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COORDENAÇÃO DOS PROJETOS DE ARQUITETURA E 
ENGENHARIA 
 
A coordenação dos projetos de Arquitetura e Engenharia é definida nas 
etapas iniciais de um empreendimento e se caracterizam por um grande 
volume de informações reunidas que irão servir como parâmetro na elaboração 
da gestão e da evolução do planejamento. 
As características ou diretrizes dos projetos têm por finalidade relacionar 
previamente os elementos decisórios conforme o interesse do cliente, 
orientados e compilados tecnicamente por um gestor da obra, bem como 
definido no processo de desenvolvimento dos trabalhos a serem 
desenvolvidos. 
O gerenciamento de projetos é a aplicação dos conhecimentos, 
habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades de um projeto, objetivando 
atender ou exceder as necessidades e expectativas do cliente e de nossa 
empresa, naquele projeto (PARTICELLI, 2002). 
Segundo Nocera (2006), um projeto é constituído por cinco fases 
distintas, que compõem o ciclo de vida do mesmo, que são: Iniciação, 
planejamento, controle, execução e finalização. Em cada etapa de um projeto 
se ramificam outras etapas e procedimentos necessários para a administração 
apropriada de uma obra. 
Em cada fase é exposta a sua função, relevância no processo e o 
modelo prático de formulário para o devido acompanhamento, sendo aplicado a 
cada processo no modelo de gerenciamento OPCA, ou seja, Organização, 
Planejamento, Controle e Aperfeiçoamento das atividades. Essa forma 
pretende demonstrar a maneira simples e eficaz de controlar a execução e o 
andamento de uma obra, obtendo resultados significativos, como maiores lucros 
nos empreendimentos (NOCERA, 2006). 
O plano de gerenciamento de projetos é a base principal para o sucesso 
do empreendimento. A partir das ideias iniciais, a equipe deverá expor e 
registrar o escopo do projeto de forma a caracterizá-lo da melhor maneira. 
Os objetivos de um projeto determinado pelo cliente devem ser claros. 
Para definir os limites do projeto, devem-se relacionar de forma organizada 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
todos os itens que o compõem. 
O gerenciamento de projetos é um processo contínuo e dinâmico 
durante toda a sua execução e se desenvolve de acordo com um trabalho em 
equipe, sendo de extrema importância a existência do fator humano e técnico. 
O trabalho de coordenação na elaboração de projetos constitui-se em 
uma tarefa complexa cuja eficiência dependerá a qualidade do projeto 
resultante, justificando-se, portanto, a adoção de procedimentos 
metodologicamente estabelecidos, que visem orientar simultaneamente os 
vários profissionais, estabelecendo um adequado fluxo de informações entre 
eles, além de conduzir as decisões a serem tomadas no desenvolvimento do 
projeto. (THOMAZ, 2001). 
Para a execução do planejamento de projetos, precisam-se considerar 
os fatores espaço e tempo, prevendo as possíveis interferências que podem 
existir entre as diversas atividades no decorrer da obra.Um ponto importante no 
planejamento consiste em organizar claramente o conteúdo de um projeto, com 
todos os seus elementos como memórias de cálculo, estudo de materiais e 
mão de obra. 
A gestão dos projetos é a aplicação de habilidades e técnicas na 
elaboração e controle de atividades relacionadas para atingir um conjunto de 
objetivos predefinidos. 
Um bom gestor de projetos procura atingir metas estabelecidas dentro 
do prazo, custo e qualidade esperados. As vantagens de um projeto bem 
gerenciado resumem-se na execução não ter diferenças significativas do 
estudo e do planejamento original (PRADO, 2001). O gerenciador ou gestor de 
obras é o profissional centralizador do processo, e deve ser capacitado para 
integrar os projetos, traduzir os anseios do empreendedor e coordenar a equipe 
de projetistas. 
Segundo Prado (2001), o gestor de obras deve possuir as 
seguintes características: 
• Possuir nível técnico; 
• Ter conhecimento de técnicas de liderança; 
• Ter conhecimento técnico e experiência nas áreas envolvidas 
(etapas de projetos, execução de obras, cronograma de obras, custos); 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
• Ter conhecimento da normativa institucional (normas 
municipais, normas técnicas, legislação pertinente, etc.); 
• Ter conhecimento das diretrizes dos projetos a serem 
empregadas. 
ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO 
 
Na maioria das empresas construtoras a atividade de compatibilização 
de projetos acontece apenas na fase de elaboração dos projetos executivos, 
porque a falta de análise desses elementos acarretam alterações onerosas e 
podem comprometer a qualidade do empreendimento. 
 
FIGURA - COORDENAÇÃO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O processo de coordenação de projetos apresenta, na maior parte dos 
casos, a seguinte estrutura: 
• Projeto Arquitetônico; 
• Estrutural; 
• Elétrico; 
• Hidráulico; 
• Outros projetos. 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
Para melhorar a estrutura de planejamento é recomendável iniciar a 
coordenação dos projetos na fase de estudo preliminar com a inclusão de 
diversos fatores como custos, fornecedores e equipes de trabalho, 
coordenados da seguinte forma: 
Coordenação das equipes de projeto e execução em fases de estudo 
preliminar e anteprojeto 
 
 
 
 
A coordenação entre a equipe de projeto e a equipe de gerenciamento 
deve ser feita, de preferência, pelo gerente da obra (técnico, engenheiro ou 
arquiteto) que, para desempenhar corretamente suas funções, deve estar 
envolvido no empreendimento desde o seu início. Para o desenvolvimento de 
uma cultura de equipe, é importante estruturar uma organização de tal forma 
que proporcione eficiência tanto no processo de decisão como no processo 
de execução. 
No processo de decisão, devem ser consideradas as experiências do 
maior número possível de pessoas. Para isso, pode ser necessário que os 
Projetos: 
- Arquitetônic
o 
- Estrutural 
- Elétrico 
- Hidráulico 
- Outros 
Resultados 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
Decisões: 
- Equipe própria 
- Fornecedores 
- Tecnologia 
- Custos 
Reuniões 
periódicas 
de 
coordenaçã
Otimização 
 
- Informação 
- Custos 
- Materiais 
- Recursos 
- Tempo 
Execução: 
- Gerente de obra 
- Mestre de obra 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
membros de uma equipe busquem opiniões dentro de suas próprias equipes, 
antes que uma decisão seja tomada. 
O tempo gasto nessas reuniões antes do trabalho, na busca de soluções 
otimizadas é um bom investimento, uma vez que é comprovado ao longo do 
tempo ser mais econômico realizar alterações na fase de planejamento do que 
durante a execução da obra. 
Para um correto funcionamento do processo de comunicação é 
necessário limitar o tamanho do grupo. O tamanho ideal é em torno de 5 a 9 
participantes; sendo no máximo 12 participantes, sendo um o coordenador. 
Na fase de execução, entretanto, tal procedimento não é viável, pois 
despende muito tempo. Nessa fase não se aplica discussões sobre questões 
básicas e, assim que uma decisão for tomada, as pessoas envolvidas devem 
seguir fielmente o procedimento determinado. A estrutura organizacional 
hierárquica passa a ser mais adequada segundo o esquema a seguir: 
 
FIGURA - EXEMPLO DE ESTRUTURA HIERÁRQUICA DE 
ORGANIZAÇÃO PARA O PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
 
As etapas e todas as fases de um projeto podem ser representadas por 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
um fluxograma geral. Nele estão definidos também os momentos em que as 
reuniões de coordenação são fundamentais para o prosseguimento dos 
trabalhos de planejamento. 
 
FIGURA - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA DE UM CICLO COMPLETO 
DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃOFONTE: (COSTA, 1995). 
 
As principais fases de uma obra que devem ser analisadas em um 
fluxograma pelo gestor de obra são: 
• A preparação do empreendimento; 
• A elaboração do projeto; 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
• A preparação para execução; 
• A execução; 
• A entrega da obra. 
 
Segundo Costa (1995), a compatibilização é a atividade de gerenciar e 
integrar projetos correlatos, visando um perfeito ajuste entre os mesmos e 
conduzindo para a obtenção dos padrões de controle de qualidade total de uma 
determinada obra. 
O objetivo da compatibilização de projetos consiste em eliminar ou 
minimizar os conflitos entre especialidades em uma obra, simplificando a 
execução e otimizando a utilização de materiais e da mão de obra, bem como a 
subsequente manutenção. 
A compatibilidade é definida como atributo do projeto, cujos 
componentes dos sistemas, ocupam espaços que não conflitam entre si e, 
além disso, os dados compartilhados tenham consistência e confiabilidade até 
o final do processo de projeto e obra (GRAZIANO, 2003). 
O Projeto é definido como descrição gráfica e escrita das propriedades 
de um serviço ou obra de Engenharia ou Arquitetura, definindo seus atributos 
técnicos, econômicos, legais e financeiros (NBR-5674 - 1999); uma atividade 
criativa, intelectual, baseada em conhecimentos técnicos e na experiência 
possibilitando um processo de otimização (GRAZIANO, 2003). 
A compatibilização de projetos é a atividade que torna os projetos 
compatíveis, proporcionando encontrar soluções integradas entre as diversas 
áreas de um empreendimento. 
Segundo Picchi (1993), a compatibilização de projetos compreende a 
atividade de sobrepor os vários projetos e identificar as interferências, bem 
como programar reuniões, entre os diversos projetistas e a coordenação, com 
o objetivo de resolver interferências que tenham sido detectadas. 
Para Rodríguez e Heineck (2001), a compatibilização deve acontecer 
em cada uma das seguintes etapas do projeto: estudos preliminares, 
anteprojeto, projetos legais e projeto executivo, indo de uma integração geral 
das soluções até as verificações de interferências geométricas das mesmas. 
FIGURA - COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS DE OBRAS DE 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.intland.com/blog/customer-story-
managing-a-construction-project- with-codebeamer/>. 
 
ESTUDO PRELIMINAR 
 
O estudo preliminar corresponde à etapa inicial do planejamento de uma 
obra, neste momento faz-se necessário efetuar verificações detalhadas do 
empreendimento. 
A análise da viabilidade técnica e econômica da construção, que vai 
desde a escolha do local a estudos geotécnicos e topográficos, para verificar 
se há alguma interferência significativa que possa vir a trazer problemas 
futuros. 
De acordo com GEHBAUER (2002), o planejamento deve ser 
desenvolvido de forma acentuada, desde os primeiros estudos que envolvem o 
empreendimento, procurando-se as melhores alternativas para orientar as 
decisões. 
Além das características reais de cada projeto, devem ser discutidos no 
planejamento do estudo preliminar: 
 
• Escopo dos serviços; 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/
http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/
http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/
 
 
• Local de execução dos serviços, facilidades e dificuldades dos 
locais; 
• Prazos de mobilização, de execução dos serviços, e 
desmobilização; 
• Documentos integrantes do pedido (projetos, especificações, 
planilhas de quantidades, etc.); 
• Atribuições e responsabilidades da contratada – relativas à 
execução dos serviços, a mão de obra, fornecimento de materiais e 
equipamentos; 
• Atribuições e responsabilidades da contratante; 
• Sistema de contratação e pagamento; 
• Reajuste de preços; 
• Critério de medição dos serviços executados; 
• Critério de aceitação dos serviços; 
• Considerações sobre serviços extracontratuais; 
• Cláusulas relativas à multa; 
• Critérios de garantia dos serviços; 
 
Na fase de estudo preliminar é definida a geometria do edifício e do 
sistema construtivo a ser empregado. Nesta definição são verificados os 
principais fatores condicionantes relacionados com o terreno, função do edifício 
e plástica desejada. 
As informações obtidas nesta fase são a base para a verificação da 
viabilidade de desenvolvimento do projeto, tanto para a organização como para 
o cliente. 
O sistema construtivo, que caracterizará o edifício, é o ponto de partida 
para a definição de vários outros aspectos técnicos como o sistema estrutural, 
os materiais e os métodos de execução a serem empregados. 
 
 
FIGURA - SISTEMAS CONSTRUTIVOS MAIS COMUNS 
 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
 
 
O ANTEPROJETO 
 
Nessa fase já devem estar definidas as soluções de projeto e 
desenvolvidos detalhes básicos de execução de diversos trabalhos como 
estrutura, cobertura, fachada e acabamentos que têm influência direta na 
execução da obra. Para isso, é indispensável um trabalho conjunto dos 
arquitetos com os projetistas de instalações prediais, e também com o 
calculista e a construtora. 
Com base no anteprojeto arquitetônico, os projetistas das instalações 
prediais complementarão e aperfeiçoarão os seus projetos e, da mesma forma, 
os engenheiros responsáveis pela estrutura e pela fundação irão definir, 
dimensionar e posicionar os elementos estruturais da construção. 
Cabe ao arquiteto, nessa e em outras fases, a tarefa fundamental em 
verificar todos os trabalhos realizados pelos projetistas técnicos e pelo 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
calculista, coordenando- os, conferindo eventuais incompatibilidades entre eles 
e efetuar, se necessário, alterações nos projetos, para corrigi-los. Para que 
possa realizar este trabalho com maior segurança e rapidez, é necessária a 
presença dos representantes das diversas áreas nas reuniões de coordenação 
dos projetos. 
As soluções propostas podem ser defendidas e analisadas em conjunto, 
abreviando o período de reavaliações e alterações dos projetos. 
Em projetos de maior complexidade, é conveniente integrar no 
planejamento já nesta fase, a empresa construtora ou as empreiteiras, 
aproveitando sua maior experiência e know-how, no que diz respeito à 
possibilidade de execução do projeto. 
O trabalho deve ser coordenado para que não haja perda ou desvio de 
informações. 
É fundamental também que estas informações fluam com rapidez dentro 
de toda a equipe de planejamento e, para que tudo isso funcione, é 
indispensável a figura do gerente de projeto que, como foi visto, faz a ligação 
entre a equipe de projeto, construtora, empreiteiras e fornecedores. 
Tendo sido implementado o anteprojeto, torna-se possível a elaboração 
de um memorial descritivo, contendo todos os elementos do projeto a executar, 
sendo que cada ambiente será identificado individualmente, com suas 
respectivas características. 
 
FIGURA - EXEMPLO DE UM MEMORIAL DESCRITIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (GEHBAUER, 2002). 
 
Na fase do anteprojeto devem-se realizar inúmeras pesquisas de 
mercado, na busca de materiais, produtos e soluções técnicas, que 
garantam a maior qualidade conforto, funcionalidade e qualidade estética, 
dentro dos padrões predefinidos para o empreendimento em estudo. 
As pesquisas realizadasconsideram os aspectos de acústica (proteção 
e isolamento), o isolamento térmico, a impermeabilização e a qualidade das 
instalações hidráulica, elétrica, solução na proteção contra descargas elétricas, 
etc. 
As escolhas são na maioria das vezes, acompanhadas por técnicos das 
respectivas áreas. 
 
 
O PROJETO EXECUTIVO 
 
O projeto executivo consiste em um conjunto de desenhos e 
informações desenvolvidos a partir do anteprojeto arquitetônico, do pré-
dimensionamento estrutural, dos anteprojetos de instalações prediais e da 
definição dos elementos principais do acabamento. Eles apresentam um nível 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
de detalhamento muito maior e devem estar aptos a servir como diretriz para a 
execução da obra. 
É ideal dar-se início ao projeto executivo depois que o alvará para a 
construção tenha sido concedido. Porém, devido aos prazos que se impõem 
esta regra nem sempre é praticável, e muitas vezes o projeto executivo é 
iniciado com base na documentação do anteprojeto ou do projeto legal ainda 
não aprovado. 
 
Descrição de um projeto executivo 
A primeira etapa do projeto executivo consiste na transposição das 
medidas dos anteprojetos arquitetônico e estrutural para uma escala maior e 
mais detalhada. 
As instalações prediais são incluídas neste projeto apenas os 
shafts e as caixas dos elevadores com suas respectivas dimensões. 
O projeto executivo, elaborado neste nível, é entregue ao calculista e 
aos projetistas das instalações prediais do edifício. Com base nele, o calculista 
elabora o primeiro projeto estrutural executivo, em que são posicionados, 
numerados e pré- dimensionados todos os elementos estruturais do edifício, 
sejam estes de aço, concreto, alvenaria ou outro material. 
Paralelamente, é feita uma cotação detalhada de todo o Projeto 
Executivo, que inclui o dimensionamento estrutural feito pelo calculista. 
Os projetistas complementares incluem no projeto executivo, os vazios e 
furos que devem ser previstos nos elementos estruturais, para a passagem de 
tubulações e eletrodutos. 
Eles definem também, de acordo com a necessidade, a posição de 
guias ou chumbadores, que devem ser colocados no interior dos elementos de 
concreto para a ancoragem de equipamentos pesados das instalações prediais 
ou do acabamento. 
 
FIGURA - PROJETO DE OBRA 
 
 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
<http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos-
projetistas.html>. 
 
Nessa fase de projeto, devem estar definidos o posicionamento e as 
dimensões de todos os grandes equipamentos que fazem parte das 
instalações prediais da edificação, para que eles sejam considerados no 
cálculo estrutural. 
Todos esses dados são inseridos no Projeto Executivo, em um processo 
em que o projeto circula entre os especialistas das diversas áreas, seguindo 
uma sequência lógica, que deve ser de preferência: 
ventilação/condicionamento de ar central, hidrossanitário, calefação, sprinkler e 
elétrico; em função do grau de influência destas instalações na estrutura e 
também da flexibilidade destas em relação às alterações propostas pela 
compatibilização. 
Principalmente nessa fase, o coordenador de projetos, ou 
compatibilizador, tem que assumir a importante tarefa de conciliar os desejos e 
as necessidades dos calculistas, dos demais projetistas, da construtora e do 
cliente; buscando soluções para os conflitos de interesses desses, geralmente 
relacionados com custos, facilidade de execução e qualidade. 
A coordenação desta equipe de profissionais e as soluções encontradas 
nas reuniões de compatibilização resultam no Projeto Executivo em fase de 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos-projetistas.html
http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos-projetistas.html
 
 
execução. 
Nele ficam definidos, com exatidão, o posicionamento e dimensão das 
aberturas e furos na estrutura e nas paredes da edificação, previstos para a 
passagem de elementos das instalações prediais. 
Outros projetistas complementares (exemplo: impermeabilização, 
acústica) irão também determinar alguns parâmetros de execução, que 
resultarão em dados que devem ser incluídos no projeto. Isso torna clara a 
necessidade de coordenação do projeto estrutural, dos projetos de instalações 
prediais e do acabamento, durante a elaboração do projeto arquitetônico 
executivo. 
São processos que seguem paralelos, em uma constante troca de 
informações, sendo que, ao contrário do que ocorre habitualmente, os projetos 
de instalações prediais e de acabamento devem ser concluídos antes do 
projeto arquitetônico executivo, para que possam ser incorporados a este. 
A partir dos dados do projeto executivo, dos detalhes da obra bruta e 
dos elementos estruturais pré-moldados, o calculista elabora um novo projeto 
estrutural, que passa a conter, também, todos os vazados e furos para a 
passagem das instalações, todos os elementos pré-moldados e de ancoragem, 
assim como suas dimensões. 
A fase de elaboração do projeto executivo é encerrada com o 
levantamento de quantitativos, que é uma listagem de todos os materiais a 
serem utilizados na obra 
bruta e no acabamento, com as respectivas quantidades. Para a 
elaboração desta lista, parte-se da documentação definitiva do projeto, corrigida 
e atualizada. 
 
Recomendações para uma coordenação eficiente dos projetos 
executivos 
 
• Na fase de projeto executivo devem ser tomadas as decisões 
que têm influência significativa sobre os custos de execução da obra. 
Entretanto, a possibilidade de alterar os custos, no sentido de reduzi-los, diminui 
consideravelmente à medida que se finaliza a fase de planejamento. Depois de 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
iniciada a obra, deve-se evitar alterações no projeto executivo. 
 
• Recomenda-se que as tarefas de coordenação, necessárias 
para um bom planejamento, sejam assumidas pelas próprias construtoras. 
Elas possuem as condições necessárias para a realização destas tarefas, 
uma vez que realizam seus próprios empreendimentos e dispõem, assim, de 
dados concretos sobre os recursos disponíveis, além de conhecerem bem as 
características e condicionantes dos empreendimentos a serem realizados. 
 
• A coordenação dos projetos implica uma constante troca de 
informações entre arquitetos, engenheiros, calculistas, projetistas técnicos e a 
empresa de construção. Essa troca de informações deve ser garantida por 
meio de reuniões regulares de compatibilização. O intervalo entre as reuniões, 
assim como a escolha dos participantes, dependem do estágio em que se 
encontra o projeto. Nessas ocasiões, deve-se dar especial atenção à fixação 
de prazos e à definição dos responsáveis pelas diferentes tarefas, para que o 
planejamento tenha um desenvolvimento ininterrupto e controlável. Os 
resultados destas reuniões devem ser registrados em atas, que a seguir serão 
distribuídas não apenas aos participantes das reuniões, mas a todos os 
envolvidos na execução do projeto. Nestas reuniões é frequente a necessidade 
de elaborar croquis e alterar desenhos apresentados, para que as propostas e 
decisões sobre a forma de executar determinadas partes da obra sejam mais 
bem compreendidas pelos envolvidos (GEHBAUER, 2002). 
 
FIGURA - EXEMPLO DE UM FORMULÁRIO SIMPLIFICADO PARA 
UMA ATA DE REUNIÃO DE OBRA 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
 
 
 
FIGURA - EXEMPLO DE CROQUI UTILIZADO EM REUNIÕES DE 
PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://construcaoedesign.com/category/desenho/>. 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
http://construcaoedesign.com/category/desenho/AN02FREV001/REV 4.0 
32 
• Esses desenhos e alterações devem ser documentados e fazem 
parte da ata da reunião. Para maior controle de informações, recomenda-se 
fazer um arquivo que contenha todos os detalhes da obra, apontando sua 
localização dentro do projeto executivo, o desenhista responsável, data de 
elaboração e, se for o caso, código da ata de reunião em que foi elaborado ou 
alterado. Tais detalhes devem estar presentes no escritório e no canteiro de 
obras, com a antecedência necessária para a preparação da execução. 
 
 
CANTEIRO DE OBRAS 
 
Um canteiro de obras necessita estar executado com as devidas 
instalações de forma planejada, possibilitando coordenar e organizar a 
produção dos diversos trabalhos conforme as indicações definidas em projeto. 
Sua definição segundo a NR-18 Condições e Meio Ambiente de 
Trabalho na Indústria da Construção (Norma Regulamentadora) canteiro de 
obras é a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações 
de apoio e execução de uma obra. 
Essa norma tem a função de normatizar procedimentos e foi elaborada 
em conjunto com construtoras, órgãos profissionais e trabalhadores, para 
estabelecer diretrizes e exigências diversas, esse inter-relacionamento e fluxo 
de recursos visa evitar desperdícios de materiais, mão de obra, tempo, defeitos 
e de equipamentos dadas a sua relação direta com a produtividade e qualidade 
durante a execução da obra, além disso, deve ser de forma econômica com 
flexibilidade de modo a aperfeiçoar o espaço disponível. 
 
FIGURA - CANTEIRO DE OBRAS DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL 
 
 
 
 
 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA IMPLANTAÇÃO 
 
O planejamento logístico orienta na execução dos trabalhos e no fluxo 
de materiais, sendo seu objetivo principal, minimizar os percursos dos 
transportes mais volumosos e frequentes dentro do canteiro de obras. 
Apesar do caráter relativamente provisório do canteiro de obras, é 
fundamental que o dimensionamento e a distribuição das suas instalações e 
equipamentos sejam planejados adequadamente, para que os trabalhos 
possam ser executados de forma contínua. 
O planejamento insuficiente do canteiro provoca frequentemente custos 
adicionais que podem ser evitados; estes custos ocorrem geralmente devido à 
implantação de recursos operacionais mal dimensionados ou inadequados, ou 
pela necessidade de correções onerosas no decorrer da obra (GEHBAUER, 
2002). 
As instalações de um canteiro de obras dependem principalmente dos 
seguintes fatores: 
• Condições do local da obra: possibilidades de 
abastecimento, área disponível, possibilidades de acesso; 
• Tipo e tamanho da obra: volume total e tipo dos insumos 
a serem usados na construção; 
• Métodos de produção: produção em sequência,
 simultânea ou cadenciadas; 
• Técnicas de transporte: dimensões e pesos dos materiais 
a serem transportados; 
• Tempo de construção e planejamento da execução da obra: distribuição no tempo dos transportes maiores; 
• Recursos operacionais disponíveis: número de
 trabalhadores, máquinas e equipamentos; 
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