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Camila Rizzo – MFC 3P Método Canguru Política pública de saúde instituída em 2000 que integra um conjunto de ações voltadas para a qualificação do cuidado ao recém-nascido (pai, mãe, família) O método é desenvolvido em 3 etapas: 1. Identificação de situações de risco durante o pré-natal que acontece na atenção básica, seguindo até a internação na unidade neonatal. Assim que possível os pais podem conhecer a unidade neonatal entrando em contato com o novo ambiente e diminuindo os medos e fantasias comuns nessa situação. Algumas práticas como a do parto humanizado possibilitam à mulher ter a presença de uma segunda pessoa Enquanto a mulher não pode ir na unidade neonatal é crucial que o responsável pelo seu cuidado sempre passe as informações necessárias para a paciente e repasse toda a consulta (com informações da mãe e do neném) para a equipe de saúde A presença do pai em todo o processo pode ser muito benéfica para a criança, fortalecendo o laço entre eles e a mãe As famílias que experienciam um nascimento pré-termo geralmente passam por um período de desorganização e podem precisar de ajuda O primeiro encontro entre mãe e bebe deve ser feito respeitando as necessidades individuais tanto da família quanto da criança Muitas mulheres são mães solo e, caso a família dela não esteja presente é crucial que a equipe se faça presente, dando-lhe todo o suporte necessário Cada pai e mãe tem suas dúvidas e necessidades diferentes, dessa forma, é importante que a equipe seja capaz de escutar a todos de forma individualizada O profissional de saúde deve apresentar o bebe aos pais A comunicação é essencial desde o primeiro momento para a formação dos laços afetivos É estimulado o aleitamento materno na posição canguru de forma gradual e crescente 2. A mãe acompanha seu filho, ainda no ambiente hospitalar, na unidade de cuidados intermediários canguru em tempo integral e o pai tem livre acesso e permanência. A posição canguru deve ser realizado o maior tempo possível de acordo com o desejo dos pais e bebe A posição canguru favorece a amamentação, organização sensorial, maior tempo de sono, fortalecimento do vínculo, controle térmico e ganho de peso As mãe são estimuladas a cuidar de seus filhos desde o início da internação É importante que já nessa etapa a equipe hospitalar entre em contato com a equipe da unidade básica que irá acompanhar essa família e articule bem como se dará o cuidado do recém-nascido e sua família (construção de linha de cuidado) A família deve estar consciente da importância da visita domiciliar e da UBS A visita de avós e irmão para recém-nascidos internados fortalece os vínculos afetivos. Além disso, avós tendem, em meio a suas visitas, trazerem consigo a história da família de forma a ajudar a equipe a procurar os melhores caminhos possíveis no cuidado Quando a alta esta se aproximando, muitas devem ser as conversas para saber as expectativas, dúvidas e desejos em relação à chegada em casa. A participação de outras pessoas da rede de apoio, possibilita que o cuidado seja partilhado 3. Inicia-se após a etapa hospitalar e segue até que a criança atinja 2,5Kg. Nessa etapa, os pais que estiveram mais ativos e participativos do cuidado do neném no hospital estarão mais aptos a nova vida que se inicia Esse período deve ser uma continuidade do cuidado iniciado no ambiente hospitalar Equipes de estratégia de saúde da família devem ser grandes aliadas no processo de continuidade da atenção. As visitas domiciliares devem observar a realização da posição pele a pele em casa, orientar e oferecer suporte para a alimentação, além de lembrar a necessidade do agendamento de consultas e exames A vigilância cuidadosa compartilhada tem papel importante no incentivo e facilitação da amamentação, assim como na observação de possíveis riscos A equipe deve estimular a participação nas redes de apoio que foram iniciadas ainda no hospital Deverão ser garantidas visitas domiciliares, atendimento nas unidades básicas de saúde e retorno às consultas hospitalares previamente até atingir o peso estipulado Ademais sempre deve haver o reconhecimento dos aspectos positivos presentes nos cuidados familiares A periodicidade dos retornos propostos irá variar de acordo com os fatores de risco individuais devendo ser garantidos 3 atendimentos na primeira semana após a alta, 2 na segunda semana e pelo menos 1 até atingir os 2,5 Kg Todos os dados na 3 etapa devem ser colocados de forma a completar o que já havia sido relatado no momento anterior à alta Ao atingir 2,5 Kg sem intercorrências significativas, o bebe e sua família recebem alta do método canguru e a partir desse momento ele será acompanhado seguindo as normas do ministério da saúde de crianças regressas de unidade neonatal FONTE: vídeo 10 passos que fazem a diferença – Hospital Amigo da Criança No passado o parto era realizado em casa por parteiras Com os avanços da medicina e da tecnologia, hoje há maior conforto tanto para a mãe quanto para o bebê; além de se minimizar as situações de risco Um perigo que se corre, na contemporaneidade, é de hipervalorização tecnológica e abandono da mulher, de forma a ignorar seus sentimentos em um momento tão delicado e não valorizar ações como a da primeira mamada. Nesse sentido, no início do desenvolvimento tecnológico, a criança era imediatamente levada para o berçário/UTI neonatal após sua retirada da barriga de sua mãe Os avanços tecnológicos não podem excluir a experiencia da mãe com o bebê como a do aleitamento materno (que é inclusive responsável pela diminuição da mortalidade infantil) Hospital Amigo da Criança: apoia, protege e promove o aleitamento materno. Recentemente, esses hospitais incorporaram a humanização do parto dando segurança e qualidade na assistência. Os profissionais da saúde nesses lugares são treinados para cuidar da mãe e de seu bebê antes, durante e depois do parto Nos hospitais amigo da criança, a gestante recebe orientações quanto há amamentação desde o pré-natal. No dia do parto a mulher é acolhida para se sentir calma, recebendo os cuidados para o alívio da dor e parto natural Camila Rizzo – MFC 3P Assim que nasce o bebe é colocado em contato pele a pele com a mãe o que promove o primeiro vinculo entre eles, além de iniciar os primeiros reflexos do bebê para a amamentação (e estimulação hormonal da mãe para o ato) Ao chegar no quarto, a nova família é orientada quanto aos cuidados que deve se ter com o recém-nascido e as vantagens do aleitamento materno sobre livre demanda Bicos e chupetas atrapalham a amamentação pela confusão com o bico do peito da mãe. Nesse viés, os hospitais amigo da criança não recomendam seu uso com o intuito de que a criança mame por mais tempo o leite da mãe (há pesquisas que mostram a redução do tempo de aleitamento em casos de uso) Leites artificias são oferecidos apenas mediante indicação médica visto que o aleitamento materno é importante tanto para a digestão do bebe quanto para a sua proteção contra infecções Caso aconteça algo que o neném não consiga mamar, a mãe é estimulada a a tirar seu leite para que ele seja oferecido para a criança. Nos casos em que o leite da mãe não está disponível é interessante que o hospital conte com um banco de leite Em casos de dificuldade de amamentação, essa mulher pode contar com um grupo de profissionais para a orientar e tirar suas dúvidas além de grupos de conversa e apoio, etc. Locais que implementam o hospital amigo da criança recebem o reconhecimento do Ministério da Saúde e da Unicef FONTE: vídeo Fundação Fio Cruz
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