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Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 • PERICARDITE - Introdução: A pericardite primária é incomum e quase sempre resulta de infecção viral, que geralmente acompanhada uma miocardite, embora bactérias, fungos ou parasitas também possam estar envolvidos. Na maioria dos casos, a pericardite é secundária a IAM, cirurgia cardíaca, radiação do mediastino ou doenças que envolvem outras estruturas torácicas. A uremia é o distúrbio sistêmico mais comum associado à pericardite. As causas secundárias menos comuns incluem a febre reumática, o lúpus eritematoso sistêmico e os tumores malignos metastáticos. A pericardite pode causar complicações hemodinâmicas imediatas, se produzir um derrame grande (que provoca tamponamento cardíaco), desaparecer sem deixar sequelas importantes ou progredir para um processo fibrosante crônico. - Morfologia: Nos pacientes com pericardite aguda viral ou uremia, o exsudato normalmente é fibrinoso e confere um aspecto irregular, felpudo, à superfície do pericárdio (a chamada pericardite em “pão com manteiga”). Na pericardite aguda bacteriana, o exsudato é fibrinopurulento (supurativo) e, com frequência, há áreas de pus evidente; a pericardite tuberculosa pode exibir áreas de caseificação. A pericardite que resulta de tumor maligno com frequência está associada a um exsudato fibrinoso felpudo e exuberante e a um derrame sanguinolento; as metástases podem ser vistas a olho nu como excrescências irregulares ou ser macroscopicamente indistinguíveis, sobretudo no paciente com leucemia. Na maioria dos casos, a pericardite fibrinosa ou fibrinopurulenta aguda desaparece sem deixar sequelas. Contudo, quando há caseificação ou supuração extensa, a cicatrização pode levar à fibrose (pericardite crônica). A pericardite crônica pode estar associada a aderências delicadas ou a cicatrizes fibróticas densas que obliteram o espaço pericárdico. Em casos extremos, o coração fica totalmente envolvido por fibrose densa e não consegue se expandir normalmente durante a diástole — o que causa a chamada pericardite constritiva. - Características Clínicas: A pericardite manifesta-se classicamente como dor torácica atípica (não relacionada com os esforços e que piora quando o paciente se deita) e atrito intenso. Quando associada a acúmulo significativo de líquido, a pericardite aguda pode causar tamponamento cardíaco, acompanhado de redução do débito cardíaco e choque. A pericardite APG 10 PERICARDITE, TAMPONAMENTO CARDÍACO E DERRAME PERICÁRDIO Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 constritiva crônica produz uma combinação de dis- tensão venosa do lado direito com baixo débito cardíaco — um quadro clínico similar ao observado na miocardiopatia restritiva. - Quadro Clínico: O quadro clínico de um paciente com pericardite parece com o de uma virose. Geralmente, ele apresenta sinais como: • Febre; • Dor muscular; • Infecção de vias aéreas superiores; • Gastroenterite. Esses sintomas costumam vir acompanhados de uma dor no tórax, que aumenta de intensidade quando inspira e também ao deitar. No caso de pericardite crônica, também podem ocorrer sintomas como cansaço, tosse e falta de ar. Quando a doença se encontra em estágios mais graves, pode levar ao inchaço nas pernas, assim como a hipotensão, ou seja, a pressão arterial baixa. - Diagnóstico: Somente os sintomas de pericardite não são capazes de indicar a existência da doença. Porém, existem alguns fatores que podem demonstrar que algo está errado. No exame clínico, o médico pode constatar ao auscultar o coração, utilizando estetoscópio, que há um barulho parecido com o de um atrito no pericárdio. Esse atrito é gerado justamente pela inflamação da camada em volta do coração. Também é possível detectar um derrame do pericárdio. Entre a membrana e o coração existe um líquido muito fino e em pequena quantidade que permite que o órgão deslize ali dentro. Quando a inflamação está bem acentuada, pode ficar um espaço que naturalmente não existe entre o pericárdio e o órgão. Com isso, há um acúmulo de secreção nesse espaço, que é chamado de derrame. Esse problema pode ser investigado através do Raio-X e do Eletrocardiograma. Outro exame comum de ser indicado é o Ecocardiograma, conhecido também como ultrassom do coração. Ele é essencial porque permite detectar se o pericárdio está mais espesso. OBS: Em alguns casos, não é possível ver isso através desse exame, sendo necessário realizar também a Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca para verificar com mais precisão a estrutura. - Tratamento: O tratamento costuma ser realizado basicamente utilizando duas medicações: (1) Antiinflamatórios não-hormonais; (2) Colchicina. Elas ajudam a minimizar os sintomas de pericardite e, ao mesmo tempo, a reduzir o estado inflamatório. Por apresentarem contraindicações, eles somente devem ser prescritos por um médico, que igualmente deve acompanhar todo o período da terapia. Com o tratamento adequado, o paciente consegue se curar totalmente da pericardite. Porém, é importante manter um acompanhamento para evitar que retorne após um tempo. - SINAL DE KUSSMAUL Bastante comum em pericardite construtiva distinção inspiratória onde as veias jugulares ficam visíveis no retorno venoso, devemos lembrar que o pericárdio ele está lesado, seja por aumento de liquido, seja por uma calcificação. Logo, o átrio direito não se distende de forma suficiente para receber o sangue, causando assim uma insuficiência de retorno venoso, caracterizando o sinal de kussmal. • DERRAMES PERICÁRDICOS Normalmente, o saco pericárdico contém, no máximo, 30-50 mL de um líquido seroso e transparente. Os derrames serosos e/ou fibrinosos que ultrapassam esses valores geralmente são vistos nos casos de inflamação pericárdica. Os outros tipos de derrame pericárdico e suas causas são: - Seroso: insuficiência cardíaca congestiva e hipoalbuminemia de qualquer causa - Serossanguíneo: trauma fechado de tórax, tumor maligno, IM com ruptura e dissecção da aorta com ruptura Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 - Quiloso: obstrução linfática mediastinal As consequências do acúmulo de líquido pericárdico dependem do volume do líquido e da capacidade do pericárdio parietal de se expandir; esta última depende em grande parte da velocidade de formação do derrame. Assim, os derrames que se acumulam lentamente — mesmo aqueles com 1.000 mL — podem ser bem tolerados. Por outro lado, as coleções de líquido com apenas 250 mL que surgem rapidamente (p. ex., IM com ruptura ou dissecção da aorta com ruptura) podem restringir o enchimen- to cardíaco diastólico a ponto de produzir um tamponamento cardíaco potencialmente fatal. • TAMPONAMENTO CARDÍACO - Introdução: O tamponamento cardíaco é uma emergência médica em que há acúmulo de líquido entre as duas membranas do pericárdio, que são responsáveis por revestir o coração, o que gera sintomas como dificuldade para respirar, diminuição da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca. Como consequência do acúmulo de líquido, o coração não consegue bombear a quantidade de sangue suficiente para os órgãos e tecidos, o que pode resultar em choque e morte caso não seja tratada a tempo. - Morfologia: O tamponamento cardíaco é a pressão exercida no coração pelo sangue ou líquido que se acumula na membrana de duas camadas que circunda o coração (pericárdio). Este distúrbio interfere na capacidade do coração de bombear sangue. • As pessoas costumam sentir vertigem e falta de ar e podem desmaiar. • O diagnóstico se baseia em sintomas, resultados de exames e normalmente em uma ultrassonografia do coração (ecocardiograma) realizada no pronto-socorro. • O sangue ao redor do coração é drenado usando uma agulha e, às vezes, cirurgia. No tamponamento cardíaco, o líquido ou sangue se acumula entre as duas camadas do pericárdio, o qualpassa a comprimir fortemente o coração. Esta pressão pode impedir o coração de se encher de sangue. Consequentemente, menos sangue é bombeado para o corpo, algumas vezes causando choque (com a pressão arterial ficando perigosamente baixa) e morte. As causas mais comuns são ruptura de um aneurisma aórtico (uma protuberância na parede da aorta), câncer de pulmão avançado, pericardite aguda (inflamação do pericárdio), um ataque cardíaco e cirurgia cardíaca. As lesões no tórax também podem causar tamponamento cardíaco. As mais comuns dessas lesões são ferimentos provocados por punhaladas. As lesões contundentes que laceram a parede do coração podem causar tamponamento, mas muitas pessoas com esses ferimentos morrem antes que possam ser levadas para tratamento médico. - Características Clínicas: Existem diversas situações que podem provocar o acúmulo de líquido no espaço pericárdico e resultar no tamponamento cardíaco. As principais são: • Pancadas no tórax por acidentes de carro; • Histórico de câncer, especialmente dos pulmões ou coração; • Hipotireoidismo; • Pericardite, que é a inflamação do coração por infecções bacterianas ou virais; • História de insuficiência renal; • Infarto recente; • Lúpus eritematoso sistêmico; • Tratamento de radioterapia; • Uremia, que corresponde à elevação de ureia no sangue; • Cirurgia recente ao coração que causem lesões no pericárdio. As causas do tamponamento devem ser identificadas e tratadas rapidamente para que complicações cardíacas sejam evitadas. - Diagnóstico: • Avaliação de um médico • Ecocardiograma O diagnóstico e tratamento imediatos são essenciais, pois o tamponamento cardíaco pode ser rapidamente fatal. O diagnóstico baseia-se em sintomas, resultados de exames e, em geral, ecocardiograma.Normalmente se realiza um ecocardiograma (que utiliza ondas de ultrassom para produzir uma imagem do coração) para confirmar o diagnóstico. - Tratamento: • Retirada de sangue ou líquido ao redor do coração O tamponamento cardíaco é uma emergência médica. Os médicos o tratam imediatamente usando uma agulha para retirar o sangue ou líquido ao redor Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 do coração (pericardiocentese). Esse procedimento alivia a pressão no coração e permite que ele bata normalmente. Às vezes, a pericardiocentese deixa de retirar quantidade suficiente de líquido. Nesse caso, os médicos precisam fazer uma incisão na parede torácica (toracotomia) e depois no pericárdio (pericardiectomia) para drenar o líquido. Eles também podem ter que retirar parte do pericárdio (pericardiectomia). • DOENÇAS AUTOIMUNES As doenças autoimunes são aquelas caracterizadas pela resposta do sistema imunológico contra o próprio organismo, em que há destruição de células saudáveis pelo sistema imune, podendo resultar em algumas doenças como o lúpus, artrite reumatoide, anemia hemolítica e doença de Crohn, por exemplo, que devem ser identificadas e tratadas de acordo com a orientação do médico. O diagnóstico das doenças autoimunes é normalmente feito através da observação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, que varia de acordo com a doença, e por meio de exames imunológicos, moleculares e de imagem. - Lúpus Eritematoso Sistêmico O lúpus eritematoso sistêmico, também conhecido por LES, é uma doença autoimune em que as células de defesa do organismo atacam as células saudáveis do organismo, resultando em inflamação nas articulações, olhos, rins e pele, por exemplo. Essa doença acontece devido a mutações genéticas que surgem durante o desenvolvimento fetal e, por isso, é normal que os sinais e sintomas do LES surjam em pacientes jovens. Principais sintomas: Os sintomas de lúpus surgem em surtos, ou seja, a pessoa possui períodos sem sintomas e outros com sintomas, sendo esse período normalmente desencadeado por fatores que interfiram no funcionamento do sistema imunológico ou que favoreçam o aparecimento das manifestações clínicas, como o uso de alguns medicamentos ou exposição prolongada ao sol. O principal sintoma de LES é o aparecimento de mancha vermelha no rosto em forma de borboleta, além de também poder haver dor nas articulações, cansaço excessivo e aparecimento de feridas na boca e no nariz. Na presença desses sintomas, o clínico geral ou reumatologista indica a realização de exames de urina e de sangue que ajudam a concluir o diagnóstico, podendo ser verificada a presença de grandes quantidade de proteína na urina, alterações no hemograma e presença de autoanticorpos. Como é o tratamento: O tratamento para o LES deve ser feito de acordo com a recomendação do reumatologista ou do clínico geral e tem como objetivo aliviar os sintomas e evitar que apareçam de forma frequente e extensa, já que essa doença não tem cura. Assim, o médico pode indicar o uso de medicamentos anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores. - Artrite reumatoide A artrite reumatoide é caracterizada pela inflamação e inchado das articulações devido à ação do sistema imune contra o próprio organismo. A causa da artrite reumatoide ainda não é muito bem esclarecida, mas acredita-se que alguns fatores podem favorecer o desenvolvimento dessa doença, como infecção por vírus ou bactérias por exemplo. Principais sintomas: Os sintomas de artrite reumatoide, assim como acontece no lúpus, podem aparecer e desaparecer sem qualquer explicação, sendo o principal a vermelhidão, o inchaço e a dor na articulação. Além disso, pode ser observada rigidez e dificuldade para movimentar a articulação, febre, cansaço e mal- estar. Saiba reconhecer os sintomas. Como é o tratamento: O tratamento deve ser recomendado pelo reumatologista ou clínico geral, sendo normalmente indicado o uso de medicamentos anti-inflamatórios para diminuir a inflamação e aliviar os sintomas. Além disso, é importante que seja feita fisioterapia para evitar que aconteça a limitação da amplitude do movimento da articulação. - Esclerose múltipla A esclerose múltipla é caracterizada pela destruição da bainha de mielina, que é a estrutura que recobre os neurônios e permite a transmissão do impulso nervoso, pelas próprias células do sistema imunológico, resultando no comprometimento do sistema nervoso. Principais sintomas: Os sintomas da esclerose múltipla são progressivos, ou seja, pioram à medida que há comprometimento do sistema nervoso, resultando em fraqueza muscular, cansaço excessivo, formigamento nos braços ou pernas, dificuldade para andar, incontinência fecal ou urinária, alterações visuais e perda da memória, por exemplo. Dessa forma, à medida que a doença progride, a pessoa torna-se cada vez dependente, o que interfere diretamente na sua qualidade de vida. Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 Como é o tratamento: O tratamento para a esclerose múltipla normalmente envolve o uso de medicamentos para evitar a progressão da doença e para promover o alívio dos sintomas, como anti-inflamatórios, imunoglobulinas e corticoides. Além disso, é importante que a pessoa realize sessões de fisioterapia regularmente para que os músculos sejam constantemente ativados e, assim, a atrofia completa possa ser evitada. - Tireoidite de Hashimoto A tireoidite de Hashimoto é caracterizada pela inflamação da tireoide devido ao ataque do sistema imune às células da tireoide, resultando em uma atividade aumentada ou normal da tireoide, que logo é seguido por uma baixa atividade, se desenvolvendo um hipotireoidismo.Principais sintomas: Os sintomas relacionados com a tireoidite de Hashimoto são semelhantes aos do hipotireoidismo, havendo cansaço excessivo, queda de cabelo, pele fria e pálida, baixa intolerância ao frio, aumento fácil do peso e dores musculares ou na articulação. Como os sintomas da tireoidite de Hashimoto são os mesmos do hipotireoidismo, o endocrinologista necessita que a pessoa realize alguns exames queavaliam o funcionamento da tireoide para que seja confirmada a doença auto-imune e, assim, possa ser iniciado o tratamento mais adequado. Assim, pode ser recomendado a realização da dosagem de T3, T4 e TSH, além da dosagem da antiperoxidase tireoidiana, também chamada de anti-TPO, que é um anticorpo produzido pelo sistema imune que encontra-se aumentado na tireoidite de Hashimoto Como é o tratamento: O tratamento para a tireoidite de Hashimoto só é indicado pelo endocrinologista quando a pessoa apresenta sintomas, sendo nesses casos recomendada a realização de reposição hormonal com Levotiroxina por um período de 6 meses. É importante também ter atenção à alimentação, ingerindo alimentos ricos em iodo, zinco e selênio, por exemplo, que são nutrientes que favorecem o bom funcionamento da tireoide. - Anemia hemolítica A anemia hemolítica acontece quando o sistema imune passa a produzir anticorpos que atuam destruindo as hemácias do sangue, causando a anemia. Esse tipo de anemia é mais comum em adultos jovens e ainda não se sabe exatamente qual a razão pela qual há produção de anticorpos contra as hemácias, no entanto acredita-se que a desregulação do sistema imune por alguma infecção, o uso de alguns medicamentos ou a presença de doença autoimune podem favorecer a ocorrência da anemia hemolítica. Principais sintomas: Os sintomas de anemia hemolítica estão relacionados com a diminuição da quantidade de hemácias, hemoglobina e, consequentemente, de oxigênio circulantes no sangue, havendo fraqueza, palidez, perda de apetite, dor de cabeça, unhas fracas, falha da memória, pele seca e indisposição. Apesar de muitas vezes não ser possível identificar a causa da anemia hemolítica autoimune, é importante que sejam feitos exames diagnósticos para verificar se há doenças ou fatores desencadeantes, como por exemplo hemograma, contagem de reticulócitos, dosagem da bilirrubina e testes imunológicos, como o teste de coombs direto. Como é o tratamento: O tratamento indicado pelo médico normalmente envolve o uso de medicamentos para regular a atividade do sistema imune, como corticoides e imunossupressores. Além disso, em alguns casos o médico pode indicar a remoção do baço, chamada de esplenectomia, já que é nesse órgão que as hemácias são destruídas. - Vitiligo O vitiligo é uma doença caracterizada pela destruição dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção da melanina, substância responsável pela cor da pele. A causa do vitiligo ainda não é muito bem esclarecida, no entanto está frequentemente associada à desregulação do sistema imune, levando à destruição dos melanócitos pelas próprias células do sistema imune.Principais sintomas: Devido à destruição das células produtoras de melanina, surgem várias manchas brancas na pele, o que é característico do vitiligo. Essas manchas aparecem com mais frequente em locais que estão mais expostos ao sol, como mãos, braços, rosto e lábios. Como é o tratamento: O tratamento do vitiligo deve ser orientado pelo dermatologista, pois a pessoa precisa ter vários cuidados com a pele, já que fica mais sensível, além de ser necessário passar c r e m e s e p o m a d a s c o m c o r t i c o i d e s o u imunossupressores, além de poder haver a necessidade de realização de fototerapia. - Síndrome de Sjögren Essa síndrome é caracterizada pela produção de autoanticorpos responsáveis pela inflamação crônica e progressivas das glândulas do corpo, Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 como as salivares e as lacrimais, resultando no ressecamento das mucosas. Principais sintomas: Como há o acometimento de glândulas responsáveis pela hidratação de olhos e boca, por exemplo, os principais sintomas observados são olhos e boca secos, dificuldade para engolir, dificuldade para falar por muito tempo, maior sensibilidade à luz, sensação de vermelhidão nos olhos e aumento do risco de infecções. Essa doença pode acontecer apenas devido a alterações da imunidade ou associada a outras doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus e esclerodermia. Por isso, é importante que o médico solicite a pesquisa de autoanticorpos para verificar se há outra doença associada e, dessa forma, indicar o melhor tratamento. Como é o tratamento: O tratamento indicado pelo médico tem como objetivo aliviar os sintomas apresentados podendo ser indicado o uso de saliva artificial e colírios lubrificantes, além de m e d i c a m e n t o s a n t i - i n f l a m a t ó r i o s e imunossupressores. - Diabetes tipo 1 A diabetes do tipo 1 também é uma doença autoimune, isso porque acontece devido ao ataque das células imunológicas às células pancreáticas responsáveis pela produção de insulina, não havendo reconhecimento da quantidade de glicose circulante, o que faz com que cada vez mais glicose seja acumulada no sangue. É mais comum em crianças e adolescentes, mas também pode acontecer em adultos-jovens. Principais sintomas: Os principais sintomas relacionados com a diabetes do tipo 1 é a vontade frequente para urinar, muita sede, fome excessiva e perda de peso sem causa aparente. É importante que o médico realize outros exames além da glicose em jejum e da hemoglobina glicada para diagnosticar a diabetes tipo 1, já que os sintomas são semelhantes aos da diabetes tipo 2. Como é o tratamento: Para esse tipo de diabetes o endocrinologista deve indicar o uso de insulina em várias doses durante o dia ou na forma de bomba, isso porque o pâncreas é incapaz de produzir insulina. Dessa forma, é possível manter os níveis de glicose circulante no sangue regulados. - Doença celíaca A doença celíaca é uma doença autoimune caracterizada pela intolerância ao glúten presente nos alimentos, uma vez que o organismo não produz quantidades suficientes de enzimas para degradar essa proteína, resultando na resposta exacerbada do sistema imunológico, que leva à inflamação e aparecimento de lesões no intestino. Principais sintomas: Os sintomas de doença celíaca são identificados após o consumo de alimentos que apresentam glúten em sua composição, podendo a sua intensidade variar de pessoa para pessoa de acordo com o grau de intolerância. Os principais sintomas indicativos de doença celíaca são vômito, emagrecimento, diarreia frequente, barriga inchada, fezes muito volumosas, pálidas e com mau cheiro. Como é o tratamento: O tratamento para doença celíaca consiste em realizar o controle dos sintomas, sendo recomendado evitar o consumo de alimentos que possuem glúten ou traços de glúten, assim como pode ser recomendado pelo médico ou nutricionista o uso de suplementos alimentares para evitar complicações, uma vez que a inflamação e as lesões do intestino podem interferir na absorção de nutrientes.
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