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14/03/2022 1 PROFESSORA TÉSSIA BORJA Doutora em Laser/ Ortodontia (UNICSUL/SP) Mestre em Odontopediatria/ Ortodontia (UNICSUL/SP) Especialista em Ortodontia (CIODONTO/ MG) Graduada em Odontologia (UEPB/PB) Pós Graduada em Ortopedia Funcional dos Maxilares (UNIFIP/ PB) Habilitada na Técnica Ortodôntica Invisível 3D BOT (CPO/PE) Habilitada em Harmonização Facial pelo UNIFIP/PB e Facial Academy (FA) Residência em Harmonização Facial pelo UNIFIP/PB Especializanda em Harmonização Facial pelo IOA/PB Membro do Corpo Editorial e Revisora Científica da Revista The Open Brazilian Dentistry Journal e The Journal Dentist Editora Convidada do International Journal of Dental Medicine Professora da Graduação e Pós Graduação em Ortodontia do UNIFIP /PB CLÍNICA DA DOR OROFACIAL E DTM @tessiaborja MULTIFATORIAL FATORES FÍSICOS 1 FATORES SOMÁTICOS 2 FATORES LOCAIS 3 1- Relações de contatos oclusais e incisais 2- Estado geral de saúde; status social; condição psicológica 3- Atividade muscular e articular- ATM 75% da população mundial tem pelo menos um SINAL de disfunção articular. 33% da população mundial tem pelo menos um SINTOMA. Ruídos articulares e ou desvio de abertura ocorrem em 50% dos indivíduos NORMAIS. As MULHERES apresentam mais cefaléias, estalidos e sensibilidade muscular e articular. 5 a 7% da população que exibem sinais e sintomas, apresentam necessidade de TRATAMENTO. ANAMNESE EXAME CLÍNICO + Queixas Fatores Etiológicos Diagnóstico Diferencial Análise Funcional da Oclusão ANAMNESE 14/03/2022 2 Estabelecimento de um correto diagnóstico baseado nos sintomas relatados pelo paciente Dores, problemas emocionais, história médica pregressa e história odontológica QUEIXA PRINCIPAL Classificação do sintoma da DOR CRONICIDADE: aguda ou crônica. LOCALIZAÇÃO: uni ou bilateral, migratória, disseminada, superficial, profunda. QUALIDADE: contínua, pulsátil, queimação. INTENSIDADE: branda, moderada ou severa. FREQUÊNCIA: número de vezes que ocorre DURAÇÃO: momentânea (hs,min) e contínua FATORES AGRAVANTES E ATENUANTES Classificação do sintoma da DOR Dor aguda é característica de disfunção transitória, observar fatores oclusais e posturais ou endodônticos. Escala analógica da DOR HÁBITOS PARAFUNCIONAIS: Apertar e ranger os dentes Mascar chicletes Morder objetos Chupar dedo Roer unhas Morder os lábios ou bochecha Mastigação unilateral FATORES PSICOGÊNICOS: Estresse emocional Tensão Tranquilizantes para dormir Acompanhamento psicológico 14/03/2022 3 FATORES PSICOGÊNICOS: Os fatores psicológicos podem influenciar patologias nas ATMs. 40 a 50% dos portadores de DTM tem alterações psicológicas. A incidência da depressão é 5 vezes maior em pacientes com DTM. INDICE ANAMNÉSICO SIMPLIFICADO Í N D I C E A N A M N É S I C O EXAME CLÍNICO Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATMs Teste com espátula de madeira 14/03/2022 4 Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira CHAVES DA OCLUSÃO- ANGLE: Classe I Classe II Classe III Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira F Face assimétrica Face normal Classificação de Angle Simetria facial Abertura Bucal Máxima Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira Paciente com limitação de abertura Abertura bucal máxima normal (+ - 45 a 50mm) 14/03/2022 5 1ª etapa: ROTAÇÃO CONDILAR distância entre 18-22 mm 2ª etapa: TRANSLAÇÃO CONDILAR distância entre 36-45 mm Normalidade, trajetória sem desvios Descordenação unilateral do disco Trajetória de abertura máxima com desvioTrajetória com limitação e desvio mandibular Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira LADO DE TRABALHO Lado ao qual a mandíbula se desloca durante a função mastigatória Desoclusão pelo canino Desoclusão por função em grupo completa Desoclusão por função em grupo parcial Desoclusão por função em grupo anterior LADO DE BALANCEIO Não deve apresentar nenhum contato dentário na oclusão natural. Interferência oclusal- quando impede ou dificulta o padrão da desoclusão normal do lado de trabalho. Necessita de ajuste por desgaste seletivo. 14/03/2022 6 Deslizamento dos dentes anteriores inferiores contra os dentes anteriores superiores durante o movimento de protrusão pura, sem contato nos dentes posteriores. Quando há interferência nos dentes posteriores ou sobrecarga nos anteriores deve-se realizar o ajuste da oclusão. Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira Puntiformes Aproximarem-se do centro do dente Mesma intensidade de cor dos contatos dos adjacentes Não devem ser “percebidos” pelo paciente Prenderem o carbono com a mesma intensidade dos adjacentes Não impedir ou dificultar os movimentos mandibulares excursivos Mais intensos nos dentes posteriores Mais suaves nos dentes anteriores Maior número e distribuição possível nos arcos INTERFERÊNCIA OCLUSAL DURANTE OS MOVIMENTOS MANDIBULARES- Contato oclusal anormal que dificulta ou impede a realização dos movimentos excursivos mandibulares harmoniosos. Causada por perdas dentárias e mau posicionamento (extrusões, giroversões), restaurações inadequadas. Extremamente nocivo quando ocorre no lado de não trabalho, durante o movimento lateral. Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares (DVR/DVO/EFL) Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira 14/03/2022 7 Dimensão Vertical Postural (DVP) ou de Repouso (DVR): Distância vertical da mandíbula quando ela se encontra na posição de repouso ou postural. Posição mais estável da mandíbula. Dimensão Vertical de Oclusão(DVO): Dimensão da face quando os dentes estão em máxima intercuspidação. Espaço Funcional Livre (EFL): Espaço existente entre a DVR e a DVO. Quando este espaço não é respeitado desenvolve dificuldades fonéticas, dor muscular e articular. (1-4mm) 1- 4mm Relação Cêntrica: posição mais ântero-superior dos côndilos nas fossas articulares Oclusão em Relação Cêntrica(ORC): coincidência da posição dentária em PMI com a posição condilar de RC. Trespasse vertical, overbite ou sobremordida: distância em que os dentes de um arco projetam-se verticalmente sobre os do arco antagonista em MIH. Valores médios normais: em torno de 2mm Valores médios normais: entre 1-2 mm Trespasse horizontal, overjet ou sobressaliência: Distância em que os dentes maxilares projetam-se horizontalmente sobre os mandibulares em MIH 14/03/2022 8 Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrõesde desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira FACETAS DE BRUXISMO Superfície achatada, polida, brilhosa e se localizam em pontos bem definidos (pontas de cúspides, bordas incisais) de dentes antagonistas. Lisas e coincidentes. FACETAS DE APERTAMENTO Hábito parafuncional de apertamento dentário. Irregulares, não-coincidentes e sem brilho. FACETAS FUNCIONAIS Resultante de um desgaste causado pela atrição natural entre dentes, adjacentes ou antagonistas, decorrentes das atividades funcionais normais. São regulares, não coincidentes e sem brilho. EROSÃO DENTÁRIA OU PERIMÓLISE Mais comuns nas superfícies vestibulares dos dentes superiores ou nas palatinas dos dentes anteriores superiores e inferiores. ABFRAÇÕES Nível cervical, forma de cunha e não possuem processo carioso ativo. Grandes esforços laterais como bruxismo, apertamento e contato prematuro. Especialmente localizados nos pré- molares, molares e caninos. 14/03/2022 9 Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Auscutação e palpação das ATM’S Teste com espátula de madeira Detectar áreas mais afetadas pela disfunção Avaliar o grau de normalidade de cada indivíduo Palpação bidigital, bimanual e bilateral Procurar por edemas, áreas endurecidas e pontos dolorosos O paciente poderá sentir pressão, desconforto ou dor Dor? Desconforto? Sensação dolorosa? Leve pressão? MASSETER Origem: porção inferior do arco zigomático Inserção: borda inferior do ramo da mandíbula Palpação bidigital e bilateral Movimentos circulares MASSETER Sensação dolorosa? Dor? Desconforto? Leve pressão? TEMPORAL Porção Anterior: arco zigomático em sua porção mais anterior (têmporas) Porção Posterior: região superior da orelha externa TEMPORAL Sensação dolorosa? Dor? Desconforto? Leve pressão? 14/03/2022 10 PTERIGOIDEO MEDIAL Dedos posicionados na altura do ângulo da mandíbula PTERIGOIDEO MEDIAL Sensação dolorosa? Dor? Desconforto? Leve pressão? PTERIGOIDEO LATERAL Palpação intra-oral buscando a inserção na altura do disco e cápsula articular na fossa pterigoidea (pouco confiável) PTERIGOIDEO LATERAL Músculo mais afetado nos pacientes com DTM- diagnóstico mais difícil e importante PTERIGOIDEO LATERAL MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS - PALPAÇÃO Pterigóideo Medial Pterigóideo Lateral 14/03/2022 11 ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO TRAPÉZIO SUPERIOR Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Palpação e Auscutação das ATM’S Teste com espátula de madeira PALPAÇÃO LATERAL Simultânea e bilateral Dor pode está relacionada à capsulite ou sinovite PALPAÇÃO POSTERIOR OU DORSAL Simultânea e bilateral A dor indica condições inflamatórias retrodiscais ou traumatismo mecânico na região. PALPAÇÃO DORSAL MODIFICADA A auscultação oferece melhor discernimento quanto aos ruídos articulares. SALTO- som surdo (ruído abafado) Saída ou retorno súbito do côndilo em relação a fossa ESTALIDO- Som agudo (ruído seco) Mais comum - deslocamento com redução CREPTAÇÃO- ruído grave Atrição entre superfícies 14/03/2022 12 Classificação de Angle Simetria facial Abertura bucal-DVR-DVO-EFL Padrões de desoclusão- lateralidade e anterior Contatos oclusais Relações maxilomandibulares Facetas de desgaste Palpação muscular Palpação e Auscutação das ATM’S Teste com espátula de madeira Além dos testes de resistência deve-se proceder ao teste com espátulas de madeira interpostas entre as arcadas, no lado esquerdo, direito, em ambos os lados e em protrusão. Quando colocamos um anteparo entre os dentes do lado da ATM sensível e ocorre aumento da dor, significa que as estruturas articulares e periarticulares estão afetadas. Se o paciente acusa alívio, possivelmente pode haver um problema de disco. Quando colocamos o anteparo do outro lado da ATM envolvida se aumenta a dor, o problema é de ordem muscular. @tessiaborja
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