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04 - Trafico de Drogas - Lei 11.343-06 (3)

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Lei 11.343/2006 
Lei de Drogas 
 
PROFª. JOCIANE LOUVERA 
 
TEORIA 
 
Profª. Jociane Louvera 
Lei 11.343/2006 
Lei de Drogas 
 
PROFª. JOCIANE LOUVERA 
 
TEORIA 
 
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - 
Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, 
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas; estabelece normas para repressão à produção não 
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá 
outras providências 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o → Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas 
Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para 
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de 
drogas e define crimes. 
Parágrafo único → Para fins desta Lei, consideram-se como 
drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar 
dependência, assim especificados em lei ou relacionados em 
listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Objetividade Jurídica dos Crimes da Lei de Drogas 
Objetividade Jurídica → é o mesmo que o bem jurídico tutelado, 
que na lei de drogas é a Saúde Pública. São crimes, portanto, 
crimes contra a saúde pública. 
A lei não se preocupa com a saúde do usuário isoladamente 
considerado, existem políticas públicas previstas na lei para 
tratar da saúde do usuário, contudo na parte dos crimes o 
legislador cuida da saúde da coletividade. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Objetividade Jurídica dos Crimes da Lei de Drogas 
Objeto Material → é a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a 
conduta criminosa, no que tange a lei em estudo, é a “coisa”, a 
“droga” é o produto sobre o qual recai a conduta criminosa. 
Drogas→ são as substâncias assim 
indicadas/definidas/apresentada em lei ou em algum ato 
administrativo. É o que consta do artigo 2º da Lei em estudo, 
vejamos: 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Art. 2o → Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, 
bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e 
substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, 
ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem 
como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, 
sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso 
estritamente ritualístico-religioso. 
Parágrafo único → Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a 
colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente 
para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, 
mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Definição das Drogas → No Brasil a relação de drogas encontra-
se na Portaria da Anvisa, nº 344/98. 
Art. 1º Portaria 344/98 → Droga → Substância ou matéria-prima 
que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária. 
Art. 1º Portaria 344/98 → Entorpecente → Substância que pode 
determinar dependência física ou psíquica relacionada, como tal, 
nas listas aprovadas pela Convenção Única sobre Entorpecentes, 
reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Definição das Drogas → No Brasil a relação de drogas encontra-
se na Portaria da Anvisa, nº 344/98. 
→ Os crimes da Lei de Drogas estão previstos em normas penais 
em branco heterogêneas, o tipo penal traz a conduta, mas é 
preciso buscar o complemento em um ato administrativo. 
Optou-se por ato administrativo e não numa Lei, porque é muito 
mais fácil alterar um ato administrativo do que uma Lei. 
→ Prova-se a existência de uma Droga, através da presença do 
Princípio Ativo, por meio de um exame químico toxicológico, 
prova pericial. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
TÍTULO II - DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
SOBRE DROGAS 
Art. 3o → O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, 
organizar e coordenar as atividades relacionadas com: 
I → a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social 
de usuários e dependentes de drogas; 
II → a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito 
de drogas. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS 
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE 
DROGAS 
Art. 4o → São princípios do Sisnad: 
I → o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, 
especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade; 
II → o respeito à diversidade e às especificidades populacionais 
existentes; 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
III → a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do 
povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de proteção para 
o uso indevido de drogas e outros comportamentos 
correlacionados; 
IV → a promoção de consensos nacionais, de ampla participação 
social, para o estabelecimento dos fundamentos e estratégias do 
Sisnad; 
V → a promoção da responsabilidade compartilhada entre 
Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da participação 
social nas atividades do Sisnad; 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
VI → o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores 
correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua 
produção não autorizada e o seu tráfico ilícito; 
VII → a integração das estratégias nacionais e internacionais de 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua 
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito; 
VIII → a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos 
Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação mútua nas 
atividades do Sisnad; 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
IX → a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a 
interdependência e a natureza complementar das atividades de 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas, repressão da produção não 
autorizada e do tráfico ilícito de drogas; 
X → a observância do equilíbrio entre as atividades de 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua 
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a 
garantir a estabilidade e o bem-estar social; 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
XI → a observância às orientações e normas emanadas do 
Conselho Nacional Antidrogas - Conad. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006.Objetivo do Sisnad 
Art. 5o → O Sisnad tem os seguintes objetivos: 
I → contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-
lo menos vulnerável a assumir comportamentos de risco para o 
uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros 
comportamentos correlacionados; 
II → promover a construção e a socialização do conhecimento 
sobre drogas no país; 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
III → promover a integração entre as políticas de prevenção do 
uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas e de repressão à sua produção não 
autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos 
órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e 
Municípios; 
IV → assegurar as condições para a coordenação, a integração e 
a articulação das atividades de que trata o art. 3o desta Lei. 
 
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CAPÍTULO II - DA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO DO 
SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 
Art. 6o (VETADO) 
Art. 7o → A organização do Sisnad assegura a orientação central 
e a execução descentralizada das atividades realizadas em seu 
âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se 
constitui matéria definida no regulamento desta Lei. 
Art. 8o (VETADO) 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Msg/Vep/VEP-724-06.htm
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO III 
(VETADO) 
Art. 9o (VETADO) 
Art. 10. (VETADO) 
Art. 11. (VETADO) 
Art. 12. (VETADO) 
Art. 13. (VETADO) 
Art. 14. (VETADO) 
 
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CAPÍTULO IV - DA COLETA, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE 
INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS 
Art. 15. (VETADO) 
Art. 16 → As instituições com atuação nas áreas da atenção à 
saúde e da assistência social que atendam usuários ou 
dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente 
do respectivo sistema municipal de saúde os casos atendidos e 
os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, 
conforme orientações emanadas da União. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO IV - DA COLETA, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE 
INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS 
Art. 17 → Os dados estatísticos nacionais de repressão ao 
tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações do 
Poder Executivo. 
 
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TÍTULO III - DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO 
INDEVIDO, ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E 
DEPENDENTES DE DROGAS 
CAPÍTULO I DA PREVENÇÃO 
Art. 18 → Constituem atividades de prevenção do uso indevido 
de drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para a 
redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a 
promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção. 
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Art. 19 → As atividades de prevenção do uso indevido de 
drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes: 
I → o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de 
interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua relação 
com a comunidade à qual pertence; 
II → a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação 
científica como forma de orientar as ações dos serviços públicos 
comunitários e privados e de evitar preconceitos e 
estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam; 
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III → o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade 
individual em relação ao uso indevido de drogas; 
IV → o compartilhamento de responsabilidades e a colaboração 
mútua com as instituições do setor privado e com os diversos 
segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes de drogas e 
respectivos familiares, por meio do estabelecimento de 
parcerias; 
V → a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e 
adequadas às especificidades socioculturais das diversas 
populações, bem como das diferentes drogas utilizadas; 
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VI → o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do uso” 
e da redução de riscos como resultados desejáveis das atividades 
de natureza preventiva, quando da definição dos objetivos a 
serem alcançados; 
VII → o tratamento especial dirigido às parcelas mais vulneráveis 
da população, levando em consideração as suas necessidades 
específicas; 
VIII → a articulação entre os serviços e organizações que atuam 
em atividades de prevenção do uso indevido de drogas e a rede 
de atenção a usuários e dependentes de drogas e respectivos 
familiares; 
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IX → o investimento em alternativas esportivas, culturais, 
artísticas, profissionais, entre outras, como forma de inclusão 
social e de melhoria da qualidade de vida; 
X → o estabelecimento de políticas de formação continuada na 
área da prevenção do uso indevido de drogas para profissionais 
de educação nos 3 (três) níveis de ensino; 
XI → a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do 
uso indevido de drogas, nas instituições de ensino público e 
privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos 
conhecimentos relacionados a drogas; 
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XII → a observância das orientações e normas emanadas do 
Conad; 
XIII → o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social 
de políticas setoriais específicas. 
Parágrafo único → As atividades de prevenção do uso indevido 
de drogas dirigidas à criança e ao adolescente deverão estar em 
consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional 
dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda. 
 
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CAPÍTULO II - DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO 
SOCIAL DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS 
Art. 20 → Constituem atividades de atenção ao usuário e 
dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta 
Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à 
redução dos riscos e dos danos associados ao uso de drogas. 
Art. 21 → Constituem atividades de reinserção social do usuário 
ou do dependente de drogas e respectivosfamiliares, para efeito 
desta Lei, aquelas direcionadas para sua integração ou 
reintegração em redes sociais. 
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Art. 22 → As atividades de atenção e as de reinserção social do 
usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares devem 
observar os seguintes princípios e diretrizes: 
I → respeito ao usuário e ao dependente de drogas, 
independentemente de quaisquer condições, observados os direitos 
fundamentais da pessoa humana, os princípios e diretrizes do 
Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de Assistência Social; 
II → a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e reinserção 
social do usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares 
que considerem as suas peculiaridades socioculturais; 
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III → definição de projeto terapêutico individualizado, orientado 
para a inclusão social e para a redução de riscos e de danos 
sociais e à saúde; 
IV → atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos 
respectivos familiares, sempre que possível, de forma 
multidisciplinar e por equipes multiprofissionais; 
V → observância das orientações e normas emanadas do Conad; 
VI → o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de 
políticas setoriais específicas. 
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Art. 23 → As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios desenvolverão programas de 
atenção ao usuário e ao dependente de drogas, respeitadas as 
diretrizes do Ministério da Saúde e os princípios explicitados no 
art. 22 desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária adequada. 
Art. 24 → A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão conceder benefícios às instituições privadas 
que desenvolverem programas de reinserção no mercado de 
trabalho, do usuário e do dependente de drogas encaminhados 
por órgão oficial. 
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Art. 25 → As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, 
com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência 
social, que atendam usuários ou dependentes de drogas 
poderão receber recursos do Funad, condicionados à sua 
disponibilidade orçamentária e financeira. 
Art. 26 → O usuário e o dependente de drogas que, em razão 
da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena privativa 
de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm 
garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo 
respectivo sistema penitenciário. 
 
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CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS 
Sujeito Ativo → A regra geral, é que a Lei em estudo, contem os 
crimes comuns, porque podem ser praticados por qualquer 
pessoa. A exceção está no artigo 38, contempla um crime 
próprio, porque somente poder ser praticado por médico, 
enfermeiro, dentista. 
→ A qualidade do sujeito ativo pode acarretar uma causa de 
aumento de pena, por exemplo, artigo 40, II. 
 
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CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS 
Crime de Perigo Abstrato → os crimes previstos na Lei de Drogas 
são de perigo abstrato, também chamado de Perigo Presumido, 
aquele que a Lei presume de forma absoluta, o perigo ao bem 
jurídico. 
Crime de Dano → é aquele cuja a consumação reclama a efetiva 
lesão do bem jurídico, por exemplo, o homicídio. 
Crime de Perigo → é aquele que a consumação ocorre com a 
mera probabilidade de lesão ao bem jurídico. São, também 
chamados de Crimes de Risco. 
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CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS 
Crime de Perigo Abstrato → São Constitucionais??? São, desde 
que criados com cautela. Devem ser criados com cautela pelo 
Legislador, como por exemplo, porte ilegal de arma de fogo, os 
previstos na lei em estudo, etc., são crimes necessários para uma 
vida tranquila em sociedade, contudo há entendimento contrário. 
 
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CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS 
Crimes de Perigo Abstrato e seus Reflexos Jurídicos 
→ Com a prática da conduta criminosa o crime já estará 
consumado. 
→ Os crimes de Tráfico de Drogas são incompatíveis com o 
Princípio da Insignificância, porque são de perigo abstrato. 
Presente o Princípio Ativo da droga, o crime está configurado, 
porque qualquer que seja a quantidade da droga, já é o suficiente 
para colocar em risco a saúde pública. 
 
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CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS 
 
Ação Penal → Em todos os crimes da Lei de Drogas, a Ação é Penal 
Pública Incondicionada. É um efeito lógico do Sujeito Passivo, se 
todos os crimes da Lei são vagos, automaticamente, a ação é APPI. 
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CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS 
 
Art. 27 → As penas previstas neste Capítulo poderão ser 
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas 
a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Porte de Droga Para Consumo Pessoal → Os crimes da Lei de 
Drogas não tem rubrica marginal, ou seja, a Lei não atribui nome 
aos crimes, a doutrina e a jurisprudência atribuem os nomes. 
 
Art. 28 → Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
I → advertência sobre os efeitos das drogas; 
II → prestação de serviços à comunidade; 
III → medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
Figura Equiparada - § 1o → Às mesmas medidas submete-se 
quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe 
plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de 
substância ou produto capaz de causar dependência física ou 
psíquica. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Penas para o Usuário de Droga 
1→ advertência sobre os efeitos das drogas; 
2→ prestação de serviços à comunidade; (no CP apena 
restritivas de direito é de prestação de serviços a comunidade e 
a entidades públicas.). 
3→ medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo; – a doutrina entendido que pode ser qualquer curso, 
não necessariamente sobre a droga e seus efeitos. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Se o usuário for reincidente no crime do artigo 28, cabe a 
Prisão?? 
→ Não!!! Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos 
II e III do caput deste artigo serão aplicadas peloprazo máximo 
de 10 (dez) meses, conforme prevê o art. 29 §4º. 
 
 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Se as penas impostas aos usuários forem descumpridas, é 
possível prender? 
→ Não!!! Para garantia do cumprimento das medidas educativas 
a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que 
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, 
sucessivamente a:I → admoestação verbal; II → multa, conforme 
prevê o §6º, do artigo 28.. 
 
 
 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Se não há pena privativa de liberdade, ainda há crime? 
→ Não!!! Para LFG, houve descriminalização (deixou de ser 
crime) o que é diferente de legalização, por exemplo, adultério 
foi revogado em 2005, mas continua ilícito no CC. 
Isso porque não há pena privativa de liberdade, nem mesmo 
pena de multa, para o usuário. É portanto, o artigo 28 uma 
infração penal “sui generis” (critério tricotômico). 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Natureza Jurídica do Artigo 28 
O artigo 1º da LICP dispõe que → Considera-se crime a 
infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de 
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou 
cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração 
penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples 
ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente. 
O artigo 1º da LICP adotou Critério dicotômico de infração penal 
considerando como infração penal o crime e a contravenção 
penal. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
STF → Considera que não houve descriminalização e sim mera 
despenalização. 
EMENTA:I. Posse de droga para consumo pessoal: (art. 28 da L. 
11.343/06 - nova lei de drogas): natureza jurídica de crime. 1. O art. 
1º da LICP - que se limita a estabelecer um critério que permite 
distinguir quando se está diante de um crime ou de uma 
contravenção - não obsta a que lei ordinária superveniente adote 
outros critérios gerais de distinção, ou estabeleça para 
determinado crime - como o fez o art. 28 da L. 11.343/06 - pena 
diversa da privação ou restrição da liberdade, a qual constitui 
somente uma das opções constitucionais passíveis de adoção pela 
lei incriminadora (CF/88, art. 5º, XLVI e XLVII). 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
2. Não se pode, na interpretação da L. 11.343/06, partir de um 
pressuposto desapreço do legislador pelo "rigor técnico", que o 
teria levado inadvertidamente a incluir as infrações relativas ao 
usuário de drogas em um capítulo denominado "Dos Crimes e 
das Penas", só a ele referentes. (L. 11.343/06, Título III, Capítulo 
III, arts. 27/30). 3. Ao uso da expressão "reincidência", também 
não se pode emprestar um sentido "popular", especialmente 
porque, em linha de princípio, somente disposição expressa em 
contrário na L. 11.343/06 afastaria a regra geral do C. Penal 
(C.Penal, art. 12). 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
4. Soma-se a tudo a previsão, como regra geral, ao processo de 
infrações atribuídas ao usuário de drogas, do rito estabelecido 
para os crimes de menor potencial ofensivo, possibilitando até 
mesmo a proposta de aplicação imediata da pena de que trata o 
art. 76 da L. 9.099/95 (art. 48, §§ 1º e 5º), bem como a disciplina 
da prescrição segundo as regras do art. 107 e seguintes do C. 
Penal (L. 11.343, art. 30). 6. Ocorrência, pois, de 
"despenalização", entendida como exclusão, para o tipo, das 
penas privativas de liberdade. 7. Questão de ordem resolvida no 
sentido de que a L. 11.343/06 não implicou abolitio criminis 
(C.Penal, art. 107). 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Prescrição: consumação, à vista do art. 30 da L. 11.343/06, pelo 
decurso de mais de 2 anos dos fatos, sem qualquer causa 
interruptiva. III. Recurso extraordinário julgado prejudicado. RE 
430105 QO / RJ - RIO DE JANEIRO, QUESTÃO DE ORDEM NO 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA 
PERTENCE, Julgamento: 13/02/2007, Órgão Julgador: Primeira 
Turma. 
Obs.: Doutrina (+) entende que houve descarcerização ou 
desprisionalização e não depenalização. 
 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Art. 28 → Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou 
trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou 
em desacordo com determinação legal ou regulamentar será 
submetido às seguintes penas: 
Tipo Penal → plurinuclear, vários núcleos, tipo penal misto 
alternativo. 
Sujeito Ativo → trata-se de crime comum, pode ser praticado por 
qualquer pessoa. 
Sujeito Passivo → direto (imediato/eventual) é o titular do bem 
jurídico que se lesiona (coletividade, trata-se de crime vago), e o 
indireto (mediato/constante) é o Estado. 
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Objeto Jurídico →(é o bem jurídico que se pretende tutelar) é a 
saúde pública. 
Quanto ao resultado jurídico (normativo) o crime se divide em 
crime de dano (se consuma quando bem jurídico tutelado é 
violado) ou crime de perigo (se consuma com a mera exposição 
do bem jurídico a perigo = perigo concreto “perigo real” e perigo 
abstrato “presunção de exposição do bem jurídico a perigo”). 
Objeto Material → a pessoa ou a coisa ( aqui é a droga) sobre a 
qual recai a conduta criminosa. 
Uso → em si não é crime 
 
 
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Elemento subjetivo → é o dolo + especial fim de agir (Quem 
adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer 
consigo, para consumo pessoal). 
Norma penal em branco → As condutas estão definidas no artigo 
28 e no §1, mas a lei não disse o que é droga, portanto, trata-se 
de norma penal em branco (aqui heterogênea, porque o 
complemento não é dado por uma lei). 
 
 
 
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Como determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal 
§ 2o → Para determinar se a droga destinava-se a consumo 
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância 
apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a 
ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta 
e aos antecedentes do agente. 
→ Observe que não basta a quantidade da droga para se aferir o 
crime do artigo 28 ou 33 da Lei. Vários são os critérios 
apresentados no §2º do artigo 28. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Como determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal 
→ Em caso de dúvida o Juiz deve se valer do Princípio do “in 
dubio pro reo” e condenar com base no artigo 28 da Lei. 
Obs.1: → Imagine que o sujeito é traficante e usa parte da droga, 
nesse caso responde somente pelo tráfico, artigo 33, o crime do 
artigo 28 fica absorvido. 
Obs.2:→ Imagine que o usuário venda parte da sua droga, 
responderá pelo tráfico do artigo 33 e o crime do artigo 28 fica 
absorvido. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Extensão da conduta do Usuário 
§ 1o → Às mesmas medidas submete-se quem, para seu 
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à 
preparação de pequena quantidade de substância ou produto 
capaz de causar dependência física ou psíquica. 
 
 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Prazo para aplicação das penas ao usuário 
§ 3o → As penas previstas nos incisos II e III do caput deste 
artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. 
§ 4o → Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II 
e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 
10 (dez) meses. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
§ 5o → A prestação de serviços à comunidade será cumprida 
em programas comunitários, entidades educacionais ou 
assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos 
ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, 
preferencialmente, da prevenção do consumo ou da 
recuperação de usuários e dependentes de drogas. 
§ 6o → Para garantia do cumprimento das medidas educativas a 
que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que 
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, 
sucessivamente a: 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
I → admoestação verbal; 
II → multa. 
§ 7o → O juiz determinará ao Poder Público que coloque à 
disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de 
saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento 
especializado. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Distinção do Usuário e de quem Oferece eventualmente Droga 
Não se confunde o usuário do artigo 28, que tem o dolo 
especifico de agir para o “consumo pessoal” com o traficante do 
artigo 33, §3º → Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo 
de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: 
→ O agente do artigo 33,§3º (usuário que oferece...) pode ser 
preso, diversamente do usuário do artigo 28. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Princípio da Alteridade (Claus Roxin) 
Não há crime quando o agente produz um mal apenas assim 
mesmo, como ocorre, por exemplo, na autolesão. 
O uso da droga isoladamente considerado é irrelevante para o 
direito penal. Não existe crime no uso pretérito da droga. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Art. 29 → Na imposição da medida educativa a que se refere o 
inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à reprovabilidade 
da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade 
nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), 
atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica 
do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do 
maior salário mínimo. 
Parágrafo único → Os valores decorrentes da imposição da 
multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão creditados à conta 
do Fundo Nacional Antidrogas. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Art. 49 CP → A pena de multa consiste no pagamento ao fundo 
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-
multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 
(trezentos e sessenta) dias-multa. 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser 
inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente 
ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. 
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, 
pelos índices de correção monetária. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Prescrição 
Art. 30 → Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a 
execução das penas, observado, no tocante à interrupção do 
prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
Obs. → Para o usuário, não se utiliza o parâmetro do CP, quanto 
a prescrição, de forma que prescreve em 2 anos tanto a 
prescrição da pretensão punitiva como a prescrição executória. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Rito Processual para o artigo 28 
 
→ Por ser crime de “mínimo” potencial ofensivo, a Lei 
11.343/06 o remete a competência do JECRIM, e aplica-se o rito 
sumaríssimo da Lei 9.099/95. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 31 → É indispensável a licença prévia da autoridade 
competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, 
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, 
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, 
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou 
matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as 
demais exigências legais. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Art. 32 → As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas 
pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá 
quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando 
auto de levantamento das condições encontradas, com a 
delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a 
preservação da prova. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 
2014) 
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
§ 3o → Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a 
plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à 
proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto no 2.661, de 
8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a autorização 
prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
Sisnama. 
§ 4o → As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão 
expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição 
Federal, de acordo com a legislação em vigor. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
Tráfico Propriamente dito 
Art. 33 → Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, 
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena → reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 
500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
→ Tipo penal misto alternativo, crime de conteúdo variado, 
crime de ação múltipla, (contem vários núcleos e se o agente 
praticar dois ou mais deles contra o mesmo objeto material, 
estará caracterizado um único delito) são 18 núcleos, para evitar 
impunidade, em relação a qualquer conduta; 
→é crime comum, salvo nos verbos, prescrever e ministrar 
(crime próprio). 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
→ prescrever é pacífico que se trata de crime próprio, porque 
só o médico e o dentista podem; 
→ ministrar não é pacífico que se trata de crime próprio, pois há 
quem entenda que aplicar a droga, qualquer pessoa pode 
(doutrina +) contudo, há entendimento que trata-se de 
comportamento próprio do profissional de enfermagem. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
Sujeito Ativo pode ser praticado por qualquer pessoa, as a 
qualidade do agente pode aumentar a pena de 1/6 a 2/3 se o 
sujeito ativo for uma das pessoas do artigo 40, II – “o agente 
praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no 
desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou 
vigilância”; 
Sujeito passivo → direito é coletividade (crime vago) e indireto é 
o Estado. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
Elemento Normativo → é aquele cuja compreensão reclama do 
intérprete um juízo de valor, e o artigo 33 tem um elemento 
normativo, “sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar”, ou seja, vender droga por 
si só não é necessariamente crime, deverá fazê-lo sem 
autorização para ser crime. 
É crime equiparado → a Hediondo, artigo 2º da Lei 8.072/90. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
Elemento Normativo – é possível a comercialização lícita de 
drogas? → é possível desde que haja “autorização ou que seja 
de acordo com determinação legal ou regulamentar”, isso 
acontece, na venda de várias medicações, inclusive. 
Aplicação/ Fixação da Pena no Crime de Tráfico → segue-se 
critério trifásico para pena privativa de liberdade (artigo 42) e o 
critério bifásico para pena de multa (artigo 43), considerando as 
regras da lei 11.343/06. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
Elemento Normativo – é possível a comercialização lícita de 
drogas? → é possível desde que haja “autorização ou que seja 
de acordo com determinação legal ou regulamentar”, isso 
acontece, na venda de várias medicações, inclusive. 
Aplicação/ Fixação da Pena no Crime de Tráfico → segue-se 
critério trifásico para pena privativa de liberdade (artigo 42) e o 
critério bifásico para pena de multa (artigo 43), considerando as 
regras da lei 11.343/06. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
Aplicação/ Fixação da Pena no Crime de Tráfico →Art. 42 → O 
juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância 
sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a 
quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a 
conduta social do agente. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
Aplicação/ Fixação da Pena no Crime de Tráfico →Art. 59 CP 
→ O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à 
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às 
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja 
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
 
Aplicação/ Fixação da Pena no Crime de Tráfico →Art. 43 → Na 
fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, 
atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o 
número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as 
condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um 
trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo. 
 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Aplicação/ Fixação da Pena no Crime de Tráfico →Art. 43 
Parágrafo único → As multas, que em caso de concurso de 
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser 
aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica 
do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no 
máximo. 
Obs.1: → No código penal a pena de multa pode ser aumenta até 
o triplo (artigo 60, §1º CP), aqui é até o décuplo. 
Obs.2: → Lei 7.492/86 também prevê esse aumento de até um 
décuplo nos crimes contra o sistema financeiro nacional e nos 
crimes contra a propriedade industrial. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
 
Aplicação/ Fixação da Pena no Crime de Tráfico →Seja na 
aplicação da pena privativa de liberdade ou da pena de multa o 
juiz, atenderá ao que dispõe o art. 42 desta Lei, ou seja, observará 
a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a 
personalidade e a conduta social do agente. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Trafico de Drogas por Equiparação - § 1º → Nas mesmas penas 
incorre quem: 
I → importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, 
expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, 
traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico 
destinado à preparação de drogas; 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
II → semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas 
que se constituam em matéria-prima para a preparação de 
drogas; 
III → utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a 
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou 
consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
→ o §1º trata-se de crime de tráfico por equiparação e é 
assemelhado a hediondo; 
→ a intenção de lucro, embora normalmente esteja presente, 
não é imprescindível para caracterização do crime de tráfico, 
pode, portanto, ser de forma gratuita. 
Objeto Material → No inciso I a lei não fala de droga e sim de 
matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas, portanto, são esses os objetos que 
caracterizam o Objeto Material. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
→ No inciso II a lei se preocupou em alcançar as condutas 
relativas ao cultivo de plantas que serão utilizadas na 
preparação de drogas sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar; 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Artigo 243 CRFB/88 → As propriedades rurais e urbanas de 
qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais 
de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na 
forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e 
a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao 
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, 
observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014) 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc81.htm
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Parágrafo único → Todo e qualquer bem de valor econômico 
apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado 
e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma 
da lei. 
 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
→ O inciso III é a conduta típica de quem empresta o bem, por exemplo, 
a namorada que deliberadamente empresta o carro para o namorado 
fazer a entrega/distribuição de drogas; 
→ o crime do inciso III só se caracteriza quando o bem ou local forem 
utilizados para o Tráfico de Drogas, ou seja, não se caracteriza quando o 
bem é utilizado para o consumo de drogas. 
→ o local pode ser um bem imóvel como também um bem móvel, por 
exemplo, uma casa, um terreno, uma chácara, um carro, uma moto, uma 
lancha, etc.; 
→ Não é necessário que o agente seja o proprietário do bem, pode ter a 
posse, a guarda do bem, apenas; 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
→ o crime do inciso III é um crime DOLOSO, ou seja, o agente 
conhece a natureza da droga e sabe que estará emprestando o 
bem para a prática do crime de tráfico de drogas. 
→ Na sentença condenatória o Juiz poderá decretar a perda de 
veículos, embarcações ou aeronaves utilizadas na prática do 
tráfico de drogas. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Uso de Droga 
§ 2o → Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de 
droga: (Vide ADI nº 4.274) 
Pena → detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
Obs.: → Esse crime não é tráfico. Não se trata de crime 
equiparado a hediondo. 
→ Induzir, instigar (moral) ou auxiliar (material) são formas de 
participação. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4274&processo=4274
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4274&processo=4274
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4274&processo=4274
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4274&processo=4274
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http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4274&processo=4274
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4274&processo=4274
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Obs.: → A marcha da maconha não caracteriza esse crime, 
porque as condutas aqui elencadas devem se dirigir a uma 
pessoa determinada, e na marcha quando a pessoa participa da 
manifestação não está se dirigindo uma pessoa específica. 
Consumação → não basta a instigação, induzimento ou auxílio 
ao uso da droga, é necessário que o agente efetivamente use a 
droga, para que haja a consumação. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Ementa - ACÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PEDIDO 
DE "INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO" DO § 2º DO 
ART. 33 DA LEI Nº 11.343/2006, CRIMINALIZADOR DAS 
CONDUTAS DE "INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR ALGUÉM AO 
USO INDEVIDO DE DROGA". 
1. Cabível o pedido de "interpretação conforme à Constituição" 
de preceito legal portador de mais de um sentido, dando-se que 
ao menos um deles é contrário à Constituição Federal. 
2. A utilização do § 3º do art. 33 da Lei 11.343/2006 como 
fundamento para a proibição judicial de eventos públicos de 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
defesa da legalização ou da descriminalização do uso de 
entorpecentes ofende o direito fundamental de reunião, 
expressamente outorgado pelo inciso XVI do art. 5º da Carta 
Magna. Regular exercício das liberdades constitucionais de 
manifestação de pensamento e expressão, em sentido lato, além 
do direito de acesso à informação (incisos IV, IX e XIV do art. 5º 
da Constituição Republicana, respectivamente). 
3. Nenhuma lei, seja ela civil ou penal, pode blindar-se contra a 
discussão do seu próprio conteúdo. Nem mesmo a Constituição 
está a salvo da ampla, livre e aberta discussão dos seus defeitos e 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
das suas virtudes, desde que sejam obedecidas as condicionantes 
ao direito constitucional de reunião, tal como a prévia 
comunicação às autoridades competentes. 
4. Impossibilidade de restrição ao direito fundamental de reunião 
que não se contenha nas duas situações excepcionais que a 
própria Constituição prevê: o estado de defesa e o estado de sítio 
(art. 136, § 1º, inciso I, alínea "a", e art. 139, inciso IV). 
5. Ação direta julgada procedente para dar ao § 2º do art. 33 da 
Lei 11.343/2006 "interpretação conforme à Constituição" e dele 
excluir qualquer significado que enseje a proibição 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
manifestações e debates públicos acerca da descriminalização ou 
legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve 
o ser humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, 
das suas faculdades psicofísicas. 
O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, 
julgou procedente a ação direta para dar ao § 2º do artigo 33 da 
Lei nº 11.343/2006 interpretação conforme à Constituição, 
para dele excluir qualquer significado que enseje a proibição de 
manifestações e debates públicos acerca da descriminalização ou 
legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
leve o ser humano ao entorpecimento episódico, ou então 
viciado, das suas faculdades psico-físicas. Votou o Presidente, 
Ministro Cezar Peluso. Impedido o Senhor Ministro Dias Toffoli. 
Falou, pelo Ministério Público Federal, a Vice-Procuradora-Geral 
da República Dra. Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira. 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
 
§ 3o → Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, 
a pessoa de seurelacionamento, para juntos a consumirem: 
 
Pena → detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento 
de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem 
prejuízo das penas previstas no art. 28. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Obs.1:→ Não se confunde com o usuário do artigo 28, pois é 
prevista a pena privativa de liberdade, contudo é possível 
aplicação das penas do art. 28 cumulativamente. 
Obs.2:→ Trata-se de crime de menor potencial ofensivo e admite 
os benefícios da Lei 9.099/95. 
Obs.3:→ Cabe Prisão em Flagrante diferentemente do artigo 28; 
Obs.4:→ Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro 
a pessoa do seu relacionamento, se for estranho, será o 33 caput. 
Obs.5:→ Necessita de que o consumo seja em conjunto. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
→ Não é tráfico e não se trata de crime equiparado a hediondo. 
STJ, 6ª turma, Dje 03/09/2014, HC 277998/MG → Ademais, na 
espécie, embora os pacientes tenham sido denunciados por 
tráfico de drogas, o relatório do Inquérito Policial afirma não 
haver indícios de tráfico, indicia os pacientes pelo delito do art. 
33, § 3º, da Lei 11.343/2006 - oferecer droga, eventualmente e 
sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para 
juntos a consumirem - e sugere a imediata concessão de 
liberdade dos pacientes, presos desde o flagrante, em 
05/06/2013. 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado – Causa de Diminuição de Pena 
§ 4o → Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as 
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente 
seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades 
criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução 
nº 5, de 2012) 
Obs.1:→ Aqui temos a figura “do aviãozinho, da mula”, o chamado 
Traficante Eventual, Acidental, Esporádico. 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
 
Obs.2: → São 4 requisitos cumulativos: 
→1º o agente tem que ser primário, ou seja, é todo aquele que 
não é reincidente; 
→2º não basta ser primário; o agente deve ter bons antecedentes; 
→3º não pode o agente se dedicar a atividade criminosa; 
→4º não pode o agente integrar organização criminosa. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
...vedada a conversão em penas restritivas de direitos, o STF 
declarou inconstitucional essa expressão. 
EMENTA Agravo regimental em habeas corpus. Ausência de 
impugnação específica do fundamento da decisão recorrida. 
Inadmissibilidade. Tráfico de drogas privilegiado. Artigo 33, § 4º, da Lei 
nº 11.343/06. Equiparação aos crimes definidos como hediondos. 
Indulto. Impossibilidade. Agravo regimental não provido. 
1. A agravante não impugnou, de forma específica, o fundamento da decisão 
com que se negou seguimento ao habeas corpus, limitando-se a reiterar os 
argumentos inicialmente postos na impetração, cujo conhecimento originário 
pela Suprema Corte não era admissível 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
 Precedentes. 
2. A aplicação da causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º, 
da Lei nº 11.343/06 não afasta a natureza hedionda do tráfico 
de drogas. Precedentes. 3. Agravo regimental não provido. HC 
114558 AgR/MS, AG.REG. NO HABEAS CORPUS, Relator(a): 
Min. DIAS TOFFOLI, Julgamento:03/03/2015, Órgão 
Julgador: Primeira Turma. 
Obs.3: → Atualmente é possível a conversão de pena privativa 
de liberdade pela restritiva de direito no Tráfico de Drogas. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado – Requisitos 
STF - RHC 131828 / MS, DJE 20/02/2017 → A aplicação do causa 
de diminuição do art. 33, § 4°,da Lei 11.343/2006 exige que o 
agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique a 
atividades criminosas nem integre organização criminosa. O fato 
de o paciente possuir uma “boca de fumo”, onde comercializa 
rotineiramente substância entorpecente, tem o condão de afastar 
a característica de tráfico privilegiado, uma vez que comprova a 
sua dedicação à atividade criminosa. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=131828&classe=RHC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=131828&classe=RHC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=131828&classe=RHC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=131828&classe=RHC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado não é Hediondo 
 
STF - RE 937651 AgR / DF, DJE 28/09/2016 → O Supremo Tribunal 
Federal afastou a natureza de crime hediondo ao tráfico ilícito de 
entorpecentes, na modalidade privilegiado (HC 118.533, Relª. 
Minª. Cármen Lúcia). 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=937651&classe=RE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=937651&classe=RE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=937651&classe=RE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=937651&classe=RE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=937651&classe=RE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=937651&classe=RE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado não é Hediondo 
STF - HC 118533/MS, DJE 16/09/2016 → O tráfico de 
entorpecentes privilegiado (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.313/2006) não se 
harmoniza com a hediondez do tráfico de entorpecentes definido no 
caput e § 1º do art. 33 da Lei de Tóxicos. 2. O tratamento penal dirigido 
ao delito cometido sob o manto do privilégio apresenta contornos mais 
benignos, menos gravosos, notadamente porque são relevados o 
envolvimento ocasional do agente com o delito, a não reincidência, a 
ausência de maus antecedentes e a inexistência de vínculo com 
organização criminosa. 3. Há evidente constrangimento ilegal ao se 
estipular ao tráfico de entorpecentes privilegiado os rigores da Lei n. 
8.072/90. 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=118533&classe=HC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=118533&classe=HC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=118533&classe=HC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=118533&classe=HC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado não é Hediondo 
STJ → CANCELAMENTO DO ENUNCIADO Nº 512 DA SÚMULA DO 
STJ. 
1. O Supremo Tribunal Federal, no recente julgamento do HC 
118.533/MS, firmou entendimento de que apenas as 
modalidades de tráfico ilícito de drogas definidas no art. 33, caput 
e § 1°, da Lei nº 11.343/2006 seriam equiparadas aos crimes 
hediondos, enquanto referido delito na modalidade privilegiada 
apresentaria "contornos mais benignos, menos gravosos, 
notadamente porque são relevados o envolvimento ocasional do 
agente com o delito, a não reincidência, a ausência de maus 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado não é Hediondo 
antecedentes e a inexistência de vínculo com organização 
criminosa. (Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, julgado em 
23/06/2016). 
2.É sabido que os julgamentos proferidos pelo Excelso Pretório 
em Habeas Corpus, ainda que por seu Órgão Pleno, não têm 
efeito vinculante nem eficácia erga omnes. No entanto, a fim de 
observar os princípios da segurança jurídica, da proteção da 
confiança e da isonomia, bem como de evitar a prolação de 
decisões contraditórias nas instâncias ordinárias e também no 
âmbito deste Tribunal Superior de Justiça, é necessária a 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado não é Hediondo 
revisão do tema analisado por este Sodalício sob o rito dos 
recursos repetitivos (Recurso Especial Representativo da 
Controvérsia nº 1.329.088/RS - Tema 600). 
3.Acolhimento da tese segundo a qual o tráfico ilícito de drogas na 
sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é 
crime equiparado a hediondo, com o consequente 
cancelamento do enunciado 512 da Súmula deste Superior 
Tribunal de Justiça. Pet 11796 / DF, DJE 29/11/2016. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 9.455-1997?OpenDocument
Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado - STJ 
TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA 
ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO. 
1. A Terceira Seção desta Corte de Justiça tem entendido que é 
possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em 
curso para formação da convicção de que o réu se dedica a 
atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal previsto 
no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006. 
2. Na espécie, as instâncias ordinárias consignaram que o acusado 
é possuidor de uma vasta ficha criminal e responde por outras 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado 
ações de homicídios, roubo e porte ilegal de armas, existindo, 
ainda, prova nos autos de que este se dedica a atividades 
criminosas, fundamento idôneo e suficiente para obstar a 
concessão do redutor previsto no art. 33, § 4º, da Lei n. 
11.343/2006. 
3. Afora isso, consoante entendimento perfilhado por esta Corte, 
não é possível a incidência da causa especial de diminuição de 
pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, ao réu 
também condenado pelo crime de associação pra o tráfico de 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado 
drogas, tipificado no art. 35 da mesma lei. Precedentes. 
4. Agravo regimental improvido. AgRg no AREsp 1243873 / PI, 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL, 
2018/0026361-2, DJe 02/08/2018, Ministro SEBASTIÃO REIS 
JÚNIOR (1148) T6. 
 
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Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006. 
Tráfico Privilegiado - STJ 
Este Sodalício firmou o entendimento de que "Não há falar em bis 
in idem na utilização da reincidência como agravante genérica e 
para afastar o reconhecimento da causa especial de diminuição 
prevista no § 4º do art. 33 da Lei n.º

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