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Prova Delegado (Anulada) + Gabarito

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Número de inscrição: 90022654 Sala: 00198 Sequencial: 010/60 
 
CEBRASPE – PC/RJ – Edital: 2021 . 
• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas 
marcações use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção das suas respostas. 
• Nas questões que compõem sua prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética: ... seguida de 
Assertiva: ..., os dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados como premissa para o julgamento da 
assertiva proposta. 
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova poderão 
ser utilizados para rascunho. 
-- PROVA OBJETIVA PRELIMINAR -- 
DELEGADO DE POLÍCIA 1 
 
Direito Penal 
 Questão 1 
Nessa situação, à luz dos dispositivos do Código Penal (CP) e da 
Lei n.º 11.340/2006, que dispõe sobre violência doméstica e 
familiar contra mulher, roberto responderá pelo crime de 
 perseguição, com aumento da pena pelo fato de o crime ter 
sido praticado contra mulher e motivado pela condição de 
sexo feminino. 
 perseguição, com aumento da pena pelo fato de o crime ter 
sido cometido em rede social da rede mundial de 
computadores. 
 violência psicológica, com aumento da pena pelo fato de o 
crime ter sido praticado contra mulher e motivado pela 
condição de sexo feminino. 
 violência psicológica, sem a incidência de nenhuma 
majorante. 
 violência psicológica, com aumento da pena pelo fato de o 
crime ter sido cometido em rede social da rede mundial de 
computadores. 
Espaço livre 
 Questão 2 
Durante um plantão em certa delegacia de polícia, policiais 
militares apresentaram ao delegado os seguintes itens, por eles 
apreendido; dois invólucros contendo cocaína e uma carteira 
contendo dinheiro e documentos. Narraram os policiais que um 
homem fora flagrado usando a droga, mas correu ao perceber a 
presença da guarnição, abandonando os dois invólucros, além da 
referida carteira. Assim, o delegado formalizou a apreensão e 
instaurou procedimento investigativo. No plantão seguinte, o 
delegado recebeu em sua sala os mesmos policiais, as quais 
afirmaram ter identificado a pessoa que portava a droga para 
consumo pessoal: o adolescente Caio, com quatorze anos de 
identidade. Identificando o proprietário da carteira, este também 
compareceu à delegacia, onde afirmou que fora roubado por Caio 
no mesmo dia em que os policiais recuperaram sua carteira. Dada 
a dificuldade em localizar Caio, o procedimento permaneceu em 
curso por quatro anos e meio, quando, finalmente, ocorreu a 
colheita das declarações de Caio, agora um adulto com dezoito 
anos de idade. Caio, assistido por seu advogado, confessou a 
prática de atos infracionais análogos aos previstos nos art.157 
caput (subtrair coisa alheia móvel), do Código Penal e art. 28 da 
Lei n.º 11.343/2006 (drogas). 
Nessa situação hipotética, conforme a jurisprudência do STJ, 
 não houve prescrição, pois as regras sobre a extinção da 
punibilidade pelo decurso do tempo não se aplicam ao ato 
infracional, em razão de seu caráter educativo. 
 os atos infracionais tipificados na referida lei e no CP estão 
prescritos, pois, quando praticados por adolescente 
prescrevem em um não e em quatro anos respectivamente. 
 os atos infracionais estão prescritos, pois, quando praticado 
por adolescente, ambos prescrevem quatro anos. 
 o ato infracional análogo ao crime previsto no CP não 
prescrito, pois sua prescrição ocorre em oito anos, mas o ato 
infracional análogo ao previsto na lei em apreço esta, já 
ultrapassado o prazo de um ano. 
 o ato infracional análogo ao crime previsto no CP não está 
prescrito, contudo não poderá ser imposta medida 
socioeducativa porque Caio completou a maioridade penal. 
Roberto, inconformado com o pedido de separação de sua 
ex-companheira e suspeitando de ela ter-se envolvido 
afetivamente com outra pessoa, passou a segui-la diariamente no 
trajeto entre o trabalho e a residência dela e a monitorar suas 
redes sociais, inclusive adicionando seus novos contatos e 
fazendo repetitivos comentários em suas publicações, como 
forma de insinuar que ainda estavam juntos. 
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CEBRASPE – PC/RJ – Edital: 2021 . 
DELEGADO DE POLÍCIA 2 
 Questão 3 
Rafael executava para a prefeitura serviço de desassoreamento 
de um canal que liga a lagoa local ao mar. Para tanto, manobrava 
um trato na areia da praia, que é liberada à circulação pública. 
Por ter ingerido algumas latas de cerveja durante o almoço 
encontrando-se com a capacidade psicomotora alterada, Rafael 
cometeu erro durante o deslocamento do veículo e atropelou um 
banhista que estava sentado na areia. O banhista foi levado ao 
hospital, onde se constatou o risco iminente de morte. Rafael, 
que nunca se envolvera em uma ocorrência do tipo e não cogitara 
sua ocorrência, lamentou-se pelo corrido, razão pela qual 
concordou em ser submetido ao teste de ar alveolar mediante o 
uso de etilômetro. Em prova e contraprova, constatou-se a 
presença de 6 dg/L de sangue, após aplicada a tabela de 
conversão, o que comprovou a embriaguez em estágio inicial, 
reafirmada em exame clínico por um perito da polícia civil. Após 
uma semana hospitalizado, o banhista atingido teve alta médica, 
recuperando-se integralmente. 
Nessa situação hipotética, conforme o Código Penal (CP) e o 
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), Rafael poderá ser 
responsabilizado pelo crime de 
 lesão corporal de natureza grave, previsto no CP, em 
concurso com o crime de embriaguez ao volante, previsto no 
CTB 
 lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, 
qualificada pela influência de álcool, conforme CTB. 
 lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e 
crime de embriaguez ao volante em concurso, ambos 
previstos no CTB. 
 lesão corporal culposa, previsto no CP, sem incidência do 
CTB. 
 lesão corporal culposa de natureza grave, previsto no CP, sem 
incidência do CTB. 
 Questão 4 
No âmbito dos crimes omissivos impróprios, a responsabilização 
penal do agente garantidor decorre da avaliação de uma série de 
pressupostos, ainda mais quando, à luz da teoria da imputação 
objetiva, verifica-se a necessidade de imputação do resultado. A 
respeito dos pressupostos que autorizam a responsabilização no 
contexto proposto, assinale a opção correta. 
 Ingerência é uma causação de risco anterior, não por sua 
criação original, mas pela transformação de um perigo 
preexistente, que impõe ao autor o dever de atuar para 
impedir a ocorrência do resultado lesivo pelo qual poderá ser 
responsabilizado em caso de não evitação. 
 Em tema de imputação objetiva, a existência de um risco não 
permitido é suficiente para implantação, pois, em se tratando 
de crime omissivo não há necessidade de demonstrar o 
desdobramento do risco não permitido no resultado já que a 
omissão não o provoca. 
 Se adota a teoria da diminuição do risco, a imputação do 
resultado e a consectária responsabilização dependerão do 
conhecimento de uma ação esperada e omitida, em um juízo 
de probabilidade próximo da certeza, impediria a ocorrência 
do resultado. 
 A omissão é penalmente relevante quando frustra 
expectativas com significação social, ou positivados em 
normas jurídicas - penais ou extrapenais -, pois a 
determinação do dever de agir, para além da mera 
complementação de normas penais em branco, deriva da 
autonomia das esferas jurídicas. 
 Ao lado da capacidade física de ação, impõe-se o 
reconhecimento da cognoscibilidade do contexto fático em 
que a ação é esperada, interpretada como a consciência 
efetiva e atuação do contexto que obriga a ação hora com a 
consciência potencial. 
 Questão 5 
A teoria do bem jurídico penal sofreu intensa reformulação após 
a Segunda Guerra Mundial, buscando a limitação do poder 
punitivo por meiode um paradigma racional calcado na 
Constituição. A evolução histórica da teoria, contudo, sempre foi 
inspirada por diversos movimentos de política criminal, nem 
sempre voltados a propósitos limitadores, mas que ajudam a 
entender o seu atual estágio. Nesse sentido, à luz da evolução 
histórica da legitimação da intervenção penal, assinale a opção 
correta acerca da teoria do bem jurídico e de sua aplicação. 
 A teoria do bem jurídico difere da concepção anglo-saxã do 
harm principle, a qual igualmente busca estabelecer limites e 
justificativas para a intervenção penal, todavia não faz com 
base em um conceito de bem jurídico. 
 O nacional-socialismo alemão, entre 1933 e 1945, buscava a 
legitimação para a intervenção penal no "sentimento do povo 
alemão", punindo como crimes infrações administrativas, 
naquilo que à época se denominou "administrativização do 
Direito Penal". 
 A incriminação da provocação de sentimentos negativos - 
como ocorre no crime de maus-tratos contra animais - é, 
segundo os adeptos de uma visão constitucionalista do Bem 
jurídico, uma exigência do Direito Penal nas sociedades pós-
industriais, focada nos sentimentos individuais. 
 Surgiu, na contemporaneidade, a ideia do crime como um 
evento lesivo a direito subjetivos - os denominados bens 
jurídicos -, rompendo-se com a tradição do início do século 
XX, quem entendia o crime como o mero descumprimento de 
um dever. 
 A atual formulação da teoria do bem jurídico exige que as 
imoralidades constituem por si só o cerne da legitimação de 
tipos penais incriminadores, razão pela qual surge como 
imperativa a punição a condutas sexuais desenhadas como a 
sodomia e o incesto. 
 Questão 6 
Após auditoria interna constatar violações éticas, João diretor de 
uma OSCIP que recebe verbas estaduais, acessou e-mail 
corporativos de trabalhadores da pessoa jurídica, hospedados em 
uma plataforma da própria empresa, onde há o alerta de que a 
ferramenta de trabalho não pode ser usada para fins particulares. 
Constatando, pela leitura, possíveis irregularidades no emprego 
das verbas, João decidiu investigar-las. Assim, obrigou os 
trabalhadores suspeitos a manterem-se em uma sala separada, 
embora aberta, instruindo um subordinado a não permitir que 
eles deixassem o local antes de serem ouvidos pela direção. Após 
6 horas isolados na referida sala, os trabalhadores iniciaram o 
protesto, afirmando que precisavam almoçar. Sem saber como 
proceder, ou subordinado contratou o nome, autorizou a saída de 
todos, com compromisso de eles retornarem em uma hora. 
Inconformados, os colaboradores deixaram local e foram à 
delegacia de polícia da área. 
Considerando-se apenas as informações contidas nessa situação 
hipotética é correto afirmar que, de acordo com a jurisprudência 
dos tribunais superiores, João 
 não praticou o crime. 
 praticou o crime de violação de correspondência. 
 praticou o crime de abuso de autoridade. 
 praticou o crime de constrangimento ilegal. 
 praticou o crime de cárcere privado. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 3 
 Questão 7 
Romeu vírgula com 50 anos idade, é padrasto de Érica, com 18 
anos, e filho de Dalva vírgula com 70 anos . Ao deixar a casa em 
que sua mãe convive com Romeo por discordar do 
relacionamento amoroso mantido pela genitora, Érica decidiu 
alugar um apartamento e morar sozinha. A fim de ornamentar o 
imóvel de Érica, Dalva cedeu a esta, incomodado um valioso 
quadro de sua propriedade poucas semanas depois, da uva 
morreu. O único herdeiro da falecida é Romeu ponto iniciado o 
inventário, Romeu descobriu que, entre a morte da idosa e o 
início do inventário, Érica vendeu o quadro a posição do 
integralmente da quantia recebida. 
Considerando-se apenas as informações apresentadas nessa 
situação hipotética, é correto afirmar que Érica 
 será responsabilizada por furto de coisa comum. 
 será responsabilizada por estelionato. 
 será responsabilizada por apropriação indébita. 
 não será sancionada, pois é beneficiada por escusa 
absolutória. 
 será responsabilizado por furto. 
 Questão 8 
A luz da Lei n.º 11.340/2006 quem estabelece mecanismos para 
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, julgue 
os itens que se seguem. 
I Não incidem os princípios da insignificância e da bagatela 
imprópria aos crimes praticados mediante violência ou grave 
ameaça contra a mulher no âmbito das relações domésticas 
dada a relevância penal da conduta, salvo se o casal se 
reconciliar após o episódio da violência. 
II Para a caracterização da violência tratada nos dispositivos da 
chamada Lei Maria da Penha, não é necessário que o 
agressor coabite com a vítima, cabendo aplicá-la se existir 
relação íntima de afeto familiar entre agressor e vítima. 
III É possível a caracterização de violência doméstica e familiar 
nas relações entre filhas e mãe, desde que os fatos tenham 
sido praticados em razão da relação de intimidade e afeto. 
IV A ausência de contemporaneidade entre o delito de injúria e 
o casamento do sensor com a vítima impede a incidência da 
Lei Maria da Penha, sendo relevante o tempo de dissolução 
do vínculo. 
V Aos delitos sujeitos ao rito da lei em apreço não se aplicam 
a suspensão condicional do processo e a transação penal pois 
é proibida a concessão de benefícios da Lei dos Juizados 
Especiais. 
Assinale a opção correta. 
 Apenas os itens I, II e IV estão certos. 
 Apenas os itens I, III e V estão certos. 
 Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
 Apenas os itens II, III e V estão certos. 
 Todos os itens estão certos. 
 Questão 9 
A respeito dos crimes contra administração pública, assinale a 
opção correta de acordo com o Código Penal. 
 O agente que na qualidade de empregado de empresa pública, 
promover, em seu favor, mantidos em contas bancárias 
vinculadas a programa assistencial, sobre os quais detém a 
posse em razão de seu ofício, cometerá o crime de peculato-
furto. 
 Funcionário de receber dinheiro ou outro valor de particular 
e, sem autorização legal, aplicá-lo na própria repartição, 
ainda que para a melhoria do serviço público, cometerá o 
crime de peculato-desvio. 
 Particular que, a pretexto de influir em ato praticado por 
funcionário público no exercício da função, solicitar 
vantagem económica, afirmando que metade do valor 
reverterá em proveito do próprio funcionário, cometerá o 
crime de tráfico de influência, ainda que atue em comunhão 
de vontades e de acordo com o servidor público. 
 Responderá pelo crime de condescendência criminosa o 
funcionário público que deixar de responsabilizar agente que 
cometer uma infração, ainda que não detenha competência 
para puni-lo e não tenha o dever de comunicar a falta a quem 
de direito. 
 O delegado de polícia que retardar o indiciamento de um 
amigo, por saber que na semana posterior este tomará posse 
em cargo que lhe conferirá foro por prerrogativa de função, e 
que o indiciamento poderá lhe ser prejudicial, não cometerá 
crime. 
 Questão 10 
Com relação ao crime de lavagem de dinheiro 
(Lei n.º 9.613/1998), assinale a opção correta. 
 Para a responsabilização pelo crime de lavagem de dinheiro, 
é necessário que o agente seja autor ou partícipe da infração 
antecedente, não sendo suficiente que ele tenha ciência da 
origem ilícita dos bens, direitos e valores e concorra para sua 
ocultação ou dissimulação. 
 Quando praticado na modalidade típica de “ocultar”, o crime 
de lavagem de bens, direitos ou valores é permanente., 
protraindo-se sua execução até que os objetos matérias do 
branqueamento se tornem conhecidos. 
 A prática de organização criminosa como crime antecedente 
da lavagem de dinheiro já era típica, mesmo antes do advento 
da chamada Lei do Crime Organizado. 
 Em razão do fenômeno da consumação, não é possível 
reconhecera chamada “autolavagem”(imputação simultânea) 
ao mesmo réu, da infração antecedente e do crime de 
lavagem), ainda que demonstradas condutas diversas 
autônomas daquela que compõe a realização da primeira 
infração penal. 
 O tipo penal do primeiro artigo da lei em questão é de ação 
múltipla ou plurinuclear, consumando-se com a prática de 
qualquer dos verbos mencionados na descrição típica, mas 
sua configuração só se dá com a demonstração da ocorrência 
de todos os três passos do processo de branqueamento. 
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CEBRASPE – PC/RJ – Edital: 2021 . 
DELEGADO DE POLÍCIA 4 
 Questão 11 
Acerca do concurso de pessoas no direito penal, assinale a opção 
correta. 
 Segundo a teoria do domínio do fato, aplicável aos crimes 
dolosos e culposos, é autor quem detém o poder de direção 
dos objetivos finais da conduta criminosa. 
 Situação hipotética: Paulo e Maria invadiram uma casa para 
dali subtraírem pertences. Ambos supuseram que o imóvel 
estaria vazio no momento da execução do furto; entretanto, 
efetivado o furto, ambos, depararam-se com a presença da 
proprietária do imóvel, que foi obrigada a manter conjunção 
carnal com Paulo. Na oportunidade, Maria apenas vigiou a 
residência. Assertiva: Nessa situação hipotética, de acordo 
com a regra monista adotada pelo Código Penal, Paulo e 
Maria deverão responder pelo crime de furto em concurso 
com o crime de estupro, não obstante Maria ter apenas 
vigiado a residência. 
 Caso um salva-vidas e um banhista, ambos podendo agir sem 
perigo pessoal, presenciarem, inertes, o afogamento de uma 
pessoa na praia onde o primeiro exerce sua função, os dois 
agentes deverão responder pelo delito de omissão de socorro. 
 Se, logo após o parto, um terceiro auxiliar a mão a matar o 
próprio filho, sob influência do estado puerperal, tendo 
conhecimento dessa caraterísticas pessoais, ambos 
responderão pelo crime de infanticídio, previsto Código 
Penal. 
 O Instituto da cooperação dolosamente distinta, previsto no 
Código Penal, beneficia o partícipe, mas não o coautor do 
crime. 
 Questão 12 
Carlos falsificou um contracheque de delegado de polícia e dele 
fez uso para viabilizar um único empréstimo de cem mil reais, já 
com a intenção de não pagar a dívida, o que acabou acontecendo. 
Depois disso, Carlos não mais fez uso do documento falsificado. 
Nessa situação hipotética, Carlos deverá ser responsabilizado 
criminalmente 
 apenas pelo crime de estelionato, já que o crime de falso foi 
praticado com a finalidade de possibilitar um único crime de 
estelionato. 
 pelos crimes de falsa identidade, falsificação de documento 
público, uso de documento falso e estelionato, tudo em 
concurso material. 
 pelo crime de falsificação de documento público em 
concurso material com o estelionato. 
 por dois crimes de falso (falsificação e uso de documento 
falso) e por estelionato, tudo em concurso material de crimes. 
 pelo crime de falso em concurso material com o crime de 
estelionato, já que o crime mais grave (falsificação de 
documento público) não pode ser absorvido pelo crime 
menos grave (estelionato). 
 Questão 13 
À luz da Lei n.º 9.455/1997 e do Código Penal, assinale a opção 
correta a respeito dos crimes de tortura. 
 Aplicar-se-á a lei brasileira, ainda que o crime de tortura 
tenha sido praticado no exterior e envolva torturador e vítima 
estrangeiros, desde que o sujeito ativo esteja em local sob a 
jurisdição brasileira. 
 Se a tortura for cometida mediante sequestro, haverá 
concurso material de crimes. 
 O condenado por qualquer crime previsto na lei em apreço 
iniciará o cumprimento da Pena em regime fechado. 
 O crime de tortura e inafiançável é insuscetível de graça, mas 
suscetível a anistia. 
 Quem se omitir em face da prática de tortura de outrem, tendo 
o dever de apurá-la responderá pelos mesmos crime e Pena 
aplicáveis ao "torturador", em razão de sua omissão 
imprópria. 
 Questão 14 
Antes do início de interrogatório policial de indivíduo detido, 
delegado de polícia atribuiu a si mesmo identidade de 
estagiário de direito, com intuito de ganhar a confiança do 
preso e fazer com que ele narrasse, informalmente, a versão 
verdadeira dos fatos. 
Nessa situação hipotética, a autoridade policial 
 cometeu o crime de falsa identidade. 
 não cometeu qualquer crime ou infração administrativa. 
 cometeu o crime de abuso de autoridade. 
 deverá responder somente por infração administrativa, pois 
não houve tipicidade penal em sua conduta. 
 cometeu o crime de constrangimento ilegal. 
 Questão 15 
O indivíduo que, valendo-se da condição de funcionário público, 
subtrair de imóvel pertencente a administração pública 
responderá pelo crime de peculato e não pelo delito de furto isso 
se dá em decorrência do princípio da 
 alternatividade. 
 subsidiariedade. 
 progressão criminosa. 
 especialidade. 
 consunção. 
 Questão 16 
O resultado de que depende a existência do crime, somente é 
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou 
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Nesse sentido, 
julgue os itens subsequentes, acerca da relação de causalidade a 
luz do direito penal brasileiro. 
I O resultado não pode ser imputado a quem lhe deu causa nos 
crimes omissivos próprios. 
II A relação de causalidade se liga diretamente a pena do 
indivíduo. 
III Nos crimes omissivos impróprios, se leva em consideração a 
relevância da omissão. 
IV A relevância da omissão só pode ser considerada nos crimes 
omissivos próprios. 
V Nos crimes omissivos próprios, a relação de causalidade é 
meramente informativa e não naturalística ou física. 
Estão certos apenas os itens 
 I e III. 
 II e IV. 
 I e V. 
 I, IV e V. 
 II, III, IV e V. 
Número de inscrição: 90022654 Sala: 00198 Sequencial: 010/60 
 
CEBRASPE – PC/RJ – Edital: 2021 . 
DELEGADO DE POLÍCIA 5 
 Questão 17 
O princípio da insignificância tem amparo no conceito 
 aparentemente de crime. 
 analítico de crime. 
 material de crime. 
 subsidiário de crime. 
 formal de crime. 
 Questão 18 
O crime de dirigir veículo automotor, em via pública, sem a 
devida permissão para dirigir ou habilitação ou, ainda, se cassado 
o direito de dirigir, é considerado crime 
I de dano. 
II de perigo. 
III de locomoção. 
IV de circulação. 
V habitual. 
Estão certos apenas os itens 
 I e II. 
 I e IV. 
 II e IV. 
 II, III e V. 
 I, III e V. 
 Questão 19 
Nos termos da legislação pertinente, Rubens foi 
processado e condenado a elevada pena, por ter cometido o crime 
de lavagem de dinheiro em concurso com o crime de organização 
criminosa. O início do cumprimento da pena se deu logo após a 
condenação. 
Nessa situação hipotética, se, durante o cumprimento da pena, 
faltando ainda um terço para sua total satisfação, sobreveio lei 
que reduza à metade as penas previstas para os citados crimes, 
Rubens 
 será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, 
haja vista que a lei posterior que favoreçam a gente ser 
aplicada mesmo tendo os fatos sido praticados anteriormente. 
 não será favorecido com o reconhecimento da extinção da 
pena, haja vista que lei posterior que favoreça o agente será 
aplicada somente no caso de ela prever expressamente o 
efeito retroativo. 
 não será favorecido com o reconhecimento da extinção da 
pena, haja vista que a lei posterior que favoreceu o agente 
será aplicada somente a fatos ocorridos posteriormente, 
acompanhando as normas do processo penal. 
 será favorecido com o reconhecimento da possibilidade de 
indenização pelo estado, diante da lei posterior, devendo 
cumprir integralmente sua pena em face do trânsito em 
julgado. 
 será favorecido com o reconhecimento da extinção de metade 
da pena restante para o cumprimento, haja vista que a lei 
posterior que favoreça o agente será aplicada nesse patamar 
proporcionalmente, diante dos fatos praticadosanteriormente. 
 Questão 20 
Na manhã de um dia 12 de outubro - Dia das 
Crianças -, dois indivíduos, em comunhão de ações e desígnios, 
livres e conscientemente, adentraram a loja de uma sociedade 
empresarial, de onde subtraíram para outrem, mediante grave 
ameaça consubstanciada no emprego de arma de fogo — 
revólver calibre .38 —, diversos brinquedos, no valor total de 
R$.950. O policiamento local conseguiu deter os referidos 
indivíduos e aprender sua arma. A autoridade policial 
responsável pelo devido inquérito solicitou o exame pericial da 
arma, cujo laudo concluiu tratar-se de réplica. 
Nessa situação hipotética, 
I cuidar-se-á de um roubo famélico, caso se comprove que a 
intenção dos indivíduos era distribuir as mercadorias as 
crianças pobres. 
II a pena decorrente da prática do crime de roubo será elevada 
pelo concurso de pessoas. 
III incidirá ao princípio da bagatela o crime de roubo, já que o 
valor das mercadorias subtraídas é inferior a um salário 
mínimo. 
IV incidirá causa excludente de culpabilidade, e ficar 
comprovado que a intenção dos indivíduos era distribuir os 
brinquedos em uma comunidade carente no Dia das Crianças. 
V não incidirá a causa especial de aumento de pena devido ao 
emprego de arma de fogo, por se tratar de uma réplica. 
Estão certos apenas os itens 
 I e IV. 
 II e V. 
 II, III e V. 
 II, IV e V. 
 I, III e IV. 
Direito Processual Penal 
 Questão 21 
A respeito do inquérito policial, assinale a opção correta. 
 O indiciamento realizado pela autoridade policial após o 
recebimento da denúncia deverá estar lastreado em robusto 
quadro probatório a fim de não se violar o princípio 
constitucional da presunção de inocência. 
 O arquivamento implícito ocorre nas hipóteses em que o 
Ministério Público deixar de incluir na denúncia algum dos 
fatos investigados no inquérito policial ou algum dos 
indivíduos nele indiciados, mesmo que assim haja sem 
intenção. 
 Por expressa previsão legal, na hipótese de arquivamento do 
inquérito policial que apurou o crime contra a economia 
popular ou contra a saúde pública, o magistrado deverá 
determinar, independentemente de provocação de qualquer 
interessado, o encaminhamento dos autos ao tribunal 
competente para apreciação, podendo este manter ou 
reformar a decisão homologatória de arquivamento do 
procedimento policial. 
 O inquérito arquivado poderá fazer coisa julgada material se, 
em vista do teor da súmula pertinente do STF, a decisão 
judicial de arquivamento fundamentar-se-á em ausência de 
pressuposto processual ou condição da ação penal. 
 Tendo em vista o princípio constitucional da publicidade, o 
inquérito policial não pode possuir caráter sigiloso, 
garantindo-se sua função preservadora a fim de se evitar 
imputações infundadas. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 6 
 Questão 22 
Segundo o código de processo penal, "Art. 155. O juiz formará 
sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão 
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação ressalvadas as provas cautelares não repetíveis e 
antecipadas". Tendo em vista este dispositivo do CPP, assinale a 
opção correta, acerca das provas. 
 Tanto as provas cautelares como as provas e irrepetíveis 
podem ser produzidas sem autorização judicial, com 
contraditório postergado. Por outro lado, as provas 
antecipadas só serão produzidas mediante autorização 
judicial, necessitando de contraditório real, isto é, realizado 
sobre a prova. 
 Provas antecipadas são aquelas produzidas observando o 
contraditório postergado, isto é, durante a formação da prova. 
É necessária autorização judicial para seu produção. Se, de 
outro lado, a decisão que determinar a produção de provas 
tiver como fundamento o art. 366 do CPP (acusado que, 
citado por edital, não comparece nem constitui advogado), 
então ela deverá ser concretamente fundamentada, não 
justificando sua produção unicamente o mero decurso do 
tempo. 
 Provas cautelares são provas em que existe risco do 
desaparecimento de seu objeto em razão do decurso do 
tempo, não dependendo sua produção de autorização judicial 
em virtude de sua urgência. O contraditório nesse caso é 
diferido ou postergado. 
 Nos casos de provas cautelares inaudita altera parte, há risco 
do desaparecimento de seu objeto em razão do decurso do 
tempo. Nesses casos, o contraditório diferido ou postergado, 
sendo realizado em momento posterior, isto é, após a 
formação da prova. As provas cautelares podem ser 
determinadas durante a investigação preliminar ou durante a 
fase judicial. 
 Provas não repetíveis são aquelas que, após serem 
produzidas, não podem ser novamente coletadas, em razão 
do perecimento ou destruição da fonte probatória. No caso 
dessas provas, o contraditório é real, isto é, durante a 
produção da prova. A autoridade policial poderá determinar 
a produção de prova não repetível, ainda que sem autorização 
judicial, em virtude da urgência do caso. 
 Questão 23 
Assinale a opção correta, acerca de disposições da Lei de Drogas 
(Lei n.º 11.343/2006). 
 Na hipótese de importação de droga via correio com o 
conhecimento do destinatário por meio do endereço a posto 
na correspondência, o entendimento sumulado do STJ a esse 
respeito deve ser flexibilizado, para se fixar a competência 
no juízo do local de apreensão da droga, em favor da 
facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da 
duração razoável do processo. 
 Será desnecessária a realização do exame de corpo de delito 
para a comprovação da materialidade do crime quando a 
conduta deixar vestígios pois o laudo pericial poderá ser 
substituído por outros elementos de prova na hipótese em que 
as evidências tenham desaparecido ou que o lugar se tem a 
tornado impróprio ou, ainda, quando as circunstâncias do 
crime não permitir em análise técnica. 
 Em qualquer fase da persecução criminal relativa ao crime de 
tráfico de drogas, será permitida, mediante autorização 
judicial e ouvido o ministério público, a não atuação policial 
sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos 
outros produtos utilizados em sua produção, que se 
encontrem no território brasileiro, com a finalidade de 
identificar e responsabilizar maior número de integrantes de 
operações de tráfico e distribuição. A autorização judicial 
para a não atuação será concedida ainda que não sejam 
conhecidos o itinerário provável é a identificação dos agentes 
do delito. 
 O crime de posse de drogas para consumo pessoal é de menor 
potencial ofensivo, o que determina a competência do 
juizado especial estadual já que ele está previsto em tratado 
internacional, e o art. 70 da citada lei, ao referir-se a ilícito 
transnacional, não inclui entre os que devem ser julgados 
pela justiça federal. 
 De acordo com o atual entendimento do STF em relação ao 
crime previsto no art. 28 da Lei de Drogas ("adquirir, 
guardar, ter em depósito, transportar ou trouxer consigo para 
consumo pessoal drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar"), o próprio 
magistrado deverá lavrar o termo circunstanciado e requisitar 
os exames e perícias necessários. Se não houver 
disponibilidade do juízo competente, deve o autor ser 
encaminhado à autoridade policial, que então adotará as 
providências (termo circunstanciado e requisição) não 
havendo qualquer inconstitucionalidade nessa previsão, 
porque a lavratura do termo circunstanciado e a requisição de 
exames e perícias não são atividades de investigação. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 7 
 Questão 24 
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens direitos e 
valores, assinale a opção corretaa luz das Leis n.º 9.613/2008 e 
m.º 12.683/2012, bem como do entendimento do STJ a esse 
respeito. 
 A realização, por período prolongado, de sucessivos contratos 
de empréstimo pessoal para justificar ingressos patrimoniais 
como se renda fossem — tem que ser esclareça a forma e a 
fonte de pagamento das parcelas, acrescidos de juros, e sem 
que isso represente, em nenhum momento, uma 
correspondente redução do padrão de vida do devedor — não 
é apta a configurar, em tese, ato de dissimulação da origem 
ilícita de valores, elemento constituinte do delito de lavagem 
de dinheiro, que extrapola o mero recebimento de vantagens 
indevidas. 
 A aptidão da denúncia relativa ao crime de lavagem de 
dinheiro não exige uma descrição detalhada, exaustiva e 
pormenorizada do suposto crime prévio, não bastando, com 
relação às condutas praticadas antes da Lei n.º12.683/2012, a 
presença de indícios suficientes de que o objeto material da 
lavagem seja proveniente, direta ou indiretamente, de um 
daqueles crimes mencionados nos incisos do art. 1.º da 
Lei n.º 9.613/1998. 
 Nos crimes de lavagem de dinheiro, a denúncia será inapta 
quando apresentar justa causa duplicada, indicando laço 
probatório mínimo em relação ao crime de lavagem de 
dinheiro e à infração penal antecedente. 
 O reconhecimento da extinção da punibilidade pela 
superveniência da prescrição da pretensão punitiva do Estado, 
relativamente ao crime funcional antecedente, implica atipia 
ao delito de lavagem de dinheiro (art. 1.º da 
Lei n.º 9.613/1998), que, como delito autônomo, independe 
de persecução criminal ou condenação pelo crime 
antecedente. 
 Embora a tipificação da lavagem de dinheiro dependa da 
existência de uma infração penal antecedente, é possível a 
autolavagem, isto é a imputação simultânea, ao mesmo réu, 
da infração antecedente e do crime de lavagem, desde que 
sejam demonstrados atos diversos e autônomos daquele que 
compõem a realização da primeira infração penal hipótese em 
que não ocorrerá o fenômeno da consunção. 
 Questão 25 
Com base em disposições legais relativas a prisão e no 
entendimento dos tribunais superiores acerca desta matéria, 
assinale a opção correta. 
 Conforme o atual entendimento do STF, após o advento da 
Lei n.º 13.964 barra 2019,1 é possível a conversão da prisão 
em flagrante preventiva sem provocação por parte ou da 
autoridade policial, do querelante, do assistente, ou do 
ministério público mesmo nas situações em que não ocorra 
audiência de custódia. 
 Segundo entendimento do STJ, eventual nulidade no auto de 
prisão em flagrante devido a ausência de assistência por 
advogado somente se verifica caso não seja oportunizado ao 
conduzido o direito de ser assistido por defensor técnico, 
sendo suficiente a lembrança, pela autoridade policial, dos 
direitos do preso previsto no art. 5.º, LXIII, da constituição 
federal de 1988. 
 Segundo entendimento do STJ, decretada a prisão preventiva, 
deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de 
sua manutenção a cada 60 dias, mediante decisão 
fundamentada, de ofício, sob pena de a prisão tornar-se ilegal. 
 Em razão do princípio da homogeneidade e razoabilidade, a 
imposição de medidas cautelares diversas da prisão aplica-se 
a infração a que não for isolada cumulativa ou 
alternativamente cominada a pena privativa de liberdade. 
 Conforme os requisitos legais, para que a prisão preventiva 
de gestante seja substituída pela prisão domiciliar é 
necessário que ela não integre organização criminosa e que o 
crime não tenha sido cometido com violência ou grave 
ameaça a pessoa nem contra o filho ou dependente dela. 
Espaço livre 
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DELEGADO DE POLÍCIA 8 
 Questão 26 
Assinale a opção correta, com relação ao instituto da fiança. 
 A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos 
casos de infração cuja pena máxima não seja igual ou 
superior há 4 anos. No caso de concessão de fiança o 
delegado de polícia deverá arbitrar o valor de um a cem 
salários-mínimos levando em consideração a natureza da 
infração, as condições pessoais de fortuna e a vida pregressa 
do acusado, bem como as circunstâncias indicativas de sua 
periculosidade. 
 A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em 
julgado a sentença condenatória. Todavia, o quebramento 
injustificado da fiança implicará perda de metade do seu 
valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras 
medidas cautelares ou se for o caso a decretação da prisão 
preventiva. 
 A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos 
casos de infração cuja pena máxima não seja igual ou 
superior a quatro anos. Afiançado não poderá, sob pena de 
quebramento da fiança, mudar de residência sem prévia 
permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais 
de 8 dias de sua residência sem comunicar aquela autoridade 
o lugar onde será encontrado. 
 A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos 
casos de infração cuja pena máxima não seja igual ou 
superior a quatro anos. O afiançado não poderá, sob pena de 
quebramento da fiança, descumprir medida cautelar imposta 
cumulativamente com a fiança. 
 O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da 
fiança, mudar de residência, sem prévia comunicação a 
autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 7 dias de 
sua residência sem comunicar aquela autoridade o lugar onde 
será encontrado. O quebramento injustificado da fiança 
implicará perda do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a 
imposição de outras medidas cautelares ou se for o caso a 
decretação da prisão preventiva. 
 Questão 27 
A respeito da restituição de coisas apreendidas e da medidas 
assecuratórias, assinale a opção correta. 
 Caberá o sequestro de bens imóveis adquiridos pelo indiciado 
com os proventos da infração, ainda que já tenham sido 
transferidos a terceiros. Para decretação do sequestro, bastará 
a exigência de indícios veementes da proveniência ilícita dos 
bens. 
 A restituição de coisa apreendida, quando cabível, poderá ser 
ordenada pela autoridade policial ou pelo juiz, mediante 
termo nos autos, mesmo que exista dúvida quanto ao direito 
do reclamante. Nesse caso, o pedido de restituição será 
autuado em apartado, assinando se ao requerente o prazo de 
15 dias para prova. 
 A restituição de coisa apreendida, quando cabível, poderá ser 
ordenada pela autoridade policial ou pelo juiz, mediante 
termo nos autos desde que não exista dúvida quanto ao direito 
do reclamante. Em caso de dúvida sobre quem seja o 
verdadeiro dono, o juiz criminal ordenará o depósito das 
coisas em mãos de depositário ou do terceiro que as tenha, se 
for pessoa idônea. 
 Caberá o sequestro de bens móveis mesmo que não seja 
verificada a existência de indícios veementes da proveniência 
ilícita dos bens e desde que não seja cabível a medida de 
busca e apreensão. 
 O juiz poderá autorizar, constatado o interesse particular, a 
utilização de bens sequestrado, apreendido ou sujeito a 
qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança 
pública previsto no art. 144 da constituição federal de 1988, 
do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da força 
nacional de segurança pública e do Instituto Geral de Perícia, 
para o desempenho de suas atividades. 
 Questão 28 
No curso do inquérito policial regularmente instaurado para 
apuração a autuação de organização criminosa dedicada a prática 
de crimes relacionados ao tráfico de pessoas, autoridade policial 
tomou conhecimento, através de informações de um agente 
infiltrado, de que estava em curso a prática, pela organização 
criminosa investigada, de crime da espécie investigada, estando 
uma vítima sendo mantida em cativeiro naquele momento. 
Com o fim de localizar e liberar a vítima, autoridade policial 
decidiu deflagrar operação. Para isso, necessitava obterjunto à 
empresa prestadora de serviço telefônico a disponibilização 
imediata dos meios técnicos adequados para a localização 
geográfica do terminal de aparelho celular por meio do qual, 
segundo o agente infiltrado, o responsável pelo cativeiro se 
comunicava com os demais integrantes da organização. 
Nessa situação hipotética, o delegado de polícia 
 poderia requisitar diretamente a empresa a disponibilização 
imediata dos meios técnicos adequados à localização da 
vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
 poderia, mediante prévia comunicação à autoridade 
judiciária competente, requisitar à empresa a 
disponibilização imediata dos meios técnicos adequados à 
localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
 deveria representar ao Ministério Público para que este 
destinatário da investigação, para que este requisitasse à 
empresa a disponibilização imediata dos meios técnicos 
adequados à localização da vítima ou dos suspeitos do delito 
em curso. 
 poderia, mediante comunicação prévia ao Ministério 
Público, requisitar à empresa a disponibilização imediata dos 
meios técnicos adequados à localização da vítima ou dos 
suspeitos do delito em curso. 
 dependeria de autorização judicial para requisitar à empresa 
a disponibilização da vítima ou dos suspeitos do delito em 
curso. 
 Questão 29 
No que se refere à investigação e meios de obtenção de prova, 
julgue os itens a seguir. 
I Para a apuração do crime de lavagem ou ocultação de bens, 
direitos e valores, admite-se a utilização da ação controlada 
e da infiltração de agentes. 
II Nos termos da Lei n° 12.850/2013, somente se admite a 
infiltração de agentes em se tratando de crimes praticados 
por organização criminosa. 
III A ação de agentes de polícia infiltrados virtuais, somente é 
admitida com o fim de investigar os crimes previstos na Lei 
n° 12.850/2013 e os crimes a eles conexos. 
Assinale a opção correta. 
 Apenas o item I está certo. 
 Apenas o item II está certo. 
 Apenas os itens I e III estão certos. 
 Apenas os itens II e III estão certos. 
 Todos os itens estão certos. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 9 
 Questão 30 
Caso um policial civil passe a figurar como investigado em 
inquérito policial cujo objeto é a investigação de fatos 
relacionados ao uso da força letal praticados no exercício 
profissional de forma consumada ou tenta, o delegado de polícia 
que preside a investigação 
 somente deve determinara citação do policial civil 
investigado após intimar a instituição a que estava vinculado 
o investigado à época da ocorrência dos fatos. 
 deverá promover a citação do policial civil investigado, 
dando-lhe ciência da instauração do procedimento 
investigatório, para que constitua defensor no prazo de 
quarenta e oito horas. 
 deve conduzir o inquérito policial preservando sigilo 
absoluto das diligência investigatórias, de modo que o 
policial investigado não tenha conhecimento da investigação 
até que seja produzido o relatório final. 
 não pode determinar a citação do investigado, já que a citação 
só é possível quando determinada pelo juiz, no curso de ação 
penal. 
 somente pode permitir que o indiciado acompanhe o 
andamento do inquérito por advogado constituído, caso se 
apresente voluntária e espontaneamente. 
 Questão 31 
 no momento em que, realizado o acordo, o respectivo termo 
as declarações do colaborador e a cópia da investigação são 
remetidas ao juiz, para análise e homologação. 
 no momento em que as partes firmam Termo de 
Confidencialidade para prosseguimento das tratativas. 
 com o recebimento da denúncia, salvo em caso de o acordo 
prever o não oferecimento da denúncia. 
 com o recebimento, pela parte, da proposta para a 
formalização do acordo. 
 quando a autoridade policial, depois de analisar a relevância, 
utilidade e interesse público para a formalização do acordo, 
suspende a investigação. 
 Questão 32 
Conforme previsto no art. 3°-C da Lei n° 12.850/2013 que "a 
proposta de colaboração premiada deve estar instruída com 
procuração do interessado com poderes específicos para iniciar 
o procedimento de colaboração e suas tratativas, ou firmada 
pessoalmente pela parte que pretende a colaboração e seu 
advogado ou Defensor Público". Em caso de eventual conflito de 
interesses entre a parte que pretende a colaboração e seu 
advogado ou defensor público, ou em se tratando de colaborador 
hipossuficiente, 
 deve prevalecer o interesse manifestado pela parte que 
pretende a colaboração, já que é quem suportará as 
consequências da ação penal dispensando-se a defesa técnica. 
 o Ministério público é legitimado exclusivo para solicitar a 
presença de outro advogado ou a presença de defensor 
público. 
 deve prevalecer o interesse manifestado pela defesa técnica 
(advogado constituído ou defensor público), por ser a mais 
habilitada para avaliar a conveniência e a oportunidade no 
prosseguimento da proposta. 
 o celebrante deverá solicitar a presença de outro advogado ou 
a participação de defensor público. 
 a colaboração premiada fica inviabilizada e o delegado de 
polícia deve prosseguir com a investigação com os elementos 
que atentam dispõe. 
 Questão 33 
Ainda antes das alterações promovidas pela Lei n° 13.964/2019, 
a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, seguindo o 
entendimento do Supremo Tribunal Federal, assentou o 
entendimento de que a colaboração premiada, além de técnica 
especial de investigação, tem a natureza jurídica de negócio 
jurídico personalíssimo e dependente de homologação judicial, 
pois, “por meio dele, se pretende a cooperação do imputado para 
a investigação e para o processo penal, o qual poderá redundar 
em benefícios de natureza penal premial, sendo necessário que a 
ele se aquiesça, voluntariamente que esteja no pleno gozo de sua 
capacidade civil e consciente dos efeitos decorrente de sua 
realização”. 
Considerando-se a informação apresentada e aspectos a ela 
relacionados, é correto afirmar que 
 o delatado não pode confrontar o delator em juízo. 
 a homologação do acordo determina, necessariamente, a 
efetivação dos benefícios nele acertados. 
 cabe ao órgão julgador da ação penal que vier a ser deflagrada 
sobre fatos objeto da colaboração decidir sobre a extensão e 
a aplicabilidade dos benefícios pactuados no acordo de 
colaboração homologado. 
 o acordo de colaboração premiada pode ser impugnado por 
coatores ou partícipes do colaborador na organização 
criminosa e nas infrações penais por ela praticadas se forem 
expressamente nominados no respectivo instrumento. 
 a colaboração premiada é benefício cujos efeitos são 
extensíveis a corréus. 
 Questão 34 
A autoridade policial não depende de qualquer espécie de 
provocação para a instauração do inquérito policial. Para tanto, é 
suficiente o conhecimento da prática da infração, ressalvados os 
casos de ação penal pública condicionada ou de ação penal 
privada, as quais dependem de representação, requisição ou de 
requerimento nos termos a lei. 
O teor do texto apresentado é compatível com a seguinte 
característica do inquérito policial. 
 oficiosidade 
 oficialidade 
 indisponibilidade 
 dispensabilidade 
 procedimento escrito 
O marco de confidencialidade do acordo de colação premiada 
ocorre 
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DELEGADO DE POLÍCIA 10 
 Questão 35 
Policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da 
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e policiais civis da 
Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE Polícia Civil do 
mesmo estado realizavam operação conjunta em uma favela às 
6h da manhã de um sábado, cumprindo diversos mandados de 
prisão em repressão aos crimes de tráfico de drogas e roubo de 
cargas. 
No interior de um prédio localizado a cerca de 600mdo 
local da operação, o delegado, coordenador da operação policial, 
para dar cobertura aos policiais que estavam em solo, posicionou 
uma agente neutralizador do BOPE, com um fuzil de precisão, 
no décimo andar, momento em que o atirador de precisão 
(sniper) viu “soldado do tráfico” portando um fuzil de AK47, 
escondido atrás de uma parede, esperando uma das equipes 
policiais passar para efetuar disparos contra ela, fato comunicado 
ao delegado. Este, pelo rádio, autoriza o agente neutralizado a 
efetuar o disparo necessário para repelir a iminente agressão, 
tendo sido prontamente atendido. O agente criminoso foi 
atingido com um único tiro certeiro. Embora socorrido, o 
indivíduo chegou sem vida ao hospital mais próximo. O fuzil 
AK47 foi apreendido, além de 3 carregadores, uma Granada de 
mão e farto material entorpecente – todos à delegacia de polícia, 
onde o fato foi apresentado ao delegado de polícia de plantão. 
Considerando-se essa situação hipotética, no que se refere à 
postura adequada à ser adotada pela autoridade policial diante da 
narrativa apresentada, é correto afirmar que o delegado deverá 
 instaurar inquérito policial comum e apurar as circunstâncias 
do fato, sem lavrar auto de prisão em flagrante, por se tratar 
de fato da competência do tribunal do júri. 
 instaurar inquérito policial, sem aturar o policial militar do 
BOPE em flagrante delito, por configurar a hipótese de 
estrito exercício regular de direito. 
 autuar o policial militar do BOPE em flagrante delito e 
remeter o feito a auditoria da justiça militar do estado, por se 
tratar de crime militar. 
 instaurar inquérito policial comum, autuando em flagrante 
delito o policial militar, por se tratar de execução sumária de 
um jovem que não oferecia perigo à sociedade. 
 remeter todo o procedimento à delegacia de polícia de 
atividade judiciária militar, por se tratar de fato, em tese, de 
competência da auditoria e justiça militar. 
 Questão 36 
Hermenegildo é sargento da ativa do exército brasileiro e 
comandam em operação de garantia da lei e da ordem (GLO) em 
uma favela na zona sul do Rio de Janeiro, com todo seu efetivo 
militar. Terminado o serviço, Hermenegildo, ainda fardado 
dirigiu a sua residência por volta das 23 h. Ao chegar, havia na 
garagem de sua casa um automóvel e regularmente estacionado, 
impedindo sua passagem. Energia do buzina e parece que Tício 
da Silva, visivelmente alcoolizado e gritando que não vai tirar 
carro nenhum dali. Hermenegildo argumenta que é a entrada da 
garagem de sua casa, mas é verbalmente agredido por Tício. A 
esposa de Hermenegildo aparece no porão da casa para saber o 
que está acontecendo e Tício começa a proferir palavras de baixo 
calão ofendendo o casal. Hermenegildo então perde a cabeça 
saca arma e efetua um único disparo contra o peito de Tício. A 
ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada e o médico 
verificou que Tício estava morto, não havia mais sinais vitais. 
Todos são levados à delegacia de polícia local. 
Nessa situação hipotética, o delegado de polícia civil de plantão 
deverá 
 lavrar auto de prisão em flagrante e enviar o inquérito policial 
ao Ministério Público do estado para, se for o caso, instaurar 
a competente ação penal no tribunal do júri, por se tratar de 
crime doloso contra a vida de vítima civil. 
 lavrar auto de prisão em flagrante e enviar o inquérito policial 
ao Ministério Público do estado para, se for o caso, instaurar 
a competente ação penal no tribunal do júri da União, por se 
tratar de crime doloso contra a vida, praticado por militar do 
exército. 
 remeter toda a ocorrência ao Exército Brasileiro, onde o 
inquérito policial militar deverá ser instaurado com o escopo 
de apurar as circunstâncias do fato e, se for o caso, instaurar 
a competente ação penal perante a justiça militar da União. 
 remeter toa a ocorrência ao Exército Brasileiro, onde o 
inquérito policial militar deverá ser instaurado com o escopo 
de apurar as circunstâncias do fato e, se for o caso, instaurar 
a competente ação penal perante a justiça militar da União. 
 remeter toda a ocorrência ao Exército Brasileiro, onde deverá 
ser instaurado inquérito policial comum, por se tratar de 
militar do exército, e, se for o caso, instaurar a competente 
ação penal perante a justiça estadual comum. 
 Questão 37 
Jorge e Maria são policiais civis lotados na Delegacia de 
Combate às Drogas (DCOD). Por determinação do delegado 
titular, ambos foram designados para investigar uma rede de 
tráfico de diversas drogas. Disfarçados, eles se infiltram em uma 
festa e percebem todo o movimento dos traficantes e seu modus 
operandi: quem e quantos eram, onde a droga estava escondida 
na festa etc. Seus companheiros então foram acionados, entraram 
na festa, prenderam os indivíduos e os encaminharam à delegacia 
de polícia, onde o delegado titular aguardava o desenrolar da 
operação. 
Nessa situação hipotética, houve flagrante 
 esperado, não sendo possível a realização da prisão em 
flagrante sem ordem judicial. 
 preparado, aplicando-se a súmula 145 do STF. 
 diferido, dado o tempo que os policiais tiveram de esperar 
para dar o flagrante. 
 próprio, que autoriza autoridade policial a efetuar lavratura 
do auto de prisão em flagrante. 
 esperado por obra do agente provocador, aplicando-se a 
súmula 145 do STF. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 11 
 Questão 38 
Assinale a opção correta, acerca da figura jurídica do agente 
infiltrado. 
 Comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por 
meio da Internet e após autorização judicial, colher indícios 
de autoria e materialidade dos crimes previstos na Lei n.º 
12.850/2013. 
 O pedido de infiltração será público e distribuído, de forma a 
conter informações que possam indicar a operação a ser 
efetivada e identificar o agente que será infiltrado. 
 Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado sofre 
risco iminente, a operação será sustada mediante requisição 
do Ministério Público ou pelo delegado de polícia, dando-se 
imediata ciência ao Ministério Público e à autoridade 
judicial. 
 É punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo 
agente infiltrado no curso da investigação, ainda que 
inexigível conduta diversa. 
 O agente policial não pode se recusar a atuação infiltrada, 
nem fazê-la cessar estando ela em curso. 
 Questão 39 
Tratando-se de prisão temporária, assinale a opção correta, 
conforme a Lei n.º 7.960/1989. 
 A prisão temporária será decretada sempre que houver 
necessidade de investigar qualquer crime, cuja suspeita recaia 
sobre o investigado e seja imprescindível à investigação 
policial. 
 A prisão temporária será decretada pela autoridade policial 
em face de representação do investigador ou de requerimento 
do Ministério Público, e terá o prazo de cinco dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade. 
 A prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou de requerimento do 
Ministério Público, e terá o prazo de cinco dias, prorrogável 
por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
 Não se inclui o dia de cumprimento do mandado de prisão no 
cômputo do prazo de prisão temporária. 
 O prazo de prisão temporária é de cinco dias, prorrogável por 
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade, 
tantas vezes quantas forem necessárias à investigação. 
 Questão 40 
Considera-se flagrante preparado quando o agente de polícia 
 coloca-se à espreita do fato criminoso e surpreende o 
meliante na prática do crime. 
 provoca o sujeito ao cometimento do delito, agindo em 
sentido contrário para evitar o resultado, mas o crime se 
consuma. 
 provoca o sujeito ao cometimento do delito, agindo em 
sentido contrário para evitar o resultado que fica no âmbito 
da tentativa. 
 se infiltra na organização criminosa, mediantedecisão 
judicial, e identifica todos os autores dos crimes passando as 
informações para seus colegas de trabalho que realiza as 
prisões. 
 provoca o meliante à prática do crime em ambiente 
previamente preparado e o prende após a consumação do 
delito. 
Direito Administrativo 
 Questão 41 
No Estado democrático de direito, a administração pública 
encontra-se limitada ao ordenamento jurídico, devendo executar 
suas funções buscando o interesse público. A delegacia policial 
como órgão da administração direta, está submetida aos 
mecanismos de controle, cabendo ao delegado de polícia exercer 
o controle interno de sua atividade-fim, observando os princípios 
das legalidade e eficiência, com vistas ao interesse público. Com 
relação a esse assunto, assinale a opção correta. 
 O tribunal de contas do estado, em auxílio ao Poder 
Legislativo, exerce o controle externo dos atos 
administrativos realizados nas delegacias policiais na gestão 
dos bens patrimoniais. 
 O controle externo da atividade de polícia judiciária não pode 
ser exercido por órgão de outro ente federativo. 
 O delegado de polícia é submetido ao controle externo do 
tribunal de contas do estado na realização de atividade típica 
da polícia civil. 
 O controle social da atividade-fim da polícia civil é exercido 
por meio dos representantes do Poder Legislativo. 
 O controle interno exercido pelos policiais civis é realizado 
exclusivamente pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil, 
sendo o controle externo realizado apenas pela Controladoria 
Geral do Estado. 
 
 Questão 42 
João, policial civil, no exercício de sua atividade em 
plantão na delegacia distrital da zona norte do Rio de Janeiro, 
deixou de atender uma vítima de violência doméstica com base 
na alegação de que o fato noticiado deveria ser registrado em 
delegacia especializada para atendimento à mulher. O delegado 
titular, superior hierárquico de João, após tomar ciência do fato 
de que o policial civil não havia atendido vítima em situação de 
vulnerabilidade, instaurou procedimento administrativo para 
apuração dos fatos, concluindo que a conduta praticada por João 
estaria sujeita à penalidade de suspensão por 15 dias. 
Em relação ao poder disciplinar presente na administração 
pública, é correto afirmar que, nessa situação hipotética, 
 cabe ao delegado titular realizar a apuração dos fatos por 
meio de sindicância administrativa disciplinar e aplicar a 
penalidade de suspensão, com perda dos vencimentos, 
podendo a penalidade ser convertida em multa, na base de 
50%, quando houver conveniência para o serviço policial. 
 dado que a penalidade de suspensão é de natureza leve, ela 
prescreverá no prazo de dois anos, não se aplicando causas 
de interrupção ou suspensão, em razão da natureza do 
procedimento disciplinar. 
 a sindicância administrativa disciplinar será concluída no 
prazo de 30 dias, contados de sua instauração, podendo ser 
solicitada a dilação de prazo, que não poderá exceder a 30 
dias. 
 cabe ao delegado titular realiza a apuração sumária dos fatos, 
devendo, após a conclusão da apuração, levá-la ao diretor do 
departamento-geral da capital para aplicar a pena, por não 
possuir competência para a prática do ato. 
 cabe o recurso hierárquico da penalidade ao corregedor-geral 
de polícia civil. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 12 
 Questão 43 
Pedro, policial civil, solicitou sua aposentadoria 
voluntária assim que cumpriu os requisitos legais para tanto. 
Decorridos dois anos do ato de concessão da aposentadoria, o 
servidor inativo solicitou a reversão de sua aposentadoria para o 
retorno ao cargo anteriormente ocupado, em razão de grave crise 
financeira do Estado e do déficit de recursos humanos na polícia 
civil. Pedro não possui idade suficiente para aposentar-se 
compulsoriamente. 
Nessa situação hipotética, 
 não caberá o deferimento do pedido em sede administrativa, 
pois a recessão da aposentadoria deverá ser pleiteada por 
meio de ação ordinária. 
 o pedido de Pedro deverá ser indeferido, pois extinto o 
vínculo funcional com o serviço público. 
 caberá o deferimento do pedido, pois a reversão ao serviço 
público independe dos fundamentos da aposentadoria do 
servidor, sendo necessário o preenchimento dos requisitos 
previstos em lei. 
 caberá a reversão da aposentadoria, devido ao fato de Pedro 
não ter atingido a idade para aposentadoria compulsória por 
idade. 
 caberá o deferimento do pedido, pois se trata de caso de 
desaposentação do cargo público, por ser o benefício 
previdenciário direito patrimonial disponível. 
 Questão 44 
Preocupado com os impactos da pandemia de covid-19, 
doença causada pelo novo coronavírus, no quadro de servidores 
da polícia civil, órgão de classe policial solicitou, com base na 
Lei de Acesso à Informação, o nome e o cargo dos policiais 
acometidos pela doença que vieram a óbito desde 2020, ano em 
que se iniciou a pandemia. 
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta, 
considerando as disposições da Lei de Acesso à Informação e da 
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. 
 Os dados solicitados devem ser incluídos na transparência 
ativa da administração pública, em observância à Lei de 
Acesso à Informação. 
 Por se tratar de informações pessoais, o acesso a tais 
informações é restrito, independentemente de classificação 
de sigilo e pelo prazo máximo de 25 anos a contar da sua data 
de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e às 
pessoas a que elas se referem. 
 Não se exige o consentimento do titular da informação para 
realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente 
interesse público ou geral, previsto em lei, sendo permitida, 
nesses casos, a identificação das pessoas a que as 
informações se referirem. 
 O acesso à informação alcança os dados pessoais de 
servidores públicos, pois todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade. 
 O acesso às referidas informações deverá ser negado, por se 
tratar de dado pessoa sensível de servidor público estadual, 
salvo se para realização de estudos por órgão de pesquisa, 
garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados 
pessoais sensíveis. 
 Questão 45 
Em um conceituação recente na doutrina, o poder de polícia e 
dividido em polícia administrativa e polícia judiciária, embora 
ambos os conceitos se enquadrem no âmbito da função 
administrativa, por representarem atividades de gestão de 
interesse públicos. Em relação a esse assunto, julgue os seguintes 
itens. 
I No exercício de suas funções, o agente policial exerce tanto 
o poder de polícia judiciária quanto o de polícia 
administrativa; um exemplo de exercício do poder de polícia 
administrativa se dá quando o agente policial interdita um 
imóvel. 
II O poder de polícia administrativa poderá ser delegado por lei 
a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da 
administração pública indireta prestadoras de serviço 
público, de atuação própria e em regime não concorrencial. 
III Os atos decorrentes do poder de polícia no sentido amplo são 
passíveis de controle pelo tribunal de contas do estado. 
IV O policial pode usar de sua discricionariedade regrada na 
prática dos atos decorrentes do poder de polícia judiciária. 
Assinale a opção correta. 
 Apenas os itens I,II e III estão certos. 
 Apenas os itens I,II e IV estão certos. 
 Apenas os itens I,III e IV estão certos. 
 Apenas os itens II,III e IV estão certos. 
 Todos os itens estão certos. 
 Questão 46 
Quanto às regras de acumulação de cargos, assinale a opção 
correta, considerando o entendimento dos tribunais superiores. 
 No caso de profissionais de saúde, a acumulação se sujeita ao 
limite de 60 horas semanais. 
 É possível a acumulação de cargo policial com qualquer outrocargo, desde que haja compatibilidade de horários. 
 No caso de acumulação lícita de cargos, fica afastada a 
observância do teto remuneratório em relação ao somatório 
dos ganhos do servidor. 
 A acumulação remunerada, em qualquer dos casos 
permitidos, somente será lícita quando houver correlação de 
matérias, independentemente da compatibilidade de horários. 
 Caso seja verificada, por meio de procedimento 
administrativo disciplinar, acumulação ilegal de cargos, o 
servidor deverá optar por um dos cargos, com a obrigação de 
restituir, independentemente de boa-fé. 
 Questão 47 
A respeito do habeas corpus como instrumento de controle 
judicial da administração pública, assinale a opção correta. 
 Como o habeas corpus protege o direito constitucional de ir 
e vir, é cabível o manejo dessa ação constitucional contra 
decisão judicial que determine a suspensão de carteira 
nacional de habilitação (CNH). 
 Não é cabível habeas corpus preventivo, mesmo diante de 
fundado receio de ocorrência de ofensa iminente à liberdade 
de locomoção, uma vez que não há previsão constitucional e 
legal que permita a interpretação ampliativa dessa garantia 
constitucional. 
 Dada a ausência de previsão constitucional e legal, não se 
admite a possibilidade de habeas corpus coletivo. 
 Cabe habeas corpus em caso de decisão em processo 
administrativo disciplinar que, após o devido contraditório e 
a ampla defesa, determina a perda da função pública. 
 O conhecimento do habeas corpus pressupõe prova pré-
constituída do direito alegado, devendo a parte demonstrar, 
de maneira inequívoca, a pretensão deduzida e a existência 
do evidente constrangimento ilegal. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 13 
 Questão 48 
A empresa pública é de 
 direito privado, mas com a possibilidade de capital particular 
de até 49%. 
 direito público, mas como o capital inteiramente estatal. 
 direito público, mas com a possibilidade de capital particular 
de até 49%. 
 direito privado, mas com o capital inteiramente estatal. 
 direito púbico, mas com o capital submetido à Lei das 
Sociedade Anônimas. 
 Questão 49 
As limitações administrativas à propriedade urbana são 
 espécie de restrição de vizinhança. 
 um tipo de servidão. 
 posturas da competência exclusiva do Distrito Federal e 
municípios. 
 formas de intervenção na propriedade. 
 a origem dos alvarás de licença de prorrogação de obras 
clausulado sem prazo de vigência. 
 Questão 50 
O poder de polícia da administração pública é 
 usado somente pela administração direta. 
 primordialmente repressivo. 
 primordialmente preventivo. 
 da mesma natureza a posteriori da polícia judiciária. 
 exclusivo da União, estado e Distrito Federal. 
 Questão 51 
O recurso hierárquico impróprio é 
 recurso contra a portaria de instauração do inquérito. 
 dirigido a autoridade não pertencente à estrutura do próprio 
órgão ou entidade. 
 dirigido à autoridade superior àquela de quem emanou o ato 
na estrutura do próprio órgão. 
 forma de impugnação incidente em qualquer fase de um 
inquérito. 
 modalidade de pedido de reconsideração. 
 Questão 52 
O contrato administrativo é um 
 contrato bilateral sem consenso. 
 contrato de direito público criado pelo Código Civil. 
 negócio jurídico bilateral de direito público. 
 contrato privado disciplinado por lei de cada membro da 
Federação. 
 ato unilateral da administração pública delegado a um 
particular. 
 Questão 53 
Quanto à destinação do bem expropriado, é correto afirmar que 
 não haverá ilícito se o bem for aplicado a outra finalidade 
pública. 
 será admitida a retrocessão sempre que o bem não for 
utilizado para a finalidade original. 
 ocorre tredestinação ilícita quando o bem é aplicado a outra 
finalidade pública. 
 sempre haverá, nesse caso, perdas e danos, mas não 
reivindicação. 
 será lícita a transferência a um particular do bem 
desapropriado se for justa a indenização expropriatória. 
 Questão 54 
A denúncia de contrato administrativo 
 é ato discricionário motivado. 
 é a resultante de um dissenso resolutivo. 
 pode ocorrer se houver inadimplemento. 
 exige a violação da lei pelo cocontratante privado. 
 sempre resulta de um consenso. 
 Questão 55 
O princípio da moralidade administrativa de que trata o art. 37 
da Constituição Federal 
 não autoriza a criação judicial de normas jurídicas, com 
comandos explícitos, mesmo que em controle concentrado de 
constitucionalidade. 
 inspirou a edição de um conjunto de leis de tutela da 
integridade, tais como o Lei da Ficha Limpa e a "Lei 
Anticorrupção. 
 implica a comunicação entre o direito e a moral, exigindo que 
o gestor público atue com cuidado para não ferir 
sensibilidades de algumas pessoas, inclusive aquelas com 
fundo religioso. 
 reforça o dever de boa-fé objetiva da administração pública, 
que pode rever seus atos e anular contratos, inclusive dando-
lhes nova interpretação. 
 É comando de ética mínima cuja aplicação depende de 
densificação por decisão legislativa. 
 Questão 56 
Considerando que a administração pública pode declarar a 
nulidade dos seus próprios atos quando ilícitos, assinale a opção 
correta. 
 A declaração de nulidade pressupõe a avaliação das 
consequências e de eventuais direitos de compensações, 
ainda que haja má-fé. 
 A denomina autoexecutoriedade administrativa, a qual foi 
explicitada na Lei de Processo Administrativo Federal, é o 
que embasa tal possibilidade. 
 Tal possibilidade decorre da chamada supremacia do 
interesse público sobre o privado, o que implica dizer que 
inexiste direito baseado em ato nulo. 
 De atos nulos em razão de serem inválidos não podem 
decorrer quaisquer direitos. 
 Tal possibilidade é corolário do princípio da legalidade 
administrativa, aplicável aos atos administrativos, mas não 
aos negócios jurídicos administrativos, dado seu caráter 
bilateral. 
 Questão 57 
As sociedade de economia mista e empresas públicas 
 são criadas por lei específica, não se sujeitando à lei civil. 
 podem celebrar contratos de parcerias estratégicas para 
novos negócios, independentemente de licitação. 
 são obrigadas a realizar concurso público para o 
preenchimento de seus cargos, os quais são definidos 
segundo estatuto próprio. 
 submetem-se ao dever de licitar, na forma da legislação geral 
de licitações e contratos, notadamente no que se refere a suas 
atividades meio. 
 podem prestar serviço público essencial, hipótese em que, 
segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 
passam a se sujeitar ao regime jurídico próprio da 
administração pública direta. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 14 
 Questão 58 
O princípio da publicidade administrativa, previsto no caput do 
art. 37 da Constituição Federal 
 torna imprescindível a divulgação ampla e irrestrita do 
orçamento elaborado para fins de qualquer espécie de 
contratação pública, durante o certame licitatório. 
 torna obrigatório que os atos administrativos constem de 
publicação no Diário Oficial, sob pena de nulidade. 
 pode ser visto, na atualidade, como fundamento de dever 
mais amplo de transparência da atuação pública, o que 
abrange a obrigação de que os atos administrativos, mais que 
públicos, sejam acessíveis. 
 não admite ponderação por meio da aplicação do dever de 
proporcionalidade, com princípios que não estejam 
explicitados no art. 37 da Constituição da República. 
 baniu do direito brasileiro a existência de atos 
administrativos reservados e(ou) sigilosos. 
 Questão 59 
A sanção administrativa 
 pressupõe ilícito administrativo que pode confundir-se com 
ilícito penal, de modo que, havendo concomitância entre as 
esferas administrativa e penal, a absolvição na esfera penal 
vincula o resultado na esfera administrativa. 
 constitui etapa do denominado ciclo do poder de políciaadministrativa, aproximando a realidade do direito 
administrativo àquela do direito penal, dada a existência de 
um ius puniendi estatal geral. 
 deve guardar proporcionalidade entre a reprovabilidade da 
conduta e a avaliação individual do superior hierárquico. 
 somente pode ser aplicada após investigação sigilosa, à qual 
o investigado só terá acesso após a formação da convicção 
punitiva da autoridade pública. 
 é atividade discricionária, conquanto motivada. 
 Questão 60 
Assinale a opção correta a respeito de agentes públicos. 
 Agentes públicos estatutários e comissionados são os únicos 
que podem exercer poder de polícia. 
 Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 
agentes públicos eleitos tanto para cargos do Poder 
Executivo quanto do Poder Legislativo são destituíveis 
apenas mediante processo de impeachment. 
 São reputados por inexistentes os atos praticados por agente 
público estatutário que tenha ingressado nos quadros 
públicos por meio de concurso fraudado. 
 Por serem agentes públicos, delegados gozam de 
inamovibilidade e vitaliciedade. 
 Agentes públicos são passíveis de responsabilização por erro 
grosseiro ou por dolo, devendo as circunstâncias concretas e 
reais dificuldades por que eles passam a ser levadas em 
consideração antes de qualquer punição, que poderá ser 
afastada, ainda que se comprove imperícia. 
Direito Constitucional 
 Questão 61 
Considerando a classificação doutrinária das constituições como 
imutáveis, rígidas, semirrígidas (ou semiflexíveis) e flexíveis, 
assinale a opção correta. 
 Uma constituição semirrígida, ou semiflexível, não poderá 
sofrer qualquer espécie de alteração, e sua imutabilidade não 
pode ser relativizada de acordo com o contexto histórico-
político, mesmo que uma assembleia constituinte decida, por 
intermédio de sua comissão de constituição e justiça, pela 
alteração do texto. 
 Uma constituição flexível é normalmente não escrita, mas 
pode excepcionalmente ser escrita, admite a livre 
modificação de seu texto, mediante processo legislativo 
ordinário, e, ao contrário da constituição rígida, não impõe 
exigências mais severas que as estabelecidas nas alterações 
da legislação infraconstitucional para a modificação de seu 
texto. 
 A Constituição Federal de 1988 é flexível, por conter 
simultaneamente dispositivos que não podem sofrer 
alteração e outros que podem sofrer modificações, 
condicionadas à observância de uma metodologia mais 
severa que as impostas às demais espécies normativas. 
 Uma constituição rígida, espécie muito rara de texto, não 
pode sofrer qualquer tipo de alteração, tal qual ocorre com 
certas Cartas Políticas de países islâmicos onde há estreita 
relação entre Estado e religião. 
 Uma constituição imutável é sempre escrita e admite 
alterações em seu texto, desde que observadas as regras 
condicionadoras previstas em seu próprio corpo, sendo tais 
alterações necessariamente mais rigorosas que as impostas às 
demais normas que compõem o ordenamento jurídico do 
Estado. 
 Questão 62 
Com relação aos elementos da Constituição, assinale a opção 
correta. 
 Os elementos formais de aplicabilidade são aqueles voltados 
à garantia da normalidade do Estado, buscando a pacificação 
social, e estão consagrados nas normas voltadas a assegurar 
a solução de conflitos constitucionais e a defesa das 
instituições democráticas, estabelecendo os meios e as 
técnicas contra a alteração do texto constitucional. 
 Os elementos limitativos são aqueles que apontam o 
compromisso dos textos constitucionais modernos para com 
um ajuste político entre o Estado liberal e o Estado social 
intervencionista, definindo o perfil ideológico da sociedade, 
sendo seu objetivo primordial limitar a atuação do Estado na 
atividade econômica. 
 Os elementos orgânicos são aqueles que contêm as normas 
reguladoras da estrutura do Estado e do poder, estando, na 
Carta Magna de 1988, predominantemente fixados nos 
Títulos III (Da Organização do Estado, IV (Da Organização 
dos Poderes) e VI (Da Tributação e do Orçamento). 
 Os elementos socioideológicos são aqueles que se 
manifestam nas normas aptas a consubstanciar o elenco dos 
direito e das garantias fundamentais; na Carta Magna de 
1988, localizam-se entre os direitos individuais e suas 
garantias, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos. 
 Os elementos de estabilização constitucional encontram-se 
nas normas que estatuem as regras de aplicação da Carta 
Magna e que disciplinam a metodologia da dinâmica 
constitucional, sendo exemplo o Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, da Constituição Federal de 
1988. 
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DELEGADO DE POLÍCIA 15 
 Questão 63 
Com relação ao poder constituinte, julgue os itens a seguir. 
I O poder constituinte originário, também conhecido como 
poder constituinte de segundo grau, é o poder amparado na 
vontade que emana do poder constituinte derivado, 
permitindo que a Constituição passe por alterações, 
observando-se expressamente os termos fixados no texto 
constitucional. 
II Poderes constituídos e poder constituinte têm o mesmo 
significado, pois ambos guardam relação com o texto 
constitucional e vinculam o administrador público pelo 
princípio da legalidade. 
III A cada nova manifestação do poder constituinte originário, 
em que se observa uma completa ruptura com a ordem 
jurídica estatal anterior, com a edição de uma nova 
Constituição, verifica-se o surgimento de um novo Estado, 
efetivamente diverso daquele criado pela Constituição que 
o antecedeu. 
Assinale a opção correta. 
 Nenhum item está certo. 
 Apenas o item I está certo. 
 Apenas o item III está certo. 
 Apenas o item I e II está certo. 
 Apenas o item II e III está certo. 
 Questão 64 
A aplicabilidade das normas constitucionais refere-se à 
potencialidade de a norma produzir os efeitos jurídicos nela 
elencados. Acerca desse tema, julgue os seguintes itens. 
I A eficácia social da norma constitucional diz respeito à 
aplicação concreta da norma na sociedade, com o objetivo 
de saber se ela efetivamente está produzindo os resultados 
pretendidos. 
II As normas constitucionais autoexecutáveis são aquelas que 
não têm aplicabilidade imediata e que necessitam de 
complementação, ou seja, de outro diploma normativo 
infraconstitucional, para que produzam seus efeitos. 
III As normas constitucionais não autoexecutáveis são aquelas 
que têm conteúdo programáticos, ou seja, fixam as chamadas 
políticas públicas e, por esse motivo, são dotadas de 
aplicabilidade imediata, sem a necessidade de qualquer 
complementação. 
Assinale a opção correta. 
 Apenas o item I está certo. 
 Apenas o item II está certo. 
 Apenas o item I e III está certo. 
 Apenas o item II e III está certo. 
 Todos os itens estão certos. 
 Questão 65 
Considerando os princípios de interpretação constitucional, 
assinale a opção correta. 
 O princípio da unidade da Constituição refere-se à 
superioridade hierárquica das normas que compõem o texto 
de uma Constituição rígida em relação às demais normas 
inseridas no ordenamento jurídico estatal, de modo que as 
normas constitucionais ocupem o ápice da pirâmide 
normativa do Estado. 
 O princípio da máxima efetividade está exclusivamente 
direcionado à administração pública, devendo o legislador 
observar a supremacia do interesse público diante das normas 
que regem a responsabilidade extracontratual do Estado. 
 O princípio da supremacia da Constituição determina que as 
normas constitucionais, conforme a mesma metodologia que 
se observa nas demais normas que compõem o ordenamento 
jurídico do Estado, sejam consideradas integrantes de um 
sistema harmonioso único, e não um conjunto de normas a 
serem analisadas isoladamente. 
 O princípio da força normativa da Constituição estabelece 
que o legislador infraconstitucional não é vinculado ao 
modelo

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