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HABILIDADES MÉDICAS VII - UNIME ESTAÇÃO 02 QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Com o avanço da tecnologia, percebemos que o cuidado à saúde, que antes era simples, menos efetivo e relativamente seguro. Hoje ele passou a ser mais complexo, mais efetivo, porém potencialmente perigoso. Por isso foram confeccionados meios de sistematizar o cuidado a fim de diminuir a presença de riscos para com o paciente. Nesse contexto existem alguns atributos muito importantes que todo centro de cuidado deve ter que definem sua qualidade: 1. Segurança: evitar lesões e danos nos pacientes decorrentes do cuidado que tem como objetivo ajudá-los. 2. Efetividade: cuidado baseado no conhecimento científico para todos que dele possam se beneficiar, evitando seu uso por aqueles que provavelmente não se beneficiarão (evita subutilização e sobreutilização, respectivamente). 3. Cuidado centrado no paciente: cuidado respeitoso e responsivo às preferências, necessidades e valores individuais dos pacientes, e que assegura que os valores do paciente orientem todas as decisões clínicas. Respeito às necessidades de informação de cada paciente. 4. Oportunidade: redução do tempo de espera e de atrasos potencialmente danosos tanto para quem recebe como para quem presta o cuidado. 5. Eficiência: cuidado sem desperdício, incluindo aquele associado ao uso de equipamentos, suprimentos, ideias e energia. 6. Equidade: qualidade do cuidado que não varia em decorrência de características pessoais, como gênero, etnia, localização geográfica e condição socioeconômica. Para introduzir o assunto também são muito necessários alguns conceitos importantes: A. Segurança do paciente: reduzir a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. B. Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico. C. Risco: probabilidade de um incidente ocorrer. D. Incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente. E. Circunstância Notificável: incidente com potencial dano ou lesão. F. Near miss: incidente que não atingiu o paciente. G. Incidente sem lesão: incidente que atingiu o paciente, mas não causou dano. H. Evento Adverso: incidente que resulta em dano ao paciente. E por último devemos ter conhecimento sobre o modelo do queijo suíço, que mostra uma abordagem sistêmica para gerenciar o erro ou a falha. O modelo mostra que quando não há camadas de queijo (barreiras), os buracos se comunicam. O vetor, mostrado na figura, representa que o risco não encontrou barreiras e atingiu o paciente. As barreiras que impedem que o risco atinja o paciente podem ser: profissionais atualizados; uso de protocolos clínicos; uso de check list cirúrgico; protocolos de higiene das mãos; dose unitária de medicamentos etc. Crislane Nogueira - 7º semestre HABILIDADES MÉDICAS VII - UNIME ESTAÇÃO 02 FERRAMENTAS PARA GARANTIR A QUALIDADE → Nesse tópico estão algumas ferramentas que vão ser expostas durante a aula. - PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA. Crislane Nogueira - 7º semestre HABILIDADES MÉDICAS VII - UNIME ESTAÇÃO 02 Crislane Nogueira - 7º semestre HABILIDADES MÉDICAS VII - UNIME ESTAÇÃO 02 PERGUNTAS FEITAS DURANTE A AULA → - Quais os erros do vídeo? 1. O paciente está anestesiado quando é feita a checagem intitulada “antes da indução anestésica”. Esse é o erro mais grave! O ideal é que o paciente esteja acordado para que ele próprio possa confirmar sua identidade e outras informações importantes como alergia! 2. O material necessário não estava todo no CC e, com o paciente já anestesiado, uma pessoa vai pegar o material que falta (uma tela). Esse é um erro gravíssimo! Se não conseguissem encontrar na enfermaria o paciente não passaria mais pelo procedimento e teria sido submetido à anestesia em vão. Esse erro também é muito grande. 3. Outro aspecto foi uma das enfermeiras tocarem no campo cirúrgico sem degermar e sem luva. 4. Logo no final, antes de o paciente sair da sala cirúrgica, também não foi feita análise dos cuidados pós-cirúrgicos. 5. Marcações com “X” denotam que não se deve fazer naquele sítio. Então não se deve fazer a marcação com o X, e sim com as iniciais do paciente ou do cirurgião. No vídeo a marcação do centro cirúrgico é realizado com um X. PRÉ AULA (respostas) → Q4. Segundo o documento de referência de segurança do paciente do ministério da saúde-2014, qual a definição de risco? R: Probabilidade de um incidente ocorrer. Q5. A expressão quase erro ou near miss significa: R: Near miss: incidente que não atingiu o paciente. Q6. Qual ou quais os conceitos de cultura de segurança do paciente segundo a portaria MS/GM nº529/2013? R: Todas as respostas são verdadeiras. Q7. Conforme o modelo do queijo suíço de James Reason, responda a alternativa correta. R: É impossível eliminar as falhas humanas e técnicas Q.8 Qual o objetivo geral do programa nacional de segurança do paciente (PNSP)? R: Contribuir com a qualificação do cuidado em saúde em todos os serviços de saúde públicos e privados. POSSÍVEIS PROBLEMAS ENCONTRADOS NA PACIENTE DO CASO (nefrectomia radical t�al) - Brevilínea + obesidade: via aérea difícil - Ocorrência de evento tromboembólico - Possibilidade de sangramento de grande monta (região muito vascularizada) → Referências utilizadas https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacional_seguranca.pdf https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2015/12/Manual-Cirurgia-Segura.pdf Crislane Nogueira - 7º semestre https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacional_seguranca.pdf https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2015/12/Manual-Cirurgia-Segura.pdf