Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COORDENAÇÃO DOS PROJETOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA A coordenação dos projetos de Arquitetura e Engenharia é definida nas etapas iniciais de um empreendimento e se caracterizam por um grande volume de informações reunidas que irão servir como parâmetro na elaboração da gestão e da evolução do planejamento. As características ou diretrizes dos projetos têm por finalidade relacionar previamente os elementos decisórios conforme o interesse do cliente, orientados e compilados tecnicamente por um gestor da obra, bem como definido no processo de desenvolvimento dos trabalhos a serem desenvolvidos. O gerenciamento de projetos é a aplicação dos conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades de um projeto, objetivando atender ou exceder as necessidades e expectativas do cliente e de nossa empresa, naquele projeto (PARTICELLI, 2002). Segundo Nocera (2006), um projeto é constituído por cinco fases distintas, que compõem o ciclo de vida do mesmo, que são: Iniciação, planejamento, controle, execução e finalização. Em cada etapa de um projeto se ramificam outras etapas e procedimentos necessários para a administração apropriada de uma obra. Em cada fase é exposta a sua função, relevância no processo e o modelo prático de formulário para o devido acompanhamento, sendo aplicado a cada processo no modelo de gerenciamento OPCA, ou seja, Organização, Planejamento, Controle e Aperfeiçoamento das atividades. Essa forma pretende demonstrar a maneira simples e eficaz de controlar a execução e o andamento de uma obra, obtendo resultados significativos, como maiores lucros nos empreendimentos (NOCERA, 2006). O plano de gerenciamento de projetos é a base principal para o sucesso do empreendimento. A partir das ideias iniciais, a equipe deverá expor e registrar o escopo do projeto de forma a caracterizá-lo da melhor maneira. Os objetivos de um projeto determinado pelo cliente devem ser claros. Para definir os limites do projeto, devem-se relacionar de forma organizada file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br todos os itens que o compõem. O gerenciamento de projetos é um processo contínuo e dinâmico durante toda a sua execução e se desenvolve de acordo com um trabalho em equipe, sendo de extrema importância a existência do fator humano e técnico. O trabalho de coordenação na elaboração de projetos constitui-se em uma tarefa complexa cuja eficiência dependerá a qualidade do projeto resultante, justificando-se, portanto, a adoção de procedimentos metodologicamente estabelecidos, que visem orientar simultaneamente os vários profissionais, estabelecendo um adequado fluxo de informações entre eles, além de conduzir as decisões a serem tomadas no desenvolvimento do projeto. (THOMAZ, 2001). Para a execução do planejamento de projetos, precisam-se considerar os fatores espaço e tempo, prevendo as possíveis interferências que podem existir entre as diversas atividades no decorrer da obra.Um ponto importante no planejamento consiste em organizar claramente o conteúdo de um projeto, com todos os seus elementos como memórias de cálculo, estudo de materiais e mão de obra. A gestão dos projetos é a aplicação de habilidades e técnicas na elaboração e controle de atividades relacionadas para atingir um conjunto de objetivos predefinidos. Um bom gestor de projetos procura atingir metas estabelecidas dentro do prazo, custo e qualidade esperados. As vantagens de um projeto bem gerenciado resumem-se na execução não ter diferenças significativas do estudo e do planejamento original (PRADO, 2001). O gerenciador ou gestor de obras é o profissional centralizador do processo, e deve ser capacitado para integrar os projetos, traduzir os anseios do empreendedor e coordenar a equipe de projetistas. Segundo Prado (2001), o gestor de obras deve possuir as seguintes características: • Possuir nível técnico; • Ter conhecimento de técnicas de liderança; • Ter conhecimento técnico e experiência nas áreas envolvidas (etapas de projetos, execução de obras, cronograma de obras, custos); file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br • Ter conhecimento da normativa institucional (normas municipais, normas técnicas, legislação pertinente, etc.); • Ter conhecimento das diretrizes dos projetos a serem empregadas. ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO Na maioria das empresas construtoras a atividade de compatibilização de projetos acontece apenas na fase de elaboração dos projetos executivos, porque a falta de análise desses elementos acarretam alterações onerosas e podem comprometer a qualidade do empreendimento. FIGURA - COORDENAÇÃO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL O processo de coordenação de projetos apresenta, na maior parte dos casos, a seguinte estrutura: • Projeto Arquitetônico; • Estrutural; • Elétrico; • Hidráulico; • Outros projetos. file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br Para melhorar a estrutura de planejamento é recomendável iniciar a coordenação dos projetos na fase de estudo preliminar com a inclusão de diversos fatores como custos, fornecedores e equipes de trabalho, coordenados da seguinte forma: Coordenação das equipes de projeto e execução em fases de estudo preliminar e anteprojeto A coordenação entre a equipe de projeto e a equipe de gerenciamento deve ser feita, de preferência, pelo gerente da obra (técnico, engenheiro ou arquiteto) que, para desempenhar corretamente suas funções, deve estar envolvido no empreendimento desde o seu início. Para o desenvolvimento de uma cultura de equipe, é importante estruturar uma organização de tal forma que proporcione eficiência tanto no processo de decisão como no processo de execução. No processo de decisão, devem ser consideradas as experiências do maior número possível de pessoas. Para isso, pode ser necessário que os Projetos: - Arquitetônic o - Estrutural - Elétrico - Hidráulico - Outros Resultados FONTE: (GEHBAUER, 2002). Decisões: - Equipe própria - Fornecedores - Tecnologia - Custos Reuniões periódicas de coordenaçã Otimização - Informação - Custos - Materiais - Recursos - Tempo Execução: - Gerente de obra - Mestre de obra file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br membros de uma equipe busquem opiniões dentro de suas próprias equipes, antes que uma decisão seja tomada. O tempo gasto nessas reuniões antes do trabalho, na busca de soluções otimizadas é um bom investimento, uma vez que é comprovado ao longo do tempo ser mais econômico realizar alterações na fase de planejamento do que durante a execução da obra. Para um correto funcionamento do processo de comunicação é necessário limitar o tamanho do grupo. O tamanho ideal é em torno de 5 a 9 participantes; sendo no máximo 12 participantes, sendo um o coordenador. Na fase de execução, entretanto, tal procedimento não é viável, pois despende muito tempo. Nessa fase não se aplica discussões sobre questões básicas e, assim que uma decisão for tomada, as pessoas envolvidas devem seguir fielmente o procedimento determinado. A estrutura organizacional hierárquica passa a ser mais adequada segundo o esquema a seguir: FIGURA - EXEMPLO DE ESTRUTURA HIERÁRQUICA DE ORGANIZAÇÃO PARA O PROCESSO DE EXECUÇÃO FONTE: (GEHBAUER, 2002). As etapas e todas as fases de um projeto podem ser representadas por file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br um fluxograma geral. Nele estão definidos também os momentos em que as reuniões de coordenação são fundamentais para o prosseguimento dos trabalhos de planejamento. FIGURA - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA DE UM CICLO COMPLETO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃOFONTE: (COSTA, 1995). As principais fases de uma obra que devem ser analisadas em um fluxograma pelo gestor de obra são: • A preparação do empreendimento; • A elaboração do projeto; file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br • A preparação para execução; • A execução; • A entrega da obra. Segundo Costa (1995), a compatibilização é a atividade de gerenciar e integrar projetos correlatos, visando um perfeito ajuste entre os mesmos e conduzindo para a obtenção dos padrões de controle de qualidade total de uma determinada obra. O objetivo da compatibilização de projetos consiste em eliminar ou minimizar os conflitos entre especialidades em uma obra, simplificando a execução e otimizando a utilização de materiais e da mão de obra, bem como a subsequente manutenção. A compatibilidade é definida como atributo do projeto, cujos componentes dos sistemas, ocupam espaços que não conflitam entre si e, além disso, os dados compartilhados tenham consistência e confiabilidade até o final do processo de projeto e obra (GRAZIANO, 2003). O Projeto é definido como descrição gráfica e escrita das propriedades de um serviço ou obra de Engenharia ou Arquitetura, definindo seus atributos técnicos, econômicos, legais e financeiros (NBR-5674 - 1999); uma atividade criativa, intelectual, baseada em conhecimentos técnicos e na experiência possibilitando um processo de otimização (GRAZIANO, 2003). A compatibilização de projetos é a atividade que torna os projetos compatíveis, proporcionando encontrar soluções integradas entre as diversas áreas de um empreendimento. Segundo Picchi (1993), a compatibilização de projetos compreende a atividade de sobrepor os vários projetos e identificar as interferências, bem como programar reuniões, entre os diversos projetistas e a coordenação, com o objetivo de resolver interferências que tenham sido detectadas. Para Rodríguez e Heineck (2001), a compatibilização deve acontecer em cada uma das seguintes etapas do projeto: estudos preliminares, anteprojeto, projetos legais e projeto executivo, indo de uma integração geral das soluções até as verificações de interferências geométricas das mesmas. FIGURA - COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS DE OBRAS DE file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em: <http://www.intland.com/blog/customer-story- managing-a-construction-project- with-codebeamer/>. ESTUDO PRELIMINAR O estudo preliminar corresponde à etapa inicial do planejamento de uma obra, neste momento faz-se necessário efetuar verificações detalhadas do empreendimento. A análise da viabilidade técnica e econômica da construção, que vai desde a escolha do local a estudos geotécnicos e topográficos, para verificar se há alguma interferência significativa que possa vir a trazer problemas futuros. De acordo com GEHBAUER (2002), o planejamento deve ser desenvolvido de forma acentuada, desde os primeiros estudos que envolvem o empreendimento, procurando-se as melhores alternativas para orientar as decisões. Além das características reais de cada projeto, devem ser discutidos no planejamento do estudo preliminar: • Escopo dos serviços; file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/ http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/ http://www.intland.com/blog/customer-story-managing-a-construction-project-with-codebeamer/ • Local de execução dos serviços, facilidades e dificuldades dos locais; • Prazos de mobilização, de execução dos serviços, e desmobilização; • Documentos integrantes do pedido (projetos, especificações, planilhas de quantidades, etc.); • Atribuições e responsabilidades da contratada – relativas à execução dos serviços, a mão de obra, fornecimento de materiais e equipamentos; • Atribuições e responsabilidades da contratante; • Sistema de contratação e pagamento; • Reajuste de preços; • Critério de medição dos serviços executados; • Critério de aceitação dos serviços; • Considerações sobre serviços extracontratuais; • Cláusulas relativas à multa; • Critérios de garantia dos serviços; Na fase de estudo preliminar é definida a geometria do edifício e do sistema construtivo a ser empregado. Nesta definição são verificados os principais fatores condicionantes relacionados com o terreno, função do edifício e plástica desejada. As informações obtidas nesta fase são a base para a verificação da viabilidade de desenvolvimento do projeto, tanto para a organização como para o cliente. O sistema construtivo, que caracterizará o edifício, é o ponto de partida para a definição de vários outros aspectos técnicos como o sistema estrutural, os materiais e os métodos de execução a serem empregados. FIGURA - SISTEMAS CONSTRUTIVOS MAIS COMUNS file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br FONTE: (GEHBAUER, 2002). O ANTEPROJETO Nessa fase já devem estar definidas as soluções de projeto e desenvolvidos detalhes básicos de execução de diversos trabalhos como estrutura, cobertura, fachada e acabamentos que têm influência direta na execução da obra. Para isso, é indispensável um trabalho conjunto dos arquitetos com os projetistas de instalações prediais, e também com o calculista e a construtora. Com base no anteprojeto arquitetônico, os projetistas das instalações prediais complementarão e aperfeiçoarão os seus projetos e, da mesma forma, os engenheiros responsáveis pela estrutura e pela fundação irão definir, dimensionar e posicionar os elementos estruturais da construção. Cabe ao arquiteto, nessa e em outras fases, a tarefa fundamental em verificar todos os trabalhos realizados pelos projetistas técnicos e pelo file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br calculista, coordenando- os, conferindo eventuais incompatibilidades entre eles e efetuar, se necessário, alterações nos projetos, para corrigi-los. Para que possa realizar este trabalho com maior segurança e rapidez, é necessária a presença dos representantes das diversas áreas nas reuniões de coordenação dos projetos. As soluções propostas podem ser defendidas e analisadas em conjunto, abreviando o período de reavaliações e alterações dos projetos. Em projetos de maior complexidade, é conveniente integrar no planejamento já nesta fase, a empresa construtora ou as empreiteiras, aproveitando sua maior experiência e know-how, no que diz respeito à possibilidade de execução do projeto. O trabalho deve ser coordenado para que não haja perda ou desvio de informações. É fundamental também que estas informações fluam com rapidez dentro de toda a equipe de planejamento e, para que tudo isso funcione, é indispensável a figura do gerente de projeto que, como foi visto, faz a ligação entre a equipe de projeto, construtora, empreiteiras e fornecedores. Tendo sido implementado o anteprojeto, torna-se possível a elaboração de um memorial descritivo, contendo todos os elementos do projeto a executar, sendo que cada ambiente será identificado individualmente, com suas respectivas características. FIGURA - EXEMPLO DE UM MEMORIAL DESCRITIVO file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br FONTE: (GEHBAUER, 2002). Na fase do anteprojeto devem-se realizar inúmeras pesquisas de mercado, na busca de materiais, produtos e soluções técnicas, que garantam a maior qualidade conforto, funcionalidade e qualidade estética, dentro dos padrões predefinidos para o empreendimento em estudo. As pesquisas realizadasconsideram os aspectos de acústica (proteção e isolamento), o isolamento térmico, a impermeabilização e a qualidade das instalações hidráulica, elétrica, solução na proteção contra descargas elétricas, etc. As escolhas são na maioria das vezes, acompanhadas por técnicos das respectivas áreas. O PROJETO EXECUTIVO O projeto executivo consiste em um conjunto de desenhos e informações desenvolvidos a partir do anteprojeto arquitetônico, do pré- dimensionamento estrutural, dos anteprojetos de instalações prediais e da definição dos elementos principais do acabamento. Eles apresentam um nível file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br de detalhamento muito maior e devem estar aptos a servir como diretriz para a execução da obra. É ideal dar-se início ao projeto executivo depois que o alvará para a construção tenha sido concedido. Porém, devido aos prazos que se impõem esta regra nem sempre é praticável, e muitas vezes o projeto executivo é iniciado com base na documentação do anteprojeto ou do projeto legal ainda não aprovado. Descrição de um projeto executivo A primeira etapa do projeto executivo consiste na transposição das medidas dos anteprojetos arquitetônico e estrutural para uma escala maior e mais detalhada. As instalações prediais são incluídas neste projeto apenas os shafts e as caixas dos elevadores com suas respectivas dimensões. O projeto executivo, elaborado neste nível, é entregue ao calculista e aos projetistas das instalações prediais do edifício. Com base nele, o calculista elabora o primeiro projeto estrutural executivo, em que são posicionados, numerados e pré- dimensionados todos os elementos estruturais do edifício, sejam estes de aço, concreto, alvenaria ou outro material. Paralelamente, é feita uma cotação detalhada de todo o Projeto Executivo, que inclui o dimensionamento estrutural feito pelo calculista. Os projetistas complementares incluem no projeto executivo, os vazios e furos que devem ser previstos nos elementos estruturais, para a passagem de tubulações e eletrodutos. Eles definem também, de acordo com a necessidade, a posição de guias ou chumbadores, que devem ser colocados no interior dos elementos de concreto para a ancoragem de equipamentos pesados das instalações prediais ou do acabamento. FIGURA - PROJETO DE OBRA file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br <http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos- projetistas.html>. Nessa fase de projeto, devem estar definidos o posicionamento e as dimensões de todos os grandes equipamentos que fazem parte das instalações prediais da edificação, para que eles sejam considerados no cálculo estrutural. Todos esses dados são inseridos no Projeto Executivo, em um processo em que o projeto circula entre os especialistas das diversas áreas, seguindo uma sequência lógica, que deve ser de preferência: ventilação/condicionamento de ar central, hidrossanitário, calefação, sprinkler e elétrico; em função do grau de influência destas instalações na estrutura e também da flexibilidade destas em relação às alterações propostas pela compatibilização. Principalmente nessa fase, o coordenador de projetos, ou compatibilizador, tem que assumir a importante tarefa de conciliar os desejos e as necessidades dos calculistas, dos demais projetistas, da construtora e do cliente; buscando soluções para os conflitos de interesses desses, geralmente relacionados com custos, facilidade de execução e qualidade. A coordenação desta equipe de profissionais e as soluções encontradas nas reuniões de compatibilização resultam no Projeto Executivo em fase de file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos-projetistas.html http://vidadeumaprojetista.blogspot.pt/2011/06/e-o-fim-dos-projetistas.html execução. Nele ficam definidos, com exatidão, o posicionamento e dimensão das aberturas e furos na estrutura e nas paredes da edificação, previstos para a passagem de elementos das instalações prediais. Outros projetistas complementares (exemplo: impermeabilização, acústica) irão também determinar alguns parâmetros de execução, que resultarão em dados que devem ser incluídos no projeto. Isso torna clara a necessidade de coordenação do projeto estrutural, dos projetos de instalações prediais e do acabamento, durante a elaboração do projeto arquitetônico executivo. São processos que seguem paralelos, em uma constante troca de informações, sendo que, ao contrário do que ocorre habitualmente, os projetos de instalações prediais e de acabamento devem ser concluídos antes do projeto arquitetônico executivo, para que possam ser incorporados a este. A partir dos dados do projeto executivo, dos detalhes da obra bruta e dos elementos estruturais pré-moldados, o calculista elabora um novo projeto estrutural, que passa a conter, também, todos os vazados e furos para a passagem das instalações, todos os elementos pré-moldados e de ancoragem, assim como suas dimensões. A fase de elaboração do projeto executivo é encerrada com o levantamento de quantitativos, que é uma listagem de todos os materiais a serem utilizados na obra bruta e no acabamento, com as respectivas quantidades. Para a elaboração desta lista, parte-se da documentação definitiva do projeto, corrigida e atualizada. Recomendações para uma coordenação eficiente dos projetos executivos • Na fase de projeto executivo devem ser tomadas as decisões que têm influência significativa sobre os custos de execução da obra. Entretanto, a possibilidade de alterar os custos, no sentido de reduzi-los, diminui consideravelmente à medida que se finaliza a fase de planejamento. Depois de file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br iniciada a obra, deve-se evitar alterações no projeto executivo. • Recomenda-se que as tarefas de coordenação, necessárias para um bom planejamento, sejam assumidas pelas próprias construtoras. Elas possuem as condições necessárias para a realização destas tarefas, uma vez que realizam seus próprios empreendimentos e dispõem, assim, de dados concretos sobre os recursos disponíveis, além de conhecerem bem as características e condicionantes dos empreendimentos a serem realizados. • A coordenação dos projetos implica uma constante troca de informações entre arquitetos, engenheiros, calculistas, projetistas técnicos e a empresa de construção. Essa troca de informações deve ser garantida por meio de reuniões regulares de compatibilização. O intervalo entre as reuniões, assim como a escolha dos participantes, dependem do estágio em que se encontra o projeto. Nessas ocasiões, deve-se dar especial atenção à fixação de prazos e à definição dos responsáveis pelas diferentes tarefas, para que o planejamento tenha um desenvolvimento ininterrupto e controlável. Os resultados destas reuniões devem ser registrados em atas, que a seguir serão distribuídas não apenas aos participantes das reuniões, mas a todos os envolvidos na execução do projeto. Nestas reuniões é frequente a necessidade de elaborar croquis e alterar desenhos apresentados, para que as propostas e decisões sobre a forma de executar determinadas partes da obra sejam mais bem compreendidas pelos envolvidos (GEHBAUER, 2002). FIGURA - EXEMPLO DE UM FORMULÁRIO SIMPLIFICADO PARA UMA ATA DE REUNIÃO DE OBRA file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br FIGURA - EXEMPLO DE CROQUI UTILIZADO EM REUNIÕES DE PROJETO FONTE: Disponível em: <http://construcaoedesign.com/category/desenho/>. file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br http://construcaoedesign.com/category/desenho/AN02FREV001/REV 4.0 32 • Esses desenhos e alterações devem ser documentados e fazem parte da ata da reunião. Para maior controle de informações, recomenda-se fazer um arquivo que contenha todos os detalhes da obra, apontando sua localização dentro do projeto executivo, o desenhista responsável, data de elaboração e, se for o caso, código da ata de reunião em que foi elaborado ou alterado. Tais detalhes devem estar presentes no escritório e no canteiro de obras, com a antecedência necessária para a preparação da execução. CANTEIRO DE OBRAS Um canteiro de obras necessita estar executado com as devidas instalações de forma planejada, possibilitando coordenar e organizar a produção dos diversos trabalhos conforme as indicações definidas em projeto. Sua definição segundo a NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (Norma Regulamentadora) canteiro de obras é a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Essa norma tem a função de normatizar procedimentos e foi elaborada em conjunto com construtoras, órgãos profissionais e trabalhadores, para estabelecer diretrizes e exigências diversas, esse inter-relacionamento e fluxo de recursos visa evitar desperdícios de materiais, mão de obra, tempo, defeitos e de equipamentos dadas a sua relação direta com a produtividade e qualidade durante a execução da obra, além disso, deve ser de forma econômica com flexibilidade de modo a aperfeiçoar o espaço disponível. FIGURA - CANTEIRO DE OBRAS DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA IMPLANTAÇÃO O planejamento logístico orienta na execução dos trabalhos e no fluxo de materiais, sendo seu objetivo principal, minimizar os percursos dos transportes mais volumosos e frequentes dentro do canteiro de obras. Apesar do caráter relativamente provisório do canteiro de obras, é fundamental que o dimensionamento e a distribuição das suas instalações e equipamentos sejam planejados adequadamente, para que os trabalhos possam ser executados de forma contínua. O planejamento insuficiente do canteiro provoca frequentemente custos adicionais que podem ser evitados; estes custos ocorrem geralmente devido à implantação de recursos operacionais mal dimensionados ou inadequados, ou pela necessidade de correções onerosas no decorrer da obra (GEHBAUER, 2002). As instalações de um canteiro de obras dependem principalmente dos seguintes fatores: • Condições do local da obra: possibilidades de abastecimento, área disponível, possibilidades de acesso; • Tipo e tamanho da obra: volume total e tipo dos insumos a serem usados na construção; • Métodos de produção: produção em sequência, simultânea ou cadenciadas; • Técnicas de transporte: dimensões e pesos dos materiais a serem transportados; • Tempo de construção e planejamento da execução da obra: distribuição no tempo dos transportes maiores; • Recursos operacionais disponíveis: número de trabalhadores, máquinas e equipamentos; file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
Compartilhar