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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
MONITORAMENTO DE RECALQUE EM 
EDIFICAÇÃO UTILIZANDO NÍVEL ÓTICO 
 
 
 
 
LIVIAN UMBELINA NAVES BORGES 
NANCY MORAIS BUENO 
PAULO RICARDO ALMEIDA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2011 
LIVIAN UMBELINA NAVES BORGES 
NANCY MORAIS BUENO 
PAULO RICARDO ALMEIDA DOS SANTOS 
 
 
 
 
MONITORAMENTO DE RECALQUE EM 
EDIFICAÇÃO UTILIZANDO NÍVEL ÓTICO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de 
Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás para 
obtenção do título de Engenheiro Civil. 
Orientador: Professor Dr. Maurício Martines Sales 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2011 
 
 
 LIVIAN UMBELINA NAVES BORGES 
NANCY MORAIS BUENO 
PAULO RICARDO ALMEIDA DOS SANTOS 
 
 
MONITORAMENTO DE RECALQUE EM EDIFICAÇÃO UTILIZANDO NÍVEL 
ÓTICO 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de 
Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás para 
obtenção do título de Engenheiro Civil. 
Orientador: Professor Dr. Maurício Martines Sales 
 
Aprovada em ______ / ______ / ______ 
 
_____________________________________________________________________ 
Professor Dr. Maurício Martines Sales (Presidente) 
 
_____________________________________________________________________ 
Professora Dra. Márcia Maria dos Anjos Mascarenha 
 
_____________________________________________________________________ 
Professor Dr. Renato Resende Angelim 
 
 
Atesto que as revisões solicitadas foram feitas: 
_______________________________________ 
 Professor Dr. Maurício Martines Sales 
 Em ______ / ______ / ______ 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Em primeiro lugar a Deus, por nos conduzir até este momento. Aos pais por nos 
apoiarem e acreditarem em nós em todos os momentos: na infância, no estudo para o 
vestibular, nas dificuldades durante o período de faculdade. 
Ao professor Dr. Maurício Martines Sales, pelo tempo e atenção dedicados na 
orientação deste trabalho. 
À Vega Construtora, em especial ao senhor Renato de Sousa Correia, por fornecer 
os recursos necessários para o estudo de campo, sendo este trabalho resultado de pesquisas em 
desenvolvimento em uma parceria entre a UFG e a Vega. 
Aos nossos amigos e colegas de curso, que de alguma forma nos encorajaram e 
estiveram a disposição para ajudar em todos os momentos necessários. A todos os nossos 
familiares que sempre acreditaram no fruto de nosso estudo. 
A cada um de vocês agradecemos, pois sem sua ajuda não teríamos chegado até 
aqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.” 
Carlos Drummond de Andrade 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
RESUMO 
O monitoramento de recalque de um edifício é um indicador do desempenho 
global da fundação, procedimento este, que permite a observação do comportamento da 
interação do conjunto solo-estrutura. Com o monitoramento de recalques em obras podemos 
comparar o desempenho previsto no projeto e o desempenho real e assim apontar a 
necessidade de reforços ou acompanhar por período maior antes que os danos ocorram e estes 
possam ficar acentuados. Dessa forma, o objetivo desse trabalho é avaliar o comportamento 
da estrutura e os deslocamentos da fundação das torres 1 e 2 do Residencial Club Cheverny, 
para a comparação com os resultados obtidos pela análise feita por Chagas & López (2011). 
Os equipamentos utilizados para o monitoramento dos recalques foram o uso de nível ótico de 
precisão , uma régua de 2,00 metros para a medição da cota de saída (na referência de nível) e 
um escalímetro de 30 centímetros como mira para aferição das cotas nos pinos fixados na 
estrutura a ser estudada. Obteve-se, no final do primeiro ano de medições, uma razoável 
semelhança entre o recalque real e o recalque previsto, podendo assim validar a análise 
levando em consideração a interação solo-estrutura. Vale ressaltar que os projetos de 
fundação continuam sendo feitos usando-se como base cargas estáticas, enquanto os projetos 
estruturais adotam apoios indeslocáveis para cálculo da estrutura. Este trabalho mostra como 
as solicitações impostas sobre estrutura durante sua construção afetam seu desempenho, 
comprovando que as hipóteses de rigidez normalmente adotadas para fins de projeto não 
correspondem à realidade. 
 
 
Palavras-chave: Previsão de recalque. Monitoramento. Medição de recalque. Desempenho 
de fundação. 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 2.1 - Distorções angulares e danos associados. (SKEMPTON & MAC DONALD, 1956, apud 
ALONSO,1991) ..................................................................................................................................18 
Figura 2.2 - Parcelas de mobilização do atrito ...................................................................................19 
Figura 3.1 - Hipóteses básicas do projeto convencional de edificações (GUSMÃO, 1990). ...................21 
Figura 3.2 - Consideração da estrutura como uma viga de rigidez equivalente (MEYERHOF, 1953, apud 
SAVARIS, 2008). ...............................................................................................................................23 
Figura 3.3 - Influência da rigidez relativa estrutura solo na deformada de recalques (GUSMÃO, 1990).
 .........................................................................................................................................................24 
Figura 3.4 - Modelo da analogia da viga parede (GOSHY, 1978, apud GUSMÃO, 1990). ......................25 
Figura 4.1 - a) Sistema de medição de recalques com nível de mangueira (SAVARIS, 2008) b) 
Manômetro de Bourbon. ...................................................................................................................31 
Figura 4.2 - Detalhe da precisão dos meniscos na superfície do líquido..............................................32 
Figura 4.3 - Uma das primeira versões de nível de Terzaghi idealizadas (USACE, 1987, apud SAVARIS, 
2008). ................................................................................................................................................33 
Figura 4.4 - Medida de recalques com nivelamento ótico (NETO,2005).. ............................................34 
Figura 4.5 - Parte fixa e parte móvel do pino .....................................................................................36 
Figura 4.6 - a) Parte móvel e fixa do pino. b) Pino instalado. (Moretti Engenharia, 2011) ......................36 
Figura 4.7 - Detalhe da visada, mostrando a coincidência de traços e o micrômetro interno (NETO, 
2005). ................................................................................................................................................37 
Figura 4.8 - Representação esquemática da referência de nível (TAYLOR, 1948, apud NETO, 2005). ....38 
Figura 4.9 - Obra instrumentada com placas de recalque (REAGEO, 2009). ........................................39 
Figura 4.10 - Nível ótico de precisão .................................................................................................40 
Figura 4.11 - Foto dos níveis Zeiss NI002 e Wild NA2 (NETO, 2005).................................................40 
Figura 5.1 - Perspectiva eletrônica de uma torre do Cheverny. ...........................................................42 
Figura 5.2 – Imagem fotografada a partir da grua 1, perspectiva de parte da obra (torres 3, 4 e 5). .....43 
Figura 5.3 - Fotografia capturadada grua 1, perspectiva do segundo pavimento (primeiro tipo). ........44 
Figura 5.4 – Implantação das Torres 1 e 2. Detalhe da posição dos pinos e referências de nível.. .......46 
Figura 5.5 - Detalhe das ranhuras do parafuso. ..................................................................................47 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
Figura 5.6 - Primeiro dos pontos de referência. ..................................................................................47 
Figura 5.7 - Auxiliar segurando “mira” durante o nivelamento. .........................................................48 
Figura 5.8 - Representação esquemática da referência de nível construída no executada no terreno da 
obra do Res. Club Cheverny. .............................................................................................................49 
Figura 5.9 - Fotos da referência de nível construída no Cheverny.......................................................50 
Figura 5.10 - Fotos da referência de nível construída no Cheverny. ....................................................50 
Figura 5.11 - Apoio da régua no RN3. ...............................................................................................51 
Figura 5.12 - Verticalidade da régua. .................................................................................................51 
Figura 5.13 - Medição do marco inicial na alvenaria com o nível ótico. .............................................52 
Figura 6.1 – Contornos de recalques no Bloco 1 (adaptada). (CHAGAS & LÓPEZ, 2011).. ...................60 
Figura 6.2 – Localização dos pinos da Torre 1.. .................................................................................66 
Figura 6.3 – Localização dos pinos da Torre 2.. .................................................................................68 
Gráfico 6.1 - Torre 1 - Pino 1 ............................................................................................................55 
Gráfico 6.2 - Torre 1 - Pino 5 ............................................................................................................56 
Gráfico 6.3 - Torre 1 - Pino 6 ............................................................................................................56 
Gráfico 6.4 - Torre 1 - Pino 10 ..........................................................................................................57 
Gráfico 6.5 - Torre 2 - Pino 12 ..........................................................................................................57 
Gráfico 6.6 - Torre 2 - Pino 16 ..........................................................................................................58 
Gráfico 6.7 - Torre 2 - Pino 18 ..........................................................................................................58 
Gráfico 6.8 - Torre 2 - Pino 21 ..........................................................................................................59 
Gráfico 6.9 - Torre 2 - Pino 23 ..........................................................................................................59 
Gráfico 6.10 - Torre 1 - Pino 1 ..........................................................................................................61 
Gráfico 6.11 - Torre 1 - Pino 5 ..........................................................................................................62 
Gráfico 6.12 - Torre 1 - Pino 6 ..........................................................................................................62 
Gráfico 6.13 - Torre 1 - Pino 10 ........................................................................................................63 
Gráfico 6.14 - Torre 2 - Pino 12 ........................................................................................................63 
Gráfico 6.15 - Torre 2 - Pino 16 ........................................................................................................64 
Gráfico 6.16 - Torre 2 - Pino 18 ........................................................................................................64 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
Figura A.1 – Mapa de localização SPT (CHAGAS & LÓPEZ, 2011). ...................................................95 
Figura B.1 - Laudo SPT 14 (ENGESOL, 2011) ....................................................................................97 
Figura B.2 - Laudo SPT 14' (ENGESOL, 2011) ...................................................................................98 
Figura B.3 - Laudo SPT 15 (ENGESOL, 2011) ....................................................................................99 
Figura B.4 - Laudo SPT 16 (ENGESOL, 2011) .................................................................................. 100 
Figura B.5 - Laudo SPT 17 (ENGESOL, 2011) .................................................................................. 101 
Figura B.6 - Laudo SPT 18 (ENGESOL, 2011) .................................................................................. 102 
Figura B.7 - Laudo SPT 18' (ENGESOL, 2011) ................................................................................. 103 
Figura B.8 - Laudo SPT 19 (ENGESOL, 2011) .................................................................................. 104 
Figura B.9 - Laudo SPT 19' (ENGESOL, 2011) ................................................................................. 105 
Figura B.10 - Laudo SPT 20 (ENGESOL, 2011) ................................................................................ 106 
Figura C.1 - Projeto de fundação de uma torre do Residencial Club Cheverny ................................. 108 
 
 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 6.1 - Porcentagem do carregamento na Torre 1.......................................................................54 
Tabela 6.2 - Porcentagem do carregamento na Torre 2.......................................................................54 
Tabela 6.3 - Análise da distorção angular entre as estacas 31 e 6 na torre 1.. ......................................66 
Tabela 6.4 - Análise da distorção angular entre as estacas 38 e 31 na torre 1 ......................................67 
Tabela 6.5 - Análise da distorção angular entre as estacas 31 e 39 na torre 1 ......................................67 
Tabela 6.6 - Análise da distorção angular entre as estacas 39 e 51 na torre 1. .....................................67 
Tabela 6.7 - Análise da distorção angular entre as estacas 110 e 145 na torre 2... ...............................68 
Tabela 6.8 - Análise da distorção angular entre as estacas 145 e 125 na torre 2.. ................................68 
Tabela 6.9 - Análise da distorção angular entre as estacas 125 e 154 na torre 2.. ................................69 
Tabela 6.10 - Análise da distorção angular entre as estacas 145 e 154 na torre 2.. .......................69 
Tabela 6.11 - Projeção das distorções angulares para a torre 1.. ........................................................69 
Tabela 6.12 - Projeção das distorções angulares para a torre 2.. ........................................................70 
 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
 
ISE Interação Solo-Estrutura 
 
ISO “International Standards Organization” 
 
SPT “Standard Penetration Test”USACE “United States Army Corps of Engineers” 
 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
LISTA DE SÍMBOLOS 
a Aderência estaca-solo 
fs Tensão de atrito lateral mobilizado 
EcI Rigidez da viga equivalente 
F(z) Função de nível de mobilização do atrito lateral 
z Profundidade 
ΔL Distância entre os dois elementos da fundação 
Δρ Recalque diferencial (mm) 
θ Distorção angular, apresentada em forma de fração 
ρi Recalque inicial ou imediato 
ρp Recalque por adensamento primário 
ρs Recalque por adensamento secundário 
ρt Recalque total 
ΣEc.Ic Somatório das rigidezes das vigas da superestrutura 
ΣEa.Ia Somatório da rigidez dos painéis de alvenaria 
σn Tensão normal à superfície da estaca 
τ(z) Tensão cisalhante máxima na profundidade “z” 
υ* Ângulo de atrito estaca-solo 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
SUMÁRIO 
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................... 12 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 14 
2. RECALQUES: DEFINIÇÕES ........................................................................................................... 16 
2.1. MOBILIZAÇÃO DE ATRITO LATERAL NAS ESTACAS .................................................................18 
2.2. RECALQUE ADMISSÍVEL.................................................................................................................20 
3. INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA ................................................................................................. 21 
3.1. A RIGIDEZ DA ESTRUTURA ............................................................................................................22 
3.1.1. Influência do número de pavimentos na rigidez .......................................................................23 
4. MONITORAMENTO DE RECALQUE ............................................................................................ 27 
4.1. GARANTIA DE QUALIDADE NAS FUNDAÇÕES ...........................................................................28 
4.2. MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE RECALQUES DE EDIFÍCIOS ...........................................................30 
4.2.1. Medição de recalques através de nível d’água .........................................................................30 
4.2.2. Medição de recalques através de equipamento de nível ótico ...................................................34 
5. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................................... 42 
5.1. MONITORAMENTO DE RECALQUE NAS TORRES ........................................................................45 
6. RESULTADOS ................................................................................................................................... 53 
6.1. ESTIMATIVA DE CARGA ATUANTE ..............................................................................................53 
6.2. MEDIÇÃO DO RECALQUE REAL.....................................................................................................55 
6.3. COMPARAÇÃO ENTRE RECALQUE REAL E RECALQUE PREVISTO .........................................60 
6.4. DISTORÇÃO ANGULAR....................................................................................................................65 
7. CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 71 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 73 
APÊNDICE I – CARREGAMENTO DE PROJETO DE UMA TORRE .................................................... 75 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
APÊNDICE II – CARGA DE PROJETO POR ESTACA PROPORCIONAL A CADA CAMPANHA DE 
MEDIÇÃO DE RECALQUE ........................................................................................................................80 
APÊNDICE III – CARREGAMENTO DETALHADO DOS SERVIÇOS EM CADA CAMPANHA DE 
MEDIÇÃO DOS RECALQUES ...................................................................................................................89 
ANEXO A _ MAPA DE LOCALIZAÇÃO SPT (STANDARD PENETRATION TEST)................................0 
ANEXO B _ LAUDOS DE SONDAGEM SPT (STANDARD PENETRATION TEST) ..................................2 
ANEXO C - PROJETO DE FUNDAÇÃO DE UMA TORRE DO RESIDENCIAL CLUB CHEVERNY ... 13 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
1. INTRODUÇÃO 
A hipótese dos apoios fixos para pilares ainda é a mais utilizada para projetos 
estruturais, tanto no cálculo das cargas atuantes nas fundações como no dimensionamento dos 
elementos estruturais. Além disso, a maioria dos projetos de fundação leva em conta somente 
as cargas do projeto estrutural, como se os deslocamentos na fundação não influíssem nos 
valores dos esforços em cada elemento. 
O cálculo e dimensionamento convencionais da estrutura são feitos com a 
hipótese de apoios indeslocáveis, estimando-se assim o recalque com base nas reações de 
apoio fornecidas pelo projetista estrutural e não se realiza a compatibilidade de 
deslocamentos. O ideal seria considerar a interação solo-estrutura em que os efeitos da 
deformabilidade do solo sobre a estrutura são analisados, compatibilizando os deslocamentos 
e definindo os efeitos da rigidez da estrutura sobre os recalques. 
De acordo com Gusmão (1994), esta metodologia resulta na criação de um 
verdadeiro “fosso” entre o terreno de fundação e a estrutura, uma vez que o processo acima 
mencionado despreza os efeitos da interação solo-estrutura provocados pela deformação do 
terreno e pela rigidez da estrutura: a redistribuição de esforços nos elementos estruturais, em 
especial das cargas nos pilares, e a diminuição dos recalques em relação aos estimados 
convencionalmente. Tais efeitos decorrem da solidariedade existente entre os elementos 
estruturais, a qual confere à estrutura uma considerável rigidez que restringe o movimento 
relativo entre os apoios. 
Quando se considera a interação solo-estrutura no dimensionamento da estrutura, 
os pilares centrais, que na análise convencional seriam mais carregados, passam a receber 
menos carga, e os da periferia, que receberiam menos carga, passam a ser mais carregados 
havendo uma redistribuição de tensões. . 
A previsão de recalque desta obra foi feita em um trabalho anterior por Chagas & 
López (2011). No referido trabalho fez-se uma previsão do comportamento das estacas em 
relação aos recalques dos edifícios, considerando a interação solo-estrutura. Verificou-se que 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 15 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
a rigidez da estaca e o efeito de grupo são fatores que interferem no valor do recalque e na 
distribuição das cargas. Foi analisada a distorção angular. 
Este trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento da estrutura e os 
deslocamentos dafundação através do monitoramento do recalque do Residencial Club 
Cheverny, em Goiânia. Esta obra é composta por oito edifícios de 13 pavimentos cada, em 
alvenaria estrutural. 
Com a contribuição do trabalho realizado anteriormente por Chagas & López 
(2011) foi possível concluir que as cargas atuantes e os recalques absolutos se mostraram 
dependentes da rigidez individual da estaca e do processo de interação ao qual ela está 
submetida. 
 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
2. RECALQUES: DEFINIÇÕES 
Há alguns anos, tem-se acompanhado a construção de edifícios cada vez mais 
altos e esbeltos, o que exige maiores cuidados e análises das equipes que elaboram os projetos 
e executam estas construções. Estas mudanças ocorreram devido ao desenvolvimento da 
tecnologia do concreto, capaz de produzir concretos com elevadas resistências e do 
desenvolvimento de métodos numéricos computacionais utilizados no cálculo e 
dimensionamento dessas estruturas. O comportamento de tais estruturas se diferencia bastante 
daquelas que foram erguidas há mais de trinta anos, tendo em vista o aumento dos vãos entre 
apoios, dos tipos de lajes usados e até mesmo as considerações mais refinadas de efeitos 
dinâmicos como ações de vento, sismo, vibrações, dentre outros. 
Um dos aspectos relevantes nos projetos das edificações é o fato de que todas as 
estruturas sofrem deslocamentos verticais (recalques), horizontais e rotacionais, isto é, 
movimentos que traduzem a deformação da estrutura carregada e a acomodação do solo face 
aos novos carregamentos a que está submetido (ALVES, 2006). 
Os recalques podem ser absolutos e diferenciais: o recalque absoluto é o 
deslocamento vertical descendente sofrido pelo elemento de fundação diante de uma 
solicitação (carregamento) e o recalque diferencial é definido como a diferença entre os 
recalques absolutos de dois elementos de fundação (ALONSO, 1991). Para as edificações, os 
recalques diferenciais, dependendo de sua amplitude, podem ser prejudiciais e há casos em 
que os mesmos levam a edificação à ruína. 
O recalque total pode ser divido em três parcelas: 
 (2.1)
Onde: 
ρt = recalque total; 
 Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 17 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
ρi = recalque inicial ou imediato, que ocorre ao mesmo tempo em que a carga é 
aplicada, predominante nas areias e solos não saturados; 
ρp = recalque por adensamento primário, que ocorre em solos de baixa 
permeabilidade saturados. É resultado da redução de volume decorrente da saída do 
ar e da água dos poros do solo; 
ρs = recalque por adensamento secundário, causado pelo rearranjo estrutural 
resultante das tensões de cisalhamento. 
A probabilidade de ocorrer algum dano na estrutura só existe na presença dos 
recalques diferenciais. Entretanto, há que se observar ainda que, dependendo da magnitude 
destes recalques, as estruturas podem sofrer esforços adicionais que não foram previstos 
anteriormente no projeto e que ocasionarão futuros problemas estruturaise patologias na 
construção de toda ordem. Diante disto, existe uma necessidade de se medir estes movimentos 
do solo e da estrutura (recalques diferenciais, distorções angulares e etc.), buscando não 
atingir os limites calculados com a fundação submetida aos esforços no estado limite de 
utilização (NBR 6122, ABNT 2010). 
Uma forma encontrada de se limitar os recalques diferenciais e saber se estes 
mesmos estão dentro de um limite tolerável é análise da distorção angular (Figura 2.1). A 
esquação a seguir demonstra como é feito esse cálculo : 
 
 
 
 (2.2) 
Onde : 
θ é a distorção angular, apresentada em forma de fração ; 
Δρ é o recalque diferencial (mm) ; 
ΔL é a distância entre os eixos dos dois elementos da fundação (na mesma 
unidade de Δρ, milímetros). 
 Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 18 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 2.1 - Distorções angulares e danos associados. (SKEMPTON & MAC DONALD1, 1956, apud 
ALONSO,1991 ) 
2.1. MOBILIZAÇÃO DE ATRITO LATERAL NAS ESTACAS 
Quando se carrega uma estaca vertical com uma carga vertical, esta será 
transferida às camadas circunjacentes e às subjacentes, sendo que esta transferência se dá 
parcialmente por atrito lateral e parcialmente pela resistência de ponta da estaca (Figura 2.2) 
 
1
 SKEMPTON. A W. & MAC DONALD, D.H. (1956) – Allowable settlements of buildings, Proc. Institute of 
Civil Engineers, Part I I, Vol.5, pg. 727-768. 
 Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 19 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 2.2 - Parcelas de mobilização do atrito 
A parcela de atrito lateral atuante na estaca é função das tensões cisalhantes 
desenvolvidas no contato solo/estaca. A tensão cisalhante (τ) pode ser expressa na forma: 
 
 (2.3)
Onde: σn = tensão normal à superfície da estaca; 
a = aderência estaca/solo ( = β.c, onde “c” é a coesão do solo e “β” um fator 
adimensional que expressa a parcela da coesão considerada como aderência na 
superfície da estaca); 
υ* = ângulo de atrito estaca/solo. 
O valor dessa equação representa o valor máximo de tensão cisalhante passível de 
ser mobilizada na interface estaca/solo. Entretanto, para a mobilização completa do atrito 
lateral, é necessário que haja certo deslocamento relativo entre a estaca e o solo circundante. 
Desta forma, poder-se-ia representar a tensão de atrito lateral mobilizado (fs), na forma: 
 (2.4)
Onde: z = profundidade em questão; 
F(z) = função de nível de mobilização do atrito lateral; 
τ(z) tensão cisalhante máxima na profundidade “z”. 
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2.2. RECALQUE ADMISSÍVEL 
A NBR 6122 sobre projeto e execução de fundações (ABNT, 2010) define como 
tensão admissível a que provoca apenas recalques que a construção pode suportar sem 
inconvenientes, afirmando que os recalques diferenciais específicos são os que geralmente 
podem prejudicar a estabilidade ou funcionalidade da construção. A norma acrescenta que os 
deslocamentos admissíveis máximos suportados pela estrutura devem ser definidos pelos 
projetistas envolvidos. 
Mesmo para valores exagerados de recalques absolutos, uma estrutura não sofreria 
danos caso os recalques fossem uniformes. Esta hipótese, entretanto, não ocorre na prática, 
pois observa-se o aparecimento de recalques diferencias seja por excentricidade de cargas ou 
heterogeneidade do solo. Uma das formas de limitar os recalques diferencias entre os pilares é 
limitar o recalque absoluto pois este influencia os valores da distorção angular. 
Alonso (1991) adverte que além da necessidade de se controlar os recalques 
diferencias para mantê-los dentro de valores que não causem danos à estrutura, também a 
velocidade de recalque deve ser controlada. 
 
 
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3. INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA 
Durante anos o modelo empregado para o cálculo de edifícios considerava a 
hipótese simplificada de uma estrutura com os apoios indeslocáveis, como rótulas ou 
engastes. Por muito tempo, esse modo de projetar foi satisfatório, principalmente levando-se 
em conta que todo esse processo era realizado à mão. Mas, com o advento do uso de 
computadores para o cálculo e com a aplicação de métodos numéricos nas últimas décadas, 
faz-se necessário que haja uma análise mais realista. Ainda assim, muitos engenheiros 
continuam considerando a hipótese simplista de apoios rígidos (SOUZA & REIS, 2008). 
As edificações são constituídas basicamente por três partes: superestrutura, infra-
estrutura (fundações) e terreno de fundação (solo). O projeto estrutural costuma ser feito 
considerando que a fundação não irá recalcar ou sofrer qualquer outro tipo de movimento. Já 
o projeto de fundação tem como parâmetros de entrada os produtos do projeto de estrutura, 
que são as cargas transmitidas em cada pilar e calcula-se como atingir a resistência necessária. 
Os recalques são previstos somente para a avaliação do desempenho da estrutura, cuidando 
para que não fiquem fora dos valores admissíveis para a conservação da funcionalidade, 
estética e segurança da edificação (GUSMÃO, 1990) conforme observa-se na (Figura 3.1). 
 
Figura 2.3 - Hipóteses básicas do projeto convencional de edificações (GUSMÃO, 1990).
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 22 
 
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Quando uma estrutura rígida, hiperestática sofre recalque em um de seus apoios, 
esse deslocamento gera um esforço que é transmitido não só para o elemento em contato com 
o apoio, mas para toda a estrutura, alterando os esforços previamente calculados. 
A divisão da obra em estrutura e fundação tem apenas caráter didático pois, na 
realidade, a obra é uma só, tendo uma parte acima do solo e outra abaixo. Por isso as 
reações estimadas pelo engenheiro de estruturas serão as ações usadas pelo 
engenheiro de fundações, que deverá verificar se os deslocamentos, sob ação dessas 
cargas, estão dentro da ordem de grandeza daqueles estimados pelo engenheiro de 
estruturas quando forneceu as respectivas cargas, resultando desse confronto, e 
eventual ajuste de valores, o que se denomina interação solo-estrutura. (ALONSO, 
1989). 
Chamecki
3
 em 1955, apud Gusmão (1990), publicou um trabalho no qual 
demonstrava uma metodologia para a análise da interação solo-estrutura (ISE), que é 
considerado uma das primeiras tentativas de se modelar o mecanismo em edificações. 
Segundo ele, a partir de reações de apoio da estrutura considerada com fundações de apoios 
indeslocáveis e dos coeficientes de transferência de carga (“que é a reação de apoio adicional 
devido a um recalque unitário de um apoio qualquer”), o método passa por iterações até que 
haja convergência entre os valores dos recalques e das reações de apoio. 
3.1. A RIGIDEZ DA ESTRUTURA 
O princípio de sobreposição dos recalques nos indica que os elementos de 
fundação centrais recalcarão mais que os da borda. Com isso, faz-se uma previsão em que o 
recalque absoluto máximo seja maior que o real e que os recalques das estacas nas 
extremidades sejam menores do que são, isso porque a rigidez da estrutura interfere na forma 
como esses deslocamentos acontecem, pois cada estaca está engastada em um bloco de 
 
3CHAMECKI, S. (1955), “Consideração da Rigidez da Estrutura no Cálculo dos Recalques da Fundação”, 
Boletim Técnico do Depto Nacional de Obras de Saneamento, Ministério da Viação e Obras Públicas, Agosto, 
pp. 05-29. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 23 
 
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fundação, que por sua vez está engastado na superestrutura. Pode-se considerar a 
superestrutura como uma viga de rigidez equivalente, como mostra a equação a seguir: 
 ∑ ∑ (3.1) 
onde, EcI é a rigidez da viga equivalente, ΣEc.Ic é o somatório das rigidezes das vigas da 
superestrutura e ΣEa.Ia é o somatório da rigidez dos painéis de alvenaria. 
Essa fórmula foi proposta por Meyerhof
4
, que baseou sua análise na teoria da 
elasticidade tanto para o solo como para a estrutura (SAVARIS, 2008). A Figura 3.2 ilustra 
essa teoria. 
 
Figura 2.4 - Consideração da estrutura como uma viga de rigidez equivalente (MEYERHOF, 1953, apud 
SAVARIS, 2008). 
3.1.1. Influência do número de pavimentos na rigidez 
Os recalques na estrutura acontecem desde o primeiro carregamento, desde a 
construção dos elementos da fundação, até depois do término da construção, quando o edifício 
 
4 MEYERHOF, G. G. (1953) Some Recent Foundation Research and its Application to Design. Structural 
Engineer, Vol. 31, pp. 151-167. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 24 
 
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é ocupado (e continua ainda um pouco depois quando a carga se estabiliza). Pode-se ver pela 
equação 3.1 e pela figura 3.3 que quanto maior o número de pavimentos, maior é a rigidez 
equivalente do sistema. Por isso, os recalques iniciais (que acontecem quando o número de 
pavimentos concretados ainda é baixo) têm maiores diferença de valores entre os pilares 
centrais e os de fronteira, isto é, tem-se maiores recalques diferenciais. 
A fundação é dimensionada para a carga final e no início da construção, quando o 
número de pavimentos é pequeno, impele baixa tensão ao solo gerando pequenos recalques. 
Quando a estrutura já está mais avançada, a rigidez aumenta, e assim os recalques se tornam 
mais uniformes (a curva fica cada vez menos curva). Pode-se ilustrar esse fato pela Figura 
3.3. 
 
Figura 2.5 - Influência da rigidez relativa estrutura solo na deformada de recalques (GUSMÃO, 1990). 
Como já foi dito, o aumento do número de pavimentos diminui o recalque 
diferencial. Mas é importante salientar que essa não é uma relação linear. Há uma maior 
influência dos primeiros pavimentos na uniformização dos recalques (GOSHY
5
 1978, apud 
GUSMÃO, 1990), pois os painéis e outras estruturas abertas verticais se comportam de 
 
5 GOSHY, B. (1978). “Soil-Foundation-Structure Interaction”, Journal of the Structural Division, ASCE, Vol. 
104, No. ST5, pp. 749-761. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 25 
 
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maneira semelhante a uma viga parede. Assim, as partes mais baixas da estrutura estarão 
sujeitas a deformações apenas de flexão (Figura 3.4). 
A interação entre os elementos de fundação é analisada a luz de tudo o que foi 
explicado nesse capítulo. É da própria essência da interação solo-estrutura. Não só o solo 
interage com a estrutura, como a estrutura também interage consigo mesma. Os recalques e a 
redistribuição dos esforços (estacas menos carregadas se carregam mais e as mais carregadas 
carregam-se menos do que o esperado, de acordo com métodos comuns) estão fortemente 
ligados, assim como as outras hipóteses contribuem também para a análise solo-estrutura. 
 
 
Figura 2.6 - Modeloda analogia da viga parede (GOSHY, 1978, apud GUSMÃO, 1990). 
 
Outro conceito importante é o de fronteira rígida. A fronteira rígida é a camada 
onde o solo é verdadeiramente indeslocável, ou melhor dizendo, onde alcança-se a rocha sã. 
Nessa profundidade, o recalque não é mais transmitido para as camadas inferiores. Quanto 
maior a camada de solo sobre a rocha, maiores vão ser os recalques. Pode-se fazer uma 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 26 
 
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analogia com a dilatação térmica, que é função do coeficiente de expansão/retração térmica, 
com o tipo de solo, e o comprimento do material na dimensão analisada, que seria a espessura 
da camada. Os recalques são mais significativos quando a profundidade é bem maior que a 
largura da fundação. 
 
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4. MONITORAMENTO DE RECALQUE 
Durante a elaboração de projetos estruturais e de fundações alguns aspectos 
necessitam de uma análise mais profunda sobre seu comportamento futuro, não sendo 
possível, muitas vezes, chegar a uma resposta completamente verdadeira ou correspondente a 
realidade. Um destes aspectos é o comportamento do solo após, ou mesmo durante, sua 
sujeição às cargas da construção. Desta forma, manter um controle da interação solo-estrutura 
em edifícios é de fundamental importância para obras de grande porte. 
O monitoramento de recalque de uma edificação é o acompanhamento do 
desempenho da fundação, permitindo assim uma análise da interação do conjunto solo-
estrutura. Avaliando a evolução dos valores de recalque ao longo do tempo, através de um 
adequado programa de monitoramento de recalques, pode-se acompanhar o aparecimento de 
recalques diferenciais que com o tempo possam vir a comprometer o desempenho da 
estrutura. Pode-se também obter uma melhor orientação no caso de reforços de fundações se 
já verificada a necessidade. Esse monitoramento também pode ser realizado a fim de checar 
algumas situações de vizinhança, como em descompressão para escavação do terreno vizinho, 
sobreposição de tensões, obras de infra-estrutura como metrô, etc. 
O acompanhamento de recalque é de reconhecida importância no meio técnico, 
entretanto seu emprego vem sendo limitado, na prática, a situações aonde problemas nas 
edificações, como trincas e rachaduras, já vem sendo observados. Desta forma as medidas de 
recalque tem caráter emergencial, buscando uma análise do comportamento da estrutura para 
tomada de providências, como escoramento do solo no caso de escavações adjacentes à obra, 
reforço da fundação em situação de sobrecarga não considerada em projeto, análise do 
comportamento da estrutura no caso de alagamento do solo, ou em último caso, desocupação 
da edificação. Os dados obtidos desta forma correspondem ao recalque da estrutura a partir da 
primeira campanha de medições, entretanto não se tem um conhecimento do comportamento 
das fundações até então. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 28 
 
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Recomenda-se a divulgação dos resultados obtidos com a medição dos recalques 
independentemente de quais sejam. Este é um recurso importante no estudo da interação da 
estrutura com o solo. 
O controle de recalque permite a avaliação da segurança e do desempenho da 
interação dos elementos: superestrutura, fundação e solo. Os danos em construções que estão 
associados à movimentação da fundação estão diretamente relacionados com recalques que 
excederam os valores limites recomendados para recalques totais e diferenciais. 
Estes danos à estrutura são divididos em três grupos. O primeiro grupo inclui as 
trincas ou rachaduras que não proporcionam risco de qualquer natureza para a estrutura da 
edificação, apenas prejudicando a estética do edifício, sendo danos visuais. O segundo grupo 
é responsável por comprometer o uso e a funcionalidade do prédio, sendo que providências 
como reforço de fundação e escoramento do prédio passam a ser inevitáveis. Como grupo 
mais sério de danos estruturais estão aqueles que colocam em risco a segurança dos usuários. 
Fissuras nas estruturas de um edifício podem ser observadas já mesmo durante a 
construção. Estas fissuras podem até não prejudicar a estabilidade, mas é importante manter 
um acompanhamento sistemático, garantindo a segurança contra ruptura. A medição de 
recalque de uma edificação deve ser feito paralelamente a sua construção, avaliando a 
evolução do carregamento e sua influência no conjunto solo-estrutura. 
4.1. GARANTIA DE QUALIDADE NAS FUNDAÇÕES 
A previsão do comportamento das fundações de uma construção é um problema 
antigo no qual o engenheiro geotécnico sempre buscou soluções para controlar. Segundo a 
International Standards Organization (ISO), haverá uma garantia da qualidade apenas 
quando houver uma confiança adequada de que os registros de qualidade desenvolvidos estão 
sendo usados devidamente para controlar produtos, processos e serviços a partir de um 
conjunto de ações planejadas e sistemáticas. Ou seja, uma avaliação da qualidade de um 
produto, processo e serviço envolve diretamente a habilidade de controlá-lo, aprovando, 
aceitando ou recusando este. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 29 
 
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Velloso (1990) enfatiza que, principalmente no caso das fundações, formalismos, 
requisitos e procedimentos da qualidade cumpridos não são sinônimos de um bom 
desempenho. Uma das principais diferenças entre um projeto de estrutura e um projeto de 
fundação é que, no primeiro, o projetista tem a liberdade de definir as características dos 
materiais de construção, enquanto que no segundo se lida com o solo disponível no local, um 
material não fabricado pelo homem. 
O uso de modernos tipos de ensaios in situ podem fornecer parâmetros 
geomêcanicos do solo ou subsolo melhores que o SPT, que é o tipo de ensaio mais utilizado. 
Alonso (1991) afirma que “Uma boa fundação é aquela que tem como apoio um tripé 
harmonioso, constituído pelo projeto, pela execução e pelo controle.”. 
É durante a fase de projeto que pode-se definir o tipo de fundação em função de 
vários fatores, como as características geotécnicas do local (determinadas através de ensaios 
geotécnicos de campo, como as sondagens), as grandezas das cargas envolvidas (estipuladas 
pelo projetista da estrutura), a responsabilidade da obra e muitas outras. 
Durante a execução da fundação segue-se o método executivo definido na fase do 
projeto. É nessa fase que o controle da qualidade tem sua maior importância, para tentar evitar 
ao máximo que imprevistos de obra ocasionem uma diferenciação grande das propriedades da 
fundação executada e da projetada. 
A última fase do controle de uma fundação, após a de controle de materiais e a da 
carga admissível, é a de monitoramento dos recalques. É nesta que observa-se o 
comportamento de uma fundação durante o carregamento que ela sofre pela execução da 
estrutura. Infelizmente esta última etapa vem sendo negligenciada no processo de execução de 
obras correntes (edifícios e pontes), sendo que, nas poucas obras em que é realizada, é feita de 
forma incompleta. Os recalques medidos são baseados nas cargas de projeto, e não nas cargasreais que atuam na fundação. Nos próximos tópicos define-se as formas de desenvolver esta 
última etapa de monitoramento e de obter as cargas reais atuantes na fundação. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 30 
 
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4.2. MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE RECALQUES DE EDIFÍCIOS 
A avaliação do comportamento de uma estrutura não pode ser feita 
completamente sem um monitoramento do efeito de suas cargas verticais sobre a fundação. 
Juntamente ao carregamento da estrutura do edifício é importante manter um 
acompanhamento da evolução do recalque. 
Gusmão (2006) destaca que o custo do monitoramento em uma obra é muito 
baixo se comparado ao custo total da obra, e até mesmo se comparado com custos de outros 
ensaios e controles. 
Deve-se adotar um sistema de monitoramento de recalque que seja compatível 
com a área da estrutura que se esteja controlando e com os resultados que se espera obter. A 
instalação de forma não apropriada de certos equipamentos, ou mesmo a utilização de 
equipamentos inadequados para a análise desejada, pode ser responsável por gerar resultados 
pouco confiáveis, sendo estes confusos e em muitos casos não aptos a serem empregados na 
análise da estrutura. 
Os níveis óticos de precisão e os medidores de nível d’água (baseado no princípio 
dos vasos comunicantes desenvolvido por Terzaghi) são os instrumentos normalmente 
utilizados para medir o recalque. 
4.2.1. Medição de recalques através de nível d’água 
Neste tipo de medição é adotado o princípio dos vasos comunicantes, que afirma 
que quando uma tubulação com vários ramos, que comunicam-se entre si, for preenchida por 
um líquido (no caso água), o nível d’água nos diferentes ramos será o mesmo, quando 
comparado com uma linha horizontal imaginária de referência. Deve-se, porém manter as 
mesmas condições atmosféricas e de temperatura. Desta forma pode-se desde já observar as 
dificuldades que tornaram esta forma de medição pouco adotada para uso em campo. 
Quando utilizada para cálculo de recalque, uma tubulação é ligada ao pilar e à 
referência de nível e preenchida com água. Um sistema de medição é instalado para medir a 
diferença de nível do líquido junto aos pilares e junto ao marco de referência (RN). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 31 
 
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Os pinos instalados na estrutura, neste caso, são, no início, nivelados com o marco 
de referência. Savaris (2008) detalha as leituras como podendo ser executadas de duas formas: 
através de escalas graduadas que podem ser instaladas junto de cada pino fixo na estrutura, ou 
através da instalação de manômetros que podem ser acoplados à mangueira, medindo desta 
forma a pressão da coluna d’água no sistema (Figura 4.1). 
 
(a) 
 
(b) 
Figura 2.7 – a) Sistema de medição de recalques com nível de mangueira (SAVARIS, 2008) 
b) Manômetro de Bourbon 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 32 
 
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A precisão da medição através de escalas graduadas, presas junto aos pinos, pode 
ser comprometida devido à formação de meniscos (Figura 4.2) na superfície do líquido, que 
são a curvatura formada pelo líquido quando este é contido em um tubo. Pode-se utilizar 
corante na água para evitar o erro na leitura do menisco. 
 
Figura 2.2 - Detalhe da precisão dos meniscos na superfície do líquido. 
Na medição a partir de manômetros pode-se converter a pressão em comprimento, 
de acordo com a lei de Stevin, que afirma que dividindo a pressão obtida pela densidade do 
líquido contido no tubo, a diferença de pressão equivale à diferença de cota entre os ramos. 
Além de os dados serem de fácil leitura, o equipamento do nível d’água é de custo 
baixo e sua instalação não prejudica a logística da obra, não havendo necessidade da 
interrupção de serviços para, por exemplo, tirar materiais e caminhões, como é necessário no 
caso de nivelamento usando equipamento topográfico. Mesmo com estas vantagens sobre os 
outros sistemas de medição de recalque, devem-se tomar algumas precauções quando do uso 
do nível d’água. O vazamento do líquido ou o congelamento deste em regiões de clima frio ( a 
densidade altera com a temperatura) deve ser previsto e evitado. Entre outras dificuldades que 
podem ser encontradas está a infestação dos tubos por insetos ou a proliferação de fungos 
dentro destes. As oscilações da temperatura e da pressão ambiente já influenciam diretamente 
na precisão devido à variação da densidade do líquido. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 33 
 
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 Medidor de nível d’água Terzaghi 
Os níveis de mangueira, também chamados de níveis d’água Terzaghi, são medidores 
de nível d’água geralmente utilizados para controle de recalques diferenciais de uma estrutura, 
desde que seja possível um controle preciso das condições operacionais. 
Este nível consiste na medição da diferença de altura dos níveis de água de duas 
buretas conectadas por um tudo fino preenchido por água. Estas buretas possuem geralmente 
10 mm de diâmetro interno e são montadas sobre um par de pinos, nos quais as hastes dos 
micrômetros são ajustadas no ponto em que tocam a superfície da água. Pelos micrômetros 
pode-se medir uma diferença de leitura que vem a ser a diferença de altura dos dois pinos. 
Adota-se um dos extremos da mangueira como ponto de apoio nos pilares, sendo este 
extremo móvel, e o outro fixo em uma referência de nível. Como uma das extremidades deste 
nível pode ser instalada em vários pontos de apoio garante-se assim uma versatilidade do 
conjunto, sendo capaz de medir uma grande quantidade de pontos. Savaris (2008) afirma que 
os primeiros níveis d’água de Terzagui eram capazes de medir diferença de altura entre dois 
pinos com uma precisão de 0,12 mm (Figura 4.3). 
 
Figura 2.8 - Uma das primeira versões de nível de Terzaghi idealizadas (USACE6, 1987, apud SAVARIS, 
2008). 
 
6
 USACE – United States Army Corps of Engineers (1987). Engineering and Design – Instrumentation for 
Concrete Structures. Washington, DC – 20314-1000, Department of the Army. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 34 
 
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Há uma perda de precisão devido à medição depender diretamente da habilidade do 
observador, quando este necessita manter um alinhamento entre o olho e o nível d’água, e o 
fato do micrômetro necessitar tocar a água. 
4.2.2. Medição de recalques através de equipamento de nível ótico 
O sistema de medição de recalque mais adotado é o nivelamento com nível ótico 
de precisão. Adota-se um referencial indeslocável e os pontos de referência são instalados na 
forma de pinos nos pilares da estrutura. O posicionamento global pode ser usado também 
como forma de análise do recalque de uma estrutura, técnica possibilitada nos equipamentos 
mais modernos. Entretanto, no caso de edifícios, as peças estruturaiscomo lajes e paredes 
acabam por formar uma barreira que influencia na precisão dos dados, gerando erros. 
4.2.2.1. Instrumentação para medição dos recalques 
Os instrumentos utilizados em campo para monitoramento dos recalques da 
fundação de um edifício são simples e de custo muito baixo. Entretanto a maior parte das 
construções ainda não utiliza esse método prático de forma rotineira. 
De acordo com Neto (2005) os equipamentos necessários para acompanhar o 
recalque de uma obra estão dispostos na Figura 4.4. 
 
Figura 2.4 - Medida de recalques com nivelamento ótico (NETO, 2005). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 35 
 
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4.2.2.2. Pinos 
Os pontos de referência deverão ser nivelados em relação a um RN (referência 
fixa de nível). Segundo Alonso (1991) os pinos geralmente são constituídos de duas partes: a 
bucha, chamada de “fêmea”, que fica fixa à estrutura e o parafuso, chamado de “macho”, que 
geralmente se rosqueia apenas durante as leituras (Figura 4.5). 
 
Figura 2.5 - Detalhe do pino de leitura de recalque (ALONSO, 1991). 
Como pontos de referência geralmente são instalados pinos rosqueáveis nos 
pilares da estrutura, tomando o devido cuidado estrutural. Pode-se observar na Figura 4.6 um 
exemplo de pino composto de duas partes rosqueáveis: a parte com rosca (à direita da Figura 
4.6 a) é fixa à estrutura enquanto a cilíndrica (à esquerda da Figura 4.6 a) é instalada em cada 
campanha de medições. 
A cravação dos pinos geralmente é feita com pistola especial, tendo como 
desvantagem danificar o local da cravação e não permitir uma horizontalidade perfeita do 
pino rosqueado. 
A área e a importância da obra influenciam diretamente na quantidade de pinos 
que devem ser instalados como pontos de referência. Caso a estrutura seja convencional, com 
pilares, é aconselhável colocar pinos em todos os pilares. Caso seja de alvenaria estrutural, o 
indicado é instalar o maior número possível de pinos, levando em consideração o custo 
baixíssimo desse material, e a facilidade com que podem ser danificados ou ficar impedidos 
de acesso por algum depósito provisório. 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 36 
 
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(a) 
 
 
(b) 
Figura 2.6. a) Parte móvel e fixa do pino. b) Pino instalado. (Moretti Engenharia, 2011) 
4.2.2.3. Mira 
Uma mira graduada, é apoiada sobre os pinos e, a partir do nível ótico de precisão, 
tendo como base a referência de nível, a posição da estrutura poderá ser medida e o recalque 
calculado com a diferença das medições ao longo do tempo. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 37 
 
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Segundo Neto (2005) primeiro se busca a coincidência de traços entre o fio 
horizontal do nível ótico e a marca da mira, como se pode ver na Figura 4.7, e então é feita a 
leitura. A leitura complementar é feita logo após, no micrômetro no interior do aparelho. 
 
Figura 2.7 - Detalhe da visada, mostrando a coincidência de traços e o micrômetro interno (NETO, 2005). 
4.2.2.4. Referência de nível 
Para o nivelamento dos pinos, instala-se a referência de nível de maneira 
engastada em camadas profundas, podendo-se admitir que o mesmo esteja indeslocável. 
Busca-se um mínimo de influência da obra, como uma instalação em local com pouco 
movimento. 
Recomenda-se que referências superficiais do tipo meio-fio, poste, etc. sejam 
evitadas, pois estas são sujeitas a deslocamentos que não são levados em consideração 
posteriormente por não serem percebidos. É mais comum a instalação de referências de nível 
profundas utilizando o próprio furo de sondagem do terreno. Uma barra de aço é fixada no 
terreno, dentro deste furo, protegida por um tubo que a separaria das influências de 
movimentação do terreno. Geralmente coloca-se graxa grafitada anticorrosiva entre o tubo de 
PVC e a barra metálica. Esta referência de nível profunda é chamada de “benchmark”. 
A referência de nível é o instrumento de maior custo. Entretanto deve-se instalar 
no local em análise mais de um RN, desta forma tem-se um elemento de reserva no caso de 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 38 
 
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acidentes ou eventuais imprevistos de obra. Pode-se também, a partir do segundo RN, aferir 
eventuais deslocamentos em comparação com o primeiro. 
 
Figura 2.8 - Representação esquemática da referência de nível (TAYLOR7, 1948, apud NETO, 2005). 
Neto (2005) reproduz, a título de resgate histórico, a figura apresentada em Taylor 
(1948), que é a representação em detalhes da referência de nível empregada em 1927 para 
monitoramento do recalque de um prédio do Massachusetts Institute of Technology (MIT) 
(Figura 4.8). 
4.2.2.5. Placas de recalque (balizas) 
São geralmente compostas por placas de aço em que uma haste central é revestida 
por um tubo de PVC. São utilizadas para monitorar os recalques, servindo de orientação para 
 
7
 TAYLOR, D.W. (1948). Fundamentals of soil mechanics. John Wiley & Sons, New York. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 39 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
o RN, sendo que a placa é instalada na cota onde a estrutura será monitorada e sua haste 
central pode ser prolongada caso necessário. 
A placa é geralmente fixa no local, sendo a sua permanência lá vantajosa por 
diminuir a probabilidade de variação de resultado entre as campanhas de medição de recalque. 
A Figura 4.9 mostra uma placa de recalque. 
 
Figura 2.9 - Obra instrumentada com placas de recalque (REAGEO, 2009). 
4.2.2.6. Nível ótico de precisão 
Normalmente, as medições de recalques de fundações são realizadas com 
equipamentos que alcançam uma precisão na ordem de 0,01 mm, como o nível de Terzagui 
(baseado no princípio dos vasos comunicantes), o nível ótico de precisão, ou ainda o nível 
eletrônico. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 40 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 2.90 - Nível ótico de precisão 
O nível ótico utilizado neste tipo de estudo deve ser dotado de placas plano-
paralelas, e esta deve vir munida com um micrômetro. Geralmente emprega-se um dos 
seguintes modelos: Wild NA2, Wild NA3 ou Zeiss NI002 (Figura 4.12). 
 
Figura 2.1110 - Foto dos níveis Zeiss NI002 e Wild NA2 (NETO, 2005). 
4.2.2.7. Quadros de controle de recalque 
Os valores medidos pela equipe de topografia são apresentados em tabelas 
juntamente com os recalques acumulados. São registrados também acidentes ocorridos com 
alguns pinos que os impossibilitem de continuar fazendo parte do estudo. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 41__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
4.2.2.8. Estimativa de carga atuante 
Para desenvolvimento do controle de recalque deve-se obter, também, uma 
estimativa da carga atuante na estrutura. Dessa forma pode-se traçar a curva carga x recalque. 
Geralmente essas cargas são obtidas a partir do projeto do calculista, e a previsão feita por ele, 
visando uma diminuição dos custos deste controle, mas que podem comprometer todo estudo, 
dinheiro e tempo envolvido. 
Entretanto não é correto proceder desta forma, levando em consideração que esta 
carga não corresponde a real, e que ela varia juntamente com o progresso dos recalques 
diferenciais que a estrutura vai sofrendo, de acordo com a evolução do carregamento 
(interação solo-estrutura). 
Para uma medição direta das cargas reais da estrutura pode-se utilizar aparelhos 
que avaliam e medem inclusive o encurtamento elástico da peça estrutural, como os 
extensômetros, utilizados em pilares. 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
5. ESTUDO DE CASO 
O estudo de caso do presente trabalho foi desenvolvido na obra do Residencial 
Club Cheverny, sendo esta acompanhada desde a sua fundação. A obra está localizada no 
bairro Goiânia II, entre as avenidas Pedro Paulo de Souza e Frei Nazareno Canfalone, quadras 
09/09A, na cidade de Goiânia, Goiás. 
 
Figura 5.1 - Perspectiva eletrônica de uma torre do Cheverny. 
O empreendimento é composto por oito torres idênticas, com 13 pavimentos cada, 
destinadas para habitação popular, totalizando 768 apartamentos. A superestrutura é composta 
por paredes em alvenaria de blocos de concreto vazados, reforçadas em pontos de maior 
concentração de esforços (alvenaria estrutural), as lajes são pré-moldadas e transportadas pela 
grua. A alvenaria estrutural foi executadas com juntas secas, ou seja, sem junta argamassada 
entre as lateriais dos blocos, o que confere aos edificios um comprtamento flexível. O foco 
deste trabalho são as torres 1 e 2. A obra ainda está em execução pela empresa Vega 
Construtora, sendo a incorporadora a Tenda. Existem duas gruas instaladas atualmente na 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 43 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
obra, tendo previsão para a instalação de outra no início de 2012. A implantação da obra pode 
ser vista por fotografia através da grua 1 na Figura 5.2., mostrando respectivamente de baixo 
para cima as torres 3, 4 e 5. 
 
Figura 5.2 – Imagem fotografada a partir da grua 1, perspectiva de parte da obra (torres 3, 4 e 5). 
A perspectiva do pavimento tipo da torre 4 é apresentada na Figura 5.3. Observa-
se que a estrutura é bastante rígida, devido a forma em cruz que fornece uma considerável 
inércia no que diz a respeito aos esforços provocados pela ação do vento. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 44 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 5.3 – Fotografia captura da grua 1, perspectiva do segundo pavimento (primeiro tipo). 
Apesar de as torres do Residencial Club Cheverny serem de 12 pavimentos mais 
cobertura, nas torres 1 e 2, que são as que estão em um estágio mais avançado, foram 
executados apenas 9 e 8 pavimentos, respectivamente, correspondendo a um percentual de 
aproximadamente 30% do total do carregamento. O objetivo era fazer uma medição de 
recalque a cada 4 pavimentos, além da primeira que corresponde a um marco inicial que serve 
de base para as próximas. Após executada a estrutura de 13 pavimentos, seriam feitas mais 
três medições durante a execução do acabamento final. Como houve um atraso na execução 
da obra, e apenas os 9 primeiros pavimentos foram executados, foi feita uma medição final 
para verificar se os dados desta acompanhavam a evolução de recalque das anteriores. 
Desta forma foram feitas no total 4 medições e os resultados mostram como a 
estrutura das torres reagiu com a progressão do recalque. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 45 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
Para o estudo do perfil geotécnico da obra foram feitos dois furos de sondagens do 
tipo SPT (“Standard Penetration Test”) no local de construção de cada torre, obtendo-se, 
desta forma, dois perfis geotécnicos para o solo abaixo de cada torre. Foram executados no 
total vinte furos de sondagem (alguns em áreas do terreno fora das áreas das torres), sendo 
estes perfurados com circulação de água. O número de furos de sondagem feitos é pequeno 
pela área que cada torre ocupada, e o método de sondagem utilizando circulação de água não 
oferece informações confiáveis a respeito da consistência e estrutura do solo. A localização 
dos furos de sondagem pode ser observada no projeto de implantação da obra no Anexo A, 
precedendo os laudos de sondagem (Anexo B). 
Nas primeiras camadas de solo pôde-se verificar a predominância de argila 
arenosa de consistência média a mole, o que pôde ser constatado durante a perfuração das 
estacas, a caracterização do solo foi tátil-visual. Em alguns furos de sondagem não foi 
encontrado nível d’ água até a profundidade de sondagem, devido a topografia do terreno, no 
restante o nível d’ água estava entre 14 e 19 metros. 
A fundação dos edifícios foi executada em estacas tipo escavada mecânicamente 
com cinco diâmetros diferentes: 25, 30, 35, 40 e 55 cm, como se pode observar no projeto de 
fundação no Anexo C. Cada torre teve um total de 193 estacas, sendo o projeto de fundação 
idêntico, com exceção da profundidade mínima definida em projeto. De acordo com o projeto 
foi definida uma profundidade, para todos os diâmetros de estacas, de 13 m para as torres 1, 5, 
6, 7 e 8, de 12 m para a torre 2, e de 15 m para as torres 3 e 4. Durante a execução da 
fundação cada estaca teve sua profundidade acrescida de 0,5 m, definido pelo engenheiro 
coordenador da obra, a favor da segurança. 
5.1. MONITORAMENTO DE RECALQUE NAS TORRES 
5.1.1. Pinos 
Para uma medição do recalque foi necessário definir pontos de referência. Estes 
pontos foram dispostos na forma de pinos engastados na estrutura, tomando o devido cuidado 
estrutural. Na obra usada como estudo de caso a estrutura é de alvenaria estrutural, então os 
pinos foram engastados na argamassa de assentamento para evitar rompimento dos blocos 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 46 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
estruturais. Os pinos utilizados são diferentes dos apresentados anteriormente. Adaptou-se 
parafuso com 5mm de diâmetro. Pode-se ver na Figura 5.4 a posição dos pinos nas torres 1 e 
2 e das refeências de nível (benchmark, BM). 
 
Figura 5. 4 - Implantação das Torres 1 e 2. Detalhe da posição dos pinos e referências de nível. 
 
Optou-se por deixar o parafuso preso à estrutura para aproveitar suas ranhuras 
(Figura 5.5 e Figura 5.6) no nivelamento em relação ao RN. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 47 
 
__________________________________________________________________________________________L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 5.5 - Detalhe das ranhuras do parafuso. 
 
Figura 5.6 - Primeiro dos pontos de referência. 
Para cravação dos pinos a alvenaria foi perfurada com uma broca S5 (5mm), e 
foram usados parafusos nº 5 (diâmetro de 5mm). Os pinos foram colocados entre a quinta e a 
sexta fiada acima da viga baldrame. 
Como a estrutura da obra é de alvenaria estrutural foi instalado um número grande 
de pinos, levando em consideração o custo baixíssimo desse material, e a facilidade com que 
podem ser danificados ou ficar impedidos de acesso por algum depósito provisório. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 48 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
5.1.2. Mira 
A mira utilizada para apoiar no pino foi um escalímetro de plástico, número 1 
(Figura 5.7). Sua verticalidade foi controlada pelo auxiliar utilizando um nível de bolha. 
 
Figura 5.7 - Auxiliar segurando “mira” durante o nivelamento. 
 
6. Referência de nível 
Esse RN profundo, chamado de benchmark, é nada mais que um ponto de 
referência na topografia, servindo de marco isento de qualquer variação de recalque. Foi 
construído de forma indeslocável, evitando-se a influência externa, como movimentação de 
caminhões durante a execução da obra. 
É constituído por uma barra de aço de bitola 16 mm com comprimento de 12m 
cravada no solo. Para garantir a não-movimentação desta barra existe uma estrutura de 
proteção ao redor. 
Durante a execução da fundação da obra, que foi feita em estaca escavada, 
aproveitou-se para executar o furo da referência de nível. Dentro deste furo foram colocados 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 49 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
dois tubos de PVC de diâmetro 40mm e comprimento 5m acoplados um no outro pelas 
extremidades (Figura 5.8), envolvendo o tubo com terra solta (a da própria escavação), 
atentando sempre para sua verticalidade. Dentro deste tubo foi instalada a barra de aço, 
cravada por 2m no solo, abaixo dos dois tubos. A barra de aço, solta 10m dentro do tubo, está 
isenta de movimentação do solo ao redor (movimentação causada principalmente por tráfego 
de caminhões pesados) (Figuras 5.9 e 5.10). 
 
Figura 5.8 - Representação esquemática da referência de nível executada no terreno da obra do Res. Club 
Cheverny. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 50 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 5.9 - Fotos da referência de nível executada no Cheverny. 
 
Figura 5.10 - Fotos da referência de nível executada no Cheverny. 
5.1.3. Balizas 
Uma régua metálica foi adaptada como baliza e utilizada em todos os RN 
profundos. Optou-se por levar a régua a campo somente durante as leituras, evitando desgaste 
na numeração ou dilatação. Ela é composta por uma régua metálica de 2m, com uma trena 
metálica colada em uma face e um parafuso colado em uma das extremidades (Figura 5.11). 
A verticalidade da régua é controlada pelo auxiliar, sendo garantida por um nível 
bolha (Figura 5.12). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 51 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 5.4 - Apoio da régua no RN3. 
 
Figura 5.5 - Verticalidade da régua. 
5.1.4. Nível ótico de precisão 
Uma equipe de topografia experiente foi contratada para fazer o monitoramento 
de recalques no Residencial Club Cheverny. O nível utilizado foi o nível ótico Wild NA3 com 
placas plano-paralelas (Figura 5.13). A precisão nominal é de 0,04 mm com aproximação de 
0,01 mm. Foi feita uma série de leituras para minimizar erros e o horário das leituras foi na 
medida do possível, aproximado, para ter menor variação devido à temperatura. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 52 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 5.6 - Medição do marco inicial na alvenaria com o nível ótico. 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
6. RESULTADOS 
Para a análise dos resultados considerou-se o carregamento da estrutura das torres 
1 e 2 durante o período de execução da obra em que foi feito este estudo. Pode-se dividir esta 
análise em quatro etapas: 
 Cálculo do carregamento da estrutura; 
 Medição do recalque real; 
 Comparação entre recalque real e recalque previsto; 
 Estimativa da distorção angular. 
6.1. ESTIMATIVA DE CARGA ATUANTE 
Neste estudo a medição das cargas foi feita de forma indireta, buscando o peso 
específico de cada material e seu volume em cada pavimento, para cada serviço executado. 
Esta carga calculada para cada serviço foi colocada em paralelo com o cronograma executado 
da obra, de forma que se pôde desenvolver visualmente a evolução do carregamento das 
torres. 
Dentre os serviços calculados para a estimativa da carga nas torres, os mais 
relevantes foram: armação e concretagem das lajes e escadas, levantamento da alvenaria 
estrutural, elevador de carga, esquadrias e revestimento interno. O detalhamento da forma de 
cálculo é apresentado no Apêndice III. 
Foi medido o estágio da obra em cada campanha de medições, e com base nele 
avaliado o carregamento no momento da medição de recalque. Conhecendo a carga parcial de 
cada torre obteve-se a porcentagem do carregamento em relação ao total de projeto. O total de 
carga final de projeto foi de 7.753.000 kg por torre. O detalhamento do total de carga de 
projeto de uma torre segue no Apêndice I. Vale ressaltar que a carga de projeto das torres é 
igual pois o projeto é idêntico. Nas Tabelas 6.1 e 6.2 pode-se ver em detalhes a carga 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 54 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
percentual em cada campanha de medição de recalques (essas medições continuarão após a 
conclusão deste trabalho). 
Tabela 6.1 – Porcentagem do carregamento na Torre 1. 
TORRE 1 
 
Peso (t) 
% em relação ao peso 
total de projeto 
Variação de peso entre 
cada visita e o Marco Zero 
Medição 01 (Marco Zero) 
30-03-2011 
284,28 3,67 % - 
Medição 02 
01-09-2011 
1124,93 14,51 % 10,84 % 
Medição 03 
10-11-2011 
2261,70 29,17 % 25,51 % 
Medição 04 
28-11-2011 
2545,86 32,84% 29,17% 
 
Tabela 6.2 – Porcentagem do carregamento na Torre 2. 
TORRE 2 
 
Peso (t) 
% em relação ao peso 
total de projeto 
Variação de peso entre 
cada visita e o Marco Zero 
Medição 01 (Marco Zero) 
30-03-2011 
267,43 3,45 % - 
Medição 02 
01-09-2011 
1141,77 14,73 % 11,28 % 
Medição 03 
10-11-2011 
1994,36 25,72 % 22,27 % 
Medição 04 
28-11-2011 
2278,52 29,39 % 25,94 % 
 
A partir do projeto estrutural obteve-se a carga total de projeto para cada estaca 
(Apêndice I), calculando-se a partir desta o percentual desta carga em relação à carga total do 
prédio (Apêndice II). Comparando com as Tabelas6.1 e 6.2 obteve-se a porcentagem da carga 
em cada estaca no momento das medições de recalque. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 55 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
6.2. MEDIÇÃO DO RECALQUE REAL 
O recalque foi monitorado por meio de uma equipe de topografia especializada, 
usando nível óptico de precisão, como foi descrito no capítulo 5. Os valores medidos pela 
equipe de topografia foram armazenados em tabelas, e estas convertidas em gráficos para 
análise da evolução do recalque. Alguns acidentes (estoque permanente de material, reboco 
interno sobre o pino, etc.) ocorreram com alguns pinos, sendo esta a razão de se adotar uma 
quantidade maior de pinos (em média de doze por torre). Os pinos foram colocados nas 
extremidades dos braços do edifício, no meio e no centro, não contornando totalmente as 
torres um e dois (cobriram aproximadamente 50% do perímetro delas). 
Os seguintes gráficos possibilitam uma visualização do comportamento do 
recalque das torres no início da construção destas: 
 
 
 
 
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.1 - Torre 1 - Pino 1 
1
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 56 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
 
 
 
 
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.2 - Torre 1 - Pino 5 
5
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.3 - Torre 1 - Pino 6 
6
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 57 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
-3,50
-3,00
-2,50
-2,00
-1,50
-1,00
-0,50
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.4 - Torre 1 - Pino 10 
10
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.5 - Torre 2 - Pino 12 
12
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 58 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
 
 
 
 
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.6 - Torre 2 - Pino 16 
16
-0,50
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.7 - Torre 2 - Pino 18 
18
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 59 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
 
 
 
Como se pode observar nos Gráficos 6.4, 6.5, 6.8 e 6.9 (pinos 10, 12, 21 e 23), em 
alguns pontos a estrutura levantou alguns milímetros durante a aplicação destes 30% de carga 
iniciais, correspondentes à execução da estrutura dos primeiros 8 pavimentos. Observando a 
implantação da obra (Figura 5.4) pode-se notar que a localização destes pinos é exatamente no 
local oposto a instalação do elevador de carga e ao local de execução da escada. O local de 
instalação destes foi a parte que sofreu maior recalque das torres. O ponto 11, no qual também 
-7,00
-6,00
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.8 - Torre 2 - Pino 21 
21
-2,50
-2,00
-1,50
-1,00
-0,50
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00
ρ
 (
m
m
) 
Evolução do carregamento (t) 
Gráfico 6.9 - Torre 2 - Pino 23 
23
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 60 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
aconteceu levantamento, não foi apresentado nos resultados pela proximidade com o pino 10 
e por apresentar resultados semelhantes ao desse pino. 
6.3. COMPARAÇÃO ENTRE RECALQUE REAL E RECALQUE 
PREVISTO 
Nesta etapa fez-se uma comparação entre a previsão numérica do recalque da 
fundação desenvolvida a partir do programa GARP (SMALL; POULOS, 2007), em sua 
versão atual (versão 8.0), por Chagas & López (2011), e o monitoramento executado usando 
nível óptico de precisão. 
 
Figura 6.1 – Contornos de recalques no Bloco 1, em metros (adaptada). (CHAGAS & LÓPEZ, 2011). 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 61 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
Com a execução do programa, Chagas & López (2011) desenvolveram um gráfico 
de distribuição de recalque para análise das 8 torres. A partir da distribuição de recalques 
absolutos com o carregamento final da obra, como o exemplificado na Figura 6.1, pode-se 
obter uma projeção do recalque de cada estaca. 
A partir da porcentagem de carregamento da estrutura obtida anteriormente 
(Tabelas 6.1 e 6.2), multiplicando esta porcentagem pela projeção de recalque de cada estaca, 
obteve-se a projeção do recalque das torres com o exato carregamento nas datas de medição 
topográfica com nível óptico. Desta forma, tomando alguns pontos como exemplo, pode-se 
observar um paralelo entre a projeção de recalque e o recalque real das torres nos gráficos a 
seguir (são três colunas porque os valores são comparações da primeira medição com as 
seguintes). 
 
 
 
 
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
1 2 3
ρ
 (
m
m
) 
Diferença entre o marco 0 e as medições seguintes 
Gráfico 6.10 - Torre 1 - Pino 1 
Real
Previsto
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 62 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1 2 3
ρ
 (
m
m
) 
Diferença entre o marco 0 e as medições seguintes 
Gráfico 6.11 - Torre 1 - Pino 5 
Real
Previsto
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
1 2 3
ρ
 (
m
m
) 
Diferença entre o marco 0 e as medições seguintes 
Gráfico 6.12 - Torre 1 - Pino 6 
Real
Previsto
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 63 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
1 2 3
ρ
 (
m
m
) 
Diferença entre o marco 0 e as medições seguintes 
Gráfico 6.13 - Torre 1 - Pino 10 
Real
Previsto
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
1 2 3
ρ
 (
m
m
) 
Diferença entre o marco 0 e as medições seguintes 
Gráfico 6.14 - Torre 2 - Pino 12 
Real
Previsto
Monitoramento de Recalqueem Edificação Utilizando Nível Ótico 64 
 
__________________________________________________________________________________________ 
L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Como se pode observar nos Gráficos 6.11, 6.12 e 6.15, não se pôde calcular a 
diferença de recalque entre a primeira e a segunda medições para os pinos 5, 6 e 16. Na época 
da segunda medição havia um estoque provisório de material impedindo a visualização dos 
pinos. 
 
Pode-se observar desta forma que a evolução do recalque não se desenvolve de 
forma linear, e que a estrutura vai primeiramente recalcando nos pontos onde a carga de 
execução é mais intensa (próximo ao elevador de carga, onde são carregados e distribuídos 
por perto os materiais utilizados). Posteriormente o peso próprio da estrutura e os serviços que 
intensificam o carregamento induzem o recalque cada vez mais próximo ao projetado, sendo 
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
1 2 3
ρ
 (
m
m
) 
Diferença entre o marco 0 e as medições seguintes 
Gráfico 6.15 - Torre 2 - Pino 16 
Real
Previsto
-0,50
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
1 2 3
ρ
 (
m
m
) 
Diferença entre o marco 0 e as medições seguintes 
Gráfico 6.16 - Torre 2 - Pino 18 
Real
Previsto
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 65 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
que o recalque de projeto corresponde apenas à carga final da obra já concluída. O gráfico do 
pino 18 é exemplo de uma situação em que a estrutura se elevou 0,100 mm e posteriormente 
recalcou 2,78 mm quando o carregamento do prédio chegou a 25,72% do projetado. 
Para se desenvolver um paralelo completo entre o recalque previsto por métodos 
computacionais e o recalque real na obra é necessário um acompanhamento da obra até o 
momento em que em que as torres estejam quase completamente carregadas. 
6.4. DISTORÇÃO ANGULAR 
A análise da distorção angular define se haverá risco de um recalque diferencial 
no edifício causar danos à estrutura. Se o recalque de dois elementos for semelhante, o valor 
da distorção angular estará entre os limites de segurança discutidos no capítulo 2. Um edifício 
que apresenta dois elementos próximos recalcando de forma desigual gera um valor alto de 
distorção angular, sendo que um dos primeiros sintomas a surgir serão fissuras. 
Os edifícios em alvenaria estrutural são especialmente sensíveis a fissuras por 
serem estruturas rígidas. Mesmo não acarretando diretamente em comprometimento estrutural 
as fissuras podem ser uma oportunidade para surgimento de outras patologias que venham a 
comprometer a funcionalidade do edifício. Desta forma, para análise das duas torres deste 
residencial optou-se por manter como aceitável um limite de distorção angular de 1/750 
(escolheu-se, na Figura 2.1, o “limite a partir do qual é de recear dificuldades com máquinas 
sensíveis, por imprimir uma maior exigência na construção de um edifício em alvenaria 
estrutural, no qual a tolerância com fissuras é menor). 
Como se observou que o recalque diferencial da fundação teve uma tendência a 
ser maior durante a execução dos primeiros pavimentos, se aproximando do recalque previsto 
apenas após uma maior influência do peso próprio da estrutura, optou-se por adotar os valores 
da 3ª medição para uma melhor análise da distorção angular. 
Foram analisadas aleatoriamente algumas estacas para verificação da distorção 
angular, estas estão indicadas nas Figuras 6.2 e 6.3, assim como as linhas de distância entre 
elas. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 66 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
 
 
Figura 6.2 – Localização dos pinos da Torre 1. 
 
 
Tabela 6.3 – Análise da distorção angular entre as estacas 31 e 6 na torre 1. 
 
Torre 1 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
31 5 1,70 
0,70 12430,79 5,63E-05 1/17758 
6 8 1,00 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 67 
 
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Tabela 6.4 – Análise da distorção angular entre as estacas 38 e 31 na torre 1. 
 
Torre 1 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
38 1 1,70 
0,00 14045,66 0,00E+00 0 
31 5 1,70 
 
 
Tabela 6.5 – Análise da distorção angular entre as estacas 31 e 39 na torre 1. 
 
Torre 1 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
31 5 1,70 
3,70 9103,35 4,06E-04 1/2460 
39 10 -2,00 
 
 
Tabela 6.6 – Análise da distorção angular entre as estacas 39 e 57 na torre 1. 
 
Torre 1 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
39 10 -2,00 
1,00 2818,44 3,55E-04 1/2818 
57 11 -1,00 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 68 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
 
Figura 6.3 – Localização dos pinos da Torre 2. 
Tabela 6.7 – Análise da distorção angular entre as estacas 110 e 145 na torre 2. 
 
Torre 2 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
110 12 2,70 
1,00 15763,09 6,34E-05 1/15763 
145 16 1,70 
 
Tabela 6.8 – Análise da distorção angular entre as estacas 145 e 125 na torre 2. 
 
Torre 2 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
145 16 1,70 
2,70 15308,67 1,76E-04 1/5670 
125 23 -1,00 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 69 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
Tabela 6.9 – Análise da distorção angular entre as estacas 125 e 154 na torre 2. 
 
Torre 2 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
125 23 -1,00 
3,70 15912,43 2,33E-04 1/4301 
154 18 2,70 
Tabela 6.10 – Análise da distorção angular entre as estacas 145 e 154 na torre 2. 
 
Torre 2 
Estacas Pinos 
Recalque 
Medição 3 (mm) 
Δρ (mm) ΔL (mm) distorção angular (θ) 
145 16 1,70 
1,00 6706,02 1,49E-04 1/6706 
154 18 2,70 
Constata-se que os valores de distorção angular obtidos foram muito baixos, 
sendo muito menores que o limite máximo estabelecido de 1/750. Desta forma pode-se dizer 
que, durante a execução da obra do Residencial Club Cheverny, não tem ocorrido problemas 
de recalque diferencial, estando os valores de distorção angular em uma faixa muito segura. 
Não se prevê, portanto, o surgimento de fissuras ocasionadas por recalque desigual da 
fundação. 
Como os recalques ainda irão crescer, pode-se projetar a distorção angular final 
(supondo o crescimento linear da carga) aplicando uma relação entre a porcentagem de carga 
aplicada no momento de nossa última medição com a carga total. Assim temos: 
Tabela 6.11 – Projeção das distorções angulares para a torre 1. 
 
 
Estacas Pinos θ p/ 32,84% θ p/ 100,00%
31 5 
6 8 
38 1 
31 5 
31 5 
39 1039 10 
57 11 
Torre 1
5,63E-05 1/17758 1,71E-04 1/5832
0,00E+00 0 0,00E+00 0
4,06E-04 1/2460
3,55E-04 1/2818
1,24E-03
1,08E-03
1/808
1/926
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 70 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
Tabela 6.12 – Projeção das distorções angulares para a torre 2. 
 
 
Os valores da projeção da distorção angular para a carga 100% aplicada também 
não ultrapassaram o limite proposto de 1/750. 
Estacas Pinos θ p/ 29,39% θ p/ 100,00%
110 12 
145 16 
145 16 
125 23 
125 23 
154 18 
145 16 
154 18 
Torre 2
1/5670 6,00E-041,76E-04 1/1666
1/157636,34E-05
0 5,07E-041,49E-04 1/1971
1/4301 7,91E-042,33E-04 1/1264
2,16E-04 1/4633
 
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7. CONCLUSÃO 
Este trabalho acompanhou o carregamento de uma obra em Goiânia, o Residencial 
Club Cheverny, durante seu primeiro ano de execução. Nesse período, foi feito o 
monitoramento de recalques diretamente dependentes do processo construtivo. Observou-se 
que, além da carga própria dos serviços executados, outras cargas de construção tem 
influência no comportamento da fundação de um edifício. Essas cargas provisórias ou 
desiguais tiveram sua influência acrescida quando: 
 As torres tinham poucos pavimentos executados, cada um com poucos serviços 
finalizados, que no total equivaliam a uma pequena porcentagem do carregamento 
final; 
 Havia um carregamento significativo, em relação à carga própria da torre, 
concentrado em apenas um lado do edifício, tomando como exemplo o elevador de 
carga e a concretagem da escada (que tem uma concentração de carga maior em 
relação às outras áreas do edifício). 
Pode-se observar, portanto, que mesmo que a obra, no final, obedeça aos 
recalques previstos no projeto, o processo construtivo influencia diretamente na evolução 
deste recalque, sendo que este irá se assemelhar cada vez mais com o previsto, à medida que o 
carregamento for se tornando uniforme. 
O projeto de monitoramento de recalque do Residencial Club Cheverny teve como 
objetivo o acompanhamento das 8 torres até o período de entrega da obra. O planejamento de 
execução das primeiras duas torres previa que, no final deste ano de 2011, a estrutura estaria 
quase completa, entre o 11º e o 12º pavimento, sendo que este trabalho corresponderia ao 
acompanhamento da estrutura até próximo a sua carga total de projeto. Entretanto, o 
planejamento foi alterado a pedido da incorporadora Tenda, desacelerando a execução da obra 
para que os gastos acompanhassem a venda imobiliária. Desta forma este trabalho constitui 
uma análise do acompanhamento de recalque da obra em seu primeiro ano de execução.
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 72 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
Apesar das poucas medições feitas neste primeiro ano de execução, nota-se uma 
razoável proximidade entre os valores medidos e os previstos por Chagas & Lopéz (2011). 
Uma vez que se pôde fazer uma comparação entre o comportamento da fundação 
previsto no trabalho de Chagas & López (2011), e o comportamento real medido por uma 
equipe de topografia, pode-se concluir que uma análise da interação solo-estrutura é 
fundamental para haver uma maior precisão entre a previsão das solicitações que serão 
impostas na edificação e o que realmente ocorrerá após sua execução. 
Foi analisada também a distorção angular do recalque das fundações, verificando-
se que ela se encontra em uma faixa muito segura, principalmente em comparação com os 
valores da Figura 2.1, que mostra os danos associados a determinadas distorções angulares. 
A partir de um controle de recalque como esse, paralelo à execução da obra, os 
projetistas tanto de fundação quanto estruturais poderiam adicionar aos próximos projetos 
considerações em relação ao comportamento da fundação com certas cargas de execução da 
obra, prevendo já a localização de equipamentos como elevadores de carga e mini-gruas. 
Como temas para novos projetos de pesquisas, poderiam ser desenvolvidos: 
 Uma nova previsão do desempenho da fundação, levando em consideração seu 
comportamento durante a execução da obra; 
 E o monitoramento dos recalques influenciados por diferentes estruturas 
provisórias próximas à edificação, como gruas. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 73 
 
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L. U. N. Borges; N. M. Bueno; P. R. A. dos Santos 
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http://www.inct-reageo.ufrj.br/producao.html
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 75 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE I 
APÊNDICE I – CARREGAMENTO DE PROJETO DE UMA 
TORRE 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 76 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE I 
 
PESO TOTAL TORRE 
 
Projeto 
Estacas Carga de Projeto (t) % do total 
1 15 0,193 
2 47 0,606 
3 65 0,838 
4 47 0,606 
5 15 0,193 
6 51 0,658 
7 52 0,671 
8 66 0,851 
9 51 0,658 
10 51 0,658 
11 23 0,297 
12 36 0,464 
13 36 0,464 
14 23 0,297 
15 54 0,697 
16 59 0,761 
17 51 0,658 
18 51 0,658 
19 59 0,761 
20 49 0,632 
21 82 1,058 
22 17 0,219 
23 82 1,058 
24 49 0,632 
25 21 0,271 
26 80 1,032 
27 65 0,838 
28 34 0,439 
29 65 0,838 
30 71 0,916 
31 21 0,271 
32 46 0,593 
33 64 0,825 
34 15 0,193 
35 7 0,090 
36 58 0,748 
37 76 0,980 
38 33 0,426 
39 4 0,052 
40 86 1,109 
41 46 0,593 
42 52 0,671 
43 49 0,632 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 77 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE I 
PESO TOTAL TORRE 
 
Projeto 
Estacas Carga de Projeto (t) % do total 
44 27 0,348 
45 76 0,980 
46 63 0,813 
47 15 0,193 
48 51 0,658 
49 59 0,761 
50 49 0,632 
51 21 0,271 
52 9 0,116 
53 31 0,400 
54 37 0,477 
55 25 0,322 
56 82 1,058 
57 81 1,045 
58 23 0,297 
59 55 0,709 
60 72 0,929 
61 82 1,058 
62 54 0,697 
63 97 1,251 
64 53 0,684 
65 60 0,774 
66 86 1,109 
67 47 0,606 
68 51 0,658 
69 23 0,297 
70 35 0,451 
71 57 0,735 
72 37 0,477 
73 9 0,116 
74 58 0,748 
75 37 0,477 
76 45 0,580 
77 68 0,877 
78 67 0,864 
79 62 0,800 
80 65 0,838 
81 25 0,322 
82 100 1,290 
83 119 1,535 
84 50 0,645 
85 60 0,774 
86 86 1,109 
87 25 0,322 
88 65 0,838 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 78 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE I 
PESO TOTAL TORRE 
 
Projeto 
Estacas Carga de Projeto (t) % do total 
89 66 0,851 
90 55 0,709 
91 20 0,258 
92 35 0,451 
93 36 0,464 
94 37 0,477 
95 37 0,477 
96 45 0,580 
97 68 0,877 
98 67 0,864 
99 62 0,800 
100 66 0,851 
101 28 0,361 
102 76 0,980 
103 63 0,813 
104 91 1,174 
105 97 1,251 
106 8 0,103 
107 8 0,103 
108 57 0,735 
109 76 0,980 
110 33 0,426 
111 47 0,606 
112 52 0,671 
113 23 0,297 
114 82 1,058 
115 81 1,045 
116 18 0,232 
117 53 0,684 
118 68 0,877 
119 80 1,032 
120 39 0,503 
121 15 0,193 
122 51 0,658 
123 58 0,748 
124 49 0,632 
125 21 0,271 
126 9 0,116 
127 30 0,387 
128 11 0,142 
129 76 0,980 
130 56 0,722 
131 35 0,451 
132 55 0,709 
133 76 0,980 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 79 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE I 
PESO TOTAL TORRE 
 
Projeto 
Estacas Carga de Projeto (t) % do total 
134 17 0,219 
135 7 0,090 
136 62 0,800 
137 25 0,322 
138 57 0,735 
139 25 0,322 
140 62 0,800 
141 6 0,077 
142 58 0,748 
143 60 0,774 
144 60 0,774 
145 58 0,748 
146 37 0,477 
147 76 0,980 
148 86 1,109 
149 9 0,116 
150 86 1,109 
151 76 0,980 
152 33 0,426 
153 37 0,477 
154 58 0,748 
155 37 0,477 
156 33 0,426 
157 37 0,477 
158 12 0,155 
Total 7753 100% 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 80 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
APÊNDICE II – CARGA DE PROJETO POR ESTACA 
PROPORCIONAL A CADA CAMPANHA DE MEDIÇÃO DE 
RECALQUE 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 81 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 1 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
1 7 0,55 2,18 4,38 4,93 
2 1,72 6,82 13,71 15,43 
3 2,38 9,43 18,96 21,34 
4 1,72 6,82 13,71 15,43 
5 6 0,55 2,18 4,38 4,93 
6 8 1,87 7,40 14,88 16,75 
7 1,91 7,54 15,17 17,08 
8 2,42 9,58 19,25 21,67 
9 1,87 7,40 14,88 16,75 
10 1,87 7,40 14,88 16,75 
11 0,84 3,34 6,71 7,55 
12 1,32 5,22 10,50 11,82 
13 1,32 5,22 10,50 11,82 
14 0,84 3,34 6,71 7,55 
15 1,98 7,84 15,75 17,73 
16 2,16 8,56 17,21 19,37 
17 1,87 7,40 14,88 16,75 
18 1,87 7,40 14,88 16,75 
19 2,16 8,56 17,21 19,37 
20 9 1,80 7,11 14,29 16,09 
21 3,01 11,90 23,92 26,93 
22 0,62 2,47 4,96 5,58 
23 3,01 11,90 23,92 26,93 
24 1,80 7,11 14,29 16,09 
25 0,77 3,05 6,13 6,90 
26 2,93 11,61 23,34 26,27 
27 2,38 9,43 18,96 21,34 
28 1,25 4,93 9,92 11,16 
29 2,38 9,43 18,96 21,34 
30 2,60 10,30 20,71 23,31 
31 5 0,77 3,05 6,13 6,90 
32 1,69 6,67 13,42 15,11 
33 3 2,35 9,29 18,67 21,02 
34 0,55 2,18 4,38 4,93 
35 2 0,26 1,02 2,04 2,30 
36 2,13 8,42 16,92 19,05 
37 2,79 11,03 22,17 24,96 
38 1 1,21 4,79 9,63 10,84 
39 10 0,15 0,58 1,17 1,31 
40 3,15 12,48 25,09 28,24 
41 1,69 6,67 13,42 15,11 
42 1,91 7,54 15,17 17,08 
43 1,80 7,11 14,29 16,09 
44 0,99 3,92 7,88 8,87 
45 2,79 11,03 22,17 24,96 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 82 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 1 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
46 2,31 9,14 18,38 20,69 
47 0,55 2,18 4,38 4,93 
48 1,87 7,40 14,88 16,75 
49 2,16 8,56 17,21 19,37 
50 1,80 7,11 14,29 16,09 
51 0,77 3,05 6,13 6,90 
52 0,33 1,31 2,63 2,96 
53 1,14 4,50 9,04 10,18 
54 1,36 5,37 10,79 12,15 
55 0,92 3,63 7,29 8,21 
56 3,01 11,90 23,92 26,93 
57 11 2,97 11,75 23,63 26,60 
58 0,84 3,34 6,71 7,55 
59 2,02 7,98 16,04 18,06 
60 2,64 10,45 21,00 23,64 
61 4 3,01 11,90 23,92 26,93 
62 1,98 7,84 15,75 17,73 
63 3,56 14,07 28,30 31,85 
64 1,94 7,69 15,46 17,40 
65 2,20 8,71 17,50 19,70 
66 3,15 12,48 25,09 28,24 
67 1,72 6,82 13,71 15,43 
68 1,87 7,40 14,88 16,75 
69 0,84 3,34 6,71 7,55 
70 1,28 5,08 10,21 11,4971 2,09 8,27 16,63 18,72 
72 1,36 5,37 10,79 12,15 
73 0,33 1,31 2,63 2,96 
74 2,13 8,42 16,92 19,05 
75 1,36 5,37 10,79 12,15 
76 1,65 6,53 13,13 14,78 
77 2,49 9,87 19,84 22,33 
78 2,46 9,72 19,55 22,00 
79 2,27 9,00 18,09 20,36 
80 2,38 9,43 18,96 21,34 
81 0,92 3,63 7,29 8,21 
82 3,67 14,51 29,17 32,84 
83 4,36 17,27 34,71 39,08 
84 1,83 7,25 14,59 16,42 
85 2,20 8,71 17,50 19,70 
86 3,15 12,48 25,09 28,24 
87 0,92 3,63 7,29 8,21 
88 2,38 9,43 18,96 21,34 
89 2,42 9,58 19,25 21,67 
90 2,02 7,98 16,04 18,06 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 83 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 1 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
91 0,73 2,90 5,83 6,57 
92 1,28 5,08 10,21 11,49 
93 1,32 5,22 10,50 11,82 
94 1,36 5,37 10,79 12,15 
95 1,36 5,37 10,79 12,15 
96 1,65 6,53 13,13 14,78 
97 2,49 9,87 19,84 22,33 
98 2,46 9,72 19,55 22,00 
99 2,27 9,00 18,09 20,36 
100 2,42 9,58 19,25 21,67 
101 1,03 4,06 8,17 9,19 
102 2,79 11,03 22,17 24,96 
103 2,31 9,14 18,38 20,69 
104 3,34 13,20 26,55 29,88 
105 3,56 14,07 28,30 31,85 
106 0,29 1,16 2,33 2,63 
107 0,29 1,16 2,33 2,63 
108 2,09 8,27 16,63 18,72 
109 2,79 11,03 22,17 24,96 
110 1,21 4,79 9,63 10,84 
111 1,72 6,82 13,71 15,43 
112 1,91 7,54 15,17 17,08 
113 0,84 3,34 6,71 7,55 
114 3,01 11,90 23,92 26,93 
115 2,97 11,75 23,63 26,60 
116 0,66 2,61 5,25 5,91 
117 1,94 7,69 15,46 17,40 
118 2,49 9,87 19,84 22,33 
119 2,93 11,61 23,34 26,27 
120 1,43 5,66 11,38 12,81 
121 0,55 2,18 4,38 4,93 
122 1,87 7,40 14,88 16,75 
123 2,13 8,42 16,92 19,05 
124 1,80 7,11 14,29 16,09 
125 0,77 3,05 6,13 6,90 
126 0,33 1,31 2,63 2,96 
127 1,10 4,35 8,75 9,85 
128 0,40 1,60 3,21 3,61 
129 2,79 11,03 22,17 24,96 
130 2,05 8,13 16,34 18,39 
131 1,28 5,08 10,21 11,49 
132 2,02 7,98 16,04 18,06 
133 2,79 11,03 22,17 24,96 
134 0,62 2,47 4,96 5,58 
135 0,26 1,02 2,04 2,30 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 84 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 1 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
136 2,27 9,00 18,09 20,36 
137 0,92 3,63 7,29 8,21 
138 2,09 8,27 16,63 18,72 
139 0,92 3,63 7,29 8,21 
140 2,27 9,00 18,09 20,36 
141 0,22 0,87 1,75 1,97 
142 2,13 8,42 16,92 19,05 
143 2,20 8,71 17,50 19,70 
144 2,20 8,71 17,50 19,70 
145 2,13 8,42 16,92 19,05 
146 1,36 5,37 10,79 12,15 
147 2,79 11,03 22,17 24,96 
148 3,15 12,48 25,09 28,24 
149 0,33 1,31 2,63 2,96 
150 3,15 12,48 25,09 28,24 
151 2,79 11,03 22,17 24,96 
152 1,21 4,79 9,63 10,84 
153 1,36 5,37 10,79 12,15 
154 2,13 8,42 16,92 19,05 
155 1,36 5,37 10,79 12,15 
156 1,21 4,79 9,63 10,84 
157 1,36 5,37 10,79 12,15 
158 0,44 1,74 3,50 3,94 
Total 11 284,28 1124,93 2261,70 2545,86 
 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 85 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 2 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
1 0,52 2,21 3,86 4,41 
2 1,62 6,92 12,09 13,81 
3 2,24 9,57 16,72 19,10 
4 1,62 6,92 12,09 13,81 
5 0,52 2,21 3,86 4,41 
6 1,76 7,51 13,12 14,99 
7 1,79 7,66 13,38 15,28 
8 2,28 9,72 16,98 19,40 
9 1,76 7,51 13,12 14,99 
10 1,76 7,51 13,12 14,99 
11 0,79 3,39 5,92 6,76 
12 1,24 5,30 9,26 10,58 
13 1,24 5,30 9,26 10,58 
14 0,79 3,39 5,92 6,76 
15 1,86 7,95 13,89 15,87 
16 2,04 8,69 15,18 17,34 
17 1,76 7,51 13,12 14,99 
18 1,76 7,51 13,12 14,99 
19 2,04 8,69 15,18 17,34 
20 1,69 7,22 12,60 14,40 
21 2,83 12,08 21,09 24,10 
22 0,59 2,50 4,37 5,00 
23 2,83 12,08 21,09 24,10 
24 1,69 7,22 12,60 14,40 
25 0,72 3,09 5,40 6,17 
26 2,76 11,78 20,58 23,51 
27 2,24 9,57 16,72 19,10 
28 1,17 5,01 8,75 9,99 
29 2,24 9,57 16,72 19,10 
30 2,45 10,46 18,26 20,87 
31 0,72 3,09 5,40 6,17 
32 1,59 6,77 11,83 13,52 
33 2,21 9,43 16,46 18,81 
34 0,52 2,21 3,86 4,41 
35 0,24 1,03 1,80 2,06 
36 2,00 8,54 14,92 17,05 
37 2,62 11,19 19,55 22,34 
38 1,14 4,86 8,49 9,70 
39 0,14 0,59 1,03 1,18 
40 2,97 12,67 22,12 25,27 
41 1,59 6,77 11,83 13,52 
42 1,79 7,66 13,38 15,28 
43 1,69 7,22 12,60 14,40 
44 0,93 3,98 6,95 7,94 
45 2,62 11,19 19,55 22,34 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 86 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 2 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
46 2,17 9,28 16,21 18,52 
47 0,52 2,21 3,86 4,41 
48 1,76 7,51 13,12 14,99 
49 2,04 8,69 15,18 17,34 
50 1,69 7,22 12,60 14,40 
51 0,72 3,09 5,40 6,17 
52 0,31 1,33 2,32 2,65 
53 1,07 4,57 7,97 9,11 
54 1,28 5,45 9,52 10,87 
55 0,86 3,68 6,43 7,35 
56 2,83 12,08 21,09 24,10 
57 2,79 11,93 20,84 23,81 
58 0,79 3,39 5,92 6,76 
59 1,90 8,10 14,15 16,16 
60 2,48 10,60 18,52 21,16 
61 2,83 12,08 21,09 24,10 
62 1,86 7,95 13,89 15,87 
63 3,35 14,29 24,95 28,51 
64 1,83 7,81 13,63 15,58 
65 2,07 8,84 15,43 17,63 
66 2,97 12,67 22,12 25,27 
67 1,62 6,92 12,09 13,81 
68 1,76 7,51 13,12 14,99 
69 0,79 3,39 5,92 6,76 
70 1,21 5,15 9,00 10,29 
71 1,97 8,39 14,66 16,75 
72 1,28 5,45 9,52 10,87 
73 0,31 1,33 2,32 2,65 
74 2,00 8,54 14,92 17,05 
75 1,28 5,45 9,52 10,87 
76 1,55 6,63 11,58 13,23 
77 2,35 10,01 17,49 19,98 
78 2,31 9,87 17,23 19,69 
79 2,14 9,13 15,95 18,22 
80 2,24 9,57 16,72 19,10 
81 0,86 3,68 6,43 7,35 
82 3,45 14,73 25,72 29,39 
83 4,10 17,52 30,61 34,97 
84 1,72 7,36 12,86 14,69 
85 2,07 8,84 15,43 17,63 
86 2,97 12,67 22,12 25,27 
87 0,86 3,68 6,43 7,35 
88 2,24 9,57 16,72 19,10 
89 2,28 9,72 16,98 19,40 
90 1,90 8,10 14,15 16,16 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 87 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 2 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
91 0,69 2,95 5,14 5,88 
92 1,21 5,15 9,00 10,29 
93 22 1,24 5,30 9,26 10,58 
94 1,28 5,45 9,52 10,87 
95 1,28 5,45 9,52 10,87 
96 1,55 6,63 11,58 13,23 
97 2,35 10,01 17,49 19,98 
98 2,31 9,87 17,23 19,69 
99 2,14 9,13 15,95 18,22 
100 2,28 9,72 16,98 19,40 
101 0,97 4,12 7,20 8,23 
102 13 2,62 11,19 19,55 22,34 
103 2,17 9,28 16,21 18,52 
104 3,14 13,40 23,41 26,74 
105 14 3,35 14,29 24,95 28,51 
106 0,28 1,18 2,06 2,35 
107 0,28 1,18 2,06 2,35 
108 1,97 8,39 14,66 16,75 
109 2,62 11,19 19,55 22,34 
110 12 1,14 4,86 8,49 9,70 
111 1,62 6,92 12,09 13,81 
112 1,79 7,66 13,38 15,28 
113 0,79 3,39 5,92 6,76 
114 2,83 12,08 21,09 24,10 
115 2,79 11,93 20,84 23,81 
116 0,62 2,65 4,63 5,29 
117 1,83 7,81 13,6315,58 
118 2,35 10,01 17,49 19,98 
119 2,76 11,78 20,58 23,51 
120 1,35 5,74 10,03 11,46 
121 0,52 2,21 3,86 4,41 
122 1,76 7,51 13,12 14,99 
123 2,00 8,54 14,92 17,05 
124 1,69 7,22 12,60 14,40 
125 23 0,72 3,09 5,40 6,17 
126 0,31 1,33 2,32 2,65 
127 1,03 4,42 7,72 8,82 
128 21 0,38 1,62 2,83 3,23 
129 2,62 11,19 19,55 22,34 
130 1,93 8,25 14,41 16,46 
131 1,21 5,15 9,00 10,29 
132 1,90 8,10 14,15 16,16 
133 15 2,62 11,19 19,55 22,34 
134 0,59 2,50 4,37 5,00 
135 0,24 1,03 1,80 2,06 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 88 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE II 
TORRE 2 
 Carga medida (t) 
Estacas Pinos 
Visita 01 
Marco Zero 
30-03-2011 
Visita 02 
01-09-2011 
Visita 03 
10-11-2011 
Visita 04 
28-11-2011 
136 2,14 9,13 15,95 18,22 
137 0,86 3,68 6,43 7,35 
138 1,97 8,39 14,66 16,75 
139 0,86 3,68 6,43 7,35 
140 2,14 9,13 15,95 18,22 
141 0,21 0,88 1,54 1,76 
142 2,00 8,54 14,92 17,05 
143 2,07 8,84 15,43 17,63 
144 2,07 8,84 15,43 17,63 
145 16 2,00 8,54 14,92 17,05 
146 1,28 5,45 9,52 10,87 
147 20 2,62 11,19 19,55 22,34 
148 2,97 12,67 22,12 25,27 
149 0,31 1,33 2,32 2,65 
150 2,97 12,67 22,12 25,27 
151 2,62 11,19 19,55 22,34 
152 19 1,14 4,86 8,49 9,70 
153 1,28 5,45 9,52 10,87 
154 18 2,00 8,54 14,92 17,05 
155 1,28 5,45 9,52 10,87 
156 17 1,14 4,86 8,49 9,70 
157 1,28 5,45 9,52 10,87 
158 0,41 1,77 3,09 3,53 
Total 12 267,43 1141,77 1994,36 2278,52 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 89 
 
__________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE III 
APÊNDICE III – CARREGAMENTO DETALHADO DOS 
SERVIÇOS EM CADA CAMPANHA DE MEDIÇÃO DOS 
RECALQUES 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 90 
 
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE III 
 
 
 
CARGA TOTAL DAS TORRES NO MOMENTO DAS MEDIÇÕES - TORRE 1 
 Medição 01 - Marco Zero Data: 30/03/2011 
 
Armação 
(kg) 
Escada + 
Hall (kg) 
Lajes (kg) 
Alvenaria 
(kg) 
Gesso 
Corrido (kg) 
Elevador de 
Carga (kg) 
Esquadrias 
(kg) 
Total (kg) 
Térreo 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - - - 284.276,34 
Total 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 0,00 0,00 0,00 284.276,34 
 Medição 02 Data: 01/09/2011 
 
Armação 
(kg) 
Escada + 
Hall (kg) 
Lajes (kg) 
Alvenaria 
(kg) 
Gesso 
Corrido (kg) 
Elevador de 
Carga (kg) 
Esquadrias 
(kg) 
Total (kg) 
Térreo 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - 1.300,00 1.974,05 287.550,40 
1º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - 1.974,05 285.399,01 
2º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - 1.974,05 285.399,01 
3º pavimento 7.150,65 170.208,00 89.222,80 - 266.581,45 
Total 29.453,99 680.832,00 50.530,50 356.891,21 0,00 1.300,00 5.922,16 1.124.929,86 
 Medição 03 Data: 10/11/2011 
 
Armação 
(kg) 
Escada + 
Hall (kg) 
Lajes (kg) 
Alvenaria 
(kg) 
Gesso 
Corrido (kg) 
Elevador de 
Carga (kg) 
Esquadrias 
(kg) 
Total (kg) 
Térreo 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.300,00 1.974,05 287.570,16 
1º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
2º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
3º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
4º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 284.182,29 
5º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 284.182,29 
6º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 1.974,05 284.162,53 
7º pavimento 5.914,17 170.208,00 89.222,80 265.344,97 
Total 53.110,67 1.361.664,00 117.904,50 713.782,42 118,61 1.300,00 13.818,38 2.261.698,58 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 91 
 
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE III 
Medição 04 Data: 28/11/2011 
 
Armação 
(kg) 
Escada + 
Hall (kg) 
Lajes (kg) 
Alvenaria 
(kg) 
Gesso 
Corrido (kg) 
Elevador de 
Carga (kg) 
Esquadrias 
(kg) 
Total (kg) 
Térreo 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1300,00 1974,05 287570,16 
1º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1974,05 285418,77 
2º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1974,05 285418,77 
3º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1974,05 285418,77 
4º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1974,05 284182,29 
5º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1974,05 284182,29 
6º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 1974,05 284162,53 
7º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 1974,05 284162,53 
8º pavimento 5914,17 170.208,00 89.222,80 265344,97 
Total 59024,84 1.531.872,00 134.748,00 803.005,22 118,61 1.300,00 15792,44 2545861,10 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 92 
 
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE III 
CARGA TOTAL DAS TORRES NO MOMENTO DAS MEDIÇÕES - TORRE 2 
 Medição 01 - Marco Zero Data: 30/03/2011 
 
Armação 
(Kg) 
Escada + 
Hall (Kg) 
Lajes (Kg) 
Alvenaria 
(Kg) 
Gesso 
Corrido (Kg) 
Elevador de 
Carga (Kg) 
Esquadrias 
(Kg) 
Total (Kg) 
Térreo 8002,04 170208,00 0,00 89222,80 - - 267432,84 
Total 8002,04 170208,00 0,00 89222,80 0,00 0,00 0,00 267432,84 
 Medição 02 Data: 01/09/2011 
 
Armação 
(Kg) 
Escada + 
Hall (Kg) 
Lajes (Kg) 
Alvenaria 
(Kg) 
Gesso 
Corrido (Kg) 
Elevador de 
Carga (Kg) 
Esquadrias 
(Kg) 
Total (Kg) 
Térreo 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - 1.300,00 1.974,05 287.550,40 
1º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - 1.974,05 285.399,01 
2º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - 1.974,05 285.399,01 
3º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 - 283.424,95 
Total 29.453,99 680.832,00 67.374,00 356.891,21 0,00 1.300,00 5.922,16 1.141.773,36 
 Medição 03 Data: 10/11/2011 
 
Armação 
(Kg) 
Escada + 
Hall (Kg) 
Lajes (Kg) 
Alvenaria 
(Kg) 
Gesso 
Corrido (Kg) 
Elevador de 
Carga (Kg) 
Esquadrias 
(Kg) 
Total (Kg) 
Térreo 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.300,00 1.974,05 287.570,16 
1º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
2º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
3º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
4º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 284.182,29 
5º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 1.974,05 284.162,53 
6º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 282.188,47 
Total 47.196,50 1.191.456,00 117.904,50 624.559,61 98,84 1.300,00 11.844,33 1.994.359,78 
 
Monitoramentode Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 93 
 
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
APÊNDICE III 
 
Medição 04 Data: 28/11/2011 
 
Armação 
(Kg) 
Escada + 
Hall (Kg) 
Lajes (Kg) 
Alvenaria 
(Kg) 
Gesso 
Corrido (Kg) 
Elevador de 
Carga (Kg) 
Esquadrias 
(Kg) 
Total (Kg) 
Térreo 8.002,04 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.300,00 1.974,05 287.570,16 
1º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
2º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
3º pavimento 7.150,65 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 285.418,77 
4º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 19,77 1.974,05 284.182,29 
5º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 1.974,05 284.162,53 
6º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 1.974,05 284.162,53 
7º pavimento 5.914,17 170.208,00 16.843,50 89.222,80 282.188,47 
Total 53.110,67 1.361.664,00 134.748,00 713.782,42 98,84 1.300,00 13.818,38 2.278.522,31 
 
Observações: 
 O peso das armações inclui laje, escada e alvenaria; 
 O peso específico do concreto usado, de 25 MPa é de 2.400 kg/m3; 
 O peso específico da argamassa é de 2.100 kg/m3; 
 As esquadrias de ferro, madeira e alumínio tem respectivamente 7.800, 925 e 2.550 kg/m3. 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 0 
__________________________________________________________________________________________ 
ANEXO A 
ANEXO A _ MAPA DE LOCALIZAÇÃO SPT (STANDARD 
PENETRATION TEST) 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 1 
__________________________________________________________________________________________ 
ANEXO A 
 
 
Figura A. 1 - Mapa de localização SPT (CHAGAS & LÓPEZ, 2011) 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 2 
 __________________________________________________________________________________________ 
ANEXO B 
ANEXO B _ LAUDOS DE SONDAGEM SPT (STANDARD 
PENETRATION TEST) 
 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 3 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
ANEXO B 
 
Figura B. 1 – Laudo SPT 14 (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 4 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
ANEXO B 
 
Figura B. 2 - Laudo SPT 14’ (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 5 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
ANEXO B 
. 
Figura B. 3 – Laudo SPT 15 (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 6 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
ANEXO B 
 
Figura B. 4 - Laudo SPT 16 (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 7 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
ANEXO B 
 
Figura B. 5 - Laudo SPT 17 (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 8 
 
 __________________________________________________________________________________________ 
ANEXO B 
 
Figura B. 6 - Laudo SPT 18 (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 9 
 
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ANEXO B 
 
Figura B. 7 - Laudo SPT 18' (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 10 
 
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ANEXO B 
 
Figura B. 8 - Laudo SPT 19 (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 11 
 
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ANEXO B 
 
Figura B. 9 - Laudo SPT 19' (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 12 
 
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ANEXO B 
 
Figura B. 10 - Laudo SPT 20 (ENGESOL, 2011). 
Monitoramento de Recalque em Edificação Utilizando Nível Ótico 13 
 
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ANEXO C 
ANEXO C - PROJETO DE FUNDAÇÃO DE UMA TORRE DO 
RESIDENCIAL CLUB CHEVERNY

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