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Dosimetria da Pena

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Dosimetria da Pena
1. Introdução
	É o cálculo realizado pelo juiz para aplicação da pena ao condenado, retirando da abstratividade da lei e aplicando no caso concreto. O sistema é trifásico, passando, portanto, por três etapas, a saber, circunstâncias judiciais, circunstâncais atenuantes e agravantes, causas de diminuição e aumento de pena.
2. Circunstâncias Judiciais (art. 59, CP)
	 2.1. Culpabilidade – grau de reprovabilidade da conduta do agente. É o excesso de dolo na prática da conduta. A pena poderá aumentada quando o dolo do agente ultrapassa o necessário para realização da infração.
	2.2. Antecedentes – histórico criminal do acusado, entendendo-se pelas sentenças condenatórias transitadas em julgado que não podem ser utilizadas para fins de reincidência. Inquéritos policias e ações penais em curso, ainda que haja sentença condenatória pendente de julgamento de recurso, não caracterizam antecedentes (S. 444, STJ).
	2.3. Conduta Social – é a análise do comportamento do condenado frente seus pares. Ex: família, amigos, colegas de trabalho.
	2.4. Personalidade – é o aspecto psíquico do condenado. Analisa-se se a mente do condenado é voltada para a prática de crimes. 
Obs.: Para o STJ, atualmente, a multiplicidade de condenações irrecorríveis, sem análise do perfil psicológico do condenado no processo, não pode ser utilizada como forma de valoração negativa da personalidade.
	2.5. Circunstâncias do crime – é a análise de dados relativos à prática do crime, como tempo (quando), local (lugar) e modus operandi (forma de execução do crime).
	2.6. Motivo – é a mola propulsora da conduta. É a verificação do porquê o agente praticou o crime.
	2.7. Consquências do crime – é o resultado que extrapola o natural previsto no tipo penal.
	2.8. Comportamento da vítima – ocorre quando a vítima favorece demasiadamente a prática delitiva. Não torna a vítima partícipe ou cautora da infração. Só pode ser valorado em benefício do condenado.
Obs.: De acordo com doutrina e jurisprudência, o aumento ou diminuição, para cada circunstância, deve ser de 1/8 da pena. Há corrente jurisprudencial e doutrinária que defende que o índice de aumento deve ser de 1/6.
	Nesta fase o juiz deve observar e respeitar os limites mínimos e máximos previstos em abstrato no tipo penal, não podendo ultrapassar para aquém do mínimo e nem além do máximo.
3. Circunstâncias Agravantes e Atenuantes
	Arts. 61 até 66, CP.
	Obs.: De acordo com doutrina e jurisprudência, o aumento ou diminuição, para cada circunstância, deve ser de 1/6 da pena.
	Nesta fase o juiz deve observar e respeitar os limites mínimos e máximos previstos em abstrato no tipo penal, não podendo ultrapassar para aquém do mínimo e nem além do máximo.
	3.1. Agravantes
		Reincidência – Prevista no art. 63, CP. Considera-se reincidente quem, depois de condenado irrecorrivelmente, veio a praticar novo fato definido como crime.
F1 – 01.01
F2 – 01.02
F3 – 01.03
C2 (irrecorrível) – 01.04 – primário
C1 (irrecorrível) – 01.05 – primário
F4 – 01.06
C3 – 01.07 – primário
C4 – 01.08 – Reincidente e antecedentes
Obs.: Período depurador ou prescrição da reincidência – art. 64, I, CP. Após 5 anos da extinção da pena, contados o período de prova em eventual suspensão condição da pena e livramento condicional, sem que haja a prática de novo fato definido como crime, o agente volta a ser considerado primário. Todavia, para o STF, o agente continuará tendo antecedentes.
	3.2. Atenuantes 
	Menoridade relativa – agente maior de 18 anos e menor de 21 anos quando da prática do fato. Existem julgados do STJ que consideram esta circunstância como superatenuante, de modo que deve prevalecer sobre a reincidência.
4. Causas de Aumento e Diminuição da Pena
	Nesta fase o juiz não precisa respeitar os limites mínimos e máximos previstos para a pena em abstrato.
Fixação de Regime Inicial de Cumprimento da Pena
	Art. 33, CP
	S. 718 e 719, STF.
6. Substituição da Pena Privativa de Liberdade em Restrivita de Direito/Pena Vicariante
	Art. 43, CP
6.1. Requisitos
	- Crime sem violência ou grave ameaça contra a pessoa
	- Se crime doloso, pena igual ou inferior a 4 anos/ Se crime culposo, qualquer pena
	- Agente primário
Obs: parágrafo 3º do art 44, CP, permite a substituição da pena mesmo em sendo o agente reincidente, desde que não seja reincidência específica e que a medida seja socialmente recomendável.
	- Culpabilidade, antecedentes, personalidade, conduta social, motivo, circustâncias do crime sejam favoráveis.
Obs.: Requisitos são cumulativos.

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