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OCLUSÃO 1º E 2ª BIMESTRE INTRODUÇÃO É o ato ou efeito de fechar (no caso a Boca). “O encontro dos dentes superiores e inferiores, quando a mandíbula se aproxima dos maxilares, pela ação dos músculos mastigatórios.” “É a relação dos dentes maxilares e mandibulares quando estão em contato funcional durante a atividade da mandíbula” (Dorland, 1985) >Só haverá “oclusão” quando há deglutição, em outros momentos devemos estar em descanso/repouso. >É sempre importante ao primeiro contato com o paciente realizar o estudo clinico, pois é a partir dele que analisaremos: • Sinais e Sintomas (1º sinais geralmente) • Dentes sensíveis • Desgastes excessivos • Dentes abalados • Desordens na ATM • Dor orofacial Etc... >Benefícios do estudo clinico: • Conforto do paciente • Longevidade da restauração • Estabilidade oclusal • Estresse diminuído Estética melhorada • Plano de tratamento mais preciso Etc... *E qual é o OBJETIVO da oclusão? R: Manter a integridade funcional do sistema mastigatório. ATRIÇÃO • Desgaste fisiológico • Diminuição do esmalte ou/e dentina • Fricção dente a dente – bruxismo (cerramento dos dentes) ABRASÃO • Desgaste – fricção dente com material exógeno (escovação vigorosa, cocaína (esfregar nos dentes), creme dental clareador) ABFRAÇÃO • Sobrecarga oclusal • Quebra do esmalte (cervical) por esforço oclusal (mal posicionado) EROSÃO • Dissolução química (sulco gástrico –regurgitação- xerostomia, bebidas, medicamentos – ph mais ácido-) dos tecidos dentais mineralizados – acidez FRATURA OU TRINCA • Quebra ou rachadura de alguma parte do dente (dentes fracos, material externo, hábitos parafuncionais). A má oclusão pode causar dores na musculatura levando a sensibilidade e dor de cabeça. Sistema estomatognático (ANATOMIA DA MASTIGAÇÃO E ATM) “É uma entidade fisiológica e funcional perfeitamente definida e integrada por um conjunto heterogêneo de órgãos e tecidos cuja biologia e fisiopatologia são absolutamente interdependentes.” (Dr. Vartan Behsnilian) • Sistema que compreende: lábios, dentes, Maxila e Mandíbula, língua, glândulas salivares, bochechas, suprimento nervoso e vascular, músculos e articulação temporomandibular. (Ligamentos e tecido de suporte) >Unidade anátomo funcional do organismo. >Agem harmoniosamente na realização de variadas tarefas funcionais. • Sua função: mastigação, deglutição, fonação, respiração, estética, registro das sensações, sensitiva e motora. (Oclusão) >Estabelecer um equilíbrio entre ATMs, musculatura e oclusais dos dentes (contato dentário). >Na complicação (hábitos parafuncionais ...bruxismo, apertamento), os músculos sempre tentarão consertá-la (anatomia), e os dentes sempre perderão (acabam perdendo sua integridade). Requisitos principais: • ATM confortável e estável (as duas) • Músculos mastigatórios sem sintomatologia (s/ cansaço, s/ dor) • Dentes sem interferência (siso na posição errada, restauração alta) MÚSCULOS >Mastigação: • Elevadores ou fechamento: masseter (profundo e superficial), temporal e pterigoideo medial (profundo e superficial). • Depressor/protusor ou abertura: pterigoideo lateral. • Digástrico. >Língua: • Extrínseco: genioglosso, hioglosso, estiloglosso, palatoglosso. • Intrínseco: longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso da língua, vertical da língua. >Face (boca): orbicular da boca, abaixador do ângulo da boca, levantador do ângulo da boca, zigomático maior, zigomático menor, levantador do lábio superior, levantador do lábio superior, risório, abaixador do lábio inferior, mentual, bucinador. >Quando o sistema precisa deslocar a ATM para intermaxicuspidar (encontro das cúspides inf. e sup.) os dentes, temos uma desarmonia entre a oclusão e as ATMs. >Os músculos vão sempre sobressair sobre os dentes e articulações. (São a parte mais forte do sistema) >Existe a harmonia oclusal, quando os músculos não são colocados em atividades continuas, sem chance de descanso. (Descanso muscular: sem contato dentário); >ATM (articulação temporomandibular): • A ATM é uma articulação sinovial e, portanto permite amplos movimentos da mandíbula em torno do osso fixo que é o temporal. Movimento de dobradiça em um plano; e movimentos de deslizamento também, assim sendo considerada uma articulação ginglimoartrodial (movimento de dobradiça) • Articulação bilateral, interligadas pela mandíbula e interdependentes (podem fazer um movimento diferente do outro, mas não podem se mexer sem afetar uma a outra), como movimentos próprios e simultâneos. • Conjunto de pares ósseos (côndilo e fossa mandibular) e partes cartilaginosas (disco articular e cápsula articular) • Movimento de rotação (não sai da cavidade articular) e translação (sai da cavidade articular e rotacional para frente); • Impulsos proprioceptivos (dentes, ATM e ligamento periodontal) são gerados também em nível dos dentes e estruturas bucais. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO • Elevadores ou fechamento: masseter (profundo e superficial), temporal e pterigoideo medial (profundo e superficial). • Depressor/protusor ou abertura: pterigoideo lateral. • Digástrico (protusão e retrusão da mandíbula) e Supra- hioideos. >Todos os músculo da mastigação se originam no crânio e inserem- se na mandíbula; >Todos os músculos da mastigação são inervados pelo nervo mandibular (V3), umas das divisões do nervo trigêmeo (V); >Todos os músculos da mastigação são derivados do 1º arco faríngeo; >Os movimentos da mandíbula são classificados como: Elevação, abaixamento, propulsão, retrusão e lateralidade. >Masséter: fechamento poderoso da mandíbula; (ponto de apoio – fulcro – e quanto mais posterior mais carga ele recebe) >Temporal: divide-se em duas “folhas” para abraçar a margem superior do arco zigomático por dentro e por fora; (ação mais suave) >Pterigoideo lateral: é o mais curto dos músculos da mastigação, é o único que se relaciona com a articulação temporomandibular. Desempenha o movimento de protusão (levar o queixo para frente). Sua 1º abertura é o movimento de rotação e quando age sozinho realiza um movimento de lateralidade e serve para estabilizar o disco articular (cartilagem de movimentação) >Pterigoideo Medial: tem sua área profundo e superficial, com ação de fechamento, propulsão e lateralidade; sua área profunda se origina no túber da maxila e o profundo na lâmina lateral do processo pterigóideo, com inserção no ramo e ângulo da mandíbula. >Digástrico com ação de retração e protusão da mandíbula, se origina na incisura mastoidea, e inserção na fossa digástrica. >Quando a mandíbula se abre, os músculos depressores se contraem, quanto os músculos elevadores relaxam. O ventre inferior do músculo pterigoideo lateral se contrai durante a abertura. >A medida que ocorre fechamento, os músculos elevadores se contraem enquanto os músculos depressores relaxam. MÚSCULOS DA LÍNGUA • Extrínseco: genioglosso, hioglosso, estiloglosso, palatoglosso; • Intrínseco: longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso da língua, vertical da língua. MÚSCULOS DA BOCA E EXPRESSÕES FACIAIS • Orbicular da boca, abaixador do ângulo da boca, levantador do ângulo da boca, zigomático maior, zigomático menor, levantador do lábio superior, levantador do lábio superior, risório, abaixador do lábio inferior, mentual, bucinador. >Inervados pelo nervo facial; >Derivados do segundo arco faríngeo; >Inserem-se na pele para permitir o movimento; >Não há fáscia (lâmina de tecido fibroso na qual se fixam alguns músculos) profunda na face. ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM) >Partes ósseas: côndilo e fossa mandibular >Partes cartilaginosas: disco articular e cápsula articular >O côndilo mandibular está posicionado dentro da fossa mandibular do osso temporal >Articulação composta (pelo menos 3 ossos) – mas a ATM tem apenas 2 + disco articular>Funcionalmente o disco articular age como um osso não calcificado eu permite os movimentos complexos da articulação. >DISCO ARTICULAR: tecido conjuntivo fibroso denso, na maior parte desprovido de vasos sanguíneos e fibras nervosas – a periferia é + - inervada –. Dividido em 3 partes (espessura): • Área central (mais fina) é a ZONA INTERMEDIÁRIA • Área posterior (mais espessada) BORDA POSTERIOR • Área anterior (mais ou menos espessada) BORDA ANTERIOR • Durante o movimento o disco é, de certa forma flexível e pode se adaptar às demandas funcionais das superfícies articulares (morfologia ok neste processo) • O DISCO está inserido em uma região de tecido conjuntivo frouxo que é altamente vascularizada e inervada. *tecido retrodiscal ou ligamento (zona bilaminar) >É inervada pelo nervo trigêmeo (fornece inervação motora e sensitiva) >Ricamente suprida por uma variedade de vasos que a circundam – artéria temporal superficial (posterior), artéria meníngea média (anterior) e a artéria maxilar interna (inferior) Princípios da oclusão >Oclusão ideal • Seria todo o sistema funcionando adequadamente >Oclusão perfeita • Estética (atendendo aos padrões do paciente e do profissional) e funcionalidade >Objetivo Avaliar: • Contatos dentais perfeitos e balanceados • Tônus (posição de descanso) muscular ideal • Ausência de sinais e sintomas • Estética perfeita (é subjetivo, pois o contato pode estar funcional mas não ter uma estética agradável – não incomoda o paciente) >História • 1899 Edward Angle – Oclusão balanceada • Seus principais adeptos são Mc’Collun, Stuart e Stallard que preconizam uma relação harmoniosa das superfícies oclusais e incisais de todos os dentes em todas as posições cêntrica e excêntricas, dentro da variação funcional da mastigação e deglutição. • Em todo movimento, todos os dentes devem encostar • Teoria baseada no uso de prótese • Escola Gnatológica – tudo fora do conceito deles estava errado • Mexiam em todos os dentes >Oclusão orgânica ou mutuamente protegida: • Seguintes características: • Relação cêntrica de oclusão; • Contato oclusal bilateral em RC (estabilidade oclusal); • Intercuspidação cúspide x fossa (um dente contra um dente); • Direcionamento das forças no longo eixo dos dentes; Cêntrica justa (tripoidismo); • Guia canina de D’amico; • Guia anterior de Schuyler ; • Mesa oclusal estreita. >Sinais e Sintomas • Retração • Perda óssea • Trinca • Sobrecarga dos posteriores • Aparelho para estética >Relação Maxilo- Mandibulares • Relação Cêntrica (RC) • Máxima intercuspidação Habitual (MIH) • Oclusão de Relação Cêntrica (ORC) >Relação Cêntrica ” É uma posição crâniomandibular onde o côndilo e disco articular estão firmemente alojados na posição mais anterior e superior da cavidade glenóide, fixados por ligamentos e músculos; praticamente imutável, fisiológica, reproduzível, ponto de partida para exame de diagnóstico e tratamento restaurador e de problemas oclusais, não dependendo de dentes e contatos dentários.” • Não pode depender de dente pois nesse caso o paciente não tem dente. • Surgiu para paciente de PT (sem dente superior e inferior) • Um paciente sem dente ... como saber como é a oclusão correta¿ • Disco bem posicionado entre eles (côndilo anterior e superior na cavidade articular) • Qual espaço que temos para a maxila e para a mandíbula¿ • Qual a minha referência ¿ • É uma posição estritamente relacionada à posição condilar, não apresentando nenhuma relação com os contatos dentários. • Em testes eletromiográficos, sugerem que os músculos da mastigação funcionam harmonicamente e com menor intensidade quando os côndilos estão em RC, enquanto os dentes estão em MIH - MAIS superior MAIS anterior MENOR gasto de energia • Posição ligamentosa • Tônus muscular e o conjunto disco/côndilo • A força direcional dos músculos elevadores primários (temporal, masseter, pteriogoideo medial) coloca os côndilos na fossa numa posição supero-anterior. • Posição de músculos e ligamentos, onde se mantem TÔNUS (equilíbrio) MUSCULAR (nem relaxado, nem contraído) • Principalmente os músculos elevadores Aparelho para funcionalidade >Indicações: (arco completo) • Reabilitação (bruxismo severo – desgaste de todos os dentes) oral extensa com problemas periodontais ou perda de dimensão vertical; • Como guia nos procedimentos de ajustes oclusais (desgastando o suficiente para estar funcional) • Patologias oclusais • Dores Orofaciais (usar placas miorelaxantes – levando para RC – melhor eficiência mastigatória com menor gasto de energia) • A determinação da relação Cêntrica antes do tratamento restaurador e reabilitador, é de estrema importância; O OBJETIVO É: conseguir a MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO, sem necessitar que as ATMs desloquem. • A POSIÇÃO IDEAL inclui o disco articular adequadamente alinhado. • POSTURA CENTRICA ADAPTADA: -Fora da condição ideal (RC=IMC) -Deslocamento do disco • TÉCNICAS DE OBTENÇAO DE R.C -Manipulação frontal (anterior) de RAMFJORD -Manipulação bilateral de Dawson • Construir em RC e não em MIH >Manipulação mandibular para a obtenção da relação cêntrica • Deve ser guiada, por que há tendência de levar o fechamento próximo à MIH; • As várias técnicas não devem forçar a mandíbula (sem sinais de dor) Intercuspidação Máxima = todos os dentes encostando • A mandíbula vai estar mais retraída em relação a maxila (para trás); >Manipulação Bilateral de Dawson I. Posicionamento atrás do pct e com ele sentado a 45º II. O manipulador por realizar o procedimento sentado ou em pé III. Posicione 4 dedos no ramo da mandíbula, dedo mindinho ligeiramente no ângulo da mandíbula IV. Os polegares devem ser colocados no mento, acima da sínfise, sem pressão inicial V. Com a mandíbula levemente aberta, apenas rotação condilar, e com uma leve pressão, para não ativar os músculos, posicione a mandíbula mais para posterior e peça para o paciente fechar; VI. Pressão dos dedos no ramo, para cima e dos polegares para baixo • RC com MIH = 1% da pop. • Oclusão – individual e dinâmica >Manipulaçao frontal de Ramfjord • Posicionamento a frente do paciente e com ele sentado a 45º • Manipulador deve realizar o mov. em pé • Polegar na posição da sínfise e demais dedos apoiando na parte inferior do mento, abraçando o queixo • Uma leve pressão aplicada para baixo, para trás e para cima >Registro da RELAÇÃO CÊNTRICA • Todos os dispositivos devem ter como objetivo principal, separar os dentes posteriores, desativando os músculos de fechamento • Devem ser usados juntos com a manipulação mandibular SERVEM: auxiliar a manipulação, confeccionar o registro oclusal e a desprogramação da ATM Máxima intercuspidação habitual (M.I.H) “Maior número de contatos dentários e, na maioria absoluta, ela não coincide com a RELAÇÃO CENTRICA” > Indicação: • Próteses fixas unitárias ou no máximo constituída de 4 elementos (PPR) • Preservação da ESTABILIDADE OCLUSAL Relação de Oclusão Cêntrica “É a posição na qual coincidem RC e MIH, isto é, quando maior número de contatos dentários coincide com a posição de RC dos côndilos” >Posição ideal: porque não há nenhum tipo de deslizamento ou prematuridade, permitindo a posição ideal dos côndilos. >Sistema equilibrado >Eficiência na mastigação >Melhor direcionamento de cargas oclusais >funcionamento ideal dos músculos Dimensão Vertical (D.V) • “Altura do terço inferior da face ou a relação espacial da mandíbula em relação à maxila no plano vertical” • Uma posição de conveniência protética • Parâmetros estéticos ou funcionais • Dimensão vertical é o espaço intermaxilar disponível, entre a maxila e a mandíbula posicionada pelos músculos • Os dentes se erupcionam no espaço até se encontrarem na relação maxilomandibular,já estabelecida (desde a infância) Diminuições dentárias são compensadas por um aumento concomitante na altura óssea alveolar (não é regra) **(Com a reabsorção o espaço aumenta)** **(Com a extrusão o espaço diminui)** • Imutável e não depende de dente (já está predeterminada) Dimensão Vertical de Oclusão (D.V.O) • É relação maxilomandibular, estabelecida pelo comprimento contraído repetido dos músculos elevadores • Se refere à posição vertical da mandíbula em relação à maxila quando os dentes superiores e inferiores estão intercuspidados na posição mais fechada (MIH) -Contato dentário -Maxila – Mandibula > contato dentário #paciente desdentado sem a prótese tem DVO¿ - não!!!!! Porque ele não tem dente :p • DEPENDE DE DENTE >ESPINHA NASAL ATÉ A BASE DO MENTO 1. Aumento da dimensão vertical 2. Extrusão (expulsar - processo pelo qual a coroa dentaria erupciona além do plano oclusal) dos anteriores 3. Extrusão dos posteriores Dimensão Vertical de Repouso (D.V.R) • Quando um musculo não está hipotônico nem hipertônico, ele está em repouso (TÔNUS MUSCULAR) • Leve contração muscular para manter a postura e alinhamento dos ossos • Espaço entre mandíbula e maxila com músculos em repouso • NÃO ENCOSTA DENTE • NÃO PRECISA DE DENTE • Um desdentado por estar em DVR Espaço Funcional Livre (E.F.L) • É o espaço da fala (ponto de descanso – mastigação) • Espaço entre os arcos dentários SEM CONTATO DENTÁRIO • Tônus muscular • Pode variar 2 a 4 mm (média 3 mm) • DEPENDE DE DENTE DVR = DVO + EFL DVR – DVO = EFL DVR – EFL = DVO OBS: >Como mandar RC para o protético¿ - Registro de mordida em cera >Placa miorelaxantes: - RC: encostar os dentes na cera ... não perfurando - Côndilo na cavidade glenóide (fechar até sobrar 2mm) >Reabilitação: RC + MIH MOVIMENTOS MANDIBULARES DETERMINANTES ANATÔMICOS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO • Articulação temporomandibular • Oclusão dentária (maxilo-mandibular) • Sistema neuromuscular (propriocepção) • Estado emocional (apertamento dentário, bruxismo, espasmo muscular) FATORES • Posição fisiológica inicial – RC • Tipos de movimentos – rotação ou translação • Direção do movimento e em que plano (sagital, frontal, horizontal) ocorre (elevação, abaixamento, protusão, retrusão, lateralidade) • Grau do movimento e sua relação com as superfícies oclusais (abertura máxima 40mm) • Significado clinico do movimento #Rotação: movimento de um corpo ao redor de seu centro (horizontal – protusão e retrusão / frontal – abertura e fechamento, dobradiça / sagital – lateralidade) #Translação: movimento de um corpo quando todos os seus pontos se movem em uma mesma direção ao mesmo tempo. #Protusão: movimento mandibular na direção póstero-anterior de aproximadamente 10mm. (Côndilos deslizam sobre a eminencia articular, e simultaneamente os dentes Incisivo central e incisivo lateral inferior deslizam sobre a fossa lingual dos Incisivos central superior e incisivos laterais superiores.) – saindo da cavidade articular • Protusão – translação – translação – protusão MOVIMENTOS BORDEJANTES • Movimentos mandibulares extremos, limitado por estruturas anatômicas Plano sagital (direita / esquerda) 1. RC 2. MIH 3. Inicial topo a topo (incisal) 4. Final topo a topo 5. Início da protusão 6. Protusão máxima 7. Abertura máxima 8. Fim do movimento de translação e fechamento inicial Plano horizontal (superior / inferior) 1. Lateral esquerda 2. Lateral esquerda com protusão 3. Lateral direita 4. Lateral direita com protusão Movimento de Lateralidade • Lado de trabalho (movimento da mandíbula) • Lado de balanceio (lado oposto) • Guias de trabalho Guia canina (lado de trabalho com desoclusão em canino, tamanho da raiz, proporção coroa/raiz e bossa canina) Guia em grupo (lado de trabalho com desoclusão em grupo de dentes) – o ideal é o canino, pré-molares e até mesio-vestibular do 1º molar – Envelope de movimento (envelope de posselt) • Engloba os limites bordejantes da movimentação dentária (ligamentos, ossos e músculos) • O lado que transladar é de balanceio (balanço) – vai sair da cavidade articular – • O lado que rotacionar (apenas) é o trabalho Plano frontal 1. Lateralidade máxima esquerda / topo a topo do canino 2. Abertura lateral esquerda / abertura máxima 3. Abertura lateral direita 4. Lateralidade máxima direita / topo a topo do canino Curva de compensação São curvas destinadas a compensar as inclinações da guia condilar (do movimento do côndilo) Curva de Speed: linha da tangência incisal de anteriores e cúspide vestibular de posteriores Curva de Wilson: tangência de cúspides dos dentes posteriores Classificação de Angle Classe I – normal Classe II – maxila avança 6andíbula Classe III – mandíbula a frente da maxila Determinantes verticais da morfologia oclusal • Altura de cúspides • Profundidade de cúspides Guia condilar (ângulo da eminencia = altura da cúspide) – quanto mais alta a eminencia mais alta a cúspide / quanto menor a eminencia menor a cúspide Quanto mais inclinada a eminencia, mais o côndilo é forçado a se movimentar inferiormente, aumentando a altura da cúspide. Guia anterior: (dentes anteriores) Classe II e classe III Transpasse vertical e horizontal dos dentes anteriores – pontos de referência – incisais dos dentes anteriores – maxila e mandíbula Transpasse horizontal (OVERJET) aumenta e o ângulo da GUIA CONDILAR diminui (cúspides posteriores mais planas) - projeção Transpasse vertical (OVERBITE) aumenta e o ângulo da GUIA ANTERIOR aumenta (cúspides posteriores mais inclinados) – profundidade da mordida ARTICULADORES Instrumento mecânico que representa a ATM, a maxila e a mandíbula, além de registrar e duplicar alguns movimentos mandibulares. “Para compreendermos a mobilidade mandibular em função protética é necessário um claro conceito de mobilidade mandibular normal. Sem ele não podemos interpretar os princípios que regem o registro dos movimentos e posições mandibulares nos desdentados, a doutrina dos articuladores, o funcionamento da prótese artificial nem os progressos futuros neste terreno” Vantagens • Melhora a visualização nas relações estáticas e dinâmicas dos dentes • Exame lingual da oclusão do paciente • Executar facilmente os movimentos e interferência não perceptíveis e diagnosticar clinicamente • Instrumento de aprendizagem da oclusão • Explicação ao paciente Ajustes comuns • Inclinação condilar • Ângulo de Bennett (15º) • Distancia intercondilar (30º) Montagem dos modelos • Obtenção dos modelos de estudo • Transferência com o arco facial • Montagem do modelo superior • Confecção do JIG e obtenção de registro interoclusão em RC • Montagem do modelo inferior Arco facial • Arco Facial • Garfo • Relator nasal • Distância das articulações aos dentes superiores • Relação entre plano horizontal de Frankfurt e o plano oclusal da arcada superior • Distância entre côndilos 1º Registro com o arco facial e montagem do modelo superior • Preparar o garfo de mordida para registro das cúspides dos molares e bordas incisais dos anteriores • Inserção do garfo de mordida para registro das cúspides dos molares e bordas incisais dos anteriores da maxila; (o cabo do garfo deve estar paralelo à linha mediana do paciente); (as cúspides dos molares não podem tocar o metal) • Posicionar o garfo de mordida na boca do paciente (paciente apoia com os polegares na região de pré- molares contra a maxila); (afrouxar os parafusos do arco) • Introduzir o arco facial no garfo de mordida (encaixe deve permanecer abaixo do cabo do garfo) • Introduzir as olivas nos condutos auditivos externos e apertar os parafusos de fixação do arco (apertando as parafusos de fixação do arco facial) • Posicionaro relator nasal (encaixar o relator nasal na barra transversal do arco apoiando no glabela do paciente); (posicionar de forma que o arco facial seja fracionado para frente); (apertar o parafuso do eixo nasal) • Apertar o parafuso de fixação do garfo de mordida (arco facial estabilizado pelo paciente) • Remoção do conjunto arco facial e garfo da boca • Posicionamento do conjunto no articulador já preparado • Montagem do modelo superior CLASSIFICAÇÃO DOS ARTICULADORES: A grande variedade dos articuladores em uso exige que os mesmos sejam classificados de tal forma que facilite sua organização. Mesmo assim, quando se pretende organizá-los os autores e estudiosos do assunto classificam-nos de formas diferentes gerando uma quantidade excessiva de classes que tornam o entendimento difícil. Saizar, em seu livro, faz uma discussão interessante à respeito destas classificações, procurando mostrar os diferentes conceitos entre os autores e as diferentes formas de distribuição das categorias dos articuladores, segundo suas características, mostrando que cada uma delas incorpora um erro comum. Assim, podemos citar resumidamente, Gysi (1930), que classifica os articuladores como sendo do tipo: a) oclusores, b) articuladores c) aparelhos que reproduzem a trajetória de mastigação; Heartwell (1958), que os classifica como: Classe I - aqueles que recebem registros gráficos em três dimensões Classe II, os que não recebem; Posselt (1962) que os classifica em: a) bisagra, b) de valores médios, c) adaptáveis; Tamaki (1977) que os classifica baseando-se nos dispositivos de rotação do ramo, na adaptabilidade das hastes (fixas ou adaptáveis) e quanto ao arco facial (com e sem o arco). PARTES COMPONENTES DO ARTICULADOR “Para compreender os articuladores, de uma forma geral, não é necessário descrevê-los separadamente. O fato de manipulá-los torna fácil distinguir a que grupo pertence, quais os recursos adotados pelo seu criador, para resolver os problemas, e com a mobilidade de suas peças, entender melhor o seu significado”. De uma forma geral, para que se torne fácil, o entendimento, podemos dividir o articulador em três partes; Corpo, Ramos e Guias. TERAPIA OCLUSAL As desordens temporomandibulares (D.T.M.s.) são cada vez mais freqüentes hoje, devido ao estresse da vida moderna, combinado ao acentuado grau de maloclusão decorrente da evolução do ser humano, que ingere uma dieta mais pastosa e que não promove o desenvolvimento adequado do Sistema Estomatognático. Vários tratamentos vêm sendo experimentados na tentativa de sanar ou mesmo minimizar os sintomas de dor de cabeça, dor de ouvido, dificuldade de abrir a boca, cansaço muscular, entre outros. Estes tratamentos são aplicados ao fator que é visto como o principal responsável pela desordem que é o fator oclusal. No entanto, sempre que o paciente não for visto de maneira holística, o problema será resolvido parcialmente, uma vez que a desordem temporomandibular se caracteriza principalmente por ser multifatorial. Placa miorrelaxante para bruxismo em acrílico (placa oclusal estabilizadora rígida) São poucas as variações técnicas na confecção de placas para bruxismo. A mais comum é a placa oclusal miorrelaxante em acrílico, com superfícies externas lisas. Além de proteger os dentes, essas placas diminuem a retração mandibular pelo afastamento dos dente e são mais eficientes na desprogramação da ação neuro-muscular característica do bruxismo quando comparadas com as placas cujas superfícies de contato promovem algum tipo de encaixe entre as arcadas. Indicações: bruxismo cêntrico ou excêntrico, com ou sem desgastes dentários; episódios esporádicos de dor; tratamento da disfunção temporo-mandibular sem episódios de dor O tratamento com uso de placas oclusais miorrelaxantes permite que o paciente seja tratado dessa forma, uma vez que não causa alterações irreversíveis e permite que o paciente receba o tratamento de outras áreas envolvidas na terapêutica das desordens, como por exemplo, a fisioterapia, a fonoaudiologia e a psicanálise. As placas miorrelaxantes podem ser confeccionadas com material resistente, resina acrílica ativada termo ou quimicamente, ou com material resiliente, silicone. Todas elas tentam diminuir a hiperatividade muscular, estabilizar a mandíbula simulando condições ideais de oclusão, descomprimir a articu1ação temporomandibular (A.T.M.), funcionando ainda muitas vezes como diagnóstico diferencial no momento de traçar a terapêutica mais acertada para cada caso. As placas miorrelaxantes confeccionadas com resina ativada quimicamente, segundo Okeson (1992), tem como principal vantagem a possibilidade de serem instaladas na mesma consulta em que se realizou a moldagem, tendo assim um caráter emergencial importante. Contudo, esta placa tem tempo de vida limitado, uma vez que o acrílico ativado quimicamente é menos resistente e sofre ação da saliva, resultando em uma superfície porosa, propensa a gerar gosto e cheiro desagradáveis, além de coloração modificada. As placas miorrelaxantes confeccionadas com silicone, representam uma superfície macia sobre a qual o paciente tende a morder e, ao invés de promover uma diminuição da hiperatividade muscular, esta se faz aumentada. Para Henriques (1992) que essas placas devem ser contraindicadas para pacientes portadores de sintomatologia muscular dolorosa, já que os resultados da terapia deixam a desejar, opinião compartilhada com os autores deste trabalho
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