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ALCON - alojamento conjunto

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por: Eva Carneiro | 3
ALOJAMENTO CONJUNTO
Cuidados neonatais em alojamento conjunto, criados no início dos anos 1950, se estabeleceram como uma forma eficaz de:
· reforçar o vínculo inicial entre a mãe e seu recém-nascido (RN);
· incentivar o aleitamento materno exclusivo;
· permitir interação entre mães e equipe de saúde (orientações profissionais sobre a saúde do bebê).
· A experiência com ALCON só se expandiu na década de 1970, com o apoio da Organização Mundial da Saúde ( OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
· IMPORTANTE: o progresso não implica em tecnologia cara. Implica, sim, que os sistemas de saúde possam dar continuidade aos cuidados da gravidez, por meio de uma assistência profissional qualificada, até o nascimento e, depois pelo período pós-natal.
· Um importante avanço em relação da díade mãe-bebê em ALCON, especificamente em relação ao aleitamento materno, foi a publicação da Portaria Ministerial de nº 756 de 6 de dezembro de 2004, que implanta no Brasil o Hospital Amigo da Criança.
· Por meio da carta dos direitos dos usuários do SUS foi reconhecido o direito da gestante ao acompanhamento por pessoa, de sua livre escolha em consultas, exames e internações, no momento do pré-parto, no parto e no pós-parto, além de todas as situações já previstas em lei (crianças, adolescente, pessoa com deficiência ou idoso).
· Alojamento conjunto é o sistema hospitalar em que o RN sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia, em um mesmo ambiente, até a alta.
· Hoje, muitos serviços já admitem em suas enfermarias de ALCON, além de exclusivamente bebês sadios, também com diferentes problemas, como sífilis congênita, icterícia, dentre outros, desde que possam com segurança ser ali acompanhados e tratados.
· O sistema de ALCON mostrou-se tão favorável para os cuidados maternos e neonatais, que esses resultados, associados ao reconhecimento cada vez maior das necessidades do RN, em especial das vantagens de mantê-lo ao lado da sua mãe, tem feito com que essa prática venha sendo ampliada, para o cuidado com todos os RN, inclusive o de risco.
· Exemplo: método canguru, usada em RN baixo peso, internado em unidade neonatal.
 	Parâmetros que norteiam as condições mínimas de funcionamento do ALCON no Brasil:
· área mínima de 5m² para cada conjunto de leito materno e berço;
· permitido no máximo seis díades mãe-filho por ambiente;
· os berços devem, de preferência, ser de acrílico para o banho e posicionado com uma separação mínima de 2 metros entre si;
· importância de uma cadeira que possa se utilizada para a amamentação para cada díade mãe-filho.
· Exigidos no ALCON todos os materiais e equipamentos necessários para os cuidado com segurança da mãe e do seu bebê.
· Instalações sanitárias do ALCON de acordo com as normas de construção hospitalar do MS.
· Necessidades de recursos humanos para o atendimento da díade mãe-bebê.
A equipe mínima:
· Pediatra: um diarista exclusivo para 20 RN
· Obstetra: um para 20 mães
· Enfermeiro: um para 30 díades
· Auxiliar de enfermagem: um para 8 díades.
A equipe multiprofissional deve ser treinada em aleitamento materno e atuar de maneira integrada e interdisciplinar, voltada às necessidades integrais da díade.
INDICAÇÕES:
· O melhor local para o RN é ao lado da mãe.
· Algumas condições maternas que impedem o cuidado no ALCON: em casos de transferência para UTI ou óbito.
· A única contra-indicação absoluta ao ALCON é a doença infecciosa aguda. 
· As demais situações devem ser analisadas caso a caso.
· Parto cesárea, doença mental, depressão puerperal, dificuldades de deambulação, dentre outras não são contra-indicadas. Merece maior cuidado pela equipe multiprofissional e é indispensável à mãe o direito ao acompanhante.
INDICAÇÕES:
Com relação aos cuidados neonatais:
· peso de nascimento superior a 2.000g;
· idade gestacional (IG) maior que 35 semanas;
· apgar maior que 6 no quinto minuto;
· clinicamente estável.
· Situações como: uso de antibióticos, fototerapia, controle de glicemia e hematócrito, necessidade de hemograma seriado não são por si só, motivo para afastar o bebê do ALCON.
· Referenciados também para o ALCON, bebês portadores de sífilis congênita, toxoplasmose, anomalias congênitas menores, etc.
· O sistema de ALCON não isenta a equipe de sua responsabilidade com os cuidados com o bebê. 
· A mãe deve sentir-se livre, confortável e segura para sua função materna.
· Papel da equipe no apoio ao aleitamento materno e aos cuidados gerais do bebê é muito importante.
· Muitos serviços seguem rotinas diferentes das preconizadas.
· Destacar a importância do sistema de alojamento conjunto para a construção de laços familiares.
VANTAGENS:
1. FACILITAÇÃO DE VÍNCULOS
· Todo nascimento corresponde a um encontro. O RN é a expressão concreta dessa experiência de encontro.
· Os primeiros momentos da mãe com o seu bebê são essenciais para o reforço dos vínculos afetivos.
· É fundamental que o encontro na sala de parto seja duradouro e que possam estar juntos precocemente no ALCON.
· Nos primeiros 40 minutos de vida o bebê sadio, em geral, permanece acordado e alerta, pronto para a interação, o que possibilita ao bebê olhar diretamente para o rosto e os olhos da mãe e do pai.
· O pai já foi reintroduzido no senário do nascimento e oficialmente reconhecido por meio de portaria ministerial.
· Além da dimensão afetiva e social, o vínculo entre mãe e o filho tem também uma dimensão biológica, concreta, representada na gravidez pelo cordão umbilical e após o nascimento pelo seio materno.
· Exame físico na presença dos pais.
· Facilitar a aproximação de familiares (irmãos, avós e demais)que após a alta darão suporte social para que a mãe possa cuidar do filho.
O apoio multiprofissional às famílias oferece suporte emocional e orienta quanto aos direitos em caso se crianças com problemas.
 Trabalho que pode ser definitivo para a redução de maus-tratos como negligência, abuso (físico, sexual e/ou psicológico) e o abandono em todas as dimensões.
· Negligência: privando a criança de algo que ela necessite. Omissão em cuidados básicos: imunização, nutrição, atenção.
· Abandono: 
· selvagem, quando o bebê é deixado em situação de risco;
· protegido, quando a mãe deixa o filho ou o entrega para pessoas ou instituições que ela acredita que possam cuidar melhor.
· Segundo Klaus e colaboradores, um ambiente calmo, nutridor, responsivo e continente durante o parto, o nascimento e os primeiros dias pós-parto pode oferecer aos pais uma nova vivência de paternidade e ajuda-los na formação de vínculos e na criação dos filhos.
· Quando os laços se estabelecem, mesmo diante de uma situação social muito desfavorável, os pais oferecem proteção.
2. PROMOÇÃO AO ALEITAMENTO MATERNO
· Incentivo e a promoção do aleitamento materno exclusivo.
· O sucesso inicial principalmente em primíparas tem como principal aliado o período de permanência no ALCON.
· O aleitamento não deve ser encarado como um ato simples e natural que pode ser praticado sem problemas por todas as mães “normais”. Às vezes o ato de amamentar se torna complexo.
· Muitas mães inexperientes necessitam de orientações quanto a vários aspectos da amamentação.
· Alguns bebês têm dificuldades importantes com a pega.
· Outras vezes, os problemas são físicos, como mamilos planos ou invertidos, fissuras, ingurgitamento, dentre outros.
· Paciência, habilidade e dedicação são importantes. As mães devem ser incentivadas a não desistir.
· Os índices de amamentação exclusiva na alta e nos primeiros meses de vida são maiores quando o cuidado no período puerperal imediato se dá em sistema de ALCON.
3. EDUCAÇÃO EM SAÚDE
· Aprendizado obtido pela experiência supervisionada que o sistema de ALCON permite, quando bem estruturado.
· Orientações com necessidades maiores em primíparas, em comparação com multíparas.
· Segundo as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, apenas o RN “ com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico” devem ficar com suas mães em regime de ALCON,logo após o nascimento.Todo esforço deve ser feito para que mãe e RN tenham alta juntos.
· Conceito de “BEBÊ SADIO”.
· Não exime que ao longo da internação, intercorrências, condições ou morbidades possam levar à necessidade de intervenção por parte da equipe de saúde.
Departamento de Neonatologia da SBP recomenda:
· Alta para RNT, estável, sem intercorrências, deve ser dada após 48h de vida.
· O RN deve retornar entre 48 e 72h após a alta para o ambulatório, para avaliar:
· As condições de amamentação, 
· Detecção de icterícia,
· E outras intercorrências.
Todo esforço deve ser feito para que mãe e RN tenham alta juntos.

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