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APOSTILA ATUALIZAÇÃO MOPP 16 HRS

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Educação Profissional
Atualização para 
Condutores de Veículo 
de Transporte de 
Cargas de Produtos 
Perigosos
Diretoria Executiva Nacional
Gerência Executiva de Desenvolvimento Profissional
Educação Profissional
Atualização para Condutores de Veículo de Transporte de Cargas de Produtos Perigosos
Material do aluno
A redação e as imagens aqui apresentadas não substituem as publicações do Conselho Nacional
de Trânsito - CONTRAN.
Novembro/2021
Fale conosco
0800 728 2891
www.sestsenat.org.br
Curso on-line – Atualização para condutores de 
veículo de transporte de cargas de produtos perigosos: 
material do aluno. – Brasília: SEST/SENAT, 2021.
 79 p.: il.
 
 1. Legislação de trânsito. 2. Prevenção de incêndio. 
3. Movimentação de carga. I. Serviço Social do 
Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do 
Transporte.
 DU 656.073.436
https://www.sestsenat.org.br/
ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO 
DE TRANSPORTE DE CARGAS DE PRODUTOS 
PERIGOSOS
Apresentação ............................................................................................................................ 9
MÓDULO I - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ................................................................11
1. Retomada dos conteúdos do curso de especialização ............................................. 12
1.1. O Código de Trânsito Brasileiro ...................................................................... 12
1.2. Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos ....................... 13
1.3. Sinalização viária ............................................................................................... 16
1.4. Infrações, crimes de trânsito e penalidades .................................................... 17
1.5. Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação .................. 20
2. Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos legais
promulgados recentemente ............................................................................................ 22
2.1. Legislação Específica sobre Transporte de Produtos Perigosos ................... 22
2.2. A Lei dos Motoristas e sua Repercussão na Atividade de Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos .......................................................................... 25
2.3. Documentação para o transporte rodoviário de produtos perigosos .......... 26
Resumindo ....................................................................................................................... 28
MÓDULO II - DIREÇÃO DEFENSIVA .........................................................................31
1. A direção defensiva como meio importante para a segurança do condutor,
passageiros, pedestres e demais usuários do trânsito .................................................. 32
1.1. Acidente evitável ou não evitável ..................................................................... 33
2. Entendendo as condições adversas ........................................................................... 33
2.1. Condições adversas de luminosidade ............................................................. 33
2.2. Condições adversas de tempo ou clima .......................................................... 34
2.3. Condições adversas da via ................................................................................ 34
2.4. Condições adversas do tráfego ......................................................................... 34
2.5. Condições adversas doveículo ......................................................................... 34
2.6. Condições adversas da carga ............................................................................ 35
2.7. Condições adversas do motorista .................................................................... 35
3. Como ultrapassar e ser ultrapassado ......................................................................... 35
4. Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito ................ 36
5. A responsabilidade do condutor de veículos especializados de dirigir
defensivamente ................................................................................................................ 36
5.1.1. Conhecimento ................................................................................................ 37
5.1.2. Atenção ............................................................................................................ 37
5.1.3. Previsão ........................................................................................................... 38
5.1.4. Decisão ............................................................................................................ 38
5.1.5. Habilidade ....................................................................................................... 38
6. Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso relacionando
teoria e prática ................................................................................................................. 39
6.1. Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que
pode poupar vidas .................................................................................................... 39
6.2. Estado físico e mental do condutor ................................................................. 40
6.2.1. Fadiga e sono................................................................................................... 40
6.2.2. Álcool ............................................................................................................... 41
6.2.3. Drogas e medicamentos ................................................................................. 41
6.2.4. Aspectos psíquicos ......................................................................................... 41
Resumindo ....................................................................................................................... 42
MÓDULO III - NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL ...................................................................45
1. Noções de primeiros socorros, respeito ao meio ambiente e convívio social ...... 46
1.1. Primeiros socorros ............................................................................................ 46
1.2. Verificação das condições gerais de vítima de acidente ................................ 49
1.2.1. Verificando as Condições Gerais da Vítima ................................................ 49
1.2.2. Vítima Inconsciente ....................................................................................... 50
2. Atualização de conhecimentos .................................................................................. 52
2.1. O veículo como agente poluidor do meio ambiente ...................................... 52
2.1.1. Regulamentação do CONAMA sobre a poluição ambiental
causada por veículos ................................................................................................. 53
2.1.2. O Projeto Despoluir ....................................................................................... 54
2.1.3. Manutenção preventiva do veículo............................................................... 55
2.1.4. A Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor e o CTB ..................... 56
Resumindo .............................................................................................................................. 57
MÓDULO IV - PREVENÇÃO DE INCÊNDIO, MOVIMENTAÇÃO
DE PRODUTOS PERIGOSOS ........................................................................................62
1. Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de especialização, estabelecendo a
relação com a prática vivenciada pelos condutores no exercício da profissão ......... 62
1.1. Classificação dos Produtos Perig osos ................................................................... 621.2. Comportamento preventivo do motorista para todas as classes de risco .......... 63
1.3. Procedimentos em caso de emergência ................................................................. 65
1.4. Equipamentos para situação de emergência ......................................................... 66
1.5. Prevenção de incêndio ............................................................................................. 67
1.5.1. Classificação de incêndios ............................................................................... 68
1.5.2. Tipos de extintores, seus agentes e manuseio ............................................... 69
2. Atualização de conhecimentos sobre novas tecnologias e procedimentos
que tenham surgido no manejo e transporte de cargas perigosas ............................. 70
2.1. Computador de bordo ........................................................................................ 70
2.2. Sistema de posicionamento global - GPS ......................................................... 70
2.3. Tecnologias de informação e comunicação - TICs .......................................... 71
2.4. Rastreadores ......................................................................................................... 71
2.5. Bloqueadores ........................................................................................................ 71
2.6. Botão de pânico ................................................................................................... 71
2.7. Câmeras internas e externas .............................................................................. 72
2.8. Sensores de pressão dos pneus ........................................................................... 72
Resumindo .............................................................................................................................. 72
Referências ......................................................................................................................74
Comprometido com o desenvolvimento do transporte no país, o SEST SENAT oferece um 
programa educacional que contribui para a valorização cidadã, o desenvolvimento profissional, 
a qualidade de vida e a empregabilidade do trabalhador do transporte, por meio da oferta de 
diversos cursos que são desenvolvidos nas Unidades Operacionais do SEST SENAT em todo 
o Brasil.
Sempre atento às inovações e demandas por uma educação profissional de qualidade, o SEST 
SENAT reestruturou todo o portfólio de materiais didáticos e de apoio aos cursos presenciais 
da instituição, adequando-os às diferentes metodologias e aos tipos de cursos, alinhando-os 
aos avanços tecnológicos do setor, às tendências do mercado de trabalho, às perspectivas da 
sociedade e à legislação vigente.
Esperamos, assim, que este material, que foi desenvolvido com alto padrão de qualidade 
pedagógica, necessário ao desenvolvimento do seu conhecimento, seja um facilitador do 
processo de ensino e aprendizagem.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
Prezado Aluno,
Desejamos-lhe boas-vindas ao Curso Atualização para Condutores de Veículo de Transporte 
de Cargas de Produtos Perigosos! Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos 
conhecimentos e aprofundar as competências que você já tem!
Este curso é destinado aos condutores que atuam no transporte de produtos perigosos e que 
já têm a Carteira Nacional de Habilitação e já tenham realizado o curso Especializado para 
Condutores de Veículos de Transporte de Carga de Produtos Perigosos. O curso especializado 
tem validade de, no máximo, cinco anos. Após esse período, o condutor deve realizar a 
atualização do curso. O objetivo geral do curso é proporcionar condições para que o condutor 
de transporte de produtos perigosos conduza o veículo com segurança e responsabilidade.
O curso foi desenvolvido em quatro módulos, cujos temas e carga horária seguem criteriosamente 
o estabelecido nas Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Os módulos 
são: Legislação de Trânsito; Direção Defensiva; Noções de Primeiros Socorros; Respeito ao 
Meio Ambiente e Convívio Social; e Prevenção de Incêndios e Movimentação de Produtos 
Perigosos.
Os módulos do Curso de Atualização para Condutores de Veículos de Transporte de Cargas 
de Produtos Perigosos estão divididos em unidades para facilitar o aprendizado. No início 
de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos que se 
pretende alcançar.
Nesse sentido, esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior 
é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a resolver os problemas 
encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
9
MÓDULO I
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
1. Retomada dos conteúdos do curso de
especialização
2. Atualização sobre resoluções, leis e outros
documentos legais promulgados recentemente
MÓDULO I - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Você se lembra com qual categoria de habilitação se pode conduzir um veículo transportador 
de produtos perigosos? Qual a documentação exigida do condutor e do veículo? A que infra-
ções o condutor está sujeito? Qual é a legislação de transporte específica para a movimentação 
rodoviária de produtos perigosos? Quais as responsabilidades do condutor?
1. RETOMADA DOS CONTEÚDOS DO CURSO DE 
ESPECIALIZAÇÃO
1.1. O Código de Trânsito Brasileiro
O Brasil tem um conjunto de leis que regem e disciplinam o trânsito nas vias terrestres. A prin-
cipal delas é a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o CTB. Além dele, existe 
a legislação complementar, as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e 
outras regulamentações estaduais e municipais.
O CTB está em constante atualização, para ver as úl-
timas atualizações acesse-o diretamente na página 
do Planalto. 
Lei 9.503/97 - CTB
Neste primeiro módulo apresentaremos, resumidamente, as disposições do Código de Transito 
Brasileiro (CTB) relacionadas aos seguintes temas: atualização de requisitos para a matrícula no 
curso especializado de transporte de produtos perigosos, categorias de habilitação e veículos 
correspondentes, documentação exigida do condutor e do veícul, sinalização viária, infração, 
crimes e penalidades, regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação.
12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm
1.2. Categoria de habilitação e relação com veículos 
conduzidos
Para a condução de veículos automotores é obrigatório o porte do documento de habilitação, 
apresentado no original e dentro da data de validade.
O documento de habilitação não pode estar plastificado para que sua autenticidade possa ser 
verificada.
São documentos de habilitação:
• Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) — habilita o condutor somente para 
conduzir ciclomotores e cicloelétricos.
• Permissão para Dirigir (PPD) — categorias A e B.
• Carteira Nacional de Habilitação (CNH) — categorias A, B, C, D e E.
A Carteira Nacional de Habilitação eletrônica (CNH-e) foi implantada em 2018, a qual pode 
substituir o documento em formato físico. A CNH digital não pode ser considerada 
necessariamente uma substituta que irá eliminar a outra, visto que o documento físico continua 
sendo emitido em papel.
A possibilidade de se utilizar um ou outro 
documento surgiu como uma boa notícia, visto 
que o motorista que não portar a carteira física, 
mas portar a carteira digital não será multado 
nem perderá pontos na sua carteira.
Para ter acesso à CNH digital, é necessário 
baixar o aplicativo no celular e ainda ter a CNH 
emitida a partir de maio de 2017.
O artigo nº 143 do CTB estabelece que os 
candidatos à CNH podem habilitar-se nas categorias A, B, C, D ou E. A tabela a seguir relaciona 
a categoria de habilitação com o tipo de veículo conduzido. Quanto às categorias de CNH e 
autorizações, de acordo com o Anexo I da Resolução CONTRAN no 789/2020), podem ser:
13
Documento de
habilitação
Categoria Especificação
ACC -
- Ciclomotores;- Bicicletas dotadas originalmente de motor elétrico 
auxiliar, bem como aquelas que tiverem o dispositivo 
motriz agregado posteriormente à sua estrutura, em que 
se verifique, ao menos, uma das seguintes situações: 
I – com potência nominal superior a 350 W;
II – velocidade máxima superior a 25 km/h;
III – funcionamento do motor sem a necessidade de o 
condutor pedalar; e
IV – dispor de acelerador ou de qualquer outro dispositivo 
de variação manual de potência.
PPD/CNH A
- Veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, 
com ou sem carro lateral ou semirreboque especialmente 
projetado para uso exclusivo deste veículo;
- Todos os veículos abrangidos pela ACC. Obs.: não se 
aplica a quadriciclos, cuja categoria é a B.
PPD/CNH B
- Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela 
categoria A, cujo Peso Bruto Total (PBT) não exceda a 
3.500 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído 
o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e elétricos em que 
a unidade tratora se enquadre na categoria B, com unidade 
acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada, 
desde que a soma das duas unidades não exceda o peso 
bruto total de 3.500 kg e cuja lotação total não exceda a 
oito lugares, excluído o do motorista;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo peso 
não exceda a 6.000 kg e cuja lotação não exceda a oito 
lugares, excluído o do motorista;
- Tratores de roda e equipamentos automotores destinados 
a executar trabalhos agrícolas;
- Quadriciclos de cabine aberta ou fechada.
14
CNH C
- Veículos automotores e elétricos utilizados em transporte 
de carga, cujo PBT exceda a 3.500 kg;
- Tratores de esteira, tratores mistos ou equipamentos 
automotores destinados à movimentação de cargas, de 
terraplanagem, de construção ou de pavimentação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo PBT 
ultrapasse 6.000 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares, 
excluído o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e elétricos não 
abrangidas pela categoria B, em que a unidade tratora 
se enquadre nas categorias B ou C, e desde que o PBT 
da unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou 
articulada seja menor que 6.000 kg;
- Todos os veículos abrangidos pela categoria B
CNH D
- Veículos automotores e elétricos utilizados no transporte 
de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído 
o do condutor;
- Veículos destinados ao transporte de escolares 
independentemente da lotação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cuja lotação 
exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
- Ônibus articulado; - Todos os veículos abrangidos nas 
categorias B e C.
CNH E
- Combinações de veículos automotores e elétricos em que 
a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e 
cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou 
articulada tenha 6.000 kg ou mais de PBT, ou cuja lotação 
exceda a oito lugares;
- Combinações de veículos automotores e elétricos com 
mais de uma unidade tracionada, independentemente da 
capacidade máxima de tração ou PBTC;
- Todos os veículos abrangidos nas categorias B, C e D.
15
1.3. Sinalização viária
O Capítulo VII e o Anexo II do CTB tratam da sinalização necessária para orientar os 
condutores e os pedestres.
Vertical de Regulamentação - Regulamentação
Vertical de Advertência - Advertência
Vertical de Indicação - Indicação
A sinalização viária é composta de (CTB, art. 87):
• sinalização vertical (placas);
• sinalização horizontal (faixas, marcas, símbolos e legendas);
• dispositivos de sinalização auxiliar (cones, sonorizadores, tapumes, marcadores);
• luminosos (semáforos);
• sonoros (apitos);
• gestos do agente de trânsito e do condutor.
A Resolução nº 704/2017 estabelece padrões e critérios para sinalização semafórica com sinal 
sonoro para travessia de pedestres com deficiência visual.
Art. 2º O semáforo com sinal sonoro destinado a informar às pessoas com deficiência visual 
os períodos de verde, de vermelho intermitente e de vermelho fixo dos semáforos de pedestres 
deve operar segundo os padrões e critérios definidos nesta Resolução.
A sinalização tem a seguinte ordem de prevalência (CTB, art. 89):
• as ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem sobre as normas 
de circulação e outros sinais;
• as indicações dos semáforos têm preferência sobre os demais sinais;
• as indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas de trânsito.
16
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos-senatran/educacao/publicacoes/manual_vol_i_2.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos-senatran/educacao/publicacoes/manual_vol_ii_-2.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos-senatran/educacao/publicacoes/manual_vol_iii_2.pdf
1.4. Infrações, crimes de trânsito e penalidades
Para que você tenha uma ideia das sanções 
impostas aos infratores e aplicadas pelo 
DETRAN, Prefeituras, Polícias Rodoviárias 
e outros órgãos com jurisdição sobre a via, 
atente-se ao seguinte rol:
• Advertências por escrito
Têm finalidade educativa — nos casos 
de infração leve ou média, infratores 
não reincidentes e com boa conduta.
• Multas
Impostas à maior parte das infrações— com anotação de pontos no prontuário do 
infrator, são proporcionais à gravidade da infração.
• Suspensão do direito de dirigir
Adotada em certos crimes e infrações ou quando for excedido o número máximo 
admissível de pontos no prontuário.
• Cassação da CNH
Cancelamento definitivo do documento de habilitação, obrigando o infrator a reiniciar 
o processo de habilitação.
• Cassação de Permissão para Dirigir (PPD)
Sujeita o infrator a reiniciar o processo de habilitação.
• Curso de Reciclagem
É obrigatório ao infrator que teve seu direito de dirigir suspenso ou que tenha provocado 
acidente grave ou, ainda, que tenha sido condenado por delito de trânsito.
Infração de trânsito é a inobservância de qualquer preceito deste Códi-
go, da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo 
o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em 
cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX (art. 161, CTB).
17
No que tange às multas por infrações de trânsito, elas dependem da gravidade da ocorrência 
e podem ser de acordo com a Tabela 1. Note que algumas das infrações gravíssimas têm o 
valor da multa multiplicado por 3, 5 e 10, uma vez que a vida foi colocada em risco extremo, 
conforme a Tabela 2 (CTB, art. 1º):
Natureza da infração Pontuação na CNH Valores R$
Leve 3 (três) 293,47
Média 4 (quatro) 195,23
Grave 5 (cinco) 130,16
Gravíssima 7 (sete) 293,47
Tabela 1
Gravidade e valores de multas.
Gravidade Pontuação na CNH Valores R$
Gravíssima (3x) 7 (sete) 880,41
Gravíssima (5x) 7 (sete) 1.467,35
Gravíssima (10x) 7 (sete) 2.934,70
Gravíssima (20x) 7 (sete) 5.869,40
Gravíssima (60x) 7 (sete) 17.608,20
Tabela 2
Multas gravíssimas e valores com fatores multiplicadores.
A Lei nº 14.071/20 estabelece, no caso do condutor que exerce atividade remunerada ao 
veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir, que será imposta quando o infrator 
atingir o limite de 40 pontos previsto, independentemente da natureza das infrações cometidas, 
facultado a ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12 
meses, atingir trinta pontos, conforme regulamentação do CONTRAN.
A cassação do documento de habilitação é prevista, por exemplo, nos seguintes casos (CTB, 
art. 263):
• estando com o direito de dirigir suspenso, caso o condutor seja flagrado conduzindo 
qualquer veículo que exija habilitação;
• quando o condutor for condenado, judicialmente, por delito de trânsito;
• se for comprovada irregularidade na expedição da sua habilitação, a qualquer tempo.
18
Os crimes de trânsito estão previstos no Capítulo 19 do CTB. O Código Penal, o Código 
Processual Penal e a Lei nº 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e 
Criminaise dá outras providências, aplicam-se em caso de omissão do CTB. Ou seja, as outras 
leis se aplicam se o CTB não dispuser de modo diverso.
De acordo com o art. 298 do CTB, são circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos 
crimes de trânsito em que o condutor do veículo tenha cometido a infração:
• com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano 
patrimonial a terceiros;
• utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
• sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
• com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente do veículo;
• quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de 
passageiros ou de carga;
• utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que 
afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade 
prescritos nas especificações do fabricante;
• sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
Consoante o artigo 301 do CTB, ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de 
que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança se prestar pronto 
e integral socorro àquela.
São os principais crimes de trânsito previstos no CTB:
• Praticar homicídio culposo, não intencional (CTB, art. 302).
• Praticar lesões corporais culposas, não intencionais (CTB, art. 303).
• Deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local para fugir da 
responsabilidade civil ou criminal (CTB, arts. 304 e 305).
• Dirigir sob influência de álcool ou de substâncias psicoativas de efeitos 
similares (CTB, art. 306).
• Participar de rachas ou competições não autorizadas (CTB, art. 308).
• Transitar com velocidade incompatível com a segurança e as condições 
locais (CTB, art. 311).
19
1.5. Regras gerais de estacionamento, parada, conduta 
e circulação
Os princípios gerais das regras de circulação e conduta aos usuários das vias terrestres foram 
assim estabelecidos (CTB, art. 26):
• abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, 
de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
• abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou 
abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
As principais normas para circulação e conduta de veículos nas vias terrestres são as seguintes 
(CTB, arts. 29 e 48):
• a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente 
sinalizadas;
• o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais 
veículos, bem como em relação ao bordo da pista;
• terá preferência de passagem: no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, 
aquele que estiver circulando por ela. no caso de rotatória, aquele que estiver circulando 
por ela; nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
• quando houver várias faixas na pista, as da direita são destinadas ao deslocamento dos 
veículos mais lentos, e as da esquerda, à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos 
de maior velocidade;
• o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos somente poderá ocorrer 
para que se adentre ou se saia dos imóveis ou das áreas especiais de estacionamento;
• os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na 
via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que 
devidamente sinalizados, devendo estar identificados;
• nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos: o veículo deverá ser 
posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia 
da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
Isso inclui o vazamento ou derrame de produtos perigosos que estiver trans-
portando.
20
No que tange à velocidade máxima permitida para a via, será indicada por meio de sinalização, 
obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito. Onde não existir sinalização 
regulamentadora, a velocidade máxima será conforme mostrada a seguir.
I - Vias urbanas
30 km/h nas vias locais;
40 km/h nas vias coletoras;
60 km/h nas vias arteriais;
80 km/h nas vias de trânsito rápido.
II - Rodovias
1. nas rodovias de pista dupla:
110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas;
90 km/h para demais veículos.
2. nas rodovias de pista simples:
100 km/h para automóveis, caminhonetas e motocicletas;
III - Estradas
60 km/h para todos os veículos.
Talvez você já se tenha perguntado: qual a relação entre velocidade mínima e velocidade segura?
A velocidade mínima não pode ser inferior à metade da máxima permitida 
no local (CTB, srt. 62). Para a velocidade segura, siga as orientações:
Em vias de grande movimento e rápido escoamento do tráfego, é necessário 
acompanhar o fluxo sem obstruir os demais veículos.
Em vias locais, é necessário que condutor dirija em baixa velocidade, preven-
do que as pessoas possam estar mais distraídas.
21
2. ATUALIZAÇÃO SOBRE RESOLUÇÕES, LEIS E 
OUTROS DOCUMENTOS LEGAIS PROMULGADOS 
RECENTEMENTE
2.1. Legislação Específica sobre Transporte de 
Produtos Perigosos
As principais regras definidas para o transporte 
rodoviário de cargas realizado no Brasil estão 
previstas na Lei nº 11.442/07 e na Resolução nº 
4.799/15 da Agência Nacional de Transportes 
Terrestres (ANTT). A Lei nº 11.442/07 define 
o transporte rodoviário de cargas como 
sendo uma atividade econômica de natureza 
comercial, que pode ser exercida por pessoa 
física ou jurídica mediante remuneração pelo 
serviço de transporte realizado.
Para facilitar a memorização e a organização das informações elaboramos o seguinte mapa 
mental, em que fica clara a organização de algumas normativas que estão presentes no seu dia 
a dia laboral.
22
Note que nesse momento temos a clara diferença entre dois termos muito confundidos, o 
“TRÂNSITO” e o “TRANSPORTE”. 
A legislação de trânsito tem aplicação em vias abertas à circulação ou a vias privadas de uso coletivo, 
em que o Código de Trânsito Brasileiro tem vigor. Não há o que se falar, por exemplo, de auto de 
infração por fiscalização de excesso de peso para alguém que circula em uma área privada de uso 
privado. Nesse caso se trata de um local onde o CTB não tem aplicação. Porém, se esse veículo 
que apresenta excesso de peso vier a circular em uma via aberta à circulação, onde há aplicação do 
CTB, ele pode ser autuado por estar descumprindo uma restrição prevista na legislação. 
Quanto à legislação trabalhista, em que encontramos as Normas Regulamentadoras – NRs, que 
regulamentam os dispositivos da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, ela tem aplicação 
onde há relação empregatícia regidas pela CLT. Em alguns casos, o condutor de veículos de 
transporte de cargas indivisíveis precisa realizar outros cursos além do curso especializado de 
trânsito (exigência da legislação de trânsito). Isso ocorre porque, de acordo com a legislação 
trabalhista, existem treinamentos específicos para determinadas atividades desenvolvidas no 
ambiente de trabalho. Por exemplo, o condutor que, ao acompanhar os procedimentos de 
carga e descarga, desenvolve sua atividade laboral acima de dois metros de altura, onde haja 
risco de queda, terá que participar do treinamento previsto na NR 35 – Trabalho em Altura. 
Logicamente, se você tem contrato de trabalho e “carteira assinada” com alguma empresa, é a 
legislação trabalhista que rege sua relação (empregado) com a empresa (empregador). 
Quanto à legislação de transporte, ela prevê que, para atuar no transporte rodoviário de cargas, 
existe a possibilidade de atuação como:
• TCP – Transportador de Carga Própria;
• ETC – Empresa de Transporte de Cargas; 
• CTC – Cooperativa e Transporte de Cargas; e 
• TAC – Transportador Autônomo de Cargas.Considera-se carga própria quando a Nota Fiscal da carga tem como emitente ou como 
destinatário a empresa, a entidade ou o indivíduo proprietário, o coproprietário ou o 
arrendatário do veículo automotor. 
Considera-se transporte remunerado o transporte realizado com remuneração do serviço de 
transporte. Para realização do transporte remunerado, é obrigatória a obtenção do RNTRC. 
Para obtenção do Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Carga (RNTRC), o 
transportador, seja ele autônomo, empresa de transporte ou cooperativa de transporte, deverá 
satisfazer alguns requisitos.
A Resolução nº 4.779/15 da ANTT e suas alterações detalham os critérios e requisitos para a inscrição 
no RNTRC, além de tratar de questões acerca da identificação dos veículos, o conhecimento de 
transportes, as infrações e as penalidades que podem incidir sobre o transportador.
23
Por fim, o CTB estabelece restrições ao uso das vias, que devem ser obedecidas, inclusive em 
relação à circulação de veículos trafegando com cargas excepcionais e indivisíveis, pois esses 
veículos não estão classificados pelo CTB e devem receber atenção especial. Para saber mais, 
consulte o Capítulo III do CTB que traz o conjunto de normas gerais de circulação e conduta.
Ainda, podemos citar como legislações aplicadas a esse tipo de transporte a Legislação 
ambiental: federal, estadual e municipal, destacando:
• Lei n° 12.305/2010
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
• Lei n° 9.966/2000
Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento 
de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional;
• Lei n° 6.938/81
dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
Instrumentos legais de outros órgãos e entidades de governo, tais como: Comando do Exército, 
que estabelece regulamentos para a fiscalização de produtos controlados; Comissão Nacional 
de Energia Nuclear (CNEN), que prescreve instruções acerca de materiais radioativos; e 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que institui procedimentos acerca de 
substâncias tóxicas e infectantes.
No Mercosul: o Decreto nº 1.797/1996 dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial 
para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos entre Brasil, Argentina, Paraguai e 
Uruguai. Já a Resolução ANTT nº 1.474/2006 dispõe sobre as licenças e autorizações para o 
transporte rodoviário de carga internacional por empresas nacionais e estrangeiras.
O Inmetro estabelece, mediante portarias, Regulamentos Técnicos de Qua-
lidade (RTQs) e Regulamentos de Avaliação da Conformidade (RACs) para 
embalagens e veículos e equipamentos destinados ao transporte rodoviário 
de produtos perigosos.
A legislação do transporte rodoviário de produtos perigosos se interconec-
ta com a ambiental, positivando as responsabilidades do expedidor e do 
transportador, em que se destacam, por exemplo, o princípio do pagador/
poluidor e o princípio da corresponsabilidade.
24
2.2. A Lei dos Motoristas e sua Repercussão na Atividade de 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
A Lei nº 13.103/2015 – conhecida como Lei dos Caminhoneiros — foi um marco importante 
na regulamentação da profissão de motorista profissional. Eis alguns de seus efeitos para o 
condutor de veículos no transporte rodoviário de produtos perigosos:
• Jornada de trabalho
A jornada diária de trabalho do motorista profissional será de oito horas, admitindo-se 
a sua prorrogação por até duas horas extraordinárias ou, mediante previsão em convenção 
ou acordo coletivo, por até quatro horas extraordinárias.
• Pesagem de veículos
Ficou permitida, na pesagem de veículos de transporte de carga e de passageiros, a 
tolerância máxima de: (a) 5% sobre os limites de peso bruto total; e (b) 10% sobre os 
limites de peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias públicas.
• Exames toxicológicos
Todo motorista empregado deverá fazer exame toxicológico na admissão, periodicamente 
e no desligamento da empresa. Logo, essas exigências se somam às da legislação de 
trânsito (adição e renovação da habilitação nas categorias C, D e E).
• Descanso
O motorista profissional tem direito a 11 horas de descanso dentro do período de 24 
horas. Mas esse tempo pode ser fracionado. Assim, as 11 horas de descanso podem 
abranger o tempo das paradas obrigatórias.
• Tempo de espera
As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção de 30% do salário-
hora normal. Quando a espera for superior a duas horas ininterruptas e for exigida a 
permanência do motorista empregado junto ao veículo, caso o local ofereça condições 
adequadas, o tempo será considerado como de repouso para os fins do intervalo.
Será considerado como trabalho efetivo o tempo em que o motorista empre-
gado estiver à disposição do empregador, excluídos os intervalos para refei-
ção, repouso e descanso e o tempo de espera.
25
• Locais de espera e repouso
São considerados locais de repouso e descanso os pontos de parada e de apoio, estações 
rodoviárias, alojamentos, hotéis ou pousadas, refeitórios das empresas ou de terceiros 
e postos de combustíveis. O poder público assumiu a responsabilidade de divulgar os 
trechos das vias públicas que ofereçam pontos de parada ou locais de descanso.
• Prazos para carga e descarga
O prazo máximo para carga e descarga a partir do momento em que o veículo chega 
ao destino é de cinco horas. Se esse limite for excedido, o motorista ou a empresa 
transportadora passam a ter direito a uma indenização pecuniária.
• Pagamento do frete
O pagamento de frete do transporte rodoviário para o Transportador Autônomo de 
Carga (TAC) deve ser feito com crédito em conta corrente, poupança ou outra forma de 
pagamento regulamentada pela ANTT. Os custos dessa operação (taxas bancárias) são 
do responsável pelo pagamento.
2.3. Documentação para o transporte rodoviário de 
produtos perigosos
Para o transporte rodoviário de produtos perigosos, são obrigatórios os seguintes documentos:
1. Condutor
CNH cuja categoria deve ser correspondente ao veículo dirigido com o registro de 
realização de curso especializado para o transporte de produtos perigosos.
2. Veículo
Inscrição do veículo no RNTRC, quando necessária; Certificado de Registro e 
Licenciamento do Veículo válido; seguro DPVAT pago; Imposto sobre a Propriedade 
de Veículos Automotores (IPVA) pago; Certificado de Inspeção para o Transporte de 
Antes de sua viagem, consulte os sítios eletrônicos do DNIT e da ANTT e 
saiba quais são os locais de repouso e descanso nas rodovias federais.
26
Produtos Perigosos (CIPP) válido; Certificado de Inspeção Veicular (CIV) válido. Estes 
dois últimos para o transporte a granel.
3. Carga
• Documento fiscal, contendo as seguintes informações:
a) O nome apropriado para embarque;
b) A Classe ou a Subclasse de Risco do produto;
c) O número ONU, precedido das letras “UN” ou “ONU” e o grupo de embalagem da 
substância ou artigo;
d) A quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrição (em volume, 
massa, ou conteúdo líquido de explosivos, conforme apropriado).
• Declaração do expedidor
O documento fiscal de produtos perigosos, emitido pelo expedidor, deve também conter, 
ou ser acompanhado de, uma declaração de que o produto está adequadamente 
acondicionado para suportar os riscos normais das etapas necessárias a uma operação de 
transporte e que atende à regulamentação em vigor.
Documento fiscal para o transporte de produtos perigosos é qualquer 
documento (declaração de carga, nota fiscal, conhecimento de transporte, 
manifesto de carga ou outro documento que acompanhe a expedição) que 
contenha as informações exigidas pela legislação.
Quantidade limitada para o transporte de produtos perigosos:
Certos produtos perigosos, no que diz respeito ao transporte, representa um 
menor risco quando transportados em cargas pequenas. Assim, é possível 
dispensar de algumas exigências, expedições com quantidadeslimitadas de 
produtos perigosos. Para saber quais são as dispensas estabelecidas, leia os 
subitens 3.4.2 e 3.4.3 da Resolução ANTT nº 5.947/2021.
27
RESUMINDO
Acompanhar a evolução da legislação de trânsito permite ao condutor estar sempre 
atualizado, sabendo quais são seus deveres e direitos e evitando muitos problemas 
durante o exercício de sua atividade profissional de transporte.
Se você for motorista profissional empregado, fique atento aos pontos acumulados na 
sua CNH. Isso demonstra o tipo de zelo que está tendo na condução e o seu empregador 
pode ter acesso a esses dados.
O conhecimento da legislação específica do transporte rodoviário de produtos perigosos, 
além de permitir ao condutor o planejamento adequado de sua viagem, também pode 
evitar o surgimento de muitos problemas operacionais durante o seu percurso.
Documento fiscal para o transporte de produtos perigosos é qualquer documento 
(declaração de carga, nota fiscal, conhecimento de transporte, manifesto de carga ou 
outro documento que acompanhe a expedição) que contenha as informações exigidas 
pela legislação.
28
1. A Declaração do expedidor tem informações sobre o produto a ser 
transportado, bem como instruções para casos de vazamentos, fogo, 
poluição, envolvimento de pessoas e informações ao médico.
( ) Certo
( ) Errado
2. Sobre a ordem de prevalência na sinalização de trânsito, assinale a 
alternativa correta:
a) As ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem sobre as normas 
de circulação e outros sinais.
b) As indicações dos semáforos têm preferência sobre os demais sinais.
c) As indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas de trânsito.
d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
3. A Lei nº 13.103/2015 é conhecida como Lei dos Caminhoneiros.
( ) Certo
( ) Errado
4. Com relação à documentação necessária quanto à carga para o 
transporte rodoviário de produtos perigosos, podem ser citados os 
abaixo indicados, à exceção de:
a) Documento fiscal.
b) Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo.
c) Declaração do Expedidor.
d) Ficha de Emergência.
29
1. A direção defensiva como meio importante para 
a segurança do condutor, passageiros, pedestres 
e demais usuários do trânsito
2. Entendendo as condições adversas
3. Como ultrapassar e ser ultrapassado
4. Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito
5. A responsabilidade do condutor de veículos
especializados de dirigir defensivamente
6. Atualização dos conteúdos trabalhados
durante o curso relacionando teoria e prática
MÓDULO II
DIREÇÃO DEFENSIVA
1. A direção defensiva como meio importante para 
a segurança do condutor, passageiros, pedestres 
e demais usuários do trânsito
2. Entendendo as condições adversas
3. Como ultrapassar e ser ultrapassado
4. Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito
5. A responsabilidade do condutor de veículos
especializados de dirigir defensivamente
6. Atualização dos conteúdos trabalhados
durante o curso relacionando teoria e prática
MÓDULO II
DIREÇÃO DEFENSIVA
MÓDULO II - DIREÇÃO DEFENSIVA
Você se lembra do conceito de direção defensiva? Será que todo acidente é evitável? Como 
o condutor deve agir nas situações adversas? Como o condutor de veículo que transporta 
produtos perigosos deve ultrapassar e ser ultrapassado? Quais procedimentos são os mais 
indicados para evitar diversos tipos de colisão? Qual a importância do comportamento seguro 
na condução de veículos que transportam produtos perigosos?
1. A DIREÇÃO DEFENSIVA COMO MEIO 
IMPORTANTE PARA A SEGURANÇA DO 
CONDUTOR, PASSAGEIROS, PEDESTRES 
E DEMAIS USUÁRIOS DO TRÂNSITO
A direção defensiva é o modo de dirigir a fim de evitar acidentes, apesar das 
condições adversas e das ações incorretas de outros motoristas ou pedes-
tres, prevendo a possibilidade de ocorrer acidentes e agindo instantanea-
mente para evitar que isso aconteça.
Neste Módulo, abordaremos os conceitos de direção defensiva e de acidente, as condições adver-
sas de luminosidade, tempo, via, tráfego, veículo e motorista, as relações existentes entre o fator 
humano e os acidentes de trânsito.
32
1.1. Acidente evitável ou não evitável
Para Cardo (2015) e Andrade (2012), dirigir de forma segura inclui habilidade em controlar o 
veículo, de maneira que não haja envolvimento em acidentes, apesar das ações incorretas dos 
outros usuários da via e das dificuldades advindas das condições adversas de luminosidade, 
tempo, trânsito, veículo, via, motorista, passageiros e carga.
Daí se pergunta: todo acidente é evitável? Em regra, sim, porque sempre há algo que poderia 
ter sido feito por alguém que usasse a razão e o bom senso.
2. ENTENDENDO AS CONDIÇÕES ADVERSAS
Tais situações podem ser geradas pelos elementos descritos a seguir.
2.1. Condições adversas de 
luminosidade
Para DENATRAN (2016) e Cardo (2015), a 
luminosidade deficiente ou em excesso afeta a 
nossa capacidade de ver ou de sermos vistos, seja 
ela natural ou artificial. Sem que o condutor tenha 
condições de ver ou de ser visto perfeitamente, há 
um risco muito grande de ocorrerem acidentes. 
Um acidente é evitável por um, pelo outro, por ambos ou até por terceiros 
que, de algum modo, podem estar envolvidos nas causas do acidente.
Exemplo: um acidente foi provocado porque o mecânico teria se esquecido 
de apertar devidamente os parafusos da roda, e esta se soltou.
As condições adversas são situações causadoras de acidentes, passíveis de 
ocorrerem a qualquer momento, e às quais o motorista deve estar prepara-
do, para reconhecer e saber superá-las.
33
2.2. Condições adversas de tempo ou clima
Para o DENATRAN (2016) e Cardo (2015), a ocorrência de chuva, granizo, vento forte e 
neblina afetam a percepção e o controle do veículo e grande parte dos acidentes ocorre em 
dias chuvosos. Isso acontece porque, com a chuva, a pista fica escorregadia.
2.3. Condições adversas da via
As condições adversas da via estão relacionadas com a construção e conservação das vias. Curvas, 
largura da pista, condições da pista e acostamento, tipo de pavimento, buracos, desníveis e falta 
de sinalização são algumas adversidades próprias da pista, muito frequentes no país.
2.4. Condições adversas do tráfego
As condições adversas do tráfego associam-se às situações que levam aos congestionamentos 
ou a trânsito lento, sendo provocadas, normalmente, pelo excesso de veículos circulando em 
determinadas vias.
Além disso, o trânsito rápido é muito perigoso, pois a maioria dos motoristas ignora a 
distância de segurança. Ocorrendo alguma adversidade, podem não parar o veículo a tempo, 
provocando colisões ou mesmo engavetamentos.
2.5. Condições adversas do 
veículo
As condições adversas do veículo relacionam-
se a pneus gastos ou mal calibrados, freios 
desregulados, suspensão desalinhada, direção 
com folga, sinaleiras e faróis com defeitos, 
espelhos mal regulados e/ou sujos, desajustados, 
vazamento de fluidos e falta de revisão. 
Assista à reportagem que trata das condições adver-
sas devido ao tempo e veja quais os melhores proce-
dimentos indicados:
Link para o Vídeo
34
https://www.youtube.com/watch?v=8O1Gqrf6vw8
2.6. Condições adversas da carga
A carga pode se tornar uma condição adversa toda vez que qualquer um dos seguintes cuidados 
necessários não forem observados:
• Limite máximo de peso;
• Altura;
• Largura.
2.7. Condições adversas do motorista
A boa condição física e mental do motorista é um fator importante para evitar que ele próprio se 
transforme em causa de adversidade. O sono, o cansaço, a embriaguez e os estados emocionais 
e psíquicos têm levado a muitos acidentes. Estudos comprovam que a maioria dos acidentes é 
causada por falhas humanas.
3. COMO ULTRAPASSAR E SER ULTRAPASSADO
As situações de ultrapassagem são sempresituações de risco, principalmente quando você é 
obrigado a dirigir na contramão para realizar a ultrapassagem. Nesse caso, sempre há risco de 
ocorrer colisão frontal.
Características que tornam a carga uma condição adversa: distribuída inade-
quadamente nos eixos do veículo; sem amarras, travas de proteção ou calços; 
sem identificação de conteúdo e manuseio; sem a utilização de rótulos de 
risco, caso sejam necessários; inadequadamente acondicionada; com altura 
excessiva.
O motorista como condição adversa é um fator que pode ser alterado, no 
entanto, é o mais difícil de modificar. Afinal, ninguém admite que dirige 
mal, que pode estar contribuindo para a ocorrência de acidentes. Isso se 
explica pelo fato de que ser motorista defensivo é uma questão de atitude, 
e as necessárias mudanças de comportamento somente ocorrem quando 
existe, além da vontade, uma motivação intensa.
35
Quando a situação envolver ultrapassagem, tome as seguintes atitudes:
• ultrapasse somente nos locais em que a sinalização horizontal permita essa manobra;
• se você estiver sendo ultrapassado, colabore:
• Se você for ultrapassar, calcule bem a distância e o tempo que você vai utilizar para a 
manobra. Considere, ainda, a velocidade do veículo que vem no sentido contrário.
4. COMO EVITAR ACIDENTES COM PEDESTRES 
E OUTROS INTEGRANTES DO TRÂNSITO
Os motoristas precisam estar especialmente atentos para evitar os acidentes nos seguintes casos:
• Colisões na marcha à ré;
• Atropelamentos;
• Colisões com objetos fixos;
• Colisões com bicicletas;
• Colisões com motocicletas;
• Colisões com animais.
5. A RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR 
DE VEÍCULOS ESPECIALIZADOS DE DIRIGIR 
DEFENSIVAMENTE
Dirigir com segurança e responsabilidade é dever de todos os motoristas, sobretudo quando 
se transportam produtos perigosos, a fim de minimizar os riscos envolvidos nessa atividade.
A situação de risco está com o outro, mas, você também está envolvido. Re-
duza a velocidade, se necessário, para facilitar a manobra do outro motorista.
36
Nesse sentido, o motorista deve estar atento a cinco requisitos indispensáveis, descritos em 
seguida.
5.1. OS CINCO ELEMENTOS DA CONDUÇÃO 
DEFENSIVA
Para o DENATRAN (2015) e Andrade (2012), há uma metodologia pragmática que agrega 
cinco elementos indispensáveis ao condutor de veículo transportador de produtos perigosos: 
conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.
5.1.1. Conhecimento
Em qualquer atividade profissional, é importante dominar a teoria da prática para desenvolver 
um bom trabalho. Dirigir não foge a essa regra. Outro conhecimento fundamental para o 
condutor é sobre a legislação.
5.1.2. Atenção
Você passa quantas horas por dia dirigindo seu caminhão? Já se pegou olhando alguma coisa 
que acontece na estrada, um acidente, um outdoor chamativo? Está sempre alerta ou se distrai 
passando mensagem no celular ou atendendo a alguma ligação?
Portanto, o condutor de veículos de transporte de produtos perigosos, 
quando realiza manobras — tais como conversões, ultrapassagens, aproxi-
mação de cruzamentos, frenagens ou paradas para embarque e desembar-
que — precisa ser mais cuidadoso do que os demais motoristas.
Esteja sempre alerta para o que se passa à sua volta, para as condições de 
tráfego e para o limite de velocidade na via. Estar ao volante significa pres-
tar atenção constante no trânsito, pois alguns segundos de desatenção po-
dem significar acidentes.
37
5.1.3. Previsão
Ser preventivo significa lembrar-se, por exemplo, de verificar as condições do veículo antes de 
uma viagem. Um motorista descuidado pode enfrentar sérios problemas — não há habilidade 
na direção que contorne uma falha mecânica.
5.1.4. Decisão
Uma boa decisão implica o conhecimento das alternativas que se apresentam em uma 
determinada situação no trânsito, bem como a capacidade de fazer uma escolha inteligente de 
manobra, a tempo de evitar acidentes.
5.1.5. Habilidade
A habilidade se desenvolve por meio do aprendizado e do desenvolvimento constante dos 
automatismos corretos. Teoricamente, quanto mais um indivíduo desenvolve uma ação, 
mais qualificado ele estará. Porém, essa regra não pode ser considerada para o condutor, pois 
a dinâmica do trânsito na prática da direção veicular faz com que ele adquira de maneira 
inconsciente gestos ou ações erradas, chamadas de automatismos incorretos.
Adquirir habilidades para conduzir um veículo significa conhecer o veículo e seus 
equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os controles e 
saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias em cada situação de risco.
No momento da situação de risco, não pode haver hesitação — deixar de tomar 
a decisão certa pode resultar em acidentes. A ação correta, isto é, uma combina-
ção baseada no conhecimento, atenção e previsão, é a principal ferramenta da 
direção defensiva.
Assista ao vídeo, do Programa Brasil Caminhoneiro 
sobre direção defensiva:
Link para o Vídeo
38
https://www.youtube.com/watch?v=H4xl7oJeHPU
6. ATUALIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS TRABALHADOS 
DURANTE O CURSO RELACIONANDO TEORIA E 
PRÁTICA
6.1. Comportamento seguro e comportamento de risco – 
diferença que pode poupar vidas
O comportamento de risco do condutor — que é contrário a todo procedimento que visa a dar 
as condições adequadas de segurança à movimentação do produto perigoso abrange desde a 
ausência de planejamento para o transporte até a falta deliberada do uso do cinto de segurança.
Por outro lado, de acordo com Cardo (2015), Günther (2015) e Pechansky et al. (2010), o 
método básico de prevenção de acidentes é um guia que todo condutor de caminhão deveria 
levar em sua boleia. Ele possui como acrônimo as letras PDA, que vem de P (prever o perigo), 
D (descobrir o que fazer) e A (agir a tempo). Todas essas ações são interligadas:
• Preveja o perigo
A previsão de possíveis situações de risco que contribuem para que os acidentes 
aconteçam deve ser efetuada com bastante antecedência, podendo ser de horas, dias, ou 
até semanas, caracterizando a previsão mediata.
• Descubra o que fazer
Na maioria das vezes, os acidentes resultam de um erro do motorista. O mesmo erro que 
provoca um acidente leve pode causar um acidente fatal, sendo que a gravidade é 
determinada pela ocasião. Isso quer dizer que cada acidente, mesmo pequeno, merece 
ser revisto, analisando-se o erro e afastando a possibilidade de repetição, talvez com 
consequências mais sérias (e quem sabe até mesmo fatais).
• Aja a tempo
Uma vez que você conhece o perigo e sabe qual é a atitude a ser tomada, aja imediatamente! 
Jamais espere para ver o que vai acontecer.
O fato de você, ao volante, ter permitido que houvesse o acidente já indica, 
por si só, que não agiu a tempo ou não soube como se defender, ou, ainda, 
que desconhecia o perigo. Lembre-se de que o motorista deve estar sempre 
preparado para enfrentar todas as situações de risco, sabendo previamente 
qual a atitude a ser tomada.
39
6.2. Estado físico e mental do condutor
Para Dualibi et al. (2012) e Cristo (2012), as condições físicas e mentais são muito importantes, 
pois são elas que alteram o modo de dirigir do condutor e seu desempenho. São considerados 
fatores físicos fadiga, audição e visão, e fatores mentais e emocionais, inexperiência, 
familiaridade com a via, capacidade de atenção, excitação ou depressão. Essas características 
levam o motorista a dirigir com pressa ou sem atenção, com raiva, ira, calor, frustração e 
insegurança.
6.2.1. Fadiga e sono
Um motorista cansado não tem condições de dirigir com segurança. O cansaço e o sono, muitas 
vezes, são mais fortes do que a capacidade de permanecer acordado e o condutor adormece 
sem perceber. Muitas vezes, o caminhoneiro realiza longas viagens durante o período noturno 
e não descansa corretamente durante o dia.
Não conte com a sorte, não pense que tudo vai dar certo, proceda como se o 
acidente estivesse quase acontecendo. Aja enquanto é tempo.
40
6.2.2. ÁlcoolPara dirigir com segurança, o motorista precisa estar com boas condições físicas e mentais. O 
álcool, ao contrário do que se imagina, é uma droga depressora do sistema nervoso.
A Lei nº 11.705/2008 (Lei Seca) e suas alterações modificam os artigos 165, 262, 276, 277 e 
306 do CTB. Ela define novas regras para o consumo de bebidas alcoólicas por condutores de 
veículos e estabelece sua proibição para todos os condutores, qualquer que seja a quantidade 
ingerida.
6.2.3. Drogas e medicamentos
A automedicação é uma prática prejudicial à saúde porque pode acarretar sérias consequências 
ao organismo e atrapalhar o ato de dirigir. Como o caminhoneiro normalmente está nas estradas, 
longe de casa, ele adia a ida ao médico, mesmo quando não se sente bem, comprometendo a 
saúde. Muitas vezes, ele recorre à automedicação.
6.2.4. Aspectos psíquicos
As pessoas diferem muito entre si quanto aos aspectos psíquicos, os quais influenciam bastante 
a maneira de ser e agir das pessoas.
Há pessoas que se irritam com mais facilidade no trânsito, outras são mais tranquilas. Há, 
ainda, aquelas que não se deixam abalar, mesmo por fatos desagradáveis.
Quando ingere bebida alcoólica, é mais fácil de o motorista se envolver em 
acidentes, pois o álcool afeta o cérebro — diminui o senso de cuidado, tor-
na mais lentos os reflexos, prejudica a visão e a audição, enfim, compromete 
toda a capacidade de dirigir.
Independentemente do tipo psíquico do indivíduo, uma coisa é certa: ao dirigir 
irritado, nervoso ou sob fortes emoções, o motorista pode causar acidentes.
41
RESUMINDO
Existem diversas pessoas e entidades que têm o dever de auxiliar na prevenção de 
acidentes. Contudo, o principal responsável pelas providências é o motorista.
A direção defensiva conjuga atitudes corretas e muito planejamento, a fim de se prever 
as condições adversas que podem ocorrer durante as operações de transporte de 
produtos perigosos.
Para evitar colisão com objetos fixos, visto que esse tipo de acidente pode ter consequências 
graves aos ocupantes dos veículos e sempre traz danos ao patrimônio, siga a recomendação 
básica: dirija cuidadosamente, não ultrapassando os limites de velocidade e mantendo as 
práticas de direção defensiva.
O método básico de prevenção de acidentes possui como acrônimo as letras PDA, que 
vem de P (prever o perigo), D (descobrir o que fazer) e A (agir a tempo).
As condições físicas e mentais do condutor de veículos transportadores de produtos 
perigosos são muito importantes, pois elas alteram o modo de dirigir do condutor e 
o seu desempenho. São fatores físicos a fadiga, audição e visão. São fatores mentais e 
emocionais inexperiência, familiaridade com a via, capacidade de atenção, excitação 
ou depressão.
42
1. As condições adversas são as situações causadoras de acidentes 
que ocorrem em momentos previamente determinados e às quais o 
motorista deve estar preparado para reconhecer e saber superá-las.
( ) Certo
( ) Errado
2. São tipos de colisões com as quais os motoristas de transporte de 
produtos perigosos precisam estar atentos: colisões com bicicletas, 
colisões com animais.
( ) Certo
( ) Errado
3. Constituem elementos da direção defensiva no transporte rodoviário 
de produtos perigosos, exceto:
a) Conhecimento.
b) Atenção.
c) Previsão.
d) Indecisão.
4. Acerca da previsão como um dos elementos da direção defensiva no 
transporte rodoviário de produtos perigosos, é correto afirmar:
a) Ser preventivo significa lembrar-se, por exemplo, de verificar as 
condições do veículo antes de uma viagem.
b) O motorista que consegue prever o que pode acontecer em uma 
viagem e se prepara para isso faz uma previsão mediata.
c) Se o motorista enfrenta a rotina do trânsito e antecipa uma possível 
situação de perigo, ele está fazendo uma previsão imediata.
d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
43
1. Retomada dos conteúdos trabalhados no curso
de especialização, estabelecendo a relação com a
prática vivenciada pelos condutores no exercício
da profissão
2. Atualização de conhecimentos
MÓDULO III
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, 
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E 
CONVÍVIO SOCIAL
MÓDULO III - NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, 
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
No que se baseiam os primeiros socorros? Quais as primeiras providências a serem tomadas 
pelo condutor de veículo que transporta produtos perigosos? Quais regulamentações de 
trânsito e transporte se relacionam com o meio ambiente? Quais são as responsabilidades do 
condutor em relação ao meio ambiente? Conhece o conceito de convívio social?
1. RETOMADA DOS CONTEÚDOS TRABALHADOS 
NO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO, ESTABELECENDO 
A RELAÇÃO COM A PRÁTICA VIVENCIADA PELOS 
CONDUTORES NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
1.1. Primeiros socorros
Primeiros socorros são o conjunto de tratamentos imediatos e temporários, 
prestados a alguém, em caso de acidente ou mal súbito, com a finalidade de 
manter as funções vitais da vítima e evitar o agravamento da situação, até 
se obter assistência médica.
Neste Módulo relembraremos os procedimentos para primeiros socorros, das regulamentações 
do trânsito e transporte em relação ao meio ambiente, das responsabilidades do condutor com 
o meio ambiente e das regras de convívio social.
46
Você sabe o que é prestar os primeiros socorros? Prestar os primeiros socorros é:
• avaliar a situação como um todo, no local do acidente, realizando a prevenção da cena 
da ocorrência;
• sinalizar o local do acidente, garantindo a segurança e evitando novos acidentes;
• chamar a ajuda da Polícia, Corpo de Bombeiros, SAMU e hospitais, alertando os fatos 
da ocorrência;
• dar o primeiro atendimento à vítima de um acidente, tendo consciência de que você não 
é um profissional de saúde.
O socorrista leigo deve atuar no atendimento dos primeiros socorros visando a uma primeira 
e correta abordagem à vítima, devendo agir somente até o ponto de seu conhecimento.
As primeiras providências a serem tomadas em caso de acidente de trânsito são:
1. Isolamento e sinalização do local do acidente: isole e sinalize o local, não permitindo 
que pessoas ou veículos entrem. Para tanto, utilize os equipamentos de emergência 
específicos para o transporte rodoviário de produtos perigosos, entre eles: os cones para 
sinalização da via, placas de advertência e os dispositivos para sustentação de fita ou 
corda para isolamento da área. Sinalizar é indicar um obstáculo à frente para os outros 
usuários. Isolar é informar que determinada área não deve ser acessada.
A sinalização do local do acidente deverá estar bem visível, principalmente se o acidente 
tiver ocorrido em túnel, curva, ponte e quando houver neblina ou chuva.
O seu objetivo ao prestar os primeiros socorros é tomar providências 
rápidas para evitar que outros acidentes aconteçam e que se agrave o estado 
de saúde da vítima.
47
Nos casos de acidentes em vias abertas à circulação, é preciso colocar o triângulo de segurança 
e, se estiverem disponíveis, os cones de sinalização, que devem ser posicionados a uma 
boa distância do veículo acidentado. Segundo o CTB e Regulamentação do CONTRAN, o 
triângulo de sinalização deve ser colocado no mínimo a 30 metros da traseira do veículo 
(aproximadamente 30 passos longos). Porém, para aumentar a sua segurança, a das outras 
pessoas e a de seu veículo, recomenda-se colocar o triângulo de sinalização a uma distância 
compatível com a velocidade da via onde tenha ocorrido o acidente.
Em vias com grande fluxo de veículos, é preciso alertar os motoristas antes que eles percebam 
o acidente. Por exemplo, se a velocidade é de 40 km/h, o triângulo deve estar a 40 m do 
veículo. Se a velocidade for 80 km/h, coloque a 80 m e assim por diante. Dessa forma, os 
outros condutores poderão reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar o veículo com 
segurança. Veja, a seguir, uma sugestão das distâncias que você poderá adotar:
Tipo de via
Velocidade 
máxima 
permitida
Distância para 
o início da 
sinalização(em pista seca)
Distância para o 
início da sinalização 
(sob chuva, neblina, 
fumaça, à noite)
Vias locais 40 km/h
40 passos 
longos
80 passos 
longos
Vias 
Arteriais
60 km/h
60 passos 
longos
120 passos 
longos
Vias de 
fluxo rápido
80 km/h
80 passos 
longos
160 passos 
longos
Rodovias 100 km/h
100 passos 
longos
200 passos 
longos
2. Acionamento de recursos: o condutor deve adotar os procedimentos indicados pelo 
expedidor e transportador, dar ciência à autoridade de trânsito com circunscrição sobre 
a via e às demais autoridades locais indicadas pelo meio disponível mais rápido, inclusive 
à concessionária da rodovia, detalhando a ocorrência, o local, o nome apropriado para 
embarque ou o número ONU e a quantidade dos produtos transportados.
Polícia Rodoviária Federal: 191 Polícia Militar: 190
Corpo de Bombeiros: 193 Defesa Civil: 199
SAMU: 192 Emergência da União Europeia: 112
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1.2. Verificação das condições gerais de vítima de acidente
São necessários procedimentos básicos nas diversas situações de emergência, podendo variar 
de acordo com o estado da vítima, descritos a seguir.
1.2.1. Verificando as Condições Gerais da Vítima
Após garantir a segurança do local e acionar o socorro é que devemos nos aproximar da vítima 
para verificar suas condições e prestar-lhe o socorro necessário.
Ao se aproximar da vítima, a verificação consiste nos seguintes passos:
1. Ajoelhe-se do lado da vítima, preferencialmente lado direito, de forma que seus joelhos 
fiquem na altura dos ombros da vítima;
2. Estado de consciência: chame pela vítima, identificando-se. Faça perguntas e observe se 
as respostas são lógicas, pergunte o nome, idade, telefone de contatos etc. Cautela para 
não a deixar ainda mais nervosa com suas perguntas, cuide o que você fala para ela. 
3. Sinais vitais (respiração e pulsação): o procedimento será apresentado a seguir.
4. Enquanto verifica os sinais vitais, converse com a vítima para tranquilizá-la;
5. Exame geral (segmentar): ouça suas queixas, procure por ferimentos, sangramentos, 
verifique mobilidade e sensibilidade dos seus membros;
6. Peça-lhe para mexer devagar os dedos das mãos e pés, depois mãos e pés, antebraços e 
pernas. Não movimente a vítima nem permita que ela mova o tronco ou cabeça/pescoço, 
mesmo que ela não aparente qualquer ferimento ou lesão nas costas, pescoço ou tronco;
A primeira regra para transportar uma vítima com suspeita de lesão na coluna é nunca dobrar o 
pescoço ou as costas: ela deve ser movimentada como um bloco único e por mais de uma pessoa.
Somente em casos extremos, e apenas se a vida da vítima estiver correndo perigo 
imediato, deve-se mudá-la delugar.
49
1.2.2. Vítima Inconsciente
Verifique os sinais vitais — respiração e pulsação, sem movimentar a vítima.
Observe a respiração e a pulsação ao mesmo tempo, por, no máximo, 10 segundos. Faça da 
seguinte forma:
1. Apoie seus dedos indicador e médio de uma mão no queixo da vítima e a mão espalmada 
da outra mão na testa e, gentil e simultaneamente, puxe o queixo com os dois dedos em 
direção à testa da vítima enquanto empurra a testa dela em direção ao chão. Isso vai 
alongar o pescoço dela e liberar a passagem de ar de seus pulmões. Lembre! O movimento 
é gentil e delicado para não movimentar a coluna.
2. Aproxime a lateral do seu rosto e ouvido do nariz e boca da vítima procurando ouvir sua 
respiração e sentir o ar saindo em seu rosto, ao mesmo tempo em que observa os 
movimentos respiratórios do tórax. É o que chamamos nos primeiros socorros de VOS 
– Ver, Ouvir e Sentir.
No curso especializado, você aprendeu noções de primeiros socorros e agora revisamos isso. 
Aqui você é considerado um socorrista leigo. Claro que, se você já realizou outros cursos e 
treinamentos relacionados ao tema e tem conhecimentos mais aprofundados a respeito, você 
poderá avançar nos procedimentos. Porém, lembre-se de que se adotar algum procedimento 
inadequado você pode ser responsabilizado e sob essa ótica é muito importante saber o que 
não fazer e delimitar até onde você realmente tem conhecimento para realizar procedimentos. 
Lembre-se de que sinalizar o local do acidente, isolar a área de risco, acionar o socorro 
especializado e acalmar a vítima tentando manter suas funções vitais já é um grande apoio 
que você presta à vítima e à sociedade. 
Ao sentir a artéria pulsar, você deverá contar os batimentos durante um 
minuto, aproximando seu rosto da boca e do nariz da vítima para perceber 
sua respiração.
Respiração curta e acelerada pode indicar anormalidades circulatórias e/ ou neu-
rológicas decorrentes do trauma. Respiração agônica, aparentando uma inspira-
ção sem expiração, deve ser considerada como ausência de respiração.
50
Se for preciso, segure a cabeça da vítima, pressionando a região das orelhas e impedindo a 
movimentação da cabeça. Se a vítima estiver de bruços ou de lado, procure alguém treinado 
para avaliar se ela necessita ser virada e como fazê-lo. Em geral, ela só deverá ser virada se 
não estiver respirando. Se estiver de bruços e respirando, sustente sua cabeça nesta posição e 
aguarde o socorro chegar.
Considere que movimentar a vítima deve ser a última opção, se a vida dela depender disso, 
como é o caso de uma pessoa que não está conseguindo respirar porque está caída dentro de 
uma poça de água. Nesse caso, é melhor movimentar a vítima cuidadosamente do que deixar 
que ela se afogue. 
Terminada a verificação de sinais vitais, devemos nos preocupar em dar sequência ao 
atendimento, partindo para a avaliação secundária. Verificamos, nesse caso: objetos encravados, 
deslocamento de articulações, estados de choque, hemorragias e monitoramento de sinais vitais.
O protocolo de socorro a vítimas com PCR é definido pela American Heart Association - 
AHA, que é a Associação Americana do Coração. Eles atualizam esse protocolo de tempos 
em tempos. As últimas atualizações (2015 e 2017) trouxeram mudanças significativas para 
facilitar o atendimento às vítimas por socorristas leigos.
A mais marcante foi que o socorro à vítima em PCR abre mão das respirações artificiais 
(ventilações) e define que a RCP pode ser feita somente com as compressões torácicas 
(massagem cardíaca) até a chegada do socorro especializado ou a volta dos sinais vitais.
No caso de o socorrista conhecer as técnicas de respiração artificial, e a situação permitir sua 
aplicação, não há impedimento para que o faça.
Outra atualização importante do protocolo foi o uso do Desfibrilador Externo Automático, 
o DEA, que é um desfibrilador semelhante àqueles dos filmes, mas que é portátil e funciona 
sozinho e ainda orienta o socorrista sobre qual o próximo passo a ser realizado. Ele deve ser 
utilizado sempre que disponível, bastando colocar as suas duas placas adesivas no tórax da 
vítima em locais definidos, ligar o aparelho e seguir as instruções.
51
Mas como é feita essa “massagem cardíaca”?
Fique na posição ajoelhada.
• O centro do peito é composto por um osso vertical e achatado chamado esterno (com 
S mesmo, não é externo). O socorrista deve marcar uma distância de dois dedos acima da 
borda inferior do esterno e posicionar a base das suas mãos sobrepostas, de forma que os 
dedos fiquem entrelaçados. Geralmente, essa posição fica entre os dois mamilos da vítima, 
bem no centro do peito. Não apoie seus dedos no tórax da vítima, apenas a base da mão!
• Com as mãos posicionadas, o socorrista ficará sobre seus joelhos com o tronco acima 
da vítima, de forma que seus braços fiquem esticados e em posição totalmente vertical, 
alinhando o apoio das mãos sobre o peito da vítima com seus ombros. Isso permite que a 
massagem cardíaca seja feita sem força, usando o peso do próprio corpo nas compressões. 
Isso economiza energia do socorrista e facilita o procedimento.
• O socorrista deve comprimir o tóraxda vítima com o peso do seu corpo através dos 
braços eretos e mãos a uma profundidade de cerca de 5 cm e aliviar o peso para o 
retorno completo do tórax à sua posição inicial, usando um ritmo constante e uniforme 
e tornando a descida e a subida e a próxima descida um movimento contínuo.
• A RCP deve ser realizada a uma velocidade de 100 a 120 por minuto e sem interrupção 
até a chegada do socorro ou o retorno da vítima. A cada 2 minutos devem ser verificados 
novamente os sinais vitais.
• Se houver outro socorrista, pode haver revezamento nas compressões a cada dois minutos 
quando da parada para verificação dos sinais vitais, ou pode ser realizada a RCP alternada 
com as ventilações em uma proporção de 30 compressões para duas ventilações com o 
mínimo de interrupção possível. Também é possível que esse segundo socorrista seja útil 
no desempenho de outras funções no cenário do acidente enquanto você faz a RCP. De 
forma pragmática, a Tabela 1 mostra os procedimentos básicos de uma RCP.
2. ATUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS
2.1. O veículo como agente poluidor do meio ambiente
Poluição é a deterioração das condições ambientais, que pode atingir o ar, a 
água e o solo. Em linhas gerais, a palavra poluição designa qualquer modi-
ficação desfavorável do meio natural, cujos efeitos possam alterar o equilí-
brio do meio ambiente e provocar uma perda na qualidade de vida.
52
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido pela frota 
de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria automobilística. Para 
a Abetran (2015), o monóxido de carbono emitido por veículos leves é responsável por 68,4% 
do total dessa fonte. Os veículos pesados contribuem com 28,6%, os processos industriais com 
2,2%, e a queima de lixo com 2,6%.
2.1.1. Regulamentação do CONAMA sobre a poluição ambiental 
causada por veículos
Para reduzir a poluição atmosférica causada pelos veículos, o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA) instituiu o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos 
Automotores (PROCONVE), que engloba a conscientização da população a respeito da poluição 
causada pelos veículos, o incentivo ao desenvolvimento da tecnologia no setor automobilístico 
para redução de poluentes emitidos, o aprimoramento da qualidade dos combustíveis líquidos 
utilizados e a fiscalização e a criação de programas de inspeção e manutenção para veículos 
automotores em uso.
O CONAMA estabelece normas referentes a dispositivos destinados ao controle de emissão 
de gases poluentes e de ruído, bem como prazos para sua fabricação e instalação obrigatória 
nos veículos.
Por sua vez, o CTB estabelece características básicas dos veículos e a proteção ao meio ambiente:
• Art. 172
Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias.
• Art. 227
Uso da buzina.
• Art. 228
Uso, no veículo, de equipamentos com som ou volume de frequência que não sejam 
autorizados pelo CONTRAN.
• Art. 229
Uso indevido, no veículo, de aparelho de alarme que produza sons e ruídos que perturbem 
o sossego público.
• Art. 231
Trânsito com o veículo em más condições.
53
• Art. 105 (V)
Equipamentos obrigatórios dos veículos, tais como o dispositivo destinado ao controle 
de emissão de gases poluentes e de ruído.
Os veículos reprovados nas inspeções serão retidos para regularização, tanto os considerados 
inseguros quanto os considerados poluentes. Tal reprovação compromete os condutores tanto 
para a obtenção do Licenciamento Anual de Veículo quanto para a obtenção de um novo 
Certificado de Registro do Veículo.
2.1.2. O Projeto Despoluir
O Despoluir é o maior programa ambiental do transporte no Brasil. Inaugurado em 2007, 
por meio de uma parceria entre a CNT e o SEST SENAT, consolida-se como orientador dos 
transportadores e incentivador de políticas públicas, transformando o transporte brasileiro em 
exemplo de setor sustentável. Além de contribuírem para o desenvolvimento sustentável, as 
atividades do Despoluir também colaboram para a redução de custos de empresas, caminhoneiros 
autônomos e taxistas. Possui mais de 14 anos de atuação, com abrangência nacional.
Avaliação Veicular Ambiental
Com foco especial na saúde dos trabalhadores do setor transportador, essa linha de ação visa 
reduzir as emissões de poluentes atmosféricos no transporte rodoviário e promover a melhoria 
da qualidade do ar. Para alcançar esses objetivos, são feitas avaliações ambientais em ônibus 
O artigo 104 do CTB estabelece que todos os veículos em circulação terão 
suas condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes 
e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e 
periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança, e 
pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e ruídos.
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono 
produzido pela frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvi-
mento da indústria automobilística.
54
e caminhões movidos a diesel, por meio de unidades móveis, além de orientações técnicas, 
como manutenção preventiva e corretiva. Os técnicos que operam essas unidades contam 
com equipamentos – opacímetro, tacômetro, computador portátil e software personalizado 
– para realizarem as avaliações veiculares, com base na resolução Conama n.º 418/2009 e na 
instrução normativa Ibama n.º 6/2010. Como forma de incentivo à regularização ambiental, 
os veículos que estão em conformidade com as normas recebem o Selo Despoluir.
 
Avaliação da Qualidade do Diesel
Serviço gratuito que visa analisar as características do diesel, como o seu aspecto visual e a 
sua densidade, com o objetivo de identificar indícios de possíveis inconformidades em sua 
composição. Esse procedimento conta com a participação voluntária das empresas e emite 
um laudo indicativo de grande valor ao transportador, com os resultados da avaliação. Essa 
análise auxilia o transportador na gestão da qualidade do combustível utilizado no seu veículo 
e, caso existam sinais de inconformidade, o técnico do Despoluir orientará a empresa quanto 
à necessidade de encaminhar o combustível para um laboratório especializado. Dentre os 
benefícios, destacam-se a possibilidade de detecção de problemas relacionados à qualidade do 
diesel; ganhos de eficiência energética; economia de combustível; conservação dos veículos e 
redução de custos com manutenção corretiva.
 
Serviço de Orientação Ambiental ao Transportador
Visa orientar as empresas do transporte rodoviário a desenvolverem boas práticas ambientais 
nas áreas de regulamentação, políticas de educação e gestão, estrutura da empresa, gestão de 
resíduos e emissões. A diagnose ambiental é feita por meio de visitas aos transportadores e do 
preenchimento de um questionário específico que permite o acompanhamento das atividades 
e o controle voluntário de melhorias. O principal objetivo é buscar a excelência da atividade 
transportadora quanto à sua performance ambiental.  
2.1.3. Manutenção preventiva do veículo
Para Cardo (2015), a fim de que os veículos sejam mantidos com níveis de emissão de gases, 
fumaça e ruídos dentro dos parâmetros legais, é recomendável que o proprietário tome 
cuidados com determinados itens associados ao sistema de alimentação do motor, tais como:
• bobina, ignição eletronica, distribuidor e velas;
• filtro de ar;
• carburador ou sistema de injeção;
• escapamento.
55
Além do motor, os proprietários e condutores de veículos devem estar atentos a cuidados 
básicos para evitar prejuízos à saúde e ao meio ambiente. Dentre eles, citam- se:
• Providenciar as trocas de óleo lubrificante do motor, câmbio, diferencial, fluido de freio 
e direção hidráulica, em estabelecimentos especializados, os quais destinam óleos e 
lubrificantes usados para a devida reciclagem.
• Realizar a manutenção do veículo, conforme instruções do fabricante, de forma a tê-lo 
em perfeitas condições de funcionamento.
• Para os pneus, quando chegam ao final da vida

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