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ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE MEDICAMENTOS Conceitos A administração é uma ciência social aplicada, fundamentada em um conjunto de normas e funções elaboradas para disciplinar elementos de produção. A administração estuda os empreendimentos humanos com o objectivo de alcançar um resultado eficaz e retorno financeiro de forma sustentável e com responsabilidade social, ou seja, é impossível falar em Administração sem falar em objectivos. Administração é o processo de planificar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados objectivos de maneira eficiente e eficaz. (eficiência) tem a ver com todo o processo tecnológico de um bem. (eficácia) é avaliar para quem se dirige determinado trabalho ( tem a ver com o próprio processo do trabalho). A eficiência é uma medida da utilização dos recursos no processo de trabalho enquanto que a eficácia é uma medida do alcance de resultados. Em suma, a eficácia de uma empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer uma necessidade por meio dos seus serviços enquanto a eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas. Gestão é a optimização do funcionamento das organizações através da tomada de decisões racionais e fundamentadas na recolha e tratamento de dados e informação relevante e, por essa via, contribuir para o seu desenvolvimento e para a satisfação dos interesses de todos os seus colaboradores e proprietários e para a satisfação de necessidades da sociedade em geral ou de um grupo em particular. História e desenvolvimento da Política Farmacêutica Nacional •ANTES DA INDEPENDÊNCIA descriminação económica; medicina privada nas zonas urbanas para pessoas de elite, assimilados e para indígenas (hospitais centrais); A venda de medicamentos não era controlada; independência total na importação de medicamentos. Cont. ANTES DA INDEPENDÊNCIA A importação de medicamentos estava a cargo das farmácias privadas não licenciadas, que provinham da Europa (Portugal e Alemanha, Inglaterra). Existia delegados de propagandas para médicos, com fins exclusivamente comercial, lucrativo e sem nenhum valor científicos e terapêutico; proliferação de produtos impróprios e perigosos para a saúde pública e terapêutica no país e utilização de nomes comerciais. ANTES DA INDEPENDÊNCIA • Descriminação Geográfica Existência de facilidades diferentes de assistência entre centros urbanos e zonas rurais caracterizados por um nr° reduzido das unidades sanitária no campo; Apenas no Maputo, Beira, e Nampula em tinham hospitais em boas condições e equipamentos de todos os serviços hospitalar; • Discriminação Social Os médicos só atendiam os da raça branca e assimilados; • DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA De acordo com a situação que o país atravessava, desde a proliferação de medicamentos e muitos deles com acção duvidosa, o uso indiscriminado, venda ilegal por pessoas não qualificadas bem como o consumo indevido (automedicação), dependência na aquisição (importação), entre outros aspectos, neste período. Um mês depois da independência, o governo nacionaliza-se a medicina, como forma de acabar com a prática privada e a venda ilegal e o uso desordenado do medicamento. CICLO DE GESTÃO DE MEDICAMENTOS A Gestão de medicamentos é o conjunto das actividades que devem ser realizadas de uma forma contínua e interligada para garantir a existência e o correcto uso dos medicamentos nos diversos níveis do sistema de saúde. Este conjunto ajuda os gestores com o processo de distribuição de medicamentos e suprimentos às unidades clínicas e aos consumidores, seguindo um ciclo de providências: previsão de necessidades; processo de: Planificação; pedidos; recepção; armazenamento em pequena e grande escala; e distribuição. CICLO DA GESTÃO DE MEDICAMENTOS • O Ciclo de aprovisionamento apresenta-se como uma sucessão de funções básicas, fundamentais para uma correcta gestão dos medicamentos no Serviço Nacional de Saúde: GESTÃO PROCURA USO SELECÇÃO DISTRIBUIÇÃO CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA SELECÇÃO E PROCURA . Consiste em determinar e adquirir as quantidades necessárias dos medicamentos apropriados para o tratamento das patologias identificadas tendo em conta os fundos disponíveis. DISTRIBUIÇÃO Consiste em disponibilizar os artigos e serviços necessários para o funcionamento de uma determinada instituição, com boa qualidade e quantidade, em tempos certos e regulares, e custos mínimos. USO Se refere à correcta utilização da medicação considerando a qualidade da prescrição, a embalagem, a rotulagem, as condições de dispensa e de conservação e o cumprimento da terapêutica pelo paciente. SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE • Por Decreto N° 13/75, de 6 de Setembro, foi criada a Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM). • Esta instituição subordinada ao Ministério da Saúde tem competências para administrar, coordenar e executar as funções relativas a aquisição, armazenagem, conservação, e distribuição de medicamentos e outros artigos médicos. • A distribuição de produtos farmacêuticos do nível central para as diferentes unidades de gestão no pais é realizada por uma empresa prestadora de serviços contratada pelo Ministério da Saúde que de momento é a MEDIMOC e outras Empresa desses serviços farmacêuticos. CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS (CMAM). • Das requisições provinciais recebidas, a CMAM emite ordens de fornecimento de acordo com a disponibilidade nos armazéns centrais, tendo como princípio a distribuição equitativa dos medicamentos aos diferentes níveis do Serviço Nacional de Saúde. SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE • A Lei N° 25/91 de 31 de Dezembro, cria o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que se subordina ao Ministério da Saúde e é constituído por Unidades Sanitárias que estão organizadas em quatro níveis de atenção de saúde (a caracterização das Unidades Sanitárias foi actualizada através do Diploma Ministerial N° 127/2002, de 31 de Julho): • O nível primário com (Centros de Saúde de diferente tipos – Tipo I, II e III); • O nível secundário (Hospitais Rurais e Gerais); • O nível terciário (Hospitais Provinciais); • O nível quaternário (Hospitais Centrais e Especializados). SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE Tal como o SNS, o Sistema de Abastecimento de Medicamentos está estruturado em diferentes níveis: • O Nível Central, constituído pela CMAM e os Armazéns Centrais de Maputo e Beira, que abastecem os Hospitais Centrais, os Hospitais Gerais da cidade de Maputo e os Depósitos Provinciais. • O Nível Provincial, constituído pelos Depósitos Provinciais, que abastecem os Hospitais Provinciais, os Hospitais Especializados e os Depósitos Intermediários (Depósitos Distritais, Hospitais Rurais ou Centros de Saúde que funcionam como unidades fornecedoras de referência para Unidades Sanitárias dependentes. SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE • O Nível Distrital, constituído pelos Depósitos Intermediários que abastecem os Hospitais Rurais, Gerais e os Centros de Saúde periféricos... • As Unidades Sanitárias constituem o nível primário de atendimento ao público sendo elas com ou sem internamento. CUIDADOS DE SAÚDE • O Ministério da Saúde é o órgão do Governo que formula e propõe ao Conselho de Ministros a Política Nacional de saúde que, de acordo com a Constituição e as Leis: planifica, dirige e controla o SNS. • Unidade Sanitária (US), é a designação que se atribui a qualquer hospital ou instituição, independentemente do seu nível de prestação. A GESTÃO OU ADMINISTRAÇÃO DO SNS • A gestão ou administração do SNS é feita a 3 níveis: • Nível Central ------- Ministério da Saúde • Nível Provincial --- Direcções Provinciais de Saúde • Nível Distrital------ Direcções distritais de Saúde • O distrito é a Unidade territorial básico alvo dos Programas do SNS. OS CUIDADOS DE SAÚDE • Os Cuidados de Saúde são prestados no SNS a 4 Níveis: • Nível Primário – Postos de Saúde e Centros de Saúde • Nível Secundário – Hospitais Rurais e Gerais • Nível Terciário – Hospitais Provinciais • Nível Quaternário – Hospitais Centrais e Especializados TAREFAS ESPECÍFICAS POR CADA NÍVEL • Nível primário dos Cuidados de Saúde • Constituído duma rede de Postos de Saúde e Centros de Saúde (urbanos e rurais), que prestam cuidados de saúde a este nível. • Componentes: • Saneamento do meio e abastecimento adequado de água; Vacinações; • Programa de Saúde Materno Infantil; Educação para a Saúde; Tratamento de doenças e traumatismos comuns; Prevenção e combate das doenças endémicas locais; Promoção de uma nutrição adequada; Fornecimento de medicamentos essenciais e Saúde mental; Saúde Oral. CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE • Centro de Saúde Urbano s/ internamento • Centro de Saúde Rural • Centro de Saúde Tipo I – Até 50 camas • Centro de Saúde Tipo II – Até 25 camas (CS de Sena e CS de Mafambisse) • Centro de Saúde Tipo III – Chamado mini-centro – Até 5 à 19 camas. • Os Postos de Saúde básicos são as US mais simples do SNS: A actividade principal desta US é o atendimento externo. • Nos Postos de Saúde básicos, não há maternidade, nem cadeia de frio. NÍVEL SECUNDÁRIO DOS CS • Dão apoio necessário os CS de nível primário • Compreendem Hospitais Rurais e Gerais • Prestam assistência cirúrgica e obstétrica de urgência • Fornecem assistência curativa de 4 especialidades básicas (Medicina Interna, pediatria, Obstetrícia e Ginecologia). DIFERENCIAM-SE DO CENTRO DE SAÚDE POR TEREM: • Serviço de Cirurgia; • Serviço de Radiologia; • Laboratório com maior capacidade para diagnóstico; • Banco de sangue; • Maior capacidade de Internamento; • Em geral, há maiores recursos clínicos, farmacológicos e de enfermagem; • Além das actividades hospitalares, os HRs, devem desenvolver as actividades preventivas e promotoras de tarefas de Supervisão, Formação Contínua, etc. NÍVEL TERCIÁRIO • É formado pelos Hospitais Provinciais. • Os cuidados curativos incluem para além dos existentes nos Hospitais Rurais, especialidades mais complexas como Ortopedia, Ginecologia- Obstetrícia, Oftalmologia, Fisioterapia. Há melhores condições de Cuidados Intensivos- reanimação, meios auxiliares de diagnóstico mais complexos, por exemplo: laboratório com possibilidade de Bacteriologia. NÍVEL QUARTERNÁRIO • Constituído pelos Hospitais Centrais, em número de 3. • Desempenham o nível mais diferenciado de cuidados de saúde, com funcionamento mais complexo; Prestam contas directamente ao Ministério da saúde; Dão um papel Regional e dão cobertura regional. • Hospital Central de Maputo • Região Sul (Cidade do Maputo, Províncias do Maputo, Inhambane e Gaza). Também é um Hospital de referência nacional. • Hospital Central da Beira • Região Centro (Cidade da Beira, Província de Sofala, Províncias de Manica, Zambézia, Tete); • Hospital Central de Nampula • Região Norte (Cidade de Nampula, Província de Nampula e Províncias de Niassa e de cabo Delgado). CONCEITO DO HOSPITAL SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE • O hospital é parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade assistência à saúde, tanto curativa quanto preventiva, incluindo serviços à família, em seu domicílio e ainda é um centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e para pesquisas bio-sociais. CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO DA SAÚDE • “Administração de saúde é planejar, organizar, dirigir, controlar, coordenar e avaliar os recursos e procedimentos pelos quais a demanda por cuidados médicos e de saúde, e as necessidades de um ambiente saudável são atendidos, mediante a provisão de serviços a clientes individuais, organizações e comunidades” (Charles J.Austrin) FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 1. Planificação; 2. Organização; 3. Direcção; 4. Controlar. 1. PLANIFICAÇÃO Expressão escrita do programa a realizar. Um plano bem concedido, devera no mínimo ser capaz de responder as questões, tal como: •O que é? •Porquê? •Como? •Quando? •Onde ? e •Quem? 2. ORGANIZAÇÃO Criação de condições para implementação do plano. Pressupõe basicamente a concentração de recursos necessários nas actividades. 3. DIRECÇÃO Acompanhamento ou monitorização permanente de como o plano esta sendo implementado. 4. CONTROLAR Avaliação comparativa do planificado e os objectivos fixados com os resultados alcançados. BUROCRACIA A palavra burocracia em ambientes populares é entendida como barreira ao bom funcionamento das instituições. No sentido restrito, particularmente em administração, é o conjunto de medidas que visa incutir nos funcionários públicos a imparcialidade de atitudes no local de trabalho. PRINCIPIOS DA BUROCRACIA a) Hierarquia; b) Especialização; c) Definição de competências; d) Normas de conduta; e) Documentação e arquivo. NÍVEIS HIERÁRQUICOS Existem a quatro (4) níveis: 1º Nível: DELIBERATIVO Encontramos a parte superior do hospital; Possui autoridade do hospital; Órgão que se localiza no top da pirâmide; Órgão germinativo e principal do comando; Oferece as regras básicas gerais da normalização funcional. 2º Nível: DIRECTIVO Os órgãos que fazem cumprirem as decisões e deliberações do nível anterior, cuidando para que o comando seja racional e de forma que possa proporcionar um bom fluxo e um bom entendimento nos níveis hierárquicos; Encontramos também os órgãos relacionados a direcção executiva do hospital; É um nível bem marcante nos hospitais; Possui mão-de-obra especializada, capacitada, formada e actualizado nas ciências de administração hospitalar; Precisa-se de assistência técnica e administrativa. 3º Nível: INTERMEDIÁRIO Encontramos órgãos executivos que recebem, assimilam e transmitem as deliberações; Encontramos órgãos de supervisão, orientação, controlo directo e efectivo das actividades; É um nível hierárquico onde encontramos os chefes dos serviços, clínicos, encarregados, supervisoras e outros; Os chefes devem estar permanentemente preparados; Regimentos dos serviços; Surgem órgãos de acessória funcional. 4º Nível: EXECUTIVO É na base da pirâmide, isto é, no formato mais extenso; Nível mais operacional, onde trabalho é realmente desenvolvido; A gama dos profissionais especializados, é muito rica e de fundamental importância nas tarefas e actividades operacionais técnicas de apoio e administrativa; O hospital como organização é eminentemente social e fundamentado no trabalho humano, sendo este o seu grande factor de produção. A ‘‘mão-de- obra’’, e somente por este factor já se transforma numa empresa complexa de relacionamento efectivamente efectiva e marcante onde a dor, o sofrimento, a motivação, a angústia e as alegrias se misturam, e faz dos trabalhadores do hospital, um místico de vida e da morte. ORGANOGRAMA DELIBERATIVO (conselho directivo) DIRECTIVO (superintendentes) INTERMEDIÁRIO (chefes e supervisores) EXECUTIVO (funcionários) AS FUNÇÕES DE ADMINISTRADOR • Administrador é : • Profissional generalista. • Conhece um pouco de cada actividade desenvolvida no hospital e conhecedor profundo da sua área de actuação; • Supervisor constante, conhece e percorre todas as áreas inerente ao hospital. • Tem a responsabilidade de por em funcionamento a unidade hospitalar e pela manipulação dos recursos existentes no hospital. AS FUNÇÕES DE ADMINISTRADOR • É entidade máxima de gestão administrativa. • Dispõe de requisitos para administrarum hospital. • É um órgão de consulta • É um negociador PERFIL DE DE UM ADMINISTRADOR • Gestor de conflitos (mediar os conflitos); • Capacidade comunicativa(deve saber: ouvir) • Empatia (sentimento em relação aos outros, por se no lugar da outra pessoa). • Inteligência; competência; futurista; socialidade; líder e visionário (prever o futuro) • Motivador; realista; corajoso; inovador e produto de resultados e etc... DIRECÇÃO/LIDERANÇA 1. Liderança autoritária ou militar a) O líder é que fixa as directrizes sem qualquer participação do grupo; b) O líder determina as providências e as técnicas para a execução de tarefas; c) O líder determina qual tarefa que cada deve executar e qual é o seu companheiro de trabalho; d) O líder é denominador e é pessoal nos elogios e nas críticas de trabalho de cada membro; 2. Liderança democrática a)As directrizes são debatidas e decididas pelo grupo; b)O próprio grupo esboça as técnicas a utilizar na execução dos programas, solicitando apenas ao líder o conselho técnico; c)O líder ao tomar alguma providência, dá duas ou mais sugestões para o grupo escolher a que mais lhe convier; d)A divisão de tarefas fica ao critério do grupo e cada membro tem a liberdade de escolher o seu colega de trabalho; e)O líder é objectivo, limita-se em factos para elogiar ou criticar. 3. Liderança liberal a) Há liberdade completa para as decisões grupais com a participação mínima do líder; b) A participação do líder no debate é limitada; c) Tanto a divisão de tarefas como a escolha de companheiro de trabalho fica totalmente a cargo do grupo. d) Absoluta falta de participação do líder; e) O líder não faz nenhuma tentativa de avaliação ou de regular o curso dos acontecimentos; f) O líder somente faz comentários sobre o desempenho dos seus membros quando perguntado. CONCLUSÃO 1. A liderança autoritária apresenta maior quantidade do trabalho produzido; 2. A liderança democrática não apresenta um bom nível quantitativo de produção, porem, a qualidade do trabalho é surpreendentemente superior; 3. A liderança liberal sai bem quanto a quantidade assim como a qualidade. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS No pensamento de alguns dos principais especialistas, a Administração de Materiais é a ciência que trata do campo especifico: matérias. Compreende um ciclo continuo de operações correlatas e independentes que são: • Previsão ; Aquisição • Transporte; Recepção • Armazenamento; Distribuição • Conservação; venda e • Analise e controle de inventário. (administração de material hospitalar. 2ª edição Dário Paterno) CONCEITO DE LOGÍSTICA HOSPITALAR • A logística hospitalar é o processo de gerenciar estrategicamente e racionalmente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais médico - hospitalares, medicamentos e outros materiais necessários ao perfeito funcionamento da unidade hospitalar (e os fluxos de informações correlatas) de modo a poder preservar a vida e / ou restaurar a saúde dos clientes (pacientes) com óptima qualidade, custo baixo e retorno satisfatório para a instituição. (FERNANDO CUNHA) OUTRO CONCEITO DE LOGÍSTICA HOSPITALAR • Logística hospitalar é uma operação integrada para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos destinados aos hospitais de forma racionalizada, o que significa planejar, organizar, coordenar e executar todo o processo, visando à redução de custos, a eficiência e rapidez na entrega, a preservação da vida e o aumento da qualidade e da competitividade hospitalar. (F. CUNHA) SISTEMA DE APROVISIONAMENTO DE DE MEDICAMENTOS O APROVISIONAMENTO Aprovisionamento é uma das funções em que se pode dividir a actividade de uma empresa. •Tem em vista o abastecimento atempado de todos os bens e serviços necessários ao seu eficaz funcionamento, em quantidade e qualidade desejadas e sempre ao menor custo. •A função de aprovisionamento assegura um fluxo contínuo de bens de modo a satisfazer as necessidades dos clientes no momento desejado. FUNÇÕES DE APROVISIONAMENTO • As classes de bens e serviços necessários ao normal funcionamento da empresa são, em regra: • Mercadorias • Matérias-primas e subsidiárias • Materiais diversos • Material de expediente • Artigos de higiene • Imobilizado • Assistência técnica FUNÇÃO DE APROVISONAMENTO FORNECEDOR BENS E SERVICOS UTILIZADORES INTERNOS COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE APROVISIONAMENTO: • Criteriosa escolha dos locais de armazenagem dos bens-materiais, produtos em curso na farmácia e produtos acabados – o seu correcto dimensionamento, de forma a: – Minimizar as distâncias a percorrer por esses bens entre os pontos de armazenagem e os locais onde irão ser utilizados (ou expedidos); – Possibilitar uma fácil e económica recepção e armazenagem dos materiais recebidos (dos fornecedores ou da produção); – Permitir um correcto manuseamento dos bens quando da satisfação das requisições (para a produção ou para a expedição para os clientes). COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE APROVISIONAMENTO • Criterioso estudo do layout (estuda a dimensão e configuração do armazém, também a sua localização, implementa métodos de armazenagem, características dos bens a armazenar, volume de stocks) de cada armazém e dos respectivos equipamentos de arrumação e movimentação, de modo a: – Racionalizar as movimentações internas; – Minimizar as possibilidades de deterioração dos produtos, de dúvidas sobre a sua qualidade e de acidentes. COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE APROVISIONAMENTO • Estudo de um sistema eficaz de identificação dos produtos e de rápida verificação das quantidades existentes. • Organização de um processo que minimize a possibilidade de entrada ou saída física de bens sem a prévia recepção dos documentos necessários, correctamente preenchidos e rubricados por quem tenha poderes para tal. • Implementação de um sistema que permita programar com antecipação necessária as encomendas a lançar e as respectivas quantidades, em ordem a, pelo menor custo e com envolvimento financeiro mínimo, limitar a um valor aceitável, o risco de uma ruptura de stocks. COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE APROVISIONAMENTO • Organização de um processo técnico-administrativo de preparação das encomendas que garanta que os produtos delas constantes vão correctamente especificadas e que todas as condições são claramente entendidas pelos fornecedores consultados. • Implementação de um processo eficaz de seguimento das encomendas, desde a sua emissão até à sua recepção. • Organização de um sistema de recepção, quantitativa e qualitativa, dos materiais enviados pelos fornecedores. UMA GESTÃO RACIONAL DO APROVISIONAMENTO EVITA: – Investimentos desnecessários em stocks; – Ruptura de stocks; – Elevados custos de encomenda; – Grandes áreas para armazém; – Excesso de meios humanos e materiais para controlo do(s) armazém(s). • Compete ao aprovisionamento garantir as quantidades de bens, nos prazos e na qualidade desejada pela função na farmácia. • A eficácia da função aprovisionamento repercute-se em outras funções da farmácia. MISSÃO DA LOGÍSTICA NO ÂMBITO DA GESTÃO DOS MEDICAMENTOS • Fornecer quantidade desejada de serviços aos clientes(paciente), objectivando alcançar níveis de custos aceitáveis e competitivos. • Proporcionar subsídios e condições para que os produtos hospitalares se movimentem da maneira mais rápida e eficaz possível. • Dispor o produto ou o serviço hospitalar certo, no lugar certo, no tempo certo, e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em que se fornece a maior contribuição ao Hospital. OBJECTIVOS DA LOGÍSTICA NO HOSPITAL • Aumentar o grau de satisfação dos clientes(pacientes) tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momentoem que são desejados; • Atingir um nível desejado de serviço ao cliente pelo menor custo total possível. FUNÇÕES BÁSICAS DA LOGÍSTICA • Disponibilizar nas áreas solicitantes em tempo hábil os materiais e medicamentos necessários ao atendimento dos pacientes (clientes) dos hospitais. ETAPAS DO APROVISIONAMENTO a) Estimativa/calculo de necessidades; b) Procura/aquisição; c) Recepção/armazenamento; d) Distribuição. TRANSPORTE Os meios de transporte são critérios mais críticos para uma U. S. Sem veículos o hospital fica paralisado. O carro é um recurso com elevadíssimos custos, por isso deve ser correctamente gerido. A gestão de transportes assenta em três princípios: 1) O uso deve ser reduzido ao minimo indispensável de modo a prolongar a sobrevivencia; 2) Deve haver critério custo/benefício (prioridade); 3) Deve ser feita a máxima manutenção possivel. RECURSOS FINANCEIROS A gestão financeira no Aparelho de Estado é feita de acordo com as normas definidas pelo Ministério de Plano e Finanças. INTERVENIENTES DO SISTEMA NUMA U.S A gestão de medicamentos é o conjunto de actividades que devem ser realizadas de uma forma contínua e integrada para garantir a existência e o correcto (uso racional) dos medicamentos ns diversos níveis do sistema de saúde como vimos anteriormente. O ciclo de aprovisionamento ou de medicamentos apresenta como sucessão de funções básicas, fundamentais para uma correcta gestão dos medicamentos no SNS. ABASTECIMENTO DE MEDICAMENTOS NO SNS • Existem 2 métodos de abastecimento de medicamentos no Serviço Nacional de Saúde : O abastecimento “clássico” : – o Permanente ou regular (Via Clássica). – o Especial, de reforço ou de emergência. O abastecimento programado de Kits. • Os Hospitais Centrais, Especializados ou Provinciais são abrangidos apenas pelo sistema de abastecimento “clássico”. ABASTECIMENTO REGULAR (VIA CLÁSSICA). • A Via Clássica é a forma de abastecimento dos hospitais e do internamento em geral, sendo também utilizada em complemento para reforço à unidades sanitárias abastecidas por Kits. • Este abastecimento é feito com base na elaboração de uma requisição para qual é necessário seleccionar e quantificar os medicamentos necessários com base nos consumos médios e o stock de segurança considerando as quantidades existente no stock. ABASTECIMENTO ESPECIAL • O Abastecimento Especial é utilizado quando um medicamento vai acabar (ruptura de stock) e precisa-se de reforço ou quando se prevê um consumo extraordinário devido a epidemias(Cólera, diarreias). • Quando uma destas situações acontece, o Responsável da Farmácia em coordenação com o Responsável Clínico, faz uma requisição de acordo com as necessidades, ao depósito fornecedor para pedir o reforço ou abastecimento adicional de medicamentos. ABASTECIMENTO PROGRAMADO DE KITS • O Processo de Abastecimento Programado de Kits tem como o objectivo de garantir a existência regular dos medicamentos básicos / essenciais nas Unidades Sanitárias de nível primário, melhorar a utilização do medicamento e as condições de armazenagem e de distribuição de medicamentos neste nível e desta maneira melhorar o abastecimento de medicamentos à população. • Um kit define-se como uma embalagem cujo conteúdo em medicamentos essenciais é previsto para tratar um número determinado de doentes em função de padrões epidemiológicos pré definidos. ABASTECIMENTO PROGRAMADO DE KITS • A distribuição é realizada pelos Depósitos Provinciais e Intermediários sem que seja necessária a elaboração duma requisição, o número de Kits fornecido a cada Unidade Sanitária será determinado, em função da qualificação do pessoal clínico presente, e do Número Médio Mensal de consultas externas realizadas. • É Importante saber que, para se receber os Kits não é necessário preencher uma Requisição, as Unidades Sanitárias são obrigadas a preencher os Mapas apropriados e enviar para o nível superior para possibilitar que seja feito o cálculo das quantidades de Kits que devem receber. MONITORIZAÇÃO E CONTROL PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NO CICLO DE APROVISIONAMENTO Monitorizar no sistema de aprovisionamento de medicamentos significa controlar de perto as actividades. Exige uma flexibilidade de modo a permitir o controlo de medicamentos desde a selecção, aquisição, distribuição até ao uso, dependendo do nível que se encontra (local, distrital, provincial, central. ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS • São as instalações onde se stocker/guardam os bens nos hospitais são, genericamente, denominadas armazéns, ou central de abastecimento farmacêutico(CAF). • Eles são, assim, a parte do sistema logístico onde se guardam, se armazenam, medicamentos, material médico -hospitalar e outros produtos de uso nos hospitais, sendo o intermediário entre o ponto de origem e o ponto de consumo nos hospitais. OS ARMAZÉNS: CONCEITOS Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos • 1. Armazenamento Geral • Devem ser criadas as condições necessárias de armazenamento de fármacos de modo a garantir uma correcta conservação; • O espaço de armazenamento de fármacos será influenciado por múltiplos e diversos factores. • Deve ter-se em conta: − Superfície e prestação de serviço da Unidade; Armazenamento Geral − Unidade de Saúde é ou não abastecida por Serviço Farmacêutico Centralizado; − Número de camas; − Tempo de internamento (Unidade de curta/ média /longa duração); − Local de acesso fácil para comunicação externa ( recepção do medicamento),e comunicação interna (distribuição do medicamento). Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos • 1.1. Armazém – Estrutura Física a) Área de armazenamento deverá ser desenhada ou adaptada de modo a assegurar boas condições de armazenamento; b) Área adequada aos produtos farmacêuticos; c) Dotada de ventilação, protecção da luz solar directa, iluminação, temperatura e humidade controladas. (temperatura abaixo dos 25ºC, humidade inferior a 60%); d) Facilidade de limpeza; e) Fechadura exterior que permita encerramento; f) Janelas se existirem devem ser protegidas contra intrusão; g) Portas largas onde possam circular paletes no casos de um armazém de injectáveis de grandes volumes; cont. Armazém – Estrutura Física h) Proximidade com elevador / monta cargas; i) Dimensões adequadas á instalação de suportes para armazenagem de medicamentos e/ou soluções injectáveis de grande volume, como estantaria de metal ou prateleiras; j) Nenhum produto deverá assentar directamente no chão, estando devidamente espaçado de modo a permitir limpeza e inspecção; k) A arrumação dos medicamentos deve ser feita por ordem alfabética do nome genérico, por especialidade farmacêutica, devidamente identificadas com o código do produto; l) Deve permitir rotação adequada dos stocks garantindo que sejam utilizados em primeiro lugar os medicamentos de menor prazo de validade, ou mantendo o principio: primeiro entrado/ primeiro saído; cont. Armazém – Estrutura Física m) Produtos farmacêuticos e fármacos danificados ou partidos devem ser retirados do restante stock existente; n) Os prazos de validade devem estar devidamente verificados e controlados, preferencialmente por via informática. Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos • 1.2. Equipamento a) Mobiliário adequado para acondicionamento de fármacos, (estantes fechadas e de fácil acesso e higienização/limpeza). b) Paletes para injectáveis de grande volume em material apropriado (ex: poliestireno expandido). c) Bancada de trabalho. d) Para registo de temperatura e humidade: termo – higrómetro; e) Lavatório para lavagem de mãos. Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos Equipamento de Segurança a) Extintor; b) Sistema de Alarme; c) Estojo de primeiros socorros em local bem assinalado; d) Sinalética adequada. Recursos Humanos a) Os recursos humanos que desempenhem funções nas áreas de armazenamento, devem receber formação própria, relativamente a normas de correcto armazenamento, regulamentação, procedimentos e segurança. b) Os recursos humanos que desempenhem funções nas áreas de armazenamento, deverão ter vestuário apropriado à actividade desenvolvida. Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos • 2. Armazenamento Especial • Deve contemplar todas as recomendações descritas no armazenamento geral com as particularidades seguintes: • Estrutura física/ Equipamento • Inflamáveis: • a. Local individualizado do restante armazém, a sua dimensão vai estar dependente do número e da variedade das especialidades a armazenar. • b. Espaço com detector de fumos. • c. Sistema de ventilação • d. Chuveiro de deflagração. • e. Instalação eléctrica do tipo anti-deflagrante Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos Gases Medicinais: Área separada do restante armazém Estupefacientes e Psicotrópicos: a) Local reservado com fechadura de segurança; b) Prateleiras que permitam a arrumação dos medicamentos estupefacientes/psicotrópicos de forma correcta. Citotóxicos: a) Armazenamento em local seguro, armário especifico e separado dos outros medicamentos; b) Estojo de Emergência e local seguro e assinalado. Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos • Medicamentos e Reagentes que necessitam refrigeração: a) Frigorífico; b) Temperaturas entre 2-8ºC; c) Sistema de controlo e registo da temperatura. • Os frigoríficos que contenham quantidades significativas de produtos farmacêuticos, devem estar sempre equipados com sistema de controlo e registo da temperatura máxima e mínima e, alarme permanentemente activado para avisar sempre que ocorra uma alteração anormal da temperatura. • A conservação correcta dos medicamentos é um factor critico para garantir a sua qualidade, eficácia e segurança, pelo que é imprescindível a implementação de procedimentos de trabalho que asseguram essa conservação. Armazenamento de Medicamentos, Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos • Rotação de Stocks - Controlo. a) Inventários periódicos deverão ser executados de modo a fazer-se a comparação entre o stock real actual e o stock em registo informático; b) Todas as discrepâncias de stock deverão ser registadas e verificadas novamente de modo a corrigir a situação. • Stock devolvidos – Devoluções a) Todo o material devolvido ao armazém de fármacos e consumíveis, deve ser registado como devolução; b) Todos os produtos farmacêuticos e fármacos dos utentes, não deverão voltar a fazer parte do stock. Devem ser destruídos. ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS DEPÓSITO DE MEDICAMENTOS O Depósito Provincial de Medicamentos é abastecido trimestralmente a partir dos Armazéns Centrais geridos pelo prestador de serviço contratado pela CMAM. Por seu turno o Depósito Provincial de Medicamentos fornece directamente a todos os Depósitos Intermediários, o Hospital Provincial e ocasionalmente algumas Unidades Sanitárias dependentes de um distrito mas que fisicamente estão localizadas próximo dele. A GESTÃO DO DEPÓSITO PROVINCIAL DE MEDICAMENTOS • A gestão do Depósito Provincial de Medicamentos constitui a realização de todas as actividades que permitem a movimentação, a conservação e o controlo do stock de medicamentos. Portanto estão estabelecidas regras para a: Requisição de medicamentos à CMAM, Recepção, armazenagem, gestão e controlo do stock de medicamentos no depósito, Abastecimento às unidades dependentes em medicamentos ou Kits. FACTORES QUE CONDICIONAM A INSTALAÇÃO DE UM DEPÓSITO MEDICAMENTOS 1. Existência de recursos financeiros; 2. Natureza e volume do material a ser armazenado no hospital; 3. Delimitação prévia da área disponível para stockagem no hospital; 4. Num sistema de armazenagem de materiais as estantes devem ser identificadas por letras, cuja sequência deverá ser da esquerda para a direita em relação a entrada principal. ARMAZENAGEM • Se a demanda sempre fosse igual a oferta, a função armazenagem poderia ser eliminada. Mas geralmente isto não ocorre. Sendo assim armazenamos os materiais para atender as necessidades previstas e imprevistas. Decisões de armazenagem • Devem ser levadas em consideração questões relativas ao layout envolvendo as embalagens e as estruturas para o acondicionamento dos stocks, bem como sua movimentação. DECISÕES DE ARMAZENAGEM Movimentação de materiais: • Demanda -itens movimentados; pedido expedidos; – Recebimento–materiais. • Estrutura -área; estrutura de armazenamento. • Equipamentos -qual equipamento é o mais indicado para a operação. OBJECTIVOS DA FUNÇÃO ARMAZENAGEM • Máximo uso do espaço; • Efectiva utilização da mão-de-obra e equipamentos; • Pronto de acesso a todos os itens; • Máxima protecção dos itens guardados; • Boa organização; • Satisfazer as necessidades do cliente; • Registo das operações; • Agregar valor ao produto. LayOut Finalidades Básicas • Redução de custos; • Redução de desperdício de materiais; • Aumento na capacidade produtiva; • Melhorar condições de trabalho; • Melhor aproveitamento da área de trabalho ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM • Porta-Pallets: Estrutura onde as prateleiras são substituídas por plano de carga (longarinas). Este sistema tem 100% de selectividade, porém baixa densidade de stockagem. Porta-Pallets Vantagens Localização e movimentação de qualquer pallet sem a necessidade de se mover outros pallets; Possibilidade de rearranjo para acomodar cargas de alturas variáveis; Adapta à cargas de rotação relativamente alta. Porta-Pallets Limitação Baixa densidade de stockagem; Em pé-direito superior a 8 m, é necessário utilizar equipamentos especiais. Estruturas de Armazenagem “Drive-in” : sistema constituído por um bloco contínuo de estruturas não separadas por corredores intermediários. “Drive-in” Vantagens Alta densidade de armazenagem, graças a eliminação de corredores intermediários; • O sistema permite a utilização de empilhadeiras comuns, com pequenas modificações para protecção do operados; • Pode armazenar o mesmo número de pallets com um porta-pallets comum na metade da área. “Drive-in” Inconvenientes • Para alcançar o pallet do meio, é necessário primeiro movimentar os que estão na frente; • Limitação na variedade de itens a stockados. Princípios da Movimentação • Princípio do Planeamento É necessário determinar o melhor método do ponto de vista económico, para a movimentação de materiais, considerando-se as condições particulares de cada operação. • Princípio da Simplificação Devemos procurar sempre reduzir ou eliminar movimentação e/ou equipamentos desnecessários. • Princípio da Verticalização O aproveitamento dos espaços verticais contribui para o descongestionamento das áreas de movimentação e a redução dos custos de armazenagem. Empilhadora Empilhadeira de contrapeso Transpalete Eletrico Tracionário Transpalete hidráulico 2200 kg REQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS • O medicamento é um insumo estratégico de suporte às acções de saúde, cuja falta pode significar interrupções constantes no tratamento, o que afecta a qualidade de vida dos usuários e a credibilidade dos serviços farmacêuticos e do sistema de saúde como um todo. • A aquisição de medicamentos é uma das principais actividades da Gestão da Assistência Farmacêutica e deve estar estreitamente vinculada às ofertas de serviços e à cobertura assistencial dos programas de saúde. Umaboa aquisição de medicamentos deve considerar primeiro o que comprar/requisitar (selecção); quando e quanto comprar/requisitar (programação); e como comprar/requisitar. O monitoramento e a avaliação dos processos são fundamentais para aprimorar a gestão e intervir nos problemas . OBJECTIVO DA SELECÇÃO DOS MEDICAMENTOS • A selecção tem o objectivo de proporcionar ganhos terapêuticos e económicos. • Deve definir, estabelecer e consensuar uma relação de medicamentos essenciais, escolhidos de acordo com o perfil epidemiológico da população local (enfermidades prevalentes), para atender às reais necessidades da população. REQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS 1. A REQUISIÇÃO É o processo de solicitação, com objectivo de reconstituir o stock de medicamentos de modo a cobrir as necessidades das unidades dependentes. • O cálculo das necessidades, a nível do Depósito Provincial baseia-se na análise das quantidades anteriormente distribuídas ou pedidas pelos seus dependentes, independentemente do facto de ter ou não havido ropturas de stock durante o período anterior e com base no inventário corrente. Manual de procedimento 3ª edição DETERMINAR OS DIAS COM STOCK Exemplo para determinar os Dias com Stock • Para determinar o N° de Dias de Ruptura de Stock deve seguir uma metodologia de modo a facilitar o trabalho. • O exemplo a seguir é para determinar os DCS no primeiro trimestre de 2015: • 1. Identificam-se o primeiro movimento de stock do trimestre no dia 01/01/2015 e o último no dia 31/03/2015. • Pode se determinar o Nº de dias de roptura de stock no período que vai de 05/01/2015 até 25/01/2015; são um total de 20 dias de roptura de stock durante o trimestre. • 2. Calcula-se o Nº de dias com stock: DCS(90-20) =70 dias CALCULAR O CONSUMO MÉDIO MENSAL AJUSTADO • Ajusta-se o Consumo Médio Mensal em função dos dias com stock, aplicando a seguinte formula: • Consumo Médio Mensal ajustado = • Consumo Médio Mensal × 90 • _________ • Dias Com Stock • Onde: • Consumo Médio Mensal = Total de Saídas Trimestrais dividido por 3 CÁLCULO DAS NECESSIDADES • A [Quantidade a requisitar] para cada produto determina-se após o cálculo do Consumo Médio Mensal Ajustado. • Considerando a requisição de uma quantidade necessária para 3 meses de consumo com um Stock de Segurança (SS) de 2 meses é aplicando a seguinte fórmula: QUANTIDADE A REQUISITAR = (CONSUMO MÉDIO MENSAL AJUSTADO *5)- STOCK EXISTENTE REQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS • Cada Direcção Provincial de Saúde deve garantir a organização e a criação de todas as condições para que seja respeitado o prazo estipulado para o envio das requisições. • As requisições trimestrais atrasadas devem ser justificadas e correm o risco de serem penalizadas (em não ser priorizadas), podendo ser aviadas em último lugar. • Manual de procedimento 2ª edição PREPARAÇÃO DA REQUISIÇÃO Cada requisição mensal deve ser antecedida da realização de um processo de inventário, que deve ser registado na coluna [Inventário do Stock] da REQUISIÇÃO/BALANCETE bem como na FICHA DE STOCK, preenchendo-se na coluna [Origem/Destino do movimento] como Inventário e a quantidade apurada na coluna [Stock Existente]. • Manual de procedimento 3ª edição Cada Requisição Trimestral deve ser antecedida da realização de um processo de Inventário, do qual serão extraídos os dados das existências no final do trimestre, que, juntamente com os dados de consumo extraídos da Ficha de Stock, servirão para o preenchimento do modelo Requisição/Balancete. O mesmo modelo Requisição/Balancete servirá para justificar os movimentos do trimestre anterior e solicitar quantidades de medicamentos para o trimestre. É este modelo que deve ser enviado à CMAM antes do dia 15 do primeiro mês do trimestre, para que a reposição do stock para o respectivo depósito seja efectuada atempadamente. Manual de procedimento 3ª edição ELABORAÇÃO DA REQUISIÇÃO TRIMESTRAL O calendário aplicável para as requisições trimestrais discrimina-se em sucessivas etapas: • O Envio da requisição. As requisições trimestrais devem dar entrada na CMAM antes do dia 15 dos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro do ano em curso. • A Preparação e envio da encomenda. O Depósito Fornecedor prepara a Remessa durante o mês seguinte da recepção da requisição. • A recepção da encomenda deve ser efectiva num mês a seguir do envio da Requisição. Manual de procedimento 3ª edição RECEPÇÃO DOS MEDICAMENTOS (ENTRADA NO STOCK) • A fase de recepção é uma etapa que representa a fronteira de responsabilidade sobre a guarda do bem adquirido. • Na recepção verificamos se os medicamentos que foram entregues estão em conformidade com os requisitos estabelecidos, quanto à especificação, quantidade e qualidade. • A área de recepção deve ser separada da área de armazenamento. • O pessoal deve ser treinado para esta finalidade: • No acto da recepção, cada entrada deve ser examinada quanto à documentação: • o Conferir a Nota entrega, Ordem de Fornecimento/Empenho ou Nota de Transferência; RECEPÇÃO DOS MEDICAMENTOS (ENTRADA NO STOCK) • Carimbar e assinar o verso da Nota da guia de remessa; • A apresentação, o número do lote e a quantidade devem estar de acordo com o edital de especificação; • Não escrever ou rasurar o documento original; • O medicamento deverá ser entregue com prazo mínimo de 2/3 (dois terços) da expiração da validade; • Os medicamentos em desacordo com as especificações solicitadas na guia de remessa (forma farmacêutica, apresentação, concentração, rótulo, embalagem, condições de conservação, lote, validade) não devem ser recebidos.; RECEPÇÃO DOS MEDICAMENTOS (ENTRADA NO STOCK) • No caso de se constatar danos na embalagem ou alteração do produto, o mesmo deve ser identificado, separado e devolvido ao remetente com comunicação por escrito; • Embalagens violadas ou suspeitas de qualquer contaminação devem ser rejeitadas e registadas. • Inspeccionar visualmente os produtos farmacêuticos para verificar sua integridade; • Registar qualquer irregularidade e comunicá-la ao superior imediato, conforme as orientações; Assinar e datar todas as notificações; • Arquivar os formulários de recepção e cópia de notificações; • Não receber nenhum produto sem documentação; RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS O agente encarregado do transporte dos medicamentos deve entregar junto aos volumes (caixas fechadas), uma GUIA DE REMESSA / ENTRADA devidamente preenchida pelo Depósito Fornecedor. Recepção dos volumes No primeiro acto da recepção, que é a entrada dos volumes no Depósito, o Responsável da Farmácia deve verificar que as embalagens ou caixas de Kit não foram violadas, e que o N° de Kits ou de caixas de medicamentos da via clássica corresponde à quantidade indicada na GUIA DE REMESSA / ENTRADA. Manual de procedimento 2ª edição RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS Preenchimento da parte ENTRADA da Guia De Remessa / Entrada Ao receber os Kits ou medicamentos da via clássica o Responsável de Farmácia da Unidade Sanitária deve completar a parte ENTRADA do modelo 03 de GUIA DE REMESSA/ENTRADA. • No caso do abastecimento de Kits será confirmado apenas a recepção do Nº volumes enviados, selados e em bom estado. • No caso da recepção de medicamentos da via clássica será necessário assegurar-se da quantidade, da qualidade e do prazo de validade de cada item antes de completar a GUIA DE REMESSA / ENTRADA. Manual de procedimento 2ª edição GUIA DE REMESSA/ENTRADA COMISSÃO DE RECEPÇÃO • Uma comissão de recepção será constituída de modo a controlar as informações da Guia de Remessa/Entrada, a qualidade dos medicamentosrecebidos e confirmar a entrada da mercadoria no armazém. • A composição desta comissão depende da disponibilidade dos intervenientes, sendo sempre necessária a presença de: – O Director Clínico do hospital ou seu representante – O Responsável de Farmácia do Hospital. ARRUMAÇÃO DOS PRODUTOS E REGISTO NAS FICHAS DE STOCK • Uma vez conferida a mercadoria recebida e preenchida a documentação, todos os produtos recebidos devem ser imediatamente e correctamente arrumados nas prateleiras. • Na mesma altura deve lançar-se para cada um dos produtos, as entradas correspondentes nas fichas de stock e recalculando os respectivos Stock Existentes. Relatório de Ocorrências • Se detectar qualquer anomalia tanto de quantidade assim como da qualidade do produto, deve ser comunicado imediatamente ao Responsável Clínico do Depósito Fornecedor através do RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA. • O “Relatório de Ocorrências” é o documento que se elabora para relatar as anomalias verificadas no acto da recepção de medicamentos, durante os inventários ou a qualquer momento de gestão de stock. • Este deve ser elaborado em duplicado, o original será enviado para o Responsável Clínico do Depósito Fornecedor após ter recebido o visto do Responsável Clínico da Unidade Sanitária que emite e uma cópia fica arquivada a nível da unidade que emitiu. Manual de procedimento 2ª edição STOCKAGEM OU GUARDA DE MEDICAMENTOS • “Stockar”/guardar consiste em ordenar adequadamente os produtos em áreas apropriadas, de acordo com suas características e condições de conservação exigidas (termolábeis, psicofármacos, inflamáveis, material médico-hospitalar etc.). • Para a “stockagem” de medicamentos, deve-se dispor de área física suficiente e apropriada aos diferentes tipos de produtos a serem armazenados. • A “stockagem” de medicamentos é uma importante actividade do Ciclo de Assistência Farmacêutica, mas que, não raro, tem sido relegada por muitos como • sendo uma prática meramente administrativa. STOCKAGEM OU GUARDA DE MEDICAMENTOS • o armazenamento de medicamentos é um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que tem como objectivo assegurar a qualidade dos medicamentos por meio de condições adequadas de “stockagem” e guarda de conservação e de controle eficaz de stock. • A actividade de armazenamento é de grande importância e complexidade, exigindo comprometimento das equipes responsáveis por este trabalho e a presença do profissional farmacêutico. • DENTRE OS FACTORES QUE CAUSAM PERDA E DESPERDÍCIO DE MEDICAMENTOS, DESTACAM-SE A PROGRAMAÇÃO INADEQUADA E O ARMAZENAMENTO INDEVIDO. • Assim, um aspecto importante a ser considerado neste caso é a manutenção da estabilidade do medicamento, ou seja, sua conservação por meio de uma “stockagem” adequada e satisfatória durante o período de vida útil. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA “STOCkAGEM”: • “Stockar” os produtos por nome genérico, lote e validade, de forma que permita fácil identificação. Os medicamentos com datas de validade mais próximas devem ficar à frente; • Manter distância entre os produtos, e paredes, piso, teto e empilhamentos, de modo a facilitar a circulação interna de ar. Não existe uma regulamentação ou padrão oficial estabelecido para o estabelecimento desta distância, que será definido segundo o espaço disponível. O que não se deve fazer é encostar medicamentos junto às paredes, ao teto, ou em contacto com o chão, por causa da humidade; PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA “STOCkAGEM”: • Conservar os medicamentos nas embalagens originais, ao abrigo da luz directa. • “Stockar” os medicamentos de acordo com as condições de conservação recomendadas pelo fabricante. Em caso de não haver recomendação específica, deve-se stockar os produtos em temperatura ambiente (15 -30°C). • Stockar os medicamentos isolados de outros materiais, principalmente, os de limpeza, perfumaria, cosméticos, material de consumo e outros; • Embalagens abertas devem ser identificadas com o número do lote e validade. • Não armazenar medicamentos diferentes no mesmo estrado ou prateleira, para evitar possíveis trocas na hora da expedição; PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA “STOCkAGEM” • Materiais passíveis de quebras (ampolas e frascos de vidros) devem ser guardados em local menos exposto a acidentes; • Manter próximo à área de expedição os produtos de grande volume e rotatividade; • Embalagens abertas devem ser destacadas e identificadas com o número do lote e validade; • Proteger os produtos contra pragas e insectos, colocando telas finas nas janelas; PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA “STOCkAGEM” • Manter em local separado os produtos inflamáveis, sob condições especiais (área sinalizada, instalações apropriadas, equipamentos de prevenção contra incêndio, normas e procedimentos escritos, afixados no local), tendo em vista os riscos potenciais que esses produtos podem causar (ocupacionais e colectivos); • Manter os medicamentos termolábeis em áreas específicas, por serem produtos sensíveis à temperatura em torno de 20°C +1-2°C. O local de armazenagem desses medicamentos exige controle de temperatura, através de termómetros, com registo diário. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA “STOCkAGEM” Estabilidade • Período de tempo no qual o produto mantém dentro de limites estabelecidos e sob determinadas condições ambientais - as mesmas características físicas, químicas e farmacológicas, durante seu período de vida útil. • Esse espaço de tempo, no qual se assegura sua integridade, representa o período de validade. • As alterações físicas, tais como a mudança de cor, odor, precipitação, turvação, servem de alerta, indicando sinais de instabilidade no medicamento. REGISTO DE STOCKS Controle de Estoque • É uma actividade técnico-administrativo que tem por objectivo subsidiar a programação e aquisição de medicamentos, visando à manutenção dos níveis de stocks necessários ao atendimento da demanda, evitando-se a superposição de stocks ou desabastecimento do sistema. • Em resumo, as funções do controle de stocks são: – Determinar quanto e quando requisitar/comprar; – Accionar o sector de aquisição/compras; – Determinar o que deve permanecer stockado; – Controlar quantidades e valores stockados; – Identificar e retirar do stocks e itens obsoletos ou danificados; – Realizar inventários periódicos. IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE STOCKS • Proporcionar subsídios para determinar o que é necessário adquirir. • Garantir a regularidade do abastecimento. • Eliminar perdas e desperdícios. Os controles buscam garantir que os resultados do que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objectivos a priori estabelecidos, estando à essência do controle na verificação se a actividade controlada está ou não atingindo os objectivos e resultados desejados. POZO (2002), ressalta que o feedback é essencial ao controle. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UM EFICIENTE SISTEMA DE CONTROLE • Precisão da informação - Que possibilite condições para possíveis intervenções, quando necessário; • Objectividade - As informações devem ser claras e precisas; • Rapidez - Deve estar disponíveis, quando necessário; • Arquivo da documentação - As informações devem estar arquivadas adequadamente e facilmente localizadas, quando da necessidade de consulta. RESPONSABILIDADE PELO CONTROLE DE STOCKS • Um controle de stocks eficiente é resultante da soma de esforços conjuntos de todos os envolvidos no serviço. Portanto, os funcionários devem estar conscientes das suas responsabilidades, treinados e instrumentalizados para o bom desempenho das suas actividades. NÍVEIS DE STOCKS • O grande desafio da administração de materiais é o dimensionamento correcto dos stocks. Para manter um nível de stocks que atenda às necessidades, com regularidade noabastecimento contínuo da rede de serviços, é necessário um controle eficiente e a utilização de instrumentos para registo das informações, que facilitem o acompanhamento. • Para dimensionar o tempo de reposição (período decorrido entre a solicitação até a entrega do produto) devem-se considerar os prazos necessários para execução das aquisições. ELEMENTOS DE PREVISÃO DE STOCKS Os elementos de previsão constituem a própria gestão dos stocks e, por meio deles, são definidas as quantidades a serem adquiridas, em intervalos de tempo compatíveis. • CMD = Consumo Médio Diário • CMM = Consumo Médio Mensal • CMMAjustado = Consumo Médio Mensal Ajustado • DCS = Dias com Stock • DRS = Dias de Ruptura de Stock • PR = Período de Reposição • QR = Quantidades a Requisitar • SE = Stock Existente • SS = Stock de Segurança • TE = Tempo de Espera TIPOS DE CONTROLE • Sem informação, não há gestão. Para obtê-las, devem-se utilizar diversos recursos: Sistema informatizado, fichas de controle de stocks, formulários para registo das informações, inventário, relatórios de acompanhamento etc. • Qualquer que seja a forma de controle adoptada, informatizado ou manual (fichas de controle de stocks), podem-se utilizar as duas formas de controle, para maior segurança e confiabilidade das informações. CONTROLE DE ESTOQUE INFORMATIZADO • Para informatizar os stocks é necessário: Organizar o serviço; Conhecer sistemas de controles eficientes; Identificar as necessidades de informações a serem trabalhadas; Identificar os tipos de relatórios utilizados e necessários; elaborar o projecto; • Reunir com a equipe responsável pelo desenvolvimento do software; Testar o piloto; Implantar (gradualmente) o sistema. • O sistema informatizado só agiliza o processo. Se não existir um controle eficiente, esse sistema não irá solucionar os problemas; pelo contrário, poderá aumentá-los. CONTROLE MANUAL • Se o controle é feito manualmente, devem-se usar as fichas de prateleira, confrontando os registos ao final de cada mês. Ficha de Controle de stocks • Instrumento de controle simples, indispensável, quando não se tem um sistema informatizado. FICHA DE CONTROLE DE STOCKS • Dados que devem constar em uma Ficha de Controle de stocks: • Identificação do produto: especificação (nome, forma farmacêutica, concentração e apresentação) e o código do medicamento; • Dados da movimentação do produto: quantidade (recebida e distribuída), dados do fornecedor e requisitante (procedência/destinatário e número do documento), lote, validade, preço unitário e total; • Dados do produto: consumo mensal, stocks máximo e mínimo, e ponto de reposição. ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS DE CONTROLE • As fichas de controle devem ser organizadas em ordem alfabética (pelo nome genérico), numeradas e datadas; • Ao término de cada mês, devem-se somar as entradas e saídas, confrontando os stocks físicos com as fichas, corrigindo as distorções, e actualizando-as; • O registo das entradas e saídas deve ser dado de forma diferenciada. • As entradas em cor vermelha e as saídas nas cores azul ou preta, para fácil identificação das informações. INVENTÁRIO • Inventário é a contagem física dos stocks para verificar se a quantidade de medicamentos estocada coincide com a quantidade registada nas fichas de controle ou no sistema informatizado. • Processo de Inventário, de periodicidade trimestral, é o conjunto de três actividades consecutivas : – 1. A contagem física do stock, chamada de INVENTÁRIO propriamente dito. – 2. A análise dos movimentos de stock durante um período definido baseado na informação das fichas de stock, chamado BALANCETE. – 3. A correcção das FICHAS DE STOCK sendo os saldos confirmados ou não pelo inventário. PREPARAÇÃO DO INVENTÁRIO • Informar todas as unidades dependentes da data de realização do inventário, sendo o depósito considerado como fechado. • Limpar e arrumar devidamente o depósito, agrupando na medida do possível os mesmos produtos no único lugar e colocando a respectiva ficha de stock. Um depósito organizado é mais fácil de inventariar. • Actualizar as Fichas de Stock, registando todos os movimentos de entrada e de saída dos produtos se tiver remessas pendentes ou não registadas. Cont. PREPARAÇÃO DO INVENTÁRIO • Criar uma Comissão de Inventário, formada para o efeito, que inclua o Médico Chefe Provincial ou seu representante. • Dividir o trabalho e definir as tarefas de cada membro da equipa; dependendo da dimensão do seu depósito e do número de pessoas que participam na realização do inventário, pode ser necessária a criação de folhas de rascunho que servirão de base para a realização do relatório final do inventário QUANDO SE DEVE FAZER UM INVENTÁRIO • Por ocasião do início de uma nova actividade ou função, ou término de um ano de trabalho; • Sempre que o responsável se ausentar das funções, ao deixar e/ou assumir um novo cargo ou função; • Periodicidade do inventário: • − diariamente, de forma aleatória, para monitorar produtos de controle especial (psicotrópicos, entorpecentes, Arvs), medicamentos de alto custo e os de maior rotatividade; • − semanal, pela contagem por amostragem selectiva de 10% a 20% dos stocks; • − trimestral e anual, obrigatoriamente, ao final do ano-exercício, para actualização dos stocks e prestação de contas. IMPORTÂNCIA DO INVENTÁRIO • Permitir verificar as divergências entre os registros e o stocks físico; • Possibilitar avaliar o valor total (contábil) dos stocks para efeito de balanço ou balancete, no encerramento do exercício fiscal. TIPOS DE INVENTÁRIOS • 1) Geral: Realizado anualmente, com fins contábeis e legais, para incorporação dos seus valores ao balanço activo da instituição e para a programação orçamentária do próximo exercício. • 2) Periódico: Realizado em intervalos de tempo (mensal, bimensal, trimestral, semestral etc.). • 3) Permanente ou contínuo: Realiza-se sem intervalo de tempo, sempre após a entrada e saída de produtos, o que permite eliminar prontamente as falhas e causas. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA REALIZAÇÃO DE INVENTÁRIOS • Elaborar um instrumento padrão (formulário), com as especificações de todos os produtos, lote, validade, quantidades previstas, quantidades em stock, diferenças (para mais e para menos) e percentual de erros; • Determinar o período para realização do inventário; • Designar responsáveis para contagem; • Proceder à arrumação física dos produtos, para a agilização da contagem; • Retirar da prateleira os produtos vencidos ou prestes a vencer, bem como os deteriorados, e dar baixa nos stocks; • Comunicar, por escrito, aos interessados (administração e usuários) a data de início e finalização do inventário; PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA REALIZAÇÃO DE INVENTÁRIOS • Atender a todos os pedidos pendentes antes do início do inventário; • Revisar as fichas de controle (somando entradas e saídas); • Realizar a contagem. Cada item do stock deve ser contado duas vezes. • A segunda contagem deve ser feita por uma equipe revisora. No caso de divergência de contagem, efectuar uma terceira contagem; • Confrontar os stocks das fichas com o stock físico; • Actualizar os registos dos stocks, fazendo os ajustes necessários; • Elaborar o relatório e encaminhar cópias às áreas competentes. RECOMENDAÇÕES • Durante o período de inventário, o atendimento deve ser suspenso, excepto para os pedidos de urgência. • As entradas e saídas de medicamentos devem ser lançadas somente após a finalização do inventário, para evitar risco de dupla contagem do mesmo produto. • No caso de divergências nos stocks: • registar a ocorrência; • Rastrear as notas fiscais de entrada, documentos de saída, registos de ocorrências de devolução,remanejamentos, perdas e validade vencida, para identificar as possíveis falhas; • Revisar as somas das entradas e saídas das fichas de controle, para avaliar se houve erro na soma ou registos, etc; • Em caso de desvio de medicamentos, comunicar por escrito à área competente, para as providências cabíveis. Arrumação dos produtos • Uma vez conferida a mercadoria e completada a documentação, todos os produtos recebidos devem ser imediatamente e correctamente arrumados seguindo as regras de conservação em vigor: • Em estrados ou paletas se forem Kits • Nas prateleiras da farmácia se forem medicamentos da via clássica Manual de procedimento 2ª edição CONSERVAÇÃO DOS MEDICAMENTOS • A conservação constitui um dos aspectos importantes na gestão de medicamentos. Quando mal armazenados, as condições ambientais podem alterar a qualidade dos mesmos. Por esta razão, foram criadas algumas regras básicas para a conservação de medicamentos que devem ser implementadas. •Os elementos adversos dos medicamentos são: calor, luz, humidade, ratos e insectos. Também é necessário proteger os medicamentos dos roubos e incêndio, para além de ter que ser sempre tomado em consideração o prazo de validade. CONSERVAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Alguns produtos requerem condições especiais de armazenagem: • as vacinas, a insulina e alguns ocitócicos requerem temperaturas baixas devendo ser conservados em câmaras frias, geleiras ou congeladores e devem circular de acordo com as normas especiais da cadeia de frio. •os estupefacientes, os psicotrópicos e outras substâncias de controlo específico devem ser guardados num local seguro, de preferência num cofre. Apenas o Chefe do Depósito e uma outra pessoa identificada terão acesso a estes produtos. • os inflamáveis, tais como o álcool, éter dietílico, metanol etc.., devem ser armazenados em quartos especiais, de preferência uma pequena construção separada. Arrumação dos medicamentos • Os medicamentos recebidos, devem ser arrumados imediatamente após a sua conferencia. As regras de arrumação aqui listadas vão facilitar a movimentação de carga dentro do seu armazém: •Organizar o seu armazém de modo a facilitar o manuseamento dos produtos, a circulação do ar e a movimentação do pessoal. • Organizar os produtos seguindo a ordem do Formulário Nacional de Medicamentos • Etiquetas com respectivos códigos do FNM devem ser coladas nas prateleiras para indicar o lugar de cada produto. Arrumação dos medicamentos • Na medida do possível, um mesmo produto deve ser arrumado na mesma zona. Em caso de grandes volumes é necessário encher a prateleira e armazenar o restante das caixas numa zona única. • Proteger a carga de grande volume (cartões, material de penso, soros...) arrumando-as em estrados (paletes). Manual de procedimento 2ª edição Arrumação dos medicamentos • Proteger a carga de grande volume (cartões, material de penso, soros...) arrumando-as em estrados (paletes). Antes de arrumar qualquer produto ou medicamentos deve-se verificar o prazo de validade. Aplicando a norma PEPS (Primeiro a Expirar Primeiro a Sair) os produtos com o prazo mais longo de validade, devem ficar por detrás dos de curto.. Factores que influencia na degradação dos medicamentos Calor • O calor acelera a degradação dos medicamentos. Na medida do possível deve-se criar correntes de ar na zona de armazenagem no sentido de baixar a temperatura ambiente no local. O facto de criar correntes de ar favorece também a acumulação de poeira no local de armazenagem pelo que deve-se limpar regularmente o armazém Factores que influencia na degradação dos medicamentos • Luz Alguns medicamentos deterioram- se quando expostos a luz. A sensibilidade é variável em função dos produtos, mas em regra geral todos os produtos devem estar protegidos da luz. É importante ler as indicações de conservação escritas no rotulo das embalagens ou etiquetas das caixas. Factores que influenciam na degradação dos medicamentos Humidade O bolor e o mofo são causados pela humidade, pela infiltração de água através do tecto, das paredes e cheias. Para evitar isso, deve-se proteger as caixas ou embalagens de medicamentos da água que possa vir de cima ou de baixo (chuva, infiltrações, ...). É importante deixar espaço entre o chão, as paredes e as caixas para permitir a circulação de ar. Factores que influencia na degradação dos medicamentos Limpeza Diariamente, deve-se limpar o pó das prateleiras, caixas, embalagens, sacudir as redes das janelas, varrer o chão, e tirar o lixo. Deve também ser estabelecido um calendário mensal de limpeza com água e sabão para as paredes, chão, janelas e portas. Factores que influencia na degradação dos medicamentos Ratos e Insectos É necessário proteger os medicamentos contra ataque de ratos, insectos ou outros animais. Assim por exemplo para evitar a aparição de baratas o armazém deve ser limpo regularmente. Assim como os ratões que gostam de soros, plástico, comida, os produtos devem ser bem arrumados verificando regularmente a integridade das embalagens. Um armazém limpo e bem arrumado é menos sujeito à presença de roedores e insectos. Os medicamentos impróprios para uso devem ser destruídos regularmente. Enquanto que aguardem pela sua destruição devem estar isolados mas devidamente arrumados. Usar insecticidas e verificar que as redes das janelas e outras possíveis entradas de ratos e insectos estejam protegidas e em boas condições. Factores que influencia na degradação dos medicamentos • Roubo • De modo minimizar os riscos de roubo é necessária a tomada de algumas precauções. • Nos armazéns: • Limitar o acesso a área de armazenagem. • Permitir só a circulação de pessoal autorizado nas áreas de armazenagem. • Controlar a entrada e saída durante as horas de serviço. • Assegurar as portas e janelas com fechaduras fortes e dispositivos de segurança. Factores que influencia na degradação dos medicamentos Prazos de validade É possível minimizar as perdas devido a expiração de prazo de validade através das seguintes medidas: • Prever as necessidades correctamente. • Arrumar correctamente os medicamentos. • Aviar primeiro os medicamentos antigos (regra PEPS - Primeiro a Expirar, Primeiro a Sair) • Devolver o stock acumulado ou produtos que não se usam para o depósito fornecedor DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS DISTRIBUIÇÃO PARA UMA UNIDADE DEPENDENTE • O Depósito Provincial de Medicamentos fornece em medicamentos aos Depósitos Intermediários da província, ao Hospital Provincial e ás Unidades Sanitárias fisicamente localizadas perto do DPM. • As unidades sanitárias vizinhas, são directamente abastecidas em medicamentos pelo Depósito Provincial mas são dependentes do seu Distrito no que diz respeito à transmissão das requisições ou de todo outro documento requerido pelos procedimentos nacionais de gestão de medicamentos. • Por exemplo: o CS de Muhala Expansão é abastecido directamente pelo DPM, mas deve transmitir as requisições tal como outra documentação á Direcção de Saúde da Cidade de Nampula. RECEPÇÃO E ANALISE DA REQUISIÇÃO • A REQUISIÇÃO e a GUIA DE REMESSA/ENTRADA fazem parte do mesmo processo, sendo uma antecedente ou consequência de outra. • O Depósito Provincial ao receber a requisição de uma unidade dependente deve verificar se o modelo está correctamente preenchido e que esteja presente a informação necessária para elaboração de uma remessa: A identificação do Depósito Intermediário; O Stock Existente dos produtos requisitados; A quantidade Pedida, verificando a correcta aplicação das regras de cálculo; Assinatura do pessoal que elaborou a requisição e ovisto do Responsável Clínico do distrito. DETERMINAÇÃO DAS QUANTIDADES A FORNECER • De modo a realizar uma distribuição equitativa dos recursos disponíveis entre os diferentes níveis da cadeia de distribuição, o Depósito Provincial deve determinar as quantidades de produtos da Via Clássica a serem enviados para as US dependentes de acordo com critérios definidos. • Antes de cada distribuição, deve ser comparado o Stock Disponível no Depósito Provincial e o Total dos Pedidos das Unidades Dependentes. Em caso de insuficiência de stock, deve-se evitar que os últimos clientes a serem aviados sejam penalizados. • Nesses termos, deve ser aplicado um factor de correcção para a divisão do Stock Disponível por todos os dependentes em função de cada um dos pedidos. • Esse factor pode ser o Quociente entre Stock Disponível e o Total dos Pedidos ou a Quota de Distribuição, desde que devidamente actualizada. PROGRAMA DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS (P.M.E) O Programa de Medicamentos Essenciais (P.M.E) foi criado com objectivo de garantir a disponibilidade dos medicamentos essenciais nas unidades sanitárias de nível primário. Os medicamentos são fornecidos e empacotados em caixas fechadas chamadas de Kits. Um kit define-se como uma embalagem contendo um número seleccionado de medicamentos, está previsto para tratar um número determinado de doentes em função de padrões epidemiológicos pré-definidos. Recepção dos Kits Semestralmente ao Depósito Provincial de Medicamentos será abastecido com a quantidade de kits necessários para cobrir o consumo do período considerado. Uma comissão de recepção será constituída de modo a controlar as informações da GUIA DE REMESSA/ENTRADA e a confirmar a entrada da mercadoria no armazém. A composição desta comissão depende da disponibilidade dos intervenientes, sendo sempre necessária a presença de: O Médico Chefe Provincial ou seu representante O Chefe do Depósito Provincial de Medicamentos. Os Kits a serem recebidos no Depósito Provincial estarão acompanhados somente de uma GUIA DE REMESSA/ENTRADA devidamente preenchida pela CMAM. Se se detectar qualquer anomalia, tanto de quantidade, como da qualidade do produto, deve ser comunicado imediatamente à CMAM através do RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA . Os Kits de medicamentos, uma vez recebidos passam a ser considerados como qualquer outro produto, seguindo as mesmas regras de gestão e armazenagem. As quantidades recebidas são lançadas nas respectivas fichas de stock do Depósito Provincial imediatamente após arrumação das caixas no armazém. ABERTURA DO KIT DE MEDICAMENTOS • Um novo Kit de medicamentos será aberto a nível da Unidade Sanitária cada vez que se acaba o primeiro medicamento do Kit precedente. • Depois da abertura do Kit, os medicamentos passam a ser considerados como medicamentos da Via Clássica seguindo as mesmas regras de arrumação, de conservação, e de gestão. • No momento da abertura, deve conferir-se o conteúdo do Kit e se relatar-se ao Depósito Fornecedor as irregularidades ou discrepâncias descobertas no conteúdo dos Kits e/ou na qualidade dos medicamentos. • Para este efeito uma lista de embalagem de medicamentos está inclusa em 2 exemplares de cada caixa de Kit, para reportar estas irregularidades ou discrepâncias. • Manual de procedimento 2ª edição USO IRRACIONAL DE MEDICAMENTOS . O uso inadequado de medicamentos é um importante problema de saúde pública em Moçambique e com grandes consequências económicas e na saúde da população. Uma das causas do uso irracional de medicamentos que advém do erro da medicação é a falta de informação e legibilidade das prescrições que o prescritor envia ao profissional da farmácia. O treino inadequado em farmacologia, a falta de supervisão e formação contínua, o desejo de prestígio, pressão dos doentes, muitos pacientes na bicha, automedicação também constituem causas de uso irracional de medicamentos. Definição Uso irracional de medicamentos entende-se como sendo a utilização ou manejo incorrecto de medicamentos à todas faѕes do ciclo logístico. . Segundo a OMS, quase a metade dos medicamentos utilizados no mundo estão sendo utilizados de maneira irracional. Essa é uma conclusão a que chegaram os especialístas da OMS após colectarem e analizarem dados sobre a utilização e a disponibilidade dos medicamentos globalmente.(CORREA, 2009) •Os exemplos de utilização inadequada são vários, super tratamento de doenças simples, mau uso dos antibióticos, automedicação, tratamentos incompletos e o tratamento incorrecto de doenças sérias. É importante lembrar que esses factos ocorrem em todos países e não só nos menos desenvolvidos. . A utilização errada dos antibióticos está levando a criação de bactérias resistentes e já tornou, por exemplo, o protozoário causador da malária resistente a cloroquina (medicamento padrão de tratamento em 80 países). A penicelina não é mais capaz de curar a gonorrea em 98% dos casos. (CORREA, 2009). Prescrição irracional É prescrever medicamentos para doentes, sem razão específica. Esta devide-se em: Prescrição estravagante • Um medicamento teria o mesmo efeito e eficácia.exemplo o tratamento de amigdalite com ampicilina em vez da penicelina oral; • Tratamento sintomático das condições que não precisa de nenhum tratamento farmacológico. Cont. sobre prescrição O uso frequente de medicamentos para condições onde o medicamento não tem efeito, “levando a roptura constante de stock de medicamentos”; • A dose é maior que a necessária; • A duração de tratamento é mais longo que o necessário; • Uso de antibiótico sem necessidade, por exemplo tratar uma diarreia simples com antibióticos para além de SRO. Cont. Prescrição incorrecta O medicamento é dado para um diagnóstico incorrecto. O medicamento dado não tem nada a ver com patologia diagnosticada. Prescrição múltipla Dois ou mais medicamentos são dados, quando um só faria o mesmo efeito. sob prescrição • Dosagem baixa. • Duração do tratamento insuficiente. Causas de prescrição irracional • Treino inadequado em farmacologia; • Falta de supervisão e formação contínua: faz com que os erros se tornem em vícios. •O desejo de prestígio: Muita das vezes identifica-se um bom clínico a que prescreve mais medicamentos, isto aumenta o prestígio do clínico pois a prescrição de muitos medicamentos é falsamente considerada como sinal de bons cuidados. •Muitos doentes e falta de tempo: é muito mais fácil prescrever medicamentos do que levar tempo a examinar e a falar com o doente. •Pressão dos doentes: quase todos os doentes pensam que existe um medicamento para cada sintoma que tenham. Como a educação do público demorada é cansativa, o pessoal da saúde muita das vezes acaba por dar medicamentos para dispachar o doente. Automedicação Automedicação é o acto de o paciente medicar-se por conta própria, sem ter conhecimento formal de medicina, portanto sem capacitação técnica nem legal. O paciente procura por analogias com sintomas anteriores, lembrando qual o medicamento que tomou e deu certo, assim sendo, repete- o sem saber avaliar as condições actuais, nem se o problema é o mesmo, apenas por “achar”. Há quem que, sentindo-se mal vai a farmácia e se aconselha com o balconista que muitas vezes não tem escrupulo e “receita” produtos apresentando ainda a vatagem de estar em promoção, com isso ele vai tomar uma injecção de que não precisa e que só aumentará a dor. (Novah 2004:03). Automedicação A automedicacão consiste no consumo de medicamentos, “remédios caseiros”, ervas, por
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