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N2 DE PROCESSO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO

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N2 DE PROCESSO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO
1 - Disserte sobre a reclamação constitucional abordando, necessariamente,
hipótese de cabimento e legitimidade.
R. A reclamação constitucional se trata de um instrumento processual utilizado para
combater as decisões proferidas em desacordo com as manifestações do STF e
STJ, sendo que está devidamente prevista no artigo 102, I, “l” da CF. As hipóteses
de cabimento da reclamação constitucional estão taxativamente tipificadas no artigo
988 do CPC, sendo as seguintes:
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público
para: I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do
Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de
resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de
competência. Como legitimados para propor a reclamação constitucional estão o
Ministério
Público e a parte interessada, esta, por sua vez, podendo ser o autor e o réu na
demanda originária, assim como, terceiros que tenham interesse no deslinde da
causa.
2 - Apresente três críticas possíveis ao controle de constitucionalidade
judicial; a seguir, contraponha tais críticas; ao final, comente criticamente com
sua posição.
R. Desde a sua introdução no ordenamento jurídico brasileiro pela Constituição
Federal de 1891, o controle difuso de constitucionalidade restou mitigado ao longo
das Cartas Constitucionais na evolução jurídica brasileira com a ampliação do
controle concentrado de lei e atos normativos, sobretudo após a lei 9868/99.
Ademais, o fato da aplicação da abstrativização do controle difuso de
constitucionalidade não o expurga do ordenamento, tendo plena eficácia na
aplicação do caso concreto.
Apesar de o STF esvaziar a aplicação do controle difuso, sobretudo no que tange a
regra do art. 52, X, CF/88 em atribuir mera publicidade às suas decisões e não mera
discricionariedade da competência senatorial, trata-se de uma afronta a uma regra
Constitucional em mitigar o papel do Senado Federal no processo do Controle
difuso.
Com base em alguns julgados já explicitados anteriormente, o STF tem aplicado a
Teoria da Transcendência dos motivos determinantes em sede de controle difuso
com o fulcro de tornar precedente judicial e passar a vincular outros julgados os
motivos que ensejaram a decisão. Tem-se como exemplo o HC 82959 que julgou
pela aplicação da progressão de regime em crimes hediondos entendeu pela mera
publicidade do Senado Federal no controle difuso. Restou aplicada a teoria em
análise para fazer-se vincular essa motivação aos demais casos semelhantes ou
não.
Contudo, não se pode olvidar que o atual entendimento do Supremo Tribunal
Federal, cabendo a este resguardar os preceitos normativos e conferir última
palavra acerca do litígio no Brasil, vêm atribuindo compreensão e entendimento que
afronta de forma literal o texto constitucional, usurpando competência atribuída
precipuamente ao Senado Federal, assim como aplicando os regramentos do
controle concentrado no instituto do controle difuso. Há nesse ponto uma verdadeira
discrepância entre o texto da Constituição e o atual posicionamento adotado na
Suprema Corte.

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