – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 propagação das vibrações, como documentado em indivíduos obesos e com doença pulmonar obstrutiva, crônica ou, também, quando há interposição de estruturas entre o coração e o ouvido humano, como no derrame pericárdico e tamponamento cardíaco. Intensidade varia de 1+ a 6+. A máxima intensidade de ausculta é quando não é necessário tocar o diafragma do estetoscópio na pele do paciente para que se ouçam os sons cardíacos. Quanto mais grave a lesão, mais longo é o sopro! B4 (TU) é um som de ausculta telediastólico (1/3 final da diástole), em 3 tempos. Ruído pré sistólico ou telediastólico. Associada a sobrecarga de pressão, em alguns casos de coronariopatias, miocardiopatias, HAS e estenose aórtica. Som grave e de baixa intesnsidade (campânula). Melhor audível na ponta do coração. B3 (TU) é um som protodiastólico (1/3 inicial da diástole), em 3 tempos. Fase de enchimento rápido. Vibração da parede ventricular. Associada a insuficiência mitral e ventricular. Pode ser fisiológica em crianças e adultos jovens. É um som grave e de baixa intensidade, melhor audível no foco mitral com o paciente em ducubito lateral esquerdo (campânula). Ruflar tem que ser diastólico. Sopros e epônimos Fenômeno de Gallavardin – é u sopro “piante” (ausculta mais aguda) da estenose aórtica, é um sopro que irradia da estenose aórtica para a ponta, para o foco mitral, mas com um intervalo para sua ausculta. Parece que acontece por causa de uma transmissão interna das vibrações do anel aórtico para o anel mitral. Ausculta-se no foco mitral. Sopro do Austin Flint – é um ruflar proto/mesodiastólico devido a insuficiencia aórtica grave permitir a regurgitação do sangue durante a diástole ventricular. O som é causado quando o sangue que retorna ao ventrículo faz uma pressão nas cordas tendíneas (como tocar violão) pressas no folheto anterior da valva mitral, provocando um fechamento parcial da valva mitral, produzindo uma estenose mitral funcional, não existe um comprometimento mitral verdadeiro. Assim, o som gerado é bem parecido com o da estenose da valva mitral, o que diferencia é não ter alteração de intensidade de B1 e não ter estalido de abertura mitral. Sopro de Carey-Coombs – é um sopro holossostólico de alta frequencia e irradiação ampla para a axila esquerda e dorso, ou para os focos da base (pulmonar e aórtico), causado por hiperfluxo. Ocorre na insuficiência mitral aguda. Sopro Graham Still – ocorre quando há regurgitação pulmonar, quando há hipertensão da artéria pulmonar, por exemplo. É um sopro diastólico, parecido com o sopro da insuficiencia aórtica. A diferença está no aumento da intensidade do sopro de Graham Still com a inspiração profunda (RIveiro Carvalho positivo). Voltando ao ciclo cardíaco – revisão bem rápida! Sístole ventricular -Fechamento valvas A-V (B1) -Contração isovolumétrica -Abertura valvas semilunares -Ejeção rápida (70% volume) -Ejeção lenta (30% volume) -Fechamento semilunares (B2) Diástole ventricular -Relaxamento isovolumétrico -Abertura valvas A-V -Fase enchimento rápido (70% volume –B3) -Diástase (enchimento lento –10% volume) -Sístole atrial (20% volume) -... Fechamento valvas A-V... Ciclo cardíaco está bem descrito no resumo da aula 1 da Geruza Alguns comentários sobre a ausculta Desdobramento fisiológico de B2 acontece quando a pessoa respira profundamente → TUM TRA Insuficiência aórtica grave – ocorreu a sístole ventricular, era para fechar a valva aórtica, mas ela se mantém parcialmente aberta, assim há refluxo de sangue para o ventrículo esquerdo. Jato regurgitante aórtico batendo nas cordas tendineas do folheto anterior da valva mitral. Sopro diastólico (sopro aspirativo), ocorre após B2. Tem intensidade maior no começo e menor no fim (descrescente). Estenose aórtica – sopro sistólico (pós B1). Sopro acontece quando há restrição de abertura da valva, fluxo fica tubrilhonado. É um foco ejetivo, melhor auscultado no foco aórtico. Aumenta a intensidade, tem um pico, e vai decresento, por isso ele é conhecido como um sopro em diamante (formato de losango). Ritmo de galope (3 bulhas com frequncias cardíacas elevadas) Galope atrial = B4 + B1 + B2 (TU TUM TA) Galope ventricular = B1 + B2 + B3 (TUM TA TU) Soma = B1 + B2 + B3 + B4 (TU TUM TA TU)
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