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PREPARAÇÃO DE ARGAMASSAS DOSAGEM E ENSAIO DE

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VIRTUALAB – SUMÁRIO TEÓRICO 
PREPARAÇÃO DE ARGAMASSAS – DOSAGEM E ENSAIO DE 
CONSISTÊNCIA 
A NBR 13281 (ABNT, 2005) define argamassa como uma mistura homogênea com 
propriedades de aderência e endurecimento, composta por um ou mais aglomerantes, agregado 
miúdo e água, sendo ainda possível a utilização de adições e aditivos. 
Segundo Carasek (2007), há vários critérios que podem ser utilizados para a classificação 
das argamassas, como por exemplo a função desempenhada: construção de alvenaria, 
revestimento, contra piso, argamassas para cerâmica e argamassas para reparos em estruturas. 
Na tabela 1, encontram-se os tipos de argamassa para cada uma das funções mencionadas. 
Tabela 1 – Funções e tipos de argamassas 
Função Tipos 
Para construção de alvenarias • Argamassa de assentamento 
• Argamassa de fixação(ou encunhamento)-
alvenaria de vedação 
Para revestimento de paredes e tetos • Argamassa de chapisco 
• Argamassa de emboço 
• Argamassa de reboco 
• Argamassa de camada única 
• Argamassa para revestimento decorativo 
monocamada 
Para revestimento de piso • Argamassa de contra piso 
• Argamassa de alta resistência para piso 
Para revestimentos cerâmicos 
(paredes/pisos) 
• Argamassa de assentamento de peças de 
cerâmicacolante 
• Argamassa de rejuntamento 
Para recuperação de estruturas • Argamassa de reparo 
Fonte: Carasek (2007) 
Para a dosagem de argamassas, é possível atingir bons resultados utilizando traços pré-
fixados, conforme tabela 2 (proporção dos materiais em volume). No entanto, estes traços 
deverão receber ajustes conforme as demandas e particularidades de cada obra, principalmente 
em razão dos materiais utilizados e das propriedades finais de cada argamassa. 
Tabela 2 – Exemplos de traços 
Tipo de uso Cimento Areia Cal 
Assentamento de tijolo comum 1 5 1,5 
Reboco Interno 1 6 2 
Reboco externo 1 5 1,25 
Contrapiso 1 3 - 
Chapisco 1 4 - 
Obs: Proporção em volume 
Fonte: a autora 
 
Para entendimentos dos traços das argamassas, convertendo os valores de volume para 
massa, alguns conceitos precisam ser relembrados: 
- Massa específica real: massa da unidade de volume, excluindo deste os vazios 
permeáveis e os vazios entre os grãos, representada pela fórmula: 
𝜌 =
𝑚
𝑣
; 
- Massa unitária: é a razão entre a massa de um agregado lançado em um recipiente e o 
volume deste recipiente, representada pela fórmula: 
𝜇 =
𝑚
𝑣
; 
O consumo de cimento da mistura pode ser obtido pela seguinte fórmula: 
Consumo de cimento = 
Volume a ser produzido em dm³
(
1
µCIMENTO
+
mAreia
µAREIA
+
mCal
µCal
+
mAgua
µÁGUA
)
 
 Alguns valores obtidos em laboratório para massa unitária e massa específica dos 
materiais estão compilados na tabela 3. 
 
Tabela 3 – Propriedades dos componentes da argamassa 
Material Cimento Areia Cal 
Massa específica (kg/dm³) 3,0 2,6 2,9 
Massa unitária (kg/dm³) 1,14 1,6 0,8 
Fonte: a autora 
 
Segundo a NBR 16541 (ABNT, 2016), para a preparação de argamassas frescas a serem 
utilizadas em ensaios de caracterização do material, deve-se usar 2,5 kg de argamassa anidra 
(seca) com aproximação de 1,0 grama, respeitando o proporcionamento definido pelo usuário 
para a composição da massa total. Posteriormente, deverá proceder da seguinte forma: 
a) Pesar a massa de água com aproximação de 1,0 g. Recomenda-se adotar a 
quantidade necessária para o índice de consistência registrar um diâmetro de 
espalhamento na mesa de 260 mm ± 5 mm, conforme NBR 13276 (ABNT, 2016); 
b) Colocar toda a massa anidra na cuba do misturador (figura 1); 
c) Acionar o misturador na velocidade baixa e adicionar 75% da água de mistura à 
argamassa nos 10 segundos iniciais, misturando até completar o tempo de 30 
segundos, desde o acionamento do misturador; 
d) Mudar para a velocidade alta e misturar por mais 60 segundos; 
e) Parar o misturador, retirar a pá de mistura e raspar toda a superfície interna e da pá. 
Efetuar essa tarefa e recolocar a pá em um intervalo de 90 segundos (caso esta etapa 
seja concluída em tempo inferior, deixar a argamassa em repouso até completar o 
tempo); 
f) Acionar o misturador em velocidade baixa e adicionar o restante da água (25%) em 
10 segundos, continuando a mistura até completar 30 segundos mais o tempo 
indicado pelo fabricante ou até completar 60 segundos na ausência desta 
informação. 
Caso seja indicado pelo fabricante, ao término da mistura, deixar a argamassa em 
maturação pelo tempo definido, coberta por um pano úmido, em seguida ligar o equipamento 
e misturar por 15 segundos na velocidade baixa. 
 
Figura 1 – Misturador mecânico 
 
Fonte: a autora 
 
 Após mistura dos componentes, conforme recomendado pela NBR 16541 (ABNT, 2016), 
deve ser realizado o ensaio para determinação do índice de consistência, conforme NBR 13276 
(ABNT, 2016). 
 Os equipamentos para realização desta etapa são: 
a) Mesa para ensaio de consistência, conforme NBR 7215 (ABNT, 2019); 
b) Molde tronco cônico, conforme NBR 7215 (ABNT, 2019); 
c) Soquete metálico, conforme NBR 7215 (ABNT, 2019); 
d) Paquímetro para medições de até 300 mm, com resolução de pelo menos 1 mm. 
Logo após a preparação da argamassa, utilizá-la para encher o molde tronco cônico, 
colocando-o de modo centralizado sobre a mesa para índice de consistência (o tampo da mesa 
e a parede do molde devem estar limpos – figura 2-a). O molde deve ser segurado firmemente 
enquanto for enchido em três camadas sucessivas de argamassa, com alturas aproximadamente 
iguais. Em cada uma das camadas de argamassa devem ser aplicados, respectivamente, quinze, 
dez e cinco golpes com o soquete, de maneira a distribuí-las uniformemente (figura 2-b). Se 
houver necessidade, completar o volume do molde com mais argamassa. A argamassa deve ser 
alisada na parte superior do molde, utilizando a espátula rente à borda do molde tronco cônico, 
com movimentos curtos de vaivém ao longo de toda a superfície. Eliminar qualquer partícula 
em volta do molde com pano seco e limpo. Posteriormente, o molde troncocônico deve ser 
retirado verticalmente (figura 2-c) e a manivela da mesa deve ser acionada, de modo que a mesa 
suba e caia 30 vezes em 30 segundos de maneira uniforme. Imediatamente após a última queda 
(figura 2-d) da mesa, medir com o paquímetro o espalhamento da argamassa. Essas medidas 
precisam ser realizadas em três diâmetros tomados em pares de pontos uniformemente 
distribuídos ao longo do perímetro. O índice de consistência corresponde à média das três 
medidas de diâmetro. 
Figura 2 – Ensaio de consistência 
 
 
 
Fonte: a autora 
 
A prática a ser realizada no seu laboratório virtual segue os procedimentos previstos na 
norma acima, e visa demonstrar, em linhas gerais, como se realiza a mistura de argamassas e a 
determinação do índice de consistência. Boa prática! 
Referências 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13281: Argamassa para 
assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos. Rio de Janeiro, 2005. 
 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7215: Cimento Portland – 
Determinação da resistência à compressão. Rio de Janeiro, 2019. 
 
a) b) 
c) d) 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13276: Argamassa para 
assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação do índice de consistência. Rio 
de Janeiro, 2016. 
 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16541: Argamassa para 
assentamento e revestimento de paredes e tetos – Preparo da mistura para a realização de 
ensaios. Rio de Janeiro, 2016. 
 
CARASEK, Helena. Materiais de construção civil e princípios da ciência da engenharia de 
materiais. 1ª ed. ISAIA, Geraldo Cechella– São Paulo: IBRACON, 2007, Cap. 26 – Argamassas, 
pág. 863 a 904. Volume2.

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