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Exame físico do abdome Limites: • Superior: diafragma • Inferior: músculos do assoalho pélvico • Anterior: músculos retos abdominais • Posterior: M. psoas e M. quadrado lombar • Lateral: músculos oblíquo e transverso do abdome *Uma parte do abdome está coberto pelas costelas, por isso, o fígado e os rins, são protegidos por elas. Para a divisão destas regiões do abdome, a linha hemiclavicular anterior, linhas acima das critas alíacas e linha abaixo do rebordo das costelas são feitas. Região umbilical = região mesogástrica Região supra-púbica = região hipogástrica Também pode ser dividida em quadrantes: A junção dos quadrantes superiores ou inferiores formam o andar. A junção dos quadrantes esquerdo ou direito formam o hemi. Por exemplo, se o paciente relata que está com dor nas regiões dos quadrantes superiores esquerdo e direito, podemos diretamente dizer que estar com dor no andar superior do abdome. Se o paciente relatar dor nos quadrantes superior e inferior esquerdos, podemos relatar sua dor no hemiabdome esquerdo. A parede abdominal anterior e o peritônio parietal, recebem inervação sensitiva através dos nervos intercostais de T6-T12. A parede abdominal lateral também recebe inervação dos nervos intercostais T5 (superiormente) e de L1 (inferiormente). A região do períneo recebe inervação de S3 e S4. As fibras somáticas aferentes suprem os músculos voluntários. Inervação da parede abdominal A região do umbigo é inervado por T10. DOR ABDOMINAL: • Somática: músculos da parede abdominal e peritônio parietal. Dor bem definida. Fibras mielinizadas • Visceral: vísceras. Dor mal definida. Fibras não mielinizadas. • Referida: áreas distantes porém com inervação por um mesmo seguimento neural. É a dor irradiada. Lei de Stonkes: toda vez que a serosa que envolve uma musculatura lisa é irritada, ocorre uma contratura involuntária ou paralisia desta musculatura lisa. Se houver uma lesão na alça intestinal que progride pra pleura visceral, o paciente não sabe descrever onde é a dor de modo preciso, mas se a irritação alcançar o peritônio parietal, há uma contratura muscular involuntária e a dor passa a ser bem definida. Áreas que são anatomicamente distantes, mas com inervação vinda do mesmo segmento neural podem apresentar sensação dolorosa sem que haja um estímulo direto no local = dor irradiada/ referida. Quando há uma irritação diafragmática, pode haver dor no ombro, já que o nervo frênico é formado pelos nervos C3,C4 e C5, provenientes da cadeia cervical. PONTOS DOLOROSOS: Ponto esplênico- baço Ponto cístico- vesícula (pode indicar colecistite aguda) Pontos ureterais- frequentes dores nos casos de cólica renal DOR REFERIDA (por irradiação): PRINCÍPIOS: • Quanto mais distante dos orifícios externos, menor a dor. Ex: uma afta na boca dói mais que uma afta no estômago. • Vísceras são insensíveis ao corte, esmagamento, queimadura, mas são sensíveis a estiramentos, contrações, inflamações e isquemias. INSPEÇÃO • Expor desde o apêndice xifoide até o púbis (até a região da crista ilíaca) • Colocar-se à direita do paciente, dar 3 olhares: 1- olhar ao lado da barriga, na posição inicial 2-olhar a barriga depois de se afastar e se abaixar, para os olhos e a barriga ficarem no mesmo nível 3- olhar a barriga dos pés do paciente • Observar posição e atitude do paciente; • Irritação peritoneal imobiliza o paciente; TIPOS DE ABDOME: PLANO: superfície alinhada com o tórax e pelve GLOBOSO: aumento do diâmetro anteroposterior, convexidade simétrica verticalmente e horizontalmente. Pode estar globoso por gordura ou por líquido da ascite. Comum na obesidade, mas não forma borda de gordura BATRÁQUIO: aumento do diâmetro lateral maior que o antero- posterior, com abaulamento nos flancos, com a superfície quase alinhada ao tórax (é reto em cima) ESCAVADO: comum no emagrecimento/ caquexia. Quando a superfície está abaixo do nível do tórax. AVENTAL: as gorduras caem para os lados • Simetria: simétrico ou assimétrico (comum em neoplasias). Para ter simetria, o umbigo precisa estar no meio • Abaulamentos • Cicatrizes – deve ter sua descrição e tamanho, se está de modo horizontal ou vertical. *cicatriz de Cesária: cicatriz de Pfannenstiel • Retrações • Centralidade do umbigo • Outras lesões cutâneas -equimoses na região peri-umbilical: Sinal de Cullen (indica pancreatite aguda) -equimoses em flanco esquerdo: Sinal de Grey-Turner (indica pancreatite aguda) -nódulo irmã maria josé • Circulação colateral – varizes aparentes • Movimentos respiratórios. Ex.: quem tem peritonite (inflamação no peritônio), o abdome não mexe, então a presença de movimento respiratório no abdome quer dizer que o peritônio não foi atingido • Movimentos peristálticos • Hérnias *Diástase dos retos abdominais: ocorre quando não há linha alba, então quando o paciente levanta a cabeça, eles vão para fora. Descrição base da inspeção: “Abdome plano, simétrico, sem abaulamentos, herniações, movimentos peristálticos, circulação colateral ou equimoses, com cicatriz suprapúbica longitudinal de 6 cm” Em pacientes magros, pode-se observar a configuração anatômica das alças intestinais e seus movimentos peristálticos. AUSCULTA Depois da inspeção, logo fazer ausculta, pois de fazer a palpação antes, pode gerar sons peristálticos para a ausculta e tirar o abdome da situação de repouso. RUÍDOS HIDRO-AÉREOS (RHA)→ podem estar aumentados ou diminuídos. São produzidos pela interação do peristaltismo com os líquidos e os gases. A presença dos gases é indispensável para que os sons sejam ouvidos Em condições usuais, uma vez a cada 2 minutos , consegue-se ouvir algum tipo de som, ou seja, pode-se colocar o estetoscópio por 2 minutos no mesmo local, até escutar. Em média, os RHA ocorrem a cada 5-10 segundos. Os RHA alteram-se ao longo da evolução de um quadro obstrutivo. As reduções dos RHA são mais importantes que as exacerbações. Ruídos aumentados nas diarreias, hemorragias intraluminais (pois há mais líquido) e reduzidas nas hemorragias peritoneais. Não ter os RHA é um sinal de síndrome oclusiva/ intestino parado. Tipos de RHA → ➢ PATINHAÇÃO: estômago e ceco -som semelhante à palmadas sobre uma superfície líquida -comprimir rápida e suavemente a topografia do órgão com o 2º, 3º e 4º quirodáctilos. -demonstra estase e acúmulo de líquido -A patinhação pode estar presente no tumor de piloro, pois faz o estômago se encher de líquido. *auscultar o colón ascendente, transverso e descendente ➢ GARGAREJO: som de bolhas grossas durante a palpação deslizante (quase uma massagem). Pode haver gargarejo quando há tumor. Cicatriz xifoumbilical ➢ BORBORIGMO: som agudo audível à distância, quando há muitos gases. ➢ VASCOLEJO: som produzido por movimentar bruscamente o abdome a partir dos flancos. Sangue dentro da luz intestinal irrita a mucosa e aumenta o peristaltismo, sangue extra luminal faz o oposto (comum em traumas, pois o abdome fica duro- há diminuição do peristaltismo). SOPROS → • Ocorre em 20% das pessoas saudáveis • Sopro no epigástrio indica isquemia da artéria mesentérica • Lateralmente à linha mediana: artérias renais • A esquerda da linha mediana: aorta abdominal, verificar aneurisma • Sopros na região umbilical: recanalização da veia umbilical na hipertensão portal *Sinal de Cruveillier- Baumgarten. • Sopro no Espaço de Traube pode indicar malária, leucemia, tumor esplênico. • Sopro na área hepática pode indicar aneurisma de artéria hepática, cirrose, carcinoma hepatocelular e metástases. Baço normal é timpânico. Caso o baço esteja aumentado, pode- se encontrar o espaço de Traube com som maciço.Artérias abdominais para fazer a ausculta: • Mesentérica superior • Aorta (voltada para a esquerda do umbigo) • Renais (como os rins ficam protegidos pelas costelas, o ideal é afundar o estetoscópio, para eliminar possíveis ruídos externos) • Ilíacas Fazer primeiro uma ausculta difusa, depois uma ausculta específica. A ausculta dos RHA no estômago em pacientes que se alimentaram a mais de 3 horas sugere estase gástrica por dificuldade de esvaziamento pilórico. PERCUSSÃO A percussão ajuda a diferenciar a consistência do conteúdo palpável (se há ar, líquido ou algo sólido); A percussão deve iniciar longe do sítio doloroso. No abdome, o som é predominantemente timpânico, mas variável ao longo de todo abdome. Há macicez na área hepática e sobre massas. O timpanismo é aumentando caso haja distensão por gases ou obstrução intestinal Através da percussão, é possível medir os órgãos, como o fígado (HEPATIMETRIA) e o baço (sempre a nível da linha hemiclavicular) Hematomas são maciços à percussão. Descrição da percussão: “timpanismo normalmente distribuído, exceto por macicez em flanco esquerdo sobre a massa palpável. Percussão hepática indolor com hepatimetria de 8cm na LHCD. Espaço de Traube timpânico” Timpanismo- presença de ar Maciço- material sólido PALPAÇÃO É a parte mais importante no exame físico do abdome. O paciente precisa ficar com os pés relaxados (pés relaxados ficam para os lados). Primeiro fazer uma palpação superficial e depois uma palpação profunda. • A palpação inicia-se pela região mais distante da dor. • Acessa aproximadamente 2 cm de profundidade • Pode ser mono ou bimanual PALPAÇÃO SUPERFICIAL Dar depressões com as duas mãos Alguns pacientes contraem reflexamente a musculatura parietal em resposta à palpação. Avalia a parede quanto à: • Integridade (presença de hérnias- é uma protrusão de parte de um órgão por um orifício que se abre) • Sensibilidade e tumores MANOBRA DE CARNETT → é útil para diferenciar a dor abdominal de origem visceral da dor da parede abdominal. O paciente fica em decúbito dorsal, enquanto o examinador localiza o ponto de dor, com indicação do paciente. Enquanto o examinador pressiona o ponto de dor com os dedos, o paciente flexiona o tronco e as pernas, o que deve manter ou piorar a dor. Uma dor visceral deveria desaparecer com a manobra (a dor que é menos intensa à palpação com o abdome fletido tem alta probabilidade de ser visceral), enquanto a dor de origem da parede abdominal aumenta. Pode-se também colocar a mão na testa do paciente. MANOBRA DE SMITH-BATES → é uma técnica usada para a palpação do baço. O paciente fica em decúbito lateral direito, com a perna direita estendida e a esquerda flexionada sobre a perna direita e a mão esquerda sobre a cabeça • Tensão É testada palpando-se delicadamente a parede abdominal com as falanges distais dos dedos. O aumento de tensão PARIETAL é geralmente acompanhado de contratura da musculatura; depois de detectada a contratura muscular, é preciso analisar se é voluntária ou involuntária. Já o aumento da tensão INTRA-ABDOMINAL não é acompanhada de contratura e ocorre nos casos de distensão, ascite, gestação, tumores... PALPAÇÃO PROFUNDA Afundar a ponta dos dedos. Pode acontecer de não ser possível fazer a palpação profunda, como no caso de contratura, dor, ascite e obesidade. Deve-se fazer preferencialmente bi-manual. A palpação profunda pode acessar até 10 cm de profundidade Avalia massas intra-abdominais quanto ao local, volume, formato, consistência, mobilidade, superfície, limites, sensibilidade e pulsatilidade. Avalia vísceras Usar a técnica deslizante de Hausmann BLUMBERG → quando há aumento súbito da dor após a descompressão. Consiste em afundar a mão profundamente no abdome e tirar rapidamente. A entrada da mão no abdome é lenta. Caso haja inflamação, vai doer bastante. É uma ótima técnica para avaliar irritação no peritônio. Pode-se fazer essa técnica em toda a área do abdome. PERITONISMO → quando ocorre contratura + Blumberg Ou seja, seria um conjunto de dores por conta de inflamação no peritônio. ÓRGÃOS PALPÁVEIS SOMENTE EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS: • Bexiga vazia • Apêndice cecal • Vesícula biliar • Flexuras do cólon • Intestino delgado • Baço ÓRGÃOS NORMALMENTE PALPÁVEIS • Grande curvatura gástrica • Ceco • Sigmoide • Cólons, especialmente o transverso. ÓRGÃOS NATURALMENTE HIPERSENSÍVEIS • Aorta • Ceco • sigmoide DESCRIÇÃO DA PALPAÇÃO: “Abdome depressível, sem defesa, com dor à palpação profunda do flanco esquerdo, onde palpa- se massa de consistência pétrea, imóvel e indolor, de 5 por 7 cm. Blumberg e Murphy ausentes. Fígado com borda fina e consistência normal. ” SINAL DE MURPHY → quando na inspiração profunda o examinador toca o fundo da vesícula, o paciente reage com uma contratura de defesa. Apertar abaixo do rebordo costal ( a nível da LHC) e pedir para inspirar profundamente; assim, o diafragma vai para baixo e o fígado e vesícula também, saindo da proteção das costelas. Se a vesícula estiver inflamada, há muita dor e o paciente interrompe a inspiração O EXAME DE ALGUNS TIPOS DE ABDOME ABDOME PROTUBERANTE: ➢ Obesidade: -É a principal causa do abdome protuberante -Parede abdominal fica espessa e pesada -Umbigo normal (central e sem abaulamento) -Distribuição normal do timpanismo -Levantar a dobra parietal nas regiões inguinais para palpar ➢ Gás: -Distensão localizada ou generalizada -Timpanismo à percussão -Obstruções e íleos adinâmicos (é quando o intestino para; a luz intestinal está normal, não precisa ser necessariamente por obstrução. Ocorre nos casos de sepse) -Quanto mais distal a obstrução, maior a distensão ➢ Ascite: -Deposição de líquido nas bordas e porções mais profundas do abdome (nestas partes é macicez à percussão) -Abaulamento do umbigo -Acúmulo de ar na parte mais central e superficial do abdome, gerando timpanismo ➢ Tumor: -Macicez localizada, deslocando as alças e seus timpanismos -tumores intestinais, uterinos e ovarianos -diferenciar de bexigoma (bexiga dilatada e palpável na parte inferior do abdome) e gestação FÍGADO Avaliar: durante a inspiração. Ser impalpável não significa normalidade! ➢ Consistência: elástica (normal), amolecida, pétrea ➢ Sensibilidade: indolor (normal), dolorosa ➢ Tamanho: 6 a 12 cm. Quando começamos a beber, o fígado cresce, mas quando começar o processo de cirrose, ele diminui de tamanho. O tamanho do fígado também é proporcional à altura da pessoa. ➢ Distância em relação ao rebordo costal direito- no caso de DPOC o fígado pode estar rebaixado, mas isso porque o diafragma fica mais rebaixado para compensar o aumento do pulmão. ➢ Superfície: lisa (normal) ou nodular ➢ Borda: fina (normal), romba ou nodular Quando o fígado cresce, a cápsula de Glisson cresce também, tornando o processo doloroso. Técnicas: • POLEGAR DE GLENARD → o examinador coloca a mão esquerda sobre o ângulo costolombar direito do paciente, ficando o polegar a face anterior do abdome, de modo a formar uma pinça. A seguir, solicita ao paciente que inspire profundamente e tenta palpar a borda hepática com o polegar. • LEMOS TORRES → para analisar a borda do fígado. Uma mão vai no dorso (para dar apoio, levanta o fígado, a nível das 2 últimas costelas) e a outra abaixo do rebordo costal direito, apontando os dedos em direção à clavícula, durante a inspiração profunda. Ao sentira borda do fígado com as mãos, ir passando a mão para o lado para sentir a borda completa. • MATHIEU → ir perto da cabeça, colocar 8 dedos em garra (polegar não é incluso) abaixo do RCD e pedir para inspirar profundamente. Pedir pro paciente segurar a respiraçãoum pouco e então avaliar a borda. Primeira coisa a se fazer é palpar o fígado, pra depois buscar seus limites e bordas. Começar palpando pelo umbigo e vai subindo. PERCUSSÃO DO FÍGADO: • A partir do 4º EICD (altura do mamilo aproximadamente), na LHC • Submacicez nas bordas e macicez central. • Percussão intensamente dolorosa, localizada e circunscrita consiste no Sinal de Torres-Homem, que é característico de abscesso hepático (ou seja, se tiver um abcesso hepático, ao percutir em cima do local dói, e se não percutir no local não dói) Percutir o fígado logo abaixo do mamilo. Percute-se em linha reta, na LHC, descendo. Observar a mudança do pulmão para o fígado (som claro pulmonar → pra maciço) Na insuficiência cardíaca o fígado pode estar inchado, pela deficiência de débito cardíaco e pode doer por estender a capsula de Glisson. AUSCULTA DO FÍGADO: • Atrito na superfície do fígado caso houver tumoração • Sopro em carcinomas e hepatite aguda alcoólica. FÍGADO E AS DOENÇAS: o HEPATITE AGUDA: fígado aumentado, superfície lisa, borda fina, consistência normal a macio e doloroso. o HEPATITE CRÔNICA: fígado aumentado, consistência firme e indolor. o CIRROSE: fígado aumentado no início e reduzido em estágio terminal, superfície nodular, borda romba, consistência rígida e indolor. o CÂNCER: fígado aumentado, superfície nodular, borda romba, consistência pétrea e indolor o DPOC: fígado rebaixado, superfície lisa, borda lisa, consistência normal e indolor o ICC: fígado aumentado, superfície lisa, borda romba e doloroso VESÍCULA BILIAR • Normalmente impalpável. Pode ser confundível com nódulo hepático. A vesícula biliar mexe com os movimentos da respiração. • Técnica de Mathieu • Processo de Chiray e Pavel: como Mathieu, mas com o paciente em decúbito lateral esquerdo e com as coxas fletidas, assim o fígado fica mais exposto para o examinador. • Manobra de Pron: pressiona-se o ponto cístico com os dois polegares, se o paciente interrompe a inspiração, significa sinal de Murphy positivo. • Sinal de Murphy. • Sente-se como uma saliência na borda hepática, piriforme (formato de pera), móvel com a inspiração, macio e indolor. BAÇO • Possui 13 cm, mas como localiza-se a 5 cm acima do RCE, normalmente é impalpável • É palpável somente quando está a 1,5 a 2x maior • Naturalmente indolor PALPAÇÃO DO BAÇO: Pode-se usar a técnica LEMOS TORRES, quando em decúbito dorsal. Quando em posição de Schuster, usar a técnica MATHIEU. A posição de Schuster (imagem abaixo) é quando o paciente está em decúbito lateral direito, com a perna esquerda fletida a 90 graus. A mão vai na nuca. Avaliar: ➢ Tamanho: distância em relação ao RCE ➢ Consistência: firme (normal), amolecida ➢ superfície: lisa (normal), irregular PERCUSSÃO DO BAÇO: Baço normal é timpânico. Caso o baço esteja aumentado, pode- se encontrar o espaço de Traube com som maciço. ESPAÇO DE TRAUBE → superiormente fica o 6º EICE, inferiormente o rebordo costal esquerdo, na medial fica a borda esternal esquerda e lateralmente a linha axilar anterior. TÉCNICA DE CASTELL → fazer percussão ao longo da linha axilar anterior durante a inspiração com o paciente em decúbito dorsal ESPLENOMEGALIA → o G I (grau 1): no RCE (já com o dobro do tamanho normal) o G II (grau 2): entre o RCE e o umbigo o G III (grau 3): abaixo do umbigo AUSCULTA DO BAÇO: Haverá atrito em casos de periesplenite (inflamação do peritônio que está envolvendo o baço) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: (podemos sentir os itens listados abaixo e acharmos que é o baço): • Tumor renal • Rins policísticos • Câncer do ângulo esplênico do cólon • Dilatação colônica por fezes • Tumores gástricos • Massas retroperitoneais • Última costela flutuante BAÇO E AS DOENÇAS: o INFECÇÕES AGUDAS: endocardite, malária, mononucleose: -baço aumentado, amolecido, doloroso e liso o HIPERTENSÃO PORTAL: -baço aumentado, rígido, pouco doloroso e liso o LEUCEMIAS/LINFOMAS/LEISHMANIOSE: -baço muito aumentado, rígido, indolor e irregular o DESTRUIÇÃO DE ERITRÓCITOS: esferocitose, talassemia - baço aumentado, discretamente rígido. o INFARTO ESPLÊNICO: baço com dor à palpação HIPERESPLENISMO: esplenomegalia associada a anemia, leucopenia, trombocitopenia e hiperplasia de medula óssea. Ou seja, inclui a esplenomegalia com consequências aos problemas dos elementos figurados do sangue Como diferenciar uma esplenomegalia de um tumor renal? Na esplenomegalia, há a presença de: o Chanfraduras o Aumento do baço em aspecto de “vírgula” (ele não fica mais tão próximo a linha reta da cintura). o Cólon permanece mais profundo que o baço RIM • Palpação bimanual (palpa-se o polo inferior do rim). Prensar as mãos para sentir • Aumento unilateral → tumor • Aumento bilateral → rins policísticos PPL (PUNHO PERCUSSÃO LOMBAR) OU MANOBRA DE GIODANO → técnica do “soquinho nas costas”. Procurar a última costela e levar o punho abaixo dela. É um movimento inteiro, de cotovelo, não de punho; ou seja, o punho fica parado, quem mexe é o cotovelo. Se doer, indica probabilidade de doença renal. PÂNCREAS • Normalmente impalpável. • A dor é irradiada ao dorso. • É retroperitoneal, ou seja, é uma massa fixa na região do epigástrio, não se movimenta com a respiração. • Para senti-lo, é preciso afundar a mão no epigástrio. Se sentirmos um nódulo, para diferenciar se é do pâncreas ou do estômago, podemos usar a técnica da INSPIRAÇÃO → como o pâncreas é retroperitoneal, um nódulo de origem pancreática não se mexeria com a respiração, mas um nódulo gástrico se mexeria. CECO O ceco fica do lado direito: MANOBRA DE OBRASTZOW → mão direita estendida na fossa ilíaca esquerda, com movimentos de compressão intermitentes. Mão esquerda palpando o ceco MANOBRA DE SIGAUT → polegar esquerdo comprimindo o cólon ascendente (fica na direita) e a mão direita em garra no ceco. MANOBRA DE MERLO → 2º, 3º, 4º e 5º dedos da mão esquerda comprimindo o cólon ascendente. Mão direita em garra no ceco (quando aperta-se o cólon ascendente, o ceco sobe) Presença de massas e abaulamentos: avaliar: o Local o Tamanho o Forma o Bordas o Superfície o Consistência o Mobilidade o Motilidade espontânea o Sensibilidade o Pulsátil o redutibilidade AORTA ABDOMINAL Fica entre o hiato diafragmático (T12) e sua bifurcação (L4). Tem 13 cm e fica à esquerda da linha mediana. • Inspeção: durante a apneia expiratória. • Palpação: discretamente dolorosa, à esquerda do umbigo. Sente-se a pulsatilidade • Ausculta: pesquisa de sopros
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