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HK B Estud� Transversa� Estudo observacional, no qual não há intervenção do pesquisador, individual, que faz um recorte num período de tempo, sendo do presente ou passado. De forma que cada período que for selecionado pode mostrar uma realidade diferente. Objetiv� ✦ Estimar parâmetros e descrever características de um evento investigado na população alvo ✦ Realizar associações entre variáveis desfecho e exposição - observar as variáveis que podem causar o evento, o tipo de exposição e a consequência. - Avalia exposição e desfecho ao mesmo tempo, não sendo possível distinguir a temporalidade dos eventos. ✦ Contribuir com o estudo dos fatores etiológicos das doenças, testando hipóteses. Questõe� d� pesquis� ✦ Qual a frequência do fator de risco Y e da doença X? - “Qual a frequência do consumo de gordura e de obesidade?“ ✦ A exposição e a doença estão associadas? -”Qual a relação entre nicotina e aterosclerose?” Utilidad� e� Saúd� Públic� ✦ Descrever a frequência de doenças; ✦ Medir a frequência de doenças e características de fatores de risco conhecidos; ✦ Identificar novos fatores de risco; ✦ Planejar serviços e programas de saúde; ✦ Avaliar serviços e programas de saúde; ✦ São de grande utilidade para a realização de diagnósticos comunitários da situação local de saúde. ✦ Tipo de estudo mais empregado na prática concreta de investigação no campo da saúde coletiva → não representa o ideal metodológico da Epidemiologia moderna, pois não avalia a pessoa ao longo do tempo HK B �empl� d� estud� ✦ Estudos de grupos em tratamento; ✦ Inquéritos na atenção primária; ✦ Estudos em populações especiais (escolares, idosos, etc); ✦ Inquéritos domiciliares com identificação direta de caso. Am�tr� ✦ A amostra é selecionada para representar a população ✓Como um estudo transversal tem suas fragilidades, aumentar o tamanho da amostra aumenta seu poder analítico. ✓Dessa forma, em geral, utilizam-se amostras representativas da população → Ex. VIGITEL, PNS (mais de 50 mil indivíduos na amostra do Brasil). ✓Amostra aleatória (ou probabilística) implica algum tipo de sorteio, que concede a cada membro do grupo ou da população a mesma chance de integrar a amostra. ✦ Seleção de dados ✓Comumente utilizam dados primários; ✓Dados secundários também podem ser empregados como por exemplo: I – Bancos de dados das pesquisas de saúde (microdados da POF, PNS, VIGITEL...) II – Prontuários médicos podem ser utilizados tanto para estudos transversais como para longitudinais, dependendo da completude das informações e da regularidade do acompanhamento ✓Nos estudos transversais a obtenção da informação deve ser coletada de um único momento (ex: 1ª consulta, data da alta, etc.), caso contrário se caracteriza como uma coorte. Variávei� Condição ou característica da população-alvo que devem ser mensurada para fornecer uma resposta à questão proposta pelo estudo ✦Variável independente: objeto de estudo que explica a ocorrência do desfecho, sendo o fator de exposição - Outras nomenclaturas: preditora, exposição, fator de risco ou intervenção. HK B ✦ Variável dependente: influenciada por variações da variável independente, sendo o desfecho do fator de exposição - Outras nomenclaturas: resposta, efeito, doença ou desfecho Exemplo: Um pesquisador quer investigar se existe relação entre consumo de alimentos estragados e toxiinfecção alimentar. -> Nesse caso, o consumo de alimentos estragados é a variável independente e a toxiinfecção alimentar é a variável dependente. Medida� ✦ Medida de ocorrência - frequência ou prevalência (P): Mede o quão frequente é determinado agravo em uma população geral (CASOS EXISTENTES). - Usada para a comparação do agravo em diferentes populações ✦ Medida de associação de impacto - Razão de prevalência (RP) ou Diferença de prevalência (DP): associa uma dada exposição com o agravo estudado - Relaciona a proporção de doentes expostos com a proporção de doentes não-expostos. ✦ Tabela Esta tabela é muito utilizada (em quase todos os tipos de estudos epidemiológicos) e envolve os dados relacionados à exposição, desfecho e o número de pacientes em cada grupo (exposto ou não e com o desfecho ou não) - Prevalência: HK B - Razão de prevalência (Expostos/Não expostos) Interpretação dos resultados: ● 0 < RP < 1 Exposição é protetora Interpretação associada ao complementar do valor obtido Ex: RP = 0,4 → ocorrência (prevalência) da doença reduzida em 60% entre os expostos do que entre os não expostos ● RP = 1 Não há associação Lembrete: Em estudos transversais, não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito, falamos em prevalência, uma vez que as mensurações são realizadas em um mesmo momento. ● 1 < RP < 2 Exposição é prejudicial (associada ao aumento da ocorrência da doença) Interpretação associada ao acréscimo percentual encontrado. Ex: RP = 1,4 → ocorrência (prevalência) da doença aumentada em 40% entre os expostos do que entre os não expostos ● RP > 2 Exposição é também prejudicial Interpretação escrita em termos do número de vezes que a RP está aumentada. HK B Ex: RP = 3,0 → ocorrência (prevalência) da doença é três vezes maior entre os expostos do que entre os não expostos - Diferença de Prevalência • DP < 0 → exposição protetora • DP > 0 → exposição prejudicial • DP = 0 → não há associação - Intervalo de confiança • Verificar a significância estatística (p-valor deve ser menor que 0,05!!!); • Se o IC não contém o valor 1 (nulo → prevalência similar entre expostos e não expostos) a diferença do fenômeno é estatisticamente significativa entre os dois grupos para o nível de confiança estabelecido (p ≤ 0,05) �ecuçã� Problema� ✓ Viés de Prevalência ou de Sobrevivência Seletiva: são excluídos os curados e falecidos. - Erros em decorrência de medidas “instantâneas” que não capturam dados da etiologia e de sobrevivência. ✓ Viés da Causalidade reversa: ocorre quando a exposição muda como resultado da doença. HK B - Pode ocorrer em estudos transversais e de casos e controles. Exemplo: estudo conduzido para a verificar fatores de risco para a rinite alérgica, verificou que havia maior prevalência da doença em ex-fumantes do que entre fumantes. Isso poderia levar o investigador a pensar que o fumo fosse protetor em relação à rinite. → A interpretação mais convincente é que pessoas que fumavam e passaram a ter rinite alérgica ou a sua piora tenham abandonado o hábito de fumar Vantagen� “Estabelecer hipóteses sobre possíveis relações entre variáveis dependentes e independentes” - ROUQUAYROL, 2018 - Baseados em amostras representativas de populações - Baixo custo (desenvolvimento em curto espaço de tempo); - Avaliação preliminar de hipóteses - Investigação de potenciais fatores de risco - Investigar múltiplas exposições e múltiplas doenças - Identificar associações a doenças de longa duração Desvantagen� NÃO ATRIBUI RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE DESFECHO E EXPOSIÇÃO - Dificuldade de separar causa e efeito (não se identifica o momento da exposição) não se estabelece uma relação temporal; - Baixo poder analítico - Dificuldade em identificar doenças de curta duração. HK B Referências Bibliográficas Profª Drª Camila Munafó Serpa ▪ BASTOS, J. L. D. Um dos delineamentos mais empregados em epidemiologia: estudo transversal. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 17, n. 4, p. 229-232, 2007. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/download/28 06/7864>. Acesso em 29 jan. 2018. ▪ BONITA, R., BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. [tradução e revisão científica Juraci A. Cesar] Epidemiologia Básica, 2ª ed. São Paulo: Santos, 2010, 213 p. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43541/5/9788572888394_por.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2018. ▪ BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares (SIPD) [Internet]. Rio de Janeiro:IBGE; 2007 [citado 2015 jan 30]. 80 p. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/sipd/texto_discussao_24.pdf. ▪ DAMACENA, G. N. et al. 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