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Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 RESUMO: TEORIA GERAL DOS CONTRATOS CONCEITO • O contrato é a mais comum e a mais importante fonte de obrigação (não se restringe apenas ao direito das obrigações). • Fonte de obrigação é o fato que lhe dá origem. • É a lei que disciplina os efeitos dos contratos. • O contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende da participação de pelo menos duas partes. • Negócio jurídico bilateral ou plurilateral • Composição de interesse (mútuo consenso) • Vontade humana + conformidade da ordem jurídica. “Acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos EVOLUÇÃO HISTÓRICA • Código Francês e Alemão: predominância da autonomia da vontade • Economia de massa exige contratos impessoais e padronizados • Supremacia da ordem pública • Individualismo - plano secundário • Dirigismo Contratual: princípio limitador da autonomia da vontade das partes contratantes, por intervenção do Estado, em função dos fins sociais e das exigências do bem comum. O Código Civil de 2002 tornou explícito que a liberdade de contratar só pode ser exercida em consonância com os fins sociais do contrato, implicando os valores primordiais da boa-fé e da probidade. FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO • Princípio da socialidade: prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana. • A concepção social do contrato apresenta-se como um dos pilares da teoria contratual. • A liberdade de contratual não pode se afastar da função social • A função social deve ser observado pelo intérprete dos contratos • Função social do contrato x autonomia da vontade ▪ A função social serve para limitar a autonomia da vontade quando tal autonomia GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 esteja em confronto com o interesse social, ainda que essa limitação possa atingir a própria liberdade de não contratar. • Atendimento à função social: individual e público. A função social do contrato somente estará cumprida quando sua finalidade (distribuição de riquezas) for atingida de forma justa, ou seja, quando o contrato representar uma fonte de equilíbrio social • Cláusulas Gerais ◦ Leis rígidas são insuficientes e levam a situações de injustiça ◦ Deve respeitar os princípios constitucionais concernentes à organização jurídica e econômica da sociedade. ◦ A doutrina e a jurisprudência cabe identificar e definir o seu sentido e alcance. ◦ Novos princípios do direito contratual ◦ força vinculante ◦ A função social é cláusula geral CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO • Geral: capacidade do agente, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e a forma prescrita ou não defesa em lei. • Especial: consentimento recíproco ou acordo de vontades Requisitos de validade do contrato Subjetivos Objetivos Formais A manifestação de duas ou mais vontades e capacidade genérica dos contraentes Licitude do objeto Forma livre* Aptidão específica para contratar Possibilidade física ou jurídica do objeto Forma especial ou solene O consentimento (acordo sobre: a existência, natureza, objeto e cláusulas do contrato) Determinação do objeto Forma contratual * predominante no direito brasileiro PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL Princípio da autonomia da vontade Se alicerça na ampla liberdade contratual, no poder dos contrantes de disciplinar os seus interesses mediante acordo de vontades, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica. Serve de fundamento para contratos atípicos. GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 Princípio da supremacia da ordem pública O interesse da sociedade deve prevalecer quando colide com o interesse individual. Limitação a liberdade contratual. Princípio do consensualismo Basta para o aperfeiçoamento do contrato, o acordo entre as partes. O consensualismo é a regra e o formalismo, a exceção. Princípio da relatividade dos efeitos do contrato Os efeitos do contrato só se produzem em relação às partes, àqueles que manifestaram a sua vontade, vinculando-os ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio. Este princípio foi bastante atenuado pelo reconhecimento de que as cláusulas gerais se destinam a tutelar o interesse da coletividade quando em conflito com os direitos individuais. Princípio da obrigatoriedade dos contratos (intangibilidade dos contratos) Também chamado de princípio da força vinculante dos contratos. Significa, em essência, a irreversibilidade da palavra empenhada. Tem por fundamentos: a necessidade de segurança nos negócios, a intangibilidade ou imutabilidade do contrato (personificada pela máxima ). pacta sunt servanda A cláusula rebus sic stantibus aos contratos de execução continuada e diferida, assim como os institutos da lesão e do estado de perigo permitem a ingerência estatal. Princípio da revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva Opõe-se ao princípio da obrigatoriedade, pois permite aos contrantes recorrem a judiciário, para obterem alteração da convenção e condições mais humanas, em determinadas situações. Teoria da imprevisão – requisitos: vigência de um contrato comutativo de execução diferida ou de trato sucessivo, ocorrência de fato extraordinário e imprevisível, considerável alteração da situação existente no momento da execução, em confronto com a que existia por ocasião da celebração, onerosidade excessiva para um dos contratantes e vantagem exagerada para o outro. Geralmente, a teoria da imprevisão não se aplica aos contratos aleatórios. Princípio da boa -fé e da probidade Impõe ao contratante um padrão de conduta, de agir com retidão, ou seja, com probidade, honestidade e lealdade, nos moldes do homem comum, atendidas as peculiaridades dos usos e costumes do lugar. A probidade nada mais é senão um dos aspectos objetivos do princípio da boa-fé, podendo ser entendida como a honestidade de proceder ou de maneira criteriosa de cumprir todos os deveres atribuídos ou cometidos à pessoa. Boa-fé subjetiva e boa-fé objetiva • Subjetiva: concepção psicológica • Objetiva: concepção ética • Boa-fé é tanto forma de conduta (subjetiva ou psicológica) como norma de comportamento (objetiva) • A boa-fé objetiva enseja a caracterização de inadimplemento mesmo quando não haja mora ou inadimplemento absoluto do contrato. É o que a doutrina moderna denomina violação GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 positiva da obrigação ou do contrato. Conceitos correlatos à boa-fé objetiva Venire contra factum proprium Protege uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente Suppressio Um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé Surrectio É a outra face da suppressio. Acarreta o nascimento de um direito em razão da continuada prática de certos atos. Tu quoque Proíbe que umapessoa faça contra outra o que não faria contra si mesmo, consistindo em aplicação do mesmo princípio inspirador da exceptio non adimpleti contractus. INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS • Contrato origina-se de ato volitivo e por isso requer sempre uma interpretação • Interpretar o negócio jurídico é precisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade. Busca-se apurar a vontade concreta das partes, a vontade objetiva, o conteúdo, as normas que nascem da sua declaração. • As regras de interpretação dos contratos previstas no Código Civil dirigem-se primeiramente às partes, não havendo entendimento entre elas, a interpretação deverá ser realizada pelo juiz. • Interpretação declaratória: quando tem como único escopo a descoberta da intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato. • Interpretação construtiva ou integrativa: quando objetiva o aproveitamento do contrato, mediante o suprimento das lacunas e pontos omissos deixados pelas partes. • A integração contratual preenche as lacunas encontradas nos contratos, complementando-os por meio de normas supletivas. • Interpretação objetiva: análise do texto • Interpretação subjetiva: vontade dos contratantes • Parte-se da declaração, que é a forma de exteriorização da vontade, para se apurar a real intenção das partes. Deve atender à intenção manifestada no contrato, e não ao pensamento íntimo do declarante. • Dois princípios deverão ser sempre observados na interpretação do contrato: o da boa-fé e o da conservação do contrato. • Se uma cláusula contratual permitir duas interpretações diferentes, prevalecerá a que possa produzir algum efeito (princípio da conservação) GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 • “Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente” (art.114,CC/02) Critérios práticos para a interpretação dos contratos 1. A melhor maneira de apurar a intenção dos contratantes é verificar o modo pelo qual o vinham executando, de comum acordo. 2. Deve-se interpretar o contrato, na dúvida, da maneira menos onerosa para o devedor. 3. As cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, mas em conjunto com as demais. 4. Qualquer obscuridade é imputada a quem redigiu a estipulação 5. Na cláusula suscetível de dois significados, interpretar em atenção ao que pode ser exequível. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS • A declaração da vontade constitui requisito de existência dos negócios jurídicos e, conseguintemente, dos contratos • A manifestação da vontade pode ser expressa ou tácita. • Pode ser tácita quando a lei não exigir que seja expressa • O silêncio pode ser interpretado como manifestação tácita da vontade quando as circunstâncias ou os usos autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Negociações Preliminares • O contrato resulta de duas manifestações de vontade: a proposta e a aceitação. • Proposta = oferta = policitação = oblação • Fase da puntuação: negociação preliminar caracterizada por sondagens, conversações, estudos e debates. Como as partes ainda não manifestaram a sua vontade, não há nenhuma vinculação ao negócio jurídico. • As negociações preliminares faz surgir entre os contraentes deveres jurídicos decorrente do princípio da boa-fé, sendo os principais: deveres de lealdade e correção, de informação, de proteção e cuidado e de sigilo. A proposta • A oferta traduz uma vontade de contratar nas bases oferecidas, dirigindo-se àdefinitiva outra parte para que a aceite ou não, sendo, portanto, um negócio jurídico unilateral, constituindo elemento da formação contratual. GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 • A proposta deve conter todos elementos essenciais do negócio proposto: preço, quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento e etc. Deve ser clara, completa e inequívoca. • A oferta é um negocio jurídico receptício, não tem força absoluta, e não perde o caráter de negócio jurídico receptício se assumir forma de oferta aberta ao público. • A obrigatoriedade da proposta consiste no ônus, imposto ao proponente, de mantê-la por certo tempo a partir de sua efetivação e de responder por suas consequências. • A oferta não obriga o proponente se contiver cláusula expressa, em razão da natureza do negócio e das circunstâncias do caso. A aceitação • A aceitação é a concordância com os termos da proposta, ou seja, dentro do prazo e envolvendo adesão integral. • É a manifestação de vontade imprescindível para que repute concluído o contrato. • Aceitação fora do prazo, com adições, restrições ou modificações importará nova proposta, comumente denominada contraproposta. • A aceitação pode ser expressa ou tácita. Expressa decorre de declaração do aceitante, manifestando a sua anuência; a segunda, de sua conduta, reveladora do consentimento. • A aceitação tácita pode ocorrer quando o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou quando o proponente a tiver dispensado. • Se a aceitação, embora expedida a tempo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao conhecimento do proponente, a manifestação de vontade deixa de ter força vinculante, também deixa de ter força vinculante se antes da aceitação, ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. • Se o contrato for celebrado entre presentes, e o policitante não estabelecer nenhum prazo para aceitação, este deverá ser manifestada imediatamente, sob pena de a oferta perder a força vinculativa licitação • Se a policitação estipulou prazo para aceitação, deverá operar-se dentro dele. • No contrato entre ausentes é adotado pelo Código Civil a teoria da expedição, não basta a redação da resposta, sendo necessária que tenha sido expedida, isto é, saída do alcance e controle do oblato. • Exceções à regra de que o aperfeiçoamento do contrato se dá com a expedição da resposta: se tiver retratação oportuna ou se a resposta não chegar ao conhecimento do proponente no prazo, o que desconfigurou a teoria da recepção e filiou-se à teoria da recepção. Lugar da celebração GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 • Local em que a proposta foi feita • No campo do direito internacional a obrigação do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. • Ressalva-se que, dentro da autonomia da vontade, podem as partes eleger o foro competente (foro de eleição) e a lei aplicável à espécie. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Quanto aos efeitos • Unilaterais, bilaterais e plurilaterais • Gratuitos e onerosos ◦ Onerosos: comutativos e aleatórios ▪ aleatórios: por natureza ou acidental Quanto à formação • Paritários • De adesão • Contratos – tipo Quanto ao momento de sua execução • Execução instantânea • Execução diferida • Execução de trato sucessivo ou em prestações Quanto ao agente • Personalíssimo ( personae) e Impessoaisintuitu • Individuais e coletivos Quanto ao modo por que existem • Principais e acessórios ou adjetos • Derivados ou subcontrato Quanto à forma • Solenes (formais) e não solenes (forma livre) • Consensuais e reais Quanto ao objeto • Preliminares ou pactum de controhendo• Definitivos Quanto à designação • Nominados e inominados • Típicos e atípicos • Mistos, coligados e união de contratos. Quanto aos efeitos Unilaterais Criam obrigação unicamente para uma das partes (ex. doação pura, comodato, o mútuo, o depósito, o mandato, a fiança e etc) Bilaterais Geram obrigações para ambos os contratantes, obrigações são recíprocas, sendo por isso denominadas sinalagmáticas (ex. Compra e venda, locação, contrato de transporte e etc) Plurilaterais Os contratos que contém mais de duas partes, característica deste tipo de contrato é a rotatividade de seus membros (ex. Contrato de sociedade e de consórcio) • Todo o contrato resulta de duas manifestações de vontade, sob o aspecto de sua formação, o GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 contrato é sempre bilateral, entretanto a classificação em unilateral e bilateral é feita sob prima dos efeitos que acarretam. • As vantagens práticas da distinção entre contratos unilaterais e bilaterais são: a) A exceptio non adimpleti contractus e a cláusula resolutiva tácita somente se amoldam ao contrato bilateral. b) A teoria dos riscos só é aplicável ao contrato bilateral c) No contrato bilateral pode uma das partes recusar-se à prestação que lhe incumbe nos termos do art. 477 CC/02 • O contrato bilateral imperfeito, assim é denominado o unilateral que, circunstâncias acidental, ocorrida no curso da execução, gera alguma obrigação para o contratante que não se comprometera. Gratuitos ou benéficos Nessa modalidade outorgam-se vantagens a uma das partes sem exigir contraprestação da outra Onerosos Ambos contraentes buscam proveito, ao qual corresponde um sacrifício • Em geral, todo contrato oneroso é, também, bilateral. E todo unilateral é, ao mesmo tempo, gratuito. Não, porém, necessariamente. Como exemplo de contrato que pode ser bilateral e gratuito é o mandato, embora se trate de bilateral imperfeito, outra exceção é o mútuo feneratício é um contrato unilateral oneroso. Comutativos São os de prestações certas e determinadas. As partes pode antever as vantagens e os sacríficos, que geralmente se equivalem decorrentes de sua celebração, porque não envolvem nenhum risco. É oneroso e bilateral. Aleatórios É o contrato bilateral e oneroso em que pelo menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que receberá, em troca da prestação fornecida (ex. Contratos de jogo, aposta e seguro) • Contratos acidentalmente aleatórios são contratos tipicamente comutativos que em razão de certas circunstâncias tornam-se aleatórios. São duas espécies: a) Vendas de coisas futuras • O risco pode referir-se à própria existência da coisa • À sua quantidade • emptio spei ou venda da esperança (é a probabilidade de as coisas ou fatos existirem) b) Vendas de coisas existentes mas expostas a risco • emptio rei speratae ou venda da coisa esperada • A venda de coisas já existentes mas sujeitas a perecimento ou depreciação. GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 Quanto à formação Paritários As partes discutem livremente as condições, porque se encontram em situação de igualdade De adesão São previamente estipuladas por um dos contraentes, de modo que o outro adere ao modelo de contrato, não podendo modificá-las: aceita-as ou rejeita-as, afastada qualquer alternativa de discussão. Contrato-tipo, de massa, em série ou por formulários As cláusulas não impostas por uma parte à outra, mas apenas pré-redigidas, são destinadas a pessoas ou grupos identificáveis, as quais a outra parte não se limita a aderir, porque admite discussão sobre o seu conteúdo. Quanto ao momento de sua execução • Leva em consideração o momento em que os contratos devem ser cumpridos Execução instantânea, imediata ou única Consumam-se num só ato, sendo cumprida imediatamente após a sua celebração. A solução se efetua de uma só vez e por prestação única, tendo por efeito a extinção cabal da obrigação. Execução diferida ou retardada A prestação de uma das partes não se dá imediatamente após a formação do vínculo, mas a termo. Devem ser cumpridas em um só ato mas em momento futuro. Execução de trato sucessivo ou continuada São os que se cumprem por meio de atos reiterados. Quanto ao agente Personalíssimos ou intuitu personae São celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos contraentes Impessoais São aqueles cuja prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro Individuais As vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas. Coletivos Perfazem-se pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais, sendo denominadas de convenções coletivas. Quanto ao modo por que existem Principais São os que têm existência própria, autônoma e não dependem, pois de qualquer outro. Acessórios São os que têm existência subordinada a outro contrato, contrato principal. Podem ser preparatórios (ex. Mandato); integrativos (ex. aceitação do terceiro na estipulação em seu favor); complementares (ex. Adesão em GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro Impresso por Kamilla Roriz, CPF 704.680.654-31 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2021 14:10:09 contrato aberto) Derivados ou subcontratos São os que tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal (ex. Sublocação, subempreitada e a subconcessão). No contrato derivado surge uma nova relação contratual, sem alteração da primeira, havendo apenas um dos sujeitos que é titular de ambos os contratos. Quanto à forma Solenes ou formais São contratos que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. Quando a forma é exigida como condição de validade, não observada, o contrato é nulo Não solenes ou não formais São dos forma livre, basta o consentimento para a sua formação Consensuais Formam-se unicamente pelo acordo de vontades, independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. Reais Exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega da coisa que lhe serve de objeto. A efetiva entrega do objeto não é fase executória, porém requisito da própria constituição do ato. Quanto ao objeto Preliminares É aquele que tem por objeto a celebração de um contrato definitivo. Também denominado pré-contrato. Quando o contrato preliminar gera obrigação para apenas uma das partes, denomina-se opção Definitivos Tem objetos diversos, de acordo com a natureza da avença. Quanto à designação Nominados São aqueles que tem designação própria Inominados Não tem denominação própria Típicos São regulados pela lei. Todo contrato nominado é típico e vice-versa Atípicos São os que resultam de um acordo de vontades, não tendo, porém, as suas características e requisitos definidos e regulados na lei Misto Resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas cridas pela vontade dos contratantes Coligados São contratos embora distintos, estão ligados por uma cláusula acessória, implícita e explícita União de contratos Há contratos distintos e autônomos, apenas são realizados ao mesmo tempo ou no mesmo documento. GONÇALVES, Carlos Roberto. . v.3. 11. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2014. Direito civil brasileiro
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