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caso clinico rangelia

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FACULDADE VALE DO AÇO
AÇAILÂNDIA,12 DE MARÇO DE 2022.
ALUNO(A): JOSHUA PINHEIRO DA SILVA
MATRÍCULA:000842
EMAI’L: Joshua.face123@gmail.com
DISCIPLINA: DOENÇAS PARASITÁRIAS
PROFESSORA ARANNADIA BARBOSA
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
CASO 2 – RANGELIA
Um canino, macho, sem raça definida (SRD), pesando 28 Kg, pertencente ao canil de doação apresentou perda de peso discreta e progressiva (apesar de alimentar-se normalmente), apatia, sialorréia e, alguns dias após os sinais iniciais, demonstrou epistaxe, diarréia sanguinolenta e sangramento espontâneo na borda das orelhas.
No exame clínico, observaram-se a presença de ectoparasitas, como carrapatos e pulgas. Foi solicitado hemograma e pesquisa de hemoparasitos.
O hemograma apresentou apenas discretas alterações, como leve anemia regenerativa, linfocitose e proteínas plasmáticas totais (PPT) elevadas (8,8 g/dl). No esfregaço sanguíneo de ponta de orelha, pode-se observar macrófagos contendo microrganismos em seu interior.
QUESTÕES INTRODUTÓRIAS:
1–Sublinhe e pesquise o conceito de todas as palavras e expressões desconhecidas.
Epistaxe: perda de sangue pelo nariz.
2 –Perguntas que poderiam ser feitas ao proprietário?
Quais os sintomas observados?
O animal se alimenta bem?
Está se hidratando bem?
Demonstra estar apático?
Está fazendo suas necessidades normais?
OBJETIVOS:
1)Identificar o agente causador.
Rangelia: é um protozoário que parasita eritrócitos, neutrófilos e monócitos. É transmitida por carrapatos (Amblyoma aureolatum e Rhipicephalus sanguineus).
2)Compreender os fatores relacionados às alterações clínicas, patológicas e laboratoriais.
Os achados comuns relacionados ao caso em si refletem nas seguintes alterações, os animais infectados podem apresentar os seguintes sinais clínicos: icterícia, febre intermitente, apatia, anorexia, fraqueza, desidratação, perda de peso, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, petéquias, hematêmese, sangramento nasal e diarreia sanguinolenta.
 O curso da doença varia de alguns dias a três meses, dependendo do estágio da doença e pode ser agudo (icterícia), subagudo (hemorrágico) ou crônico. A sobreposição dessas etapas tem sido descrita na literatura. Os parasitas estão presentes nos glóbulos vermelhos, neutrófilos e monócitos. Os achados laboratoriais são anemia macrocítica hipocrômica, que é resultado da lise das hemácias envolvidas, mas também pode ocorrer anemia normocítica normocrômica. A anemia é regenerativa se houver tempo suficiente para uma resposta da medula óssea.
Com base nisso, anisocitose, metarrubricitemia, policromasia e corpúsculos de Howell-Jolly podem ser observados em esfregaços de sangue. Esferócitos e aglutinação de eritrócitos também podem ser observados. A leucocitose pode ou não estar presente e a trombocitopenia pode variar de leve a moderada. 
Os resultados bioquímicos séricos são inespecíficos, processos inflamatórios podem levar à elevação das enzimas hepáticas e, em casos mais graves da doença, a lise das hemácias pode levar à elevação da bilirrubina. A urina pode ser escura devido à presença de urobilinogênio e bilirrubina excretada.
3)Realizar o diagnóstico.
O diagnóstico é por PCR de sangue total em EDTA, medula óssea e material de linfonodo em EDTA. A coleta de sangue periférico da ponta ou cauda da orelha aumenta a chance de detectar o DNA do patógeno. Outros métodos para auxiliar no diagnóstico incluem esfregaços auriculares, aspiração por agulha fina de linfonodos e estudos de medula óssea para investigação direta.
Este distúrbio pode ser confundido com outros distúrbios devido às semelhanças nos sintomas clínicos. O diagnóstico diferencial deve incluir: babesiose, erliquiose, leishmaniose, leptospirose, vermes intestinais e outros distúrbios com anemia, icterícia, febre, aumento do fígado/baço e sangramento. Se o paciente não for tratado a tempo, pode se transformar em morte. O cão recuperado ganha imunidade ao parasita.
4)Instituir o tratamento (PA, dose, período).
O tratamento da rangeliose e de outros hemoprotozoários é realizado a partir da utilização de drogas antiparasitárias que têm por objetivo eliminar o agente causador da doença. Corticosteroides podem ser utilizados para tratar a anemia hemolítica imunomediada.
Trata-se com doxiclina, recomenda-se a dose de 5 mg/kg a cada 12 horas ou 10 mg/kg a cada 24 horas. O tratamento mínimo é de 28 dias podendo ser estendido para 6 a 8 semanas, principalmente em pacientes com infecção crônica. Reinfecção e recidiva da enfermidade são comuns. Assim sendo, os cães precisam ser monitorados a cada 3 meses após a normalização clínica e laboratorial.
5)Identificar as medidas de prevenção e controle.
Utilização de coleiras repelentes, contra carrapatos e o uso de carrapaticidas no local onde se encontra o animal (se a área for relativamente pequena), não podemos esquecer de atualizar as vacinas e o reforço da imunidade do animal, para que o mesmo não volte a se acometido pela doença.

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