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TCC NORMAS DE CONTABILIDADE PARA EMPRESAS DO 3 SETOR

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO E ASSUNTOS ESTUDANTIS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Carolina Caramanti Coconesi 
Fernanda Santos Mesquita 
Laíza Neide da Silva Moreira 
 
 
 
 
 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade para Organizações Não 
Governamentais (ONGs) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba/SP 
2021
 
Ana Carolina Caramanti Coconesi 
Fernanda Santos Mesquita 
Laíza Neide da Silva Moreira 
 
 
 
 
 
 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade para Organizações Não 
Governamentais (ONGs) 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial para 
obtenção do Diploma de Graduação em 
Ciências Contábeis, da Universidade de 
Sorocaba. 
 
 
Orientador: Profª. Ma. Graziella Andreia Malagó 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba/SP 
2021 
 
Ana Carolina Caramanti Coconesi 
Fernanda Santos Mesquita 
Laíza Neide da Silva Moreira 
 
 
 
 
 
 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade para Organizações Não 
Governamentais (ONGs) 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial para 
obtenção do Diploma de Graduação em 
Ciências Contábeis, da Universidade de 
Sorocaba. 
 
 
Aprovado em: ____/____/________ 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
 
Prof. Dr. Rafael Ângelo Bunhi Pinto - Orientador 
Universidade de Sorocaba 
 
 
 
Profª. Ma. Graziella Andreia Malagó 
Universidade de Sorocaba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradecemos aos nossos familiares pelo incentivo durante toda nossa caminhada, 
aos professores e orientadores, em especial a Profª Graziella Malagó, pelo apoio 
que com paciência nos orientaram para a realização desse trabalho. Agradecemos a 
Universidade que ao longo da nossa jornada de formação, nos proporcionou 
diversas oportunidades de aprendizado. Agradecemos também as entidades que se 
propuseram responder nosso questionário e a todos que colaboraram direta ou 
indiretamente. 
 
 
 
RESUMO 
 
Este artigo tem como tema as normas brasileiras de contabilidade para 
organizações não governamentais, e tem como objetivo apresentar a aplicação das 
normas à essas entidades e demonstrando a importância do profissional contábil. 
Apresentamos uma pesquisa realizada com o objetivo de verificar se as entidades 
não-governamentais estavam cientes das obrigações contábeis e fiscais e se 
conheciam os demonstrativos para a área. Para a fundamentação teórica 
corroboraram Albuquerque (2006), Almeida (2012), Falconer (1999), Voese (2011) e 
as Normas Brasileiras de Contabilidade para ONGs editadas pelo Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC). Como metodologia, adotamos à pesquisa bibliográfica, 
exploratória e pesquisa de campo com análise de dados por meio da pesquisa 
quantitativa e qualitativa.O resultado que encontramos com a pesquisa foi de que o 
gestor da entidade sempre busca formas de executar as demonstrações contábeis e 
as normas da melhor forma possível. 
Palavras-chave: Contabilidade. ONGs. Normas Brasileiras de Contabilidade. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 8 
2.1 Primeiro Setor: O Estado .................................................................................... 8 
2.2 Segundo Setor: O Mercado ................................................................................ 9 
2.3 Terceiro Setor: Entidades com Iniciativas Privadas de Utilidade Pública ... 10 
2.4 Características do Terceiro Setor .................................................................... 12 
2.5 Normas Brasileiras de Contabilidade para o Terceiro Setor ......................... 13 
2.6 Imunidade tributária .......................................................................................... 15 
2.7 Importância do Profissional de Contabilidade ............................................... 16 
2.8 Suspensão da imunidade ou isenção.............................................................. 17 
2.9 Trabalho não remunerado no Terceiro Setor .................................................. 17 
3. METODOLOGIA ................................................................................................. 18 
4. PESQUISA DE CAMPO COM ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR ............... 21 
5. RESULTADOS DA PESQUISA ......................................................................... 27 
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 28 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29 
 
 
¹ Ana Carolina Caramanti Coconesi do curso de Ciências Contábeis da Universidade de Sorocaba – 
Uniso (00056411@aluno.uniso.br) 
² Fernanda Santos Mesquita do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Sorocaba – Uniso 
(00088356@aluno.uniso.br) 
³ Laiza Neide da Silva Moreira do curso de Ciências Contábeis da Universidade de Sorocaba – Uniso 
(00094931@aluno.uniso.br) 
 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade para Organizações Não 
Governamentais (ONGs) 
Ana Carolina Caramanti Coconesi¹ 
Fernanda Santos Mesquita² 
Laíza Neide da Silva Moreira³ 
RESUMO 
 
Este artigo tem como tema as normas brasileiras de contabilidade para 
organizações não governamentais, e tem como objetivo apresentar a aplicação das 
normas à essas entidades e demonstrando a importância do profissional contábil. 
Apresentamos uma pesquisa realizada com o objetivo de verificar se as entidades 
não-governamentais estavam cientes das obrigações contábeis e fiscais e se 
conheciam os demonstrativos para a área. Para a fundamentação teórica 
corroboraram Albuquerque (2006), Almeida (2012), Falconer (1999), Voese (2011) e 
as Normas Brasileiras de Contabilidade para ONGs editadas pelo Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC). Como metodologia, adotamos à pesquisa bibliográfica, 
exploratória e pesquisa de campo com análise de dados por meio da pesquisa 
quantitativa e qualitativa. O resultado que encontramos com a pesquisa foi que o 
gestor da entidade sempre busca formas de executar as demonstrações e as 
normas contábeis da melhor forma possível. 
Palavras-chave: Contabilidade. ONGs. Normas Brasileiras de Contabilidade. 
1. INTRODUÇÃO 
O presente artigo é intitulado – As Normas Brasileiras de Contabilidade para 
Organizações Não-Governamentais delimitando-se a demonstrar o quão importante 
é a aplicação das normas para esse setor. 
A pergunta que norteou a pesquisa é como as normas brasileiras de 
contabilidade são aplicadas ao terceiro setor. 
Essas entidades precisam ser transparentes e confiáveis com a sociedade e o 
governo, para conseguir novos investimentos, doações e repasses do âmbito 
estadual, federal e municipal. Para que as entidades entreguem relatórios confiáveis 
e com transparência, entra a contabilidade para dar credibilidade e confiabilidade a 
instituições que gostariam de ajudar. 
O objetivo geral foi a busca pelo enquadro das empresas do Terceiro Setor 
nas Normas Brasileiras de Contabilidade. Especificamente enquadrando as ONGs 
7 
 
 
nas normas e demonstrar a importância de um profissional contábil para as 
ONGs. 
Como hipótese de pesquisa, uma das maiores dificuldades das entidades 
sem fins lucrativos é a de elaborar demonstrações contábeis de acordo com as 
normas brasileiras de contabilidade para o terceiro setor, falta de uma boa 
assessoria contábil para auxiliar corretamente e deixar a entidade transparente para 
atender às necessidades dos usuários ligados às empresas sem fins lucrativos e 
manter a contabilidade em dia para que interessados façam doações. 
Os teóricos utilizados para fundamentar a pesquisa foram Albuquerque 
(2006), Almeida (2012), Falconer (1999), Voese (2011) e as Normas Brasileiras de 
Contabilidadepara ONGs editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 
A metodologia adotada na pesquisa, foram as pesquisas bibliográfica, 
documentais e estudos de caso. 
Demonstramos que a grande intenção deste artigo é mostrar que mesmo uma 
Organização Não-Governamental, precisa se organizar e se adequar as Normas 
Contábeis, com isso, trazer benefícios fiscais e trazendo mais confiabilidade para 
seus usuários. Algumas normas estabelecem critérios e procedimentos específicos 
de avaliação e importantes para uma futura auditoria e análise por terceiros. 
Mostramos o que pode ser feito para aplicar as Normas nestas entidades, de 
acordo com as regulamentações do Conselho Federal de Contabilidade e com a 
ajuda de bons profissionais. 
Foi considerado também levantar como hipótese a dificuldade das entidades 
sem fim lucrativo em elaborar as demonstrações financeiras de acordo com as 
normas brasileiras de contabilidade. 
O objetivo foi encontrar formas de adaptar as ONGs com essas normas, para 
facilitar a divulgação das mesmas, resultando em mais transparência para essas 
entidades e também ressaltando a necessidade e importância do profissional da 
contabilidade nesses casos. 
Demonstramos que o artigo tem como referencial teórico o Terceiro Setor e 
nas Normas Brasileiras de Contabilidade para o Terceiro Setor, com o intuito de 
elucidar as maiores dificuldades que uma ONG encontra quando busca se 
enquadrar nas normas. 
Citamos sobre a metodologia utilizada no desenvolvimento deste artigo, 
sendo que optamos pela aplicação da pesquisa exploratória, utilizando das 
8 
 
 
pesquisas bibliográficas e documentais e também os estudos de casos, buscando 
assim uma maior orientação para o desenvolvimento do mesmo. 
O resultado da pesquisa, entendemos que os gestores das entidades estão 
sempre buscando a melhor forma de executar as demonstrações contábeis e 
cumprir as normas, com um profissional “contador” ao lado. Isso mostra que o setor 
contábil tem sido reconhecido e valorizado por entidades do terceiro setor. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
A economia do nosso país está dividida em setores (primeiro, segundo e 
terceiro setor). De acordo com Silva (2018) eles são classificados de acordo com os 
produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Silva (2018) ainda 
diz que estes setores econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento 
econômico de um país ou região”. 
Cada setor possui uma característica própria e diferenciada em relação à 
utilização dos recursos financeiros, ou seja: Primeiro Setor: dinheiro público 
para fins públicos; Segundo Setor: dinheiro privado para fins privados; 
Terceiro Setor: dinheiro privado para fins públicos. (JUNIOR; ARAÚJO; 
SOUZA, (2015) 
 
2.1 Primeiro Setor: O Estado 
Conforme cita Ferreira (2015) em seu artigo, o primeiro setor compreende o 
Estado, mas não como um espaço geográfico, como o estado de São Paulo, por 
exemplo. 
O sentido empregado no primeiro setor à palavra Estado refere-se ao poder 
público e à totalidade de membros que competem este poder, representado 
pelas Prefeituras Municipais, pelos Governos Estaduais e pela Presidência 
da República, sendo que neste último também se incluem Secretarias, 
Ministérios, Autarquias etc. FERREIRA (2015). 
 
Ainda segundo Ferreira (2015), ele cita que a função básica do primeiro setor, 
ou Estado, está na transferência de recursos entre todos os membros de uma 
sociedade a fim de trazer igualdade entre seus indivíduos. O Estado é utilizado 
essencialmente como ferramenta de distribuição de renda e aplicação de bem estar 
social. 
De forma bem resumida Stephen Kanitz (2021), define o primeiro setor como 
o governo, responsável pelas questões sociais. 
9 
 
 
A função básica do primeiro setor, ou estado,está na transferência de 
recursos entre todos os membros de uma sociedade a fim de trazer 
igualdade entre seus indivíduos. O Estado é utilizado essencialmente como 
ferramenta de distribuição de renda e aplicação de bem estar social. 
FERREIRA (2015). 
Para atender às necessidades da sociedade, o governo precisa prestar 
serviços e realizar obras - o que exige gastos. Receita pública é o dinheiro 
que o governo dispõe para manter sua estrutura e oferecer bens e serviços 
à sociedade, como hospitais, escolas, iluminação, saneamentoetc. Para 
poder fazer isso, o governo precisa arrecadar dinheiro e faz isso de diversas 
maneiras. Essa arrecadação vem de impostos, de aluguéis e venda de 
bens, prestação de alguns serviços, venda de títulos do Tesouro Nacional, 
recebimento de indenizações. PORTAL DA TRANSPARÊNCIA (2021) 
 
2.2 Segundo Setor: O Mercado 
Conforme cita Ferreira (2015) em seu artigo sobre o segundo setor, a origem 
do segundo setor se deu há muito tempo atrás, quando surgiu a necessidade do 
comércio entre as pessoas de uma mesma região, proporcionando que houvesse 
trocas de mercadorias com o objetivo da satisfação mútua de necessidades. 
Ferreira (2015) ainda diz que nos dias de hoje, o segundo setor remete às 
empresas privadas que atual em nossa sociedade de forma produtiva, 
independentemente se esta realiza a venda de bens e produtos ou se presta algum 
serviço. Pela sua capacidade de criação de valor e de valores monetários, o 
segundo setor também é conhecido como setor produtivo. 
Já segundo Stephen Kanitz (2021)o segundo setor é o privado, responsável 
pelas questões individuais. 
Diferente do Estado, o mercado privado possui capacidade criativa para 
atender de forma rápida e adequada as diversas necessidades que nós 
possuímos, seja no quesito de transporte, comunicação, alimentação, 
segurança e muitos outros setores. O mercado, em suma, atende de forma 
mais rápida e eficiente os problemas das sociedades, ocupando muitas 
vezes o espaço que, de praxe, seria do setor público como saúde e 
educação privada, por exemplo. (FERREIRA, 2015). 
 
Conforme Ferreira (2015) o mercado, como todos os outros setores, possui falhas: 
 
[...] as falhas de mercado são pontos em que o mercado não é 100% 
eficiente e com isso, este pode causar distorções na economia de 
determinada região, trazendo com isto malefícios aos cidadãos. Um famoso 
exemplo são os casos de monopólio, quando uma empresa domina 
determinado nicho de mercado, não havendo competição justa entre as 
demais concorrentes. 
 
Sobre a harmonia entre o primeiro e o segundo setor Ferreira (2015) diz: 
 
10 
 
 
[...] quando o segundo setor se desenvolve, o primeiro setor tende a 
acompanhá-lo de forma eficiente, trazendo uma melhor harmonia entre a 
divisão de tarefas e poderes e beneficiando a população de determinada 
região. No entanto, se é o primeiro setor quem se desenvolve e se 
sobrepõem sobre os outros, tendemos a ter um país com um Estado 
“grande demais” e intervencionista, o que na maioria das vezes, acaba 
ocasionando problemas para a população. Além disso, um Estado 
autoritário abre margens para a corrupção e a intromissão do mercado 
privado diretamente na política. 
 
Para Ferreira (2015) a situação ideal é aquela em que primeiro, segundo e 
terceiro setor coexistam e realizem suas funções com maestria e distribuídas 
proporcionalmente, trazendo bem estar a nós, cidadãos de um país. 
 
2.3 Terceiro Setor: Entidades com Iniciativas Privadas de Utilidade Pública 
A expressão “terceiro setor” é uma tradução do termo inglês third sector, que 
nos Estados Unidos é usado, junto com outras expressões, como “organizações 
sem fins lucrativos” ou “setor voluntário”.ALBUQUERQUE (2006, p. 17-18). 
As origens das ONGs são citadas por Albuquerque. 
As organizações sociais que hoje compõem o terceiro setor não são uma 
criação dos séculos XX e XXI. Na Europa, na América do Norte e mesmo na 
América Latina, os movimentos associativos tiveram origem nos séculos XVI 
e XVII, inicialmente com caráter religioso ou político. As dissidências 
ocorridas na Europa propiciaram que o trabalho organizado socialmente 
estivesse intimamente relacionadocom o trabalho religioso. 
(ALBUQUERQUE, 2006, p. 21). 
 
De acordo com FERREIRA (2015) o terceiro setor pode ser descrito como 
uma “combinação” entre as funções do primeiro e segundo setores. Nele existem as 
empresas privadas, porém que não visam lucro, como as empresas de mercado que 
compõem o segundo setor. 
As instituições que fazem parte do terceiro setor são conhecidas como as 
ONGs ou Organizações não Governamentais, e geralmente possuem objetivos de 
fins sociais, como educação, saúde, segurança pública etc., no entanto, sem possuir 
ligação direta com o primeiro setor - o Estado -. FERREIRA (2015). 
Segundo Albuquerque, acerca da situação das ONGs no Brasil. 
Paralelamente às transformações políticas e econômicas ocorridas no Brasil 
nas últimas décadas, ocorreram também alterações no papel internacional 
das ONGs. Como reflexo da economia liberal e globalizada, também as 
ONGs criaram redes e fóruns de discussão com seus pares em outros 
países em busca de reconhecimento, aprendizado e troca de experiências. 
(ALBUQUERQUE, 2006, p. 33). 
11 
 
 
Acerca de igrejas e instituições religiosas Albuquerque diz. 
[...] a Igreja, principalmente a católica, teve e tem papel decisivo na 
formação do terceiro setor no Brasil. As Santas Casas foram pioneiras na 
área e, após Proclamação da República, quando da separação entre Estado 
e Igreja, tornaram-se as primeiras organizações sem fins lucrativos do país. 
Instituições ligadas a igrejas protestantes espíritas e afro-brasileiras também 
têm desenvolvido papel importante na conformação do setor no país, ainda 
que numericamente menores. (ALBUQUERQUE, 2006, p. 34). 
 
Albuquerque também disserta acerca de organizações não governamentais e 
movimentos sociais. 
Ambos os termos são mais utilizados pelas agências internacionais. Para 
alguns autores, as ONGs e os movimentos sociais têm origem nos centros 
de educação popular e da promoção social. Trabalham, 
predominantemente, com a defesa de direitos, por meio da capacitação de 
pessoas e da assessoria para mobilização popular, articulação política e 
disseminação de informação. (ALBUQUERQUE, 2006, p. 34). 
 
Para Albuquerque os empreendimentos sem fins lucrativos. 
Embora ainda pequeno, esse setor tem crescido nos últimos anos. Em vez 
de os serviços oferecidos por essas comunidades serem gratuitos, a 
população precisa pagar por eles. É o caso de alguns clubes de futebol, 
instituições culturais, entidades recreativas etc. Essa atuação confere um 
caráter comercial ao tercei setor. (ALBUQUERQUE, 2006, p. 35). 
 
Segundo FALCONER (1999) a emergência do terceiro setor representa, em 
tese, uma mudança de orientação profunda e inédita no Brasil no que diz respeito ao 
papel do Estado e do Mercado e, em particular, a forma de participação do cidadão 
na esfera pública. 
O terceiro setor merece ser reconhecido como um campo social híbrido no 
qual se manifestam os valores de interesse público e não como um conjunto 
de organizações; a gestão peculiar das organizações que atuam nesse 
espaço público se caracteriza por reproduzir valores sociais e por pretender 
resultados que afetam a vida das pessoas, de forma que seus processos 
não podem ser apropriados imediatamente ou copiados de outros modos de 
gestão; a avaliação de impacto que considera fatos alcançados e valores 
transmitidos é fundamental para a gestão neste espaço social. (CABRAL, 
2017). 
 
Como esclarece o SEBRAE (2019), a figura da ONG não existe no 
ordenamento jurídico brasileiro. A sigla é usada de maneira genérica para identificar 
organizações do terceiro setor.Já a qualificação de OSCIP é o reconhecimento 
oficial e legal mais próximo do que se entende por ONG, especialmente porque é 
marcada por exigências legais de prestação de contas referentes a todo o dinheiro 
público recebido do Estado. 
12 
 
 
Uma OSCIP é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de 
entidades privadas atuando em áreas típicas do setor público com interesse 
social, que podem ser financiadas pelo Estado ou pela iniciativa privada 
sem fins lucrativos, ou seja, as entidades típicas do terceiro setor. A OSCIP 
está prevista no ordenamento jurídico brasileiro como forma de facilitar 
parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgão públicos 
(federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por 
empresas possam ser descontadas no imposto de renda. (SEBRAE, 2019). 
 
Segundo Paes (2013), o Terceiro Setor é conjunto de organismos, 
organizações ou instituições sem fins lucrativos dotados de autonomia e 
administração própria que apresentam como função e objetivo principal atuar 
voluntariamente na sociedade civil visando ao seu aperfeiçoamento. 
Segundo Fernandes (1994), as organizações que compõe o terceiro setor 
são: 
[...] 1. Entidades tradicionais religiosas e laicas: abrangem não somente os 
templos de qualquer culto, direito garantido na constituição, mas todas as 
entidades criadas e mantidas por tais entidades.[...] 2. Entidades 
paraestatais: como exemplo, temos os partidos políticos e sindicatos.[...] 3. 
Organizações não governamentais: organizações consideradas herdeiras 
dos movimentos sociais e que militam a defesa dos direitos humanos e 
atividades relacionadas à mobilização popular, articulação política, 
disseminação de informação, entre outros.[...] 4. Entidades associativas: 
entidades que trabalham tendo em vista o benefício ou uma causa comum 
dos seus associados, tais como associação de moradores do bairro, de 
defesa de praça dentre outros.[...] 5. Entidades de iniciativa empresarial: 
são fundações empresariais ou filantropia dos empresários.[...] 6. 
Empreendimentos de serviços no terceiro setor: referentes à 
comercialização que ocorre nos clubes de futebol, instituições culturais e 
nos campos de saúde e educação.(FERNANDES, 1994, p. 36). 
 
Segundo Niyama e Silva (2011) A contabilidade do terceiro setor é o 
instrumento necessário para que o doador de recursos pudesse aferir se o trabalho 
social feito pela entidade está alcançando os objetivos pretendidos. 
 
2.4 Características do Terceiro Setor 
De acordo com o CFC, (2008, p. 23), as organizações do terceiro setor 
apresentam as seguintes características: 
 
Quadro 01: Características do Terceiro Setor. 
 Características do Terceiro Setor 
I Promoção de ações voltadas para o bem-estar comum da coletividade; 
II Manutenção de finalidades não-lucrativas; 
III Adoção de personalidade jurídica adequada aos fins sociais; 
IV Atividades financiadas por subvenções do primeiro setor e doações do 
13 
 
 
segundo setor e de particulares; 
V 
Aplicação do resultado das atividades econômicas que, porventura, 
exerçam nos fins sócias a que se destina; 
VI 
Desde que cumpra requisitos específicos, é fomentado por renúncia fiscal 
do Estado. 
Fonte: CFC (2008). 
Elaborado pelas autoras. 
 
Olak e Nascimento (2009) também apresentam algumas características 
contábeis específicas para as entidades que pertencem ao Terceiro Setor, como por 
exemplo: 
 
Quadro 02: Características Contábeis do Terceiro Setor. 
 Características Contábeis do Terceiro Setor 
I 
O lucro é utilizado para a manutenção e continuidade de funcionamento das 
entidades, não constituindoretorno de investimento para quem doou dinheiro; 
sendo um meio para atingir os objetivos e não um fim; 
II A missão é transformar pessoas, por conseguintes, mudanças sociais; 
III O patrimônio é da sociedade, não podendo ser repartido entre os membros; 
IV Principal fonte de recursos é oriunda de contribuições, doações e subvenções; 
V Imunidade tributária referente a impostos; 
Fonte: OLAK, P. A.; NASCIMENTO, D. T. Contabilidade para entidades sem fins lucrativos (Terceiro 
Setor). 2. ed. São Paulo: Atlas,2009. 
Elaborado pelas autoras. 
 
2.5 Normas Brasileiras de Contabilidade para o Terceiro Setor 
Antigamente, existiam Normas Brasileiras de Contabilidade, consolidadas e 
integradas pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade)específicas para a 
aplicação ao Terceiro Setor, tendo como as principais: 
Tabela 1 – NBC T 10.4 - Fundações 
NBC T 10.4 – Fundações 
A NBC T 10.4 refere-se às fundações, ela determina procedimentos específicos e 
critérios de avaliação, da estruturação das demonstrações contábeis das 
fundações, bem como os registros contábeis. 
Fonte: Portal de Contabilidade. NBC T 10.4 – Fundações. Disponível em: 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t10.4.htm. Acesso em 25 nov. 2020. 
 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t10.4.htm
14 
 
 
Tabela 2 - NBC T 10.18 - Entidades Sindicais e Associações de Classe 
NBC T 10.18 - Entidades Sindicais e Associações de Classe 
A NBC T 10.18 refere-se as entidades sindicais e associações de classe, ela 
estabelece os critérios e procedimentos específicos da avaliação de registros 
contábeis e da estruturação das demonstrações contábeis das entidades sindicais 
e associações de classe, destina-se e aplica-se a qualquer entidade sindical seja 
qual for o seu nível, sejam elas confederações, centrais, federações e sindicatos 
ou até mesmo associações de trabalhadores. 
Fonte: Portal de Contabilidade. NBC T 10.18 – Entidades Sindicais e Associações de Classe. 
Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1018.htm. Acesso em: 25 nov. 2020. 
 
Tabela 3 - NBC T 10.19 – Entidades Sem Finalidade de Lucro 
NBC T 10.19 – Entidades Sem Finalidade de Lucro 
A NCB T 10.19 essa norma aplica-se as entidades de direito privado sem fins 
lucrativos e como as outras citadas acima, estabelece critérios e procedimentos 
específicos de avaliação, de registros dos componentes, de variações patrimoniais 
e de estruturação das demonstrações contábeis bemcomo também as 
informações mínimas que devem ser divulgadas nas notas explicativas das 
entidades sem fins lucrativos. 
Fonte: Portal de Contabilidade. NBC T 10.19 –Entidades Sem Finalidade de Lucro. Disponível em: 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1019.htm. Acesso em: 23 nov. 2020. 
 
Atualmente, essas Normas citadas acima foram revogadas e, com isso, foi 
consolidado pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade) a NBC TE – 
Entidade Sem Finalidade de Lucros, tratando dos seguintes assuntos: 
objetivo, alcance, definições, reconhecimento, registro contábil, utilização de 
contas de compensação, demonstrações contábeis e notas explicativas. 
Essa norma (NBC TE) é aplicada as entidades cujos lucros não se revertem 
aos detentores do Patrimônio Líquido, constituídas na forma de fundações, 
associações, organizações religiosas de direito privado, partido político e 
entidade sindical.(Resolução Conselho Federal de Contabilidade – CFC Nº 
1, 2016). 
 
Esta norma estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, do 
registro dos componentes e variações patrimoniais, de estruturação das 
demonstrações contábeis e as informações mínimas a serem divulgadas em notas 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1018.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1019.htm
15 
 
 
explicativas da entidade sem finalidade de lucros. (Resolução Conselho Federal de 
Contabilidade – CFC Nº 1, 2016). 
 
2.6 Imunidade tributária 
De acordo com Szazi (2006), a respeito da constituição federal. 
A Constituição Federal, em seu artigo 150, inciso VI, alínea c, estabelece 
que é vedado à União, aos Estados,ao Distrito Federal e aos municípios 
instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei. Mais adiante no parágrafo 4º, estabelece que as vedações 
compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados 
com as atividades essenciais das entidades. (SZAZI, 2006, p. 45). 
 
Segundo Szazi (2006), acerca da consideração de uma instituição. 
Para ser considerada uma instituição de educação e assistência social, não 
basta, portanto, que o estatuto social preveja a condição de que a entidade 
seja “sem fins lucrativos”, mas também que, desde sua criação, fique 
claramente demonstrado, pelo objetivo e pela prática cotidiana, que a 
entidade não se destina a satisfação de interesses de seus instituidores ou 
dirigentes, mas, à realização de atividades de caráter altruístico, voltadas ao 
interesse coletivo e ao desenvolvimento e bem-estar da comunidade em 
que atua. (SZAZI, 2006, p. 46). 
 
Nas citações de Szazi (2006), sobre a imunidade tributária. 
A imunidade tributária, é uma das formas de expressão de renúncia fiscal e, 
com o segundo requisito do artigo 14 do CTN, quer o Estado assegurar que 
os recursos que ele deixou de arrecadar, venham a ser aplicados na 
atenção, assistência e desenvolvimento da população brasileira e nas 
atividades estatuariamente fixadas pelos instituidores. (SZAZI, 2006, p. 48). 
 
O autor Szazi (2006), diz que a respeito do fundamento. 
O fundamento é obvio: o Estado brasileiro, notoriamente incapaz de atender 
a todas as demandas que a sociedade pede e que utiliza a renúncia fiscal 
como uma maneira de incentivar os cidadãos para a realização de 
atividades que visem o desenvolvimento social do país. Assim, não só o 
Estado, mas também o povo brasileiro - destinatário final dos recursos 
arrecadados por impostos -, esperam que os recursos sejam efetivamente 
aqui aplicados, especialmente na execução de programas que visem o 
bem-estar comum da população. (SZAZI, 2006, p. 48). 
 
As entidades “sem fins lucrativos” que são constituídas e sirvam para 
ácoletividade, podem ser declaradas como utilidade pública, Szazi (2006) cita que 
poderão ser declaradas de utilidade pública, na forma do estatuído na lei 91, de 
28/08/1935, regulamentada pelo Decreto 50.517, de 2/5/1961, mediante ato do 
ministro da Justiça. 
16 
 
 
É importante dizer que, as entidades também podem possuir diversos títulos 
públicos para garantir os benefícios e com eles, aplicar à sociedade o serviço de 
assistência social, respaldados da Lei. 
De acordo com Szazi (2006), as entidades devem se manter adequadas e na 
escrituração de suas receitas e despesas, com um profissional contábil habilitado, e 
com livros que darão um suporte na correção dos lançamentos efetuados. Toda a 
documentação deve estar em dia com o fisco e de acordo com os princípios 
contábeis e as entidades devem atender ao constante no capítulo “NBC T 10 – Dos 
aspectos contábeis específicos em entidades diversas”, que está integrado na 
Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Segundo Szazi (2006)os livros deverão estar registrados em Cartório de 
Registro de Pessoas Jurídicas, tendo suas páginas numeradas e escrituradas, sem 
rasuras, na ordem cronológicas dos fatos contábeis, demonstrando informações que 
possam ter uma identificação da origem e do destino da transação que foi efetuada. 
Os arquivos devem ser mantidos na sede da entidade ou na sede do responsável 
contábil. 
Nas citações de Szazi (2006), sobre o enquadramento para usufruir da 
imunidade assegurada pela Constituição, a entidade deve cumprir os requisitos 
fixados nos diversos incisos do artigo 12 da Lei 9.532/97. 
I – Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços 
prestados (salvo se a entidade for qualificada como OSCIP); 
II- Aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento 
de seus objetivos sociais (regra antiga); 
III – manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros 
revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão (idem 
item anterior). (SZAZI, 2006, p. 50). 
 
2.7 Importância do Profissional de Contabilidade 
De acordo com Araújo (2015), a Contabilidade tem papel fundamental, essa 
ciência é fundamental para as igrejas, associações e demais entidades do terceiro 
setor, uma vez que, por meio dela, é possível evidenciar as diversas formas de 
captação de recursos, obtenção e manutenção de certificações e como eles estão 
sendo aplicados. 
Ainda segundo Araújo (2015), são os profissionaisda Contabilidade que 
garantem o crescimento e a continuidade de diversas entidades, possibilitando a 
17 
 
 
melhor atuação perante a sociedade, uma vez que ninguém fornecerá recursos 
financeiros para uma instituição que não tem crédito, não tem informações 
confiáveis relacionadas aos recursos e a real situação patrimonial das entidades. 
Um dos propósitos das organizações sem fins lucrativos, popularmente 
conhecidas como ONGs, é gerar serviços de caráter público, como os 
sociais, filantrópicos, culturais, recreativos, religiosos, artísticos, entre 
outros. Uma vez que o terceiro setor têm suas obrigações legais a cumprir, 
principalmente as tributárias, é fato que necessita da Contabilidade para 
planejar, executar e manter um sistema de informação para cada entidade, 
provendo-a com dados econômicos e financeiros sobre seu patrimônio e 
suas variações. (ARAÚJO, 2015). 
 
2.8 Suspensão da imunidade ou isenção 
Assim como as ONGs conseguem adquirir a imunidade ou isenção de tributos 
federais, se elas não seguirem as regras e normas estipuladas pelo Governo 
Federal, elas podem perder esses benefícios. 
Segundo Szazi (2006), acerca da suspensão da imunidade ou isenções. 
Se a autoridade fiscal verificar que a entidade beneficiária da imunidade ou 
isenção está descumprindo requisito ou condição prevista na lei, expedirá 
notificação circunstanciada, com a indicação dos fatos que determinam a 
suspensão do benefício e da data da ocorrência da infração. No prazo de 
trinta dias, contados da ciência da notificação, a entidade poderá apresentar 
sua defesa, fazendo constar alegações e provas que julgar necessárias. 
(SZAZI, 2006, p. 69). 
 
As entidades passam pelo julgamento de um delegado ou o inspetor da 
Receita Federal segundo Szazi (2006). 
O delegado ou o inspetor da Receita Federal decidirá do acolhimento ou 
não das alegações e provas apresentadas, expedindo o ato declaratório 
suspensivo do benefício, no caso de improcedência, ou, se decorrido o 
referido prazo de trinta dias sem manifestação da parte interessada, dando, 
de sua decisão, ciência a entidade.(SZAZI, 2006, p. 69). 
 
2.9 Trabalho não remunerado no Terceiro Setor 
Nas entidades do terceiro setor, é grande o número de pessoas que se 
voluntariam para trabalhar, de acordo com Szazi (2006), essa proporção de 
pessoas, se dá por 16% da população acima de 18 anos e se transformar o total de 
horas trabalhadas no equivalente á jornada de tempo integral, vamos ter um número 
representativo de 333.000 pessoas. 
Szazi (2006) traz que, o trabalho não-remunerado é exercido pelos 
voluntários e foi caracterizado pela Lei 9.608/98 
18 
 
 
Como a atividade não-remunerada prestada por pessoa física a entidade 
pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não-lucrativos 
que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos 
ou de assistência social, inclusive mutualidade. Segundo a lei, o serviço 
voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação de natureza 
trabalhista, previdenciária ou afim. (SZAZI, 2006, p. 78). 
 
3. METODOLOGIA 
A metodologia adotada para realização deste trabalho está em concordância 
tanto com a documentação indireta, que “toda pesquisa implica o levantamento de 
dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas 
empregadas.” (LAKATOS;MARCONI, 2003, p. 174), quanto com a documentação 
direta, que “constitui-se, em geral, no levantamento de dados no próprio local onde 
os fenômenos ocorrem.” (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 186). 
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 174) temos a pesquisa bibliográfica: 
Abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, 
desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, 
monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação 
orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. 
(LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 183). 
 
O tipo de pesquisa adotado para realização deste artigo é o de abordagem 
exploratória. Em razão de que na pesquisa estávamos explorando os problemas que 
as ONGs (Organizações Não-Governamentais) enfrentam para se adequar às 
Normas Brasileiras de Contabilidade. Como afirma Furlanetti e Nogueira (2014, p. 
11). “A pesquisa exploratória tem por finalidade a descoberta de práticas ou 
diretrizes que precisam ser modificadas bem como a obtenção de alternativas ao 
conhecimento científico existente”. 
Essa pesquisa foi essencial, pois segundo Lakatos e Marconi (2003). 
Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir 
informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se 
procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, 
ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. (LAKATOS: 
MARCONI, 2003, p. 185). 
 
Lakatos e Marconi (2003), ainda complementa. 
As fases da pesquisa de campo requerem, em primeiro lugar, a realização 
de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. Ela servirá, como 
primeiro passo, para se saber em que estado se encontra atua1mente o 
problema, que trabalhos já foram realizados a respeito e quais são as 
opiniões reinantes sobre o assunto. Como segundo passo, permitirá que se 
estabeleça um modelo teórico inicial de referência, da mesma forma que 
auxiliará na determinação das variáveis e elaboração do plano geral da 
19 
 
 
pesquisa. Em segundo lugar, de acordo com a natureza da pesquisa, deve-
se determinar as técnicas que serão empregadas na coleta de dados e na 
determinação da amostra, que deverá ser representativa e suficiente para 
apoiar as conclusões. Por último, antes que se realize a coleta de dados é 
preciso estabelecer tanto as técnicas de registro desses dados como as 
técnicas que serão utilizadas em sua análise posterior. (LAKATOS; 
MARCONI, 2003, p. 185). 
 
A amostragem também foi importante para tirar conclusões sobre as 
informações que queríamos, pois nos ajudou a selecionar o público-alvo da 
pesquisam, para que conseguíssemos obter informações mais consistentes sobre o 
tema. 
De modo geral, os levantamentos abrangem um universo de elementos tão 
grande que se torna impossível considerá-los em sua totalidade. Por essa 
razão, o mais frequente é trabalhar com uma amostra, ou seja, com uma 
pequena parte dos elementos que compõem o universo. Quando essa 
amostra é rigorosamente selecionada, os resultados obtidos no 
levantamento tendem a aproximar-se bastante dos que seriam obtidos caso 
fosse possível pesquisar todos os elementos do universo. E, com o auxílio 
de procedimentos estatísticos, torna-se possível até mesmo calcular a 
margem de segurança dos resultados obtidos. (GIL, 2002, p. 121). 
 
O questionário foi elaborado visando responder ao objetivo geral e também 
aos específicos: enquadro das empresas do Terceiro Setor nas Normas Brasileiras 
de Contabilidade, enquadrando as ONGs nas normas e demonstrar a importância de 
um profissional contábil para as ONGs. 
Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma 
série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem 
a presença do entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionário 
ao informante, pelo correio ou por um portador (hoje se faz por e-mail); 
depois de preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo. 
(LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 200). 
 
A coleta de informações desenvolveu-se no contexto com perguntas sobre o 
tema e com o consentimento do público-alvo. Por esse motivo, antes de preencher o 
questionário, os participantes demonstraram disposição em colaborar com a 
pesquisa e expressaram livremente sua aceitação do preenchimento da mesma. 
Para atender às nossas necessidades, o método de abordagem do problema 
for através de dois modelos de pesquisa: qualitativa e quantitativa. 
De acordo com ALYRIO (2009, p. 4) a pesquisa qualitativa: é o estudo de um 
objeto, buscando interpretá-lo em termos do seu significado.Neste sentido, a análise 
considera mais a subjetividade do pesquisador. O objetivo é considerar a totalidade, 
e não dados ou aspectos isolados. 
20 
 
 
ALYRIO (2009, p. 4) completa ao dizer que o método de pesquisa 
quantitativa: 
Este método é utilizado nos casos em que se procura identificar 
quantitativamente o nível de conhecimento, as opiniões, impressões, 
hábitos, comportamentos: quando se procura observar o alcance do tema, 
do ponto de vista do universo pesquisado, em relação a um produto, 
serviço, comunicação ou instituição. Pode-se, por exemplo, analisar o que 
ocorre no mercado na sua totalidade ou em partes, conforme a amostra 
com a qual se trabalha.(ALYRIO, 2009, p. 4). 
 
A respeito da pesquisa qualitativa Gil (2002) diz que: 
A análise qualitativa é menos formal do que a análise quantitativa, pois 
nestaúltima seus passos podem ser definidos de maneira relativamente 
simples. A análisequalitativa depende de muitos fatores, tais como a 
natureza dos dados coletados,a extensão da amostra, os instrumentos de 
pesquisa e os pressupostos teóricosque nortearam a investigação. Pode-se, 
no entanto, definir esse processo como uma sequência de atividades, que 
envolve a redução dos dados, a categorizaçãodesses dados, sua 
interpretação e a redação do relatório. (GIL, 2002, p. 133). 
 
Gil (2002), fala a respeito da categorização de dados: 
A categorização consiste na organização dos dados de forma que o 
pesquisador consiga tomar decisões e tirar conclusões a partir deles. Isso 
requer a construção de um conjunto de categorias descritivas, que podem 
ser fundamentadas no referencial teórico da pesquisa. Nem sempre, porém, 
essas categorias podem ser definidas de imediato. Para se chegar a elas, é 
preciso ler e reler o material obtido até que se tenha o domínio de seu 
conteúdo para, em seguida, contrastá-lo com o referencial teórico. Essas 
leituras sucessivas possibilitam a divisão do material em seus elementos 
componentes, sem perder de vista sua relação com os demais 
componentes. (GIL, 2002, p. 134). 
 
E ainda complementa falando a respeito da interpretação de dados Gil (2002). 
Para que um estudo de campo tenha valor, é necessário que seja capaz de 
acrescentar algo ao já conhecido. Isso não significa, porém, que deva 
obrigatoriamente culminar num conjunto de proposições capazes de 
proporcionar nova perspectiva teórica ao problema. Um estudo de campo 
pode ser reconhecido como válido quando se mostrar capaz de levantar 
novas questões ou hipóteses a serem consideradas em estudos futuros. 
(GIL, 2002, p. 134). 
 
Portanto, a pesquisa qualitativa é essencial para explicar os dados coletados 
por meio desta pesquisa sem uso numérico e informações contábeis. Já análise 
quantitativa é usada para a medição numérica, análise de dados e nos serviu para a 
elaboração dos gráficos presentes. 
 
21 
 
 
4. PESQUISA DE CAMPO COM ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR 
 Inicialmente, buscamos extrair dessas entidades, a sua área de atuação, o 
tempo em que atuam no terceiro setor e o conhecimento na contabilidade de seus 
dirigentes. Tal questionário teve o propósito de analisar o quanto as entidades estão 
atualizadas e cientes que é importante ter um controle contábil e saber quais são as 
demonstrações que mostram o resultado do seu trabalho financeiro. 
Para coleta de dados foi realizado uma pesquisa de campo em formato de 
questionário online através da plataforma Google Forms. Este questionário dispunha 
de doze questões abertas e fechadas, das quais cinco eram abertas e sete 
fechadas, das sete questões fechadas, cinco tinham respostas de “sim” ou “não” e 
duas eram questões para assinalar o que a entidade detinha de conhecimento. 
A disponibilização da pesquisa se deu através de e-mail, além do contato 
telefônico que foi feito antes de enviarmos a pesquisa por e-mail. O intuito da 
realização desta pesquisa foi verificar se as entidades tinham conhecimento acerca 
das obrigações e importância da contabilidade. 
Após a coleta de dados, fizemos uma análise quantitativa e com base nela 
fizemos a construção de gráficos para demonstrar os resultados obtidos. Ao 
aplicarmos a análise qualitativa, foi possível identificarmos que as entidades 
detémsim, o conhecimento das obrigações e da importância que a contabilidade trás 
para a mesma. 
Essas entidades responderam o formulário por livre e espontânea vontade, 
com isso tivemos as seguintes respostas: 
Primeiramente questionamos o nome das entidades que responderam o 
formulário, no entanto como não obtivemos a autorização para usar o nome das 
mesmas, vamos utilizar nomes fictícios como ONG 1, ONG 2 e ONG 3. 
Em seguida questionamos qual a área de atuação destas entidades, 
obtivemos as seguintes respostas: ONG 1 “conjugar esforços para a solução de 
problemas comunitários e para a melhora das condições de vida da população 
carente”; ONG 2 “assistência social” e ONG 3 “trabalho na promoção humana, 
assistência e desenvolvimento social e integral a crianças, adolescentes, jovens e 
famílias em situação de risco social”. 
22 
 
 
Logo questionamos também a quanto tempo a entidade em questão está 
atuando, foram nos passada as seguintes respostas: ONG 1 “13/08/1968 – 52 anos”; 
ONG 2 “53 anos” e ONG 3 “desde 12/10/2005 – 15 anos”. 
A próxima questão demonstrada no gráfico abaixo, refere-se se à entidade 
tinha um escritório de contabilidade terceirizado, ou não. 
Gráfico 1
 
Elaborado pelas autoras. 
 
Como pode-se observar no gráfico acima, das pessoas que se depararam 
com a pesquisa, todas têm um escritório de contabilidade terceirização que é 
responsável por todas as obrigações. 
Para entendermos melhor se os dirigentes destas entidades detinham o 
conhecimento acerca dos demonstrativos contábeis fizemos a seguinte questão 
apresentada no gráfico 2. 
Sim
Não
23 
 
 
Gráfico 2
 
Elaborado pelas autoras. 
 
Com isso observamos que os dirigentes dizem conhecer os demonstrativos 
contábeis, baseando-se nesta questão, também buscamos saber quais destes 
demonstrativos estas entidades conhecem (gráfico 3). 
Gráfico 3 
 
Elaborado pelas autoras. 
 
Assim, podemos observar que das três entidades todas responderam que tem 
conhecimento a respeito do balanço patrimonial, do demonstrativo de resultado e do 
Sim
Não
24 
 
 
balancete, no entanto apenas uma tem conhecimento a respeito do demonstrativo 
de mutação do patrimônio líquido. 
Seguindo, no gráfico abaixo (gráfico 4) foi questionado se os dirigentes das 
entidades sabiam quais as obrigações da contabilidade. 
Gráfico 4
 
Elaborado pelas autoras. 
 
Podemos observar que todos responderam que sim tinham conhecimento a 
respeito das obrigações da contabilidade. Com isso questionamos quais dessas 
obrigações eles conheciam (gráfico 5). 
Sim
Não
25 
 
 
Gráfico 5
 
Elaborado pelas autoras. 
 
Desta forma, podemos ver que os dirigentes destas entidades conhecem 
algumas obrigações sim, no entanto desconhecem outras, como observado as três 
entidades conhecem a DIRF, RAIS e o e-Social, mas apenas uma conhece a ECF e 
nenhuma detém conhecimento a respeito da DCTF. 
A próxima pergunta demonstrada no gráfico abaixo (gráfico 6), refere-se a 
importância da contabilidade para a ONG. 
Gráfico 6
 
Sim
Não
26 
 
 
Elaborado pelas autoras. 
 
Podemos observar que todas responderam que “sim” julgam a contabilidade 
importante. 
Desta forma, a próxima questão tinha como objetivo extrair destas entidades 
quais os benefícios que a contabilidade traria. Obtivemos as seguintes respostas: 
ONG 1 “transparência e segurança nas questões fiscais”; ONG 2 “transparência e 
segurança no apoio às ações da ONG de modo a possibilitar a atuação social seja 
efetivamente concretizada” e ONG 3 “oferecendo suporte essencial para que as 
exigências fiscais e trabalhistas sejam cumpridas, possibilitando e facilitando a 
prática das ações da ONG em benefício da demanda atendida”. Assim observamosque as ONGs (2021)aqui pesquisadas pactuam dos mesmos pensamentos, ou seja, 
todas apontaram que o maior benefício é a transparência e segurança que a 
contabilidade traz. 
A última questão tratava-se do conhecimento das entidades a respeito das 
normas brasileiras de contabilidade das ONGs (gráfico 7). 
Gráfico 7
 
Elaborado pelas autoras. 
 
Observamos aqui que as entidades têm conhecimento “sim” a respeito das 
Normas Brasileira de Contabilidade das ONGs. 
 
Sim
Não
27 
 
 
5. RESULTADOS DA PESQUISA 
Percebemos com a pesquisa que as entidades estão conscientes de que a 
contabilidade é essencial para o bom funcionamento das atividades exercidas e para 
transparecer mais confiabilidade afimde captar novos recursos e melhorar no 
desempenho da entidade. 
Nos últimos anos a legislação e as normas contábeis se atualizaram, fazendo 
com que surgissem normas específicas para cada ramo, e terceiro setor ganhou um 
certo destaque na NBC T10, especificando como devem ser elaboradas e 
apresentadas que são: o Balanço Patrimonial (BP) da ONG, que é, a Demonstração 
de Resultado da ONG (DRE), sendo necessário apresentar as informações em 
relação as gratuidades concedidas e os serviços prestados pelos voluntários, assim 
como a Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) e as Notas 
explicativas (NE). 
 Com a chegada das normas internacionais de contabilidade (International 
Financial Reporting Standards – IFRS), as entidades sem fins lucrativos também 
tiveram que se adequar também as normas internacionais. 
De acordo com a vice-presidente Técnica do CFC, Verônica Souto Maior, 
(2015, apud Juliana Oliveira, 2015) as alterações realizadas na ITG 2002 têm como 
objetivo melhor esclarecer sobre o tratamento contábil que deve ser dispensado às 
subvenções e ao trabalho voluntário. Ainda de acordo com Verônica, o novo texto da 
ITG 2002 estabelece que as subvenções concedidas a pedido, e em caráter 
individual, devem ser reconhecidas como receitas no resultado das entidades, e as 
que são concedidas pelo Estado a todas as entidades sem fins lucrativos não devem 
ser registradas como receitas. Esclarece ainda que, o trabalho dos integrantes da 
administração das entidades deve ser incluído como trabalho voluntário e que os 
tributos objeto de renúncia fiscal não precisam ser registrados como se fossem 
devidos, bastando relacioná-los nas notas explicativas. 
Contudo as ONGs deveram estar de acordo com todas as normas e 
legislações para que possam transmitir confiabilidade e transparência ao governo, 
doares e usuários. 
 
28 
 
 
6. CONCLUSÃO 
Diante de toda pesquisa e desenvolvimento da mesma, foi visto que esses 
tipos de organizações apresentam uma série de peculiaridades em relação aos 
entes públicos e as entidades privadas, principalmente no que tange os aspectos 
contábeis, as entidades buscam se adequar a realidade da contabilidade e estão em 
dia com as obrigações ao fisco. Para ter confiabilidade nas demonstrações e 
estarem de acordo com a normas, vimos que é fundamental a orientação e 
assessoria de um escritório de contabilidade ou um contador autônomo, para obter 
títulos de gratuidade e demais benefícios para a entidade. 
Respondendo aos objetivos deste artigo demonstramos a importância de 
estabelecer critérios e procedimentos específicos de avaliação e reconhecimento 
das estruturações das demonstrações contábeis e se adequar sempre as normas 
contábeis específicas ao terceiro setor. 
Identificamos que de acordo com Código Civil, as entidades pessoas jurídicas 
estabelecidas no Terceiro Setor, podem constituir como associações, fundações, 
organizações religiosas e partidos políticos e a elas podem ser atribuídas 
certificações e títulos que permitem delas gozarem de benefícios, como imunidades 
e isenções. 
Vale ressaltar que a contabilidade por meio de seus registros favorece 
diretamente a transparência e prestação de contas nestas organizações. E seus 
instrumentos como os demonstrativos contábeis que possibilitam aos usuários 
internos e externos avaliarem suas operações financeiras, sendo possível contribuir 
e promover a credibilidade destas entidades. 
Para finalizar, durante as pesquisas, entendemos que os gerentes das 
entidades buscam sempre o melhor caminho, com um profissional contábil ao lado, 
para realizar demonstrações contábeis e se adequar as normas. Isso demonstra que 
a profissão de contador é reconhecida e valorizada pelas entidades do terceiro setor. 
 
 
29 
 
 
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