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Aula 01 - Direito Processual Civil - Curso Estágio Ministério Público Estadual

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AULA 01 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL
C
Mi
	CURSO: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
	CURSO: Ministério Público Estadual
Estagiando Direito
@estagiando_direito_
Apresentação
Objetivo do Curso
Olá, meus amigos. É com grande prazer que dou início a este curso voltado aos Concursos de Estágio dos Ministérios Públicos do Estaduais. 
Nossa matéria nesse curso será o Direito Processual Civil, onde trataremos desde a Teoria Geral do Processo até os Recursos em Espécie.
Nossos professores possuem larga experiência na área dos Concursos de Estágio, reunindo inúmeras aprovações, como na AGU, DPU, TRF – 1, TJMG, MPMG, Cartórios e Escritórios de Advocacia. 
Caso vocês tenham alguma dúvida, fiquem à vontade para nos mandar seu questionamento no Instagram, @estagiando_direito_.
Lembrem-se que a jornada é árdua, porém, recompensadora. 
Hoje, a média da bolsa-auxílio de um estagiário do Ministério Público Estadual está em torno de R$ 1.240,00. Como se pode ver, maior do que a média de salário de uma pessoa com um trabalho comum e salário mínimo. Então, sim! O estágio pode sim ser uma excelente forma de receber uma boa remuneração durante a graduação. 
Sem mais delongas, vamos ao conteúdo!
Boa sorte nessa longa jornada!!
TEORIA GERAL DO PROCESSO
JURISDIÇÃO
Conceito
	
	A doutrina traz inúmeros conceitos de Jurisdição. Entretanto, dois são os conceitos de Jurisdição que se destacam: um clássico e outro moderno.
	
	Para a doutrina clássica, jurisdição pode ser entendida como:
	“a atuação da vontade concreta do direito objetivo aplicada pelo Poder Judiciário” (AMORIM, Daniel. Manual de Direito Processual Civil – Volume Único. Juspodivm, 2021).
	
	Tal conceito encontra-se superado pela doutrina majoritária, tendo em vista que peca em não trazer características essenciais da própria Jurisdição, tal como entende-se atualmente, como por exemplo a possibilidade de exercício da Jurisdição por outros órgãos além do Poder Judiciário, como a Arbitragem.
	Quanto ao conceito contemporâneo:
“a atuação estatal visando à aplicação do direito objetivo no caso concreto, resolvendo-se com definitividade uma situação de crise jurídica e gerando com tal solução uma pacificação social”. (AMORIM, Daniel. Manual de Direito Processual Civil – Volume Único. Juspodivm, 2021).
	Alguns aspectos nesse conceito devem ser tratados com maior atenção, como características da própria Jurisdição.
Características da Jurisdição
Caráter Substitutivo
	Uma das características mais marcantes da Jurisdição é seu poder de substituir a vontade das partes pela vontade da lei no caso concreto, de forma que, resolver-se-á o conflito existente entre elas e irá proporcionará a pacificação social. Entretanto, não é uma característica essencial à existência da Jurisdição, cita-se duas hipóteses em que esta característica não estará presente: I) ações constitutivas necessárias e; II) na execução indireta.
Lide
	A “Lide” é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida, conforme o conceito de Carnelutti. Em outras palavras, a “Lide” é conflito existente entre as partes. Enquanto “A” busca reparação de “B”, “B” busca provar que não deve reparar “A”. Diante deste conflito e da impossibilidade da justiça privada, busca-se o judiciário para que, através do exercício da jurisdição, diga quem possui o direito objetivo no caso concreto. Da mesma forma que a característica anterior, não é correto afirmar que esta essencial à Jurisdição, tendo em vista que há conflitos em que a lide não estará presente, por exemplo, nas ações de jurisdição voluntária, em que não há uma lide, propriamente dita, a exemplo a ação de retificação de registro civil, na qual uma pessoa pretende alterar seu nome. Neste caso, só há uma pessoa requerendo alteração do seu nome e não há alguém no polo passivo para contestar ou se opor, via de regra.
Inércia
	Tem-se como um dos princípios mais marcantes do Direito Processual Civil o Princípio da Inércia. Também conhecido como princípio da demanda, se traduz na ideia de que a movimentação inicial da jurisdição fica condicionada à provocação do interessado. Resume-se na frase “O juiz não inicia processo”. Significa dizer que o Juiz aguarda quietinho no gabinete dele, até que algum representante com capacidade postulatório o provoque.
	Este Princípio também é excepcionado em algumas situações nas quais o juiz poderá sim agir de ofício instaurando processos e procedimentos, como no caso de Herança Jacente e Vacante e na Restauração de Autos.
Outros Princípios da Jurisdição
	Não há concesso na doutrina quanto ao hall de Características e Princípios da Jurisdição, então segue algumas características/princípios que podem aparecer em provas:
I) Investidura: O Poder Judiciário é quem exerce legitimamente a Jurisdição, através de seu Juiz de Direito, concursado. Entretanto, há outras formas de se integrar o Poder Judiciário que não seja através do concurso, como por exemplo o “Quinto Constitucional”, no qual a OAB – Ordem dos Advogados Brasil, indica um advogado para que ocupe o cargo de Desembargador de determinado Tribunal de Justiça. Outra hipótese é a indicação para Ministro do Supremo Tribunal Federal, que é realizada pelo Presidente da República.
II) Territorialidade: A Jurisdição é exercida apenas em território nacional.
III) Definitividade: afirma-se que a solução do conflito por meio Jurisdicional é a única que se torna definitiva e imutável, sendo considerada a derradeira e incontestável solução do caso concreto. 
IV) Indelegabildiade: A função Jurisdicional exercida pelo Poder Judiciário não pode ser delegada a outros Órgãos, embora estes últimos, em razão de funções atípicas, possam exercer jurisdição, como no do Poder Legislativo em julgamento de Impeachment do Presidente da República.
 V) Inevitabilidade: Diz respeito à vinculação obrigatória dos sujeitos ao processo judicial. Embora ninguém seja obrigado a ingressar com demanda contra sua vontade, uma vez completa a triangulação processual, ninguém poderá, por vontade própria, negar o “chamado jurisdicional”, havendo uma vinculação automática.
VI) Inafastabilidade: Consagrado no art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, dispõe que “a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito”. Também possui correspondência no CPC/15, de forma mais abrangente do que na CF.
VII) Juiz Natural: Não haverá juízo ou tribunal de exceção. Ou seja, não poderá ser criado um juízo ou tribunal específico para o julgamento de determinada demanda após seu acontecimento. Possui disciplina constitucional no art. 5º, LIII, CF.
VIII) Promotor Natural: Na mesma senda do “Juízo Natural”, porém de criação mais recente, consagra a impossibilidade de designação específica de determinado Membro do Ministério Público para atuar em determinado caso em que já haja um Promotor de Justiça oficiante e com atribuição para o feito.
AÇÃO
Teorias da Ação
	As “Teorias da Ação” se propõe a explicar o que é o “Direito de Ação” e quais suas aplicações práticas.
	A doutrina clássica e moderna trabalham com cerca de 7 Teorias da ação. Como o objetivo deste curso é formar o aluno para as provas de estágio, trabalharemos com as duas teorias mais importantes e relevantes para o Direito Processual Civil. Ambas possuem grande relevância para o estudo das condições da ação.
Teoria Eclética
	A teoria eclética advém da evolução das teorias mais antigas quanto ao Direito de ação. Enquanto as teorias antigas pregavam a plena separação entre o Direito Material (Direito Civil) e o Direito Processual (Processo Civil), a Teoria Eclética defende que o Direito de Ação não se confunde com o Direito Material, sendo, inclusive, autônomos e independentes. Porém, o Direito de ação não é incondicional e genérico, porque só existe quando o autor tem direito a um julgamento de mérito.
	O CPC/15 adotou essa teoria, ao prever de forma expressa que a sentença fundada na ausência das condições da ação é meramente terminativa, não formando coisa julgada material (art.485, VI, CPC)
Teoria da Asserção
	Mais recente que teoria anterior, a teoria da asserção prega a total independência entre o Direito Material e o Direito Processual, sendo que, a presença das condições da ação deve ser analisada pelo juiz com os elementos fornecidos pelo próprio autor na inicial, sem qualquer desenvolvimento cognitivo.
Condições da Ação
	A doutrina moderna, majoritariamente, entende por 3 (três) Condições da Ação: I) Legitimidade Ad Causam; II) Interesse de Agir e; III) Possibilidade Jurídica do Pedido.
	A controvérsia surge em razão do Código de Processo Civil de 2015 ter retirado a expressão “Possibilidade Jurídica do Pedido”. Entretanto, a maior parte da Doutrina entende que isso não implica na retirada deste instituto das condições da ação.
Interesse de Agir
	Está intimamente ligada à ideia de utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a movimentação da maquina jurisdicional. Deverá o autor demonstrar que o pleito que busca perante o Poder Judiciário lhe será realmente capaz de proporcionar uma melhora em sua situação atual.
	Lembrem-se do binômio Necessidade-Utilidade.
Legitimidade Ad Causaum
	É considerada a pertinência subjetiva da demanda ou, em outras palavras, é a situação previstas em lei que permite a um determinado sujeito propor a demanda judicial e a determinado sujeito formar o polo passivo dessa demanda. (AMORIM, Daniel. 2021).
	Está prevista no art. 18 do CPC, “ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”.
I) Legitimidade Ordinária: defender direito próprio em nome próprio;
II) Legitimidade Extraordinária: defender direito alheio em nome próprio.
Possibilidade Jurídica do Pedido
	Embora não esteja mais prevista como condição de ação, a possibilidade jurídica do pedido ainda existe no campo fático. Porém, tomem cuidado, pois há questões maldosas que cobram como se existissem apenas duas, o que, diante da legislação, também está correto!!
	Se traduz na ideia de pedidos possíveis ao judiciário. Não há como se imaginar um processo cujo objeto seja a reivindicação da Lua, diante da impossibilidade de se atribuir a posse da Lua a alguém. 
	A falta de qualquer das condições da ação levará à extinção do processo sem resolução do mérito com base na carência das condições da ação (art. 485, VI, CPC).
ELEMENTOS DA AÇÃO
Partes
	Entende-se por “Parte”, na visão de Chiovenda, o sujeito que pede ou contra quem se pede a tutela jurisdicional. Há certa divergência doutrinária, mas este é o conceito que tem prevalecido.
	Segundo a doutrina, existem 4 (quatro) formas de se adquirir a qualidade de parte:
I) pelo ingresso da demanda (autor/oponente – aquele que opõe embargos);
II) pela citação (réu, denunciado, à lide e chamado ao processo);
III) de maneira voluntária (assistente e recurso de terceiro prejudicado);
IV) sucessão processual (alteração subjetiva da demanda, como na extromissão de parte).
Pedido
	É aquilo que busca com a demanda. 
	A doutrina divide em:
I) Pedido imediato (aspecto processual);
II) Pedido mediato (aspecto material);
	Este assunto será abordado mais profundamente quando tratarmos do Pedido na Petição Inicial, mas o pedido precisa ser Certo e Determinado ou Determinável. Não se admite, em regra, pedido genérico ou indeterminado, exceto em algumas hipóteses as quais iremos tratar mais adiante.
	No momento, o mais importante é saber que o Pedido integra os elementos da ação.
Causa de Pedir
	A doutrina majoritária afirma que o direito pátrio adotou a teoria da substanciação, pela qual a exigência da narrativa dos fatos na petição inicial deve ter como fundamento o art. 319, III, CPC, que seria a demonstração cabal da adoção do nosso ordenamento jurídico por esta teoria. Esta teoria defende que a causa de pedir, independente da natureza da ação, é formada apenas pelos fatos narrados pelo autor na inicial.
QUESTÕES
Questão 01 - Ano: 2019 Banca: TJ-AP Órgão: TJ-AP Prova: TJ-AP - 2019 - TJ-AP - Estagiário - Direito
Assinale a resposta CORRETA:
A) O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei;
B) Excepcionalmente, certas ameaças ou lesões a direito podem ser excluídos da apreciação jurisdicional;
C) No processo civil não será permitida a arbitragem;
D) Em nenhuma hipótese pode ser proferida decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Questão 02- Ano: 2018 Banca: PGM-NI Órgão: PGM-NI Prova: PGM-NI - 2018 - PGM-NI - Estagiário Forense
A carência de ação é a:
A) falta do direito de ação por ausência de legitimidade ou interesse.
B) falta do direito de ação por impossibilidade jurídica do pedido, ou por ausência de legitimidade ou interesse.
C) falta do direito de ação por contumácia.
D) falta do direito de ação por questões afetivas.
Questão 03 - Ano: 2018 Banca: PGM-NI Órgão: PGM-NI Prova: PGM-NI - 2018 - PGM-NI - Estagiário Forense
Lide é o conflito de interesses caracterizado:
A) por um interesse difuso.
B) por uma pretensão resistida.
C) por uma denúncia.
D) nenhuma das respostas acima.
Questão 04 - Ano: 2019 Banca: CIEE Órgão: TJ-DFT Prova: CIEE - 2019 - TJ-DFT - Estágio - Direito
Dentre os princípios fundamentais que informam a substância da jurisdição, aquele em que o Poder Judiciário não pode agir por iniciativa própria, devendo agir somente após provocação da parte, é denominado princípio da:
A) indeclinabilidade.
B) indelegabilidade.
C) investidura.
D) inércia.
Questão 05 - Ano: 2019 Banca: COPESE - UFPI Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: COPESE - UFPI - 2019 - TRF - 1ª REGIÃO - Estagiário - Direito
Sobre as garantias constitucionais para o exercício da jurisdição, relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando os princípios da jurisdição às suas respectivas descrições.
	COLUNA I
	COLUNA II
	1. Inevitabilidade
	( ) Diz respeito à impossibilidade de se escolher o juiz para o julgamento de determinada demanda; escolha essa que deverá ser sempre aleatória em virtude de aplicação de regras gerais, abstratas e impessoais de competência.
	2. Inafastabilidade
	( ) Tem dois aspectos: a relação entre a jurisdição e a solução administrativa de conflitos e o acesso à ordem jurídica justa, existindo concretamente por meio do oferecimento de um processo que tutele o interesse da parte.
	3. Juiz natural
	( ) Diz respeito à vinculação obrigatória dos sujeitos ao processo judicial, ou seja, não dependendo de concordância do sujeito ou mesmo de acordo entre as partes para se sujeitarem à decisão.
	4. Indelegabilidade
	( ) O Poder Judiciário, tendo recebido da Constituição Federal a função jurisdicional, como regra, não poderá conferir tal função a outros Poderes ou outros órgãos que não pertencem a ele.
Assinale a sequência correta.
A) 1 4 3 2
B) 2 3 4 1
C) 3 2 1 4
D) 4 2 1 3
GABARITO NA PRÓXIMA PÁGINA
	01
	02
	03
	04
	05
	A
	A
	B
	D
	C
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