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ADMINISTRAÇÃO E GESTAO EM FARMÁCIA

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ADMINISTRAÇÃO 
E 
GESTÃO 
DE 
MEDICAMENTOS 
Conceitos 
A administração é uma ciência social aplicada, 
fundamentada em um conjunto de normas e funções 
elaboradas para disciplinar elementos de produção. A 
administração estuda os empreendimentos humanos 
com o objectivo de alcançar um resultado eficaz e 
retorno financeiro de forma sustentável e com 
responsabilidade social, ou seja, é impossível falar em 
Administração sem falar em objectivos. 
Administração é o processo de planificar, 
organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos 
organizacionais para alcançar determinados 
objectivos de maneira eficiente e eficaz. 
(eficiência) tem a ver com todo o processo 
tecnológico de um bem. (eficácia) é avaliar para 
quem se dirige determinado trabalho ( tem a ver 
com o próprio processo do trabalho). 
A eficiência é uma medida da utilização dos 
recursos no processo de trabalho enquanto que a 
eficácia é uma medida do alcance de resultados. 
Em suma, a eficácia de uma empresa refere-se à 
sua capacidade de satisfazer uma necessidade por 
meio dos seus serviços enquanto a eficiência é 
uma relação técnica entre entradas e saídas. 
Gestão é a optimização do funcionamento das 
organizações através da tomada de decisões 
racionais e fundamentadas na recolha e tratamento 
de dados e informação relevante e, por essa via, 
contribuir para o seu desenvolvimento e para a 
satisfação dos interesses de todos os seus 
colaboradores e proprietários e para a satisfação de 
necessidades da sociedade em geral ou de um grupo 
em particular. 
História e desenvolvimento da Política 
Farmacêutica Nacional 
 
•ANTES DA INDEPENDÊNCIA 
 descriminação económica; 
 medicina privada nas zonas urbanas para pessoas de 
elite, assimilados e para indígenas (hospitais centrais); 
 A venda de medicamentos não era controlada; 
 independência total na importação de medicamentos. 
 
Cont. ANTES DA INDEPENDÊNCIA 
 A importação de medicamentos estava a cargo 
das farmácias privadas não licenciadas, que 
provinham da Europa (Portugal e Alemanha, 
Inglaterra). 
Existia delegados de propagandas para médicos, 
com fins exclusivamente comercial, lucrativo e 
sem nenhum valor científicos e terapêutico; 
proliferação de produtos impróprios e perigosos 
para a saúde pública e terapêutica no país e 
utilização de nomes comerciais. 
 
ANTES DA INDEPENDÊNCIA 
 
• Descriminação Geográfica 
 Existência de facilidades diferentes de assistência entre 
centros urbanos e zonas rurais caracterizados por um nr° 
reduzido das unidades sanitária no campo; 
 Apenas no Maputo, Beira, e Nampula em tinham 
hospitais em boas condições e equipamentos de todos os 
serviços hospitalar; 
• Discriminação Social 
 Os médicos só atendiam os da raça branca e assimilados; 
 
• DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA 
 De acordo com a situação que o país atravessava, desde 
a proliferação de medicamentos e muitos deles com 
acção duvidosa, o uso indiscriminado, venda ilegal por 
pessoas não qualificadas bem como o consumo indevido 
(automedicação), dependência na aquisição 
(importação), entre outros aspectos, neste período. 
Um mês depois da independência, o governo 
nacionaliza-se a medicina, como forma de acabar com a 
prática privada e a venda ilegal e o uso desordenado do 
medicamento. 
 
 
CICLO 
DE 
 GESTÃO 
DE 
MEDICAMENTOS 
A Gestão de medicamentos é o conjunto das actividades 
que devem ser realizadas de uma forma contínua e 
interligada para garantir a existência e o correcto uso dos 
medicamentos nos diversos níveis do sistema de saúde. 
Este conjunto ajuda os gestores com o processo de 
distribuição de medicamentos e suprimentos às unidades 
clínicas e aos consumidores, seguindo um ciclo de 
providências: previsão de necessidades; processo de: 
Planificação; pedidos; recepção; armazenamento em 
pequena e grande escala; e distribuição. 
CICLO DA GESTÃO DE MEDICAMENTOS 
• O Ciclo de aprovisionamento apresenta-se 
como uma sucessão de funções básicas, 
fundamentais para uma correcta gestão dos 
medicamentos no Serviço Nacional de Saúde: 
GESTÃO PROCURA USO 
SELECÇÃO 
DISTRIBUIÇÃO 
CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
 
SELECÇÃO E PROCURA 
 
. 
Consiste em determinar e adquirir as quantidades 
necessárias dos medicamentos apropriados para 
o tratamento das patologias identificadas tendo 
em conta os fundos disponíveis. 
 
DISTRIBUIÇÃO 
 
Consiste em disponibilizar os artigos e serviços 
necessários para o funcionamento de uma determinada 
instituição, com boa qualidade e quantidade, em tempos 
certos e regulares, e custos mínimos. 
USO 
Se refere à correcta utilização da medicação 
considerando a qualidade da prescrição, a 
embalagem, a rotulagem, as condições de dispensa 
e de conservação e o cumprimento da terapêutica 
pelo paciente. 
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE 
• Por Decreto N° 13/75, de 6 de Setembro, foi criada a 
Central de Medicamentos e Artigos Médicos 
(CMAM). 
• Esta instituição subordinada ao Ministério da Saúde 
tem competências para administrar, coordenar e 
executar as funções relativas a aquisição, 
armazenagem, conservação, e distribuição de 
medicamentos e outros artigos médicos. 
• A distribuição de produtos farmacêuticos do nível 
central para as diferentes unidades de gestão no pais 
é realizada por uma empresa prestadora de serviços 
contratada pelo Ministério da Saúde que de 
momento é a MEDIMOC e outras Empresa desses 
serviços farmacêuticos. 
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E 
ARTIGOS MÉDICOS (CMAM). 
• Das requisições provinciais recebidas, a 
CMAM emite ordens de fornecimento de 
acordo com a disponibilidade nos armazéns 
centrais, tendo como princípio a distribuição 
equitativa dos medicamentos aos diferentes 
níveis do Serviço Nacional de Saúde. 
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE 
• A Lei N° 25/91 de 31 de Dezembro, cria o Serviço 
Nacional de Saúde (SNS) que se subordina ao 
Ministério da Saúde e é constituído por Unidades 
Sanitárias que estão organizadas em quatro níveis 
de atenção de saúde (a caracterização das Unidades 
Sanitárias foi actualizada através do Diploma 
Ministerial N° 127/2002, de 31 de Julho): 
• O nível primário com (Centros de Saúde de diferente tipos 
– Tipo I, II e III); 
• O nível secundário (Hospitais Rurais e Gerais); 
• O nível terciário (Hospitais Provinciais); 
• O nível quaternário (Hospitais Centrais e Especializados). 
 
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE 
Tal como o SNS, o Sistema de Abastecimento de 
Medicamentos está estruturado em diferentes níveis: 
• O Nível Central, constituído pela CMAM e os 
Armazéns Centrais de Maputo e Beira, que 
abastecem os Hospitais Centrais, os Hospitais Gerais 
da cidade de Maputo e os Depósitos Provinciais. 
• O Nível Provincial, constituído pelos Depósitos 
Provinciais, que abastecem os Hospitais Provinciais, 
os Hospitais Especializados e os Depósitos 
Intermediários (Depósitos Distritais, Hospitais Rurais 
ou Centros de Saúde que funcionam como unidades 
fornecedoras de referência para Unidades Sanitárias 
dependentes. 
 
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE 
• O Nível Distrital, constituído pelos Depósitos 
Intermediários que abastecem os Hospitais 
Rurais, Gerais e os Centros de Saúde 
periféricos... 
• As Unidades Sanitárias constituem o nível 
primário de atendimento ao público sendo 
elas com ou sem internamento. 
 
CUIDADOS DE SAÚDE 
• O Ministério da Saúde é o órgão do Governo 
que formula e propõe ao Conselho de 
Ministros a Política Nacional de saúde que, de 
acordo com a Constituição e as Leis: planifica, 
dirige e controla o SNS. 
• Unidade Sanitária (US), é a designação que se 
atribui a qualquer hospital ou instituição, 
independentemente do seu nível de 
prestação. 
 
 
 
A GESTÃO OU ADMINISTRAÇÃO DO SNS 
 • A gestão ou administração do SNS é feita a 3 
níveis: 
• Nível Central ------- Ministério da Saúde 
• Nível Provincial --- Direcções Provinciais de Saúde 
• Nível Distrital------ Direcções distritais de Saúde 
• O distrito é a Unidade territorial básico alvo dos 
Programas do SNS. 
 
OS CUIDADOS DE SAÚDE 
• Os Cuidados de Saúde são prestados no SNS a 4 
Níveis: 
• Nível Primário – Postos de Saúde e Centros de 
Saúde 
• Nível Secundário – Hospitais Rurais e Gerais 
• Nível Terciário – Hospitais Provinciais 
• Nível Quaternário – Hospitais Centrais e 
Especializados 
 
 
TAREFAS ESPECÍFICAS POR CADA NÍVEL 
 • Nível primário dos Cuidados de Saúde 
• Constituído duma rede de Postos de Saúde e Centros 
de Saúde (urbanos e rurais), que prestam cuidados de 
saúde a este nível. 
• Componentes: 
• Saneamento do meio e abastecimento adequado de 
água; Vacinações; 
• Programa de Saúde Materno Infantil; Educação para a 
Saúde; Tratamento de doenças e traumatismos 
comuns; Prevenção e combate das doenças 
endémicas locais; Promoção de uma nutrição 
adequada; Fornecimento de medicamentos 
essenciais e Saúde mental; Saúde Oral. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE 
 • Centro de Saúde Urbano s/ internamento 
• Centro de Saúde Rural 
• Centro de Saúde Tipo I – Até 50 camas 
• Centro de Saúde Tipo II – Até 25 camas (CS de Sena e 
CS de Mafambisse) 
• Centro de Saúde Tipo III – Chamado mini-centro – Até 
5 à 19 camas. 
• Os Postos de Saúde básicos são as US mais simples do 
SNS: A actividade principal desta US é o atendimento 
externo. 
• Nos Postos de Saúde básicos, não há maternidade, 
nem cadeia de frio. 
 
NÍVEL SECUNDÁRIO DOS CS 
 • Dão apoio necessário os CS de nível primário 
• Compreendem Hospitais Rurais e Gerais 
• Prestam assistência cirúrgica e obstétrica de 
urgência 
• Fornecem assistência curativa de 4 
especialidades básicas (Medicina Interna, 
pediatria, Obstetrícia e Ginecologia). 
 
 
DIFERENCIAM-SE DO CENTRO DE 
SAÚDE POR TEREM: 
 
• Serviço de Cirurgia; 
• Serviço de Radiologia; 
• Laboratório com maior capacidade para 
diagnóstico; 
• Banco de sangue; 
• Maior capacidade de Internamento; 
• Em geral, há maiores recursos clínicos, 
farmacológicos e de enfermagem; 
• Além das actividades hospitalares, os HRs, 
devem desenvolver as actividades preventivas e 
promotoras de tarefas de Supervisão, Formação 
Contínua, etc. 
 
 
NÍVEL TERCIÁRIO 
 • É formado pelos Hospitais Provinciais. 
• Os cuidados curativos incluem para além dos 
existentes nos Hospitais Rurais, especialidades 
mais complexas como Ortopedia, Ginecologia- 
Obstetrícia, Oftalmologia, Fisioterapia. Há 
melhores condições de Cuidados Intensivos-
reanimação, meios auxiliares de diagnóstico 
mais complexos, por exemplo: laboratório com 
possibilidade de Bacteriologia. 
 
 
NÍVEL QUARTERNÁRIO 
 • Constituído pelos Hospitais Centrais, em número de 3. 
• Desempenham o nível mais diferenciado de cuidados de 
saúde, com funcionamento mais complexo; Prestam contas 
directamente ao Ministério da saúde; Dão um papel 
Regional e dão cobertura regional. 
• Hospital Central de Maputo 
• Região Sul (Cidade do Maputo, Províncias do Maputo, 
Inhambane e Gaza). Também é um Hospital de referência 
nacional. 
• Hospital Central da Beira 
• Região Centro (Cidade da Beira, Província de Sofala, 
Províncias de Manica, Zambézia, Tete); 
• Hospital Central de Nampula 
• Região Norte (Cidade de Nampula, Província de Nampula e 
Províncias de Niassa e de cabo Delgado). 
 
 
CONCEITO DO HOSPITAL SEGUNDO A 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 
• O hospital é parte integrante de um sistema 
coordenado de saúde, cuja função é dispensar à 
comunidade assistência à saúde, tanto curativa 
quanto preventiva, incluindo serviços à família, 
em seu domicílio e ainda é um centro de 
formação para os que trabalham no campo da 
saúde e para pesquisas bio-sociais. 
 
CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO DA 
SAÚDE 
• “Administração de saúde é planejar, organizar, 
dirigir, controlar, coordenar e avaliar os recursos e 
procedimentos pelos quais a demanda por 
cuidados médicos e de saúde, e as necessidades de 
um ambiente saudável são atendidos, mediante a 
provisão de serviços a clientes individuais, 
organizações e comunidades” (Charles J.Austrin) 
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
 
1. Planificação; 
2. Organização; 
3. Direcção; 
4. Controlar. 
1. PLANIFICAÇÃO 
Expressão escrita do programa a realizar. Um plano 
bem concedido, devera no mínimo ser capaz de 
responder as questões, tal como: 
•O que é? 
•Porquê? 
•Como? 
•Quando? 
•Onde ? e 
•Quem? 
2. ORGANIZAÇÃO 
Criação de condições para implementação do plano. 
Pressupõe basicamente a concentração de recursos 
necessários nas actividades. 
3. DIRECÇÃO 
Acompanhamento ou monitorização permanente de 
como o plano esta sendo implementado. 
4. CONTROLAR 
Avaliação comparativa do planificado e os objectivos 
fixados com os resultados alcançados. 
BUROCRACIA 
A palavra burocracia em ambientes populares é 
entendida como barreira ao bom funcionamento 
das instituições. No sentido restrito, particularmente 
em administração, é o conjunto de medidas que 
visa incutir nos funcionários públicos a 
imparcialidade de atitudes no local de trabalho. 
PRINCIPIOS DA BUROCRACIA 
a) Hierarquia; 
b) Especialização; 
c) Definição de competências; 
d) Normas de conduta; 
e) Documentação e arquivo. 
NÍVEIS HIERÁRQUICOS 
Existem a quatro (4) níveis: 
1º Nível: DELIBERATIVO 
Encontramos a parte superior do hospital; 
Possui autoridade do hospital; 
Órgão que se localiza no top da pirâmide; 
Órgão germinativo e principal do comando; 
Oferece as regras básicas gerais da normalização 
funcional. 
 
2º Nível: DIRECTIVO 
 
Os órgãos que fazem cumprirem as decisões e 
deliberações do nível anterior, cuidando para que o 
comando seja racional e de forma que possa 
proporcionar um bom fluxo e um bom entendimento 
nos níveis hierárquicos; 
Encontramos também os órgãos relacionados a 
direcção executiva do hospital; 
É um nível bem marcante nos hospitais; 
Possui mão-de-obra especializada, capacitada, 
formada e actualizado nas ciências de 
administração hospitalar; 
Precisa-se de assistência técnica e administrativa. 
3º Nível: INTERMEDIÁRIO 
 
Encontramos órgãos executivos que recebem, 
assimilam e transmitem as deliberações; 
Encontramos órgãos de supervisão, orientação, 
controlo directo e efectivo das actividades; 
É um nível hierárquico onde encontramos os 
chefes dos serviços, clínicos, encarregados, 
supervisoras e outros; 
Os chefes devem estar permanentemente 
preparados; 
Regimentos dos serviços; 
Surgem órgãos de acessória funcional. 
4º Nível: EXECUTIVO 
 
É na base da pirâmide, isto é, no formato mais 
extenso; 
Nível mais operacional, onde trabalho é realmente 
desenvolvido; 
A gama dos profissionais especializados, é muito 
rica e de fundamental importância nas tarefas e 
actividades operacionais técnicas de apoio e 
administrativa; 
 O hospital como organização é eminentemente 
social e fundamentado no trabalho humano, sendo 
este o seu grande factor de produção. A ‘‘mão-de-
obra’’, e somente por este factor já se transforma 
numa empresa complexa de relacionamento 
efectivamente efectiva e marcante onde a dor, o 
sofrimento, a motivação, a angústia e as alegrias se 
misturam, e faz dos trabalhadores do hospital, um 
místico de vida e da morte. 
ORGANOGRAMA 
DELIBERATIVO 
(conselho 
directivo) 
DIRECTIVO 
(superintendentes) 
INTERMEDIÁRIO 
(chefes e supervisores) 
EXECUTIVO 
(funcionários) 
AS FUNÇÕES DE ADMINISTRADOR 
• Administrador é : 
• Profissional generalista. 
• Conhece um pouco de cada actividade 
desenvolvida no hospital e conhecedor 
profundo da sua área de actuação; 
• Supervisor constante, conhece e percorre 
todas as áreas inerente ao hospital. 
• Tem a responsabilidade de por em 
funcionamento a unidade hospitalar e pela 
manipulação dos recursos existentes no 
hospital. 
 
AS FUNÇÕES DE ADMINISTRADOR 
• É entidade máxima de gestão administrativa. 
• Dispõe de requisitos para administrarum 
hospital. 
• É um órgão de consulta 
• É um negociador 
 
PERFIL DE DE UM ADMINISTRADOR 
• Gestor de conflitos (mediar os conflitos); 
• Capacidade comunicativa(deve saber: ouvir) 
• Empatia (sentimento em relação aos outros, por 
se no lugar da outra pessoa). 
• Inteligência; competência; futurista; socialidade; 
líder e visionário (prever o futuro) 
• Motivador; realista; corajoso; inovador e produto 
de resultados e etc... 
DIRECÇÃO/LIDERANÇA 
1. Liderança autoritária ou militar 
a) O líder é que fixa as directrizes sem qualquer 
participação do grupo; 
b) O líder determina as providências e as técnicas para a 
execução de tarefas; 
c) O líder determina qual tarefa que cada deve executar e 
qual é o seu companheiro de trabalho; 
d) O líder é denominador e é pessoal nos elogios e nas 
críticas de trabalho de cada membro; 
2. Liderança democrática 
 
a)As directrizes são debatidas e decididas pelo 
grupo; 
b)O próprio grupo esboça as técnicas a utilizar na 
execução dos programas, solicitando apenas ao 
líder o conselho técnico; 
c)O líder ao tomar alguma providência, dá duas ou 
mais sugestões para o grupo escolher a que mais 
lhe convier; 
d)A divisão de tarefas fica ao critério do grupo e cada 
membro tem a liberdade de escolher o seu colega 
de trabalho; 
e)O líder é objectivo, limita-se em factos para elogiar 
ou criticar. 
3. Liderança liberal 
 
a) Há liberdade completa para as decisões grupais 
com a participação mínima do líder; 
b) A participação do líder no debate é limitada; 
c) Tanto a divisão de tarefas como a escolha de 
companheiro de trabalho fica totalmente a cargo 
do grupo. 
d) Absoluta falta de participação do líder; 
e) O líder não faz nenhuma tentativa de avaliação ou 
de regular o curso dos acontecimentos; 
f) O líder somente faz comentários sobre o 
desempenho dos seus membros quando 
perguntado. 
CONCLUSÃO 
 
1. A liderança autoritária apresenta maior 
quantidade do trabalho produzido; 
2. A liderança democrática não apresenta um bom 
nível quantitativo de produção, porem, a 
qualidade do trabalho é surpreendentemente 
superior; 
3. A liderança liberal sai bem quanto a quantidade 
assim como a qualidade. 
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS E MEDICAMENTOS 
No pensamento de alguns dos principais especialistas, 
a Administração de Materiais é a ciência que trata do 
campo especifico: matérias. 
Compreende um ciclo continuo de operações 
correlatas e independentes que são: 
• Previsão ; Aquisição 
• Transporte; Recepção 
• Armazenamento; Distribuição 
• Conservação; venda e 
• Analise e controle de inventário. (administração de 
material hospitalar. 2ª edição Dário Paterno) 
CONCEITO DE LOGÍSTICA HOSPITALAR 
• A logística hospitalar é o processo de gerenciar 
estrategicamente e racionalmente a aquisição, 
movimentação e armazenagem de materiais 
médico - hospitalares, medicamentos e outros 
materiais necessários ao perfeito funcionamento 
da unidade hospitalar (e os fluxos de informações 
correlatas) de modo a poder preservar a vida e / 
ou restaurar a saúde dos clientes (pacientes) com 
óptima qualidade, custo baixo e retorno 
satisfatório para a instituição. (FERNANDO 
CUNHA) 
OUTRO CONCEITO DE LOGÍSTICA 
HOSPITALAR 
• Logística hospitalar é uma operação integrada 
para cuidar de suprimentos e distribuição de 
produtos destinados aos hospitais de forma 
racionalizada, o que significa planejar, organizar, 
coordenar e executar todo o processo, visando à 
redução de custos, a eficiência e rapidez na 
entrega, a preservação da vida e o aumento da 
qualidade e da competitividade hospitalar. (F. 
CUNHA) 
SISTEMA 
 DE 
APROVISIONAMENTO 
DE 
DE MEDICAMENTOS 
O APROVISIONAMENTO 
Aprovisionamento é uma das funções em que se pode 
dividir a actividade de uma empresa. 
•Tem em vista o abastecimento atempado de todos os 
bens e serviços necessários ao seu eficaz funcionamento, 
em quantidade e qualidade desejadas e sempre ao menor 
custo. 
•A função de aprovisionamento assegura um fluxo 
contínuo de bens de modo a satisfazer as necessidades dos 
clientes no momento desejado. 
FUNÇÕES DE APROVISIONAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
• As classes de bens e serviços necessários ao normal 
funcionamento da empresa são, em regra: 
• Mercadorias 
• Matérias-primas e subsidiárias 
• Materiais diversos 
• Material de expediente 
• Artigos de higiene 
• Imobilizado 
• Assistência técnica 
 
 
FUNÇÃO DE APROVISONAMENTO 
FORNECEDOR BENS E SERVICOS UTILIZADORES 
INTERNOS 
COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE 
APROVISIONAMENTO: 
• Criteriosa escolha dos locais de armazenagem dos 
bens-materiais, produtos em curso na farmácia e 
produtos acabados – o seu correcto 
dimensionamento, de forma a: 
– Minimizar as distâncias a percorrer por esses bens entre os 
pontos de armazenagem e os locais onde irão ser 
utilizados (ou expedidos); 
– Possibilitar uma fácil e económica recepção e 
armazenagem dos materiais recebidos (dos fornecedores 
ou da produção); 
– Permitir um correcto manuseamento dos bens quando da 
satisfação das requisições (para a produção ou para a 
expedição para os clientes). 
 
COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE 
APROVISIONAMENTO 
• Criterioso estudo do layout (estuda a 
dimensão e configuração do armazém, 
também a sua localização, implementa 
métodos de armazenagem, características dos 
bens a armazenar, volume de stocks) de cada 
armazém e dos respectivos equipamentos de 
arrumação e movimentação, de modo a: 
– Racionalizar as movimentações internas; 
– Minimizar as possibilidades de deterioração dos 
produtos, de dúvidas sobre a sua qualidade e de 
acidentes. 
 
COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE 
APROVISIONAMENTO 
• Estudo de um sistema eficaz de identificação dos produtos 
e de rápida verificação das quantidades existentes. 
• Organização de um processo que minimize a possibilidade 
de entrada ou saída física de bens sem a prévia recepção 
dos documentos necessários, correctamente preenchidos e 
rubricados por quem tenha poderes para tal. 
• Implementação de um sistema que permita programar com 
antecipação necessária as encomendas a lançar e as 
respectivas quantidades, em ordem a, pelo menor custo e 
com envolvimento financeiro mínimo, limitar a um valor 
aceitável, o risco de uma ruptura de stocks. 
 
COMPETÊNCIAS DA FUNÇÃO DE 
APROVISIONAMENTO 
• Organização de um processo técnico-administrativo 
de preparação das encomendas que garanta que os 
produtos delas constantes vão correctamente 
especificadas e que todas as condições são 
claramente entendidas pelos fornecedores 
consultados. 
• Implementação de um processo eficaz de 
seguimento das encomendas, desde a sua emissão 
até à sua recepção. 
• Organização de um sistema de recepção, quantitativa 
e qualitativa, dos materiais enviados pelos 
fornecedores. 
 
 
UMA GESTÃO RACIONAL DO 
APROVISIONAMENTO EVITA: 
 – Investimentos desnecessários em stocks; 
– Ruptura de stocks; 
– Elevados custos de encomenda; 
– Grandes áreas para armazém; 
– Excesso de meios humanos e materiais para 
controlo do(s) armazém(s). 
• Compete ao aprovisionamento garantir as 
quantidades de bens, nos prazos e na 
qualidade desejada pela função na farmácia. 
• A eficácia da função aprovisionamento 
repercute-se em outras funções da farmácia. 
 
 
MISSÃO DA LOGÍSTICA NO ÂMBITO DA 
GESTÃO DOS MEDICAMENTOS 
• Fornecer quantidade desejada de serviços aos 
clientes(paciente), objectivando alcançar níveis de 
custos aceitáveis e competitivos. 
• Proporcionar subsídios e condições para que os 
produtos hospitalares se movimentem da maneira 
mais rápida e eficaz possível. 
• Dispor o produto ou o serviço hospitalar certo, no 
lugar certo, no tempo certo, e nas condições 
desejadas, ao mesmo tempo em que se fornece a 
maior contribuição ao Hospital. 
 
OBJECTIVOS DA LOGÍSTICA NO HOSPITAL 
• Aumentar o grau de satisfação dos 
clientes(pacientes) tornar disponíveis produtos e 
serviços no local onde são necessários, no 
momentoem que são desejados; 
• Atingir um nível desejado de serviço ao cliente 
pelo menor custo total possível. 
FUNÇÕES BÁSICAS DA LOGÍSTICA 
• Disponibilizar nas áreas solicitantes em tempo 
hábil os materiais e medicamentos 
necessários ao atendimento dos pacientes 
(clientes) dos hospitais. 
ETAPAS DO APROVISIONAMENTO 
a) Estimativa/calculo de necessidades; 
b) Procura/aquisição; 
c) Recepção/armazenamento; 
d) Distribuição. 
 
TRANSPORTE 
Os meios de transporte são critérios mais críticos 
para uma U. S. Sem veículos o hospital fica 
paralisado. O carro é um recurso com 
elevadíssimos custos, por isso deve ser 
correctamente gerido. 
A gestão de transportes assenta em três 
princípios: 
1) O uso deve ser reduzido ao minimo 
indispensável de modo a prolongar a 
sobrevivencia; 
2) Deve haver critério custo/benefício 
(prioridade); 
3) Deve ser feita a máxima manutenção possivel. 
RECURSOS FINANCEIROS 
A gestão financeira no Aparelho de Estado é feita 
de acordo com as normas definidas pelo 
Ministério de Plano e Finanças. 
INTERVENIENTES DO SISTEMA 
NUMA U.S 
A gestão de medicamentos é o conjunto de 
actividades que devem ser realizadas de uma forma 
contínua e integrada para garantir a existência e o 
correcto (uso racional) dos medicamentos ns 
diversos níveis do sistema de saúde como vimos 
anteriormente. 
O ciclo de aprovisionamento ou de medicamentos 
apresenta como sucessão de funções básicas, 
fundamentais para uma correcta gestão dos 
medicamentos no SNS. 
ABASTECIMENTO DE MEDICAMENTOS 
NO SNS 
• Existem 2 métodos de abastecimento de 
medicamentos no Serviço Nacional de Saúde : 
 O abastecimento “clássico” : 
– o Permanente ou regular (Via Clássica). 
– o Especial, de reforço ou de emergência. 
 O abastecimento programado de Kits. 
• Os Hospitais Centrais, Especializados ou 
Provinciais são abrangidos apenas pelo 
sistema de abastecimento “clássico”. 
ABASTECIMENTO REGULAR (VIA CLÁSSICA). 
• A Via Clássica é a forma de abastecimento dos 
hospitais e do internamento em geral, sendo 
também utilizada em complemento para reforço à 
unidades sanitárias abastecidas por Kits. 
• Este abastecimento é feito com base na elaboração 
de uma requisição para qual é necessário 
seleccionar e quantificar os medicamentos 
necessários com base nos consumos médios e o 
stock de segurança considerando as quantidades 
existente no stock. 
ABASTECIMENTO ESPECIAL 
• O Abastecimento Especial é utilizado quando 
um medicamento vai acabar (ruptura de 
stock) e precisa-se de reforço ou quando se 
prevê um consumo extraordinário devido a 
epidemias(Cólera, diarreias). 
• Quando uma destas situações acontece, o 
Responsável da Farmácia em coordenação 
com o Responsável Clínico, faz uma requisição 
de acordo com as necessidades, ao depósito 
fornecedor para pedir o reforço ou 
abastecimento adicional de medicamentos. 
ABASTECIMENTO PROGRAMADO DE KITS 
• O Processo de Abastecimento Programado de Kits 
tem como o objectivo de garantir a existência regular 
dos medicamentos básicos / essenciais nas Unidades 
Sanitárias de nível primário, melhorar a utilização do 
medicamento e as condições de armazenagem e de 
distribuição de medicamentos neste nível e desta 
maneira melhorar o abastecimento de medicamentos 
à população. 
• Um kit define-se como uma embalagem cujo 
conteúdo em medicamentos essenciais é previsto 
para tratar um número determinado de doentes em 
função de padrões epidemiológicos pré definidos. 
ABASTECIMENTO PROGRAMADO DE KITS 
• A distribuição é realizada pelos Depósitos Provinciais 
e Intermediários sem que seja necessária a 
elaboração duma requisição, o número de Kits 
fornecido a cada Unidade Sanitária será determinado, 
em função da qualificação do pessoal clínico 
presente, e do Número Médio Mensal de consultas 
externas realizadas. 
• É Importante saber que, para se receber os Kits não é 
necessário preencher uma Requisição, as Unidades 
Sanitárias são obrigadas a preencher os Mapas 
apropriados e enviar para o nível superior para 
possibilitar que seja feito o cálculo das quantidades 
de Kits que devem receber. 
MONITORIZAÇÃO E CONTROL 
PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NO CICLO DE 
APROVISIONAMENTO 
 Monitorizar no sistema de aprovisionamento de 
medicamentos significa controlar de perto as 
actividades. 
Exige uma flexibilidade de modo a permitir o 
controlo de medicamentos desde a selecção, 
aquisição, distribuição até ao uso, dependendo do 
nível que se encontra (local, distrital, provincial, 
central. 
ARMAZENAGEM 
DE 
MEDICAMENTOS 
 
• São as instalações onde se stocker/guardam os 
bens nos hospitais são, genericamente, 
denominadas armazéns, ou central de 
abastecimento farmacêutico(CAF). 
• Eles são, assim, a parte do sistema logístico onde 
se guardam, se armazenam, medicamentos, 
material médico -hospitalar e outros produtos de 
uso nos hospitais, sendo o intermediário entre o 
ponto de origem e o ponto de consumo nos 
hospitais. 
OS ARMAZÉNS: CONCEITOS 
Armazenamento de Medicamentos, Produtos 
de Saúde e Dispositivos Médicos 
• 1. Armazenamento Geral 
• Devem ser criadas as condições necessárias de 
armazenamento de fármacos de modo a garantir 
uma correcta conservação; 
• O espaço de armazenamento de fármacos será 
influenciado por múltiplos e diversos factores. 
• Deve ter-se em conta: 
 − Superfície e prestação de serviço da Unidade; 
Armazenamento Geral 
− Unidade de Saúde é ou não abastecida por 
Serviço Farmacêutico Centralizado; 
 − Número de camas; 
− Tempo de internamento (Unidade de curta/ 
média /longa duração); 
− Local de acesso fácil para comunicação externa 
( recepção do medicamento),e comunicação 
interna (distribuição do medicamento). 
 
Armazenamento de Medicamentos, Produtos 
de Saúde e Dispositivos Médicos 
• 1.1. Armazém – Estrutura Física 
a) Área de armazenamento deverá ser desenhada ou 
adaptada de modo a assegurar boas condições de 
armazenamento; 
b) Área adequada aos produtos farmacêuticos; 
c) Dotada de ventilação, protecção da luz solar directa, 
iluminação, temperatura e humidade controladas. 
(temperatura abaixo dos 25ºC, humidade inferior a 60%); 
d) Facilidade de limpeza; 
e) Fechadura exterior que permita encerramento; 
f) Janelas se existirem devem ser protegidas contra intrusão; 
g) Portas largas onde possam circular paletes no casos de 
um armazém de injectáveis de grandes volumes; 
 
cont. Armazém – Estrutura Física 
 
h) Proximidade com elevador / monta cargas; 
i) Dimensões adequadas á instalação de suportes para 
armazenagem de medicamentos e/ou soluções injectáveis 
de grande volume, como estantaria de metal ou 
prateleiras; 
j) Nenhum produto deverá assentar directamente no chão, 
estando devidamente espaçado de modo a permitir 
limpeza e inspecção; 
k) A arrumação dos medicamentos deve ser feita por ordem 
alfabética do nome genérico, por especialidade 
farmacêutica, devidamente identificadas com o código do 
produto; 
l) Deve permitir rotação adequada dos stocks garantindo 
que sejam utilizados em primeiro lugar os medicamentos 
de menor prazo de validade, ou mantendo o principio: 
primeiro entrado/ primeiro saído; 
cont. Armazém – Estrutura Física 
m) Produtos farmacêuticos e fármacos 
danificados ou partidos devem ser retirados 
do restante stock existente; 
n) Os prazos de validade devem estar 
devidamente verificados e controlados, 
preferencialmente por via informática. 
Armazenamento de Medicamentos, 
Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos 
• 1.2. Equipamento 
a) Mobiliário adequado para acondicionamento de 
fármacos, (estantes fechadas e de fácil acesso e 
higienização/limpeza). 
b) Paletes para injectáveis de grande volume em 
material apropriado (ex: poliestireno expandido). 
c) Bancada de trabalho. 
d) Para registo de temperatura e humidade: termo 
– higrómetro; 
e) Lavatório para lavagem de mãos. 
Armazenamento de Medicamentos, 
Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos 
Equipamento de Segurança 
a) Extintor; 
b) Sistema de Alarme; 
c) Estojo de primeiros socorros em local bem assinalado; 
d) Sinalética adequada. 
 Recursos Humanos 
a) Os recursos humanos que desempenhem funções nas 
áreas de armazenamento, devem receber formação 
própria, relativamente a normas de correcto 
armazenamento, regulamentação, procedimentos e 
segurança. 
b) Os recursos humanos que desempenhem funções nas 
áreas de armazenamento, deverão ter vestuário 
apropriado à actividade desenvolvida. 
Armazenamento de Medicamentos, 
Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos 
• 2. Armazenamento Especial 
• Deve contemplar todas as recomendações descritas 
no armazenamento geral com as particularidades 
seguintes: 
• Estrutura física/ Equipamento 
• Inflamáveis: 
• a. Local individualizado do restante armazém, a sua 
dimensão vai estar dependente do número e da 
variedade das especialidades a armazenar. 
• b. Espaço com detector de fumos. 
• c. Sistema de ventilação 
• d. Chuveiro de deflagração. 
• e. Instalação eléctrica do tipo anti-deflagrante 
Armazenamento de Medicamentos, 
Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos 
 Gases Medicinais: Área separada do restante 
armazém 
 Estupefacientes e Psicotrópicos: 
a) Local reservado com fechadura de segurança; 
b) Prateleiras que permitam a arrumação dos 
medicamentos estupefacientes/psicotrópicos de 
forma correcta. 
 Citotóxicos: 
a) Armazenamento em local seguro, armário especifico 
e separado dos outros medicamentos; 
b) Estojo de Emergência e local seguro e assinalado. 
Armazenamento de Medicamentos, 
Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos 
• Medicamentos e Reagentes que necessitam refrigeração: 
a) Frigorífico; 
b) Temperaturas entre 2-8ºC; 
c) Sistema de controlo e registo da temperatura. 
• Os frigoríficos que contenham quantidades significativas de 
produtos farmacêuticos, devem estar sempre equipados 
com sistema de controlo e registo da temperatura máxima 
e mínima e, alarme permanentemente activado para avisar 
sempre que ocorra uma alteração anormal da temperatura. 
• A conservação correcta dos medicamentos é um factor 
critico para garantir a sua qualidade, eficácia e segurança, 
pelo que é imprescindível a implementação de 
procedimentos de trabalho que asseguram essa 
conservação. 
 
Armazenamento de Medicamentos, 
Produtos de Saúde e Dispositivos Médicos 
• Rotação de Stocks - Controlo. 
a) Inventários periódicos deverão ser executados de 
modo a fazer-se a comparação entre o stock real 
actual e o stock em registo informático; 
b) Todas as discrepâncias de stock deverão ser 
registadas e verificadas novamente de modo a 
corrigir a situação. 
• Stock devolvidos – Devoluções 
a) Todo o material devolvido ao armazém de fármacos 
e consumíveis, deve ser registado como devolução; 
b) Todos os produtos farmacêuticos e fármacos dos 
utentes, não deverão voltar a fazer parte do stock. 
Devem ser destruídos. 
 
ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS 
 
DEPÓSITO DE MEDICAMENTOS 
O Depósito Provincial de Medicamentos é abastecido 
trimestralmente a partir dos Armazéns Centrais geridos pelo 
prestador de serviço contratado pela CMAM. 
Por seu turno o Depósito Provincial de Medicamentos fornece 
directamente a todos os Depósitos Intermediários, o Hospital 
Provincial e ocasionalmente algumas Unidades Sanitárias 
dependentes de um distrito mas que fisicamente estão localizadas 
próximo dele. 
 
A GESTÃO DO DEPÓSITO PROVINCIAL DE 
MEDICAMENTOS 
 • A gestão do Depósito Provincial de Medicamentos 
constitui a realização de todas as actividades que 
permitem a movimentação, a conservação e o 
controlo do stock de medicamentos. Portanto 
estão estabelecidas regras para a: 
 Requisição de medicamentos à CMAM, 
 Recepção, armazenagem, gestão e controlo do 
stock de medicamentos no depósito, 
Abastecimento às unidades dependentes em 
medicamentos ou Kits. 
 
 
FACTORES QUE CONDICIONAM A INSTALAÇÃO 
DE UM DEPÓSITO MEDICAMENTOS 
1. Existência de recursos financeiros; 
2. Natureza e volume do material a ser armazenado 
no hospital; 
3. Delimitação prévia da área disponível para 
stockagem no hospital; 
4. Num sistema de armazenagem de materiais as 
estantes devem ser identificadas por letras, cuja 
sequência deverá ser da esquerda para a direita 
em relação a entrada principal. 
 
 
ARMAZENAGEM 
• Se a demanda sempre fosse igual a oferta, a função 
armazenagem poderia ser eliminada. Mas 
geralmente isto não ocorre. Sendo assim 
armazenamos os materiais para atender as 
necessidades previstas e imprevistas. 
 
Decisões de armazenagem 
 
• Devem ser levadas em consideração questões 
relativas ao layout envolvendo as embalagens e as 
estruturas para o acondicionamento dos stocks, bem 
como sua movimentação. 
DECISÕES DE ARMAZENAGEM 
 
Movimentação de materiais: 
• Demanda -itens movimentados; pedido 
expedidos; 
– Recebimento–materiais. 
• Estrutura -área; estrutura de armazenamento. 
• Equipamentos -qual equipamento é o mais 
indicado para a operação. 
 
OBJECTIVOS DA FUNÇÃO ARMAZENAGEM 
• Máximo uso do espaço; 
• Efectiva utilização da mão-de-obra e 
equipamentos; 
• Pronto de acesso a todos os itens; 
• Máxima protecção dos itens guardados; 
• Boa organização; 
• Satisfazer as necessidades do cliente; 
• Registo das operações; 
• Agregar valor ao produto. 
 
LayOut Finalidades Básicas 
• Redução de custos; 
• Redução de desperdício de materiais; 
• Aumento na capacidade produtiva; 
• Melhorar condições de trabalho; 
• Melhor aproveitamento da área de trabalho 
 
ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM 
• Porta-Pallets: Estrutura onde as prateleiras 
são substituídas por plano de carga 
(longarinas). Este sistema tem 100% de 
selectividade, porém baixa densidade de 
stockagem. 
Porta-Pallets Vantagens 
Localização e movimentação de qualquer 
pallet sem a necessidade de se mover outros 
pallets; 
Possibilidade de rearranjo para acomodar 
cargas de alturas variáveis; 
Adapta à cargas de rotação relativamente alta. 
 
Porta-Pallets Limitação 
Baixa densidade de stockagem; 
Em pé-direito superior a 8 m, é necessário 
utilizar equipamentos especiais. 
 
 
Estruturas de Armazenagem 
“Drive-in” : sistema constituído por um bloco 
contínuo de estruturas não separadas por 
corredores intermediários. 
“Drive-in” Vantagens 
 Alta densidade de armazenagem, graças a 
eliminação de corredores intermediários; 
• O sistema permite a utilização de empilhadeiras 
comuns, com pequenas modificações para 
protecção do operados; 
• Pode armazenar o mesmo número de pallets com 
um porta-pallets comum na metade da área. 
 
 
“Drive-in” Inconvenientes 
• Para alcançar o pallet do meio, é necessário 
primeiro movimentar os que estão na frente; 
• Limitação na variedade de itens a stockados. 
 
 
Princípios da Movimentação 
• Princípio do Planeamento 
É necessário determinar o melhor método do ponto 
de vista económico, para a movimentação de 
materiais, considerando-se as condições particulares 
de cada operação. 
• Princípio da Simplificação 
Devemos procurar sempre reduzir ou eliminar 
movimentação e/ou equipamentos desnecessários. 
• Princípio da Verticalização 
O aproveitamento dos espaços verticais contribui 
para o descongestionamento das áreas de 
movimentação e a redução dos custos de 
armazenagem. 
 
 
 
 
Empilhadora 
Empilhadeira de contrapeso 
Transpalete Eletrico Tracionário 
Transpalete hidráulico 2200 kg 
REQUISIÇÃO 
DE 
MEDICAMENTOS 
• O medicamento é um insumo estratégico de suporte às 
acções de saúde, cuja falta pode significar interrupções 
constantes no tratamento, o que afecta a qualidade de vida 
dos usuários e a credibilidade dos serviços farmacêuticos e 
do sistema de saúde como um todo. 
• A aquisição de medicamentos é uma das principais 
actividades da Gestão da Assistência Farmacêutica e deve 
estar estreitamente vinculada às ofertas de serviços e à 
cobertura assistencial dos programas de saúde. Umaboa 
aquisição de medicamentos deve considerar primeiro o que 
comprar/requisitar (selecção); quando e quanto 
comprar/requisitar (programação); e como 
comprar/requisitar. O monitoramento e a avaliação dos 
processos são fundamentais para aprimorar a gestão e 
intervir nos problemas . 
OBJECTIVO DA SELECÇÃO DOS 
MEDICAMENTOS 
• A selecção tem o objectivo de proporcionar 
ganhos terapêuticos e económicos. 
• Deve definir, estabelecer e consensuar uma 
relação de medicamentos essenciais, escolhidos 
de acordo com o perfil epidemiológico da 
população local (enfermidades prevalentes), para 
atender às reais necessidades da população. 
 
REQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 1. A REQUISIÇÃO 
 É o processo de solicitação, com objectivo de reconstituir o 
stock de medicamentos de modo a cobrir as 
necessidades das unidades dependentes. 
 
• O cálculo das necessidades, a nível do Depósito Provincial 
baseia-se na análise das quantidades anteriormente 
distribuídas ou pedidas pelos seus dependentes, 
independentemente do facto de ter ou não havido 
ropturas de stock durante o período anterior e com base 
no inventário corrente. 
 Manual de procedimento 3ª edição 
 
DETERMINAR OS DIAS COM STOCK 
Exemplo para determinar os Dias com Stock 
• Para determinar o N° de Dias de Ruptura de Stock deve 
seguir uma metodologia de modo a facilitar o trabalho. 
• O exemplo a seguir é para determinar os DCS no primeiro 
trimestre de 2015: 
• 1. Identificam-se o primeiro movimento de stock do 
trimestre no dia 01/01/2015 e o último no dia 31/03/2015. 
• Pode se determinar o Nº de dias de roptura de stock no 
período que vai de 05/01/2015 até 25/01/2015; são um 
total de 20 dias de roptura de stock durante o trimestre. 
• 2. Calcula-se o Nº de dias com stock: DCS(90-20) =70 dias 
 
 
 CALCULAR O CONSUMO MÉDIO 
MENSAL AJUSTADO 
• Ajusta-se o Consumo Médio Mensal em função 
dos dias com stock, aplicando a seguinte formula: 
• Consumo Médio Mensal ajustado = 
• Consumo Médio Mensal × 90 
• _________ 
• Dias Com Stock 
• Onde: 
• Consumo Médio Mensal = Total de Saídas 
Trimestrais dividido por 3 
CÁLCULO DAS NECESSIDADES 
• A [Quantidade a requisitar] para cada produto 
determina-se após o cálculo do Consumo Médio 
Mensal Ajustado. 
• Considerando a requisição de uma quantidade 
necessária para 3 meses de consumo com um 
Stock de Segurança (SS) de 2 meses é aplicando a 
seguinte fórmula: 
 
 
QUANTIDADE A REQUISITAR = (CONSUMO MÉDIO MENSAL AJUSTADO *5)- STOCK EXISTENTE 
REQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
• Cada Direcção Provincial de Saúde deve 
garantir a organização e a criação de todas as 
condições para que seja respeitado o prazo 
estipulado para o envio das requisições. 
• As requisições trimestrais atrasadas devem ser 
justificadas e correm o risco de serem 
penalizadas (em não ser priorizadas), podendo 
ser aviadas em último lugar. 
 
• Manual de procedimento 2ª edição 
 
 
PREPARAÇÃO DA REQUISIÇÃO 
 Cada requisição mensal deve ser antecedida da 
realização de um processo de inventário, que deve 
ser registado na coluna [Inventário do Stock] da 
REQUISIÇÃO/BALANCETE bem como 
na FICHA DE STOCK, preenchendo-se na coluna 
[Origem/Destino do movimento] como Inventário 
e a quantidade apurada na coluna [Stock 
Existente]. 
 
• Manual de procedimento 3ª edição 
Cada Requisição Trimestral deve ser antecedida da 
realização de um processo de Inventário, do qual serão 
extraídos os dados das existências no final do trimestre, 
que, juntamente com os dados de consumo extraídos da 
Ficha de Stock, servirão para o preenchimento do modelo 
Requisição/Balancete. 
O mesmo modelo Requisição/Balancete servirá para 
justificar os movimentos do trimestre anterior e solicitar 
quantidades de medicamentos para o trimestre. 
É este modelo que deve ser enviado à CMAM antes do dia 
15 do primeiro mês do trimestre, para que a reposição do 
stock para o respectivo depósito seja efectuada 
atempadamente. 
 
 Manual de procedimento 3ª edição 
 
ELABORAÇÃO DA REQUISIÇÃO TRIMESTRAL 
 O calendário aplicável para as requisições trimestrais 
discrimina-se em sucessivas etapas: 
• O Envio da requisição. As requisições trimestrais devem 
dar entrada na CMAM antes do dia 15 dos meses de 
Janeiro, Abril, Julho e Outubro do ano em curso. 
• A Preparação e envio da encomenda. O Depósito 
Fornecedor prepara a Remessa durante o mês seguinte 
da recepção da requisição. 
• A recepção da encomenda deve ser efectiva num mês a 
seguir do envio da Requisição. 
 
Manual de procedimento 3ª edição 
 
 
 
 
RECEPÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
(ENTRADA NO STOCK) 
 • A fase de recepção é uma etapa que representa a fronteira 
de responsabilidade sobre a guarda do bem adquirido. 
• Na recepção verificamos se os medicamentos que foram 
entregues estão em conformidade com os requisitos 
estabelecidos, quanto à especificação, quantidade e 
qualidade. 
• A área de recepção deve ser separada da área de 
armazenamento. 
• O pessoal deve ser treinado para esta finalidade: 
• No acto da recepção, cada entrada deve ser examinada 
quanto à documentação: 
• o Conferir a Nota entrega, Ordem de 
Fornecimento/Empenho ou Nota de Transferência; 
RECEPÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
(ENTRADA NO STOCK) 
• Carimbar e assinar o verso da Nota da guia de 
remessa; 
• A apresentação, o número do lote e a quantidade 
devem estar de acordo com o edital de especificação; 
• Não escrever ou rasurar o documento original; 
• O medicamento deverá ser entregue com prazo 
mínimo de 2/3 (dois terços) da expiração da validade; 
• Os medicamentos em desacordo com as 
especificações solicitadas na guia de remessa (forma 
farmacêutica, apresentação, concentração, rótulo, 
embalagem, condições de conservação, lote, 
validade) não devem ser recebidos.; 
RECEPÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
(ENTRADA NO STOCK) 
• No caso de se constatar danos na embalagem ou alteração 
do produto, o mesmo deve ser identificado, separado e 
devolvido ao remetente com comunicação por escrito; 
• Embalagens violadas ou suspeitas de qualquer 
contaminação devem ser rejeitadas e registadas. 
• Inspeccionar visualmente os produtos farmacêuticos para 
verificar sua integridade; 
• Registar qualquer irregularidade e comunicá-la ao superior 
imediato, conforme as orientações; Assinar e datar todas as 
notificações; 
• Arquivar os formulários de recepção e cópia de 
notificações; 
• Não receber nenhum produto sem documentação; 
 
RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 O agente encarregado do transporte dos 
medicamentos deve entregar junto aos volumes 
(caixas fechadas), uma GUIA DE REMESSA / ENTRADA 
devidamente preenchida pelo Depósito Fornecedor. 
Recepção dos volumes No primeiro acto da recepção, 
que é a entrada dos volumes no Depósito, o 
Responsável da Farmácia deve verificar que as 
embalagens ou caixas de Kit não foram violadas, e 
que o N° de Kits ou de caixas de medicamentos da via 
clássica corresponde à quantidade indicada na GUIA 
DE REMESSA / ENTRADA. 
 Manual de procedimento 2ª edição 
 
 
 
 
RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 Preenchimento da parte ENTRADA da Guia De Remessa / Entrada Ao receber os Kits ou 
medicamentos da via clássica o Responsável de 
Farmácia da Unidade Sanitária deve completar a 
parte ENTRADA do modelo 03 de GUIA DE 
REMESSA/ENTRADA. 
• No caso do abastecimento de Kits será confirmado 
apenas a recepção do Nº volumes enviados, selados e 
em bom estado. 
• No caso da recepção de medicamentos da via clássica 
será necessário assegurar-se da quantidade, da 
qualidade e do prazo de validade de cada item antes 
de completar a GUIA DE REMESSA / ENTRADA. 
 
Manual de procedimento 2ª edição 
 
 
GUIA DE REMESSA/ENTRADA 
 
 
COMISSÃO DE RECEPÇÃO 
 • Uma comissão de recepção será constituída de 
modo a controlar as informações da Guia de 
Remessa/Entrada, a qualidade dos medicamentosrecebidos e confirmar a entrada da mercadoria no 
armazém. 
• A composição desta comissão depende da 
disponibilidade dos intervenientes, sendo sempre 
necessária a presença de: 
– O Director Clínico do hospital ou seu representante 
– O Responsável de Farmácia do Hospital. 
 
 
ARRUMAÇÃO DOS PRODUTOS E REGISTO 
NAS FICHAS DE STOCK 
 • Uma vez conferida a mercadoria recebida e 
preenchida a documentação, todos os produtos 
recebidos devem ser imediatamente e 
correctamente arrumados nas prateleiras. 
• Na mesma altura deve lançar-se para cada um dos 
produtos, as entradas correspondentes nas fichas de 
stock e recalculando os respectivos Stock Existentes. 
 
 
Relatório de Ocorrências 
 • Se detectar qualquer anomalia tanto de quantidade assim 
como da qualidade do produto, deve ser comunicado 
imediatamente ao Responsável Clínico do Depósito 
Fornecedor através do RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA. 
• O “Relatório de Ocorrências” é o documento que se 
elabora para relatar as anomalias verificadas no acto da 
recepção de medicamentos, durante os inventários ou a 
qualquer momento de gestão de stock. 
• Este deve ser elaborado em duplicado, o original será 
enviado para o Responsável Clínico do Depósito 
Fornecedor após ter recebido o visto do Responsável 
Clínico da Unidade Sanitária que emite e uma cópia fica 
arquivada a nível da unidade que emitiu. 
 
Manual de procedimento 2ª edição 
 
 
STOCKAGEM OU GUARDA DE MEDICAMENTOS 
• “Stockar”/guardar consiste em ordenar adequadamente 
os produtos em áreas apropriadas, de acordo com suas 
características e condições de conservação exigidas 
(termolábeis, psicofármacos, inflamáveis, material 
médico-hospitalar etc.). 
• Para a “stockagem” de medicamentos, deve-se dispor de 
área física suficiente e apropriada aos diferentes tipos de 
produtos a serem armazenados. 
• A “stockagem” de medicamentos é uma importante 
actividade do Ciclo de Assistência Farmacêutica, mas que, 
não raro, tem sido relegada por muitos como 
• sendo uma prática meramente administrativa. 
STOCKAGEM OU GUARDA DE MEDICAMENTOS 
• o armazenamento de medicamentos é um conjunto de 
procedimentos técnicos e administrativos que tem como 
objectivo assegurar a qualidade dos medicamentos por 
meio de condições adequadas de “stockagem” e guarda de 
conservação e de controle eficaz de stock. 
• A actividade de armazenamento é de grande importância e 
complexidade, exigindo comprometimento das equipes 
responsáveis por este trabalho e a presença do profissional 
farmacêutico. 
• DENTRE OS FACTORES QUE CAUSAM PERDA E DESPERDÍCIO 
DE MEDICAMENTOS, DESTACAM-SE A PROGRAMAÇÃO 
INADEQUADA E O ARMAZENAMENTO INDEVIDO. 
• Assim, um aspecto importante a ser considerado neste 
caso é a manutenção da estabilidade do medicamento, ou 
seja, sua conservação por meio de uma “stockagem” 
adequada e satisfatória durante o período de vida útil. 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA 
“STOCkAGEM”: 
• “Stockar” os produtos por nome genérico, lote e 
validade, de forma que permita fácil identificação. Os 
medicamentos com datas de validade mais próximas 
devem ficar à frente; 
• Manter distância entre os produtos, e paredes, piso, 
teto e empilhamentos, de modo a facilitar a 
circulação interna de ar. Não existe uma 
regulamentação ou padrão oficial estabelecido para o 
estabelecimento desta distância, que será definido 
segundo o espaço disponível. O que não se deve fazer 
é encostar medicamentos junto às paredes, ao teto, 
ou em contacto com o chão, por causa da humidade; 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 
PARA “STOCkAGEM”: 
• Conservar os medicamentos nas embalagens originais, ao 
abrigo da luz directa. 
• “Stockar” os medicamentos de acordo com as condições de 
conservação recomendadas pelo fabricante. Em caso de 
não haver recomendação específica, deve-se stockar os 
produtos em temperatura ambiente (15 -30°C). 
• Stockar os medicamentos isolados de outros materiais, 
principalmente, os de limpeza, perfumaria, cosméticos, 
material de consumo e outros; 
• Embalagens abertas devem ser identificadas com o número 
do lote e validade. 
• Não armazenar medicamentos diferentes no mesmo 
estrado ou prateleira, para evitar possíveis trocas na hora 
da expedição; 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 
PARA “STOCkAGEM” 
• Materiais passíveis de quebras (ampolas e frascos 
de vidros) devem ser guardados em local menos 
exposto a acidentes; 
• Manter próximo à área de expedição os produtos 
de grande volume e rotatividade; 
• Embalagens abertas devem ser destacadas e 
identificadas com o número do lote e validade; 
• Proteger os produtos contra pragas e insectos, 
colocando telas finas nas janelas; 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 
PARA “STOCkAGEM” 
• Manter em local separado os produtos inflamáveis, 
sob condições especiais (área sinalizada, instalações 
apropriadas, equipamentos de prevenção contra 
incêndio, normas e procedimentos escritos, afixados 
no local), tendo em vista os riscos potenciais que 
esses produtos podem causar (ocupacionais e 
colectivos); 
• Manter os medicamentos termolábeis em áreas 
específicas, por serem produtos sensíveis à 
temperatura em torno de 20°C +1-2°C. O local de 
armazenagem desses medicamentos exige controle 
de temperatura, através de termómetros, com 
registo diário. 
 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 
PARA “STOCkAGEM” 
Estabilidade 
• Período de tempo no qual o produto mantém dentro 
de limites estabelecidos e sob determinadas 
condições ambientais - as mesmas características 
físicas, químicas e farmacológicas, durante seu 
período de vida útil. 
• Esse espaço de tempo, no qual se assegura sua 
integridade, representa o período de validade. 
• As alterações físicas, tais como a mudança de cor, 
odor, precipitação, turvação, servem de alerta, 
indicando sinais de instabilidade no medicamento. 
REGISTO DE STOCKS 
Controle de Estoque 
• É uma actividade técnico-administrativo que tem por 
objectivo subsidiar a programação e aquisição de 
medicamentos, visando à manutenção dos níveis de 
stocks necessários ao atendimento da demanda, 
evitando-se a superposição de stocks ou 
desabastecimento do sistema. 
• Em resumo, as funções do controle de stocks são: 
– Determinar quanto e quando requisitar/comprar; 
– Accionar o sector de aquisição/compras; 
– Determinar o que deve permanecer stockado; 
– Controlar quantidades e valores stockados; 
– Identificar e retirar do stocks e itens obsoletos ou 
danificados; 
– Realizar inventários periódicos. 
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE STOCKS 
• Proporcionar subsídios para determinar o que é 
necessário adquirir. 
• Garantir a regularidade do abastecimento. 
• Eliminar perdas e desperdícios. 
Os controles buscam garantir que os resultados do que 
foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto 
quanto possível aos objectivos a priori estabelecidos, 
estando à essência do controle na verificação se a 
actividade controlada está ou não atingindo os objectivos 
e resultados desejados. 
POZO (2002), ressalta que o feedback é essencial ao 
controle. 
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UM EFICIENTE 
SISTEMA DE CONTROLE 
• Precisão da informação - Que possibilite 
condições para possíveis intervenções, quando 
necessário; 
• Objectividade - As informações devem ser claras 
e precisas; 
• Rapidez - Deve estar disponíveis, quando 
necessário; 
• Arquivo da documentação - As informações 
devem estar arquivadas adequadamente e 
facilmente localizadas, quando da necessidade de 
consulta. 
RESPONSABILIDADE PELO CONTROLE DE 
STOCKS 
• Um controle de stocks eficiente é resultante da 
soma de esforços conjuntos de todos os 
envolvidos no serviço. Portanto, os funcionários 
devem estar conscientes das suas 
responsabilidades, treinados e instrumentalizados 
para o bom desempenho das suas actividades. 
NÍVEIS DE STOCKS 
• O grande desafio da administração de materiais é 
o dimensionamento correcto dos stocks. Para 
manter um nível de stocks que atenda às 
necessidades, com regularidade noabastecimento 
contínuo da rede de serviços, é necessário um 
controle eficiente e a utilização de instrumentos 
para registo das informações, que facilitem o 
acompanhamento. 
• Para dimensionar o tempo de reposição (período 
decorrido entre a solicitação até a entrega do 
produto) devem-se considerar os prazos 
necessários para execução das aquisições. 
ELEMENTOS DE PREVISÃO DE STOCKS 
Os elementos de previsão constituem a própria gestão dos 
stocks e, por meio deles, são definidas as quantidades a 
serem adquiridas, em intervalos de tempo compatíveis. 
• CMD = Consumo Médio Diário 
• CMM = Consumo Médio Mensal 
• CMMAjustado = Consumo Médio Mensal Ajustado 
• DCS = Dias com Stock 
• DRS = Dias de Ruptura de Stock 
• PR = Período de Reposição 
• QR = Quantidades a Requisitar 
• SE = Stock Existente 
• SS = Stock de Segurança 
• TE = Tempo de Espera 
 
TIPOS DE CONTROLE 
• Sem informação, não há gestão. Para obtê-las, 
devem-se utilizar diversos recursos: 
 Sistema informatizado, fichas de controle de 
stocks, formulários para registo das informações, 
inventário, relatórios de acompanhamento etc. 
• Qualquer que seja a forma de controle adoptada, 
informatizado ou manual (fichas de controle de 
stocks), podem-se utilizar as duas formas de 
controle, para maior segurança e confiabilidade 
das informações. 
CONTROLE DE ESTOQUE INFORMATIZADO 
• Para informatizar os stocks é necessário: 
 Organizar o serviço; 
 Conhecer sistemas de controles eficientes; 
 Identificar as necessidades de informações a serem 
trabalhadas; 
 Identificar os tipos de relatórios utilizados e necessários; 
elaborar o projecto; 
• Reunir com a equipe responsável pelo desenvolvimento do 
software; 
 Testar o piloto; 
 Implantar (gradualmente) o sistema. 
• O sistema informatizado só agiliza o processo. Se não existir 
um controle eficiente, esse sistema não irá solucionar os 
problemas; pelo contrário, poderá aumentá-los. 
CONTROLE MANUAL 
• Se o controle é feito manualmente, devem-se usar 
as fichas de prateleira, confrontando os registos 
ao final de cada mês. 
 
 Ficha de Controle de stocks 
• Instrumento de controle simples, indispensável, 
quando não se tem um sistema informatizado. 
FICHA DE CONTROLE DE STOCKS 
• Dados que devem constar em uma Ficha de 
Controle de stocks: 
• Identificação do produto: especificação (nome, 
forma farmacêutica, concentração e 
apresentação) e o código do medicamento; 
• Dados da movimentação do produto: quantidade 
(recebida e distribuída), dados do fornecedor e 
requisitante (procedência/destinatário e número 
do documento), lote, validade, preço unitário e 
total; 
• Dados do produto: consumo mensal, stocks 
máximo e mínimo, e ponto de reposição. 
 
ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS DE CONTROLE 
• As fichas de controle devem ser organizadas em 
ordem alfabética (pelo nome genérico), 
numeradas e datadas; 
• Ao término de cada mês, devem-se somar as 
entradas e saídas, confrontando os stocks físicos 
com as fichas, corrigindo as distorções, e 
actualizando-as; 
• O registo das entradas e saídas deve ser dado de 
forma diferenciada. 
• As entradas em cor vermelha e as saídas nas cores 
azul ou preta, para fácil identificação das 
informações. 
INVENTÁRIO 
• Inventário é a contagem física dos stocks para 
verificar se a quantidade de medicamentos estocada 
coincide com a quantidade registada nas fichas de 
controle ou no sistema informatizado. 
• Processo de Inventário, de periodicidade trimestral, é 
o conjunto de três actividades consecutivas : 
– 1. A contagem física do stock, chamada de INVENTÁRIO 
propriamente dito. 
– 2. A análise dos movimentos de stock durante um período 
definido baseado na informação das fichas de stock, 
chamado BALANCETE. 
– 3. A correcção das FICHAS DE STOCK sendo os saldos 
confirmados ou não pelo inventário. 
 
 
PREPARAÇÃO DO INVENTÁRIO 
 • Informar todas as unidades dependentes da data de 
realização do inventário, sendo o depósito 
considerado como fechado. 
• Limpar e arrumar devidamente o depósito, agrupando 
na medida do possível os mesmos produtos no único 
lugar e colocando a respectiva ficha de stock. Um 
depósito organizado é mais fácil de inventariar. 
• Actualizar as Fichas de Stock, registando todos os 
movimentos de entrada e de saída dos produtos se 
tiver remessas pendentes ou não registadas. 
 
 
 
Cont. PREPARAÇÃO DO INVENTÁRIO 
 • Criar uma Comissão de Inventário, formada para o 
efeito, que inclua o Médico Chefe Provincial ou seu 
representante. 
• Dividir o trabalho e definir as tarefas de cada membro 
da equipa; dependendo da dimensão do seu 
depósito e do número de pessoas que participam na 
realização do inventário, pode ser necessária a 
criação de folhas de rascunho que servirão de base 
para a realização do relatório final do inventário 
QUANDO SE DEVE FAZER UM INVENTÁRIO 
• Por ocasião do início de uma nova actividade ou 
função, ou término de um ano de trabalho; 
• Sempre que o responsável se ausentar das funções, 
ao deixar e/ou assumir um novo cargo ou função; 
• Periodicidade do inventário: 
• − diariamente, de forma aleatória, para monitorar 
produtos de controle especial (psicotrópicos, 
entorpecentes, Arvs), medicamentos de alto custo e 
os de maior rotatividade; 
• − semanal, pela contagem por amostragem selectiva 
de 10% a 20% dos stocks; 
• − trimestral e anual, obrigatoriamente, ao final do 
 ano-exercício, para actualização dos stocks e 
prestação de contas. 
IMPORTÂNCIA DO INVENTÁRIO 
• Permitir verificar as divergências entre os registros 
e o stocks físico; 
• Possibilitar avaliar o valor total (contábil) dos 
stocks para efeito de balanço ou balancete, no 
encerramento do exercício fiscal. 
TIPOS DE INVENTÁRIOS 
• 1) Geral: Realizado anualmente, com fins 
contábeis e legais, para incorporação dos seus 
valores ao balanço activo da instituição e para a 
programação orçamentária do próximo exercício. 
• 2) Periódico: Realizado em intervalos de tempo 
(mensal, bimensal, trimestral, semestral etc.). 
• 3) Permanente ou contínuo: Realiza-se sem 
intervalo de tempo, sempre após a entrada e 
saída de produtos, o que permite eliminar 
prontamente as falhas e causas. 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA 
REALIZAÇÃO DE INVENTÁRIOS 
• Elaborar um instrumento padrão (formulário), com as 
especificações de todos os produtos, lote, validade, 
quantidades previstas, quantidades em stock, diferenças 
(para mais e para menos) e percentual de erros; 
• Determinar o período para realização do inventário; 
• Designar responsáveis para contagem; 
• Proceder à arrumação física dos produtos, para a agilização 
da contagem; 
• Retirar da prateleira os produtos vencidos ou prestes a 
vencer, bem como os deteriorados, e dar baixa nos stocks; 
• Comunicar, por escrito, aos interessados (administração e 
usuários) a data de início e finalização do inventário; 
 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 
PARA REALIZAÇÃO DE INVENTÁRIOS 
• Atender a todos os pedidos pendentes antes do início do 
inventário; 
• Revisar as fichas de controle (somando entradas e saídas); 
• Realizar a contagem. Cada item do stock deve ser contado 
duas vezes. 
• A segunda contagem deve ser feita por uma equipe 
revisora. No caso de divergência de contagem, efectuar 
uma terceira contagem; 
• Confrontar os stocks das fichas com o stock físico; 
• Actualizar os registos dos stocks, fazendo os ajustes 
necessários; 
• Elaborar o relatório e encaminhar cópias às áreas 
competentes. 
RECOMENDAÇÕES 
• Durante o período de inventário, o atendimento deve ser 
suspenso, excepto para os pedidos de urgência. 
• As entradas e saídas de medicamentos devem ser lançadas 
somente após a finalização do inventário, para evitar risco de 
dupla contagem do mesmo produto. 
• No caso de divergências nos stocks: 
• registar a ocorrência; 
• Rastrear as notas fiscais de entrada, documentos de saída, 
registos de ocorrências de devolução,remanejamentos, 
perdas e validade vencida, para identificar as possíveis falhas; 
• Revisar as somas das entradas e saídas das fichas de controle, 
para avaliar se houve erro na soma ou registos, etc; 
• Em caso de desvio de medicamentos, comunicar por escrito à 
área competente, para as providências cabíveis. 
 
Arrumação dos produtos 
 • Uma vez conferida a mercadoria e completada 
a documentação, todos os produtos recebidos 
devem ser imediatamente e correctamente 
arrumados seguindo as regras de conservação 
em vigor: 
• Em estrados ou paletas se forem Kits 
• Nas prateleiras da farmácia se forem 
medicamentos da via clássica 
 
Manual de procedimento 2ª edição 
 
 
 
CONSERVAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
 • A conservação constitui um dos aspectos 
importantes na gestão de medicamentos. 
Quando mal armazenados, as condições 
ambientais podem alterar a qualidade dos 
mesmos. Por esta razão, foram criadas algumas 
regras básicas para a conservação de 
medicamentos que devem ser implementadas. 
 
 
•Os elementos adversos dos medicamentos são: 
calor, luz, humidade, ratos e insectos. Também é 
necessário proteger os medicamentos dos 
roubos e incêndio, para além de ter que ser 
sempre tomado em consideração o prazo de 
validade. 
 
CONSERVAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
 Alguns produtos requerem condições especiais de 
armazenagem: 
• as vacinas, a insulina e alguns ocitócicos requerem 
temperaturas baixas devendo ser conservados em 
câmaras frias, geleiras ou congeladores e devem 
circular de acordo com as normas especiais da 
cadeia de frio. 
•os estupefacientes, os psicotrópicos e outras 
substâncias de controlo específico devem ser 
guardados num local seguro, de preferência num 
cofre. Apenas o Chefe do Depósito e uma outra 
pessoa identificada terão acesso a estes 
produtos. 
• os inflamáveis, tais como o álcool, éter 
dietílico, metanol etc.., devem ser armazenados 
em quartos especiais, de preferência uma 
pequena construção separada. 
 
Arrumação dos medicamentos 
 • Os medicamentos recebidos, devem ser 
arrumados imediatamente após a sua 
conferencia. As regras de arrumação aqui 
listadas vão facilitar a movimentação de carga 
dentro do seu armazém: 
 
•Organizar o seu armazém de modo a facilitar o 
manuseamento dos produtos, a circulação do ar e 
a movimentação do pessoal. 
• Organizar os produtos seguindo a ordem do 
Formulário Nacional de Medicamentos 
• Etiquetas com respectivos códigos do FNM 
devem ser coladas nas prateleiras para indicar o 
lugar de cada produto. 
 
Arrumação dos medicamentos 
 • Na medida do possível, um mesmo produto deve 
ser arrumado na mesma zona. Em caso de 
grandes volumes é necessário encher a prateleira 
e armazenar o restante das caixas numa zona 
única. 
• Proteger a carga de grande volume (cartões, 
material de penso, soros...) arrumando-as em 
estrados (paletes). 
 
 
Manual de procedimento 2ª edição 
 
 
 
Arrumação dos medicamentos 
• Proteger a carga de grande volume (cartões, 
material de penso, soros...) arrumando-as em 
estrados (paletes). 
 
 
Antes de arrumar qualquer produto ou medicamentos deve-se 
verificar o prazo de validade. Aplicando a norma PEPS (Primeiro a 
Expirar Primeiro a Sair) os produtos com o prazo mais longo de 
validade, devem ficar por detrás dos de curto.. 
Factores que influencia na degradação 
dos medicamentos 
Calor 
• O calor acelera a degradação dos medicamentos. 
Na medida do possível deve-se criar correntes de 
ar na zona de armazenagem no sentido de baixar 
a temperatura ambiente no local. 
O facto de criar correntes de ar favorece 
também a acumulação de poeira no local de 
armazenagem pelo que deve-se limpar 
regularmente o armazém 
Factores que influencia na degradação 
dos medicamentos 
• Luz 
Alguns medicamentos deterioram-
se quando expostos a luz. A 
sensibilidade é variável em função 
dos produtos, mas em regra geral 
todos os produtos devem estar 
protegidos da luz. 
É importante ler as indicações de 
conservação escritas no rotulo das 
embalagens ou etiquetas das caixas. 
 
Factores que influenciam na degradação 
dos medicamentos 
Humidade 
O bolor e o mofo são causados pela humidade, 
pela infiltração de água através do tecto, das 
paredes e cheias. Para evitar isso, deve-se 
proteger as caixas ou embalagens de 
medicamentos da água que possa vir de cima ou 
de baixo (chuva, infiltrações, ...). 
É importante deixar espaço entre o chão, as 
paredes e as caixas para permitir a circulação de 
ar. 
Factores que influencia na degradação 
dos medicamentos 
Limpeza 
Diariamente, deve-se limpar o pó das prateleiras, 
caixas, embalagens, sacudir as redes das janelas, 
varrer o chão, e tirar o lixo. Deve também ser 
estabelecido um calendário mensal de limpeza 
com água e sabão para as paredes, chão, janelas e 
portas. 
Factores que influencia na degradação 
dos medicamentos 
Ratos e Insectos 
É necessário proteger os medicamentos contra 
ataque de ratos, insectos ou outros animais. 
Assim por exemplo para evitar a aparição de baratas 
o armazém deve ser limpo regularmente. 
Assim como os ratões que gostam de soros, 
plástico, comida, os produtos devem ser bem 
arrumados verificando regularmente a 
integridade das embalagens. Um armazém 
limpo e bem arrumado é menos sujeito à 
presença de roedores e insectos. 
 
Os medicamentos impróprios para uso devem 
ser destruídos regularmente. Enquanto que 
aguardem pela sua destruição devem estar 
isolados mas devidamente arrumados. 
Usar insecticidas e verificar que as redes das 
janelas e outras possíveis entradas de ratos e 
insectos estejam protegidas e em boas 
condições. 
Factores que influencia na degradação 
dos medicamentos 
• Roubo 
• De modo minimizar os riscos de roubo é 
necessária a tomada de algumas precauções. 
• Nos armazéns: 
• Limitar o acesso a área de armazenagem. 
• Permitir só a circulação de pessoal autorizado 
nas áreas de armazenagem. 
• Controlar a entrada e saída durante as horas de 
serviço. 
• Assegurar as portas e janelas com fechaduras 
fortes e dispositivos de segurança. 
 
Factores que influencia na degradação 
dos medicamentos 
Prazos de validade 
É possível minimizar as perdas devido a expiração 
de prazo de validade através das seguintes medidas: 
• Prever as necessidades correctamente. 
• Arrumar correctamente os medicamentos. 
• Aviar primeiro os medicamentos antigos (regra 
PEPS - Primeiro a Expirar, Primeiro a Sair) 
• Devolver o stock acumulado ou produtos que 
não se usam para o depósito fornecedor 
DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
DISTRIBUIÇÃO PARA UMA UNIDADE DEPENDENTE 
• O Depósito Provincial de Medicamentos fornece em 
medicamentos aos Depósitos Intermediários da província, 
ao Hospital Provincial e ás Unidades Sanitárias fisicamente 
localizadas perto do DPM. 
• As unidades sanitárias vizinhas, são directamente 
abastecidas em medicamentos pelo Depósito Provincial 
mas são dependentes do seu Distrito no que diz respeito à 
transmissão das requisições ou de todo outro documento 
requerido pelos procedimentos nacionais de gestão de 
medicamentos. 
• Por exemplo: o CS de Muhala Expansão é abastecido 
directamente pelo DPM, mas deve transmitir as 
requisições tal como outra documentação á Direcção de 
Saúde da Cidade de Nampula. 
 
 
RECEPÇÃO E ANALISE DA REQUISIÇÃO 
 • A REQUISIÇÃO e a GUIA DE REMESSA/ENTRADA 
fazem parte do mesmo processo, sendo uma 
antecedente ou consequência de outra. 
• O Depósito Provincial ao receber a requisição de uma 
unidade dependente deve verificar se o modelo está 
correctamente preenchido e que esteja presente a 
informação necessária para elaboração de uma 
remessa: 
 A identificação do Depósito Intermediário; 
 O Stock Existente dos produtos requisitados; 
 A quantidade Pedida, verificando a correcta 
aplicação das regras de cálculo; 
 Assinatura do pessoal que elaborou a requisição e 
ovisto do Responsável Clínico do distrito. 
 
 
DETERMINAÇÃO DAS QUANTIDADES A FORNECER 
 • De modo a realizar uma distribuição equitativa dos 
recursos disponíveis entre os diferentes níveis da cadeia 
de distribuição, o Depósito Provincial deve determinar as 
quantidades de produtos da Via Clássica a serem 
enviados para as US dependentes de acordo com critérios 
definidos. 
• Antes de cada distribuição, deve ser comparado o Stock 
Disponível no Depósito Provincial e o Total dos Pedidos 
das Unidades Dependentes. 
Em caso de insuficiência de stock, deve-se evitar que os 
últimos clientes a serem aviados sejam penalizados. 
• Nesses termos, deve ser aplicado um factor de correcção 
para a divisão do Stock Disponível por todos os 
dependentes em função de cada um dos pedidos. 
• Esse factor pode ser o Quociente entre Stock Disponível 
e o Total dos Pedidos ou a Quota de Distribuição, desde 
que devidamente actualizada. 
PROGRAMA 
DE 
MEDICAMENTOS 
ESSENCIAIS 
(P.M.E) 
O Programa de Medicamentos Essenciais (P.M.E) foi criado 
com objectivo de garantir a disponibilidade dos 
medicamentos essenciais nas unidades sanitárias de nível 
primário. 
Os medicamentos são fornecidos e empacotados em 
caixas fechadas chamadas de Kits. 
Um kit define-se como uma embalagem contendo um 
número seleccionado de medicamentos, está previsto para 
tratar um número determinado de doentes em função de 
padrões epidemiológicos pré-definidos. 
Recepção dos Kits 
Semestralmente ao Depósito Provincial de Medicamentos 
será abastecido com a quantidade de kits necessários para 
cobrir o consumo do período considerado. 
Uma comissão de recepção será constituída de modo a 
controlar as informações da GUIA DE REMESSA/ENTRADA 
e a confirmar a entrada da mercadoria no armazém. 
 
A composição desta comissão depende da disponibilidade 
dos intervenientes, sendo sempre necessária a presença 
de: 
O Médico Chefe Provincial ou seu representante 
O Chefe do Depósito Provincial de Medicamentos. 
Os Kits a serem recebidos no Depósito Provincial estarão 
acompanhados somente de uma GUIA DE 
REMESSA/ENTRADA devidamente preenchida pela 
CMAM. 
Se se detectar qualquer anomalia, tanto de quantidade, 
como da qualidade do produto, deve ser comunicado 
imediatamente à CMAM através do RELATÓRIO DE 
OCORRÊNCIA . 
Os Kits de medicamentos, uma vez recebidos passam a ser 
considerados como qualquer outro produto, seguindo as 
mesmas regras de gestão e armazenagem. 
 
As quantidades recebidas são lançadas nas respectivas 
fichas de stock do Depósito Provincial imediatamente após 
arrumação das caixas no armazém. 
 
ABERTURA DO KIT DE MEDICAMENTOS 
 • Um novo Kit de medicamentos será aberto a nível da 
Unidade Sanitária cada vez que se acaba o primeiro 
medicamento do Kit precedente. 
• Depois da abertura do Kit, os medicamentos passam a ser 
considerados como medicamentos da Via Clássica seguindo 
as mesmas regras de arrumação, de conservação, e de 
gestão. 
• No momento da abertura, deve conferir-se o conteúdo do 
Kit e se relatar-se ao Depósito Fornecedor as 
irregularidades ou discrepâncias descobertas no conteúdo 
dos Kits e/ou na qualidade dos medicamentos. 
• Para este efeito uma lista de embalagem de medicamentos 
está inclusa em 2 exemplares de cada caixa de Kit, para 
reportar estas irregularidades ou discrepâncias. 
• Manual de procedimento 2ª edição 
 
 
USO 
 IRRACIONAL 
 DE 
MEDICAMENTOS 
. 
 O uso inadequado de medicamentos é um 
importante problema de saúde pública em 
Moçambique e com grandes consequências 
económicas e na saúde da população. 
 
 
Uma das causas do uso irracional de 
medicamentos que advém do erro da medicação é 
a falta de informação e legibilidade das 
prescrições que o prescritor envia ao profissional 
da farmácia. 
O treino inadequado em farmacologia, a falta 
de supervisão e formação contínua, o desejo 
de prestígio, pressão dos doentes, muitos 
pacientes na bicha, automedicação também 
constituem causas de uso irracional de 
medicamentos. 
 Definição 
 
 Uso irracional de medicamentos 
entende-se como sendo a utilização ou manejo 
incorrecto de medicamentos à todas faѕes do 
ciclo logístico. 
 
. 
Segundo a OMS, quase a metade dos 
medicamentos utilizados no mundo estão sendo 
utilizados de maneira irracional. Essa é uma 
conclusão a que chegaram os especialístas da 
OMS após colectarem e analizarem dados sobre 
a utilização e a disponibilidade dos 
medicamentos globalmente.(CORREA, 2009) 
•Os exemplos de utilização inadequada são 
vários, super tratamento de doenças simples, mau 
uso dos antibióticos, automedicação, tratamentos 
incompletos e o tratamento incorrecto de doenças 
sérias. É importante lembrar que esses factos 
ocorrem em todos países e não só nos menos 
desenvolvidos. 
. 
 A utilização errada dos antibióticos está 
levando a criação de bactérias resistentes e já 
tornou, por exemplo, o protozoário causador 
da malária resistente a cloroquina 
(medicamento padrão de tratamento em 80 
países). A penicelina não é mais capaz de curar 
a gonorrea em 98% dos casos. (CORREA, 
2009). 
 
 Prescrição irracional 
 
 É prescrever medicamentos para doentes, sem razão 
específica. Esta devide-se em: 
 Prescrição estravagante 
• Um medicamento teria o mesmo efeito e 
eficácia.exemplo o tratamento de amigdalite com 
ampicilina em vez da penicelina oral; 
• Tratamento sintomático das condições que não precisa 
de nenhum tratamento farmacológico. 
 
 
 
 Cont. 
 
 sobre prescrição 
 
 O uso frequente de medicamentos para condições onde 
o medicamento não tem efeito, “levando a roptura 
constante de stock de medicamentos”; 
• A dose é maior que a necessária; 
• A duração de tratamento é mais longo que o necessário; 
• Uso de antibiótico sem necessidade, por exemplo tratar 
uma diarreia simples com antibióticos para além de 
SRO. 
 
Cont. 
 Prescrição incorrecta 
 O medicamento é dado para um diagnóstico incorrecto. 
 O medicamento dado não tem nada a ver com patologia 
diagnosticada. 
 
 Prescrição múltipla 
 Dois ou mais medicamentos são dados, quando um só 
faria o mesmo efeito. 
 
 sob prescrição 
• Dosagem baixa. 
• Duração do tratamento insuficiente. 
 
 Causas de prescrição irracional 
• Treino inadequado em farmacologia; 
 
• Falta de supervisão e formação contínua: faz 
com que os erros se tornem em vícios. 
•O desejo de prestígio: Muita das vezes 
identifica-se um bom clínico a que prescreve 
mais medicamentos, isto aumenta o prestígio 
do clínico pois a prescrição de muitos 
medicamentos é falsamente considerada como 
sinal de bons cuidados. 
•Muitos doentes e falta de tempo: é muito mais 
fácil prescrever medicamentos do que levar 
tempo a examinar e a falar com o doente. 
•Pressão dos doentes: quase todos os doentes 
pensam que existe um medicamento para cada 
sintoma que tenham. Como a educação do 
público demorada é cansativa, o pessoal da saúde 
muita das vezes acaba por dar medicamentos 
para dispachar o doente. 
 Automedicação 
 Automedicação é o acto de o paciente 
medicar-se por conta própria, sem ter 
conhecimento formal de medicina, portanto 
sem capacitação técnica nem legal. O 
paciente procura por analogias com sintomas 
anteriores, lembrando qual o medicamento 
que tomou e deu certo, assim sendo, repete-
o sem saber avaliar as condições actuais, nem 
se o problema é o mesmo, apenas por 
“achar”. 
 
 
Há quem que, sentindo-se mal vai a farmácia e 
se aconselha com o balconista que muitas 
vezes não tem escrupulo e “receita” produtos 
apresentando ainda a vatagem de estar em 
promoção, com isso ele vai tomar uma injecção 
de que não precisa e que só aumentará a dor. 
(Novah 2004:03). 
 Automedicação 
 
 A automedicacão consiste no consumo de 
medicamentos, “remédios caseiros”, ervas, por

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