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DIREITO INTERNACIONAL Aluna: Kelviane Gomes Martins. 8º SEMESTRE – NOITE. Professor: Alberto Dias. 1. Qual o objeto de estudos do Direito Internacional? Resposta: O Direito Internacional é aquela modalidade de ciência do direito que pretende explorar as relações entre os estados soberanos e também entre os particulares de estados soberanos diversos. A grande ideia do Direito Internacional é analisar dois grandes pontos. O primeiro trata dos conjuntos de seguranças centrais (unidade que foi constituída com o tempo) e temos: a dignidade da vida, predominação da paz, busca negociável da resolução de conflito, a não intervenção, ausência de invasão, preservação da dignidade. Essas são as teorias que sustentem as relações entre os Estados do mundo. O segundo grande elemento é a capacidade de gestão e organização soberana estatal, sendo possível a se comunicar e aceitar obrigações e receber direito frente a comunidade internacional e tudo isso dentro da consensualidade. 2. Discorra sobre as possíveis diferenças entre os ramos público e privado do Direito Internacional. Resposta: O ramo público do Direito Internacional trata das normas e leis que regem as negociações entre os países, como os pactos e tratados. Observa os vínculos entre os Estados e busca, por meio de acordos e convenções, normalizar as compatibilidades e os eventuais conflitos entre esses membros. Já o ramo privado do Direito Internacional é responsável pelo conjunto de normas jurídicas, criadas por um Estado, com a finalidade de resolver os conflitos de leis no espaço. É o ramo da ciência jurídica que regula conflitos entre Estados e particulares, por meio da formulação de critérios e a indicação de qual será a legislação usada para definir uma relação jurídico-privada internacional. Assim, podemos considerar casos que envolvem interesses de particulares, com a necessidade de análise em mais de um país. 3. Direito Internacional e Direito das Gentes são termos sinônimos? Justifique. Resposta: Sim. A evolução do Direito Internacional, poderá levar-nos a um verdadeiro Direito das Gentes, afastando-se de um simples Direito entre Estados. O ser humano é sujeito de direito internacional, com direitos e deveres internacionais próprios, inclusive sujeitos a sanções impostas por tribunais penais internacionais. Eles são termos sinônimos, mas é importante ressaltar a questão da possível critica a nomenclatura do Direito Internacional. 4. Quais são os princípios constitucionais brasileiros sobre as relações internacionais? Resposta: O art. 4º da Constituição Federal diz: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações". 5. Caso o Brasil ratifique um tratado, este será revestido de validade superior à constituição Federal. Esta assertiva é verdadeira ou falsa? Justifique. Resposta: A assertiva está falsa. O tratado internacional quando ratificado pelo Brasil não necessariamente tem o mesmo patamar da Constituição, mas é mais provável que ele entre em um valor infraconstitucional. Ele jamais terá um valor superior a Constituição Federal. O Brasil tem a sua Constituição organizada para garantir formal e materialmente a sua supremacia e soberania tanto no âmbito político e jurídico. Ele possui condições de manter o seu território, a sua população, suas tributações e os meios de efetivação para as garantias fundamentais. Não podemos dizer que na ordem jurídica brasileira um tratado internacional tem um estado supra, acima da Constituição Federal. 6. Apresente um conceito teórico acerca das fontes do Direito Internacional. Leve em consideração o caráter consensual de tais instâncias, assim como a hierarquia entre elas, se existente. Resposta: Conforme o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ), de 1920, são fontes do Direito Internacional: as convenções e tratados internacionais, os costumes internacionais, a jurisprudência, a doutrina e os princípios gerais do Direito. A doutrina e a jurisprudência são meios auxiliares, não constituindo fontes em sentido técnico. Entre elas não há hierarquia, podendo ser aplicadas no depender da situação. 7. De acordo com a Convenção de Viena de 1969 sobre o Direito dos Tratados, apresente o conceito de tratado, e as condições que um Estado precisa atender para aceitar o seu conteúdo. Resposta: Tratado significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica. Ele recepciona um conjunto de indivíduos com potencial credenciado pelo país de origem que habilita a realizarem negociações em nome do país de origem para adoção de um determinado conteúdo. Alguns precisam de aprovação do Congresso Nacional Brasileiro nos termos do art. 49, I da CF. As condições: "ratificação", "aceitação", "aprovação" e "adesão" significam, conforme o caso, o ato internacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no plano internacional o seu consentimento em obrigar-se por um tratado. 8. De acordo com a Convenção de Montevidéu sobre os Direitos dos Estados, é possível dizer que o reconhecimento de um país, por outros, é necessário para a sua existência política? Resposta: A Convenção de Montevidéu diz que os elementos constitutivos de um Estado são: uma população fixa vinculada em síntese a um território, sendo regido por uma autoridade central que se apresenta capaz de negociar com outros Estados. Então, primeiramente é preciso uma população fixa, um território, ação/governo/poder central que exerça soberania e a capacidade de negociar com outros estados. São eles que caracterizam um Estado dentro da Convenção de Montevidéu sobre os direitos e deveres dos Estados. O reconhecimento não impossibilita e inviabiliza a existência política do Estado. Quando um Estado não é reconhecido por outros, não significa necessariamente que ele não tem direito de se organizar politicamente. 9. O Congresso Nacional precisa ser ouvido previamente na ratificação de todos os tratados e convenções (sentido amplo) firmados pelo Brasil. Esta assertiva é verdadeira ou falsa? Resposta: A assertiva é falsa. Aqueles que não importarem em elementos gravosos ou se transformarem em situações ou circunstâncias de medo complementos ou protocolo aficionado de tratado e já foram reconhecidos pelo Congresso Nacional como úteis não precisam passar pelo mesmo. Em situações que sejam gravosas ao patrimônio nacional, seja em termos políticos e financeiros o Congresso Nacional precisa deliberar por meio de decreto legislativo e autorizar o Presidente da República a realizar a ratificação do tratado. A situação está presente nos arts. 49, I e 84, inciso VII e VIII da CF. 10. O presidente da República pode, por ato próprio, denunciar tratados? Justifique. Resposta: O art. 84, VII da CF menciona que cabe ao Presidente da República manter relações internacionais com os demais Estados e ser o “fiel da balança” no que se refere a gestão da relação internacional do Brasil. Ocorre que em 1996 o presidente da época denunciou uma Convenção da OIT por meio do Dec. 2100/96 e esse decreto aboliu a Convenção da OIT que falavasobre a dispensa com justa causa das relações de trabalho. O Brasil se retirou dessa convenção, denunciou e o termo técnico para a saída de um país de um ato internacional é a denúncia. A posição majoritária da doutrina até agora é que sim, porém existe a tramitação de uma ADIN que refere-se sobre a possibilidade de isso não mais acontecer. 11. O que é uma concordata? Resposta: Em Direito Internacional as concordatas são tidas formalmente como tratados strictu sensu, reguladas pelos princípios gerais dos tratados. A Santa Sé pode, todavia, celebrar outros tipos de tratados internacionais com Estados, de modo que os acordos sobre temas não religiosos não são concordatas. Então, é um ato/tratado firmado exclusivamente com a Santa Sé que é o nome dado a organização central do estado do Vaticano. 12. O que é necessário para que um tratado internacional passe a integrar o chamado “bloco de constitucionalidade”? Resposta: Para que um tratado internacional passe a integrar no bloco de constitucionalidade é necessário que seu conteúdo tenha a mesma importância de uma norma constitucional no poder constituinte derivado. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 13. Quais são as garantias de trato diferenciado, ou imunidades, conferidas às representações estrangeiras no Brasil? Nesse pensamento, discorra acerca da ideia de reciprocidade. Resposta: A imunidade diplomática é um princípio estipulado na Convenção de Viena de 1961, na qual, garante que o agente diplomático será protegido de abusos, coações, pressões e ameaça no país visitante. Em resumo, o diplomata deve ser livre para situar-se no país em trabalho. Este princípio é concedido como ato de respeito em Ordem Internacional de inúmeros órgãos estatais estrangeiros. Ademais, este princípio não é regido apenas sob uma única pessoa, mas sim, a um Estado. Resulta-se na relação entre o Estado que garante a proteção e aquele quem recebe. As imunidades diplomáticas podem ser de caráter penal, tributário, civil e trabalhista. O propósito é tornar o diplomata imune a jurisdição do Estado acolhedor. Além, da imunidade jurisdicional, o agente diplomático tem o direito a inviolabilidade da Missão Diplomática, ou seja, não será violado no local do evento, nem suas documentações e comunicações referente a Missão. Deste modo, concede a inviolabilidade local da missão, significa que não pode exercer o poder mesmo por meio de um mandado judicial com intuito de invasão. A localidade pode ser das mais diversas, apartamento, meio marítimo, casa, museu, o qual, não será motivo de invasão. Por último, a inviolabilidade de pertences pessoais do diplomata e de sua pessoa em si. 14. Existe diferença entre representação diplomática e consular? Justifique. Resposta: As relações diplomáticas e consulares são importantes para manter uma atmosfera de cordialidade entre as nações, o que não significa dizer que estas serão necessariamente aliadas. As relações diplomáticas e consulares divergem em seu papel de atuação. Enquanto a diplomacia trata dos assuntos dos Estados, os cônsules cuidam dos interesses dos particulares, ou seja, de pessoas físicas e jurídicas no exterior. Os cônsules exercem funções de registro, como contratos e registros de nascimento, casamento, etc. Outra função é zelar pelos nacionais de seu país de origem quando encontram-se em situações delicadas, como em casos de enfermidade, óbito ou problemas jurídicos. Por esses motivos os consulados ficam nas cidades onde há maior concentração de particulares que precisarão eventualmente de auxílio. Diferentemente do cônsul, o diplomata assume um papel político, em que é encarregado de representar seu Estado na comunidade internacional. Além disso, desempenha o papel de negociar os interesses de sua nação perante a outra. Também é função do diplomata informar o Estado acreditante, ou seja, seu Estado de origem, sobre as condições presentes no país acreditado, que é onde exerce sua missão. A embaixada deve necessariamente se encontrar na capital de cada Estado para exercer suas funções políticas. 15. As famílias dos representantes acreditados recebem tratamento diferenciado? Justifique. Resposta: Sim. A imunidade diplomática é um conjunto de privilégios de caráter extensivo, ou seja, estes direitos recaem sobre os familiares do diplomata, porém precisam ser residentes do país de origem do agente. É notório que a imunidade diplomática é desfrutada em abundância apenas pelos familiares do agente diplomático, já que estes possuem exatamente os mesmos requisitos de imunidade, exceto a imunidade jurisdicional (penal, civil e trabalhista), sendo o restante a mesma imunidade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o_de_Viena_sobre_Rela%C3%A7%C3%B5es_Diplom%C3%A1ticas https://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o_de_Viena_sobre_Rela%C3%A7%C3%B5es_Diplom%C3%A1ticas
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