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PATOLOGIA DO FÍGADO

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1 Aline David – ATM 2025/B 
PATOLOGIA II – AULA 10 
ANATOMIA/HISTOLOGIA 
❖ Peso normal ~ 1,4 - 1,6 kg 
❖ Vascularização: 60 - 70% fluxo da veia porta; 30 - 40% da 
artéria hepática – hilo hepático. 
- Vascularização mista com predomínio de vascularização 
venosa. 
- Veia, artéria e ducto biliar andam paralelamente 
formando os tratos portais, no interior do fígado. 
❖ Modelo lobular – lóbulos (hexágonos) organizados ao 
redor de ramos venosos portais afluentes (veias 
hepáticas terminais / centrolobulares), com tratos portais 
na sua periferia (veia hepática, artéria hepática e ducto 
biliar). 
- Hepatócitos centrolobulares / periportais (estão em 
todo a superfície hepática). 
❖ Sinusoides possuem camada de células endoteliais, 
fazem o trânsito de sangue das veias e artérias portais até 
as veias hepáticas terminais, por entre os hepatócitos 
❖ Células de Kupffer são os macrófagos do parênquima 
hepático 
❖ Espaço de Disse fica entre os hepatócitos e os epitélio dos 
sinusoides 
❖ Coloração pardacenta, cápsula fibrosa, superfície lisa 
 
- 1,5Kg, coloração pardacenta com uma capa fibrosa ao redor, 
bastante vascularização. A superfície normal é lisa. 
 
- Cor diferente indica a cápsula fibrosa. É esta cápsula que dói, 
pois é a parte que é inervada. 
❖ Superfície de corte lisa, brilhante, com diversos vasos 
 
- Estrutura em lóbulos hexagonais. Hepatócitos ficam em torno de 
uma veia central que é a ramo da veia porta. Os septos entre os 
lóbulos não são sempre bem definidos. Nesses septos correm os 
tratos portais (azul). 
- Veia maior e mais fininha (núcleos menores com luz mais 
alargada), ducto (células mais cuboidal) e artéria (tem uma 
camada muscular. 
 
- Veia portal com sinusoides ao redor (branco) e hepatócitos 
rosinha. 
- Veia epitélio com uma camada de células e núcleo menos. 
 
 
2 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Veia (luz mais alargada com células menores e mais achatadas). 
- Ducto (células redondinhas com camada única) 
- Artéria (células epiteliais com rosa mais intenso que é de camada 
epitelial). 
 
- Tratos portais (acompanhados) e veia central (únicas). 
 
- Zona 3: é a primeira a ser acometida nos distúrbios vasculares. 
Isso ocorre porque a vascularização central do fígado (e principal) é 
feito pela veia porta, logo, os vasos periféricos conseguem suprir 
um pouco mais a zona 2 e a 1. Isso também é o motivo de as 
doenças hepáticas darem pouco sintomas, por ser um órgão de 
grande regeneração e de suprir vascularização faltantes. 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FÍGADO 
❖ - Participa de várias rotas metabólicas no nosso corpo. 
❖ Integridade dos hepatócitos → transaminases que ficam 
dentro dos hepatócitos. Aumentam se tem lesões de 
células do fígado. 
- Alanina aminotransferase (ALT ou TGP) 
- Aspartato aminotransferase (AST ou TGO) 
❖ Função excretora hepática 
- Bilirrubina total/bilirrubina conjugada (direta) → entra 
no fígado pelo sangue, é conjugada no fígado, sai pelos 
ductos biliares para o colédoco e é eliminada no 
intestino. Qualquer doença de obstrução de colédoco 
(colestase) ou lesões de hepatócitos também vai 
acontecer aumento de bilirrubinas. 
- Gama glutamil transpeptidase (gama-GT) → próprias de 
canalículos de vias biliares. Aumenta quando tem lesão 
canalicular. 
- Fosfatase alcalina → próprias de canalículos de vias 
biliares. Aumenta quando tem lesão canalicular. Tem 
uma porção óssea também. 
❖ Função sintética 
- Albumina → proiteína 
- Fatores de coagulação: tempo de protrombina, tempo 
de tromboplastina parcial (pode não refletir aquele 
período de doença, além de ter outros fatores envolvidos 
como nutricionais), fatores V, VII, IX e X, fibrinogênio e as 
plaquetas. 
 
3 Aline David – ATM 2025/B 
❖ Quando o fígado chega a ponto de perder função, a lesão 
já está muito avançada. 
❖ Transplante hepático não tem mais ALT e AST 
funcionando, não adianta dosar. Marcadores para definir 
transplante: encefalopatia, INr e bilirrubinas. 
 
MECANISMOS DE DOENÇA E REPARO 
❖ Fígado possui reserva funcional grande, fazendo com que 
lesões hepáticas leves não possuam repercussão clínica. 
❖ Tem células de capacidade de divisão celular como as 
células tronco. 
❖ Exceto na insuficiência hepática aguda (de uma hora para 
a outra – evolução rápida), em geral danos ao fígado são 
processos insidiosos (sinais e sintomas inespecíficos). 
❖ Lesão hepática leve muitas vezes é detectada apenas por 
exames laboratoriais. 
❖ Processo de cicatrização também pode ser subclínico –
crônico 
❖ 2 processos principais de morte no fígado: 
necrose/apoptose 
❖ Zonas de perda de parênquima se transformam em 
septos fibrosos(cicatrização). 
❖ - O processo de cicatrização do fígado é bem peculiar, 
existem células estreladas que são células inativadas que 
quando o fígado começa a sofrer lesões elas viram 
miofibroblastos que fazem a cicatrização de maneira 
bem-organizada e bem própria. Começa de uma maneira 
e pode ser regenerado (tem volta – dependendo do nível 
que se encontra). 
NECROSE 
❖ Tumefação dos hepatócitos, com aumento do fluído 
intracelular e rompimento de membrana. 
 
- Hepatócitos: citoplasma grande e mais hialino. As vezes fica tão 
cheio de líquido que explode (local onde ficam as transaminases) 
que caem na corrente sanguínea e são o primeiro ponto 
encontrado nos exames laboratoriais. 
- Rosas: macrófagos. 
APOPTOSE 
❖ Encolhimento dos hepatócitos, condensação nuclear 
(picnose), fragmentação nuclear (cariorrexe), 
fragmentação celular em corpos apoptóticos acidófilos 
 
- Núcleos de hepatócitos que sofrem picnose (núcleo roxo) e 
cariorrexe (fragmentação do núcleo). 
- Corpos acidófilos: acumulados que ficam bem eosinofílicos. 
Também são sinais de apoptose. 
❖ Regeneração ocorre por mitose de hepatócitos 
adjacentes –se assemelham a células-tronco na 
capacidade de continuar a replicar mesmo após anos de 
lesão crônica 
❖ Cicatrização se dá por ativação de células estreladas em 
miofibroblastos 
 
- No espaço de disse ficam as células estreladas. Dentro dos 
sinusoides ficam as células de Kupfer (macrófagos apresenteadores 
de antígenos). Apresentam, liberam fatores inflamatórios que 
ativam as células estreladas, transformando-as em miofibroblastos 
e ao mesmo tempo ativam os mecanismos de lesão dos 
hepatócitos: apoptose ou necrose. Os miofibroblastos começam a 
produzir colágeno que vai fazer o processo de cicatrização, em 
geral, começa peri espaço portal (dentro para fora) e se encontram 
na fibrose porta-porta. Quando a agressão para os hepatócitos 
normais tem capacidade de se redividir para ir aos pouquinhos 
regenerando os hepatócitos. As células de Kupfer podem desfazer 
a fibrose, dependendo do estágio em que se encontram. Ao mesmo 
tempo em que tem áreas sofrendo o dano, tem áreas que já 
sofreram e que estão se regenerando. 
- Vários fatores inflamatórios estão envolvidos. 
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA 
❖ Consequência clínica mais severa de doenças hepáticas 
(final de todas as doenças do fígado – geralmente). Pode 
ser aguda ou crônica (mais comum). 
❖ Para que ocorra, fígado precisa perder 80-90% de sua 
capacidade funcional. 
❖ Mortalidade em torno de 80% → transplante hepático é 
indicado (fígado não consegue regenerar a ponto de 
retomar a função que seja compatível com a vida). 
AGUDA 
 
4 Aline David – ATM 2025/B 
❖ Doença hepática que se instala, em aproximadamente 6 
meses. 
❖ Acúmulo de amônia (encefalopatia), redução da 
capacidade excretora, diminuição da capacidade de 
síntese do fígado (sangramento e redução de fatores de 
coagulação – plaquetopenia e INR aumentado), icterícia 
importante (elevada bilirrubina). 
❖ Destruição hepática súbita e maciça (necrose). 
❖ Fígado que não tem outra doença hepática prévia/pré-
existente. É sempre um processo em um fígado que antes 
era normal. 
❖ Antes chamada de “fulminante”. 
❖ Doença hepática aguda associada a encefalopatia e 
coagulopatia que ocorre dentro de 26 semanas após a 
lesão hepática inicial, na ausênciade doença hepática 
preexistente. 
❖ Na maioria das vezes é ocasionada por toxinas ou 
medicações. 
❖ Macroscopia: fígado pequeno, encolhido, contendo 
necrose hepática maciça, com amplas regiões de perda 
do parênquima, em torno de ilhas de hepatócitos em 
regeneração 
❖ Microscopia: proeminência da cicatrização depende da 
natureza e da duração da agressão 
 
- Áreas com cor de parênquima normal mescladas com áreas 
amarelas (necróticas), principalmente ao redor dos vasos 
(periportal), mas se distribui em toda a superfície. O tamanho 
geralmente não altera, mas pode diminuir, tendo nódulos se 
formando no processo crônico. 
 
- Paracetamol em níveis tóxicos faz uma insuficiência hepática 
aguda que em geral evolui para transplante. Flecha aponta uma 
área de necrose (perda de estrutura). Ao lado tem uma parte de 
parênquima normal. Gera dor. O aspecto de vacuolização é o 
acúmulo intracelular de líquido (edema) que indica lesão celular. 
 
❖ Quadro clínico se inicia com náuseas, vômitos e icterícia 
(acúmulo de bilirrubina – pode fazer prurido), com 
surgimento posterior de encefalopatia potencialmente 
grave e alterações na coagulação. 
- Inicialmente ocorre hepatomegalia (mais comum na 
crônica) por tumefação dos hepatócitos, inflamação, 
edema → conforme destruição parenquimatosa evolui, 
fígado vai reduzindo de volume drasticamente 
- Laboratorialmente, transaminases séricas são muito 
elevadas inicialmente e reduzem gradativamente (não 
quer dizer melhora, ainda mais se acompanhada de 
aumento de bilirrubina e de TP → sinal de perda de 
parênquima → sinal de lesão mais grave! 
• Se a queda de transaminases é acompanhada 
por queda de bilirrubina e por queda de TP, daí 
sim a lesão está melhorando. 
- Icterícia faz parte de quadro colestático 
- Encefalopatia pode se apresentar em diversos graus 
(somente asterix até coma profundo) –amônia sérica 
elevada 
- Muitos fatores de coagulação são produzidos no fígado 
- Pode ocorrer hipertensão portal com ascite (mais 
comum na insuficiência crônica) → extravasamento de 
líquido por congestão (a perda de proteínas não é tão 
acentuada). 
 
 
CRÔNICA 
❖ Lesão crônica progressiva do fígado, que se desenvolve 
após anos ou décadas de doença. 
❖ Não é sinônimo de cirrose. Mais comum que a cirrose 
evolua para um processo de insuficiência hepática, mas a 
cirrose tem reversão (na maior parte das vezes) e na 
insuficiência o tratamento é transplante. 
❖ Mais frequente do que aguda. 
❖ Maior causa de mortes relacionadas a doenças hepáticas 
nos EUA. 
❖ Principais causas: hepatites B e C crônicas, doença 
hepática gordurosa não alcoólica e doença hepática 
alcoólica 
❖ Crônica agudizada: evento final de um paciente 
hepatopata crônico. Lesão aguda não relacionada se 
sobrepõe à doença de base crônica bem compensada 
(fígado doente), ou a própria doença se reativa 
repentinamente, levando à insuficiência hepática, 
podendo evoluir à óbito. 
❖ Muito associada à cirrose: transformação difusa do 
parênquima hepático em nódulos de regeneração 
circundados por septos fibrosos cicatriciais, com graus 
variados de shunts vasculares. Processos de cicatrização 
e de regeneração acontecendo juntos. A fibrose reduz o 
parênquima (puxa um espaço portal ao outro) e no meio 
dos septos fibrosos tem nódulos de regeneração que são 
hepatócitos normais que estão tentando remover o 
tecido cicatricial. 
 
5 Aline David – ATM 2025/B 
- Nem toda cirrose leva a insuficiência hepática crônica e 
nem toda doença hepática terminal leva à cirrose! 
- Cirrose não é sinônimo de doença hepática terminal – 
dependendo do grau de acometimento, pode regredir 
- Child-Pugh: classificação em A (bem compensada), B 
(parcialmente descompensada) e C (descompensada), 
que se correlaciona histologicamente com diferentes 
características morfológicas –ajuda a monitorar a 
evolução para a insuficiência hepática crônica 
❖ Child-Pughé classificação prognóstica, que se 
correlaciona bem com achados histológicos, conforme a 
evolução da cirrose 
 
- Não tem AST e ALT porque elas não se correlacionam bem com o 
aumento de lesão do fígado, porque elas começam a descer → tem 
que medir a função do fígado para a classificação prognóstica. 
- A→ 5 – 6 → cirrose leve bem compensada. 
- B → 7 – 9 → cirrose moderadamente compensada. 
- C → 10 ou mais → cirrose descompensada. 
- Também se correlaciona com mortalidade. A (90-100% vivos em 2 
anos); classe B (60% vivos), classe C (30% vivos) → bem 
correlacionado também com mortalidade. 
❖ Macroscopia: nódulos parenquimatosos cercados por 
faixas densas de cicatrização –grau de lesões varia muito. 
 
- Fígado pequeno com nódulos de regeneração e zonas de necrose. 
Cirrose micro nodular. 
- Paciente que tem mais ou menos nódulos não está correlacionado 
com o grau de cirrose que ele tem. O sinal clínico mais sensível é a 
encefalopatia (quanto mais amônia acumulada pior será a 
encefalopatia). 
❖ Microscopia: nódulos cirróticos circundados por faixas de 
colágeno espessas, que podem regredir (tornar-se mais 
finas, mais compactadas e, eventualmente, fragmentar); 
fígado não deixa de ser cirrótico, mas pode ter 
componentes de fibrose e de regressão concomitantes, 
se fator etiológico for tratado 
 
- Cirrose muito avançada. Nódulos de hepatócitos normais com 
depósito de colágeno muito importante no meio do parênquima. 
Processo que pode regredir, como na imagem seguinte. Cessa o 
fator agressor, reestabelece o parênquima, mas fica algumas 
sequelas (regride em uma parte). 
 
- Septos mais espessos indicam processos de doença. 
❖ Quadro clínico geralmente assintomático (40%) até 
estágios mais avançados de doença. 
❖ Quando sintomático, apresentam desde manifestações 
inespecíficas como anorexia, emagrecimento, fraqueza 
até sinais de insuficiência hepática. 
❖ Cirrose e insuficiência hepática crônica tem mais tempo 
para manifestações clínicas evoluírem. 
❖ Icterícia pode levar a prurido grave –prurigonodularis 
❖ Alterações no metabolismo do estrogênio levam a 
hiperestrogenismo e consequente eritema palmar, 
aranhas vasculares cutâneas, hipogonadismo e 
ginecomastia (homens) 
- Como tem capacidade de regeneração hormonal, a 
degradação de estrogênio depende muito do fígado, 
tendo consequências por hiperestrogenismo: aumento 
de propensão a trombose, ginecomastia proeminente 
(homens), eritema palmar, telangiectasias, 
hipogonadismo (redução testicular e atrofia de ovários – 
estéril), vários nódulos em consequência de coçaduras 
(prurido nodulares), hipertensão portal muito 
proeminente gerando muita ascite. 
 
 
❖ Hipertensão portal com suas principais consequências é 
muito associada à cirrose–ascite, esplenomegalia 
congestiva, varizes esofágicas e anais (hemorroidas), 
formação de derivações portos sistêmicas. 
 
 
6 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Cabeça de medusa → veia epigástrica superior se superdilata 
para compensar a falta da porta. 
Dilatação de vasos esofágicos e dilatação de vasos na região 
perianal (hemorroidas). Varizes de MMII também, mas não tem 
tanta repercussão clínica. 
 
- Baço aumenta de tamanho compensatoriamente à hipertensão 
portal. 
- Desnutrição por perda de albumina, pois o fígado é o principal 
produtor de síntese proteica. 
 
 
QUESTÕES 
Um homem de 60 anos de idade com histórico de 30 anos de 
consumo excessivo de álcool procurou seu médico por causa de 
hematêmese no dia anterior. No exame, ele apresentava ascite, 
icterícia leve e baço aumentado. Ele apresentava ginecomastia, 
telangiectasias cutâneas e atrofia testicular. O exame retal indicou 
hemorroidas proeminentes e próstata de tamanho normal. A 
endoscopia superior revelou vasos submucosos dilatados no 
esôfago. Foi realizada escleroterapia para controlar o sangramento. 
As análises laboratoriais indicaram proteína total de 5,8 g/dL; 
albumina de 3,4 g/dL; AST de 137 U/L; ALT de 108 U/L; fosfatase 
alcalina de 181 U/L; bilirrubina total de 5,4 mg/L; bilirrubina direta 
de 3 mg/dL; tempo de protrombinade 20 segundos (normal – não 
tem insuficiência hepática proeminente); amônia de 76 (xmol/dL; e 
hematócrito de 25%. Qual dos seguintes achados é a característica 
proeminente mais provável nesse fígado? 
a) Colestase 
b) Cirrose 
c) Hepatite 
d) Esteatose 
e) Nível de bilirrubina indireta significativamente elevado 
- Hematêmese (ruptura de vasos esofágicos). é uma das principais 
causas de descompensação de cirrose e de mortalidade. 
 
Uma mulher de 36 anos de idade permaneceu com icterícia durante 
1 mês. Nos últimos 3 anos, ela manifestou vários episódios de cólica 
e dor abdominal leve. No exame físico, ela apresentava icterícia 
generalizada e da esclera. Havia sensibilidade no quadrante 
superior direito e as dimensões do fígado estavam normais. Foi 
realizada uma biópsia hepática; o exame microscópico do espécime 
exibiu proliferação de duetos biliares e estase intracanalicular de 
bile, mas nenhuma inflamação ou necrose de hepatócitos. Qual dos 
seguintes achados laboratoriais mais provavelmente está presente 
nessa paciente? 
a) Anticorpos antimitocondriais significativamente elevados 
b) Anticorpo para a hepatite C positivo 
c) Nível de bilirrubina indireta significativamente elevado 
d) Nível de fosfatase alcalina elevado 
e) Nível de amônia sanguínea elevado 
- Lesão de canalículo: fosfatase alcalina e gama-GT. 
HEPATITES VIRAIS 
❖ O termo “hepatite” nem sempre se refere às hepatites 
virais, cuidado! 
- Corresponde também ao padrão histológico de lesão 
hepática neste e em outros distúrbios. 
HEPATITE A (HAV) 
❖ Doença benigna, muito comum em crianças (transmissão 
fecal-oral). Adultos geralmente pegam por alimentos e 
água contaminados. É autolimitada, com período de 
incubação de 2 a 6 semanas – taxa de fatalidade 0,1-0,3%; 
não causa insuficiência hepática aguda (mais comum que 
crônica) nem hepatite crônica. 
❖ Ocorre em todo o mundo, prevalente em regiões com 
condições de saneamento precárias, onde muitas 
pessoas possuem anticorpos anti-HAV detectáveis até os 
10 anos de idade. 
- Em países desenvolvidos, soropositividade aumenta 
conforme a idade (50% aos 50 anos nos EUA) → metade 
da população com menos de 50 anos já desenvolveu 
anticorpos e em algum momento teve contato. 
❖ Vírus de RNA envelopado; possui vacina eficaz para 
controle de surtos (contra capsídeos da proteína do 
envelope). Vacina dentro do quadro vacinal de infância. 
❖ Transmissão fecal-oral (soro e saliva pouco): ingerido por 
água e alimentos contaminados, eliminado nas fezes por 
2-3 semanas antes do quadro de icterícia até 1 semana 
após 
❖ Quadro clínico geralmente leve ou assintomático, muito 
mais comum em crianças; em adultos, pode causar 
quadro febril inespecífico, com fadiga e icterícia súbita e 
autolimitada associados. 
- Raramente precisa internar. 
❖ Anticorpos IgM anti-HAV surgem com o início dos 
sintomas –bom marcador de infecção aguda 
 
7 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Período de incubação: HAV nas férias. 
- Doença aguda: reduz HAV nas fezes. Aumenta anti-HAV IgM → 
doença aguda. 
- A partir de um momento para de ter produção de IgM e passa a 
ter IgG que permanecem para o resto da vida. 
HEPATITE B (HBV) 
❖ A grande maioria tem um quadro agudo, benigno e 
autolimitado. No entanto, a porcentagem de pacientes 
que adquirem insuficiência crônica é mais comum do que 
nas demais, principalmente casos verticais. Existe vacina 
eficaz efetiva no calendário vacinal. Recebe a primeira 
dose no dia do nascimento. 
❖ OMS estimou em 2015 que 1/3 da população mundial 
tenham evidência de infecção passada (AntiHBC +) ou 
presente de infecção pelo HBV; 257 milhões de 
portadores (HbSAg +). 
❖ Região das américas é a de menor prevalência (0,4-1,6%); 
na África, chega a 4,6 - 8,5%. 
❖ Modo de transmissão e prevalência de infectados varia 
geograficamente: 
- Regiões com alta prevalência: 90% dos casos são de 
transmissão perinatal 
- Regiões com prevalência intermediária: transmissão 
horizontal (especialmente na infância), através de 
pequenas lacerações de pele ou contato de mucosas 
- Regiões com baixa prevalência (Américas em geral): 
transmissão sexual (Brasil) e uso de drogas injetáveis 
(EUA). 
❖ Vacinação induz resposta protetora em 95% dos casos → 
mais do que o suficiente para reduzir muito a taxa de 
transmissão do vírus. 
❖ Período de incubação prolongado (1 a 4 meses); 70% dos 
adultos infectados são assintomáticos ou apresentam 
hepatite sem icterícia → aumento de transaminases 
transitório, sem repercutir na função do fígado (Sem 
aumento de bilirrubinas e sem icterícia) → (quadro leve). 
- 30% apresentam quadro inespecífico de fadiga, 
anorexia, dor em hipocôndrio direito e icterícia 
❖ Infecção aguda é autolimitada na maior parte, cede sem 
tratamento; doença crônica ocorre em 5-10% dos 
infectados; insuficiência hepática aguda é rara (0,1-0,5%). 
❖ Curso clínicos possíveis (frequências baseadas nos EUA): 
 
- Doença subclínica: sem sintomas (uma pequena taxa desses 
pacientes desenvolve doença crônica, logo, 99,7% se recuperam). 
- Hepatite aguda com repercução clínica (99,1 se recuperam e 
menos de 1% desenvolvem hepatite fulminante). 
- Hepatite crônica: pouquíssimos se recuperam (pode ter 
clareamento de HbSAg). 20-30% evoluem para cirrose e 2-3% faz 
carcinoma hepatocelular com ou sem o desenvolvimento de 
cirrose. Pacientes com cirrose e hepatocarcinoma evoluem para 
morte ou transplante hepático (insuficiência hepática). 
* pode aparecer carcinoma hepatocelular sem cirrose. 
❖ Infecções perinatais tornam-se crônicas em 90% dos 
casos; infecções na infância (2-5 anos), 20-50%; infecções 
em adultos, <5%. 
❖ Vírus de DNA dupla-hélice com envelope superficial 
externo, que codifica: 
- Proteína central do núcleo capsídeo (HBcAg, antígeno 
central da hepatite B → presente toda vez que o vírus 
está presente, a não ser que seja mutante pré-cor) e 
outra mais longa com porções central e pré-central 
(HBeAg, antígeno “e” da hepatite B → toda vez que tem 
replicação viral) 
- Glicoproteínas do envelope (HBsAg, antígeno de 
superfície da hepatite B), que é sintetizado e secretado 
também por hepatócitos infectados (vírus entra na célula 
e a célula produz HbSAg também → fica positivo logo). 
 
- Doença que recupera: fica positivo Anti-HBc total (IgG) e Anti-HBs. 
- Doença crônica: o vírus não sai do corpo, logo vai ter aumento de 
IgM, IgG até um certo ponto que não é suficiente para eliminar o 
vírus). Continua produzindo HBsAg, HBV-DNA e HBeAG. Pode existir 
Anti-HBe. 
- Exceção: Anti-HBs + e HbSAg +: infecção tão aguda que já começou 
a produzir Anti-HBS e os títulos de HBSAG caindo, mas não zeraram. 
Ou pode ser infecção crônica que tem HBSAG por muito tempo, 
tem anti-HBS, mas não são suficientes para eliminar o vírus do 
corpo. 
❖ Resultado da infecção depende principalmente da 
resposta imune do hospedeiro –resposta celular 
linfocitária (linfócitos T CD4+ e CD8+) 
- HBV não causa lesão hepatocitária direta, lesão ocorre 
por linfócitos T CD8+ 
❖ Cronicidade depende principalmente da idade no 
momento da infecção aguda (indiretamente 
proporcional) 
 
8 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Paciente que suspeita hepatite e não tem outras opções, mas tem 
anti-HBS positivo e HBSAG -, tem que pesquisar mutante pré-cor. 
Fazer PCR de vírus B e vem positivo. Paciente não expressão 
anticorpo de superfície, apenas contra o núcleo. 
HEPATITE C (HCV) 
❖ Importante causa de doença hepática no mundo, com 
aproximadamente 170 milhões de pessoas infectadas no 
mundo (menos do que HBV). Importante causa de 
cirrose. 
❖ Transmissão principal por agulhas contaminadas –risco 
é quase 6x maior do que transmissão de HIV. 
❖ Em crianças, principal transmissão é perinatal; ainda 
assim é muito menor do que transmissão de HBV 
❖ Vírus de RNA fita simples, envelopado, instável (possui 
vários genótipos e subtipos) 
- Instabilidade dificulta criação de vacinas eficazes; 
próprio anti-HCV IgG não confere imunidade efetiva. 
- Infecção crônica pode ser reativada tambémpor 
surgimento de nova cepa endógena → hepatite C é um 
dos critérios de não indicação de transplante. 
❖ Período de incubação de 4 a 26 semanas. 
❖ 85% dos indivíduos têm infecção aguda assintomática, 
curso clínico é mais brando do que na hepatite B e 
raramente evoluem com quadros indistinguíveis de HAV 
ou HBV. 
❖ Não se sabe por que apenas uma pequena minoria das 
pessoas é capaz de curar-se da infecção pelo HCV; 
infecção persistente e hepatite crônica são mais comuns 
(80-90%; 20% evoluem para cirrose) 
 
❖ Em mais de 90% dos casos o vírus continua circulando nos 
pacientes, a despeito da presença de anticorpos anti-
HCV, sendo necessária sua detecção direta por PCR 
❖ Podem ocorrer reativações com graus variados de lesão 
hepática e aumento de transaminases transitórios 
❖ Tratamentos são potencialmente curáveis, dependendo 
do genótipo da doença 
 
- O anti-HCV vai caindo ao longo dos anos, sem conferir imunidade. 
Está curado desse genótipo, mas pode ser reinfectável. 
- Na doença crônica o RNA do vírus vai ser detectável a longo prazo. 
Pode sofrer mutação dentro do próprio corpo do paciente. 
HEPATITE D (HDV OU DELTA) 
❖ Depende do HBV para seu ciclo de vida → África, Ásia. 
❖ Menos comum do que anteriores, prevalência estimada 
em 15 milhões de pessoas no mundo. 
- Prevalência não é associada aos locais de maior 
prevalência do HBV. 
❖ Infecção pode ocorrer de duas maneiras: 
- Coinfecção com HBV, quando a exposição é 
concomitante → história natural é semelhante à da 
hepatite B, com a maioria evoluindo para cura, mas existe 
uma maior taxa de insuficiência hepática aguda em 
usuários de drogas. 
- Superinfecção, quando um indivíduo portador crônico 
de HBV é exposto ao HDV → doença surge geralmente 
em 30 a 50 dias, com hepatite aguda grave e cronificação 
do HDV. 
❖ Vírus de RNA muito pequeno (menor de todos que infecta 
humanos), fita simples, duplamente revestido. 
- HBsAg envolve unidade chamada de antígeno delta 
(HDAg), única proteína produzida pelo vírus. 
❖ RNA do HDV é detectável no sangue e no fígado desde 
momentos antes até os primeiros dias de sintomas da 
doença aguda → depois é facilmente eliminado. 
- Anticorpo anti-HDV IgM é o mais confiável de exposição 
recente. 
HEPATITE E (HEV) 
❖ Transmissão pela água, principalmente em jovens e 
adultos de meia-idade. 
❖ Doença zoonótica, hospedeiros como porcos, gatos, 
cães, macacos. 
❖ Epidemias relatadas na Ásia, subcontinente indiano, 
África subsaariana, Oriente Médio, China e México –
muito incomum a ocorrência de casos esporádicos em 
outras localizações. 
❖ Alta taxa de mortalidade quando acomete gestantes 
(20%). 
- Raramente acontece insuficiência hepática aguda por 
HEV, mas pode ocorrer em gestantes. 
❖ Doença autolimitada na maior parte dos casos, não 
cronifica em indivíduos imunocompetentes. 
❖ Vírus de RNA fita simples, não envelopado 
❖ Sintomas começam simultaneamente ao aumento de 
anticorpos anti-HEV IgM 
- Vírus é eliminado nas fezes durante a fase aguda da 
infecção, mesmo um pouco antes de manifestações 
- Manifestações cedem em 2 a 4 semanas e anticorpos 
são substituídos por anti-HEV IgG persistentes 
 
 
❖ Após exposição ao vírus da hepatite (qualquer) pode 
ocorrer: 
- Infecção aguda assintomática com recuperação (cura) 
→ mais comum de todas. 
- Hepatite sintomática aguda com recuperação (cura), 
ictérica (perde função e recuperar depois) ou não (não 
perde função). 
- Hepatite crônica, com ou sem progressão para cirrose. 
- Insuficiência hepática aguda com necrose maciça ou 
submaciça. 
 
9 Aline David – ATM 2025/B 
 
 
❖ Principais diagnósticos diferenciais de hepatites virais: 
outras infecções bacterianas, parasitoses, vírus não 
hepatotrópicos (CMV, HIV), hepatite autoimune, hepatite 
medicamentosa. 
❖ Achados macro e microscópicos dos diferentes vírus das 
hepatites se sobrepõem, na maioria das vezes; hepatite 
medicamentosa e autoimune podem imitar. O que 
diferencia é se é aguda ou crônica. 
HEPATITE AGUDA 
❖ Macroscopia: hepatites agudas leves podem ser normais; 
necrose hepática maciça leva a redução acentuada do 
tamanho do órgão. 
❖ Microscopia: infiltrado linfoplasmocitário (mononuclear) 
muito mais proeminente na infecção crônica, padrão de 
hepatite lobular (lesão difusa), padrões de necrose e 
apoptose (já vistos) 
- Na hepatite aguda grave ocorre necrose confluente ao 
redor das veias centrais, onde permanecem restos 
celulares, sinais de inflamação local – casos mais graves 
podem exibir necrose em ponte central-portal (vai da 
veia central até a tríade portal), com colapso 
parenquimatoso ainda maior. 
- Eventualmente hepatite aguda grave não leva à morte 
ou à necessidade de transplante –fígado sobrevive com 
extensas cicatrizes, desenvolvendo cirrose pós-hepatite 
rapidamente 
 
- Fígado pequeno; 
 
Parênquima normal com alguns risquinhos no meio. 
 
10 Aline David – ATM 2025/B 
 
 
- Hepatite aguda com bastante necrose. 
 
- Citoplasma gigante, com bastante infiltrado linfocitário e corpos 
acidófilos. Os hepatócitos bem aumentados são chamados de 
hepatócitos em balão. 
 
- Bastante necrose. Região bem rosa → corpos acidófilos com 
tanta necrose que se transformaram em necrose submaciça. 
HEPATITE CRÔNICA 
❖ Macroscopia: fígado inicialmente aumentado de 
tamanho, posteriormente bastante reduzido, nodular 
❖ Microscopia: característica marcante é infiltrado 
mononuclear periportal, que pode variar de grau de um 
espaço portal a outro; ocorre também hepatite lobular e 
hepatite de interface (mais localizado no espaço ao redor 
das veias). 
- Cicatrização aparece com a progressão da doença, 
inicialmente nos tratos portais, posteriormente ligando 
uns aos outros → fazendo linhas de septos fibrosos. Pode 
reverter se o paciente se recuperar. 
- Concomitantemente, acontece o aumento da reação 
ductular 
 
 
- Micronódulos. 
 
❖ Algumas características são específicas de alguns vírus: 
hepatite B crônica faz hepatócitos com aspecto “em vidro 
fosco”, células com retículo endoplasmático preenchidos 
por HBsAg 
- Hepatite C normalmente mostra agregados ou folículos 
linfoides totalmente formados (semelhante a linfoma 
MALT); pode também mostrar esteatose 
(particularmente genótipo 3) e lesão de ducto biliar 
proeminente 
 
11 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Padrão de hepatite crônica para vírus de hepatite B (imuno-
histoquímica). Aspecto do citoplasma das células que fica em 
padrão vidro fosco manchado, diferente do normal que é 
pontilhado. Não é patognomônico, mas é bem sugestivo. Hepatite 
autoimune e algumas toxinas podem fazer um padrão parecido. 
 
- Folículo linfoide de uma biópsia de hepatite C crônica. Vários 
linfócitos pequenos formando um nódulo no meio de um 
parênquima hepático quase normal. Não é patognomônico, mas é 
bem característico. 
 
- Núcleos linfoides, com esteatose (vacuolizações). Nas hepatites 
virais é bem específico de hepatite C. 
 
- Padrão de cirrose com hepatite C crônica (sabe por que tá na 
lâmina), septos de fibrose, dividindo os septos nodulação. 
 
- Um septo conectando uma veia a outra. Hepatite C por conta da 
esteatose. 
 
 
- Tem infiltrado nuclear no espaço porta, mas não tanto quanto na 
hepatite crônica. 
- Menos padrão de colestase do que a hepatite crônica. 
 
12 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Infiltrado mononuclear ao redor do espaço porta que é 
importante para o processo de fibrose centrolobular. 
- Muito mais padrão de colestase do que a hepatite aguda. 
QUESTÕES 
Uma mulher de 58 anos de idade apresentou mal-estar, icterícia da 
esclera e perda de apetite crescentes nos últimos 6 meses. No 
exame físico, ela manifestava icterícia generalizada e da esclera. Ela 
apresentava uma sensibilidade leve no quadrante superior direito; 
o fígado estava com tamanho normal. Os exames laboratoriais 
mostraram bilirrubina sérica de 7,8 mg/dL, AST de 190 U/L, ALT de 
220 U/L e fosfatase alcalina de 26 U/L. Uma biópsia hepática foi 
realizada, e o exame microscópicoda amostra revelou necrose em 
"saca-bocado" (também é característico de hepatite crônica em 
geral) dos hepatócitos nas imediações da placa limitante, com 
fibrose em "ponte" (septal) e infiltrado mononuclear no trato 
portal. Esses achados são próprios de qual das seguintes 
condições? 
a) Infecção por HAV 
b) Carcinoma de mama metastático 
c)Infecção por HCV 
d) Hemocromatose 
e) Insuficiência cardíaca congestiva (padrão de congestão, não por 
fibrose e necrose – sem padrão de hepatite crônica). 
 
Após sentir mal-estar e apresentar icterícia crescente por 6 
semanas, um homem de 42 anos de idade procurou seu médico. 
No exame físico, foi detectada icterícia, mas não havia outro 
achado significativo. O resultado dos testes sorológicos foi positivos 
para HBsAg e IgM anti-HBc. Qual das seguintes afirmações é a mais 
provável de ser aplicada à doença desse paciente? 
a) A fonte da infecção foi uma transfusão de sangue feita há 1 mês 
b) A recuperação completa sem sequelas é mais provável 
c) Há um risco significativo de desenvolvimento de hepatite 
fulminante 
d) Há um risco significativo de desenvolvimento de carcinoma 
hepatocelular 
e) Os resultados de todos os testes sorológicos serão negativos no 
período de 1 ano 
DOENÇA HEPATICA ALCOÓLICA 
❖ Consumo excessivo de álcool é a principal causa de 
doença hepática na maioria dos países ocidentais. 
❖ Álcool é responsável por 3,8% das mortes em todo o 
mundo (oitavo maior fator de risco para morte). 
❖ Consumo de álcool que aumenta risco geral de saúde, 
segundo a NIAAA (National Institute on Alcohol Abuse 
and Alcoholism): 
- Homens < 65 anos → mais de 14 doses por semana em 
média, mais de 4 doses em qualquer dia 
- Mulheres e adultos>65 anos → mais de 7 doses por 
semana em média, mais de 3 doses em qualquer dia → 
mulheres tem mais propensão a efeitos prejudiciais por 
álcool do que homens. 
- DOSE: cerveja (5%) = 350ml, uísque/vodka (40%) = 45ml, 
cachaça (50%) = 35ml, vinho (12%) = 150ml 
❖ 3 formas de lesão hepática alcoólica: esteatose 
hepatocelular, hepatite alcoólica (esteato-hepatite) e 
esteato fibrose, que se soma à cirrose nos estágios 
tardios da doença 
- Cirrose se desenvolve somente em alguns etilistas 
crônicos, por motivos desconhecidos 
 
- Pode ter diversos estágios de lesão, mas é levado em consideração 
a apresentação de maior gravidade para classificar. 
- Esteatose: processo inicial, bastante reversível e bastante comum. 
Conforme entra em abstinência volta em arquitetura normal. Final 
de semana de abuso já é o suficiente para o fígado fazer um grau 
de esteatose, mas que se reverte com a abstinência. Processo mais 
comum em pacientes etilistas crônicos (todos os dias têm acúmulo 
de gordura que não chega a fazer inflamação → hepatite). 
Eventualmente se o paciente que já tem acúmulo abusar da bebida, 
pode ter um quadro de hepatite nos hepatócitos, destruindo mais 
uma parte (se parar de beber o fígado volta ao normal e se 
continuar bebendo pode levar a cirrose ou esteatose). 
- Hepatite: processo mais danoso para o fígado, tem reversão mas 
pode ficar graus de sequelas, visto que pode haver necrose junto. 
Aumento de bilirrubinas e de icterícia. Alterações com corpúsculo 
de Malory + alteração gordurosa. 
- Tanto a esteatose quanto a hepatite podem levar a esteatofibrose 
(cirrose). Quando chega nesse estágio não volta mais a ser 
esteatose ou hepatite, pode regredir, mas não reverte 
completamente → nunca vai deixar de ser um fígado cirrótico. 
- Não ocorre apenas por álcool. 
- Não é apenas etilista crônico que vai fazer cirrose. São pouco os 
pacientes que bebem todos os dias que vão fazer processo de 
cirrose (fatores genéticos e exposicionais do paciente que 
predispõe a fibrose). 
- Hepatite alcoólica faz hepatomegalia súbita e pode ser dolorosa. 
ESTEATOSE HEPÁTICA 
 
13 Aline David – ATM 2025/B 
❖ Após consumo moderado a severo de álcool ocorre o 
acúmulo de gotículas lipídicas nos hepatócitos, que 
aumentam gradualmente com a quantidade e a 
cronicidade da ingestão de álcool 
❖ Alterações gordurosas são completamente reversíveis se 
houver abstinência alcoólica 
❖ Macroscopia: fígado gorduroso em etilistas crônicos é 
grande e macio (podendo pesar até 4-6kg), amarelo, com 
aspecto lubrificado 
❖ Microscopia: gotas de lipídio começam pequenas e 
coalescem, distendendo o hepatócito e empurrando o 
núcleo para a periferia 
 
- Veia central, hepatócitos ao redor com muita gordura. Pretinho 
na periferia dos vacúolos (núcleo bem achatado). 
HEPATITE ALCOÓLICA (ESTEATO -HEPATITE) 
❖ Focos de tumefação (resultando de acúmulo de água, 
gordura e proteínas → lesão inflamatória) e necrose de 
hepatócitos. 
❖ Corpos de Mallory-Denk: material eosinofílico, amorfo, 
acumulado em hepatócitos balonizados, compostos por 
filamentos intermediários, como queratina 8 e 18. 
❖ Não são específicas, podem aparecer na doença hepática 
gordurosa não alcoólica, Doença de Wilson, etc. 
❖ Reação neutrofílica: neutrófilos se acumulam ao redor 
dos hepatócitos em degeneração, particularmente os 
que possuem corpos de Mallory-Denk 
 
- Os hepatócitos vão necrosar → citoplasma e núcleo 
aumentado e mais pigmentado. 
 
- Acúmulos de gordura, mas com resquícios de citoplasma junto 
(corpúsculo de Mallory). Queratina fazem com que eles fiquem 
aglomerados. 
ESTEATOFIBROSE ALCOÓLICA 
❖ Ativação de células estreladas dos sinusoides e 
fibroblastos portais → fibrose 
❖ Processo inicia ao redor das veias centrais, se espalhando 
pelo espaço de Disse, formando padrão de “cerca de tela 
de arame” 
❖ Teias de fibrose chegam até espaço portal e inicia o 
processo de condensação dos septos fibrosos centrais-
portais 
❖ Com a formação de nódulos, está estabelecida a cirrose 
→ cirrose micronodular 
❖ Estágios iniciais de cicatrização podem regredir com a 
abstinência alcoólica, mas fibrose estabelecida em fígado 
já cirrótico com comprometimento vascular não é capaz 
de restauração completa 
 
- Superfície brilhante e amarelado. 
 
- Ativação de células estreladas que vão fazer o depósito de 
fibrose. Rosinha são nódulos de regeneração → “cerca de tela de 
arame”. 
❖ Ingestão de aproximadamente 80g de álcool durante um 
a vários dias geralmente leva a esteatose hepática leve e 
reversível. 
 
14 Aline David – ATM 2025/B 
❖ Apenas 10-15% dos etilistas crônicos desenvolvem 
cirrose. 
- Fatores como genética, sexo feminino, etnia 
afrodescendente, comorbidades tem papel importante. 
❖ Quadro clínico: 
- AST (TGO) > ALT (TGP) na proporção 2:1 ou maior → 
marca bem sugestiva de etilismo. Hepatites virais tem 
aumento semelhante das duas ou TGP aumenta mais do 
que TGO. 
- Esteatose pode levar a hepatomegalia, incomum levar a 
disfunção severa 
- Hepatite alcoólica tende a se apresentar de maneira 
aguda, geralmente após episódio de ingesta intensa de 
álcool 
• Manifestações podem ser mínimas até se 
assemelhar às da insuficiência hepática aguda, 
geralmente apresentando mal-estar, 
hepatomegalia dolorosa, hiperbilirrubinemia 
• Prognóstico imprevisível, cada surto acarreta 
um risco de morte de ~10-20% 
- Cirrose alcoólica tem manifestações semelhantes às 
outras formas de cirrose. 
DOENÇA HEPÁTICA METABÓLICA 
❖ Doenças hereditárias e adquiridas diversas 
❖ Hereditárias: hemocromatose (ferro), doença de Wilson 
(cobre), deficiência de α1-antitripsina (mesma que 
aumenta o risco de fazer enfisema pulmonar) e outras. 
Para diferenciar uma da outra na patologia é feito 
colorações diferentes. 
DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA 
(DHGNA OU NAFLD) 
❖ Espectro de distúrbios que possuem esteatose hepática 
em comum, sem consumo de álcool prejudicial associado 
(<20g/semana) → se tiver consumo de 20g por semana 
não vai ser atribuído a outros motivos e sim ao álcool. 
❖ Causa mais comum de hepatopatia crônica nos EUA. 
❖ Síndrome metabólica é uma síndrome clínica que 
caracteriza paciente obeso, diabético e que tem uma 
disfunção orgânica que propicia acúmulo de gordura no 
corpo. Esteatose entraentre essas doenças. Síndrome 
metabólica é um conjunto de fatores de risco. 
❖ Esteato-hepatite não alcoólica (EHNA ou NASH) é usado 
para denominar alterações histológicas → não é a doença 
em si. 
❖ Esteatose patológica é definida como a que acomete mais 
de 5% dos hepatócitos 
❖ Ocorre acúmulo de gotas lipídicas, especialmente 
triglicerídeos, semelhante à doença alcoólica 
❖ AST e ALT estão persistentemente pouco elevadas (casa 
dos 100 sempre). 
- Paciente obeso que dosa TGO e TGP e está aumentado, 
tem que pedir exame de imagem, pois pode estar com 
esteato-hepatite. 
❖ EHNA se assemelha à hepatite alcoólica em suas 
características histológicas, exceto pela predominância 
de infiltrado mononuclear (ao invés de neutrófilos) e 
corpos de Mallory-Denk menos proeminentes 
❖ Progressão é semelhante à da doença alcoólica, com 
fibrose portal mais proeminente 
❖ Cirrose pode ser subclínica inicialmente, com 
desenvolvimento de sintomas tardios 
 
- Vacúolos bem grandes que empurram os núcleos para a 
periferia. O principal componente dessa gordura é triglicerídeo. 
 
- Grau de fibrose periportal, com grau de septo fibroso, que é a 
evolução caso o paciente não tenha mudança de estilo de vida. 
 
❖ Maioria dos pacientes com esteatose simples é 
assintomática → síndrome metabólica, DM. 
❖ Exames de imagem (US de abdome) podem demonstrar 
acúmulo de gordura no fígado, mas somente biópsia 
pode confirmar diagnóstico e identificar grau de 
cicatrização. 
❖ Tratamento visa reverter esteatose e prevenir cirrose. 
 
15 Aline David – ATM 2025/B 
NÓDULOS E TUMORES 
❖ Hiperplasias nodulares (mais comum – difusa) e 
hiperplasias inflamatórias. 
HIPERPLASIA NODULAR FOCAL 
❖ Nódulo solitário em fígados não cirróticos, mais comum 
em adultos jovens ou de meia-idade. 
❖ Alteração focal sanguínea com obliteração de ramos da 
veia porta e aumento compensatório do suprimento 
arterial. A obstrução parcial de vascularização, faz um 
processo cicatricacial isolado ao redor do ramo da veia 
porta e tem um aumento de vascularização de outros 
vasos. Essa cicatriz é muito vascularizada por vasos 
arteriais (sangra). 
❖ Macroscopia: nódulo bem demarcado, mal encapsulado, 
que pode chegar até vários centímetros de diâmetro, 
mais clara em relação ao parênquima hepático adjacente 
(pode ser amarelada, indicando esteatose), com cicatriz 
estrelada central, cinza esbranquiçada, deprimida, com 
septos fibrosos centrífugos 
❖ Microscopia: cicatriz contendo grandes vasos, em geral 
arteriais, com hiperplasia fibromuscular; septos 
irradiantes com reações ductularesvariáveis, com 
parênquima entremeado normal 
 
- Nódulo bem delimitado em formato estrelado, podendo variar 
de tamanho, sendo em geral 1-2cm, bem clarinho e com septos 
fibrosos centrífugos (saem de dentro para fora). 
 
-Aspecto de cicatriz com vários vasos. Com alguns septos 
irradiantes. 
TUMORES BENIGNOS 
HEMANGIOMAS 
❖ Cavernosos são os tumores benignos mais comuns do 
fígado. 
❖ Principal importância clínica é diagnóstico diferencial 
com metástases – podem ser confundidos 
radiologicamente, necessitam acompanhamento. 
 
 
ADENOMAS 
❖ Neoplasias benignas desenvolvidas a partir de 
hepatócitos. 
❖ Tem 3 tipos, sendo que dois deles são mais propensos de 
acontecer. Se aumentar de tamanho deve ser tirado. 
❖ Uso de anticoncepcionais orais (prolongado, ricos em 
estrogênio) e esteroides anabolizantes são fatores de 
risco. 
- Se tumor irressecável ou cirurgia não for recomendada, 
interrupção na exposição hormonal leva à regressão. 
- Geralmente o adenoma regride, mas a principal 
preocupação é o sangramento. 
- Adenoma em mulher que usa estrogênio e que pretende 
engravidar, sempre deve ser pensado em remoção. 
❖ Podem ser achados ocasional de exames de imagem, 
podem causar dor abdominal por crescimento rápido, 
comprimindo a cápsula do fígado 
❖ Lesões podem romper, causando hemorragia intra-
abdominal → emergência cirúrgica! 
- Em gestantes, adenomas subcapsulares tendem a 
romper 
❖ 3 subtipos, cada um com risco diferente de malignização 
 
 
16 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Arquitetura semelhante com arquitetura normal, só com 
hiperplasia de vasos, mas sem grandes alterações de arquitetura. 
TUMORES MALIGNOS 
❖ Maioria é metástase (cólon, mama, pulmão, pâncreas) → 
pode vir de qualquer porque o fígado faz todo o retorno 
intra-abdominal de todos os órgãos do corpo. 
❖ Entre os primários do fígado, carcinoma originado nos 
hepatócitos (hepatocelular) é o mais comum; originado 
nos ductos biliares (colangiocarcinoma) é muito menos 
comum. 
❖ Hepatoblastoma: lesão maligna mais comum em 
crianças, primário do fígado. 
CARCINOMA HEPATOCELULAR (CHC) 
❖ Neoplasia maligna primária mais comum do fígado 
❖ Mais de 85% dos casos no mundo estão associados a 
países com altas taxas de infecção pelo HBV (Ásia e África 
subsaariana, onde HBV é transmitido verticalmente); 
nem sempre associado a cirrose. 
- Em países ocidentais está mais associado à infecção pelo 
HCV, raramente antes dos 60 anos, 90% dos casos já com 
cirrose estabelecida. 
❖ Em termos de comparação o HBV leva a muito mais 
carcinoma pela prevalência. 
❖ Mais comum em homens 
❖ Doenças hepáticas crônicas já estão frequentemente 
estabelecidas em pacientes que desenvolvem CHC, 
embora cirrose não seja lesão pré-maligna e não seja 
necessária para carcinogênese 
 
❖ Fatores mais envolvidos na carcinogênese são as 
infecções virais e as lesões tóxicas (álcool) 
❖ Existem algumas lesões precursoras → não é o mais 
comum. 
❖ Podem ocorrer metástases intra-hepáticas, quando 
nódulo primário atinge >3cm 
❖ Pode gerar metástases à distância (hematogênicas) 
principalmente em pulmões. 
- Hematogênicas são mais comuns do que linfáticas. 
❖ Quadro clínico: em geral é inespecífico (dor abdominal, 
fadiga, perda de peso), paciente já apresenta sintomas 
decorrentes de hepatopatia crônica na maioria das vezes. 
❖ Nódulos suspeitos tem características específicas em 
exames de imagem → TC e RM com wash out → fase 
arterial tem grande influxo e na fase venosa é o primeiro 
a perder o contraste. 
 
 
 
❖ Macroscopia: 3 formas de apresentação principais – 
massa unifocal (geralmente grande), nódulos multifocais 
de tamanho variado, câncer difusamente infiltrativo 
❖ Hepatomegalia ocorre em geral, tumores geralmente 
tem coloração pálida, amarelada ou esverdeada 
❖ Microscopia: podem ser lesões bem diferenciadas até 
completamente anaplásicas; quando bem diferenciados, 
podem exibir alterações apenas estruturais 
 
- Lesão grande e expansiva com coloração mais amarelada em 
relação ao parênquima normal, sendo ela única (mais comum), 
mas pode ser múltiplas nódulos ou infiltração difusa sem 
nodulação. Pode fazer hepatomegalia, mas por metástases a 
hepatomegalia é mais importante. 
 
 
17 Aline David – ATM 2025/B 
- Tumores bem diferenciados, com hepatócitos normais, mas 
perde a arquitetura de sinusoides. 
QUESTÕES 
Após um episódio de consumo exagerado de bebidas alcoólicas em 
um fim de semana, um homem de 38 anos de idade sentia-se 
enjoado com náusea, dor abdominal superior e icterícia. No exame 
físico, havia sensibilidade no quadrante superior direito. As análises 
laboratoriais indicaram contagem de leucócitos total de 
16.120/mm3, com 82% de neutrófilos segmentados, 8% de 
bastonetes, 8% de linfócitos e 2% de monócitos. A bilirrubina total 
sérica era de 4,9 mg/dL; AST de 542 U/L; ALT de 550 U/L; e fosfatase 
alcalina de 118 U/L. Foi realizada uma biópsia hepática; o aspecto 
microscópico da amostra é exibido na figura. Qual dos seguintes 
termos melhor descreve tais achados? 
a) Apoptose 
b) Congestão centrolobular 
c) Carcinoma hepatocelular 
d) Corpos de Mallory 
e) Deposição de hemossiderina 
 
 
Um homem de 61 anos de idade apresentou ascite no último ano. 
Após uma paracentese com remoção de 1 L de um líquido 
serossanguinolento, levemente turvo, o exame físico exibiu ofígado firme e nodular. Os resultados das análises laboratoriais 
foram positivos para HBsAg sérico e anti-HBc. Ele apresentava nível 
elevado de alfafetoproteína sérica (marcador que pode elevar em 
hepatocarcinoma – não é utilizada como rastreamento, pois é 
pequena a porcentagem de tumores que vão aumentar ela, mas é 
utilizada como prognóstico. Se for baixa não serve muito, mas se 
for alta serve para monitorar o tratamento – ao retirar o tumor e 
fazer quimio espera-se que ela baixe gradualmente. Se ela baixar e 
subir pode ter recidiva ou metástases). Qual das seguintes lesões 
hepáticas mais provavelmente está presente? 
a) Carcinoma hepatocelular 
b) Necrose significativa dos hepatócitos 
c) Esteatose acentuada 
d) Doença de Wilson 
e) Hepatite autoimune 
 
Uma mulher previamente saudável de 41 anos de idade sofria com 
desconforto abdominal há 1 mês. No exame físico, ela estava febril. 
Suas fezes não apresentavam sangue oculto. As análises 
laboratoriais indicaram resultado normal para proteína sérica total, 
albumina, AST, ALT e bilirrubina, mas níveis elevados de fosfatase 
alcalina. Os testes sorológicos para as hepatites virais A, B e C foram 
negativos. A TC abdominal evidenciou uma massa de 9cm no lobo 
hepático direito com bordas irregulares. A lesão foi retirada e exibiu 
uma cicatriz central grosseira em forma de estrela com septos 
fibrosos que se irradiavam no parênquima hepático circundante. 
No exame microscópico, a massa apresentava artérias 
proeminentes em um tecido conjuntivo denso juntamente com 
infiltrado linfocíticoe proliferação de ductos biliares. Qual é o 
diagnóstico mais provável? 
a) Colangiocarcinoma 
b) Hiperplasia nodular focal 
c) Adenoma hepático 
d) Carcinoma hepatocelular 
e) Cirrose macronodular

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